Você está na página 1de 172

r

'
INCE *

.
P

“ '
A V e r a e Vercldaeira, .: "

-
,
"

o-a—"l
rm"
S?. Anos e o ' ' > ji ' P R

!
SSUA'1930)
. 4 _ ( JOSÉ PEREIRA . x JUÁUPE

'
Í _._ _ ' . à.
uln Inºiosa escreve com aut Glade e cºl

.“
oaqmais
, l-Tíos vanaes assumes, pois s e p r e "se deu aai cuida—

.
ɪ - . - “ - ªªª—ºw w
" ide documentar—sei amplamente antes de emitir qualquer

ª
if 'ª T * ª 7 Ã
,,,Í-.-=ª5âo ou julgamento. _ - ' 3.1 ' _ 5.3 "

:
' * No enztaxito; sobre muito poucos ter㺠tanta autondaáe a!" ” " :

ç "
“. L .


. “ ' "ª“ É '"
e. competência para escrever quanto sobre os dra-má ª'“: ' '
.eventos ocorridos na Paraíba, em setembro de 1930, quando

'



o advogado Jnão Dantas assaSSinou João Pessoa, cumulo
san ento das aguda-s divergêtfcía-s que punham, em choque

*
GS- interasses políticos dos clãs Pereira e Pessoa de Queiroz.

w
Ligado. por laços de_ parentesco e amizade com _os dois gm— . . ' » “ºf Il

pes em luta,- sele acºmpanhou e documentou de muito perito


& ebulição de. uma crise provinciana que“ transpôs os l I t e s
“».: ' _ . . > ' ., ª? « .'. ,

a
' . . "
. » ' '. , . 1. . _
, - .,
1>.— ' .| ": '“.“
. .— - » . ..r

est ums para vir na ser uma das causas prmclpals |“ a i- . > --
,.
ft “ªªª '
ªê—
. " "A _ ' . '

; u
. .

de 3...
. 4 v ' .

M
. .X |
' ”e .
, ' . . '
.

te livro foi editado em convênio e . , «has 'f- , _ . . ' ' .;


“siºnal dº, livro;-' ª _; - , que reservºu uma parte da ªgem , ª ' _ "

"
para distribuição, à sua "rede de bibliôteca-s públitõas- em '
todº o território ima-ciºnal. ' - ª '“
' Lil»; A, _. ,.. , ..

,
à
.|,
| .-
;l
í'J- ”'E'-ª " '
11“; :.:-_
" ml. ..

r,“.ª'

. .

gc,
'
;
v
-
-
ª

a
-.
Coleção “Joaquim InojOsa

n
RETRATOS DO BRASIL

L
. . -
Volume 144' Dºação da Família


BêTÉLHO
<


'. 7
”._.r

àAPL.

,
. República de Princesa

W

;
m

m
w
& . (José Peréíra X João Pessoa —— 193Ó)' '

M
QP

E
%

M
ªí

"
.

. Em convênio com o
J INSTITUTO NACIONAL DO“ LIVRO
MISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
,

Jf
.

x
&. “a
eªm

'N“ ]

r
m
a


“"—..
.&

' ª; É . _. .?.
Inojosa, Joaquim, 1901 —— ' « '
"República de Princesa: José Pereira >< João Pessoa, ' ”“à-nª ' ' “ ' ª
.3441'
'

,,,; 1930 / Joaquim Inojosa. -- Rio de Janeiro : Civilização _,f'; . (133%; '
Brasileira ; Brasília : INL, 1980. ' g;..êª ' .. X E." '
(Coleção Retratos do Brasil ; v. 144) fã.; '
1. Brasil — História —— 1930 I. Instituto Nacional do ª'
.

João Praias-oa, . . ? ,_
nª? Livro II. Título III. Título: José Pereira '><
,; 1930 Iv. Série . ?
-
civilização
b . .
, CDD -- 981 . 06 . .
;,V; ,, CDU — ”981 “19.30” _ _. vrªªllelrª
CCF/SNEL/RI—SO—OSZO
Exemplar M », O 4 8 9 _ |

Capa:
' O Autor
Dormª

- ca :.a:
da esquerda parª a
gªttgdg-ÉMaígr de Jºsé Pereira, vendo—se
Feliciano Florentinº
direita: “cºronel” José Pereira, “major”
Dini z, Inoc êncio Nobre, Antôxªio
Medehos, Marçal Florentino prósperos &—
Rodr igues Senh or, todos
Pereira Lima, Manuel
).
zendeims do sertão paraibano (foto de 1930

. . AEAPARA?»
. , ACAB MAR ' NASCEU Joaquim Inojosa de Andrade, em 27 de março de
Diagramaçaa. _
BEEXTECA 1901, na antiga vila de São Vicente, fmunicípío de Timbauba,
Estado de Pernambuco, hoje cidade de São Vicente Férrer, filho
de João Inojosa de Albuquerque Andrade Lima e Ninfa Pes—-
soa de Albuquerqúe Vasconcelos. Fez o primário na aldeia de
nascimento, prossegumdo os estudos no Colégio Nabuco, da ci—
dade de Tímbaúba' (1912/1914); no Ginásio Aires Gama, no
MÁRIO ÉLBER bbs. S. CUNHÁ Recife (1915), onde fundou, aos 13 anos de idade, & Soeledade
Literária Álvares de Azevedo (1915/1920), e no Ginásio do Re—
REGINA BEZERRA
cife (1916/1917). Concluiu os preparatórios no Liceu Paraíba—
no, na atual João Pessoa, Paraíba, onde chegou com uma carta
de apresentação de Assis Chateaubriand para o escritor Carlos
Dias Fernandes. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife
em 1919, formando-se na turma de 15 de dezembro de 1923.
Direitos desta ediç㺠reservados à , Estreou no jornalismo em 1917, cóm o artigo “Rússia de Hdi-e”,
EDITORA CIVIL IZAÇà O BRAS ILEIR A S.A _, 'Qxaltando & revoluç㺠russa daquele ano. Em 1920, residindo
Rua Muniz Barreto, 91/93 ' ' _ 'na cidade de Itabaiana (PB), publicou o primeiro livro; Ten-
RIO DE JANEIRO -—-— RJ “ _ filmes, de contos de natureza social. Transferiu, em começó de
' "1922, a residência para o Recife,- ingressando em importante
matutino pernambucano e participando da luta política que se
desencadeava no Estado.
1980
Em setembro de 1922, Viajou ao Rio de J anen-o secreta—
Impresso no Brasil ríando uma embaixada de estudantes às festas do Centenáriº
Printed in Brazil
quando então, visitando São Paulo, e por intermédio do colega
de imprensa Menotti del Picchia, entrou em contato com os
modernistas da Semana de Arte Moderna, realizada meses an—
tes. Regressando ao Recife, apressou-se em iniciar, pelo artigo
“Que é futurismo” (A Nota, 30-10—1922), a campanha moder-
nista que de 1922 a 1930 atingiu de Salvador a Manaus, com
as repercussões que os estudiosos de hoje reconhecem e pro-
clamam. Publicou, em 1923, a revista Mauricéaz, de propaganda Obras do Autor

.
'modernista; em 1924, o manifesto A Arte Moderna. No ano
seguinte, iria definir os ideais nacionalistas do modernismo,
noutra publicação, O Brasil Brasileiro. Ao lado das atividades
jornalísticas exercia 'as de advogado e Promotor Público do
Recife, cargo para o qual foi nomeado três meses depois de

1
formado em Direito. Em 1930, com a vitória da revolução em
Pernambuco, depois de preso, conseguiu embarcar para o Rio
de Janeiro, onde chegou a 15 de dezembro, logo atraído por 2.4; , ,_

Assis Chateaubriand para o corpo redacional de O Jornal, rei—

w
niciando—se no jornalismo e na advocacia. Alguns anos depois

,“
fundou 0 seu próprio jornal, Meio-Dia (1939/1942), e poste—

"
riormente A Nação, em fase semanáría. A sua presença no jor— Tentames —— Livro de:—: estréia. Contos. Prefácio de João da
nalismo prossegue com o mesmo entusiasmo de outros tempos. Matta Correia Lima. 246 p. Paraíba, 1920.

-
Não menos fértil tem sido a vida de escritor de Joaquim A arte madame; —— Manifesto modernista. 40 p. Recife, 1924.
Inojosa, com uma vasta bagagem literária, em que se destacam

4! w
O Blrggzsl brasileiro —— Conferência modernista. 26 p., Recife,
algumas revisões históricas do modernismo brasileiro. Abando-

.
nouça ficção do livro de estréia de 1920, pela crítica e a po-

-
Aval e fiança —— Tese de filiação ao Instituto dos “Advogados

_l
lêmica, bem “definidas nas palavras finais de uma crônica do do Rio de Janeiro. 72 p. Rio, 1931.

f
escritor Guilherme Figueiredo sobre 60 Anos de Jornalismo, República socíaíista —— Tese defendida na 1.ª Conferêàcia "Na-'
minucioso relato de seis décadas de pregação jornalística: “Quem

,f
cional de Juristas. 60 p. Rio, 1933.

v
Joaquim Inojosa elogia pode ao menos dizer que não é des— Episódios —— Campanha política de 1937; 80 p. Rib, 1955.
provido de inteligência” (Última Hora —— Rio, 14—12-1978).

' ,
Diário de um turista apressado —— Impressões de Viagem à 'Eu—

, n.
Tendo observado e até mesmo (:o-participado dos episódios ropa. 256 p. Rio, 1959.

*
_
! xo ..
de 1930 nas lutas que se travaram entre o líder sertanejo José Diário de um esrudan-te (1920/1921). 360 p». Riº, 1960.
Pereira e o Presidente da Paraíba João Pessoa, consideradas .
..“-.
w
. wv
Crônicas de outros tempos. 304 p. Rio, 1963. '
hoje em dia a causa mais próxima da revolução de 3 de cum—'»
,
.

Crítica e polêmica. 344 p. Rio, 1963.


bro, presta neste livro República da Princesa vivo e amplo 'de—
.
,

Discursos e conferências. 356 13. Rio, 1963.


, í -”_ l— ,. _.

poímento de tudo quanto, pôde anotar, como valioso subsídio


Alguns aspectos de Direito. 332 p. Rio, 1964.
n

para os historiadores daqueles distantes acontecimentos.


' ,.q..» 5V '
. '

O Direito e o Foro. 416 p. Rio, 1965.


,
: - t .' 1

O Movimento Modernista em
»

Pernambuco. Vol. 1.º. 272 .


G ,
. . 4 “ _

Rio, 1968. p
r .n,y-.,,L

O Movimento Modernista em Pernambuco. Vol-. 2.º. 430119“.


:
H
A , ' * l “ ' ,º' x

_Rio, 1968.
» .
-W.
Jn —
.»A. ,
.,
;
h 2.-l'
_
l
;, .." U,
3,m
l '," ' 9 "
" ,“
'
'auª. .u“ . m
_
., “f* '1 3
'
a
O Movimento ModerníSm em Permbuco V01.3.º "386 ;)
RÍO,1969.
No pomar Vizenho. 120 p. Rio, 1969“.
Um movimento imaginário. 38 p. Rio, 1972.
Carro aaãegórz'ca. 214 13. Rio, 1973. _
Os Andrades e outros aspectos do modernismº. Ed. Civilização
Brasileira/MEC. 284 p. Rio, 1975. SUm-ário
Notícias bãobibliográficas 166 p.Río,1ª975.
A arte moderna —— O Brasil brasileiro. EdiCãQ cmquentenana
177 p Rio, 1977 ,
Pá de cal. 72 p. Rio, 1978.
60 anos de jornalismo —— 1917/1977. 226 p. Rio, 1978.
Tito Franco de Almeida — 136625583 políti'cas. 76 P— Riº! 1979“-
Até para o ano. 12 13. Rio, 1979. Neta. Prévia
11
70 Atas Sabadoylicmas. 134 13. Rio, 1988. ºferenda
José Américo de Almeida —- Algunfas cartas. 36 p. Rio, 1980.
República de Princesa. Ed. Civilização Brasileira/MEC. Rio,
l .ª Parte.: A GUERRA TRIBUTARIA
1.980. 25
Um apelo de José Pereira
DISCURSÓS ACADÉMICOS 55
Notas 57
Malba Tahan, o mercador de' esperanças. Discurso de pos-se na
Ziª Parte: 0 RDMPPVIE;Niro
Academia Carioca da Letras. Saudação de Jonas Correia. 61
Rio, 1975. A chapa fatídica
Na Cadeira 26. Discurso de saudação & Luiz de Castro Souza 7.0“
A visita
na Academia Caiioca, de' Letras. Discurso do novo aca— 34
O apelo, ao Padre Cícero 102
_: .dêmico. Rio, 1978. Nºtas '
Na Cadeira Vinte e Um. Discurso de saudação & Theophilo de 104
Andrade na Academia Carioca de Letras. Discurso do novo 3 .ª Parte: O TERRITÓRIO LIVRE DE” PRINÓESA
_.9aCadêmico. Rio, 1979. 107
Decreto n.º 1, de 9 de junho de 1930
1.09
Marcha—canção dos legionários de Princesa ——
Hino de Princesa 112
A “estralada” de Prime-asa 114
O Manifesto de José Pereirª 130.
Notas 135
43 Parte: A LUTA ' 1:37 _
Descrição de Jºsé Pereira: sobre ºs:
acºntecimentos 144

Q.
|

&?

, . .. .
(ªº) 187
Batalha da Mumçao

.
ª A
Bombardeio de Boletim 198
Í) ')
..01
ª
*O Notas .

As DUAS TRAGÉDIAS 209


(É?) 5.' Parte: Nota Prévia
A traged
.
. Glóna
, .m da Confe1.tar1a ' 211
(? 226
(3 A tragédia da Penitenciária do Recife ,ª
Veto ao Nego 230 '
ªº 232
O A situação do Presidente Washington Luís.
Os Dirigentes 235
'”? 239
“ªí-v» Notas
(à).
247
h 6._ª Par-te: DOCUMENTÁRIO
Notas do Exílio (Tenente Agripino Câmara) 249
(ªÃ-3 '
' Notas para o livro sobre Princesa (João
Pessoa de Queiroz) 265
O ' I
[ ª,—K, ' ' “As voltas com um doido —— João Pessoa
Cavalcânti de Albuquerque” (Artigo _.
“274 1» ..
O de João Duarte Dantas) . ,
A c1'd a_de de Prmcesa
F. ICÁ & . , . '
Avant. e! . .- _
279 amada num alt] lana formado
qÉ);.?
Duas- fugas sensamon als , — 289 pela extensa e lrregular Serra da Borborema. ªluga esta no
*Ã Paraíba
I. Fatos inéditos da Revolução de 36 em Eªtªdº , qº; Alagoas, atravessa Pernambuco, atinge 'a Oriental,
ªr)
,?
. Pernambuco (Fuga de Estácio Coimbra) 280 PÉ dàqu—se É" Borfborema Central e Borborema
n & lstmçâo ' 10 á ica ue vai d 'ª'
, _ _ ªs úm1das às . de,
5:
lle-ao Pêssegº de 317 semi—aridez “das caati⪠as e ªridez do sintªgm . ,
ª) II. É fuga dramauãa ªs - .“ Den - » - - - , '
s mcªmdqs nas vánas fama-s
ªjm,J . ueiroz
Melanco deâ ois
lia R a
morto Rei posto e
evo ução 320, _ , _ tre os mumc1p1os parmpano
É“ . 7 , , _ . chmanças desse corredor da bamada ao mtenor, iria o de Prin—
Índice Onomâstico' » 321 cega. atuar-se entre os prmlegiados, com os seus 650 m de
gl >)“;
alntude, numa extensão de 395 kinª.
,; *) | Fºra longe; a vilegiatura da sua capital -— a Princesa dos
desaflos-homencos de 1930 —-, que hoje denominaram de Prin—
1x
1 cesa ªsabel, como se mudança d? nome pudesse Ocultar heroís-
Tª e d01s anos ,transcorreriam entre a
wmos ? passado. Sessenta
:
D fundaçaç, 'em 1859, e q prêmio à categoria de cidade,,em 1921.
fªl“ Para .assentarem os ahcerces primeiros, ali“ chegaram" o Padre
ai.,»- Fraççlscç Tayares .Arcoverde, de presença cristã, e Natália do
É) ' Espmto Santo, cu1a faZenda se transformou na Freguesia de
à] . N.. S. (.]-.? Pom .Consellgo, 'que Bom Conselho, depois de Lagoa
? dg Permçao, f01 & pnrnen'a denominação da que viria & ho-
- menage-ar Isabel, & Redentora. '

11
Iº-
Da.-sde fins do século passado passºu a família“ Pereira ”a humanitário () de maior influência pessaaí e política . em - m㺗
dominar o município, numa influência que somente & reynluçao o alto sertão paraibano. Para melhor dedicar-se aos problemas.
de 1939 conseguiu destruir. Primehgo () Coronel. Marcohqo Pe— regiºnais, abandonara & Faculdade de Direítç dº“ Recife, no
W

reira, que morrendo em 1905 legºu ao filho _Jose Pereira os terceiro ano de estudos, e de tal ordem imprimiu dinamismo à
bens e () cetro do comando, por este consohdadc em _lêjlfã, sua ininterrupta administração de mais de' “20 anos, que trans—-
«

quandº garantiu & Epitácio Pessoa., não apenas no Quinº-19153 fºrmou o municípiº no permanente abastecedof de tºdº 0 aa—
mas na adjacente sertão paraibano, & vitória nas. renmdas eleg— tenso vale do Piancó, nos suprimentos de boca ou de artigos
'

ções «daquele ano; segundo, lutando por transformar () mum— manufaturados que recebia diretamente de Pernambuco, gaara,
este exportava todo o seu algodão, pois era bem mais fácil
+

cí'pio nº mais próspero da região, tomando—s?, pp]: todº o_ vastº


sertão paraibano, autorizado porta—voz dº emma/smc dommante, vencer em animais os 130 km que distanciavam Princesa da
-—

() amigo número um. de Epitáciº Pessoa na Paraiba por 15 anºs estação de. estrada de ferro pernambucana de Rio Branco, até“
. .

seguidos& , A . que lhe chegassem os caminhões mais próximos, do que Ievá—lc


que João Pessoa Cavalca nn de Albqqlu erque__ 1na para Campina Grande, ponto terminal da Via Férrea Great
-

Laços
cortar, (mando tudo indicava que, sabªdº—0 propzzpo da Isa;- Western. Quadro esse bem descrito por Inês Caminha Lºpes

dade, tratasse de conservar, animar, cultwar,“prestlglqndo—oi para Rodrigues, no livro A revolta de Princesa: “A situação gers—

gráfíca de Princesa alijou—a, na prática, das redes rodoviárias


ainda mais estreitar aquelas antigas relaçoes sentimentms __d_e
cºmpanheiros inseparáveis, Lon-ge dista, .apressoujse em hqsph— federal e - estadual, ilhando—a em relação à capital paraibana &

s aproximando—a às cidades pemambucanas limítrofes e através


zâ—lo, sem muito pensar nas conseqiíênczas mºram ou pohuca
'

dos seus atos. , “ destas, ao Recife”.


Aº receber do pai a herança do (30113m pcmgwcaª em N em com esta fatalidade geográfica quis conformar-se João
19,05, «em Ç—Príncgga “uma cidade... em desenvolylmen'go, mam ªlgada Pessoa Cavalcânti de Albuquerque, quando, assumindo () ,go—
ac" Éréciíe' l Raia 0; seu comércio glei qua & capltal parmbana, vamo da Paraíba, tentou violentá—la, criando a revolta de' Prin—
cesa da citada escritora. . .
giãdaÇá- piróxãmidade .com 1 as frontepjas de Pginambuco
e a falta A
défêátfgdàs“ .Íéjué' & levassem & outras regioes do Estado da Alguns aspectos dessa revolta serão descritos neste livro
Paraíba., , . . . “_ _ com imparcialidade e documentadamçnte, todavia em mais 'de—»
Á Shia 'S'ííuação "geográfica era .e _contmua pnvúçgxada, Do- poimento que história. ' ,
tada —d,_e,- ;água, em . abundância, caminhº dos vaqueiros de ou—
fiªôrà attaíídbs' “pela Lagoa da Perdigão nas suas andançªs em Ao assumir o governo da Paraíba, “encontrou f o sobrinho
15113621 de .. eàtádpà f vizinhos, sente—se prºtegida Pela própna. al— de Epitácio Pessoa —- terror do antigo Supremo Tribunal Mí—
titudé, pelasvpédràfs do Reino, que a' pena magma “de Ariano litar ———»- um estado em ordem; política e administrativa, apenas
.serrzªs
Suassuna. imortalizou no romance célebre; de outro, pelas
a,, perturbado por alguns problemas de natureza regional., comuns
&óntêirjças .dé Pefnambuco —— Baixa” Verde, Galego, Qua-ab
difícil acesso por essas partes cu"- na vida provinciana brasileira. Cºm esta situação — não se con—
CbIôníà, -1--, 'tornando—a de
cúndántés, Somente a partir de 1920 ' conseguiu-se,. pelo esforço formou o _novo governador, pelo que tentou imprimir em tudo
direta. de? Pm)-
de. lbs-.é Pereira, algúma edmunícaçâo 'rod-oyiária
uma ordem nova, sem medir—lhe as conseqííências, ditada pelo
que 1550 se reahzasse wa seu temperamento contraditório, girando entre o tranqííilo e ()
Cissa. ã,.capital da "Paraíbª, ievítando
. - . intempestivo. Não seria demasiado afirmar que algumas 'Lícon—
Pernªnbuw...” '
[ 'Mesmó assim," "economicamente era quase. absoluta a sua tradições __das suas atitudes, pessoais ou políticas, resultassem
depénãência. desse 'as—tado. ' , , . ,, de uma taxa familiar, sabido que um irmão e dois primos legí—ª
times -—-— estes do ramo Pessoa de Queiroz —— morreram “epi-=
Continuando a vida _de trabalho do pa;, tomara—'se Jo,-gg- Pf:—
féíra Lunaún'à' dos; homens mais ricos da região ——: nú “congrega, Iépticos. Não venho com isto afirmar que se tratasse de um
—— e pelo temperamento cordlal &: .epileptóide ; mas igualmente não podemos negar. certas influên—
na lavoura e 'na pecuária

12 13
_
i

“?.-3ª“ mam .« '“ Julia. :


dªs que: o mal pode exercer nos ramos de uma família. Toda—- Foí rápidº a João Pessoa criar inimigos, dentro e fora do
via, pelº menos José Pereira e o primo—irmão João Pessoa de Estado. Não mediu os perigos das reações contra a ordem es—
Queiroz () chamaram de epiléptico. tabelecida no país, sobretudo quando a conspiração para 1110—
' Nº“ arriscado e imprevisto de algumas de suas providências, dificar o regime se alastrava de sul a norte, com uma parte dos

.fhlªkãâàªláàvlàzu
na intempestividade de outras, e em certas e violentas deter- conspiradores "encontrando, na capital do seu estado, às barbas

.
m—inações' pessoais, sempre João Pessoa Cavalcânti de Albu— do palácio residencial, o mais tranqiíilo dos refúgios garantidos.
querque se levelou um homem incompreensível, por vezes num Dominado pela vaidade, fugiaaacompreensão
'“ dos acontecimen—
estado de espírito que bem poderiam revelar aquelas perturba— tos, deixando——se impressionar pela popularidade mais do que
ções psíquicas difíceis de explicar em temperamentos normais pelo seu estado crítico.
' Encontrou, para caldo de cultura da sua impulsividade, Em tudo mexeu sem medir consequências, de tal ordem. e
vícios comuns da República Velha, crise econômica geral refle—
. JC“;
. 553;
1 iºl—' ' fíolentamente, que uma das prateleiras do edifício cairia sobre

.
-.a sua cabeça, esmagando---.0

?
tindo—se no estado, juventude civil e militar preparando reações

.
contra a situação política e social do país, ampliando os sons Falta de conselheiros ou desobediência aos conselheiros?

:
nacionalistas despertados desde 1922. Talvez apenas doentias impulsividades temperamentais.

FT-
Exígia esse panorama nacional habilidade de um governante Além disto, falta de cultura. Pois é sabido: o Sr. João
qualquer para evitar os choques cap'azes de precipitar & admi— Pessoa Cavalcânti de Albuquerque não era um homem sufi—
nistração em dificuldades ainda maiores e negativas. No regime cientemente culto para compreender, nas suas raízes, os proble—

"
_
presidencial, & primeira atitude de um dirigente de pequeno mas que o cercavam. Tratou de resolvê-los sem lhes estudar
estado da Federação seria compatibilizar-se com () Catete, pois as causas e nelas aprofundar-se. Supôs, por exemplo, que re-
que, por bem ou por mal, ainda pre-dominava no Brasil & po— sultassem da presença do coronelismo sertanejo as angústias do
lítica de governadores iniciada no começo do século. Sobretudº povo paraibano, abandonando as fontes gerais que no momento

. o
quando a situação financeira do estado aguardava do poder can— envolviam o Brasil. Regionalizou o que era nacional, por falta

w
tral auxílio para a sua recuperação. de senso de mítica sociológica. . . Não teria sido original: esse

,
' 'Que fez o Presidente João Pessoa? Rompeu com o Palácio mal, denunciam—o Gilberto Amado no discurso de estréia na
das. Águias e tentou salvar—se com as próprias forças, iniciando Câmara dos Deputados, em 1916, ao referir que certos esta—
a “guerra tributária” no setor econômico e a derrubada de distas do Império —— que enumerava —— eram “homens de edu—-

/
chefes tradicionais no político. Longe de governar no sistema cação abstrata quase todos levados a preocupar—se mais com o__

5
de prudentes reformas & prazo, agrediu a situação local, sobre— aspecto do que com o fundo dos problemas”.

M
tudo & sertaneja numa imprudente derrubada geral de influên— Aconteceu justamente isso com João Pessoa Cavalcânti de

5
cias municipais a' fim de montar a sua própria máquina, quando Albuquerque: não indo ao fundo do poço, pretendeu sanear o

:
bem mais fácil teria sido aproveitar & existente & modificá—la ambiente retirando apenas a borra da superfície.
:
paulatinamente. Não contente com esses arroubos, investiu con— Morreu na luta inglória, pela incultura e pela imprudência,

3
tra () partido oficial, no celebmdo caso da renovação da bancada , , forcas negativas que, juntas, podem levar ao desespero qualquer
pelo sistema de rodízio, que, porém, era o primeiro & ferir ao ' « governante menos avisado.. " -

M
5
reincluir um primo na chapa federal. %

,
º

Episódios conhecidos? Sem dúvida. Mas ainda não estuda- 1


1

4
dos 'à face da psiquiatria, de um influenciado .por vexatórias II .J
'.

taras de família.
Cabe aos estudiosos da matéria o estudo da vida __de João
Pessoa em face desse aspecto, sem dúvida de grande impor— Não tem o autor deste livro & veleidade de empanar na
i

M
tância na atitude dos homens, seu destino, comportamento e Sua narrativa () mito de herói que aureola & figura carismática
contradições morais. do ex—presidente da Paraíba, João Pessoa Cava-lcânti de Albu-

14. 715

n
?f

M

:
querque. Cabe—lhe Super que. 0. julgamentº das atitudes drag-te- Da Paraíba divergente dava o brado»: de alerta a. Arcebispç
homem público venha a resultar de, uma leitura atenta dos D. Adauto de Miranda Henriques, em editorial do órgão of;—
documentos transcritgs neste livro, og quais, estes sim, poder㺠éial do clero A Imprensa (13—7—1930), referindo—se à audácm'
embaciar—Ihe & glória para muitos comovente. de Princesa:
Convém referir que, apesar da distância no tempo, ainda —— “Cºmo não ver que essa sediç㺠localizada num ponto
predominam no ânimo ãe muitos as repercussões emºcionais de um estadº" minúsculo se poderá espraiar de um momentº:
dos acontecimentos, perturbando—lhes & serenidade de uma justa para outro por todo o Brasil? Que falta para explodir a .re—
volução?” ' .
“sentença final. ' ponto máximo de tolerâàc aa,
A crise brasilei ra chegava ao
Recordemos que havia no Brasil, entre 1929 e 1930, uma;
quando ameaçava os alicerces da burguesia paulista, e daquela,
..generalizada insatisfação pºlítica e social criando clima para
mais modesta, de quasi? tídó o'país. Refletia—se, nela, o que hg—
idéias revolucionárias de cunho aparentemente nacionalista. Vi—
nha-se de levantes militares que bem () denunciavam, de místi-
Via de universal. Bias Washington Luís não era um. Franklãn
Delano Roosevelt, para contorná—la com alguma“ sábias gedi—
fic-ações das cartas falsas, de três . governos reacionárics suces—
das administrativas, capazes de neutralizar os reflexos pohtmos,
sivos, com as janelas demºcráticas fechadas às aspirações pº— todos de caráter negativo —— “Toda ,a economia paulista estre-
púlnares e uma aguda crise econômica ameaçando & exist-ência
mecé”, escrevia Geral-do Ferraz, trinta anºs depois. “O fim da
sobressaltada das várias classes, sem perspectivas para & erra—
Primeira República se aproxima ; entre a Elºísa-3 de Outubro de
dicação de Vícios malsinados. Quebrara Washington Luís. cr
1.929 e a Revolução da: Aliança Liberal, medveia um ano; quase
abordo café—com—leíte São Paulo—Minas, preterindo & vez das
dia pºr dia”. ,
Alterosas na sucessão presidencial, sob uma presumida ameaça Luís os ele-
de perpetuidade paulista no poder. O mineiro Antônio Carlos, Diante desses fantasmas, negou Washington
pretendente ao trono, hábil em manobras de bastidores, arti— mentos necessários ao Presidente João Pessoa para combatia? os
culou—se com os gaúchos, que igualmente () ambicionavam, & amotínadas de Princesa, ãiíqçanto & estes, se os não aumhava
criou a Aliança Liberal. Fácil lhes foi conseguir, por uma in- diretamente, fechava os Ulhoª; & .quem o fizesse. Receava, de.-'-
ge
tervenção amiga de Félix Pacheco junto ao senador Epitácio certo, .e com algumas convínbentes razões de estado, qua,
Pessoa, então juiz da Corte de . Hay'a,” que o seu sobrinho ———- permitisse à polícia paraibana armar-se largamente, a estana
Presidente da Paraíba —— João Pés-sea, embora simpatizante do . aparelhada para a revolução, de cujas conspirações Unha plenos
ofícialismo federal, figurasse na chapa de vice—presidente da opc— ou vagos conhecimentos. Cometeu o erro de não ir ao fim cgm
sição. Chegou Epitácio & estranhar em carta que lhe dirigiu da as suas providências, que seria intervir na Paraíba, cetítro pran—
Europa: —— “Estranho que aceites essa Vice—presidência, quando. cípal, na parte nordeste /n0rte do país, das confab/uªaçoes revo—
as tuas simpatias são pelo Washington”. —— Deu—lhe, porém, lucionárias, Teria, não há dúvida, evitado & tragedla da (301.1:
carta branca, embora pessimista quanto ao êxito entressonhada
feitaria Glória, e que os mandachuvas da Aliança Liberal, ]ªa
no pleito eleitoral que se avizinhava. A
dispersos, se reartículassem para o golpe de 3 de outubro, çom
Organizada, recrutou, & Aliança Libçral “& fina flôr da da- um governante de estado, então, venerado e deposto, posswe
l-
magogia oratória e saiu em caravana pelo país -—-— João Neves vida melancó lica de funcioná rio aposen—
da Fontoura, Maurício de Lacerda, Batista Luzardªo, Lindolfo mente vivendo a sua
Collor, Djalma Pinheiro Chagas —, a pregar a. Vitória pelo voto tado, confirmando aquela confissão epístolar de que, se achava
popular ou pelas armas, em ostensivo contato com os cons— , esquecido dos amigos. . .
ímte
piradores dos quartéis. Levavam como slogan & palavra de or— Procurei situar neste livro a posição exata. dc. Pres1d£
polític a da Paraíb a, algºz do epxtam smo, «cn—an—
dem do taumaturg-o de Minas: —— “Façamos & revolução, gant-es: João Pessoa na
que o. povo a faça”, e sem o» saber amavam os úl'tir'nos. ira-:ca'rde—s win, como D. Quixote., uma imagem própria de hera de reno— zlaas
"de um ansiado hino de ”liberdade.. - vação de costumes, perseguindo os chefes políticos tradlcm

]?
16-
dq sertão paraibano, levando-os a que se unissem ao primeiro ajuste, de contas com o primo do Palácio. Colocou-se ao lado
gato de reªção, que “seria “espetacular. Debalde tentou Epitáciº do ex.-sogro, mas em assuntos de imprensa, não indo, fora deste.
I'F'essog, () no que () indicam para & governança por uma quase ângulo, & sua colaboração além de haver organizado, com Odi-
1mp031çã0 pessoal, salvar do cute—3100 amigo Antônio Massa, lcn Nestor e o sogro, João Pessoa de Queiroz, o Território
pedindo—lhe, com certa humildade, que pelo menos 0 passasse Livre de Princesa, com um jornal e um hino, este de grande
de senador & deputado; em Vão () aconselhou a ser cauteloso beleza, letra do poeta Austro—Costa e música do compositor
na organização da chapa à Câmara Federal, recomendando—lhe Nélson Ferreira. Visitou Princesa, depois de ocupada pela Força
prudência no desfecho dos casos municipais.. . Federal, em setembro de 1930, documentando, fotograficamente
Inúteis todos os apelos, diante de uma euforia de poder & ao vivo, em relatório de José Pereira, o que se passara'ªfª'ªnas
qu_e o levava até a admoestar o tio, quando este lhe sugeria disputas entre policiais e libertadores, &: por que razão, por
&:
BVIÉal' ºs choques dos quais “resultarão ressentimentos entre cinco meses, permaneceram quase inativos os primeiros, com
am1gc3-s, e,, portanto, enfraquecimento do partido”; ao que res—
um, estado—maior instalado em .. Piancó,- & 10.8 quilômetros da
pondla arrogantemente:
cidade rebelada, & cujós 'défensores caberia realizar ofensivas,
“Por que não estabelecemos nós moralidade nas coisas da
quando na verdade este aspecto da luta deveria constituir—se
política e da administração? Por quê? Somente porque foram
em iniciativa do Governo.
amigos de 15. . .? Desmoralizaram—se,.mas assim mesmo deve—
mos acompanhei—los na desmoralização?”. Pode—se afirmar que José Pereira foi senhor _ absoluto da
situação, do começo ao fim, desde que, tendo por objetivo de.——
E ameaçava governar “sem indagarmos se eles estiveram
fender & cidade de Princesa de uma ocupação ínSistentemente
conosco,. contra nós ou fora da luta de 15”, o que importava apregoada pelo Governo, con-seguiu neutralizar—lhe as ' tropas de
numa v1rtua1 liquidação do partido epitacista. — polícia e voluntários 'em pontos próximos, quando os seus Ii-
. 'Foram' os seus desacertos políticos e administrativos que bertadores se movimentavam por todo o sertão confl'agxado, ven—
criaram o clima para. & rebeldia quando os sertanejos incon—f cendo pela. astúcia e rapidez & vigilância do inimigo em lances-
formados atenderam ao convite de luta partido do chefe “mu-ª- por vezes impressionantes., como o das retomadas "de Patos ...e.
nicipal, deputado José Pereira Lima, e .a ele se uniram para Sítio &: da emboscada de Água Branca.
os .episódios do— que seria a epºpéia de Prince-sa. Longe de Houve, em todo () transcorrer da luta, porém? uma pªra»
paelficar, ia incendiar & Paraíba, o que me parece bem defi— dexa] desigualdade: enquanto se negavam ao governo paraibana-
nicªo nestas palavras do crítico paraibano José Octávio: “ . . , as- armas e munições, J osé Pereira as recebia em abundância, o
prlmitivas simpatias de João Dantas por João Pessoa e seu que lhe garantiu a Vitória pela resistência. ,
posterior afastamento & partir da luta por este cacetada con-
Tê—la-ía. alcançado com uma polícia e prováveis voluntários
tra () predomínio das grandes fann'lías” (in Correio das Ar— suficientemente armados?
tes —— PB —— 23—07—1978). - Depois, as conseqíiências dramáticas: prirneiro & morte de
.Além desta origem estadual, outra iria concorrer, pelo in- João Pessoa, não prºpriamente na luta, ou no campo da luta,
centzªvo, para a revolta sertaneja: & bíªiga de família entre o mas pela mão vingativa de um advogado ferido nos seus brio-s,
Presgdente João Pessoa e 'os primos Pessoa de Queiroz, do alcançado na sua honra; depois o degolamento do assassino
'Rec1fe, sobre cujos começos, desenvolvimento e conseq João Dantas, & Revolução de 30, com o corolário _de problef-
ííências
pode o autor deste livro prestar depoimento pessoal, Visto que mas sociais e econômicos que os homens até hoje não sºube-—
na época mtegrqva & família de um desses Pessoa por via ram resolver. ' ' ' '
de-
casamento, convwendo na mtnmdade, tudo observando
e por É certo que neste livro se descrevem impressões pessoais
vezes anotando. Coube—lhe ainda colaborar eventualmente
«WM»

na do autor; mas facilmente se depreend'erá que inspiradas na rea—


segunda fase das divergências, isto é, quando “partiam para
0“ lidade dos fatos, e naquela, igualmente importante,“ de “documen-
."5
3“, ': E
Q
! l

4: ".

? I'8
ªx
3

'..»

19
.

ªí:.rIÍi-Nªê'âamku-uu
;
“tios Fla época. Aquilo que a memória,. não guardºu, 'a pesquisa.
supnu. freável. Até aí- .a revºlução constituía um anseio da imensa
A0 leitor, o trabalho de deduzir. Cabe—3h»? & responsabili— maioria. Dali em diante passou à Categoria de ponto de. hºn—
«vd-ade do julgamento. ra. ( . . . ) Tudº isso foi acontecendo em seguida ao. assassímº
“" de Jo㺠Pessoa ( . . .) Mal chegou ao Rio, pusemo—nos de acor—
de em reagrupar os elementos dispersos ou hesitantesºª. . ..
Comenta, a seguir, João Neves da Fontoura, haver saúde
A Conseqâência, “Maior que “na cúpula arrefecia visivelmente o propósíszo de conduzir &
cônspíração & termo, desencadeando—se º movimento arm-adao”.-

Qual a consequência mais importante da rebeldia de Pirin— '? Siva, “& chama da' rebeldia”. :
Câ'sa, para os destino-s políticos do Brasil? .Está bem” claro, pelas confissões da memorialista, testemu» "
Surge—nos imediata & resíaosta: & Revoíução de 1930. nha número um dos acontecimentos na área federal, expressas
Expre-ssou-a, em 1963, no vol. II das suas memórias, João 33 anos depois, dentrº da frieza de. análise que» o transcurso do
Neves da Fontoura, autorizado parta-vez dos acontecimentºs, tempo favorece, que a Revolução de 1930 foi mesmo. & cbnse—
pºr haver deles participado diretamente. Apmcíou por esta
fºrma o que se passou, em veemente depoimento: qííência maior da rebeldia princesense. . . quando “José Parceira
. fªTentando,__ neste segundo volume de memórias, fixar & dis— atirou ainda mais longe a barra, proclamando que o território
crmnnar as caúsas distantes e as diretas da Revolução de 193.0, do seu município se separava da Paraíba, passandº a constituir,
aponte como de importância decisiva o drama paraibano, quer o Estado Livre. de Princesa. Talvez isso hoje pareça inacreditá-
no setor “político, quer quanto aos acontecimentos posteriores à _ vel, mas foi exatamente assim que os fatos se desenrolaram”
fagsfa eleitoral de 1.º de março, notadamame & insurreição de (sic)“. .
Pnncesa, capitaneada por José Pereira, de concerto cºm 0 Go— Assim, como ª tiro de Saravejo surgira dos bastidores po—
yemo Federal ( . . .) Não só pºrque me: encontrai' intimamente líticos da Corte Imperial, () da casa de chá do Recife nascera
hgado ao; .referidos acontecimentbs _ era a mim qua ”João Pas— de medidas inconseqiíentes contra os rebeldes de Princesa;
Sºª. Sªí ªdmgía. pelo telégrafo je por intermédio de agentes con-- .. Proclamada & vitória de Júlio Prestes, cuidou este tran—
flªdçlicmls ——,« Cómo pela Convicção de que neles “se tem de pro— qííilamente de embarcar para o estrangeiro, a fim de receber
cª'urar & Ganga imediata da explosão revolucionária de 3 de gsi-4 um pouco de ares de civilização maior. Washington Luís Sen-—
outubro de 1930. tia—se segurq "da vitória eleitoral, resultante do seu' prestígio de
Finalmente, o crime de morte perpetrado contra Ioãc Pes— presidente. Getúlio Vargas acomodam—se” nas fofas poltronas de
soa fez derramar o cálice. Para justificar plenamente “& revolu-
gaúcho realista. A rapaziada 'c-onspiradora dispersam—se d'e—
. çâo faltava um motivo emocional. Os disparos de João Dantas,
prosjaqndo sem Vida, dentro da Confeitaria Glória, “O ínclito siludida. ,
bragúelro, não abateramr apenas um homem: puseram fim ao De repente,. reboou de norte a sul um trovão de som violen—
rpglme de 1891 ( . . .) Daí em diante “a conspiração se genera— to; fora assassinado o Presidente João Pessoa, em plena' capital
hzçu- &: adquiriu o ímpeto irresistível que mais tarde se conver— pernambucana. A opinião pública comoveu—se. Comoção que
teua na Vitória de 24 de outubro ( . .. .) Conversando certa vez seria explorada pelos alto—falantes da Aliança Liberal. Aquilo
comigo, Afonso Pena Júnior comparou o tiro de João Duarte bem lhes caíra como se fora uma cabeça de São João em ban.-
Dªntas contra João Pessoa ao que, em 1914, abateu em Sara— d—eja de ouro ou prata. Era somente exibí—la e teriam a Vítima
Viªjº. () Arquiduque Ferdinando, da- Áustria. Este foi a causa transformada em herói. Criaram-se frases que ficaram slogans:
imediata da Lª Grande Guerra. Aquele, da Revolução _, de 193.0;— “Presidente da República, que fizeste do presidente da Paraí-
Dasd-e esse dia a conspiraç㺠resmas-seen com um ímpeto me— ba?!”, “Não deviam enterrar—te deitado, mas de pé, pois de pé,
caíste” . . .

20
21
.

. Enquanto alimentavam esse fogo sagrado,. tratavam de rear—


t1.cular-se para :'a revolução. Estava—se em fins de: julho. Era pre-—
9130 não deixar que os ânimos esfríassemªªª. '
Embora resultante de um desforço pessoal, vingança de brios 11 L


ofendidos, () assassínio tivera as suas origens na guerrilha serta—Ã
neia. _As raízes ali estavam: tortura de familiares em Piancó,
cu_ja mvasão fora confiada & um tenente da polícia. “fígadal ini—
níngç” de João Dantas —— depois, seu co—degolador na peniten—
c1ár1a do Recife -——, & eXpulsâo deste da capital paraibana, onde
]

residia e advogava, () arrombamento do seu cofre particular com


a Publicação da correspondência mais íntima; levandº tudo isto Oferenda
Joao Dantas & _duas decisões pessoais: colaborar intensamenté
com. José Pereira n'a reação sertaneja contra os desmandos da
presmente João Pessoa, e ajustar contas com este no primeiro
encontro, o que acontegeu numa casa de chá do Recife, quan—
do então () roble tombou para sempre;.
“> _ “

Tudo .aquilo era ocultado do público, para que prevalecesse


apenas & mpressâa da morte de um herói pelo agente de um
.
ªm ..)

complô. A verdadeira história seri-a preocupação do futuro. Nó


< “

”momento em explorar os acontecimentos sºb as cores


.

enc-ar—
nadas. da Aliança Lib-era], revivendo—os para um povo ânsias-e
de coma nova e em parte angustiado pela crise desºla
a (

dora, até
que ps-e_completasse em breve “& seqiiêncía natural: D-EDICO este livro a; memória daquele sem cuja apoio José
“&
V


Plªno-esa + Confeitaria Glória = Revolução de 30. Pereira. Lima não teria pegado. em armas contra o Presidente
,

Nas sab-emos ainda hoje se. para bem ou mal de'Brasil. João Pessoa. Refiro—me ao primo deste-, meu ex-ªsogro João
Pes-soa de Queiroz. Faço—o por dois motivos: primeiro, porque
.


;

JCAQÚIM 1NOJOSA lhe servi de secretário particular durante toda a contenda; 'po-
'.w wn'?FY—W'_

Riº .de Jambº, 1980.


dendo julgar 'bem de perto da sua lealdade, desinteresse Te bra—-
:

vara pesSoal, dos seus numerosos sacrifícios por uma causa in—
; . N

grata, sustentada & fim de que não ruísse no abismo “da derrota
35:
A

o amigo de Princesa; segundo, por lhe atender aos reclamos . su—=


cessivos, embora quarenta e nove anos depois, constantes de
:
? .

* Nã? se deve cªegprezar, na história da começão- popular, o efeitº


cartas que me escrevia de Paris, onde se encontrava exilado:

p.:odumdo gajo estrlbúho do Hino a Jºãº Pessoa,. letra de Oswaldo San-—


"H..—'

mago e [nu-Sica de Eduardo Souto: “ . . ) Paris -— 20-3—1931: -——- Eu desejo escrever um livro
3.
.f—

sobre os “negócios de PrínCesa me defendendo sem humilhação-.


__],
,

Jºão Pessoa, João Pêssea, Você tem todos os elementos e eu tenho o meu arquivo. . . Es—
1'

Bravo filho do sertão,


Toda a Pátria espera um pero que V. vá organizando tudo para esse fim”. “Paris" —-
dia
, .

10-4-1931: — Não esqueça o livro que pretendo publicar; eu


7

A tua ressurreição.
,;

" ª
". " & - J

João Pessoa, João Pessoa, posso assumir a responsabilidade dele —— porém quero publicar

»“

O teu vulto varonil,


t "'I

a carta que escrevi ao Joca e as cartas trocadas com o Epitácio.


.

E).,
R
-

Vive ainda, vive ainda


Diga se devo escrever a ele, Epitácio, pedindo licença para pm
-

No coração do Brasil
"
"

22 23
--
' Bííciar “París -——— 30—4—1931: —— Não se esqueça do livro. Eu
quero hístoríar este caso desde a minha amizade íntima cºm ()
Joca; quero transcrever & carta que escrevi em 1.929 ao Jaca e
as cartas que IBCBbí e escrevi ao “tio. Quero enfim deixar um
documento para Vocês no futuro não terem vergonha de mim
e nem meus filhos e netos. Faço qúestão disse e só posso con—
ta;: com V. para esse trabalho”.. —— “Paris —— 26—5—1931: — Peço Lª Parte
que em tudo «seja Glam, positivo e cru, não tenha contempla—
ç㺠com pessoa alguma; eu. assinará tudo onde for precisa a
minha responsabilidade”. . . “Quero que V. conte toda & histó—.
ria de. Princesa &: aproveite as fotografias que tiramos ali. Não
tenha medo, seja cruel, porém somente com .a verdade”. — “Pa-— ' u.:

ris —— 6—6—1931: —— N ão esqueça o livro, tome todo interesse


151616, querº defender-me, porém também não querº ter .a me— A Queria Tributária
nor condescendência, seja com quem for; quero botar &. calva
dos. algozes à mostra”. “Paris —— IE?—64931: —— Remeta as pro—
vas do livro de que falo. Não esqueça de ativar este caso, pois
sei que é cedo para a saída do livro, porém já está ficando
tarde para 'a confecção dele”. —— “Paris —— 114—7-1931 —— Não
estou de acordo em demorar a confecção do tal ,livro, pelo
contrário desejo da:: urgência & ele; para ter tudo pronto para
o momento oportuno; preciso hístoríar as cbisas desde 1925,
para defender também o. Zé Pereira. Mande as provas urgentes”.
—— “París ——_— 23—7—1931 ———- Não se descuide do livro. Nós pre-
cisamos que- ele saia antes, de perder a oportunidade, Eu quem,
no livro? reduªzir o , santo às suas proporções-, começando pela
herança dele no inventário do sogro & no inventário dele pró—
prio*. O tio- tem que marchar também para ele saber quanto
é ruim proceder comº; ele procedeu”. -—— “Paris —- -12—9—-1931:
—— Vejo que V. está disposto a deixar o livro para as calendas.
gregas, ou então para depois de estar eu em outra vida; o tra—
balho deve ser longo e bem pensa-do, [e é justamente por isso
que, devíamos estar tratando dele e trocando idéias”.
Não, o livro não seria joga-do às calendas gregas. Mas la—
mentavelmente sofreria o impacto da segunda & melancólica pre-
di1çâo.

* Ler na fina] âeste livre é perflí que da santa e n k ão seu exibe


de Paris o primo M㺠Pessoa de Quem—az
' » « r - u

NÃO seria estranho afirmar que .a “revolta. de Princesa co—


meçou no dia mesmo em que Epitácio Pessoa indicou para “go-=
vernar & Paraíba o sobrinho João Pessoa Cavalcânti de Albu—
querque. Porque naquele momento abria um fosso entre dois
dos três ramos da' família —— os Pessoa de Queiroz'e os Pessoa
'Cavalcânti —- e outro na existência do seu- partido político.
' Dois-prixhos se detestavam e o tio, decerto, não o «“desco—
nhecia: Francisco Pessoa de Queiroz .e o futuro dirigente“ paª
raibano. Díspunha o primeiro de duas forças, além da de depu-
tado federal; que o credenciavam, com bastante mais razão, ao
exercício daquele cargo político: um jornal' matutino de moon-'
“testável influência por todo o Nordeste e o prestígio da poderosa
J . Pessoa de“ Queiroz & Cia., que dominava economicamente,
*Cºmo. um polvo, do sertão ao litoral paraibano. Não aceitaria
impúneménte que as êuas aspirações fossem barradas por um
parente a quem abominava, e além disto ilustre desconhecido
da massa eleitoral do estadoi.
Contudo, registrando—lhe, em 24 linhas, a chegada “ao Re-
cife -— 20—8-“28 —-——, tecia-lhe o Jornal do Comércio este elogio:
“Candidato sufrágado por todas as correntes partidárias que mi—
litam naquele estado, o Sr. Dr. João Pessoa vai investir—se 1510'

27
cargo, cºm as símp fatias e Os banzs augúrí-Grs unânime-S dns saisse nal” ãe Justiça do Estadº anulam "por habeas—cºrpus fa chei-”eres.
ºt-ncidadãas”. N 0 óia seguinte, em regiStm de ?>“? .linha-s, mpe— E à relutanma de cemo em cumprir () acordava :o Tnbunal
tia: “Eleito pºr unanimidade das gufrágíos eleitorais 0 new ínterpeloa:
chefe- do vizinho Estado. assume o poder ante a expectativa. sím— “O Superiºr Tribunal não “suspeita que o Poder Executivº-, m'a
pática de todºs OS seus. concídadãos, seguros de que S. Elx-cia; confiado à diretriz de um ilustre representante da mais. falar-lada
fará um governo de trabalhº e hºnestidade, visandº ao pro— judíoatura brasileira, prºpositadamente- concorra para o desrespeito
gresso do Estado pela: solução das seus mais importantes pm "às decisões dº Poder Judiciário neste. Estado” (A Uni㺠——
blemas”. 12—2—1929).
Foi a cobertura da chegada. Quanto à da posse constou da Em carta a João Pessoa, de 1—2—1929,escrevía Epitáciº 3365-
publicaç㺠de telegramas da Paraíba narrando o desenvolvimen— sca que a decisão do Tribunal constituíra um “grave contratem—
to das cerimônias. pº”, mas que taria havido. demasiada pressa em dar tudº cºm
Dez dias depois, na ausência. do diretor do jornal,, surgiu desfeito-: “Poder—se—ia fazer a crítica da sentença, mostrar—lha (33-
() editorial ”“Governo da Paraíba”, simpático ac: novo pre-sí— graves inconvenientes, &: é possível que., em novo pedido, () Tri—-
dente, louvando—lhe () programa de renovaç㺠política &: admi— bunal reconsiderasse & decisão”. '
nistrativa constante do discursº proferido ao empossar-se, pa— O segundo seria o de estatística, ou incorporação-, que :) Su-
rêm sugerindº que os problemas da Paraíba não se resolveríam premo Tribunal Federal consideraria inconstituciºnal, por equâ—
cem o aumento“ de impostos, e sim com o desenvolvimento agrí— parar—se ao de importação, privativo da União. Mas até que-viesse
cola do estado. “Devem com isto estar gozando os habitantes este decisório saneador, muitas águas rolaram sob a pºnta, para
daquela pequena e laboriosa região do hinzerland brasileiro, alcançar na seu roldão & cidade de Princesa.
digna, como qualquer outra,, de. um governo de: idéias e de re— Na verdade o novo imposto apresentava esta faceta discrimi—
soluta deliberação de executá—las.” natória: razoável pala as mercadºrias que desembarcassem pelº
'N
Canto do cisne Daí em diante a t é aaguerra tributária, nem Portº de Cabedelo; sensivelmente aumentado para as que pene-
mais uma palavra. Passam () jornal & resPeíftar ºs sentimentºs trassem () estado pelas fronteiras terrestres, com a criação das
do diretor respectivas parteiras fiscalizadora, () que valeria ag Presidente
Nº ano seguinte,-- ao desembarcar no Recife em ] 9 de feve— João Pessoa O apelido de João Port-eimº O objetivo em um
reira de 1929, não parecia Franmsco Pessoa de Queiroz dispos— Só: obrigar as firma-s pernambucanas ou cearenses, de grande
to & transigh para colocar o jornal à disposição do primo; nem comércio intôríorano sertanejo & inaugurar filiais na hoj; capi-
este de consultá—lo sobre qualquer providência gºvernamental ta] de Jºão Pessoa, desenvolvendo—a. Chegar—se—ía, por aí, a' este
tendo, ao contrário, suS-pendído uma pequena subvenção —— 1 resultado paradºxal: enquanto por esârada de rodagem ou de
conto de réis por mês —— que o tesouro festa-dual pagava ao Iara ferro os produms adquiridos naquelas praças chegavam ao seu
naZ do Comércio a título de publicidade-. Aproveitou o ensejº destino —— Itabaiana Guarabira Campina Grande Sousa., Pa—
da criação de um novo imposto que atingia diretamente a firma tes, Cajazeiras, Emacs-,a etc. —— em dois, quatro ou cinco dias,
I. Pessoa de Queiroz & Cia., para investir contra o parente, pelo menos uma quinze-na ou um mês tezíam de gastar denim
criando o que batizou deSde o começo de “A Guerra Tribu— do novo sistema aprovado.
tária”. Ia além, & lei nova: impunha que os agentes vendedºres.,
Preocupado com o saneamento não apenas pohtlco-adxmms— os chamados caixeiros—viajantes, sa inscess'em em. repartição
trativo, mas igualmente econômico do estado, conseguira Jºãº Pes-, competente, para o pagamento “da taxa, da indústria e profissão.,
5021, da Assembléia, & aprovação de dois novos ini-pastos, os quais,. onerando—lhes (: desempenho profissional.
para provar a pressa das providências., “seriam pdsrt'erímmemê“ ful— Taís inovações irritam am os comerciantes vizinhos
minados pel-as justiças, uma, estadual, ae - a outra" "federal.. O pri meiro a reagir foi o comércio do“ Ceará, num veemen-
' 0 primeira denominºuªse de imp.-01ato de trânsito, sobre” os afei- te prºtesto da sua. Associação Comercial, transmmdo per tele-
culos nas estradas de “rºdagem (peiâgíoí?_)_, que: o Superior Triªna—' grana aº Preadsnte da Republma. ._. contra a tabela de in—

2ª;
corporação e a taxa preferencial dos produtos export'áveis Pºr verno do estado certamente não negará apoio a essa campanha
mar e por terra”. em prol de legítimos interesses pernambucanos”.
Era o grito de guerra. Estava iniciada a guerra!
A isto respondeu logo o jornal oficial, A União, de que
A isto respondeu A União (28—3-1929), que o Jornal do
o Governo do Estado “não se acha disposto & tergiversar, man—-
tendo com firmeza, de exercício & exercício, essa política de Comércio “também achou de bradat contra a política tribu—
resistência econômica”, e que o Presidente do Estado tinha cons- tária da. Paraíba, o que fez em veemente nota de ontem. Ve—
emente e infundada, na proporção da sua veemência”. . . “Fo-
ciência do papel que estava exercendo” (21—3—1929). '
mentando atitudes inconvenientes, o conceituado órgão está ,fa—
Pelo menos por uma semana toda a polêmica se travou Cºm zendo mal ao comércio do Estado”. ª“
os cearenses, pois somente no dia 27 de março surgia o primei— Começava o debate, não entre dois jornais, porém entre
ro editorial do Jornal do Comércio, do Recife, discutindo 0-- . dois primos —— no começo em tom disfarçadamente pessoal, tor—
assunto, quando até um jornalista paraibano havia louvado o =nand0—se_depois claro e direto, fase em que levou a palma e
silêncio dos vizinhos: “Vejam lá como o comércio de Pernam— Presidente da Paraíba.
';";-
buco, maior e mais atingido pelas leis de proteção da Paraíba; Vejamos.
está resolvendo () caso. Não se queixou e não protestou até. A esse editorial reagiu () Jornal do Comércio com a pri—-
agora”. . . (Guttemberg Barreto — A União —— 23-3—1929). meira indireta ao governador: —— “consciência perturbada pela
Previa mal o que iria passar-se. . . _ visão absorvente dos interesses imediatos, da glória de apresen—
O malsinado tributo feria frontalmente os interesses dos tar o Tesouro cheio à custa da economia regional” (Jornal do
Srs. J. Pessoa de Queiroz & Cia. Procurou esta firma, então, Comércio —- 4—4—1929). Compreendeu A União o alcance da
_ a solidariedade de outros comerciantes da praça, arregimentando investida e reclamou: —— “No Brasil rara é a discussão que não
cerca de 40 para o ingresso em juízo, com o que conseguiu pOS—j degensre, no segundo ou no terceiro artigo, quando não é no pri-
. tenormente demonstrar—lhe (Supremo Tribunal Federal) a m*
meiro, em ferinas referências pessoais (...) Logo em sua primeira
constitucionalidade. '
investida situou-se cóntra () Presidente do Estado, que, aliás, não
Deveria ter—se limitado a esta marcha única o episódio, Se lhe está percebendo a existência” (A União —— 11-4—1929).
naquele entrementes não houvesse chegado ao Recife o Diretºr
Publicava uma longa carta anônima contra ] . Pessoa de
do Jornal do Comércio, Francisco Pessoa de Queiroz, ávido de;
” Queiroz & Cia. A0 que voltava com o troco o Jornal do ICO—'
um ajuste de contas com o primo desavindo, Presidente da Pa— mércio (14-4—1929) . . .“leva—nos a deixar à margem os proces—
raíba. Apressou—se em debater de público a questão, provocan— sos de desaforo embuçado no anonimato _tão do gosto dos que
do—a no editoral de 27—3—1929, quando várias firmas do Recife fºrcejam por servir e corresponder aos desvarios do senhor, con-
, tratavam de abrir filiais em "João Pessoa. victos de quanto mais se prestemam ao tacão heríl mais se Ele-
Que dizia a crítica? Trazia desde logo o título de “A Guer— vam na afeição do suserano (. . . ) Não nos minguam recursos
ra Tributária” e em subtítulo “A Paraíba hostiliza o comércio", de revide no mesmo tom em que os baldões e as 'diatríbes pa—
:::—j.
anunciando ao que vinha. Referia—se' à muralha chinesa que º recem ser as armas preferidas pelo porta—voz do ofícialísmo pa-
Governo da Paraíba estava erguendc em redor do seu própriº raibano ( . . . ) Aliás, no nível onde colocamos a questão, aber-_-
estado, louvava & reação cearense e concitava Pernambuco a dando—a em nome do interesse comum, não descemos a reta-
uma atitude idêntica. Era este um dos mais prejudicados, com líações pessoais, mesmo pºrque, se fosse nosso feitio fazê-lo,
uma elevação de impostos que ia até 500%. E se o governador_ , pro-curaríamos para disputar conosco gente mais ilustre que os
pernambucano taxasse assim igualmente os produtos da Paraí—4 anônimos”. Defendeu-se A União (1994-1929),
colaboradores
ba? —— “Seria uma guerra interna que a Paraíba teria provoca—
do”. Terminava apelando para a Associação Comercial e o co- afirmando que os seus processos eram os mais leais e positivos,
mércio, diante da gravidade do caso, pois achava-se este amea- “sendo de todo cavilosas as acusações do Jornal do Comércio
çado pela iniciativa inconstitucional da Paraíba. . .. -— “E »O go— de que fazemos ataques pessoais”.

' 37
30
.Em 18—4—1929, havia o Jornal da' Comércio recriminado &
publicação de novas cartas anônimas em A União, com um final Os ânimº-s pareciam acamados, na fogo—fátuo desse palavrõ—
agressivo: — “Há necessidade de dinheiro: escorche—se () povo,. rio, quando a 3 de maio seguinte os canhões da imprensa vol-
arrancando—lhe & última parcela de energia. O comércio da Ca— taram & troar, partidos de ambos os lados: _T— IC: _“Aí está, 0
pital locupleta-se do privilégio. A turba escabuja. e cansa. Le que é à política tributária da Paraíba: desvano e cume” ( . . .)
Roi S'ºamuse. -- “Política de morte e de estrangulamento do povo: eis o que
Mas ninguém se engane. Esse. sacrifício de morrer de fome é”. . ,. ainda há na Paraíba “homens dignos e intimoratos (13.16
não é pedido ao povo por nenhum interesse coletivo. A Uni㺠se não submetem à escravocracia e aos excessos do despens—
declarou que não precisava desse imposto. Por que o lançou mo”. , . “Não se conceberia”. . . “que as insolênci-agde lªça-
, nhudos mandatários acovardassem um poxfo _que tem bno e seni-
então? Talvez pelo prazer satânico de levar ,a fome aos lares
desfavorecidos, pelo gozo delirante de lançar a miséria & todos pre demonstrou possuir () intangível “patrlotlsmo fios avpqos .
os rincões do Estado. Um simples ato de loucura e satrapia De parte de A União, no mesmo d1.a, volta-se & referenma de“
(. . . ) . . .homem que, manejado por meia dúzia, de astutos que a direção do Jornal do Comérczo “nao tem a coragem de
comerciantes, não hesita em atirar à fome e à miséria quase um mandar discutir ”os impostos de Pernambuco,, por ampr _à— ca—
milhão de seus conterrâneos”. deira, mal ocupada e usurpada & pernambucanos e 11ustres. e.
« '
Irritou—se () Presidente da Paraíba com as constantes afir— de serviços, que lhe foi concedida simplesmente pc?: unª? con—
mativas de que o povo no interiºr estava passando fome, e no sideração pessoal & generoso parente grande vulto nacgonal .
editorial seguinte (A União —-- 21—4—1929), depois de aludir ao A discussão continuava nos pedregulhos dos vmculos con-
“io crítico, referia—se à “lamúria desastrada de quem nunca sou—- sangiiíneos.
be chorar pelas desgraças da nossa terra” ( . . .) “e agora tenta Saiu—se A União com () editorial de 8-5-1929, cometendº o
lançar essa camada redimida contra o seu justiceiro benfeitor”. primeiro e grave erro de envolver nas sugs críticas acerbasr os
Enveredava & discussão por assuntos diversos do inicia], irmãos Pessoa de Queiroz como prºprietános do jornal do Co—
quando o Jornal do Comércio havia designado o imposto mêrcz'o, quando João Pessoa de Queiroz se haxila afastado. da
(20—4—1929) de um “simples ato “de loucura e de satrapia”, organização passados cerca de cincp anos, e contmuaxfa alhelo ã
cha-=
mande ao Presidente da Paraíba de “vulgar & desprezível calu- polêmica, fruto exclusivo de Francxsco Passo? de Qqemoz, trªnç-
niador”. E publicando ”entrevista do advogado Sá Pereira sobre férência que João Pessoa não ignorava, pms & ela ª_se fefemga
aº sua inconstitucional-lidade, aconselhava: — “Paga—o quem qui-— em carta ao tio Epitácio: . . .“e dar 500 contos ao 1111130 Jºªo
“ser, porque dispõe de meio judiciário hábil e eficiente pelas ações do Jornal do Comércio”. Atente-se nas palavras do
para
não o fazer”. . , . órgão paraibano: “Nunca tiveram para com 0 Sr. Pres1dente do
Este. conselho _criou nova irritação de parte das autoridades Estado, que os recebia com carinho, que lhes dava, na mmm—
paraibanas, que pareciam temer o recurso ao judiciário. Surgiu dade e sem reserva, a orientação do seu Governo,_ qu_an<_io esta,
então o artigo “Os agoireiros da fome, os agoireiros da mor- para muitos, ainda é hoje objeto de segredo, o mas hgeu'o sen—
te” (A União — 23—4—1929), que "constitui o rompimento fron- timento de delicadeza e solidariedade parentesca; Em dadq mo—
tal dos dois primos: —— “O Jornal do Comércio nunca teve nem mento esquecendo laços de sangue, profundas rêuzes“de amlzeide,
terá a coragem de abrir campanha. contra os impostos de Per- deveres de gratidão para com o seu grande no” sem razoes,
nanabuco (o seu comércio já teve há ' pouco a prova), porque- traiçoeiramente, aliam—se contra o nosso Estad? &: conªíra o se?
no dia em que a tiver mma cadeira de depútado, que vem sendo presidente, ferindo-o logo de começo. No seu Jamal 5130 se d;—
ocupada por consideração pessoal a um grande e generoso. pa- zia uma palavra sobre o governo da nossa. terra . . . trquxfzmm
rente, voará”. para as suas solicitadas todo o lixo que & lmprenselz, gor msmua—
'
A referência era direta a Francis-co Pessoa de Queiroz, qUe ção e paga, deles pretendeu atirar contra & Pen-alba (. . .) _.—
se defendeu citando Epitácio Pessoa no livro Pela verdade, de “Agrz'dem, injuriam e caluniam; usam de todos os procçssos m—
gue jamais interferira para a concessão... de tal cadeira ao sªo—— dignos; mostram afinal o que são e o que valem e depms, lamu—
' rinho. . ' ' i'ientos, se dizem por nós agredidos”.

32 .33
,
: 4
' q
'
“ .,
m
:;
fx A generalização era injusta. A campanha não passava de Continuava naquele diapasão, relembrando outro episódiº da'

.
ª
.
obra de um só.

.«g
aº; vida do deputado., pouco abonador da sua conduta de díplcw
No mesmo dia 8 assumia o Jornal do Comércio () compro—

AÍ, _ _
à
misso de suspender a circulação caso o Presidente da Paraíba mata: —— “De viagem para o exterior emprestam & uma Inu—.

.
provasse & existência de uma corrupção que apregoam, de re— ]her aªª sua farda de secretário de legaçâo para que ela, reaver—"

ç
gande—a, comparecesse ao baile & fantasia que se realizava “&

. .'.'
cebimentos de dinheiro nos guichês do Tesouro, desde o Gover—
no Suassuna A res esta não ch bl' _ d bordo”. E mais: —— “Fala e escreve pela boca e pela mão dos

L“
.
u .,
A União apgenas o precibo de ] 653308 ãâªâãmgâgãªqà⪠: 10 'ª outros; ignorante e. leviano, n㺠Pºdiª ocupar qualquer função-
na Yida senão à custa de impertinentes yogos e muitas hum-

L
:
presa jornalística. . .


11139068“ Nqnca deu ““Elª prova de Cªpªºldªqª' Fºi le_mpi'ªgªdêf

, w
A secunda parte do editorial com a frase de ue “os insul-

g
tos não nªs atingem”, ia diretamênte ao President—eq João Pessoa “ª? da “Secretaneí dº Externer, 881115911???“ fºi secretanp ”de leª-'

H
De'fendiaâe Francisco da pecha de “fátuo &: vazio” que lhe fora ªªª? gãªbªnmêteêsíasco11931rso. um a o a. outras 90819068???-


._ atribuída pelos jornalistas de A União: fosse-o e não teria de— Re licãu logo & às. .0.órgão do Recife estranhando ue. br

'
p “ p * q ª 13.
%
;;
; sempenhado
tá . P . 1 .importantes
tantas d' .missões
. confiadas
. ". AEpi-»
pelo tio falta de causa defensável, enveredasse A União, tresmalhando—
CIO essoat l_nc usw? a e Of1c1a1 qabmete na Premdencia se das boas normas, “pelo único elemento que 1133 resta: o de:
ª e sim secretano part1cular,_ ou & cadelra de deputado federal: “Saforo, :) insulto, () Vilipêndio &: por último até a pºrnografia
3?) —— Sempre e sempre, contmuava, as nossas respostas serão as- e & obscenidade”. Estaria servindo assim. . . “principalmente adà
sim, opondo fatos a palavras e documentos & acusações. Só assim
caprichos epiléticos do-cheíe'ªõ ———- “Que o seja. Nós é que'não
continuaremos a ter uma autoridade moral que desafia as inves—
() acompanharemos nessa linguagem de alcoice' e de regateirag
? _ tidas truanescas dos admízústradores de fancaria e jornalistas ciosos do respeito aos nossos leitores e a nós mesmos”.
" de massa _:r'uim (. . . ) numa campanha contra um governo que Depois das desoladoras pergunta e resposta, voltaria A
(. fere a constituição, arranca (: pão do povo e requinta nºs bai- União (25—5—1929) & repetir & desairosa referência à vida pri—-
fª _? xos expedientes, descendo à calúnia e à mentira”. viada do diretor do matutino pernambucano, na imprudência de
Retrucou A União com inusitada violência, ferindo & pró— generalizar conceitos desabonadores aos Pessoa de Queiroz, cha—-
pri? moral da Vida privada de Francisco Pessoa de Queiroz, num mando—os de contrabandistas —— “O pobre bacharel deputado:
afago que pode considerarese & pá de cal nas relações famí— Pessoa de Queiroz, desesperado dentro da sua incomensurável
llares dos contendores, sintoma de um completo descontrole de ignorância. . . só não quis procurar o alívio do seu velho & c,a-.»_
nervos por parte do Presidente da Paraíba. rinhoso amigo Theodorico. Chegará“ & sua vez. Esperemos, (. . .).5
A assacadilha é de 11-5-1929. Após referir-se à “linguagem Como quer que seja, porém, ainda fica—bem ao Jornal doCo—
de diplomacia de lavadeira” do Jornal do Comércio, acentuava mércz'o defender os contrabandistas de aguardente. Contraban—'
.A União: —- “Em todo caso, confiemos na sorte, ela não será distas de outro gênero e de outra espécie e de outros processo-s
tão caprichosa ao ponto de nos privar do prazer de examinar (: de outro vulto, cresceram e prosperaram e chegaram à opu-
diariamente o vazio, & fatuidade & o ridículo do pretenso dire— lência sem a sua. oposição e sem sofrerem, seqúer, esses três-.
tor _do mesmo órgão. Náutico3 dasi diversões de Theodorico, no dias de cadeia“... _ . .
RCCIÍC, e príncipe Packartª, no Rio de Janeiro, dois desgraça— Com uma quase igual virulência repelía o Jornal da Cia-.
dfãs apelidos, que lembram desgraçadamente duas épocas da mércío as acusações: — “O público já possui, elementos sufi—
VI a”. - ' cientes a aquilatar & baixeza dos. processos dos nºssos. antagp-E
Repetiria depois — 1-6—1929 —— que se pretendia anular um mistas. Deixemo—los a escabujar no esterquilíneo em que. se atas-5
concurso de beleza realizado no Recife, para Miss Brasil, e cam dia a dia. . '
z
É que, entre .as novas concorrentes, “a 'que conta mais possibíli- _Sªí'ª Plºdªdº Pªrª º pobre homem que ªº afunda no dºª?”
díªdº dº “tóriª é miss Náutica”, numa pejorativa referência ao ºfédltº " »
* E assim, por esses expedwntes m-elancóhcos, ía encerrará? '
v diretor do Jornal do Comércio. —
a “guerra tributária”, começada [para discutir imposws. .e, termiâ

34“ &
355
nada para combater “passºaqs, Pois, A Uni㺠(13—6—1929) tempo o. Pre-sidente de 110.830 Estaªa. Disse que fºi º Jªxº- da
, por sua
vez-, atribuindo aquel-a atitude de recuo & uma
intervenção (im-.— Camércio quem provocou. 0 3061131119... E de fato Fadº se Guga-;
prová vel) dº Governador Estácio Coimbra, reafirmava:
o depu— mm de sua crítica extemporânea & inútil.. O Pres-Ideme da Pai
tadº Pessoa de Queiroz prometê “que continuará l'âíba “não podia suspender .a execução do org-ameniza“: semª
a. nos com-
bater tºdas as vezes que entender. Nós, por nosso lei era inconveniente, os, interessados deviam aguardar & yeumgú
1ado,“pm—
matamos também que continuaremos a defender sem
nossa querida Paraíba”.
tibíez as a da Assembléia e levar a esta as suas reclamªções. se em megª-?ª
tituci-onal, restava & todºs o acesso “aos tnbunamg. Qual _entaç
Recuavam. Dºis resulta-dos: um, positivo: decisã e ºbjetivo da campanha tão prematura? A tua pmmelra atxtlgde?
o de Sa—
premo Tribunal Federal considerando inconstitucional em face da Associação Comercial do Remi—3 (recusa de patªmar
() impos—
to; 0 segundo, negativo: & intriga, de caráter irreco qualquer coisa), devia. ter sido. mantida. Há deveres malignas a
nciliável, en—
tre os irmãos Pessoa de Queiroz e o Presidente
João Pass-ora que os ini-33165363 materiais devem. ceder o passo (rasgos-ta :.:; ale——
Cavalcânti de Albuquerque..” gação de prejuízos de jornal —— Sac":- _nçta que esta na gama)...
Iríam aguardar os primeiros a sua oportunidade.. Não era ao Jornal do Comércio, dmglda por 31131 parªlªbanc,
Cansado—=º.
res? Os dois: Francisco, que provocou; João Pesso primo do Presidente da Paraíba ejsobrinho e axmgo 5:39 nomem
a,, 'que se.
excedeu na reação.. que, pelo menos. aos olhos do pazs, tem & respcgnsíablhdade . do
' Acha—se isto bem definido na ªcorrespondêncía trocad governº do Estado, não era ao Jornal. do Comefczo . que cab-m,
a entre
Epitácio Pessoa e os dois sºbrinhos. Ei—Ia, copiada “ocupar-se desta questão. Devia ter falto sentlr ISSO 1116s à
dos arquivos
do eminente homem público e decepcionado tio (Arqu Associação, com tanto maior fundamenÉo quanto ela, que. _e o
ivºs do
' Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro): órg㺠imediato dos interesses do COmê:CIÉ)A pqmambucanç, 3.111a
Se não movera.- Não indago da ,convemencm ou qª mconstl?
Carta de Epitácio a Francisco tucíonalidade da lei. Não lhe conheço os terngos. I'Jao coqcom
Francisco: de qualquer modo para a sua elaboração. Nao ha neçessniade
“Recebi tua carta? sem data relativa à questão dos imp-esta'; de examinar esses pontos. A questão era de oportumdazde da
da Paraíba. Efetivamente, no dia mesmo da minha partida crítica, de sua utilidade e da situação pessoal de quem 13. for-
foi—
me entregue o teu telegrama 'de 27 de. abril (em que me expu— , ' mulá—la. Desejo—te saúde e felicidade em companhia dos tails.
nhas a? que se estava passando) . Era minha intenção telegrafar "Tio e amº (a) Epitácio”;
ao Joca manifestando—lhe & mesma opinião que exprimira ao
Dr. Jouvain (de pôr termo à discussão) . Infelizmente, os atro— Nesta missiva ao sobrinho Francisco, reconhecia EPÉÍÉCÍG
pelos de uma viagem antecipada, agravada com as preocupaçõas que pelo menos aos olhos do país lhe cabia & “r_espons-abihdadç
decorrentes da enfermidade. dos meus netos e de Laurita, & quem do governo do Estado”, ilusão que o outro, sobrmho, (: Pessoa
eu ia ainda deixar em uma casa de saúde, fizeram esquecer-me Cavalcântí, por aqueles instantes mesmos começavg 2.1 descon—
de levar “por diante a idéia; Acresce que, em verdade eu nunca certar. Quereria na confissão manter ainda aquela dlgn1dade-pc=
imaginam que vocês, com sacrifício da compostura pessoal, de ' lítica por todos reconhecida & proclamada, embora sentindo que.”
decoro das posições 'e dos interesses morais da família, chegas- sutilmente Ihe ia escapando das mãos distantes, por culpa de
sem, sob o riso escaminho dos nossos inimigos, ao debate es— f _' parente preferido..
caridaloso de que postericrmente me deram notícias cartas e jor—
nais.,-'Envc>1vo ambos na mesma queixa. Não acho deSculpa “para Cart-“cz”, de Epitácio a- João Pessaa
A União, órgão oficial & cobrir-te de apodos indecorosos, como
não & encontro 'para 0“ Jornal do Comércio a provocar e: sus- Haya, 1.5 de julho ãe 1929
téntar esse vergonhoso bate—boca, “e, se é verdade 0 que me di— .Joca: , .
' Í
'I . zem' daí? & oferecer—se ainda, felizmente sem êxito, a_mesquinhos
i.
F
dàspei-tados para _a publicação de artigos e de. livros de ªtaques “Recebi um carta de, 18 de junho. Por jornais & cartas da
, e
"
calúniªosos à lib-“m'a. pessoal de um 120530 parente,- que 6 aq mesmo : Brasil,” tive-, com "ªfeitº, Giªn-bia da “pºlêmica.. suscitada. “pela. :m—
l'-
1.”
i.
1.

T;
[
'1
1-3
31.
“3“ .
%,
h
ª
à
X
-f
tervenção do Jornal do Comércio de Pernambuco em coisas de confiança nos telegra—
secretárío particular, cometia abusos

s
da Paraíba, polêmica escandalos-a que muito me contrariou. N ão
mas que ele próprio redigía em papel timbrado do Catete cheios

í
há dúvida que a. responsabilidade inicial cabe àquela folha

i
d.: elogios à pessoa dele, para serem passados pela Agência Ame—

M
mas a União tem a culpa de'lhe haver desde lego atribuído
ricana, que explorava &: ainda explora. O Sr. duvidou disto.

à
íntuitos inconfessáveís, e, por último, órgão oficial, ter feito a
Entreguei—lhe, então, a prova material que era constituída pe-

l7x h
Francisco alusões indecorosas. Como devem ter—se regozíjado os

1
los originais, os quais por sinal não foram devolvidos,, deixando

Ã
"
nossos inimigos! Faltam-me os elementos necessários para ser

v
em dificuldades o amigo que rifas confiam. Foi só, nunca mais

Él
juiz na questão; nem valeria mais a pena, pois que a discussão
lhe disse nada dessa criatura, por isso que Ví—o participando,

X
produziu todos os seus males; seja como for., o que sei é que

. »Q
em sua casa, da mesma estima apesar de nas festas do Catete
foi profundamente lamentável. . .”.

W
comparecer com sua amante, fazê-la sentar-se à mesa, das pes.-»

t .x
soas gradasyapesar de ter, numa Viagem à Argentina, empresª

Q
tado sua farda de secretário de leg-ação do Brasil, a uma fê—

'

. x .
Garra de João Pessºa a Epitácio sobre Frente.-cisco

'
mea, para que com ela comparecesse ao baile que se realizava

.& ã
& bordo; apesar dos seus negócios no desmonta de Morro do

K
26—8—929 ' '
Castelo, suas advocacias administrativas, da sua participação na

.Jx '
. - -x E
a
compra do edifício, absolutamente ímprestável para o fim, do
Tio Epitácio

;
edifício dos Correios do Recife, por mil e tantos contos, rece--


bendq o proprietário apenas 800, etc., etc. Só assim conseguiu

:x x
“Recebi sua carta de 15 de julho último. Causouf-me ela

Í 1
Francisco, Secretário de Legaçã'o, pobre, auxiliado mensalmente

. l .
—-——— permita que o confesse —— a mais prºfunda mágoa. Nunca

"-
.
pelos irmãos, chegado ao fim do seu governo, aparecer rico.

r
imaginei que. a minha conduta na defesa dos direitos do Estado

—« '
que mereceu, afinal, os aplausos de todo o seu povo, conforme T eve. dinheiro para comprar um terreno na Av. Atlântica por

“_
:
ficou patente com as mais retumbantes manifestações que já se 120 contos, construir uma casa por 700, mobiliá—la com móveis

Wn
h
viram aqui, nelas tomando parte adversários, amigos, correligio— de alto preço, possuir três automóveis, sendo um de grande

" ,

&“-
L
custo, e dar 500 contos ao irmão João pelas ações do Jornal

]
nários, indiferentes e até aqueles que a princípio nos foram

“u

do Comércíoª. Tudo isto ele o diz. Agora mesmo os jornais

. ,
infensos, merecesse sua reprovação. Em minha casa e no meu
inimigos, empenhados na campanha política dizem que o Sr. nº

.
coração o Sr., não preciso dízê—lo, é o nosso santo e sua vida

. V . . — ú . — G; ”

.
o nosso evangelho. E assim será enquanto vivermos. Senti sem-— goVerno SÓ cuidºu de enriquecer os parentes. Quais são eles?
Os filhºs de tio Toinho? Nós e eles curtimos as nossas neces—

'

.
L-;,

pre os seus desvelos e carinhos pelo Francisco, apesar do qua

v
ª
sidades espantados com & opulência miraculosa dos outros. Por

«
ele tem feito. Nunca lhe faltou com sua assistência pública:

“ -.
nomeava—o para lugar de confiança perto de si; levava-o para meu lado toleram Francisco. Tolerava-o mas estabelecendo

.
ª '
_' . 'a“
o estrangeiro em postó de responsabilidade; amparava-o em sua cuidadosa higiene moral entre nós; tolerava—o contendo & revol—
ta íntima que me causavam atos dele que iam refletidos sobre

!
carreira política; ia ao seu embarque e desembarque (distinção

“' .
a pessoa do Sr., que nós, os parentes, temos o dever de guem—=-
ç
que nenhum sobrinho já recebeu) e às suas festas; dava—lhe pres—
tígio até para os desmandos que praticou em Pernambuco na ; -
dar e zelar como sendo o nosso maior patrimônio de honra.
.
Aqui, no Recife, no Rio, em toda parte, seus amigos, admira-
..

campanha contra Borba, desmandos que já agora não deve:. sa—


? :

dores e mesmo inimigos admiravam-se do Sr., homem de honra


«

_
t

ber de minha boca, etc. Nunca, absolutamente nunca, procurei


. z í “ l; ji ' v ª ª— i:-

de qualquer modo concorrer nessa preferência. ou criar à mes— e de princípios austeros, receber em sua casa, tolerar & amiza—
ma qualquer embaraço contando—Ihe história de Francisco. O de e prestigiar os Pessoa de Queiroz, homens desmoralizados e-
j
.

Sr. nada me perguntava e de nada lhe contava para não pa—


Jp;—

que à sua sombra têm praticado e continuam a praticar todos -


V g l ª'i g
“ '3, .

recer intrigante aos seus olhos. Somente de uma feita me os crimes, desde os incêndios nas delegacias e alfândegas, con-
. Kuª-'n'”

Lembro contei-lhe alguma coisa dele. Em 0811, Presidente.. Esse


, !g

trabandos e subornos, aos assassinatos covardesº. Os crimes são


,
» -”*«g
º

meu. primo, seu oficial de gabinete que se fazia passar por;;_seu praticados aqui e em Pernambuco e Francisco guarda os crimi—
.
º? r
' ,) “
'
'

38
1 u. L

39
—f A
;. ,1 . ; . J
'
f

2
g P*
“ ;
;- :[
_
; “ :
M
P
»
nºso—s na Riº, quando não 6% Zé Pereira em Princesa. Um deies, dizia. que “es- jomalistas ºficiais não têm defesa & provoçêm—
neto de N éo do Umbuzeiro que assassinou um pai de família muito justamente O protesto de quantºs não tenham & çonsçzen—
am Queimadas de» Campina. & incumbido de incendiar & fazenda cia perturbada pela visão absorvente“ dos interesses zmedzaías
da Tonho em Cabaceiras, foi apanhado no Rio pela polícia., à da glória de apresentar o Tesouro cheio & custa da economia
porta do escritóriº de Francisco, que com os irmãos fez tudo regional.. Fomos respºndendo com paciência e delicadeza, adver—
para sºltei—10, como antes já havia feito e conseguido com e pai tindo porém que a questão não devia. ser levada para () terre-no
assassino também em Campina, subo—mando um juiz do Recife. pessoal. No dia 11 de abril —— 14 dias após o ataque —, ef:—
O outro, o que atirou no Dr. Pimenta, lente da Faculdade, na crevíamos: “No Brasil rara é & discussãa de imprensa que. nao-
ocasião em que fazia um meeting, antigº empregado dos Pessoa degenere logo no segundo ou terceiro artigo quand? não “Zé no»
dç Queiroz“, ficou muito tempo sob a guarda e amparº dº Fran-r primeiro em ferinas referências. pessoaisº (em segmda saheqta
cisco. A fábrica de seda que os irmãos montaram tem servidº & União as agressões estúpidas & mim, à diretoria da Assoma—
para justificar as "grandes vendas que fazem desse tecido, rece— ção Comercial e ao dªAuria) . Ainda na edição (1—6 23 diziamos:
?gido de contrabando. Aqui mesmo fºi apanhado "um pelos em» “Temas rebatida como os leitores têm visto, todas as investidas
pregadós do Estado, mas como os criminosos eram seus sobri— do Jornal do Comércão; nessa paciência, com espanto geral, tem
nhos, deixaram de apreender as mercadorias. Estas encheram” descido até ao rebate das tolices maiores. . . investe contra:
duas casas. Foram sendo retiradª para o Recife logo que iam nós. . . ameaça, agride, investe arrogantemente, como se nós não
permitindo os arranjos com as autoridades fiscais dali. pudéssemos com uma só pedra, bem ao alcance da mão, pôr-lhe
Dito isto por muito alto, por mais alto ainda vou dizer o todo o telhado de vidro em cacos. . . ª Não obstante, não se»
que sa passou na Guerra Tributária, invenção do Francisco. receavam e não se moderavam; tinham a nossa atitude como
Este nunca se cºnformam cam 0 Sr. faxer—me presàdente em vez de covardia: os, ataques a mim e' ao Governo vinham mais for-
(1316. Na sua desvairada ambição inescrttpuíosa, só a um Pes-
tes, dirigiam-se aos amigos e fregueses do comércio do interior
soa cºn-cede, ou já concedeu, a liberdade de subir mais do. que
ele, Esta pessoa é o senher. Despeitado com a minha virada, e exigiam cartas, telegramas &: manifestações de aplausos; con—
porque. assim continuaria fora da política da Paraíba e privado quistaram & imprensa de escândalo do Rio por meio de. tele——
da ser presidente aqui, chefe e senader, por fim, uma vez que. gramas escandalosamente mentirosos e atiravam—na contra e ES—
não tinha futuro na política de P&mambuco, onde não iria aãém tado; telegrafaram & todas as Associações Comerciais do país,,
Cie, deputado, camo não se constrangia de dizer em suas rodas;. ao Ce—ntro Industrial do Brasil, etc., prºmovendo o nosso des—
ã'aspeitaão, nunca deu no seu jºrnal qualquer notícia sºbre meu crédito e pedindo adesões; aliciaram () Pereira Carneiro para.
Ag'QvernoÍ (entretanto os jornais inimigo-s falavam dele com. entu— inimigo, na Associação Comercial do Rio, e o Beltrão, seu se—
sjasmó), e indo mais longe cortava do seu serviço telegráfico cretário; fizeram do Presidente da Associação Comercial de Per-
tudo” quanto era transmitido em relação à minha pessoa. Aqui. nambuco porta—voz da campanha em todos os recantºs do país.;
no palácio acolhi os irmãos &: hospedei com as maiºres dificul— subvencionaram “& Noite, de Recife (jornal de linguagem mais
dades porque o palácio não tem cômodos e estou só -—-— Zé,. seu baixa do que os dirigidos por Mário Rodrigues), e aí fizeram
filho Femando &: família, saindo todos contentes. Atendª-Gs sem- publicar coisas horríveis contra mim; que depois eram trans—cri—
pragas "pude, nos pequenos favores que me pediam. " Vivir-unºs tas nos A pedidos do Jºrnal do Comércio; faziam seus cai-=
na _maíqr harmonia. Um dia —— a 27 de, marco sºu sm— xeiros expedirem cartas anônimas em termos os mais infames;
píijeendidq cçm () primeiro artigo do Jornal do Cºmércio, artigo cartas que deixaram de vir, apenas terminada a campanha; ali—
g;“osseiro e agressivo,. no qual se concitava Pernambuco & atí— ciaram firmas comerciais, algumas estrangeiras, & atirarem—se
rari—s'e em represália sobre a Paraíba, procurando assim desarmo- cºntra nós em juízo; quiseram enfim vencer-me por todos os.
n—izar ãoís cºstados vizinhos e amigos. Entretanto não artículava. meios, dignos e indignos. () próprio João Queiroz escreveu—me.
uma "palavra contra os impostos extensivos de Pernambuco quam-3 comparando—me em tudo, no caráter, nas" espertezas e nas 13.—
did seu comércio fechºu as portas em sinal de protesto. No se- droíces, & Aibino Mendes, e o Francisco cºnseguia do Madru—
gúhd'íd-- artigo,“ além de outras ferinas referências pesso aí.-fs, já ga as cópias que surripiou do Tesouro para acusar—me da tri-=

ªiªi. 41

-' "...,.._'_-.'..-.;.—"——7--»——-'——--
,__._. ___ ___..._—
1 =.r—w—w..—W_...,_r_, . _ . - _ . .——...._...- . _ x — _.._.4.. , , ,...—..- _ , :-..._- . . ._.—._. __...— . _ _ _ ,......
- . » , , —.—--._..f__-_-—__—_—u..._._»_ - . _ . . , » _ . _ _ _.— -——-.- — «- - - »- * _ * ! “ "'" — ,
ff")

bqnâ. Cia Câmara., Chegada a esta ponto, tomei eai-tão, eu pró-


gªma,, r&so-íuªcamente, & frente da campanha, escrevendº os mais os insuspeitos. Pergunte—Ihas cºmo ela procedeu; trata & mapeiª-ta
içrâes a;:tigos de aíaque &“ defesa. Sentindo—me. 5183 pela frente, () seu nºme. Agora ouça—me com paciência & bsndaãe de sem—
“Sua. & dia mais cresciam no ataque 13655031 e em audâçia & eu pre-: sabe que: um ato meu que lhe desagrada tem para mim
mais dad-dido os enfrentava. De vez para outra ãn-siªuavam que um efeito mortífícante; sinto, am várias passagens delicadas de
43, Sr. estava com eles. Desmentia—os e não os poupava: mostrei suas cartas, o seu desprazer pelo conhecimento de atos do meu
quamg Eranciscc era vil, desde pequôno, apontando ainda vivos, governo, embora a repercussão simpática que este vem “tendo
ros pªrce-Hog da: sua vileza, e qual tem sido o seu pmcadimehto no país (é quest㺠de ponto de vista) e o desejo de n㺠das—
postarmr; salientei que Vivia mane-emanado ccnten'tar correligionários velhas; pºr outro lado, não pºsso e
cºm A Nate, O não me devo condenar à separação da família; que precisa“ de
GIG??? CPH-faz?? _da Marzhã, Esquerda, Vangzmrda, etc., nos-sºs
ÍFÉEÚIÉI-Gnâlã immlgos, cºm raceio de que eles canàimiassem & perto de minha assistência, e não quero que os meus filhºs am
pqr & mostra as suas misérias e a dos irmãos, etc., etc. Calaram colégiss & liceus daqui sejam, cam prejuízos de, sua instruçãº,
afinal porque nunca pensaram encontrar um homem, que lhas os filhos do presidente. Assim era e é meu propósito firme dei-
dissesse sem temor e que ouviram, deixando—ma pºrêm pesam—- xar () Govamo procedida & eleiç㺠presidencial de maça. Os
so por não ter tido fempa de descrever a vida que têm levadº,“ últimos acontecimentºs políticos não modificaram essa minha
“de, ãnfâmias e crimes. Fiz a campanha pelas sªunas. da União resolução; apenas em vez de deixar em março, deixarei em fe.—
(50 em pequena parte. pelas de. oútros jornais, mas às minhas vereíro para que a eleição se proceda sem ªssumida pressão
cus-tas), órgãº- palítâca, censeqiíentemeâfee de minha parte, se continuar até lá a. ser candidato à Vice-
cie. cgmbate, que se p-residência, por não se ter chegado 'a, um acordo. Deixo a Es—
fundºu precisamente.- para defesa dº Estado; "do partido e do
Gºv-emo, cem maderação, beam saí; payém quandº mªderadºs e tado em ótimas condições: muitos serviços concluídos, outras
dignsg forçm “os adversárioa PªíÍIS-BÍ ter—,me tomado mais digno em via de conclusãº; paga toda a dívida. flutuante que amanita—i;
de sua esmna, com o mau prºcedimentº defandendo o Estadº-, pagos os. 1.500 cantos do Banco do Brasil, agora não qui-3 mais
o 563 gºverno., as. interesses e za. autonomia da nos-sa.. terra.; de— prorrogar o vencimento da conta e. resgatadºs os 1.360 tªntas
;Emdçmdç jª minha aum-ridada, “dº Empréstimc Popular? ficando “ainda das minhas econºmias.
& mm:-; izª-rias, & minha hºnras—ª'
um pequano saldo. Não tenho nenhuma ambição & realizar e
txdadane &' minha honra de ”hºmem pública e. particular, fas-36111
“pºr isso deseje voltar ardentemente ao meu anterior sºssego.
quªis fosse-Lm ºs atacantes, Não tive & Watara, porém, de tê-lo
humilde-. Confio que não me faltará com 0 sem cºnsentimento..
n'a luta ao meu lado;. teve—a () desPIez-fível Francisco, tanto as—
Cogite pois “de quem me deva substituir, a fim de ir prôparande
sxm que dela se vanglorio-u no palácio do Recife, no dia ”da
o terreno. Lembre-me“ com carinho a D. Mary e Helena. Receba
çhegada do Estácio, em presença de um meu cunhado e de. ftc—
os protestos de grande estima do sobr? amiga — Jºca".
-c_lag ,as-_ pessoas que enchiam um dos seus salões, acrescentando
que 'o Sr. havia rompido comigo, Certamente ele lhe escreveu
c;?rftando todas as mentiras do mundº como é do seu hábito de
“-——- Recebi agºra mesmº sua carta de 1.4. No próximo cor— -
VIÇIad-O, e o Sr. em resposta lhe disse qualquer coisa de desa-
reío responderei. Irei ao seu encontro na passagem pelo Recife:.
pmvação 'de minha conduta. Bastou. Agora mesmo, na Iuta'libe—
Voupedír- licença à Assembléia para ausentar—me. Diga—me o
ral, ficou do lado de lá com () ingrato Estácio, e o Sr., &. quem
dia certo da chegada do navio em Recife. Morreram os dspu—
deve tudo, do lado de cá. Os irmãºs por seu lado acabam de
tados Manuel Ferreira, & Aureliano Silveira. Para essas duas va,-
cgsâear & viagem de Gaudêncio ao Rio em companhia do He—
gas diga—me se tem candidato. A Constituição não passará. Não
rachta, para conseguir a derrubada de Estado. Lá se encontram
temos amigos em número bastanta (20) que queiram votã—la
os. dois. O Sr., bem sei, não acredita no que venho de dizer. sem o em nome de' Deus. O Arcebispo conseguiu., à socapa, ca—l
Sªpº—“34113 um apaixonado e ªte mesmo um desvairado. N㺠faz balar Vários dos nossos amigos. Revoltei—me con-tra essa intro—
giª-— 31,3%; É??? 1338.9116“) menos por 15.1:05Um dia 'se convencerá. Pro- missão indébita (é a segunda que ele faz) na Assembléia e
“'ª mª 'º" ªs. porem, que nunca mas lhª fªlªrª-i dessa gente. Ouça preferi sacrificar em muitos mes-es,- ,0 projeto a ver introduzir

43 . 43
nele emendas descabídas com as quais “ o Sr.. não concorda, & que de mim. ele íHÍCí'º dª (lªlªªtªêºévâªfªsbãí
recebeu. desde & de
“ - - . . ecimento atos «o ,eu - -
dar uma prova do meu. desprestígio nesse. momanto. Se quere—— meu desprazer
. -
pelo ªªªh

. . - d
entr mas 0 3566310 e qu
e certos
. atos
_ ,
. , ._ ,. . . &
mas uma Constituição , como elaborou, precisamos retirar. da Asa» " raz-er repnamente: nao 8__ ,
ªeângãvêfrª'
sembléia os padres e os carolasª fanáticos —-——— Jow,” ªus puªessem trazer—te dúculdades ÍUÍIZLIEªS-J Rºlª
' , . bºa
—. «& Paraib
. entido
a. no S.. 1301113190: .
3 º &, __ ' _ª
ue me exer cer & sena torla,._ªfªfú
ido, nao poss o
gão seu cªsªis de part
Resposía de Epitácio :: Jºão Pessoa qúé vivo fora do país, ocupado cºm outros dôVGI'ôSad “Bm-acima—
algumas vezes, bem poucas fehzmente, que, separª? º I:.mªes_
rv Iªarassêedíado
em: vez de subto
7 de outubrº de 1929 mente a política da, adminisíração - : tal
.. - aquela a esta, Vl.'esses _um dla & encon rar— »
meme
Jac-a: Fm ”alado. O 㺠?ãvârªªãxgoâopen;
de embaracos insuperávm,, s. os
, . = apausos.
' ,uan
", . »» º *
mereceu sempre meus ufano
ª temp
“Recebi tua carta de 26 de agosto. Não tenho de memó— penses nisto. É idéia Que por & surda, nªº quero Pªrd
ria os termos da que te escrevi em 15 de julho, mas posso sem discuti—1a. . . ”.
assegurar que estás equivocado quando descobres reprovação ã
defesa que. fizeste, dos direitos do Estado na questão da reforma
gntãe o tio-. e os sobmnjhºs?
tributária. Não podia reprová—la. ªo que estranhei foi 0 moda,, Que sugere esta correspondência ». , ..
o processo dessa defesa, que foi até à obscenidade, na folha . .enas confirma as ded 7 uço"'es, ]'á índzca ."as:
Fra nas co Pes soa de Qum mz
oficial, que, se é órgão de. um partido e neste caráter pode ex— A? l º -—- que foi provocado por hos o bate —bª ga ”
, . mªs ,
_
snaº-
al do Cam ércio -——— e “ver gon
ceder-se, () é também do Governo, que deve conduzir-se com ' Jorn : dos
() debatg “escandalºso , .cgm
mais moderação. No caso a defesa versava não sobre uma me— revíãe João Pessoa. tornaria das 1905 1903 5
do decoro
dida partidária, mas sobre um ato governamentaí. Vexava-me cfífícíg) da compostura passoal,
ais às. fam ília” , pela s “alusoes mdecorosas —-— A
também que uma discussão desse gênero se estabelecesse entre;- intera-3363 mor - , _ _ ,
'“a —-—— ao pmm ' g - aoª Recife“, .
dois membros da família, ambos de elevada posição, chamando '
Ufm Epi tam o,
rgatona do “ao
por isso a atenção do público e sobretudo dºs nossos inimigos. 2 º -—— que chegou tarde & abju
Dos fatos que articulas contra Francisco muitos só agora vêm quando o fato já estava cºnsuma do e dele se .rí.an:_1 estºjflímíg'ºS-
ao meu conhecimento; outros, a não ser o dos telegramas elo— ..... ““Como devem ter—se regozij ade os nosso? m mlgºs- ,téríà de.
giosas, ouvi falar vagamente, sem determinação nem prºvas, e 3.0 ___. que os dois realmente se 11131“d eng Iªi) : Cons-—
eu, vítima que sempre fui, de acusações dessa espécie, os punha. inveja recíproca &: de ciúmes em torno do: ”filº ãºqeu(ªlemª) n?o-Ste
ntave . t famií iar
& carta de João Pessoa um lame
“3113
de quarentena. Comb quer que seja, jamais tive preferências por tituí
ele em relação a ti, a cujos predicados morais sempre rendi
justiça e de cujo afeto sinceró e' desinteressado sempre estive _. RW ;, ao ”fio em ao
gªiªnª?mêªââfgado Catéte com telegramas de
I '
auto-elºgiº rºdª“ º
º,
di"—
.
, seguro. Se por vezes viveu mais em contato comigo do que os es & Age nma Ame ncana para
x A o

gidos por Francisc o e entregu episó-F


outros, é que as circunstâncias do momento vieram ao encontro
. ," - . " s1mp- se ebobo
' les
.-., a, esta se deÍme no mbarque desemba . r-
do meu desejo de amparar vocês todos. Enganas—te também vulgaçao. A cmmelr
- , - _ , v . e
. _
quando dizes que na luta Francisco me teve“ a seu lado. A cópia
, que ' o ?szc:
Emma - _íãflí
“coâpâ㪪íz & “viciad o” Francis co),-
inclusa te esclarecerá sobre este ponto: é a cópia de uma” carta ques de'
diº de Franmsc - v _, b 11” la além &
sobrmho ja rece e . . a. -
. . . ., » hu
- m
.—-. ,-
, 1-m1tand0
' ' m..
. ao pum—O,
que escrevi a 27 de junho, em resposta. à em que ele me comu-— numa ' “distinçãº
,- .. ..ªlº—e nen;
nieava os fatos: tendo-se inutilizade no momento de: fechei-la, prevenção dº Palentº= quandº,
, nªº
. -se 1 ' & gande “ homem.-
passei—a & limpo e aliás inadvertidamente, guardei—a com outros
-
- = contra
ves'na
= “'
os irmaos des te , acusando 0 1:10 e:sua Cªo
“ ª a tolerar
,
de honra e de prmcmp º
_- , ms . vteIOS, receber
aus _ . em _ . , _ , ., _
papéis, que agora classifiquei em. Mentecatíni. Foi útil essa inad—
vertência qua me permitiu transmitir—te () teor da única cart-a. a amizade & prestigiar os Passa-a dª“ QIIGIIOZ, homen-s desmata
45
44 .
º
.

política dele no estado.


ligados e que a .sua sombra têm praticado e continuam & pra— () sobrinho significava & única presença
destruído.
1car todos os cªrnes, desde os Incêndios: nas delegacias e alfân- O resto, O próprio João Pessoa já havia
Parece—nos, contudo, que a “idéi a absu rda” não passava de
degas aos assassmatos covardes”; u, para, dentre ou-
.

a aban dono
P_ratxcados os crimes, eram os criminosos guardados por cesto de lamentação, pois logo .

contra
esfacelamento do parado, marchar
tras façanhas de
D
f

' Franczsco no Rio ou Zé Pereira em Princesa. . . '


No parªlelo da situação moral entre os dois não iria por Princesa.
menos Franc1sco, ao insinuar no telegrama & respàsta & Epitácio
-

sobre () cascl Zé Pereira: —— “João Pessoa de há muito tem como O gigante arredio

uma obsessao nos diminuir em todos os meios, ou por inveja


ia aos ape—
ou porque temos vencido na Vida com esforço e muito traba— Desde o começo da contenda, um homem resist
lho, ou receoso de que a nossa amizade com o Sr. pudesse a, João Pess oa de Quei roz, não mais
los "de participar da mesm
?

Queiroz & Cia., nam


.

ser um. empecúho à sua desmedida ambição. Incompatibilízou— sócio da firma exportadora J. Pessoa de viven do para
funda dor,
se comlgo no seu governo...”. ' do Jornal do Comércio, de que fora o
ressabiado com 0 ir—
_ Pf: fato, por algumas passagens da carta de João Pessoa & a família e os negócios próprios e; meio
tranq ííilam ente da recém—fundada tece—
Epltacm, gota—se & “eterna vigilância” por ele exercida nas pre- mão Francisco. Cuidava
de uma vez o acom-
lagem de seda, pioneira no gênero. Mais
.

tens-as mal-03383 atenções que o tio dispensasse aos primos Pes—


e

s ao primo Joaquim Pes-


soa de Quelmz: —— “Nunca, absolutamente nunca procurei de panhei à Paraíba, em Visitas dominicai Mesmo aí fugãa
m seu desa feto.
qualquer modo concºrrer nessa preferência. . .”. , soa, irmão do governador, poré senão quando
romp er com este últim o. Eis
, Reafirmando as assacadilhas aos Pessoa de Queiroz con— ao canto de sereia de —— embora
.acoi mou
cluía. João Pessoa, ainda insinuando & “preferência”: A Uniãº, numa imprudente generalização,
T

, oa de Quei roz de contra-—


..— “O Sr., bem sei, não acredita no que venho de dizer. não lhes declinando os nomes -—— os Pess catequese,
m

o Fran cisca , na sua


Supoe—Éle um apaixonado e até mesmo um desvairado. Não faz bandístas. Fazia () jogo do irmã
dos seus negócios
& de Joaquim, quando Jo㺠e José cuidavam
i

mal,; nao lhe quero mal por isto. Um dia se cºnvencerá. Pro- ar, em cartas a João
separadamente. Joaquim Pessoa iria exult
f

.meto—Ihe, porem, que nunca mais falarei dessa gente.. .”. imen to:
Pessoa de Queiroz de incentivo ao romp
fer“ Negima Ep1tacxo, na resposta, que jamais houvesse tido ““pre— nte e por tudo quer
(

De 5—4—1929: “O home m é vale


enem em relaçao a “u , mas sobre acusaçoes. . . “ . . . e eu, tanta irrefle x'ão, nem tanta íns-olência. . .
brig ar... Nunca vi

ixar uns pedacinhos


vmma que sempre fui de acusações dessa natureza, as punha Veja se na resposta do Jornal pºde enca
]

em quarentena, . .”. ' . assim, dirigidos ao Almeida./”11.


o que lhe dizer
Quanto às denúncias de negociatas por parte de Francisco De 7-4—1929: —- “Não sei, na verdade,
uta, que não é só orien tada, mas acin-
o ÍIIOCO sei acha descrito no perfil de João Pessoa que de Paris, como protesto. Essa cond—
irmã tem-me doído
o,
enwou Joao Pessoa de Queiroz, em carta de 1931, e vai inserto tosamente incentivada pelo meu tresloucado o
não estão send
noutra parte deste livro: —— “. . .nunca tinha olhado para a sua nºalma pelo descritério &: injustiça. . .. Vocês m vilmente agre-
poré
031133 e toda ve? que se imiscuiu na vida dela foi para tirar pro- contraditados simplesmente & de boa fé,
:
r i f f »

eu lhes dizia, há mese s, irmos ter à frente do-


XôltOS, como tlrou no caso das obras contra as secas” ( . . ) didos. Bem que
irado . . . Ataque in—
Vªgão Érovar qu; Joca era um desonesto. (. . . ) Que a família Estado um indivíduo intolerante, um desva s contam co—
ovar
imrentáxl'jio...”.on ' contos para de1xar
' achou 2 xml
e Joca ' em justificável de que estão sendo vítimas —— Você
&

migo”.
]

mais
Como se vê, esses bicudos não se beijavam. De 14—41—1929: ——-— “Meu caro João: Como vê, muito

pôs a limpo a com-—


. ” 4.º -——I que João Pessoa ameaçou de renunciar ao Governo cedo do que era de esperar, o meu irmão
. .
J
&“ Nº".

bem, certamente.,
. eN)Xº (Q»

você. Lemb ra-se


x !

tenda existente entre mim e


.

ldela considerada por Epitácio tão absurda que não queria “per:
stado por você,
do que eu lhe dizia., há meses, sempre conte
W;.“”5

der tempo em discuti—1a”. Entendia () velho soba da Paraíba que


(""—..

47
. u] «
* : ? * “ ? ,) H?'A“ Y_,
&

46
? “
(
)
gabi-e; aquela tresloucado. ªgºra é justa
que eu (: í-nterrogueª & refs: Francisco-, cºm a guerra tributária,. Joaquim, com as cartas
., úºm ªªahªia níesma enfase com que V. me contesta??? incentivadoras, & quem co'ntestava e chamava de despeitado; Só.-
-- q em ' ª. razaº? Qªºms afinal, conhece melhor 'e Jó-ãc;
0 fez, mesmo, quando o jornal A União o engiobou entre ºs
, que era um semilouco o. nov contrabandistas da família & ínsultou & hºnra pessºal do irmão.
º '-
madame .- - .
.cham, v ava- de, deSpeitado? p , ,ou de sua quando me: Apressou—se a escrever, com a violência do seu temperamentº
“ªªsãassgenâªl agora, (ªcme se esc
66 '
de homem forte, uma carta bastante longa de rompimento de—
reve a história do Brasil?
» , caro.
uem , como Vo ce, finitivo (17—6—1929), chamando—o à fala. nº seu passado e no
ªtado, não cºnhece '“ Vlve
' fora do Es— »
- ..a os homen s nem. a Sna
' pº 1'mca.
' - Resta—me seu presente. No mais, afeitº & lutas, em ficar na expectativa
f . , provar qu - - por
1111, .
. e no caso V . _ também ajmza
' ' de uma réplica, e ' que aconteceria com 'o caso políticº ªosé-
erradamente—“;*, ' '
O".
ªªng .
ªãuâvªflstºs O seu grande amigo., atacando— Pereira, a quem se apressou de visitar, aconselhando reação &
» porq-ue, 0 de púêlizgr prometendo apoio, sem e qual & rebeldia sertaneja não taria-.
de bem com quem , "partic
,
ularmente“ tod & VEZ
ª, = que. voces
ª nao
v' "' º
,.estaº
, . explodido,“
e governo aqux ' & sua nºi
d aqu-ele 1331-—
'
'seravel, é sempre cent -ª [ & “ ªªª-'ª» Era de estranhar, no caso, a passividade de Epitácio Pas—-
»,» , e, persona
fã 08 .Quem7

ã
que ele que 121 .' º—
V, - . acred"'na º p Onrentar“ a: soa. Poderia, talvez, ter evitado & briga de família, com a in—
dos
. . Impºstºs
a ' r a r a e m Pai—8.610 ,. .. pu '

g ? Santa ' ª esteja,


.

, ., ao lado de vocês ªº“ questaº


mga-ma'ldade! T conteste autoridade de chefe de todºs, em intervenção oportuna,.
crito & José, solªdari
.. zando—me com vocês ' ' Bªbº es— mas esta chegou fora de hora, depois de uma carta, do sobrinhº
'
lesmª . da- carta que lhe .
—at? Pªrª tudo. M ' ª —m
fiz sobre as ações ” .and e e Francisco, quase cessada & controvérsia. Mesmo após & desa—-
. 8 aV — a se num Veldadelro pandem
º ' A . .. . . .
omo familiar, que- atingia." . vença entre o caudilho de Princesa & o “tresloucado” de Falei-=-
em Chem ao presrldente «da Par zcio, ºfereceu-sa João Passoa de Queiroz para mediador, desde
aíba. Possuía este quatro irm
J'
Hªiª, âãítªªªª %Pdddâ) e Joa
' ª
A ;
. ãos" ' que assumisse () tio O compromisso de que “José Pere-ira ficará
qmm. Veremos, no — decorrer des
. ,, - aula—umbomhom te prestigiado, como sempre era, no seu município”. Não recebeu
des
“unhafet os çõe
a rela ou sindde " ' . .
' conwve ' '“nm'a com 0 i rma "em
o. epil resposta à sugestão,, pelo que o sangue iria correr, conseqiiência
..; . , . " Os' etlc
dem ozus ' man
— eram

.iferentª
...,s, o que most r a - c e imediata da intriga entre parentes. Cuidou tarde Epitácio de apa—
. 1 alta distmça
na r r o '
d º u' E ' ª ' "
_ o
_ confie nda ' ao sobrinh ' o . Smne—se & iSÍO ziguar os ânimos ,e o fez através de um telegrama antes de re—
. » a . da pºm
carg A çao_ dos " º & plta bcm—'
. P esssa ide Qu'ae 3 tºr p—se—a' comso criminação do que de tolerância. A correspondência trocada
da aNlínpxlºgdenga do podero º ' re — * com os sobrinhos de Pernambucº denuncia o resto:
so chefe dos dois ciãs“
cedo eafplodeit fez pelsswel cºr Am va “Petrópolis, 9—3-1930 —— Deputado Pessoa de Queiroz, Jºão
rigir depois e erro cometido

,
, A 1 a ce emma, com o sebrinh pois: Pessoa de Queiroz e José Pessoa de Queiroz —— Infºrmada,
0 Jºa

,
.as “_onças do Re. cife. nos arg ' .qui' m. cum, ' d
particularmente, há dias, de que estás auxiliando José Pereira,

.
umentºs de vara Ion &
pranca. mente só em fºm A h can ' O
"
__ ília o- governante. paraiban Contestei com veemência, declarando-te incapaz de um proce—
, g . ' C »ava

..
pare . cia nat_ural,, isto é, que os * —se dimento que seria, para com Joca, covardia e para comigo uma
parentes Vlzm
n
acorressem em_ sem aux ' ' hos . O, di e O que
, ílio, se "dxlm ' ' u na'_ man
É 'ga e. naoumdl
felonía e uma ingratidão. Como, porém, & innprensa do Governo»
as inªgaasvzãe lªrga?, & Joa ' fere' stann.tes,
&. começou a explorar o fato em detrimento meu e de nossa fa-
o Pessoa, habilidade para evig
:. » , . a .la. ar mília, peço-te que me autorizes & .desmenti—lo publicamente, se-
ão sabia cortar& arestas, por vez
ª ª a de? rviver fehz. Abandonad es a única nccessário for. Abraços —-— Epitácio Pessoa”. .
o dºs parentes ——- salva alguns
. pressn os —, marchou famúiar Silenciara. Epitácio quanto aos começºs da guerra tributá—
mente sozinho para e de tr
& a morte., ria., para somente intervir quando se tornara impossível qual-
'.
_
.

não I;;ÉSÉ-Zseldtesta ultima cart S&S &


n

a que João Pessoa de Queiroz quer reconciliação. Chamava, iá aqui, os sobrinhos do Recife“
.
.

.- . _ _ c,, a m . erm , mper _ as relaçõe de covardes, traidores &: ingratos. N ão tardaram as respostas.
_

__ s_ de ami ' 'zade com o tim


.

preadente, embora pressxonad . . e de. dºis deles, da mesma forma contundentes, pois o terceiro,

o pelas» duas influências faªjí


.

lía— José-, soube manter-=se & distância nos pontos graves da discussão.
_
-

49
.
.
.
ª
"
,

João Pessoa de: Queiroz foi o primeiro & repelir & inves-tida eito. , - . te? Recuaría este chan-
'.
teríªh/Ías. . . e a autorld'açle fiº. %OYÉmânEle que não mais obe—
do tio. -
“Senador Epitácio Pessoa —— Petrópolis —— Não sou ingratº rovidêncías 130501935 Jª mºlª & ' &111'1cismo de uma
com o esta va, no _ #13 vai-
nem covarde. Joca nada me merece, principalmente depois de te de p " '7 Endeus ado po lgam pu
sta nte ced o se em
estar aliado aos seus e nossos inimigos, como Joaquim Pimenâa, soa ba a, so—
dªd a ao uo foã o Pes ” rA
o erde
ieªíãsârenãntod
su
Ia' cf" to de
Carlos de Lima, Jorm-l do Recife, Siqueira Campos, etc. Sem ig no ra nt e da qu el 1m_ pf u_
ter nada com questões tributárias da Paraíba, fui acoímado por (51015 goãrernar,
. (Nem
. : 236 a du _, o e -
. raçã
e. da s
'
e ra ra um
Joca, na A. União, de bêbado, jogador, contrabandista, ladrão, a “ re
_, os 1mpactos
dos excessos
IIB. Sªgª de
ÍI'G&_
qu . comece
etc.. Recorrí ao Sr., enviando até uma cópia da carta que escre- ”. ' gâeªª—- gtªvaino
dênc ias. o Pessºa de TCZ Uçlr
vi ao Joca. Nenhuma resposta obtive, deixando o Sr. que a
Quanto ao ta?/1631am» a“: deqeJoã -
encontra com . OSB :
nossa família se digladíasse, com os aplausos dos nossos inimi— . . á ' . n㺠u
ementqno. .. _, Pessoa para
luta, ”ofere—
gos. José Pereira está ligado a mim por estreitos laços de ami— amda uªi“ 0110 diª Seguinte ao da VISF'EB. d? gªaOO-à
mesrªªhájo & recuar, mas sim para Hªsan]? de tâl ordem con-
zade, tendo sido testemunha de casamento de uma minha filha.
Não podia deixei-10 ser trucídado com a sua família, ímpunç— acããoiúe os necessários menos de reãçaoío () assegurª ao tio:
mente, indo VÍSÍtá—IO em Princesa e: procurando convencê—Io de. º . t g & luta”. . _ “Nestas
CS:/d ava estes importantes, que "des
que devia retirar-se com a família a fim de evitar hecatombe 51 efªNa minha Oi?-mªºs Jºcª n㺠suªêrssª amigo José Pereira
n=
- traga]: ao ' *
en que 130831113 ,, ,. , para sua defesa, co
e grandes desgostos ao Sr., & qãem ele veneram como ídolo”. de &reacãº
1 fºiâsªdº
-' "'ZS efãment
COãldlÇO
José Pereira recusou—se, dizendo não abandonaria sua terra na— to os o ' =
tal e que morreria com a família em defesa do seu torrão, po— ' ? rªg umnja
' nªrra de '
dasprí—
.. As
çã o pea -53 0,31 1305.81112
rêm deixaria. na história da Paraíba uma página de glória para àm g iª ”
' Zelementos de rea
Princesa &: qutra, negra, para o Governo do Estado. Nestas con- " “1 armas e munições para 105,6 av es de
PereÉa um.SGV dª Sºuzª Leão,
dições fui forçado a entregar ao nosso amigo José Pereira “tºdºs au ilâªsd
me _ rnambuco, atr
- ades de- , Pe
Chefe. de Pohcm.
. () ,. ap010 do p ªi ª
os elementos de reação que possuía para sua defesa contra Joc-a,
, porém, garantiria—lhe e-10, pelo m
comprometendo—se ele a manter inteira solidariedade ao Sr. O irmão Franmsco m . . . Deveria
faz
10 no'dR ” a, al:-=—
pismo, e iria busca— 51 () o acaus
ht me r da contend
moos
a tod
ador— us
justific ar-se . de ter q _ mªtarem-sesaos
cr ific am
irmao s. Pa
Pes-
j' de que, se o governo federal não intervíer & seu favor, a sua pa ra ndo
.asta a famíha para um? 1.
() infe—
i
“ derrota será certa, principalmente devido à indisposição que ele ªntrabandístas, fo
ve rda de o que fez prínmpaldmexàte de 192 9 re
criou com os governos vizinhos, que estão indiferentes à luta Éxa º"
ueuoz alem do de ma no , .
pelas agressões sofridas. Para provar a minha estima &: vene— al A Umao, de 11 oaintde
e:
É; eãâtogial do ,jorn ' o” com ÉYÉZÚÍI'ÍJC
DZSPese ssgu
ração ao Sr., estou pronto a procurar José Pereira e Joca, com “d ive rsões de Theodonc eir oz . . Só nã o_
e às l Qu
autorização do Sr., & fim de promover um entendimento e ces—
d
a juventud u e. . .,d o Suªofpâe ml.. 0 Theo d O“
ãáãíroz naresubac harel dep ta o es _ .
sar a luta, assumindo o Sr. o compromisso de que José Pereira_
. , .
“. , hoso & g
seu velho e 99cann
. » . —.
ficará prestigiado como sempre era, no seu município —— Creia— quis Oprã ⪠ar o alí vio do
. .—
”_" speramos . . _
me sempre seu sobrinho, afilhado e' amigo grato ——'—-— João”. . .m
º a,- a sua vez. E , Clgsa na
s sem-
lilrª— Iâlão
- «w

51b 1hd ade da fatªlí


. : .

Chegava tarde & insinuação de paz, visto que o Presidente feri am & sen
« - ." M

HCO'A3ChÍãª-rênc ias a
ma so' p am O . m com () apºlº .
da Paraíba já havia assumido a atitude de dar uma lição em _
. , honra
defesa da .
t es ºrªem“
_ , que
? essoa qu
e contava . , ., _
José Pereira, questão de prestígio para quem, desde, o começo
ohna, uma de É; o lcpíartel-
do gOVemo, lutava pºr quebrar a força dos coronéis do inte- pre sºlidªº: moral da mãe Mirand
rior. Contudo, nada fez Epitáciº no sentido de interceder entre. ?;" eralgoe Vânim
— o forte, Guíª fªSid ênºm era quase q
& conspn'açoes.
as partes. Dirigira—se, apenas, a uma delas, inclusive telegra- general das reações
fando & José Pereira; Houvess-e credenciado () sobrinho Jo:
5.1

50
ele assumiães- . em 1915, (5111311315
Cºntudo, assistia & Jºão Pessoa de Queiroz: razão. ao recri— de compromissos, de hºnra com
mínar () _tio ,de se haver ausentado na luta de família,. deixando de “armas na mão se bate u para çntregar .ao SL” & .supreigúmde
insante atrãs'çe com ªaa'mão.
que esta se “digladlasse com os aplausos dos. nºssos inimigos”. . . ração política da Paraíbª13 em
, tamb?m &: armââmm Hoje,:
Comprometido com a. indicação do sobrinho para presiden— de alguns de seus sobrmhos que
er.. Os. [tempos. dma—É ªdâmento
te. da. Paraíba, fugira Epitácio Pessoa de uma intervenção 'que— combatiam sua ascensão . ao pod
os macabras: ae rail amado-
somente bilateral daria. resultado-. o Sr. assiste impassível aos plan
o gti-.e eletnza () e ªgiam eu
Dos nomes citados na carta como inimigos de Epitácio alia— de seu mais valoroso amigo, com
a de. mgra/to sa parva; oºº-Sr
dos a João Pessoa, dois se defenderam pela imprensa: Joaquim por João Pessoa e atira & pech
s aºs Bardos, & quem e si;
Pimenta para afirmar que apenas se haviam aliado a uma causa auxiliasse um amigo briºso por tºdo
telegrªma im ttermoíimªu uma
comum: ' _ ameia no dia 28 se dirigia em 1319. milhº em c'a ºu .or—
—— “Positivamente, há um equívoco em tudo isso: nem a podem digníficá—lo. Jo㺠Pessoa ,de
mao s, ou po? 11117e 1“ Op Em
Presidente Pessoa se aliou ao Profassor Joaquim Pimenta, nem Obsessão nos diminuir em todºs os
.. esforço e murro ra. 8531k—
que temos vencido na vida? com
este se aliou àquele; ambos espontaneamente se aliaram & uma.
Som 0 Sr. pgªçêse Sªi cómigo
receoso de que a nossa, amizadç
causa a que o senador Epitácio Pessoa também espºntaneamente 30.yâãgocãpãtàzªlzfªtzl nºs O mal
aderiu”. Aqueles que se preclamavam entre os maiºres amígós pecíího à sua . desmedida 83111319 ,—
de Epitácio Pessoa, “estes, sim, é que no momento sãc os . . ” m o e m a cam a n a p z t o
Para lb? qgãsngã
çóp _dq seulg míer no na
seus mais terríveis adversárias” * (O Libertador — Recife. —-— Zªesªàdâvlãesde 0 come dãm âr uma
% mªil sªlíª itªªm
20—33—1930) . ' - procura humilhar, tendo aw:ad? . , . .
et
[mais esadas insultos14 apesar de
O' segundo, Carlos de Lima Cavalcântí, publicou que nãº"
vlejn ção imed iata nc? faso , ª_lv gzníupgãªãg cªnª? 33:33 ªlª.-g,,
se devia ter como inimizade pessoal o apºio à “represália dº: inter . . , ,.
. mbícionamos 0516530 130110 tª
governo à sublevaç㺠sertaneja inspirada pela politicagem parre— o devotado , vem Fls hª ªgi
ªªãeêdó ”JGS-é Persiª nosso amig
písta” (Diário da Manhã —— 19-3—1930).
pref erên cia, E ago rª, porque esse_ ainlgo snã o lhe
“ferindo—o de
N ate—se & insinuação do editorial, de que & “sublevação” aç qu; lhe qms Lâminª a. sua
tasas contra & saprema humllhgg
sertaneja fora “ínslairada pela politicagem perrepista”. o, aura. cpntraà e e'xtªºmináêlo'
ade-ss.: um só veto no seu mummpl
Isto não é basicamente certo, pois a origem daquela. reaç㺠o Objê'ElVO. & e'b'lãdade de;
partira do apoio garantido a José Pereira pelos Pessoa de Quei— fºrça policial, cria batalhões . cºm 013315; 2531122133.rlá ' cºm a
633
róz, levados estes por desavenças com o primo Presidente da Nesse *transe difícil da saíra ªindª, . . .. . ..-
era
Paraíba, a quem esperavam derrubar por uma intervenção fe- ;- Jª iá—lo J-essoalmente, . e s e mâ ªcªà ªdae
eªoíãprãsâjãª

;
deral no estado, a qual lamentavelmente não veio. ' âªãâa amíªade. Cºvardía seriª SÉe, ' , . A”... ,. . . .

. Mw—
um overno 39155330 613

"
'
&

v
'

f
No seu telegrama ao tio Epitácio, deixava Francisco Pessoa daº_ hw? qªle eriªa ªª

.
tra un.; c1da

?
ªââad; fªculdadª de matar, con-

.
'e n“ ' . "
de Queiroz entrever toda a sua posição de tradicional adversá— antude. ,EPínggraac resta dcss

A
.
fez que autorizasge tão deslouczgda
«

.
.
'
de 50553 gelª , &n Diz-
r
rio do primo Presidente João Pessoa, não parecendo perdoar
.
ços
'
es serm
»
vant

-
.
se esquecesse es rele
——
1 ro neign aspnfo. % allª 1 .e seu
àquele que lhe houvera cortado as aspirações de um dia gover—
. à nessa causa em 1915. Nada que
?
? . ?_

?) Sldº dedica o, came se"


w

nar & Paraíba: '


,
4

me a consciência que eu lhe tenh


i
l

“Presidente“ Epitácio Pessoa ——' Petrópolis —— Estranho, di— àªãªaãnªªteínªªªo qtªs que não
M
r:'

ami-gc de todos os instafxteã. Mas


u
W " _ _- M " ”

,;| .. l?
ª

. .
: .,

lema em que o Sr. me colocou, admitindo & possibilidade de


' ,. “ x -

. . ,
,

* .
. . f .,

º ' ºf & ora com 3115193, &


.

_ser covarde ou de praticar uma felonía, caso, numa hora amar—— xªâªãg? & quem o Sr. como
“ ____

gªtâízªcªâolªmãa hora de incertezaFu


. , _“ . | ”
,

gurad'a, fosse em auxílio de um bravo e velho amigo. O- Sr. sabe- . . » ,


.

Abraços —— ra“

eu ' lªgªrta—se mos. desçacho


devedeste que pgs-IQ menos Franmsco PFSÍÃ
.

mai—s que ninguém que não sou nem um covarde nem. um in-
grato, e no mais íntimo contato da tantos anos, o Sr. certamente: nn “de Alªuguerquelgªl. E
observou que essas qualidades se existem na família. outros “dela ãe, Queiroz e Jo㺠Pes-soa Cavalca .
rno de Ep1t cm., em
“inca-mpatibilizados”, áes'de () gove
.

têm . o privilégio.. Minha sºlidariedade com Jºsé Pereira decorre


53”
52
, . « _ , "".—..»fnn—
r-"F ..._,..'f."L==Lr::_.:-.í._, :__3'.:;:':"__.:_-'.".:_
— "“""“ ':.
E'ª'º—ª

x
333133621: ªtuação de. pre
stígio dos P essoa de

,
, Pa
dicar , arao
» Queiroz entre os
ªoí㪪lgfuco e .Paraíb


Mares, salvo se possuí um a, sgaría desaconselhável
in—

_
prlmo com mcompatibílida
não muito do agrado dsse de-s famí—

.
:f temperamçnto de concilia
ção, palavra

._
os termos do docum

y , .
ot uturo preszdente da Paraíba.
ciúme ou seja o Em 'to do s

_ _ :_ . ,<! _. ,
ue fem 05d moça—se, gm ent
são “desaconselháªzel” 01“: relinhas, () despeito
o sxgqgtárlo, o que jus
para _clas_sxflcar & escolha tifica & ezxpreas-Í

.” , . _"(:'
e S
uq vez, toda & sohdaneda referida

y
de .

“_ ':ª
r

para ªlguns
. nciav- am apelo —-
s de modera ao
denu o rumo da rebâdíaj quando- as ondas enca

v ' h * 1 3 5
'“

_ , Es ta, de peladas
?

outr
n.

tldano, se nã o 13

.' x 5—?' "_ .M?' v ' —


gm Poçupar logo milita
rmente
.

certªas
,

.t- <.
3,7519 —
v....
ª, -
& rmcesa e hostilizado
esta.
As duas coincidências
,
intriga de fam dia e env
i

-' ' m
iriam des==encadear io de tropas,
a lut:a entre de 'IS
C&Udl" lhOS.

ª" w-.“ ( "J.


x

Éontçstavuhneíxte, do ' T ODAVIA, ainda não inteiramente. preparado para a lata


r

clima de insatisfaçã '


i

resxdente Joao Pesso o Nasceu esta, m—

'. m
, _ a, b em explorado &: a fratricída, antes que esta. assumisse aspectos de generalização ser—

. i “—-”l -hn'm
.

adversarzos ou desafetos. Acrescente-s '- a.


e proveltado pºlºs seus taneja, expunha José Pereira os fatos ao presidente Washington

lfª g' nh
W

har & ter—.se-á” o bin

ª ' .'r t .—
ômio desolador“. Luís, num apelo de “paz que não viria:
. v

" íf m
“Informado de que meus adversários têm levadº ao conhe-

a ' I .M
cimento de V. Excia. os graves fatos que estão se desenrolando
neste Estado, com visível deturpação da verdade, peço permis—
são para maná—los com o reSpeíto que merece a alta autoridade
u

_ _ Ã _ = .
do chefe da Nação. Dias antes das eleições federais, () presí-
dente da Paraíba, certo de sua derrota nos municípios ºnde o
deputado João Suassuna e eu temos influência, ordenou & apreen-
"

i _ _ _ _ .'VV'ª _ “ _ : _ p. ._ , . . L ._ :
São dos livros eleitorais, escalando para essa missão diversas
forças de polícia, a principal delas sob o comando do tenente
Ascendino Feitosa. Assim, ºs municípios de Misericórdia, Con-
ceição, Piancó & Teixeira foram ocupados, sendo que: Teixeira
foi assaltada pela madrugada de 26, quando a população ainda
dormia, presas Várias famílias, espancados adversários, confor—
me é. do domínio público. Uma vez em Teixeira, 0 tenente As—
cendino fez cerrado tiroteio contra a cidade. A pºpulação des—
pertou indignada, & cercou & força, que ficou encurralada den-
tro da. cidade durante seis dias. Daí por diante começou toda
sorte de vandalismos praticados pela força do Estado, como
sejam, saques, roubos, espancamentos, violação de lares, tudo
54-
55
pessoalmente ºrdenado pelo presidente: da ' Estado, cºmo repre— âer-me. Levandº às conhecimeçto da; V Bacia . esses. _graveºs fa—
de um mal-dente gªª-
sália, num requinte de inacreditável vingança. A população apa.- tos ordenados pelo des-peito- IHCOntldO
espero com. o Em?) _
vorada foge para os estados vizinhos., deixando os have-res en— traiu Q partido que o colocou no poder,
que V. EXCÉa. dara v a i
tregue-s à san-ha da polícia desenfreada. Enquanto não permite Princesa e dos municípios conflagrados
terrªçº, mal-or. ferranâã
que os prisioneiros de minha força sofram o menor castigo, os ler a. sua autoridade a fim de ev1ta1_:, em
cmga m 'de; .naoªterem 1511 gªg? &
meus partidáriºs, quando aprisionados, são sangrados eu fuzi— de sangue de seus patrícios pelo epu Lc ..
oa para VIÉE- pIGSª deííLe da
lados. Princesa, que há mais de cinqiíenta anos é dirigida por o nome do Sr. Jasão; Pess
lta ..
minha família, não se sujeitou & esses vexames e há mais, de -—-— Respeitosameçnte —-— Deputado Jose Pera ?ª“
trinta dias defende-se de armas na mão, numa luta inglória,
verdadeira guerra civil, onde temos visto tombaram pelas balas
da polícia alguns dos seus valoroso—s filhos, embora tenhamos
em legítima dafesa infligida também aos “salteadores da honra NOTAS
dos lares o merecido castigo. Os habitantes de Princesa pre—
ferem todos ser tmcidaãºs & sofrer a humilhação de ver segs
lares violados pela soldadesca, como vem acontecendo em ou— Epitácio Pessºa. e. e so—
i Ver-se—â que a correspondência entre . > . , ._ _ .
tras municípiºs que tiveram & altivez de: votar na chapa. con— ' " '“
banho governador comprova esta , '
lmpyes> s.ão. . .
senadora. tro nos arquiv os de Eplt-ám o Pessoa , escuta do própriº
2 Encon _, . .. . .
.
Expondo esses fatos não “pense jamais V. Excia. que me, .unho este asclarecimento: _ Por-tetra dadª
a que o apehdo de Joaq
p “éarta de Francisco me lnform
sinto atemorízado. Defendereí cs meu lar, & minha terra, os meus- a, de. automovel, , 3%.p33ãa
&. Joca, veio de Cândido. Indo. para a Paralb
amigos, sem um instante de vacilação, disposto, como estou,, a ra, senda -lhe cobrad o o impos to, deu no encarregado, msn o-
numa portei
lutar até à morte., Assim procede por um dever de humanidade . a João Porte ira”, profer indo em seguida grossas
lhe' -— “O resto- mando
e: para que fiquem bem definidas perante a Nação e V. Excia. palavrões”. . , 㺠do-
ª ' Pessoa Cavalcântl de Albuqu div-' uªm
na erque, de Par--
“as responsabilidades dos que estão em luta. Lamento que vidas (Nota do A. .... Candldo a, ª .
' ano. A porte n'a
' realm ' en te . existi
preciosas e tão úteis a nossa pátria, estejam diariamente des-a— - .lden
' te aralb a do ãelcu lo :
que se obrªg ava a pªrad
ªãbuco cªm & Paraíba, com o assum m foros &: praç
parecendo. Mande V. Excia., na autoridade de chefe da Nação, fealizava—se a cobrança do impºsto.
O apelid o
“331033 'f .
examinar a situação que atravessa o meu Estado em má hora por todo o governo do presmente .
'
Naur zco,
' ,
o . em e.
entregue, por inexperiência nossa, a um desvaírado para gover— .3 Referenc ª 'm ao Clube pelas
a Franmsco Pessoa de Queuez, ram
ná-Ia e verá que não há excesso no que respeitosamente infor— 4 Alcunha atribuída no Rio ard, nos tempos- em . que e
num auto '
mov el Pack
me,» a V. Excia, Mulheres são desapiedadamente surradas, crian— exibições que fazia . _ &
luxo. . .
___ . A . , _
ças assassinadas friamente a punhal, lares invadidos pela sol- ros os ue usavam carros de
ga A agressão epilético merec eu 'outra refelerãlª cá315363 Pireªªite:
dadesca, famílias presas como reféns pelo crime de serem apa— ' entrewsta ao vesper
numa ,
* , o escoadouro
' ' - a A União
repetlu, nestas Pªla“ as,
"dente do Estado fez pubhceu n _
rentadas das pessoas que não” votaram no presidente do Esta— « '' ' de Prmcesa” (15-6—1930).
º' p1.681
' ' ' queepllepsla,
-' agmáno cerca
do. Os ataques aos povoados indefesos são constantes e para da sua
'
sabre um lm . . .
'tác1o Pessoa, repetma 0a
I " o Pessoa _que_
..
justificar os saques nos estabelecimentos cºmerciais e às. resi— 6, Em carta postenor
' & BPI contra
" passavam de , . bandls
_ _ .
' tas, .1. , e enim-
1&d“ões .m
Pessoa de Quelmz nao
dências particulares, depois são incendiados para fazerem desa- fusos covardes, causando surpresa ªºs Pfºãnºª Intimª?“ que º nº” home
parecer o vestígio do roubo. 0 governo tem aliciado para a sua '
os recebesse
honraarquivos .
em su_a casa. —— er no ª -
_ . 1 _ t , .
3 e Nos de Epitácm Pessoa, demãgenteâ no slªsaªfcâío nª? ª;
polícia vários indivíduos pronunciados nos estados vizinhos, . f ., : ' ompostº e V0 u m º s a , A“ .

chegando a confiar () comando de uma coluna & um criminoso "ªº. e Geºgrªfíª“) ' '
-Brasdezro, » c ue pelo mdme correspondencxa
.
, » -
«encontra a ultima Justamente & q _ encerra a _ _ e.
de morte pronunciado por duas vezes. Tive conhecimento de que Pernambu co, onde deve na enco ntrar se a carta d .
com os sobri nhos , de
Manuel Cândido, delegado de Piancó, mandou convidar o fací— Francisco. a que. responde. . _ . ”_ _ : . imo
nora Lampião, meu inimigo rancor-eso, para fazer parte do ba— 3 0 3.500, desta insinuação acha.-sg nas 1mpressoes 'que do PT
talhão provisório, no posto de capitão, com o fim de. comba— enviava de. Paris João Pessoa de Quan-oz.
57
56
í
m í
9 Neste ponto João Pessºa mostrava—se incºere

x
nte, pais linhas antes meus do município pernambucano && Triunfo andavam _a ”procurar—me
comentava que hGSpedara em Palácio o Pessoa de para me prevenir qua José Pereira entrara “em confanuiaçoes cºm os
Queima. “Zé — seu
filho Fernando e família, saindo “todos contentes”. - adversários da João Pessoa e já estava de acºrdo para uma ação comum.

g
10 Não» era, também, ”“homem de honra e de princíp Sabiam até que acabavam de chegar o_utrafs pesso-as da fronteira paga:
ios austero s”?...
Participei do meeting, dos meus tempos de estudan entendimento com 616” (p. 63) —— “DepOIS VIII]. a saber que nessa ocasmo
te de Direito,
com alguns companheiros de Faculdade, e quase

m
fui uma das' vítimas ia ter um encontro com um )ínimigo de João Pessoa que o esperava do
do tiroteio que () dissolveu, dirigido pelo indivíd e Pernambuco” ( . 64 . , ..
uo de nome Carioca,
sem dúvida agente dos Pessoa de Queiroz. Falei na ladoECÍ'a o industrial Joªo Pessoa de Queiroz. O encºntro pao fora em

's
residência do professor
Joaquim Pimenta, que saíra ferido num braço, Princesa, mas sim, em vizinha cidade pernambucana. Trama & palavra
hipotecado-Ihe a soli—
dariedade dos colegas. No mesmo dia registrava () de ordem do rompimento. &,
acontecimento no meu
“livro íntimo” (24—11—1921), fazendo votos para A idolatria de José Pereira por Epitácio Pessoa, a que se: rçfere &

í
que o povo pernambucano
se víngass—e dos seus brios ofendidos. Atribuía carta, teve por símbolo maior a estátua erguida na ?rlaça prmczpal de
expressamente o episódio

m ª
a João e Romeu Pessoa de Queiroz (.T. I. —— Princesa, o que não existia em quaqer outrq mun1c1p10. Recusara &
Diário de um estudante
—— 1920-1921, Ed. Rio, 1950). homenagem, em princípio, o chefe político paraibano; mas o contempla—
11 Os tais “pedacinhos” contra José Améric tivo admirador do sertão insistiu, justificando—se em carta de 8 de novem—
o de Almeida, anja
.public ação Joaquim Pessoa bro de 1928 —— notem, com o ministro João Pessoa no governo -——-, peloa

m .
solicitava, po—uco diziam: “Estamos & apos.—
tar que o articulista seja algum disfarçado motivos destas palavras: . "
inimigo da família Pessoa,
mais realista, certamente, que o rei. Alguém que, “Quero também certificar-Ihe que Francesa, pela voz do cºraçao— 'de
pela imprensa mesma,

»
muito já tenha maísinado os seus vultos mais seus filhos, não pode atender ao apelo que em carta me fez V. Exmª.
eminentes, emprestando—
lh-es qualidades caracteristicam-ente próprias de há alguns anos. Apelo para que , nãq fosse perpetqada em bronze & grati—
quem, agora, já mudan dº
de opinião, defende uma parte da família para dão da minha terra a V. Excia. Princesa,, esquemda que sempre fOI dos
mais facilmente destruir a


outra, embora inimigo de amba s...”. poderes públicos, não poderia retardar porem esse testemunho de apreço,
*

.
Nunca ouvi falar entre os Pessoa de Queiro nem eu devia reprimir as explosões do seu afeto. 'Porque sºu dog gqe
z, que José Américo

'
se preocupasse em cambater essa família, mais sentem o impulso extraordinária que expenmentou o mummplo
destrui-1a. Sabia—se, sim, que

C
era ele um -»_t&mível e tradicional adversário com os benefícios de ordem material nel? Qegamados pelo governa? de
político de Epitácio Pessoa,
ignorando-se os termos da. carta de reconciliação

W
com o epitacísmo en- V. Exch.”. . . “além do voto, da lealdade mdnndual, que pode-ramºs fazer

«.
viada pelo eminente pole-mista ao indicado pa,-ra retribuir tantos favores recebidºs?” . _»ó .: d'

«
governadºr da Paraíba, João
Pessoa, que lhe valeu. o cum-ita para figurar 13 Alusão à luta política paralbana- da“ 1915,_ cºm & Vlt- 133. &
entre os. &'LIXÍIÍEII'ES da nova

.
administraçãº. Epitácio Pessoa davída, sobretudo, à Vºtaç㺠mamça que e seria. lhe:

. *
Tanto isto é verdade que, Vitoriºsa & revolução tributou pela influência de José Pereira. ., _ . , .. .

»
de 19.30, com José

:*—
Américo entre os poderosos do dia, jamais assumiu 14" Taís insultos someníe vieram com. a guerra tr1butá1'1a declarada
qualquer atitude

-
contra os Pessoa de Queiroz, alheando—se, inclusive, -º '- cisco Pessoa de ueiroz.

-
do processo judicíai . ,
sobre a morte do Presidente João Pessoa, em cuja 11)?r gªgª de tal ordem (130.33 as relaçõeg de armzadp, antes de ass:;—
segunda denúncia, &

.
aªjª-A

ª?
/ / /

revolucionária, maldosamente incluíram o nome de João mir o governo, de 365.0 Pessoa cogn o primo do Reelfe João Pessoa . &
Pessoa de Queiroz,
de inocência proclamada na sentença final. Nem sequer Queirºz, que até cogitaradde Pcclmwdar () genro deste, advogado Ioaqmm
wa
'ª',-'?)
parece ter tomado
%
aªª-s & conhecimento dos inquéritos para apurar o chamad ' e Chefe & oícia: &
o caso de Princesa

.
instaurado no Rio e em São Paulo pela. Junta de Sançõe mºjíakââªa—S ªio — 8-9-1928: —— “Informam da Paraíba que o %r. Joao
s, num dos quais
r l ?
".:.-:=“
vj
membros dessa família eram visados. Pessoa, futuro presidente do Estado, já convídçu o Cªefe de Poncia do
Além do que, com a sua grande: nobreza de caráter seu governo. A escoíha recalu no Sr. Ioaqmm Inajosa, advogauo na
É?»
, manteve íntata

.
lª'/:.“
(_,/ÉÉ' & amizade com um dos-me mbros, pelo casamento, - ' ernambucana . . _
><:l—'
do poderoso clã, que
_ é o aut-or deste livro, em lado ”oposto na“ luta da, Repúbl capitªovgdadeà' ; Recife —-— 4-10—1928: “Paraíba, 3 —— Tang,-3.6 como
que eventualmente criou ao redigir o' Decreto
ica de Princesa,,
certa a escolha de vários auxiliares de _Sr. João Pessoa, no prfammo ago-

*“
d o Territó rio Livre de

&
Prmcesa. . . vemo. Estão mais cotados: para'Secret€.rlo do Esfado, 0_ Sr. Jose AIIIéI'lCO
12 A visita de João Pessoa de Queiroz & de Almeida; para Chefe de Polícia, 0 Sr. Joaqmm In010.sa., promotor pú-
José Pereira logo após
a de João Pessoa, acha-se referida numa entrevi blico e advogado no Recife; para diretor da Imprensa Qf1_c131, () S_r Celso

.
sta & jornal do Rio pelo
bem informado Epitácio Pessoa: :Maríz; para ]..º Delegado da Capital, o bacharel .Sapmgano Mala, para
—— “José Pereira, instigado pelo representante mais Inspetor do Tesouro, o Sr. Manuel Marques de Ohvelra .
graduado daqueles
inimigos, chegado a Princesa no mesmo dia da
partida do Presidente Pes—
s o a . . . ” (Jornal do Comércio — Rio — maio —— 1930).

ª
Confirma a versão 'José Américo de Almeida
no livre de memórias
O ano do Nego: “Dei outro giro e VIII). a saber
que alguns conhecidos

;
i
5-8

'
59

f“ :
N
W“
O que justifica que no bolso do cangaceiro morto Zezinho
men-te não senti; mas o receio de que certos atos teus pudessem Vidal, tenha a polícia paraibana encontrado uma gramá—
.trazer-te dificuldades futuras” ...“que viesses um dia & encan- tica de língua portuguesa (inquérito do Delegado de Teixeira,
trar—te assediado de embaraços inSUperáveis”. Politicamente, pa— de 6—12—1930).
recia, no íntimo, querer substituir pela sua a imagem da apita- Do violento encontro no Palácio do Governo, refere ainda
eis-mo. Afirmaria num telegrama aos presidentes da Câmara Fe— José Américo de Almeida, resultou a ameaça de José Pereira,
deral &: do Senado, referindo—se ao Presidente Washington Luís: de rompimento, por estar sendo perseguido e julgando—se des-
—— “Compreenda finalmente S. Exch., num momento de lucidez considerado.,
e prudência patriótica, qua os paraibanos nunca se deixarão go— N ete—se, pºrtanto, qúe antes de romper em definitivº? já
vernar pela quadrilha & quem quer entregar o Estado”. havia José Pereira “ameaçado de fazê-lo.
A quadrilha era toda ela composta de epítacístas tradí—o Ora, o episódio define que espécie de político enviara Epí—
cionais. . tácio Pessoa à Paraíba, que o menos que fazia em chamar &
Já por aí pode—se julgar da falta de bom senso de João Palácio o seu bravo & leal amigo do sertão —— que lhe garan—
Pessoa, que chegando para governar dentro do espírito do tio, tira, por longos 15 anos, o domínio político da Paraíba ,—, para
que () indicam, se arrimcu aos que intransigentemente o haviam insultá-lo com o epíteto de cangaceiro &: contra ele iniciar toda
combatido sempre, desprestígiando, pelo contrário, aqueles ami- sorte de perseguiçõesl.
gos que: do sertão ao litoral lhe garantiam o predomínio polí— Era mesmo o propósito de destruir a máquina epitacista do
tico do estado: estado, montando uma própria.
“Abriu a luta contra todos: o temperamento apaixona-do Jºsé Pereira definiria esse estado de coisas em proclamação
ao povo brasileiro. .
excedeu—se” (José Américo de Almeida: O ano do Nego —-— Me.-—
Homem inábil, sem treino em política partidária, conheci—
mórías).
do nai funções de Ministro do Tribunal Militar como um vio-
Foi o caso, por exemplo -— para citar apenas um —, pela lento., a nas de natureza pessoal como intransigente, ostentou
sua importância na história deste livro, de José Pereira Lima, desde cemeço & preºcupação de tudo renovar, sem estudar meios
pºr Epitácio Pessoa citado. como o “protótipo da lealdade e do ou medidas, atrºpeladamente, ferindo os ditames tradicionais da
devotamento”. Desde que assumiu o governo que João Pessoa pºlítica estabelecida, desafiando de preferência () sertãe.
se preocupam em desprestígiá—lo. Removera—Ihe o irmão do car— Bem provavelmente, neste sentido, visasse liquidar () reduto
go de administrador da Mesa de Rendas de Princesa, para outra eleitºral de João Suassuna, cujo governo se orientam para as
cidade do sertão, sem qualquer consulta prévia; varejara as casas regiães sertanejas, de onde viera,“ com os municípios todos ainda
da cidade à guisa de desarmar & população. Pior fora o último. sob a impressão da sua presença solicita. Naquele reinado era
encontro entre os dois, em Palácio, que José Américo de A1— que pontíficava José Pereira Lima, com todo o prestígio que
meida presenciou e descreve com minúcia: João Pessoa, num lhe advinha de uma sólida & tranqªúila amizade com Epitácio
de seus rompantes de incontrolável, chamou José Pereira de Pessºa, que () considerava companheiro fiel e íntimo. Nada que
cangaceiro: se desejasse resolver por aquele mundo de vários e importantes
“Eu estava perto e fiz um sinal para que não respondesse. municípios sem consultá—lo! Betinha & mola das soluções.
Segui o curso da discussão e vi—o em ponto de estourar, com Com isto não se conformou João Pessoa. Voltou—se para o
uma ira nos olhos sem expressão. Depois, empalideceu. dessa lit—orale hostilizou o sertão. Desde logo chamando ao protetor
palidez que faz medo. Olhou João Pessoa ferozmente e calou-se”. deste de chefe de cangaço. Constituía, entanto, clamorosa in-
Não cita José Américo & resposta que se atribui a José Pe— justiça avelídar de cangaceiro & José Pereira, membro da Co-_
reira naquele instante, referida em livro de outro escritor, e missão Executiva do partido oficial do estado,, devutado esta-
que _teria sido esta: dual, comerciante e fazendeiro abonada, que cursaram & Facul—
“Os cangaceiros que tenho no município, são os eleitores dade de Direito do Recife até o 3.º ano, freqííentador, na sua
'do. seu tio Epitácio. . .”. "
6.5
64
cas-aca impecável, de “recíepções ºficiais., exemplar chefe de ía— elaa osram que davam unidade política ao partido da. tia Epitá-
míj-ia, proprietário de. jornal,, jamais acusado,: de uam desabonadof ciº-o, & benfaitor. -- ' '.
da sua conduta moral. . Destruiu & este. Desmandou—se &: destruiu—se..
Vale citar ainda José Américo "de Almeida: Não esteve Epitácio alheia a esses desmandºs. Preveníu—êaª
"Faltava-lhe tudo para. ser 0 tipº de “Coronel”, que ainda é. aconselhºu-0, mas inutilmente. Vamos à correspondência enº—1
remanescia em alguns recantos do Nordeste pela força das ar— irc-. c. tio prudente e ,º sobrinho imprudente-. º
mas” (. . .). — “Sempre prastigiado, punha & dispunha na Es— Em carta de 21 de novembrº de 19287, &nvíada do' Rio, Epi—=;-
tado. Só agora decaía” (JAA, Op. cit.). tácío. o advertia: ' ; 'º
Decaía, por quê? Pelo propósito de "um governante “sem “Sei bem que as medidas que estás tomandº s㺠todas de
certo senso de medida” (sic: JAA), isto é, atrabiliário, em sa— nmralidade & justiça. Não estão acostumados a isto. A grita está
near () interior com a derrubada dos chefes locais de prestígio-, sendo e há de ser enorme. Convém, tºdavia, não eXagerar (af
' sem qualquer noção de habilidade política, preparando as fea— rigor. N ão se extirpam num instante hábitos enraizados desde
çõ—es que viriam fatalmente, como, na oportunidade, a de Prin— muitos anos”. ' “:
essa. Tragam João Pessoa os “seus planos,. que assim expuSe'fa-aóª
Podem afirmar que se cogitava de uma experiência, mas po— tic, em carta de 15 de março de 1929:
lítica. sempre foi evolução dentro da tradiçãº, e João. Pessoa. “Minha ºpinião, quanto à política dos municípiºs,. é. a. se»
sonhou quixotescamente praticar o contrário, & desmandcu—se: guínte: entregaremos & chefia aos amigos dissidentes que ven——
“Vasculhavam—se fazendas; inimigos e amigos renitentes ti— cermz a eleição. Não quis fazê—10 ainda por dºis motivos: pri-
nham suas casas varejadas” (. , . ) , “Nunca se tinha visto dissº. meiro porque precisava da sua. aquiescência; segundo porque
A Paraíba, desacostumada, testemunhava com escândalo & revi-— teria de sacrificar o Suassuna em Catolé. Devemos seguir este
ravolta dramática que, não raro, pecava pelo excesso” (sic: J-AA, critériº uniforme ou abrir exceção em Catolé para assim deixar
ir:—' op. cit.) . bem patente que & incoerência foi praticada no propósito de darª
Cumpria () que anunciam no Riº, na intimidade, antes de mais uma prova pública do nosso amparo & Suassuna? ' '
eleger-se: “Só irei com carta branca. Está tudo podre; só uma Souza continuará como está, por especial deferência do' vei-%*
vassourada em regra poderia purificar & vida pública” '“.- Pro- 11:10 amigo José Gomes, embora & Oposição faça empenho . de
grama de tal natureza fora de propósito, que Adolfo Konder", colaborar conoscº, como telegrafou. O processo que 'estamOSª
ouvindo—o do próprio João Pessoa, certa vez, em Santa Catarina, seguindº nomeando pessoas de fora dos municípios e não ena-'“

,
comentam à par-te & um amigo: [regado as direções loca-is àqueles que venceram, acreditando
“Será deposto ou morto” (JAA). agradar a todos, com isto o partido só tem a perder, porque de
Foram os excessos da reviravolta dramática que levaram fato não contentamos & ninguém. Não é possível conservar “,te——
José Pereira a reagir contra o mandonísmo governamental, em— dºs os elementos em nossas mãos. Devemos ficar com os mais
.
tão com a solidariedade dos homens graduados, chefes políticºs. fortes”. '
ou não, dos municípios Vizinhos. Alheia aos postulados da psi- Concluía afirmando:
A

colºgia individual ou "coletiva, cedo revelou—se João Pessoa um “Minha opinião, em conclusão, reduz—se a isto: mantermºs"
ditador, querendo atingir no" estado, n㺠apenas ao que chamou na chefia os amigos de 15 —— onde se mostraram dignºs da. estã?—

ma e confiança do partido; daremos as direções aos dissidentes;-


.

de saneamentº econômico, mas igualmente ao político, somente


.
..

que para. sanear não precisava agredir o bom senso, nem & sen- que sá? do mesmo modo amigos, onde aqueles não se fizerem”

.

síbífidade alheia, nos pontos mais íntimos de sua prevalência. merecedores dessa estima e dessa confiança e ' estão concºrrendd
_
. .
.

Desconhecia o poder de reação sertaneja. Não lera Os sertões. A para o nºsso descrédito, sem indagarmos se eles estiveram (:o—'—
violência do temperamento impedia—o de fazer concessões. Fora no-sco, contra nós ou fora da luta de: 15. Devemos ter" & "prezo-'t
'
,

assim no Supremo Tribunal Militar: reacionário, e intransigente. cnpação única de aumentamos 0 valor político e moral da,—ª
'-
*

N㺠iria mudar diante de chafàtes locais —— esquecido de ...que Ing-amido. ' ' ' ' "=
t'“
'

66 &?
Escusado é dizer que o Sr. dirá () que devo fazer. Todas
as medidas até agora tomadas podem não ter caráter definitivo”. ºutro município, mas Sªmprªs correíígionázãos. Chefe S'. João,

:
Eis aí: primeiro, João Pessoa iria esfacelar o partido, entre— já desprestigíado, abandonou partida; chefes Piancó, Cajazeiras,.
gando certas chefias municipais sem“ indagar se se tratava ou não Teixeira, receando sorte idêntica, lamentam ser forçados fazer

xw' -
de pessoas. . . que “estiveram conosco, contra nós ou fora da mesmo. Se isto continuar faremos um papelão caso tenhamos 31
aSsumír atitude ocasião sucessão presidencial. É meu parecer.

"x;-.*“-
*J
*“)
(:;
luta de 15”; segundo, o de consultar o tio depois de tomar as Fªi
providências, embora as considerasse de caráter provisório... Resolverás entretanto como entenderes -— Abraços (a) Epí— rª
N ão seria de estranhar que Epitácio se abespinhasse: tácío”. ,
1:13
! T.,

Em carta de 15 de março de 1929 parecia João Pessoa cha—


, “| “É doloroso supor que o Sr. não está contente. Pode crer
mar o tio à fala., quando lhe perguntava:
H

que tenho dado tudo das minhas forças às coisas do Estado, _;


à

“Por que não estabelecemos nós moralidade nas coisas da


':

mais, talvez, do que permite a minha saúde, que, já um tanto


política e da administração? Por quê? Somente porque foram
.

abalada, não me deixará certamente ir até o fim”.


Noutra correspondência ameaçaría de renunciar. . . Epitácio amigos de 152”. . . “Desmoralizaram-se, mas assim mesmo de—

vemos acomp-anhá—los na desmoralização?”


() havia íadmoestado com alguma veemência:

.
Alvitrara que se deveriam substituir estes por outros, vies—
.
_

sem de onde viessem. . .


.
-
.

Era & virtual qúidação do partido tradicional, a derrubada


5-12-28
sistemática dos que em 1915 --— dentre 6138, sºbretudo, José Pô—
o
_—.__—.—.—

“Joca: reira —— haviam entregue a política do estado, em luta renhída,


.
.,

& Epitácio Pessoa.


Recebi tua carta de 20 de novembro. Acho boa a tua idéia Voltou este à carga, em carta noutra parte transcrita, de 7
quanto ' "& Ernâni e Lafaiette, em Campinas, José de Almeida, de. .Outubro de 1929, quando afirmou que não sentia “despra—
em Areia. Tenho também aconselhado para Piancó & cºncilia-— zer” pelo governo do sobrinho, mas receava “dificuldades futu-
&

ção. Seria bom evitar O choque do qual resultarão ressenti— ras”, “embaraços insuperáveis”, desde que separava “radical-
mentos, entre amigos e, portanto, enfraquecimento do partido”. mente a política da administração, em vez de subºrdinar sim-.-
Não há dúvida de que João Pessoa não estava pensando em ' .
»;

plesmente aquela a esta”.


fortalecer partido, mas em realizar política pessoal. Nova rea—- O exemplo disto bem poderia fixar—se na questão dos ím—

-
-
ção do tio Epitácio, três meses depois:: postos, colocando o litoral contra o sertão, para desenvolver
este em detrimento daquele, criando, na apreciação crítica pos-—

»
terior de Barbosa Lima Sobrinho, um “sistema tributário exa—
10 março (1929) gerado e I'ÍSpídO, que distinguia entre as mercadorias importa—

y
Joca: das pelo litoral e as que vinham através do território do Esta—
do”, num processo que, “além de inconstitucional, destoava dos
“Presidente Estado que é ao mesmo tempo chefe partido u
verdadeiros princípios que devem orientar uma federação”, com
tem dever conciliar interesses administrativos com interesses po- o que, além disto, João Pessoa iniciava a sua “política de guerra
_

líticos. Se— capacidade valor pessoal adversário basta para pre- aos chefes sertanejos”. (BLS: A. verdade sobre a revolução de
-.
.
,

terir todos correligionários, entre quais impossível não existir


:

outubro—1930) .
,
-

também gente digna, então será erro afastarmos de nossas cogi— Na verdade, vinha João Pessoa provocando tempestades.
M
_ .

tações. . . (uma palavra ilegível, estando a cópia em autógrafo


,

Bem cedo os granizos iriam cair por sobre vários municípios do


,“ .
_

do próprio Epitácio) Heráclito outros para governo futuro qua- sertão paralbano. A trovoada achava—se na segunda surpresa que
M .

driênío. Nomeação adversários desmoralizando chefe local en- () prestidigitador se preparava para retirar do seu chapéu de
fraquece partido prepara núcleo futura oposição. Se no próprio mágico: & chapa de renovação de deputados federais.
F

município não há ninguém condições, procurem—se condignos


.. .

5.8 69
.
rem por elementos da sua. preferência pessºal, sem qualquer
-discussão antecipada entre o-s' mem-bros da Cºmissão Executiva..
Vontade do Presidente, e nada mais.
É que João Pessoa queria montar a sua máquina pelítica—
.no estado,. ampliandº—a nos setores da representação federal.
Excluía da bancada () candidato natural do sertãº, deputado Joãº
“Suassuna, ex—govemador que lhe entregara o poder meses ana
A - Chapa Fatídica tes, bem assim Oscar Sºares, genro do presidente da Assemgléia
Legislativa Ignácio Evaristo. . . Se o que desejava era dar uma
oportunidade aº seu pupilo José Américo de Almeida, nada mais
natural do que incluí—10 no lugar de Daniel Carneiro, no me—
mento integrado na campanha da Aliança Liberal em Alagoas,
que possivelmente não reagiria comº não reagiu à exclusão, ou
naquele reservado à representação da minoria, & que não estava
obrigado por lei. . -
A reação foi imediata, pela qual, governador recente com
o prestígio do cargo, talvez não esperasse. Partiu ao mesmo tem-
po— de Júlio Lyra e de Ignácio Evaristo, figuras representativas
“dentro da Comissão. Substituir João Suassuna seria ferir as sus-.
cetibilidades do eleitorado de váriºs municípios sertanejos, que
"EM 16 de fevereiro. de 1930, realíáou—se na capital paraíba- giravam em tornº de José Pereira e família Duarte Dantas, da
na a Convenção do Partido Republicano da Paraíba, do qual qual era aquele aparentada E quantº & Oscar Soares, merecia,
já em chefe o presidente do estado, João Pessoa Cavalcânti de & defesa do sogro, que no momento ocupava o alto cargo de
Albuquerque Compunha—se & Comissão Executiva do mesmo. presidente da Assembléia Legislativa com as qualidades, posi—
Partido de 10 membwros sendo cinco efetivos: —— João Pessoa,
tivas ou negativas. de velha raposa política local. Debalde Álva—
presidente, coronel Ignácio Evaristo, presidente da Assembléia ro de. Carvalho e Demócrito de Almeida tentaram que [ambos
Legislativa do Estado, Júlio Lyra, 2.º vice-presidente do Estado, e mais o suplente João Espínola assinassâzm, sem qualquer res—-
João Suassuna, deputado federal, e Demócrito de Almeida; e. triçao () edital indicativo.
cinco suplentes aos mesmos correspondentes: —— José Gaudên— Recusaram; e ele traria apenas a assinatura de João Pessºa
cio, João Espínola, ”deputado José Pereira, José Quiroga e Cavalcânti de Albuquerque.
Guedes Pereira. N a reunião de 16 de fevereiro, um dos membros
Demos aqui a palavra ao insuspeito José Américo de Alª—
efetivos, João Suassuna, deixara de comparecer, tendo—se apre— meída: —— “Foi Convocada outra reunião para tomar as assina-.
sentado nº seu lugar o suplente respectivo, João Espínola. Tra—- turas do manifestº e João Pessoa deu» o golpe apresentando ele
tava—se de escolher os candidatos ao Senadº e à Câmara Fe— mesmo a Lista completa, com os nomes de sua" preferência. Co—
deral nas próximas eleições de Lª de março. “Acredita—vam to— meteu um erro: em vez de substituição tota], conservou um pa=
dos que se continuasse no velho. sistema de reeleição., excluída rente, poupando & sensibilidade do tio. Já estando em luta com
a hipótese da escolha de novos valores, sobretudo quando se ”um ramo da família, evitava outro atrito”.
amava em cima da hºra, sem tempo de articulações. Talvez te-
Não se mostrou alheio ao assunto Epitácio Pessoa. Tentou
,nhaºsido esta uma sutil manobra de João Pessoa para o anúncio
evitar que o sobrinho cometesse () erro. Mas este, empolgado
da. tese original que preparam, a todos surpreendendo, e“ que “pelo poder, endeusado pelos novos, envaidecido pela popular?
impºrtava em proceder—se a um rodízio na escolha dos candi—
'dade litorânea, apenas o' consultava. Mais nada. Assevera—Ihªs
dato-s, com uma exceç㺠apenas —— a de manter--se o primo Car- eufºriaamente, em carta de 26-8—1929: -— “Recebi sua carta de
los Pessoa. . . et pour cause. sªiriam os demais, a se substituí—

71; .
' . 1
f — r z l
* f f ' L — (Guit.—'.. ;_zícf>..|.u_—x_. : c g z a r n - c v ã l r c ' z r : :::?rrãhz-r, _ _ .

[15 de julho último. Cansou—me ela —— permita que o cºnfesse “Presidente Estado — Paraíba. do Norte:
—-—— a mais profunda mágoa. Nunca pensei que a minha conduta Desde ponderas nome Carlos causou magnífica impressão e
na áefesa dos direitos do estado, que mereceu, ”afinal, os aplau— afastado ele não sabes como resolver caso, nada mais tenho dizer
sºs de todo o seu povo, conforme; ficou patente com as mais contra indicação. Resta designação Tonho & quem quero muito
retumbantes manifestações que já se viram aqui, nelas tomando e de cujo afastamento partido não quero assumir odiosa exclu—
parte adversários, amigos, correligionários, indiferentes e até siva responsabilidade. Todavia caso merece meditação. Aplaudo
aqueles que a princípio nos foram infensos, merecesse sua re— solução executiva assim como tua atitude para Suassuna. --
provação”. , *
Abraços (a) Epitácio”.
Referia-se isto à questão dos impostos, mas serve para dô- Para descalça“ & bota, propôs um estratagema, em telegramá
fínir—lhe, & atitude que iria assumir no caso da organização da & Epitáció (novembro, 1928): ,
chapa, em que novamente foi inútil & resistência do tio. “Carlos acuado. Para evitar explorações convirá fazer cons-=
Cómeçou & novela & desenrolar-se'ªquando João Pessoa, ao tar que combinação se desfez por me parecer não ser conve—
assumir o' governo, tentou nomear o primo Carlos Pessoa, então niente retirar Câmara”. '
depmado federal, para um cargo de bacharel sendo ele. .eng—e— Imediata, & resposta de Epitácio:
nheiro, com o que abriria uma vaga na Câmara para o lrmao “Para evitar exploração, convém procurar razão que justi—
deste., () Tonho —— Antônio Pessoa Filho. fique repúdiº combinaçâq sem deixar mal nem Carlos nem você.
Contrariou & solução, Epitácio, nesta carta-telegráfica: Talvez pudesse dizer—se que combinação se desfez por não me
“Outubro, 1929 -— Presidente Estado -— Paraíba Norte —-—- parecer conveniente retirada Carlos Câmara, ou outra razão que
'Só hoje pude ler cartas. Ciente quanto me dizes. N㺠julgo fe- isso faça supor,, nem que Carlos recusou nem que Você voltou
liz combinação Carlos—Tonho. Será certamente criticada aqui e atrás”. A .
causará aí profunda decepção, partido de um governo recelgído, Sem dúvida que foi esta a causa de se haver mantido Car-
esperado como foi o teu. Carlos, engenheiro, sem compªrªm/leia los Passos, na chapa de deputados, quebrando o critério de ro—
jurídica—'para exercer cargo, sofrerá além distº graves prejmzqs dízio, &" não aquele motivo familiar a que alude José Américo de
privação "vencimentos. Saída Câmara suscitará problema substr— Almeida no seu livro de memórias —— “Já estando em luta com

.
tuição. Designação Tonho para aguardar vaga além de consti— um ramo da família, evitava outro atrito? —, pois um atrito

_—
tuir arranjo não próprio governo provocaria grita justificada to- com o primo Carlos mossa alguma lhe poderia causar em fa—

.
. . u. . _ .» u. . . . . . ._ “- . . . . - _ . - .
dos quantos se julgam melhor direito por serviços prestados aí mília, que o seu modesto ramo em bem diverso daquele, pode—
na penosa vida província. Para que sem necessidade deslocar
.
.:
1. roso., criado pelos Pessoa de Queiroz. .
Além“ disto, se o rodízio era uma razão, de estado, não havia
quem está bem; impor—lhe sacrifícios toda ordem, criar à política
i

como saçriíicá—Io em atenção & parentesco de candidato.

.. .—
dificuldades novas, levantar desgostos legítimos? Será possível

.. .
Não çhegou João Pessoa a nomear o engenheiro Carlos

,#
nãci haja Paraíba magistrado ou bacharel capaz de exercer car-

m
gº? Minha impressão pois não é favorável, combinação que Pessoa a fim de ocupar um cargo de bacharel. Preferiu reser—

var—Ihe o nome para () desacerto da chapa federal. Fugiu do
parecerá oligarquia incipiente. Resta. saber se fato já está di- ª l. .
“arranjo não próprio governo”, da “combinação que. parecerá
vulgado caso em que não sei como” tomar caminho diferente.
oíigarquia incipiente”, mas apenas por momento. De qualquer
f

Quando me derem momenío folga5 escreverei sobre todos pontos


* forma, o_ anúncio de fazê—lo e de o não ter feito por advertência
cartas. — Abraços (a) Epitácio”.
.

dº tio, e o arranjo final, lhe retira, como noutras circunstân-


,

A Por intermédio do primo Tonho -—-— Antônio Pessoa Filho


cias, & categoria de Catão da política paraibana que muitos Ihe
_. fez-ver João Pessoa ao tio que tudo estava arranjado com
atribuem.
a “magnífica impressão” causada pelo anúncio da pretendida no—
meaç-ão,
Esta. negativa lhe caberia ainda no caso decisivo da escolha
Dele recebeu a resposta: dos candidatos ao Senado e Câmara Federal. Travou-se aqui nova

7? 73.
luta: eantra () tio-, em que levou a melhor—, ou a pior, &. deso— Acºnselham:
bediência, Jºãº Pessoa iria repetir o conchavo. Bem antes que “Uma coisa para a qual devemos desde já ir lançando. as
isto acontecesse, Epitácio lhe lembrava dos cuidados com que noss-as Vistas é a eleição de deputadºs e senadores federais-, O
deveria tratar o assunto. Ligava—o “ à sucessão presidencial e a W'ashíngton quererá sem dúvida intervir, fazer pressão nos Esta—
possíveis reações do Presidente Washington Luís. Cítemas o epí— dos adversários para eleger oposicionistas, que enfraqueçam ºs
sôdio do seu começo, que novamente põe em dúvida o catonísmo governos respectivos & reforcem os elementos dele Washington
fpolítice de João Pessoa. na apuração da eleição presidencial. Precisamos trocar idéias a
Em 23 de julho de 1929, escreveu Jo㺠Pessoa & Epitácio este respeite. Organizar com habilidade & chapa, evitar desgºstos
“na época em Haya, sobre o mov1mento político nacional, mos— qu? possam desfalcar votos e fazer uma eleição ewarreíta de
traindº as suas simpatias pela orientação de Washington Luís.. vícios”
Fºram estas as palavras textuais tratando da indicação de Ga iá.— Um mês e poucº depois, às véSperas da sua partida de Haya
líq por Minas: após desaconselhar 0 presidente da Paraíba a sair pelos estadºs
" “Os telegramas deixam parecer que & estupefação & geral. em prºpaganda eleitoral, cuidava da chapa federal:
O própria;) Washington ficou surpreendido. Reproduzíu () Ric) “29—9-1929 —— Taca. . . Prevejo que () Heráclito e: o» seu
Grande & ingratid㺠que: praticou consigo quando na presidên— rancho, estimulados pelo Villaboim, vão dar—te algum trabalho;
ciaíº', (. . .) “Fala—se até no meu nqme para vice—presidente na mas não creio que consigam grande coisa, O maior esforço de»
chapa de Getúlio e que o Félix Pacheco foi incumbido de lhe. 163 convergiria sem dúvida para. a eleição de deputadºs &; sana-
consultar a respeito” (. . .) “Espero de sua parte qualquer orien— dores federais, postas em que todos querem ser (ilegível) & para
tação._ Meus pendores pessoais são pela corrente Washington ºs quais de preferência se volverão as vistas do governo, ínte—
acreditando porém, que o desenrolar dos acontecimentos possa ressado em fazer uma grande maioria para o reconhecimentº
madificá—Ies. Por outro lado pode o Sr. querer mostrar gratidão 'do Prestes. Precisas, pois, dar a maior atenção na ºrganização
ao Rio Grande, apoiando o seu candidato pelo fato de ter par—— da chapa, & fim de não alienar votos”.
tido dele Rio Glande & lembrança do seu nome para &. presí——'. Que iria fazer João Pessoa, apesar destes prudentesº can-—
dência da República”. galhos?
Respondeu—lhe Epitácio, em 2 de agosto de 1929, cancer“— Escolheria & pior solução, cºntra a qual voltava & zergner—se
dando com a solução presidencial anunciada, embora pessimista Epitácio Pessoa, já no Brasil.
quantõ aos resultados do pleito, voltando, doze dias depois Convém recºrdar que o presidente paraibano & essa altura
(Playa, 14—8—1929), & tratar do assunto., já aí estranhando que ae sentia enfraquecido na própria Assembléia, ,onde não Conse—
o sobrinho largasse as suas simpatias por Washington Luís e se guira aprovar o projeto de Constituição organizado pelo jurista.
pass-asse para o outro lado. Epitácio Pessoa, que dela excluíra as palavras “Em nome; de
“Não há dúvida”, escrevia Epitácio, “que foi um grande:" Deus”. Em carta de 26 de agosto de 1929, comunicava que Em
passe de mágica & candidatura Getúlio Vargas. Todos contavam levado a retirar dito projeto pela impossibilidade de aprová—lo,
com 0 Antônio Carlos ” atribuindo () fato & manobras do arcebispo loca]? (sic), “A
Acrescentava: Constituição, exclamava melancolícamente, não passará. Não te-
“Surpreenda—me que os teus pendores fºssem pelo Washing— mos amigos em número bastante: (20) que queiram votá—Ia sem o
ton & aceitasses prontamente 0 Antônio Carlos. Entretanto, eu te- em nome de Deus'. O arcebispo conseguiu à socapa cabalar vá—
havia deixado a porta aberí'a, sobretudo por consideração dos rios nossos amigos. Revoltei—me contra essa intromissão indébi—
interesses do Estado, onde estavas empreendendo obras de vulto ta (é. .a segunda que ele faz) na Assembléia e preferi sacrificar
Não tenhas dúvida: Camillo &: seu rancho, com Heráclito aí vão em muitos meses o projeto a ver introduzir nele emendas des-
criar—te toda sorte de embaraços, políticos e admlmstratlvos e
0' Gºverno despeitado mais comigo do que contigo, lhes dará
mãe forte”. “* Um das Iªiá-eres. da rea-ç㺠erá ªo dgputado Jºsé“ Peraíra.
£%,

75
&
rI. ª

. . - rija—&.É-" ."

'
. . . . . . -
.
-
ª , ':fªf': ., .. .. -


iºl-_º . . ,.. , seja seu valor ele1toral, mas tao-somente assegurar-lhe hberda— &:
;f'ª, cab1das,, cpm as quals º Sr. nao concorda, & dar umª prqvq (ªº " de e apuração voto. Apresentação chapa integral, portanto, não »
m

desprestlgzo nesse momento. Se queremos uma Consutulçao representa só por sí Violação direito oposição. Todos estados» 35;

:
?
_
3:35:53 como elaborou, precisamos retirar da Assembléia os padres e inclusive Minas Rio Grande arautos liberalismo, apresentam iºf.-

.
», H

os carolas fanáticos”. cha-Apas completas. Adoção deste alvitre pemzítíría inclusão ou


u

|_"- '

Ar:—'

Host—ilhado pela Igreja, &: incerto no prestígio junto à As- conservação mais um amigo. Caso, entretanto, partido decida ter
ui,—"
E'!

. .
.ª—f“
(-
TT,:
sembíéia, nem com o tio contaria para a solução política do só 4 candidatos, poderá auxiliar pretendente quinto lugar, o qual v;
:::“

momento, que era a organização da chapa de senadores & depu— pode ser um correligionárío ou Octacílío, cuja atitude está tam— r

tados [eder-ais, em que começava desprestígíando o próprio pre- bém resgatando falta anterior. Ignore valor ação Daniel carava-

.
sidente: ,da Assembléia, O tradicional epítacísta Ignácio Evarísm, na. Não sei quem indicou, mas fato designação não deixa ter
excluindo—Ihe o genro, levando aquele & telegrafar & Epitácio
importância. É homem coragem, capaz bons serviçºs certos de—
“, nestes,
“ trarxnos dramáticos: . , . . . hates. Limite—me chamar atenão ara estes outos. — (a) E i—
31—1—1930 —— Senador Ep1tac1o Pessoa: — Permlta emmen- tácio” _ º p p p
te chefe amigo que entregue V. Excia. candidatura Oscar Soares Efm reaposta lhe seria enviado este telegrama-

.
, . — ! $
proxuna chapa. Conto como certo que V. Exma. protegem en— 11 fevereiro 1930 __ “Tºdos dissidentes vinte quatro puní—
'

trada. Oscar chapa deputados. Não vejo motivos para ser ex—
dos menos Massa cujos serviços largamente recompensados juíz,
cluído desde que aderiu Aliança conservando até hoje toda leal-
polícia, vice—presidência Senado; não demoveu nem demoverá
dade. Atenda meu chefe meu estado de pobreza, impossível man-

,
amigos parentes. Não podemos esquecer procedimentº 24 pro-
ter Oscar e família,. Confio muito meu querido chefe esperando
curando desprestígio generoso amigo, protetor, chefe, precisa—-
ser“ satisfeito desejo que ano novo traga querido chefe enchentes
mente momeato imprensa venal mantinha campanha infame e
de felicidade e prosperidades muitas. —.Abraços (a) Ignácio
ggvemo Catete ajudava queda direção Paraíba. Enfim, farei de-
' Evaristq?º.
terminar, embora sentimento justiça repugne inclusão, Acordo
Não se ausentou Epitácio Pessoa da organização das chapas. João Pessoa”.
Octacílio quinto. —— Abraços (a)
de'—deputados eº senador.. Todavia, os seus maiores esforços te—
É curiosº notar que pela primeira vez, na correspondênaia

-
riam sido para salvar o velho companheiro e “amigo senadºr
Antônio Massa, pleiteando a não conseguindo do sobrinho, que entre os dois, não se assinava o governante com 0 familiar ape—
"o passasse, pelo menos de senador & deputado. Sentiu que se lido de Jaca, usando o de João Pessoa, como a indicar que era
lhe abalava () prestígio junto ao parente, de quem. no caso, se o governador e não () parente O autor do telegrama.
ª (“, despediu num telegrama de tom ressabiado e melancólico. DeIfatp,.Sob1te º ªsãuªmã mag ªªª]?ªºªããgàní/Iâªãtaªeªâ
! Z Em data de 10 de fevereiro de 1930, isto é, seis dias antes ª_º'tªº' nastm es º ªfn &: Em ?r _ “ªg ' "1
( da. convenção do partido oficial, dirigiu Epitácio & João Pessoa lmguÍgem de um Fºrºº ressentimento. . . ,

.
E, ,] o seguinte— telegrama: 13 de fevereuo 1930 —— Joca —— Meu telegrama antenor,
“Joca — Dado meu afastamento da política, desejo minha como disse, constituiu simples parecer. Não determino nada nem
interferência organização chapa constitua simples parecer, que desejo contrariar seu sentimento justiça. Noto. todavia que este
se sobrepõe ao perdão da vítima do ato punível. Noto ainda
:
paderá ser ou não livremente seguido. Penso Massa deve ser
mamido ao menos como deputado, indo neste caso Tavares Se— contradição condenar Massa apoiar Octacílio, igual em culpa ín—
. 0 ' , ' 99 ?

gª] nado; seu procedimento após eleição Suassuna, sua disciplina fºnºf “em SÉIVIQOS- _ Abraços (ª? Epªtªºlº ' _
fix lealdade, dedicação atual conflito político, resgatam erro 1924. ! Ina Jºªº Pessoa dar º golpe fmal. Como? Desconaderaudo "'-
Dcmais, seus serviços 1915 dão—lhe direito especial contempla- o tio, ou melhor, enviando-lhe um simples recado pºr intermé—
ção; A0 partir, aconselhei-o dirigir-se seus amigos parentes pe,-' dio do primo Antônio Pessºa Filho:
14-2—1930 — “Diga tio não há incoerência porque responsa-
a;

dindo-lhes apoio governo ou abstenção como mein facilitar sua


inclusão chapa. Não sei que terá conseguido. Direito minoria bilidade índicação Octacílío cabe inteira seu partido. Tio está
não implica obrigação governo reservar-lhe lugar qualquer que falando pelo coração assim não pode apreciar justiça exclusão.

77
i

76
g
Ignácio Lyra unidos dada exclus㺠Oscar Suassuna querem tam-— tivísmo beneficiando, precisamente, um membro da família. O
bém exclusão Carlos ou reeleição total. Apresentarei “assinando ajudante—de—ordens, afinal, retirou—se de aminha presençª, aleª-$an—
só manifesto Carlos, Almeida, Aguedes, Demócrito para guardar dªc que eu poderia levar as minh-as objeções a_to “mêmdente .
inglar Álvaro, talvez Senado. Peço insistentemente aprºvação.. Em matéria de chapa, como. se ncia, cºlncídrlan? as rea=
Abraços — João”. . * . ções; de José Pereira com ,as de Epitácio Pessoa. 1381.3121173 este
Diante disto, que restava & Epitácio? Simplesmente despe- de --apmvá-la, pois, ao apalo por intermédio de Antoniº Pessºa
dir-se. Foi o que fez: Filho —— “Peço insistentemente aprovação” —-——,, respondeu () ino
“14 fevereiro —-— 30 ——- Joca: . . murchamente que nada mais tinha a dizer sobre 0 caso. . . alem
do que dissera, divergindo! .
Nada mais tenho dizer sobre organização chapa (a) —— Epi-
Saíra vencido Epitácio, primeiro porque não conseguua sal—
t'ácio”;-

gw
Telegrama seco, sem o abraçº final da amizade, e do qual- Var Antônio Massa, e senador; segundo pºrque igualmente nada.
n㺠constava & [aprºvação pedida. * * pudera—- fazer em favor do [genro de Ignácio Evaristo, . Oscíar Soa-f
Vancera João Pessoa, mas em vitória de Pirrº. res, de. quem lhe havia escrito João Pegsoa: —-— “nuem tem
A exclusão de: Antônio Massa causara igualmente estranheza dúvida aqui de que ele está comprºmendo com 0 outro lado,
& Jºsé Pereira. Seriam claras as suas palavras ao repórter do fazendo safadamente o jogo de se fingir dos nossos para voltar
Cºrreio da Manhã, do Rio, numa engrevista publicada em 24 de à Câmara “sem ºposição”; terceiro, por se ver levado &; abando—
maio de 1930: — “Estranhei” —— refere—se à entrega da chapa nar à própria sorte o eai-governador João Suassuna, & qçem ofe—
qua me fizera, em Princesa, () ajudante—de—ordens do Presidente recem uma cadeira de deputado. federal, logo que delxasse ()
João Pessoa, tenente—corºnel Elísio Sºbreira —— “que da lista or— governo (1928), como uma espécie de ficha consoladora, por
ganizada fossem excluídos sumariamente o senador Antônio Mas— The haver vetada a candidatura à sucessão, mas, sem dúvida, não
sa, que havia sido um dos batalhadores pela ascensão, do Sr. Epi-» ' pelo vago período de .um ano., sobretudo quando arrogtara para
tácio Pessoa à suprema direção da política da Paraíba. Objetei isto com uma feroz oposição do seu amigo Cunha Pedrosa.
ao Sr. Sobreira que ele,“ Massa, fiel ao partido, não merecia & _Na carta, que escrevera & João Suassuna (lã—271928)“ fora
odiosa exclusão nos últimos momentos. Isto, & 20 de fevereiro. bastante claro: fazia de Júlio Lyra “elevado conceztofº, mas a
Objerei mais também: não compreendia a exclusão de Oscar sua candiãatura ao governo não lhe parecer.? _“a mgus “acerta—-
Sºares, que era dos mais destacados do partido:. o sacrifíciº do da” por “lhe faltarem longo tirocínio & _pxestlgmn 300131 pessoal
deputadº Daniel Carneiro, 0 qual, no momento em que o presí— indispensáveis ao chefe do governo”. Indlcava Joao Pessoa“ Rªfª
dente assim () tratava, se encontrava desassombradamente em & presidência e mais esta solução: Álvaro de Carvalho e Juho
Alagoas, defendendo a causa da Aliança Liberal, em campanha Lyra para 1.º 6 2.º vice—presidentes; “para a vaga do Álvaro
na “Câmara, o Senhor”, .
eleitoral. Interpelei, então, o ajudante—de—ordens, por que se ex-
cluía e sacrificava () deputado João Suassuna, fax—governador do Derrotado pelo sobrinho Joca, quem sabe se naquele ms—
estado, que elegem o próprio Sr. João Pessaa, & quem entregara tante não estaria Epitácio relendo & carta, guªrdada nos se,:us
a chefia do partido? O ajudante—de—ordens respondeu-me que () arquivos., que em 7 de junho de. 1929 1.113 ªmªrra da [Earmba
Critério era o do rotativísmo. Indaguei como ele explicava que: o funcionário público e, observador políúco Slmao Patncm, em
sendo o critério o do rotativismo só ficasse na bancada, dos an- que o presidente da Paraíba era chamado de “hºmem fatal,
evidentemente desequilibrado”? . . _
tigos, () Sr. Carlos Pessoa, justamente () primo—irmão do Presi—
dente Péssoa?“ O ajudante, meio confuso, disse que o Presidente Transcrevo, na; íntegra, 0 dºcumento, para jusjuflcgu' & e?»
pressãó de vivente em casa de louça que antes aplicavel & Joao
”&

achava que o Sr. Carlos Pessoa se havia portado com muita vi— . . , _.
Pessoa no governº do estado:. _
braç㺠na legislatura passada, durante a campanha da Aliança,
ao que retruquei que º Sr. Carlos Pessoa era um deputado apa— “Nobre &: ilustre conterrâneo chefe e amigo Dr._ Ep1tamo
gado, - que nunca pronunciam, sequer, um discurso. . . Rotati- Pessoa., -
vismo, ou, é, ou não é. Em parte, eu não compreendia () rot-a— Respeitosas Saudações

78 79
Perdoe—me V. Excía. o incômodo que estas linhas porven—
tura lhe causarem. Elas entretanto se impõem ao conhecimento temente desequilibrado, que é o seu parente? E os seus amigos?
de V. lixeira,, “que segundo parece ainda é pelo menos o chefe E os serviços destes ao Estado, ao partido e a V. Excía. mesmo?
espiriâual da política ora no pode-r_na Paraíba. Não é possível Esse hºmem com que V. Excia. nos presenteou já está de—
que V. lixeira., tão digno & patriota como é, nos tenha relegado savindo com todcs os outros poderes e classes, e agora submisso-
à nossa própria sorte, que nesta hora está sendo tão mesquinha. à vontade sempre odienta do seu secretário, volta-se contra os.
” O Governo que V. Excia. nos deu para 0 quatríênío atual demais auxiliares imediatos.
naº era certamente o que esta terra agpirava, pois hoje —— tão Demitiu o Sr. José Coelho da diretoria da Instrução Públi—
cedo embora! — já podemos dizer ter tido a escolha a única ca, um ótimo professor e administrador; da Inspetoria do Te-
virtude de afastar & calamidade que certo seria o Sr. Júlio. Lyra souro o Dr. Madrugaª, ameaçando—o até de processo, caso dêsse
nº poder. publicidade a qualquer documento comprometedor do governo
_Homem violentíssimo e íntratável, apaixonado e injusto, () passado, numerosos dos quais Madruga reunira em cºletânea; &:
8.1“. João Pessoa nem por ser juiz começou o seu governo insur— agora o Sr. Celso Mariz, somente pelo fato de, fingindº—se de
gmdo—se contra uma ordem de habeas—corpus concedida pelo desentendido, não haver tratado da Guerra. Tributária, agredido
Superior Tribunal de Justiça do Estado. aos Srs. Pessoa de Queiroz, conforme lhe era recomendado co—
E começou a demitir & tudo e a todos, com a neta de “a tidianamente pelo presidente do Estado. Muitas e muitas vezes
bem. do serviço público”. ª recebera ordem de fazer ataques indignos, monstruosos mesmo
. Foi as_sim com delegados de Polícia, oficiais da Fcrça Pú— àqueles moços, mas não sendo jornalista para semelhantes pro—
bhca, funcwnários arrecadadores e até com prefeitos municipais;. cessos, preferiu () ostracismo em que vem de cair. Os seus ar—
mas: tudo isso, atenda bem V. Exch., sem figura nem tigos eram sempre mansos e diziam respeito só e só à matéria em
forma
fãs processo! Porém que juiz nos arranjºu V. Exciaq eminen discussão, deixando de parte as pessoas, ética do jornalista lim—
te
tsenador! Várioslentes de concurso, da Escola Normal, e po que ele o. é. Se V. Excía. tem tido () desprazer de ler A
nume—
rosos suplentes de juiz, nomeados par 4 anog, foram exonera União, bem está vendo como esse diário se há tornado indigno
dos
"sem qualquer formalidade. de leitura por parte de quem gosta de leitura meralízada. O rf:—
O mais grave de tudo, não foi ist-0, Sr, senador, foi isto corte junto da A. União de 1 de: junho corrente diz suficiente—-
"outro ——-— a União está transformada em pelºurinhº [da honra mente do critério do homem que nos governa, autor passava],
alheia. Aquela mesma situação dos tempos do Sr. Antônio, Pes- material ,dessa indignidade, pois a Miss & quem se refere é o
soa. Mas que homens e parentes de V. Excia.! Se esses são os Dr. Francisco de: Queiroz. .
melhores deles, então levamos as mãos à parede com todos. A Não estou mentindo nem fantasiando: V. Excia.“ o está
Uz'zíãq provoca, insulta, ofende e desmoralíza & todo mundo
; Os vendo com os seus próprios olhos de. homem de bem.
epltamstas não têm mérito: são “canalhas”, “poíitiqueiros” e
“ladrões”. Os Srs. Pessoa de Queiroz foram tratados de contrabandis—
tas," incendíários, sendo que ao deputado, desse, coitado, se disse
,. Por isso efstão quase todos apeados das posições e de
cima que recebia “agrados carinhosos de Theodorico” e por vários
estao ºs oposmionistas, os walfredistas, à frente de tudo
e de mudos () órgão oficial, pela própria pena de João Pessoa, insí-
“todos: o maquiavélico, () indecoroso, () célebre e odiento José
de nucu & sua passividade. Simplesmente incrível o espetáculo que
Almada, & quem V. Excia. melhor do que ninguém conhec
e?. no particular a Paraíba está assistindo: Um parente de Epitácio
Essa de fato não é o processo de fazer—se política; Pessoa destruindo a própria família! Incrível! E como 0 Sr. Celso
a justa
medxda pc)/rªma devem ser bítolados os sacrificados epitacistas.
Mariz não quis fazer vilezas com pessoas da família do seu

.
.
. Magmflca recompensa essa ao nosso esforço e sacrifício de chefe supremo, foi posto na rua. Muito bem!
amlgos de 15. E V. Excía., meu grande cidadão, pretende
diante Agora mais essa para o governo do sobrinho de V. Excia.:
de tudo isso manter—“se nesse mutismo inexplicável até final
de- () Sr. Dr. Chefe de Polícia abandonará () cargo dentro em breve,
senlace do programa administrativo desse homem fatal, eviden- alegando insignificância de vencimentos (a causa disso não é

.
preciso dizer a V. Excía. qual seja) e o Sr. Dr. José Vinagre,.
80-

"
81

“_
.
m
.
cional lima reservadº &
dirêtar sm cºmissão das Obras Públicas, acabará dôSp-OÍâãD do. “Em obadíêncíla ao preceito constitu
ona. .
seu cargo sam tardança, perqus assim o que.-r o verdadeiro chefe '5z.º lagar à representação da mam
da política atualmente,, o Sr. José de Almeida. O Sr. Comte. da ,.. _.
Para Senador Federal
Força Pública, 6358 vem de muíâo dizendo que se não fora a Dr. Manue l Tav are s Cav a-le ma
amizade e gratidão que deva a V.. Excia'. desde de muito teria
regressade ao seu Iarª. ' Para Deputados Federais
Carlos Pessoa . ,.
8611 ainda desolado admirador “Dr.
- . &
Simão Patrícia José Am érico de Alm ada
Dr.
Paraíba,. .? de junhº de 1929”.- Antônio Galdino Gpe des
Dr.
_
Dr. Demócrito de Almada

Paraíba, 17 de fevereiro de 1.930
. Fªchªdª º P-ªfêntªªª; Vºltªm-08- aº assºlam ranteríor, a chapa de Albuquerque”.
fatídica,- ,J-oão Pessoa Cavalcânti
Ei—la:
doz. e dias
_da. sertanejº. antes do
,
A exclusao" de Jsão Suassuna, anuncia 'cípm , Somente»
mam
A chapªa. plano, contrariava mais de um
tos (: irritações, se exphca “que
por isto, p ara atenuar—lhe os efei º de culpa, .rçsolvesse
manifestaçã
João Pessoa., numa aparente do
aºs ch efes locais exphcaçao dueta
“Na qualidade de chefe do Partido Republicanº da Par-aí- visitar o interior, levando
ba, apresento aºs sufrágios dos nossos, correligionários, nas pró-—
eida —-—= e nao ªedenêgârâlãtàwcâª
ximas eleições & realizarem—se em Lª de março, para & Irene—- ocorrª—cªga José Américo de Alm & e .
() prolongamento
vação. do terço do Senado o Dr. Manuel Tavares Cavalcânti e,- disto -— que desaconselhou
para deputados ºs Drs. Carlos Pessoa, José Américo de: Almeiã º
indagueíf
da, Antônio Galdino Guedes e Demócrito de Almeida. PFIBÉÉIÍTÍ; mam-ento da saída, & Pnn ces a.
“O acesso do deputado Manuel Tavares Cavalcânti ao Se— —— Como é? Vamos mesmo
..
nado da República é determinada pelas suas qualidades de an— Olhou-me admirado da pergunta
pelo s bala nços de carrº que .;saltava.
tigo líder da nossa bancada na Câmara, pelo seu notável valor Com a voz alternada
parlamentar, como também pelos serviços prestadºs naquela casa nº cascalho, pondera? fosse _ ,
do Congresso à causa da Aliança; Liberal. —— sei ue nao .
brtts cqzx gen te, pªr ª num :
“Fiel aos. princípios da rotatividade já anunciados em ou— “ElePgâlgoã e virou-se çao (IAA —-- op. cit.) .
ivo. Nem abgf lna exce
tros manifestos, () Partido substitui em quase sua totalidade, & -——- Não vejo mot aux iliar do Pre-
xim ado
repreasentação da Câmara, procurando assim premiar outros cor— Eis aí as, apreensões do mm-s apro &
a de deste. para
ílída
de maleabfazi
rsliginnários & criar para a política do Estadº novos valores, :sidente. Páginas antes citam a falta do que . _ .
num cenário propício ao desenvolvimento das capacidades in- transigir, não olhando ºs resultados
dividuais & à defesa dos interesses gerais da Paraíba. Esse rave—_
zamento não implica, de nenhuma forma, o desmestígio dos ami-
gos excluídas nem o desconhecimento dos seus serviços.
“É indicado à reeleição o deputado Carlos Pessoa sem fd-
- rir o critério adotado, por ser o mais novo dos nossos, repre-
sentantes, &, portanto, não incorrer, 'como as demais, nos me-
tivos que determinaram & sua substitui-ção.
& 83
82
, . , , : “ , :, ,,._.,_._

A entrega da chapa, entretanto, conforme entrevista de José


Pereira ao Correio da Manhã (RI) de 16—4—1930, lhe teria sido
feita pelo ajudante—de—ordens do Presidente, depois da partida
deste. . .
Como explicar o silêncio de João Pessoa sobre o assuntº?
Possivelmente pelo receio de discussões explosivas, diante de
A Visita um fato consumado. Fugia de apreciar o que fora uma decla—
ração de guerra partidária. Da imprudência nasceria guerra
maior. Por que não procurara o caudilho princesense, chefe
político inconteste da maior parte do sertão, para entendimen—
tos antecipados? Falta de tato; completo desconhecimento do
caráter sertanejo; e a Paraíba, ontem cºmo hoje, em e é sertão.
Iria provê—10 em breves dias.
Esclareçamos os pormenores por documentºs da época.
Através de um telegrama de junho de 1930 ao deputado
gaúcho Araújo Cunha, assim descrevia João Pessoa o que fora
a sua visita a Princesa: começava por queixar-se de que o es—
fivessem & chamar de sátrapa oriental, com a explicação se-
% DMTE do último enco mântica de que isto não passava de uma asneira, “porque sâ-
rara, a quem chamara írap-a é o nome que se dava aºs gºvernadores das pmvíncias
entre os antigos persas. Por que, pois, o acréscimo oriental?”:
——"— “O juízo de mais um eunuco do Clube dos Duzentos não
D e -v . . , , &,, .salv
sa- tudªacoªselhago, 1n513t1 . o s e po r _ u m a t od ,e com
con tna
o" ov
jus-=
" : -
tem c: poder de alterar os fatos”:
u. Tema, ao aproximar—se, “Cheguei & Princasa & 19 de fevereiro, saido- recebido a
informariap agarâepo teª & surgir;
l feitas para recebê—Io. Con 9 km da“ cidade por um grande cortejo de automóveis e nela
esta
. v forme dep-ois
u a 0 ' raújo Cun , ha , nota c-om_ retumbantes festas. A cidade estava toda engalanada de
Todaílfiaenâ㪪㪪 de einc m, . ue & Cida
' d—
; do ,teve
íarnado, Slmbolo da Alªmca Líberalc encarnado. Senhoras. e senhoritas vestiam de encarnado ou quan—
tica _ J , passav
. a ato _ de ho 5tº'l'd1 1 a d e de alºu ª m m ' ' us—. do não, traziam como os homens distintivos dessa cor”? ( . . «.)
13º t , & _ ose Per
_ ;? elra
.
Ãdírmoár aVI'ÉIÍe, ep1sod10
o cuxdad o de fechar—1he
&b .ort
' a] “Já nessa ocasião, convém acentuar, Zé Pereira conhecia & orga—
neiro ou 11:11at' T para concªm
explorado por_ um escrito
r preªente dº nização da chapa. Sobre a mesma se conversou por várias vezes;
r que se tratava de fazê—Io durante a noite”. . . '
rebõe, nos _uata— o, mas
Jose Américo, testemunh
prisio—
mêdída dejpsrãâêx⪪mm a ínsuspeita o Já havia narrado as divergências com os membros da Co;
—— “Tenho que foi, ao con missão Executiva” no preparo da chapa, com esta, conclusão:
Não _, trário, nªna
, com receio de _ u m atenta —-—— “Dada a divergência desses dois membros da Comissão Exe—
fez Joao Pessoa que ' do” (op. czt. ' .
era elementar. no seu ato cutiva,- não sendo aconselhável tomá-Ia. pública para os adver—
a d d)e
xçnâ'daos ngãªsddefhutado
ere. íra. () ocorrido sobre
a md' 'l -—
sários não explorei—la no momento, resolveu—se que eu assinaria
s. Cabana ISÉO & José Am & chapa sozinho, na qualidade de chefe do partido”.
as ro, . .n .0-" e a . notícia érico de Ã?
tariããºxggaãogleíçoes. Am
. da orgamza ' çao
" da c h a & Enveredava pela queixa de que enquanto o Presidente da
º -
ara
da lgnorava ou fingia ign Rmúblíca silenciava sobre telegramas enviados por importantes
ao Suassuna, ora rpa Igare —
() político do estado com entidades do estado . . .“se corresponde amistosamente com
quem era


mais ligado ' Tomou -Se
&CCSÚS”;
' '
seno
: CÚm O I'OSÍO Zé Pereira, um retardado menta], chefe de cangaceiros recru-
durO & OS («lhºs
tados nos piores antros. do Nerdeste”.
É
:$!
..;..

84
85

.
Seg-1113 .dlÍICÍl amªda—r comº, de.
um, momentº. para outro o
ªªªgãa 66e de. Comªãsao Executiv
a dº Partido Republicano ,da Realmente, o cangaçº “organizado e chefiado por José 'Pe—
. , m . cuia
. res; ência se. hosped
_
die caflgzàceuq e rçtarda-do mental. ar &, passasse &'“ cata -o ' reira era paradoXalmente constituído, não somente de velhos
Jes'é Américo de Almeidag (ªa elementcs prºprietáriºs, comerciantes e fazendeiros, mas por
p usav a
613013 & Intenção da usança: sensibi
mando—a para a luta: lizar a ' olícia = r“: . uma geração de jovens que depois, 'sem qualquer remorso, se
' ' . p , am— espalharíam país afora, & ºcupar no desenrolar da vida posições
efexto Tgªªªªcodesçhamêr cs
66 !

revoltosos de cangaceiros para de relevo em várias atividades.. Eis como os situava em 1954,
».
(MA , _ Op.
. cit.)'.º () ass-im os sold—ados com ;
p re endlam» ,.& lutaªº“ no livro A heróica resigtância de Princesa. o escritºr José Gas-
N
tão» Cardoso: &
culatraçm a nâe.ªmq
. .
tanto. assn' rn, porque () tn'o
' “Muitos dos “cangaceiros” de Princesa, que acompanharam
ihistre ,. também saía. pela;
_e umr dg _que acentuou, pág a.- Iut'a nos seus episódios mais dramáticas,. estão “espalhados, hoje,
inas adiante, o 111651110
,. escutar. -— Tmham—se verificado pelos Estados da Federação, ocupandº importantes posições
So ngma semana, cerca de 300 deserções em massa.
homens”. 3ocíais.
rova
_ . & confissã
: o que se canga' celr Entre muitos outros estão: Dr. José Pereira Cardosº, que.
' o acha ' amm' ar
. , º ” ""-
mos, também serwa para enfraque fai figura saliente do magistério pernambucano, atualmente exer—
cê—Ics. p os âm
“de âgâªÉÉuª-ã sobre este aSp cendo & advocacia em São Paulo; M'anuel de Medeiros Lima,,
ectg da propaganda de injeção
» . .» :» 1 o, a apre
,, ciação que alguns anos depcn-s alto comerciante na capital pernambucana; João Pereira de Cam-
glx—220556 grandeccrepercussao, fam ª . em
a () escritor Barbosa Lim-e; SO— pios Góis, alte funcionário do Banco do Brasil, em Minas Gerais;
0 batnái311611 . ... Quanto ao Sr. Dr. Aloísio Pereira Lima, médico. na capital da República; Te—
José Pereira estava longe de ser
apenas nª; cªrããlâªtâ que a cam nente. Pedro Frasão, da Aeronáutica, servindo na Base: do Recí-
panha aliancísta descrevia. Era
. — º a aos outr
. . os, com as defe fe; Dr. Benedito Sítônio, advogado na Paraíba; Joãq Barbosa
[dºo sertªnejf), valem; '
» nos e as vxrt
' ude
» s
6 d.CCldldO, dissimulado, sacr Sitônío, prefeito de Triunfo, Estado de Pernambuco; Manuel
mdo.“ az & conven-
(m Op. mi.). Gastão Cardoso, vice—prefeito e industrial em Triunfo, Pernam-
D
o jomeíꪪenãªsgcsã Perenºa da
» . ª ' . 1
. . .
pecha de cangaceiro, indagava . buco; Dr. Edson Frasão, advogado e professor em Vitória do
_ . & º ego: ——. “Será mesmo Espírito Santo; Dr. Manuel de Medeirºs Maia, médico na Pa-
dêª utadotíosé Perelra, de Prmces
um can
' ºacelro
' o raíba; José Pereira Sºbrinho, funcionário do Ministério do Tra—
a, na Paraíba? A ãúvída Ém—
55112363 aliªda que alteridade do balho,, no Distrito Federal; Dr. Antônio Florantíno, médico ria
melhor quilate, como () presi—
'ta :::.-fais aa Éãaíb'ba, cªme pela afirm cidade do Recife; José Belarmino Duarte, cºmerciante sm Arco—
ativa”. Sustentava que quali-— verde, Pernambuco; Edísío Sítônio, comerciante em Sertânia,
, “ ra1 & c ama . s-se Jasé Pereír a de
181131311poâltlca se condenana & si ' cangaceiro
' mal's V & Pernambuco; Dr. Antônio Leandro Estima, chefe do Posto de
mesma, “porque é admírfâvel qué Menta de Serra Talhada, Pernambuco; Dr.. Francisco Cordeiro
morªidª?” Gildª falª;? se falo
u recentemente em princípios
ce:. ” . . .. . de Florentino, alto funcionário da polícia civil do Distrito Federal.
._ouvesse sido eleito dep utado' um
da rgoíjreedrââlsdªn'càuã 1sto cºm e can —a-» ' Estes jovens, que representam a elite princesense, não
pleno assentimento do salvaãor foram aventureirºs mercenários que tivessem aderidº ao mºvi-
sºa . .- .”: , 41 a e. -— :) nunca assa * z dlgn
' o Sr. Joa" o Pcs— mente em busca de oportunidades ou pela sedução da indumen—
º Sr Tããºhaêeªãàâanâg, com? fugu
“ N ªa ' ' .
.
tária jagunça; são filhos da terra, representantes das melhores
ª- ao rigor de raciocínio. Ou
9
I

famílias. _ . '
'

. . . ;
co ' a o s e n e_ o q.u e d i z , qn a11d o aflrm
seãªâífeerªáãªgaãggqou é o pnm a ue. Mas em Princesa mesmo, ficaram outros que tiveram ama—
elro a fornecer argumentos (alt-oº çâo mais direta na luta e que hoje, debandados de José Pereira,
ª _ . , ue, se can_ gaço exist-e, 33
ªdªo; glx-.e governo? e do apolº “' f 01' com esse
' can-
“& militam na política local como elementos destacados. Entre estes
desse cangaço viveu” (Jornal do estão: Cícero Bezerra, abastado. agricultºr, um dos mais salientes
omér cz—o __ Reclfe, 8—4—1930)“.
' ' guerrilheiros, chamado pelos, jornais governistas ªo bandido do
nºrte”, que tomou parte no célebre combate 'de- N àzaré, no má.—if
85
' Relembremos as palavras de José Pereira, na entrevista a.
«É: nicípío de Sou-sa; José Cazuza, IÍC'O comerciante em Tavares; um matutino carioca (op. cit.): . .
*ª Ananias, Pires,. comandante de uma das colunas rebeldes que es Apesar de esta]: em minha casa mais de 24 bfms, na mu-
, foram & Bonito e a São José de: Piranhas; Manuel Rºdrigues , mídade, apesar de ser eu um deputado à Assemblma e. membro
os as
a gr,? Senhºr —— o conhecido Ministro M'anuel Sinhô —— um dos sig— da comissão executiva. do partido, apesar de nos acharm
. . . _ _ que criºu o_ Território_ Livre de Princesa;
. do, decreto
matérias vésperas de um pleito de maíçr relâvâlgcia, plfeitAo tão qual eªe
a? Joaqmm Sérglo Emis, que, da mdade de Plancó, onde estava o próprio, João Pessoa, em candldato & Vlce-prcpísgdenma'da Repu—
fâ Estado—Maior da Polícia paraibana, escreveu a José Pereira avi—— , bíica não me deu uma só palavra sobre pohtlca, mmto menºs
Niggª;
» sando—o do plano de— ataque &« mdade
' . '
de PIlIlCôSZI==. ,. sobre” & orgamzaçao
. » da chapa
. '
de cand1daturas * repres anta?ao
&
É: Fácil notar que Princesa fora igualmente uma espécie de: ;. federal do Congresso. . .
% aventura de jovens, os que nela se engajaram pelos entusiasmos Regressando & 20 para a capital 86111 83 degpedn' de num,
&? dª idade, Pªlº ânimo guerreiro dº protesto contra º desafio dª O presidente, embora estivesse em minha casa, demon o seu alu—
. “;;;? um governante prepotente. Acorreram todos ao chamamento do did-o ajudante—de-Ordens encarregado de mOSÍIªT'Énº Pm Pªlº-º1
i ; brio ªmeªçªdº: naquela solidariedade sertaneja que º memoria— no qual se liam os nomes dos candidatos do parado a bancada
4%? lista Ulysses de Albuquerque definiu em apenas oito palavras — da Câmara e 30 terço do Senado. Era. & Châpª- _
, , Estranhei. . . objetei ao Sr. Sobram. . . (Cor-rezo da Ma-
x

(É? ª unia “rªmª: ,


; "Se tocar no meu anngo, toca em num. . . ª. nhã _ Rio, 16—4—1930). ”
É?” Voltemos às versões do ocorrido na cidade de Prince-sa: «& Desmentem, as duas versões, a terceira, de Jºao Pessoa;... 'de
i

%%? OfIClãl, do preadente João Pessoa,, no telegrama ao deputado que na residência de José Peren'a, durantô & 1101716, Pºr vanas
-

ª? Araujo Cunha —“ º ª de testemunhas dª eºJPª—ªºº'ªL ?. vezes se hºuvesse conversado sobre a chapa.. .


[1% Não parece correta a referência do primeiro que, em face . O erro afugentava () autor do erro. .,
x

43,3 das divergências com Júlio Lyra e Ignácio Evaristo, tenha fic-ado Com o espírito envenenado por tudo quanto ocorrera, _e 3a
.

«% ._. acertado com estes que ele, João Pessoa, como chefe do partida . sob a influência dº amigo & compadre João Pessoa d'e: QUSIIDZ,
(

ª? .. assinaria & chapa sozinho. Ocorreu isto de surpresa, . como um . que lhe garantía apoio material, resolveu José Peralta romper

golpe, (termo usado por JºSé Américo de Almeida): _ “Fºi 1" definitivamente com João Pessoa. Teria João Suassçna tentado
"

. lconvocada outra reunião para tomar as assinaturas do manifesto -; evitar o choque, mas chegara tarde: _ “*ªLCorri a evitar o fofa..
a
"

(% e João Pessoa deu o golpe, apresentando ele mesmo & lis-ta com— , pimento. mas não cheguei a tempo” (m O Glºbo ._ RIO,
ºp ' cit.). Assi— : 15—4-19'30). Já o telegrama arrogante seguira o seu dçstmo, com
m

" «, plata, com os nomes de sua preferência” (“Aª enderéço ao Palácio do Governo, data.-de 22, ígt'º “8,38 hºrªs
'iííf' nava sozinho a chapa, diante da negativa em acompanhei-Io de
& Júlio Lyra e Ignácio Evaristo, para evitar que saísse & mesma _ após as “festas “encarnadas”, da que ina ser & mdormta Repu.
u

É com restrições. Está no telegrama de Epitácio & José Pereira: ' blica de Princesa: _ .
ɪª —- “A chapa para renovação da Câmara foi firmada unicamen— “Dr. João ”Pessoa _. Acabo de reunir amigos &: correhgzº—
É” te pelo chefe do Partido para evitar que a mesma viesse com . náríos aos quais informei do lançamentº chapa feclieral. "[lodos
"' restrições por alguns dos membros da Comissão, o que seria de acordaram mesmo -que V. Excia., escçolhendo cand14atos & re-
: valia comissão executiva, caracteriza palpávçl desrespeuo aos res—
)

㪠péssimo efeito”. '


ra Perguntamos se o fato de querer ocultar do público & realí— _.-. nectwos membros. A indisciplina partidána que rçssumbra 'do
.

r; dade do que se passara, não revela sentimento de um pecado,, & âto de V. Exch., inspirado-r de desconfianças no sem d_o ep1ta-
m

;;; medo das conseqiíêncías, susto por um ato cometido!... ? cismo, ameaça de esciuecimento os mais relevantes SBTVIÇOS dos
% Afirma José Américo de Almeida que anunciou a José Pe— devofados à causa do partido. Semelhante_ conduta. aberra , dos
ª

? reira a versão da chapa organizada, () que fez este corar de raiva. - princípios do partido, cuja orientação 13313t fhfena da atual,
f

% Mesmo assim, ainda no reconhecimento do seu erro, deixou de , adotada Singulafmente por V. Excia. Esse d1V0'I'Clº ªfªSf-ª 03 com-
ª“ entregá—Ia pessoalmente João Pessoa, confiando & nússãq, que premissas velhºs baluartes da vitória de 1915 para com os prin—
: -

? seria toda pessoal, a um ajudante-de—ordens.


“ " W " “
e
.

88 , -
. |; »_ &
«!
|.L.;...
Çípiºs desse parti-do que V. Excia. acaba de falsear. Pºr isso- Dºu este esclarecimento como shnplas dever de minh“
l' ”& dig——
tudo— delibera adotar a chapa nacional, concedendo nham-ade: nidade. ' ' -
meus amigos para usarem direito veto consoante lhes ditar apí— Quanto“ à ameaça “final de seu telegrama, deve compram—=
n-iãe, comprometendo—me ainda defendiª—los se qualquer ato de dar que 'ela não me atemoriza. E quanto as mais julgue. como»
viºlência do governo atentar contra direito voto assegurado a sua ccnscíência determinar — Saudações (a) -—- João Pessºa”.
Cºnstituição —— Saudações (a) José Pereira”. Ao redigir 04 primeiro telegrama, desconhecia José Pereira.
Duvidou da autenticidade João Pessoa? Imediatamente te:— as referências desairosas. Recebia, logo após, “um, de João Suas—
legrafou & José Pereira: — suna, cºmunicando “Momento reunião presidªnte fez Esfe-
“Jºsé Pereira. —— Princesa —— Rego favor dizer—me se me rências deprimentes minha pessoa e família e sei fºnte segmia
“transmitiu telegrama n.“-'º 52, de ontem, com 122 palavras, às iguais conceitos sua pessºa-”. . . “Penso: não devemºs ter mas
17 horas. Abraços (a) Jo㺠Pessoa”. iíusões sºbre gente assim nos ataca gratuitamente com tamanha.
A resposta não se fez. esperar e tfazía novo argumento, ingratidão”.
identificando as hostilidades de João Pessoa, a pessoal e & po— O episódio merece, já hoje, um esclarecimento, pelo qual
lítica: , ' se verifica que ambas as partes tinham razão. Na verdade, não
“Dr. João Pessoa —— Paraíba —- Respondo radiograma mº 6& fez ' João Pessoa, durante a reunião da Comissão. Executiva,
Onde V. Excia. parece estranhar meu veemente protesto anuía— qualquer referência a José Pereira ou Su.assung._ Elas viriam de»
ção Comissão Executiva Partido. Adito meu telegrama n.º 52 de pois, ao regressar & Paláciº, diante, ali, de vgnas pessºas-, uma
Ontem qÚS maior motivo meu afastamento representa minha rea—- das quais se. apressara am comunicá=1as & Joao Suassuna. . .
ção contra humilhantes &: ofensivas referências V. Excia. fez mi— Num telegrama & este, de 22 de março de 19305 repete Joãº
nha pessoa por ocasião reunião Comissão Executiva, de que fui Pessoa ser falsa & versão da má ausência: ———- “Na minha mn-
infºrmado fonte segura por telegrama amigos incapazes mentira midade e na intimidade do meu governo, vivem () tenente-coro-
—— Saudações (a) José Pereira”. nel Elysia Sobreira, os doutores Nelson Lustosa, & Algheu Do—
A isto replicou João Pessoa: mingues, para citar de sans dedicados apt-mias ess-csi tres, & alea
“Urgente —— José Pereira —— Princesa —- Por mais que leia que digam, sem reservas, se . ouviram de num, que possuo nas
e releia seus despachos depois da carinhosa recepção que me fez mãos a sua. honra pessoal, e a. honra do seu governo, antes de
há dois dias passados, e dos nossos entendimentos sobre poli—' sua traição, qualquer referência, mesmo ligeiramente desabona—
tica,, não posso acreditar que eles traduzam 0 seu pensamento dora à sua pessoa”. ' . « : .
csnsciente. A escolha dos candidatos foi feita na. reunião exe——
Apres—13011456 José Pereira a comunicar o ºcorrido & Epltácw
cativa composta dºs Srs. Álvaro de Carvalho, Júliº Lyra, Demé—
Pessºa, em justificação ao chefe e amigo: _
crito de Almeida, Ignácio Evaristo e eu. Porque Júlio Lyra &
Ignácio Evaristo entendessem que não se sentiam bem assinando “Senadºr Epitácio Pessoa —— Petrópolis: — De há malto
"o manifesto da indicação dos candidates com a exclusão de Suas—
Oprimido pela política dispersiva do presidente deste .Esitado,
suna e Oscar, amigoíntimo de um e genro de outro, resolvi que organizou a chapa para senador e deputados _fedeg'ms & re-
velia da Comissão Executiva do Partido de V. Exma., acres-
' »assiná—Io, sozinho, ' recusando mesmo .a delegação que me quis
dar o Sr. Júlio Lyra, para, em nome da Comissão, assinar o cendo que o mesmo fez referências desairosas por ocasião da
reunião a minha pessoa e ao dôputado João Suassuna, 303130 de
referido documento a fim o fato do momento não fos'se explo-
rado pelos inimigos. romper cºm o referido presidente adotando a chapa nacmnal.
" ' Certo de que V. Excia. não está de acordo 00131 tamanhfo des.-
. Desafio que qualquer dos membros da comissão executiva prestígio e estranho modo de assacar reputaçoes, contmuo. &
afirme de público, com a responsabilidade do seu nome, que
acatar com o maior respeito a figura inccnfundível deVExc1a.,
durante a reunião eu houvesse feito qualquer referência a sua
que estará sempre acima dos originais processos. pohfacos ado—
pessoa. Não sºu homem de fazer juízos desairosos de quem quer
tados pelo Sr. presidente., deste. Estado — ReSpeltosamc-nte .(a)
que seja efdepois receber sua homenagem. ' A —— Jºsé Pereira”.

91

. ..,. -——-,—v——————<————-——— _.
Surpresa, respondeu Epitácio Pessea ao velho amigo José cit—governada, & ela estreitamente ligado por yígqulos de “ca-sar
Pereira: ' mento, além do Padre Manuel Octaviano, wgano de Planeta»
“Rio, 28 -— Coronel José Pereira — Princesa —— Paraíba: e chefe político de Conceição, igualmente na, estacada.
— “O seu telegrama causam-me dolorosa surpresa. Nunca po— Quase todo o sertão!
dia. imaginar que o velho amigo José Pereira, citado sempre por Em segundo lugar está a ameaça final do telegrama:
mim como protótipo do devotamento (: da lealdade, se deixasse “ . . . » Cºmprometendo—me ainda d'efendê-los se qualquer ato
influenciar por intrigas de pequena politicagem, para, à última Violência do governo atentar contra duelªm voto assegurado-
hora, após uma recepção ardorosa ao presidente do EStado, _».
Constituição”.
abandonar o seu partido em causa que envolve tão de perto a
dignidade da Paraíba. Posso assegurar—Ihe que o seu nome não Provínha & advertência da certeza de que & .poíícía para?»
e. 130351—
foi sequer pronunciado na sessão da comissão executiva e disto hana atingiria Princesa & fim de perturbar as E-lçlçõês
desobe dxentç . Este re—
podem dar testemunho todos os membros desta. Quanto ao Sr. velmente ínílíngir o primeiro castigo acº
em comum car ao Pres1d ente Wa.—
Suassuna, nenhuma referência menos respeitosa foi feita a esse ceio José Pereira apressou-se
shington Luís: .
nosso amigo. A chapa para a renovação da Câmara foi firma— —— Levo &? conhec r»
“Presidente Washin gton Luís — Rio
da unicamente pelo chefe do partido, para evitar que a mesma que em
viesse a público assinada com restrições por alguns membros mento de V. Excía. como primeiro magistrado da _naçao
nacion al, .]ÚZSÉO 311610 (iªe
da Comissão, o que seria de pésshíio efeito. Explicadas, assim, virtude de havermos adotada a chapa
OS preclar os brasxle lgos Drs. lua.
com a garantia da minha palavra, todas as argííiç—ões do seu te— ver subirem à curul “presidencial
deste
legrama, e tratando—se de um caso político em que estou em— no Prestes e Vital Soares, 0 Dr. João Pessºa, mesm-ante
rapa?—
_ penha-do, vendo, confiado no acatamento que declara ainda me Estado, acaba, num gesto ditatorial, de fecha; todas as
o_ Jum
tributar, pedir ao bravo cempanheíro de 1915 que reconsidere tições estaduais, não retirando presos da ,cadma pºr que
ntemen te. Esta ameaç ando de ªma?-=
uma deliberação que não lhe fica bem e que não ponha termo de Direito se opôs termina
& mão arm-ad a, porque a chapa hbargl aqul nao
por esta forma, a uma velha amizade e a uma solidariedade que vir “no pleito
liberçãade de
datam já de tantºs anºs, (a) Epitácio Pessoa". terá um só voto, não obstante eu con-ceder plena
entes-
opinião aºs meus amigos. Minha adesão arrebanha contmg
Cementemes “os pronunciamentos. ao lado da_ chapa conser vadora —— Res-=
de vários municípios
Nas primeiras palavras afirmava José Pereira que reunir-a as Sauda ções (a) José Perer a”.
peitos
amigos & correligionários... Talvez os não houvesse reunido,
que os acontecimentos se precipitaram, não lhe dando tempº Washington Luís respondeu imediatamente:
a
para isto. Mas era o chefe pºlítico inconteste de Vários municí— “José Pereira ——- Princesa — Tenho o prazer de acusar
em? que 12136 par»
piºs do sertão, seu representante na Câmara estadual e na cúpu— recepção do seu telegrama de 24 do cqfrente,
gc pt_re»
la política. Falava por eles, sem necessidade de consulta pré— ticipa & sua decisão na questão das candldatulras & sucess
meus agrade cunent os malto) “ sn?—
via. Contou logo *com a solidariedade de numeroso grupo de fa- sidencial. Ao manifestar—lhe os
icação , desejo realçar & impprt ancm
zendeiros &: homens graduados das regiões circunvizinhas, irrita— ceros à gentileza da comun
çlor
dos com as medidas agressivas de João Pessoa, pelº que se jus-— da sua atitude, trazendo um valioso concursº como onenta
verãadeíra—
tíficava & referência na comunicação ao Presidente da Repú— de forças pólítícas, para a realização de um. glelto
oes (a)
blica: —— “Minha adesão arrebanhou contingentes de vários mu- mente republicano em Lº de março -— Cordlals Saudaç
, _ .
nicípios”. . -- Washington Luís”.
Jose Pererra , hlpcte »
Verdadeira, & confissão. Poderia citar: Pedro Firmino, de Júlio Prestes se apressaria em saudar
Patos; Nilo Feitosa, de Alagoa do Monteiro; & família Cunha cando—Ihe apoio e" solidariedad e: .
ma
Lima, de Areia; Manuel Borges, de Mogeiro; Duarte Lima, de “Deputado José Pereira —— Princesa —Í Rçceb1 se? telegra
haver deliber ado prestar mten'o apelo aos can-—
“Serraria; Antônio Pereira, de Misericórdia: José Duarte Dantas. comunicando—me
de Imaculada; e toda a família Dantas e mais João Suassuna, didatos nacionais, tendo dissolvido () partido epitacista da Paa—

92. 93
miha É um gesto de cºmpreensao repubhcama que; reveía gran-— N㺠Gram infundadas- c-s: receios de. Jºsé Pereira, transmi fí—
de amor pelo regime denota altos & patrzoªacos mtmms que “& dªcszs ao Presidente da República, dada & situ-aç㺠de Tab—ieira;
moveram &: aos nassag amigos dessa. Estado que me; camumca— já“ invadi-da pela polícia, conforme: po derá depreendar—se das-te
ram seu ato de Civilis-Ino. J“á enviei minhas .efusívas felicitações. talegrama de Júliº Prestes ao desembargador Haráclito Caval—
pela aqaisição em favºr nºssa causa“, assim “tem assegurado safari çânti, que lhe comunicam as ºcorrências: .
pleno triunfo. Queira aceitar transmitir seus denadadºs cem.—— “Recebi o telegrama em que ilustra amiga) me comunica as—
panheims desse município o meu apoio e sºhdaneaadu cºm 9 salto cidade Teixeira por siguientes. facoíasos sítuacionísmº em
meu novo reconhecimento Cordiais Saudações (a) -—- Júlio desespero de causa aproximação do pleitº“ em que. serão jul;-
Prestes”. gados pela consciência nacional que leva adversário-s à prática
Ao. desembargador Heráclitº Cavalcântí, Seu adversáriº po— de semelhantes recursºs com que visam obscurecer vitória já
lítico da véspera, dirigiu-se José Penim por esta forma: assegurada na campanha cívica, aí briíhantemente desenvolvida'
“Princesa,, 24 — Desembargador Heráclito Cavalcântí —— favor verdadeira aspiração do Brasil e da República. Renom—
Recâfe —— Deixei para lhe comunicar a minha. adesãº, depois do lhe entretanto segurança. em que estºu de que nenhum ato ãe
meu entendimento cºm o Sr, João 8113553113, que também lhe cºmpressão conseguirá ºbstar reconhecimento eleitoral do povo
telegrafºu, acertando & inclusão dº seu nome na chapa de Par—
paraibanº tão cioso de liberdade. Continuº a receber de todo o
tido Conservador da Paraíba, que oº' ilustre amigo dignameme Brasil mais entusiásticas manifestações de apoio, que são. plena
chefia, e autorize a cantar com a' minha solidariedade em qual— garantia do nosso grande inevitável triunfo —— Afetuosas San-
quer emergência, podendo mandar instruções que ser㺠satis— dações (a) Já!."10 Prestes”.
Na resposta a José Pereira reclamºu Epitáciº Pessoa que

..-
fatoríamente acatadas. Já me: dirigi & vários amigos do sertãº,

,
' o amigº de velha tradição se hcuvesse deixado influenciar “por

Me“.—_,;
racebendo inúmeras ade-sões e encarreguei um delegadº idônea-
para se entender com 0 ilustre chefe —— Abraçºs (a) -——- Jºsé _ intriga de: pequena politicagem”. Fingia desconhecer as hostili=
Pereira”, ii dades que desde o começo do governo João Pessoa endereçava
ao chefe político de Princesa, & demais amigos do Partido, na
A resposta não se fez sentir e revela em pºucas palavras
tºda ªa satisfação do velho e danadado adversáriº do. epitacismo
na Paraíba: '
1 1
falha de dar—lhe, carta branca. Conhecia de perto o parente,
mas deixºu-0 à solta, em simples reações ínócuas. Foi o errº,
que não iria, reparar cºm o telegrama & José Pereira,, quandº
“Cel. José Pereira —— Princesa —— Estou sensibilizado pela“ “º incidente partidáriº fora apenas a gota d'água qua fízara
sua atituda, digna, nobre e enalteceáora de seus méritos, pela tragsbordar () vaso cheio-., A indiferença causara o. desastre. Ten-
sua adesão, () que para mim, hoje aniversário da nossa Consti— taría Epitácio explicá—ío à sua maneira, em entrevista concedi—
tuição, “teva—> um aspecto dos mais significa-tivos e fºi um dos dias. da a um matutino do Rio, chamando Jºsé Pereira de ambicioso,
mais felizes da mmha vida política; e estamºs unidos para sam-
que, rompem por esta seguro da- intervenção federal “esperan—
“pre, para a Vida e para a morte, & havemos de vencer —-—— Abª? "—
ças (a) Hª“ráclie Cavalcântí”. çoso de que dessa intervenção resultasse —— came lhe prometiam
—— uma posição política privilegiada” (Jornal do Camêêcia -———
Parecem um simples palmela-or, es dais telegramas, no cºn—
texto geral do episódio. .Revestem—w, no entanto, de sig..- Rio maí0,1930)
nificação & ressaltar. Pela primeira, vez na história pºlítica da Havia ingenuidade nº capítulo da referência ao caso da
Paraíba José Pereira chamava de chefe & Heráclito Cavalcânti, Princesa, pois atribuía & Jºsé Pereira toda a responsabilidade
sem-pre () irreconcilíável mentor da:- epesíção & Epitácio Pessoa. pelo. ocorrido, sem quaíquer alusão às hostilidades contra o seu
—- pºrtanto ao próprio Jºsé Pereira —, que do seu domínio de amigº desencadeadas pelo presidente- da Paraíba, desde que as—
quªze anos fora () ”sustentáculo mais“ fºrte Selma—se um “pactº " samira () gºverno. Se José Pereira procurava um pretexto para.
para. e que desse e viesse, cem o que estana de acºrdo Joao ade-rir à candidatura de Júlio. Prestes e “cºm a adesão fazer
Suassuna noutra ironia da hlStOl'la. . , jus às boas graças do gºverno federa” ” (sic-: EP) , tal pratexta
lhe fora- facílitad-o- --e oferecido pelo- govemante p-amibano, em

9.5
,A» , , , ., _ , asoluta
' instante 0 mai
armªda Cºnstr?nªgrªªgºflªeãºsâã
' ' àãaãgs
, , --
mais. de um asp—esto. Realmente não fm Joga Pereyra quem criou ?âeºaºªªãhã?
? ª. cnske, Efªsª sun, Jºªº, Pessoa, quªndo, sem consultar º pª? : brios ºfendidos, ainda que com sacrifício dos nobres sentimen—
”“> “dºª as vesperas ª º sensagngs eâezçoes, Vªl—qe? dos quadros par-» £, tos de bondade e humanidade, de que tem dado sobeja prova
“ lamentares o? 'amlgos trad1c1ona1s de ªgiªm Pessoa, como. O em toda a sua vida pública e particular. Temos a convicção de'
f“ senador Antomo Masga, que logo, Pelº. telegrama que abalxo ;ª- que, como nós, lhe fazem justiça,
, quantos () conhecem de perto
transcrevemos, se deshgou da Aliança L1bera1, e sabem de que dedicação e capaz a causa que mereça & sua
adesão e apoio.” ª
“Dr. Afonso Pena, Presidente da Comissão Executiva __
De outro lado o paradoxo. das chapas entremestra como o
da Aliança Liberal —— Rio: —— Comunico prezado amigo 4
presidente João Pessoa esfacelou o domínio político de Epitácio
renuncia lugar membro Comissão Executiva Aliança Líbe— na Paraíba. Correta & manchete de um matutino do Rio anun—
ral por ter resolvido deixar atividade política, cessando mi— ciando () ocorrido: —— “Desabou fragorosamente & situação do—
nha solidariedade Aliança Liberal, cºnservando mesmos 1a— minante na Paraíba do Norte” (O Paiz —— Rio, 25-2—1930). Valeí
ços afetuosa amizade pessoal —— Saudações (a) Antônio citar, pela oportunidade daqueles instantes, as prudentes pala—
Massa.” vras de um editorial do Jornal do Comércio, do Recife, de 25
de fevereiro de 1930, antevendo & crise que ia desencadear—se»:
o eai—governador João Suassuna, “írftímo” de. José Pereira e: “Acreditamos que se o Senador Epitácio Pessoa estivesse:
aparentada da prestigiosa. família Dantas,; Oscar Soares, genro exercendo uma atuação mais direta nos destinos políticos do
de presidente da Assembléia Legislativa do Estado. . . vizinho Estado, não se teria verificado a exclusão, quase unâni—
_ Parece—nos, assim, por demais simplista atribuir a José Pe— ª
me, de valiosos elementos do partido sítuacíonísta da chapa
reira uma atitude infundada, como o fez Assis Chateaubriand federal, exclusão que vem acarretando & crise que, neste» .mo—
em.' artigo de O Jºrnal (“O Professºr do Jagunçoªº —— 14-3—30), mento, é dos assuntos mais sensacionais do país”.
%% cofp estas palavras de quem evidentemente desconhecia. as on— As eleições de Lª de março iriam realizar—se com uma Ver-
; gens da questãº; ' - dadeira pletora de candidatos,: além dos federais já citados -——
%% _. “No final de contas,. que fez José Pereira? Tmha um can— , chapa governo e chapa oposição —— havia a estadual, do Par-
%% didªtº ª deputado federal que era º Sr, Suassqna, º ex—gover— giª tido Republicano, indicando para a Assembléia. Legislativa, os
Í; nador & quem ele devia todo o poder de que dxspunha na zona nomes da Manuel Veloso Borges, Joaquim Pessoa Cavalcânti
% sertaneja. Saído dª Chapa 0 seu antigo chefe ele se pôs fºrª dª de Albuquerque, Argemiro de Figueiredo e João Maurício da
lei para vingá—lo, castigand'o os atrevidos da capital que se per- Medeiros; num manifesto assinado por João Pessoa Cavalcân—
mitiram ter candidatos à deputação federal sem obedecer ao ti de Albuquerque, Demócrito de Almeida & Walfredo Guedes
líder do cangaço no sertão”. , " Pereira. _ »
Certamente fora por culpa do Presidente João Pessoa que Anote—se 0 nome de Joaquim Pessoa, que um ano antes
aqueles políticos se jogaram nos braços do candidato Júlio Pres— incentivam os Pessoa de Queiroz na intriga contra O irmão, cha-
tes, levando-os a organizar a chapa constante destes nomes: mando—o de tresloucado, já agora, pelo visto, com ele recon-»
—— senador: José Gaudêncio; deputados: Artur dos Anjos, João ciliado. .
Suassuna, Oscar Soares, Flávio Ribeiro Coutinho e Acácio de Havia ainda dois candidatos avulsos disputando o terço da
Figueiredo, posteriormente proclamados eleitos pela porta larga representação oficial federal: — Octacílio de Albuquerque e
do sistema de reconhecimento da Câmara, e cuja primeira preco—= Álvaro. Correia Lima.
cupação fºi saudarem JOSÉ Pereira. » Na. conta de chegar da Junta Apuradora da Câmara, os cha—
; “JºSé Pereira _ Princesa: __ Nº momento em que acaba- mados candidatos de Princesa foram todos reconhecidos. Os Zi—
“__ mas de ser reconhecidos deputados federais pelo nosso Estado, barradores estavam de parabéns. Seriam, pelo menos,, os repre—
z, enviamos ao querido amigo afetuoso abraço de congratulações, sentantes do futuro Território Livre de Princesa. _ '
fã que significa, ao mesmo tempo,. a demonstração de que não es—

49...
Epitácio protestava & animava:

.
ZASB (JÁ—Cf? , ——-——- 2.352; as —-= 5005) ,; Demócrito de Almeida-?
“Presidente do Estado da Paraíba —— Paraíba —— Esbulhada 23.342; Flávio Ribeiro, 10.532 (IA—DA —— 2.266; FR —-——— 10,532);
criminosamente na sua legítima representação na Câmara. dos Antônio Guedes, 23.412; Acácio de Figueiredº, 10.382 (JA—AG ——'—ª—
Deputados nem pºr isso deve a Paraíba esmorecer na defesa da 2.3271 AP -— 10.357); Artur dos Anjºs 9 552 (IA ———- 9.955); Octa—
sua autonºmia ameaçada, nem na reivindicacão cios princípiºs sílica de Albuquerque, 3 633 (IA—Dá —— 1.830); Álvam Correia“
democráticºs que vêm sendo t㺠acintesamente postergados. Seu Lima, 2.540 (JA-ACL —— 2.385).
digno presidente pode estar certo que, nesta hora sombria, tem
Divergiam muito as aritméticas, levando alentada vantagem
aº seu lado todos os que amam sinceramente & Regzúblíca &
ºs libertadores, Dirigindo——se à. Comissão de Inquérito que se orn-

.
n㺠& querem transformada num regime de prepotência & ser—
ganízara para a. apuração da verdade, José Américo de Almei»
vííismef Abraços (a) Epitácio Pães-soa"
da exclamava (21—4—1930): “Os cºmtesíantss espãram qua:
Se êste: era o pronunciamento de npvacm 0 ae Igsé Pe— os seus mandatos escandalosamente pºstergados por uma junta
reira seria bem diverso, ao rasponder ao âelegrama ãe feªr“Pita—'— criminosa, sejam assegurados pela honrada cºmissão de mqué—
ç㺠da, nova bancada: rito. . .
“Deputadº Jºão Suassuna ,——-——- Rio —'—“ Aceite & transmita aos. . Apelo inútil A própria Revºiaçãe de 3 ãe Outubm cs re»
Srs. Oscar, Fláviº, Artur & Acácio & expressão dos mais agra— jeítaria!

ª
decimentºs aos termºs do hºnroso telªBgrama que me dirigiram. Cºmo se paãe notar de tudo isso, a crise política da Paraí—;»
O reconhechnento dos nºssos anúgºs não me fez surpresa, poís? bºa teve a sua ºrigem fundamental na falta ãe acatamento, por
“aºs esclarecidos agpírítG-s das mehr-es ªpresentames do pºvº bra-— parte de Jºão Pessºa;, aº eyâtacisme' esâabaíecído. (gaia inºvar
sileiro, não faltaria o cuidado de observar ande: repoasava & em mãº, e perãeu—se. Degas de desafiar o sertão, pelº propó—
verdadeira vontade do povo paraibano. Este povo, em julgado sito Cie dasmoní'ar & máqaâna de 15 anos .-—— desde a «vitória de
pelo despotismo do Sr. João Pessoa, ferreteado pelo domínio Epitáciº em 1915 —, qae consíáerava ãemasiadamem & Viciada
escravista que o mesmo vem implantando na terra de Peregrin —-—— tratºu de garantir a vitória nas eíeíções de 1.º de março pela
de Carvaâho e Vidal de Negreirºs, fíageladº, aízida, pelº áemí—

m
intimidação, enviandº tropas policiais àquelas cidades que can—»
nio extorsivo de um governo que awmula os dinheiros públi— siderava de infhíência de José Pereira e Jºão Suassuna, sobre—“tu—
cos para. manancial, não podia fazer-se entregue: ao abandono, do em Teixeira, onde se verificaram lamentáveis incidentes, com
à impiedade, à crueza de seu sistema político—olígarca &: ao mes-' a prisão de vários elementos da família Dantas, homens e mu—
mo tempº disP-ersivo, () que deslustraría os nossos foros de na— lheres, & pessoas da mais alta sociedade local. O episódiº ——

.
ç⺠que anseia por conquistar renome entre GS povos cultos e
às vésperas da eleição —— levou. João Suassuna & prºtestar juninª?

,
livres”.
& Alvara de Carvalho, então no gºverno do estado, que res-—

.
O rsconhecimento, pelo que descrevia Epitácio Pessoa numa pºnei-eu, por telegrama, confirmando:

.
entrevista no Rio, não dera muito trabalhoà Junta Apuradora:
.
“Infelizmente, ao receber seu telegrama, já tinha conheci——
“Para chegarem ao resultado que apuraram, est-es juízes con— .
mento lamentáveis acontecimentos Teixeira. Reiterei ordens sve—
taram apenas os votos da capital, de Princesa e de Teixeira,
._

veras manutenção. ordem a respeito nossos adversários. Peço


anulando 36 municípios, mas contando neles os votos dos opo—ª aconselhar calmamente sua família -— Abraços (a) —— Álvaro. de
Asicíonistas” (Jornal do Comércio —— Rio, 26-4—1930).
Carvalho”. '
O resultado, para os calculístas do governa João Pessoa,, se. Cinco dias “antes das eleições, a situação era dramatíz'ada
cxpressaríam nestes números, que entre parêntssis se substituem pelo desembargador Heráclito Cavalcânti. chefe da oposição pa—
pelos vitoriosos da alquimia da Junta Apm-adora cia Câmara raibana, em telegrama ao Senador Epitácio Pessoa, enviado dº
Federal: senador — Tavares Cavalcânti: 31.063; José Gaudên— Recife, refúgio dos perseguidos:
cía, 10.091 (IA—TC -—— 2.943; IG —— 11.804); deputados —— José?
“A gravidade do momento, na Paraíba,. me força a dirigir.»
Américo de Almeida, 29.108; Jo㺠Suassuna, 9.207 (IA—IALA. me a, V. Excia. O meu assasshiato épregado no jºrnal ºficial
—— 2.283; JS, 11.228); Carlos Pessoa, 23.456; Oscar Soares,
;

pelos áulícos do palácio & mitingueiros, Meus filhos-, estudan—


.
,

98 9-9
“ .
|
.
,.
“.“
3553
' : Í.r_.,....;4. “z.-.?

l.,ãll
....
&...-_)!

tes, são insultados, tendo ordem minha para não reagirem, se- imediata, a resposta de Epitácio: —— “É notório que au—
não em caso de agressões físicas, evitando—se, entretanto. Toda sente na Europa, em nada concorri para O atual conflito político.-.
essa situação agressiva e todo o fatº de futuro irremediável se- Apesar disto, não fiquei neutro como assevera V. Excía. contra
riam evitados com uma palavra de V. Excia. ( . . . ) Somente

' ' Wn-


a evidência das minhas entrevistas e discursos e contra o teste—
receio agressões no interior da minha terra e de V. Exch., onde munho de todo o Brasil. E uma vez definido, não mais varísi
nunca houve uma campanha de tanto despotismo. Amanhã re« como ao que: me consta fez V. Hmm, que partidário dºs libe—
gresso. Por qualquer atentado de que seja eu vítima, os únicos rais aº cabo de 15 días, seduzido pelos princípios da parte
responsáveis perante a. minha família e o país serão V. Excia. contrária,, se bandeou para os cons ervaãeres como em 1922,

.
no Rio e o Sr. João Pessoa onde estiver ( . . . ) Esta veemên— niilista exaltado, áesertara à última hora para as fileiras do

.
cia é filha da justa indignação de que me acho possuído, obser—

q
DJ:. Artur Bernardes ( . . .) E agora só ms resta formular votos

-.
vando que na Paraíba nada se faz no. atual momento sem o para que V. Excia» & esta hora já se tenha subtraído inteira-—

.
.

consentimento de V. Excia., cuja inteligência Deus esclareça, são mente aos efeitos da tremedeira que tanto () afligíu”.

m.
os meus votos (a) Heráclito Cavalcântí” (fev.º, 1930). Os telegramas inspiram, pelo menos, dois comentários. Prí-
Viria, por igual veemente, & resposta de Epitácio Pessoa: meiro, sobre o ponto em que Epitácio afirmava estar afastado

.
“Eu não podia deixar de. responder ao seu telegrama (rece-— da política paraibana. . . “Há muitos anos deixei a direção po—

i
bido com atraso devido à minha ausência do Rio), pois ao mes— lítica” sendo “inexato que na Paraíba nada se faça hoje sem

.
mo tempo que pede a minha intervenção para poupá—lo & um o meu consentimento”, & ver, mesmo, da recente chapa de. 66911——
atentado, filho aliás tão—somente de sua imaginação inquieta, tados, com o rodízic quebradº pela escolha para reeleição do

n _
V. Excía. me ameaça de futuras represálias, sem refletir ser este sobrinho Carlos Pessoa, e da qual em parte divergira, pela .ex—

....v
'o caminho menos praticável para chegar até mim. Dada, toda— alusão de Antônio Massa, & quem se poderia ter contemplado

_
ifii-a; & profunda aflição que ressumbra do seu referido despacho, bastando para isto não se destinar uma vaga à minoria, & que

,m
julgo de meu dever levar & tranqiiílíãade ao conturbado ânimo n㺠se estava obrigawdo

-
É curiºso conhecer & cerrespondência neste sentidº, de que“

.
de _V. Excia. É inexata que na Paraíba nada se faça hoje sem

.
.
.
se deduz que naquele instante 0 sobrinho n㺠atendia mais ao

,-
o meu consentimento; V Excia sabe, ao contrário, que há.

d,
tia, embºra () consaltasse sempre sobre tudo.
muitos anos deixei a direção política, do Estado, sobre. cujos.
Pergunta-se: & por que então impusera & candidatura de

.
assuntos, quando rara vez consultado,, opine sempre como pa“—
Jºão Pes-soa à governança cºntra 'a vontade dos integrantes “dº

,
raíbano, jamais como chefe. Mas lembro a V. Excía. uma cir— partido ºficial que se fixavam na do vice—governador Júlio Lyra?

M w
cunstância que o seu estado de perturbação faz esquecer, e é Não desmente & afirmativa & constante correspondência com

-
que nossa terra tem neste momento a fortuna de ser adminis—

.
o sobrinho, intervindo em tudo, notadamente no caso da chapa?

.
trada por um espírito intransigentemente liberal ( . . . ) Não se Apenas, por vez-es nocauteado pelo parente.

,.
deixe, pois, dominar pelo medo; tome, coragem, que ninguém Segundo, quando escrevia que a Paraíba estava entregue a
-
w

Lhe fará mal (a) —— Epitácio Pessoa”, A um espírito intransigentemente liberal, no momento mato em que.
lv
l

Em dois despachos ainda, continuou a troca de acusações:


.

entrava em Teixeira, para intimidar o sertanejo às vésperas das


.7
L,]

De Heráclito & Epitácio: ——- “Minhas atitudes políticas, sem—


.

eleições, cantingente policial, com outros espalhados nas circun—


ªf)

pre definidas, afastam qualquer apreensão de meu espírito, não vizinhanças!


d

_
_

acontecendo O mesmo a V. Exch., que tendo “inspirado proces— Talvez ignorasse, isto sim, que com aquela providência anti-=.
.:

sºs à chamada Aliança Liberal, atraindo a situação paraibana, libºral ateavam fogo na ponta do estopim.
_
, . = . _

.
.

não se pejou de simular neutralidade no grave momento polí— O certo todavía, é que, pela correspondência trocada en—
,

tico nacional com espanto de quantos julgavam então V. Excia. tre João Pessoa & Epitácio Pessoa, passo algum de natureza po—
.

("....) “Quanto ao liberalismo do seu sobrinho, basta o julga— lítica dava aquele sem consultá-lo previamente. Embora por sim-=
-

mento da opinião pública do país, que V. Excia. já conhece” ples deferência!


.
___

40,0
.

10]-
-
_
dente Washington Luís não deixará &o desampam as amigas.,
que estiveram ao seu lado defendendo cºm dedicação a causa?
por que se interessava.
Queira sempre dispor
Do seu velho am...-º e ad.“
Pe. Cícero Ramão”.
Nª Primeira Oportunidade, que viria quatrº dias-. depaísz, anª—«
O Apelo ao Padre Cícero ' viam () Padre Cícero () seguinte telegrama ao Presidente. Jo㺗..:
Pessoa: ,
“Juazeiro —— Pres. João Pessoa —— Demorei & respoata db“
seu último telegrama. colhendo informações sobre: a denúncia
que trouxe aº meu conhecimento de se achar José Term alician—
do elementos armados neste município. destinado às lutas polí—
ticas nesse Estado. José Term. efetivamente aqui esteve, tendo-—
se retirado há 3 dias, não constando que tenha conseguido reu——
nir pessoa alguma. '
Aliás devo adiantar que não permitirei que 3318 ou quem
quer que seja agencia homens no município que dirijo, pois em
qualquer circunstância seria meu dever fazer a defesa dos crê—=»
ditos desta cidade, cuja população sempre orientei na prática do

-
No começo de março, de 1930, tanto José “Pereira amªm honroso. trabalho.

.
Jºão. Pessoa de Queiroz se dirigem ao Padre Cíçero— Romao, Agora permita que faça um apelo particular à amizade com“

.
de. Juazeiro, Ceará, expondo—Ihe () ocorrido e posswelmente pe— que me distingue no sentido de evitar a. luta fratricida que amea—
a . .

»
dindo—lhe e apoio. ça afligir *a tranqiiilidade do povo paraibano.
Eis & rwposta & João Pessoa de Queuoz: Confio no patriotismo que lhe dará a necessária serenidadet

I

“Juazeiro 9 de março de 1930 , para procurar uma fórmula que soluciona () caso aí ocorrente?


Prezado & Ile. Am.º Cel. Jºão Pessoa. de Queiroz:


sem o derramamento de sangue dos seus governadºs.

,
Respondo à sua última carta de que foi portador "o nosso Estou certo de que este apelo Encontrará 0 melhor acolhi—

5
.
amigo Cel. José Frazão. meníto no seu esclarecido espírito e visão de chefe de Estado-.

4
Nesta mesma ocasião escrevi também uma carta ao Cel. Estimaría saber seu ponto de vista a este respeito ===-= Cm»=
'José Pereira, na qual lhe informo () modo por que pretendo diais Saudações (a) —- Pe.. Cícero Romão”.
interferir na questão política da Paraíba. , _ João Pessoa fugiria ao apelo sacerdotal:
Como sabe a minha situação de saceráote e de gm1go Qe- “Respondendº ao telegrama de 13 do cºrrente, do meu cam
tcdo esse povo do Nordeste me impõe, o dever dq só mterfçnr amigo-, é com verdadeiro pesar que deixo de atender aº seu.“
<

«em movimento como o que aí se esboça no senado de emªnar— pedido. Não sinto qualquer responsabilidade nos tristes fatos
w

"uma luta fratrícída de destruiç㺠entre irmãos. que se desenrolam em Princesa. Ninguém os lamenta mais do
Vou portanto me dirigir ao Presidente João Pessoa fazendo-
w

que eu. Estava todo entregue aos deveres do meu cargo, cuidam.
lhe as sugestões- que me: parecem convenientes, dentro desse meu.
m

do sinceramente do bem da minha terra, quando a paz, a vida


ponto, de vista. ' _ , e o trabalhº do Estado foram., inºpinada e insolítamente, per—
_

Espero que o meu prezado amigo esta-ra de acordº com o turbados e comprometidos pela ofensiva de José Pereira e sie-ius
_
.

que ora lhe digo. __


assalariados. Todºs me ameaçavam e prometi-am dominar pelº
Confio " também que o casº será s-olucxonado pelo-s: meiro-s:

'
mais convenientes e legais, porque estou certo de que o Freak
. . _., .

103
m

1.02
v
l
(A i
"'m
.“: -
ª
'- ª|
u
=
.;. '
.:u"'v.
ª.

ifabuco. Não me era possível, com minhas respºnsabilidades;


.

na lealdade ao tio Walfrido Leal. “Em 1928, porém, o epítacísmo era uma
.

cruzar os braços diante: de. tal atitude.. Agi, mas as nossas forças cºnstante: da sua” vida política. Leiamos—Ihe & carta que enviou a Jºão
x ,"' ., ª

Pessoa:
.

têm—se mantido na defensiva. Quero , minºrar sacrifícios, poupar


-'

“Paraíba, 3 de março de 1928“


"

vidas. Aceitar & prºposta do meu nobre amigo ——- peírdoe-me &
.u«_“."'

Penso que, se realmente há pruridos de revolta, isso nada vale. 0


.I
,'ª

franqueza — seria sacrificar a própria dignidade &: tram: os meus-% Dr. Epitácio vencerá todos os obstáculºs, com a sua insuperável força Inaraí,

u

conterrâneos. Estou dentro da lei. Os criminºsos, poís, depo— seu experimentado tatº político e prestígio recrescente. Mas quero deixar
bem assinalado que se porventura & ambição de mando exclusivo chegar
nham as armas & entreguem-se confiantes. Seremos justos”.
,.r'A. '

a esse desfecho, eu terei o maior orgulho em pôr a minha pena, a minha


'Há uma inverdade no telegrama do Presidente João Pessoa

-

"palavra, a minha ação, toda a minha combatividade & serviço do ,cpitaw


-
1

—— de que ele estivesse; na defensiva. .


.

cisma, que já não sei separar da minha noção de patriºtismo. E tanto maior
3

'
.

' .Na defensiva estava Igsé Pereira, em Princesa, atitude “que será a satisfação desse meu fraco concurso se prevalecer o seu ilustra
i E,
'

nome como a solução que convém à Paraíba. Nós precisamos de um


conservou até quase ao fim, com aquelas sortidas .necessánas
I'-.

governo de grande eficiência, e ao mesmo tempo de um chefe que equi—


contra .a aproximação de. tropas à cidade que defetgdía, somente
.r'-
,“
'

Iibre as nossas condições políticas”.


.:
'

quebrada, cinco meses transcorridos, cºm & e?:pedlçao- fias (Éo—


.
,

Agradecia—Ihe, depois, o convite para um cargº de Secretaria:


,
"
'

lu'nas, no ostensivo esforço de obter de Washmgton Lms & m- “Aceitei convite: para seu auxiliar na esperança de poder participar
..
.

_ indiretamente da “glória de uma grande obra”.


-

tervenção federal na estada.


- _

-
»

Noutra carta José Américº não somente insistia com Jo㺠Pessoa
Contudº, havia uma defensiva das forças governamentais,
_“
_

para que aceitasse & candidatura à presidência da Paraíba, como se


1 4.

.'-_,

aquela resultante da impossibilidade de assumirem & ofenSiva; _


. -

defendi-a de intrigas de terceirºs, semelhantes às do missivis-ªta.


_"

como no. caso de Tavares, num acampamento forçado de cincº“ Historicamente está hoje provado que foi. na. ausência de Jºsé: Américo
.«:-

'-_
-
, .

cºm de Almeida, no interior à frente. das trºpas contra José Pereira, que se-
meses, confessadº pelo capitão Jo㺠Costa no telegrama de.
..

cometeram as imprudêncías que levaram João Dantas & ass-assinar João


. _.
:.

ãólêzicías ao Chefa de Pºlícia da Paraíba pela morte do Presí—


:,«"“

-_
"

Pessoa.

dºente João Pessoa.: ———- “Minha-, coluna. manter-se-á nº mesmp


-

3 Esse“ “Dr. Madruga” entram no governo como Inspetor (10 Te—


._ .

ªbntó de. resístêncaia. e.- para rechªçar“ os nossos inimigºs até. à


d, .

scmro, mas em pouco tempo rompem, inconfºrmado, com . o Presidente


4 !' » .,
1

Jºão Pes-soa, publicando cºntra 0 mesmo um livro. de tremendo lib-alº.


derradeira vitóriaªºw
_

Em carta & Epitácio, confessºu este, desolado: —— “Madruga fºi uma.


.
l

.D-erradaíra vitória que, jçamaig; veio.!


.,|

grande infelicidade”. . . “é falso, é traidor”. . . '


,

4- Um exemplo ainda do inconformismo narrado na carta, entrevê—


. '
|
...,k- Iª

se no trecho da que enviou & Epitácio Pessoa, em 26-11—1929, o seu:


- l lº .-4.

correligionário Pedro Ulysses. de Carvalho“: '


_

“Antigo combatente da política de que V. Excia. tem sido pioneiro


.

w
,

NO TAS íntegérrimo, nem as intrigas de que fui vítima no cºmeço do governo-


.
|.,r

..,&*.

de João Pessoa, nem () ostracismo & que fui acidentalmente atirado, nada
.

.
-

me fez recuar na peleja pelos altruístices liberais”.


=

. Hªv
'

5 Defesa idêntica faria, 40 anos depois, o ex.-auxiliar do Presidente


,“,“

que Ioãe Pessoa,“ jornalista Nelson Lustoza Cabral, no vol. III —- p, 15,
1 Na verdade Jo㺠Pessºa parecia detesta-r José- Pereira. Na sªiria

.

de agºsm de 1929“, ista &, segs mas?“ da série Três Novelas de José Américo de Almeida «— Rio, 1971:
,.

em 26
' .

enviara & Epitácio Pessºa


, L.

“cumes gag) “Já era tempo de o Brasil saber que Princesa sempre teve paixão
àntes da crise pºlítica, acusava—º, já, de coíteiro: —— fªQs
.

.'"-v

na Rio, pela valentia de seus homens, e jamais por sangue assassinº, e que em
bratícados aqui e em Pernambuco e Francisco guarda os CHMBOSGS
r.

3
=

ª 1930, aos 44 anos de idade, José Pereira Lima —— deputado com cadeira
,(w

.
.

Quando 'não é Zé Pereira em Princesa”;


-

, numa ªt:-ativa” na Assembléia .Legislativa do Estado e antigo terceiranis-ta de


2 : João Pessoa se encarregaría de desmantir essa impregsgo
'“..
l

sempre. Direito — Recife —, não era um bandido, mas um chefe sertanejo de


carta dirigida & Epitácio, em que louvava, ao contrário, 0 espira?
. . »-
.

indiscutível prestígio e respeito no Estado. Um político de origens tradi-


, “'

estou
conciliador de José Américo de Almeida, acrescentandº: —— “Fui e
__ ª

cionais, sagaz & ironicamente galhofeiro, & um espírito visceralmente aco—


sendo muito feliz com o José de Almeida. É dignº, competente, honestís—
'_

“ :*|
,. .
.

lhedor... um Comandante de pulso, com um “tirocínío de luta e de


“sima e está sinceramente identificado cºm _a orientação de governo”
.
,|',*-v_!.I

(IS—34929 ). , . _ bravura de surpreender... com uma alma para a paz e. outra para a
Talvez proviess-e & acusação das impressões de que Jose Aménco
.

guerra, como todo nordestino; “& quem João Pessoa procurou destruir
“_|
.,_

de cho-fre . . . ”
formar-a, noutros tempos, em lado dos. adversáríea de EpltáClO Pessoa,
1u
,

zw 105
._
-
M
_

.u"
y
.

.
3.3 Parte

O Território Livre de Princesa .

“A cidade de Princesa Isabel, chefiada por


José Pereira, declarou—se território iivre e: resis—
tiu às tropas de governo estaduai, incapaz de
domíná—la.” -'
Enciclopédia Mirador Internacionai
No dia 10 de junho de 1930, enviava () deputado José Pe—
reira Lima o seguinte telegrama às autoridades brasileiras:
“Tenho a honra de comunicar a V. Excia. que acabamos
de, proclama-r () seguinte:

Decreto “n,.º ], de 9" de junhó de 1930


Decreta: e proclama provisoriamente a independência 'do
município de Princesa, separado do Estado da Paraíba, e se es—
' tabela-ce & forma pela qual se rege.
A administração pt_ovisóría do Território de Princesa, ins—
.
- tituído por aclamação popular, decreta & proclama a Resolução
seguinte:
A
.

Artº 1.º —-— Fica decretada e proclamada provisoriamente'au


_

independência do município de, Princesa, deixando o mesmo de


.
.

fazer parte do Estado da Paraíba, do qual está separado desde



28 de fevereiro do corrente ano.


p

Artº 2.º —— Passa o município de Princesa & constituir, “com


os seus limites atuais, um território livre que terá & denomina—
ção de Território de Princesa.
. _ . . . _

109

-
ú
M
.
Artº 3.º — O Territóriº de Princesa assim cºnstituída per—— río Liv-re, subordinado, porém, aos pede-res públicos: da União,.
manece subforãinado políticamente ao poder público federal icon-— au o posso dizer em poucas palavras. É inútil procurar em qua—-
fºrme se acha estabelecido na Constituição da. República dos drax essa figura em qualquer“ dos dispositivos da Constituição
. Estados Unidos do Brasil. Política Brasileira. A nºssa lei magna, como .a dos Estados Uni—«
Artº 4.º —— Enquanto pelos meios populares não se fizer 'a dos, em que ele se inspirou e que lhe serviu de mºdelo., não
organização legal, será, o Território regido pela administração foi feita para Territórios e sim para Estados. O Art.-º 4.º da,
provisória do mesmo território. Constituição do Brasil é mais ou menos» uma reprºdução dºs
Cidade de Princesa, em 9 de junhº de 1930 que se contém no texto americano, também copiado pela Argen-
José Pereira Lima tina Ali só se trata de Estados. O dispositivo do nosso Estatuto
José Frazão Medeiros: Lima“ tem entretanto uma pequena diferenca dos dois outros e é que:
Manuel Rodrigues Sinhô”. nele não se regulou logo a admissão de novos Estados por um
ato do Cºngresso, como o fez a lei americana e também & Ar»
Atendía à recºmendação de João Pesca de Queiroz, cºns-=— gemina. Assim, a cópia do nosso legislador n㺠se pode dizer
tante dos telegramas divulgados no Recife após & Revolucão que seja perfeita. Como quer que seja, a Constituição não trata
de 1930, no inquérito presidido pelo delegado-auxiliar Ángelo de Territórios, mas de Estados e do modo pelo qual podem eles-
de Souza: .,, se subdividir, se anexar & outro ou formar novos Estados.. Ela
“Recife ——- 9 de junho de 1930 —— Zé Pereira —— Princesa: não fala em Territórios pela simples razão de. que não era feita
—— Publique aí decreto aba-ixº comunicando na íntegra por te— para eles, como eu já disse há pºuco. Não se deve, pois, querer“
legrama Presidente República, Senado, Câmara, Estados, avisan— ajustar ao Art º 4.º da Constituição o decreto que estabelece o
do—me hoje publicar jornais (a) João”. Território Livre, de Princesa.
“Zé Pereira — 14—6—1930 —-— . . . Vamºs publicar Jornal Prin— A formação desse Território não tem nada de pacífica e
casa como sendo editado aí” (. . . ) “Decreto Indepandêncía tem convencional; e l a e' violenta, ela resulta de uma grave comoção
causado grandes comentários todo país. Vou mandar outros. atos que perdura ainda? e o seu fundamento não pode ser encontrado
regulamentar forças, cobrando impostos, etc. —-—-— Abraços (a')- senão em outras fontes que não a letra da. lei. Explicam—na ou—
João”. tros motivos; e é sob o ponto de vista antes racional que legal“
que se deve ' colocar quem queira conceituá—Ia com justeza, Nãº
terá talvez a população dos Municípios, como a dos Estados,.
A história da criação do Território Livre de Princesa é mui— também aquele direito de dispor de si mesma, segundo o origi—
to simples: redigido () decretº, com a colaboração 'do jurista nal princípio formulado pelo presidente Wilson em suas céle—
Odilon Nestor, professor da Faculdade de Direito do Recife, bres mensagens de 1915 e 1918?
este lhe sustentada & constitucionalidade, por uma entrevista Seja como for, o Decreto de Princesa representa ao país! mn
cujos originais conservo, como documento de surpreendente va»- caso inteiramente novo, inédito em nossa história política e que
10r,todo ele escrito do próprio punho pelo mestre de Direito, convém por isso mesmo seja discutido e estudado em todos os
paraibano de nascimento mas pernambucano de adoção: seus awspectos
“Procuramos ontem OUVÍI o professor Odilon Nestor sobre o A forma provisória por que foi proclamado o novo Terri-
desmembramento do município de Princesa &: consequente de— tó io não lhe tira, a meu ver, o caráter de permanência ou per-
creto de sua emancipação. O prof. Odilon Nestor, que regeu há petuidade, como, se não me engano, eu já vi escrito em um pa—
tempos a Cadeira de Direito Constimcional da nossa Faculdade. recer escrito há dias nos jornais. A proclamação temporária sig—
de Direito e é atualmente catedrático de Direito Público Inter-— nifica que ela é assim feita enquanto o Território Livre não 38
nacional, nos falou do seguinte modo:. organiza, pelos meios regulares, legal e permanentemente como
“O que. eu penso sºbre a separação do município de Prín— deve ser. Também de semelhante maneira e com a mesma ex—
cesa “e 0 r&cente decreto em que proclama cºnstituir um Territó— !.
pressão —-— pmvísoriameníe e, que se pro clamou e decretou- a

120 11.1
.;z71É17Tj.=.=:í:WÍ—_çzxzzz ;» «.? . _, , - 7, ” , w w w ” ? ,,,, “, V m ” , , , #77??? fnffffwfmm , , , ” , , , ,,, , , , ,,,, , 7fffffffffffffffffffff *7—777

af—ILD

República. Brasileira, dirigida durante algum tempo pêlº Gºverª nossa terra na defesa.-,
De
no Provisório.
etc.
Permanecendo, como se declarou no decreto, o Territóriº
de Princesa subordinado à autoridade pública federal, fica em— Princesensesl. . A hora é sagrada.!
tendido que incumbe & esta assegurar aos seus habitantes ,as Contemplemos o sol do Porvir!

.
garantias de liberdade individual que estão expressas na lei bá— Há três verbos na ]uz da Alvorada:

.
W
sica, & que os cidadãos do Território, come os do Estado podem

W
Resistir! Triunfar! Repelírl

W
reclamar o benefício “da sua proteção” ”.

-..
u ,
Ora, o Território Livre de. Princesa, com uma populaçãº

. e -
De nossa terra na defesa,

. .
de 33.000 habitantes, surgia quando a luta já sa pmcessava & etc.

. .
. .
há três meses. Era preciso estruturá—lo quanto antes: um hino“

. ."
.
.e um jornal oficial. Fundei o Jornal de Princesa, na verdade; Exaltemos, no bronze da História,

.
,
escrito todo ele por mim e impresso clandestinamente nú Recí- & Epopéia do nosso rincão!

4
.

.
fe. Trazia & data de Princesa &: dele saíram apenas dois núme— 'De Princesa cantamos & glória

.
; .

ros. Eram os originais levados a uma oficina gráfica pelo esta— ' e. & bravura sem par do Sertão!
m

_giário dº meu escritório de advocacia,, () estudante río-grandeme—


5
]

'd0—n0rte Paulo Pinheiro de Viveiros,. 'Que lhe recolhia as provas De nossa terra na defesa,
e. depois" os exemplares prontos. Quanto aº hino, obtive—Q das etc.“.
H. .
L
t

amigos poetas Austro—Costa, letra, e compositor Nélson Ferreira,


música.. Esmeraram—se em oferecer—nas uma obra—prima de irre— Chegrava—me “este hmo amando.-ado. por uma. carta. dg autor

1%
dentismo sertanejo: ,.
1
r

da letra heróica:

“4—7—193-0
;l

* archa—Cawão dos Legwnános de Princesa Meu. caro Inojosa


Um abr-aço..
._-_

. A ]

;J
.::J
Deixo—1he,com este, a letra da Marcha—canção das Legio—-
.

(Vergas cam. a firma) da Hinº dc F .1


'1
_,1

Bandeira) ' . nários de Princesa. Está bem _o título? Procurei animar do me— >!
.

lhor sentido cívico & rebeldia sertaneja. do canto. Dei-lhe, o que


!


hino que Bilac escreveu para
V

Cidadãos de Princesa, aguerrida! é mais, o ritmo do admirável


LD . Celebremos, com “força. e paixão, é nossa Bandeira. _
.
,

“Salve! Lindo pendão da Esperaªgal


:

' a beleza invulgar desta lida


.

&: & bravura sem par do Sertão! Salve! Símbolo augusto da Paz.'
,
(

De nossa terra na defesa.,


E
'

Os versos gerais com nove e o com ou refrão com oito sí—


..”

Alerta sempre! Eia! De pé!


,

labas. Agora, uma coisa: a demora, se houve, teve a sua ra- ,


.
M

Pela vitória de Princesa


“.

zão em os desencºntros havidos entre mim e o Nélson. Estarei E!


.

ªª
O nosso Orgulho e a nossa Fé!-
3. . 3 ? " »
15.9;;», | E" “ . ;

na Secretaria da Justiça das 14 horas em diante para (mãe


.

º => ' Para hºnrar .a exaltar nossa Causa, V. fará a gentileza de telefonar dizendo se os versos servem
ou não. Creio que procurei servir, na altura à velha prestante
u ul.3
5. .r3 — “E“

na atitude dos veres Heróis-,


LX“:

é mister que. lutamos sem pausa. & genero-sa amizade com que V. me distingue.
.

(__.—
,

Para a frente! Marchar! Tºdºs nós!... ..


S-ÚU; do Cª: "'" (a) AUSÍÍD”.
&“
&

*
V

'.

JL? , 113
u w . — -.-
Era "pºuca. Pre-eisava de um discº pªz;-Zoiº” com uma. as— ªté cheia de. cantadô, de per-eta. Tºdo hóma de Prima-isa é; lªtªs?“
tralada bem Sertaneja, para emasianar de riso os lutadores de dó e enquanto descansa das lutas toma a mola, e. . . e . . .la vm;
Primas-ra. E sia me chegºu, com. ..e—sta carta- de: misma—Costa:
"& O coroné Zé Pereira
“Meu Caro Inojosa. é um chefe como ninguém.
Home de bºas maneira
' Deixo-te, junto a este, & xaropada pedida a respeito dºs “todo mundo lhe qué bem.
Libertadºres. . . Não sei se num disco caberá tanta farrwnbmn- Mas não é de brincadeira
ba. . . Tºdavia procure-i manter o diálogo com “todo o_calor de sua Tem Garage, como o. trem. . .
cívica frívolídade. . . E as sextilhas estão bem em caráter na sua ser—.-
taneja sinceridade desabrida. (lampada, .mecê não pense ,
Tu, homem de espírito & Libertadºr naturalmente platôni- que Princesa é mole não! —— ,
cº, procurarás achar aí. o que melhor te agrade .. . . Podes ajeitar“, Gunvemo pensa que vence,
melhorar, ampliar, deturpar, anarquízar ou restaurar à vontade Coitado, mas pensa em vão?;
o que: for necessária na imaginária & patriótica lengalen'ga dos Líb-ertadô princesense
briga. até caí no chão!
dois nordestinos que o disco Parlaphan vai revelar.
Parlaphon mesmo?
——-— Teu gostano, cumpade Fulorenço, Continue. . . Eu . tenho
Perdºa & demora, se é que houve, e a falta. de inspiraçãº, ºuvido muita farram'bamba, muita prosa de pessóoá de gunver—
se é disso que precisavas. . . _ _ no. e quero tirar a limpº essa histora da valentia de Quelér, de
E crê, sempre, na velha e agradecida amizade e admiração João Costa, de toda essa cambada metida & sebo mas que
permanente;
parece só tê boca. . . Continue, cumpade!
» ' do Austm" —-— Se cumpade Reimundo tá gostano, ,vá gostano. . , que
17/72'1930 tem mais:
O coroné Zé Pereira,
alisando o bendengó, .
A “ªssinªlada“ de Princesa.
(disco dialoga-idº) dentro ou fora da trincheira
—- valente como ele só! —-——
diz: Comigo é na madeira!
—— Então,. cumpadre Fulorenço, o que é“ feito de mecê? Não corro nem tenho dó!
Andava fora, cumadre: Chica me disse. . . Eu fui logo pregun—
A polícia -- que tristeza!
tano: Terá ido pro Rucife, mode vê () Zeppelin?. . . 1
incendiou, depredou,
—— Quá, seu cumpade! Eu fui mas foi a Princesa. Fui
vísítá :) meu véio amigo coroné Zé Pereira. Eta, home macho!
prometeu tomá Princesa,
mas por fim se avacaiou..-
—-— Bicho de vera, cumpade! Mas então que “viu mecê pra
praticou muita baixem,
lá? Princesa reseste ou não reseste? Cumo vai as forças do gun—*
mas o fato é que chocou!
vamo? .
—— Quanta pregunta, seu cumpadre! Mas mecê quê mes- Zé Pereira falou grosso:
mo sabê () que é Princesa e o que vale o meu amigo coroné Zé -—- “O Dunga. daqui » “sou- eu!
Pereira? Pºi vá même sabendo“ em versº. Em verso simpre; &

,. “.. .,,_..? . , ., .
Prince-sa não tem sobroço
"

sincero de cantadô do sertão. Princesa é uma festa cumpade. E'

,. n
Cã ninguém ainda correu!
.

- .,. —. T.m
m
u

- «—M W
g
o
-
e

315

.
n

ÍÍ4'
i
p
,, _

em
il'
£.—

*,
y
“.

[
|

I
ª
'|


É?

W
João Costa comeu ínsos-s—o * —— Sem sepultura, cumpade? Chi! Que gente desumana & ;
(&) bateu o pé e córreu! : dº gunvemo!

W

.
_ *A— D骗“111? Por aí, cumpade. Tá cada vez míó. Cumpade'? :º. ;.La, cªgªndº] & 13531013 cºrre
mece tem Jelto... Mecê é o nosso Bocage... ' , gªmer“ osepe ºcoíaagg'

v
.
__ ?“á me ofendendo, cumpade Raimundo? Cumpade não- Euªv gâãadeªa queçdmbrre

m
me es,.cmambe! Meu jeito é só pra Camães. . . Até sou cego de não tem sepçlltura não! >
um 010.

w
Mas, seu cumpade,“ pra cantá & valentia do pessoá
do corona _Ze Pereira basta ser sertanejo como nós e ter visto _; ' Tal & quá, seu Raimundo. A polícia corre e. “depois é ª“que:
como eu “ ª baruiada de perto. . — 'a gente de Princesa vai cuidando os ferido & enterrando os
Cumpade, creia, as forças do gunverno estão aniquilada. Os mºrto. -—
sertanejo idolatra o coroné. Cada home daqueles é um bravos,
morre mas não se entrega: " ' Zé Pereira é generoso
& toda dor dá ouvido.
No baruío da estraladag Sempre alerta e valoroso
Princesa sem se afobá, jamais que será vencido!
dá de peia na negrada, E ºs sertanejo ditoso
não deixa o Joca grimpã dizem: —— Que home decidido.!
r
Poderá ser massacrada, ' %
mas. jamais se renderá! Costa, Irmeu e Quele
gente prosista que dói
. ...
-——=— E' os batamo . . . . . ? falam gritam. inté
pro-VISOIG, que fm falta dele-s,. Gump-ªdiª? Í . ' quiserª) ban-cá () herói
mas viro que: :) Coronê.
——- Os bataião provísoro é pcm que cupim não rói
só fizera foi roubá. . . .? .
;; Muita fita e falatom , _ —-— Mas cumpade, o Dr. Joca não disse que dentro de ' 48
, mil mentira no bomá_ , , ! horas-' Princesa seria arrasada? _
;;, Princesa é um oratoro -— Quá! O presidente só tem memo jeito pra passá tela—
cºm um santo só no anã... É grama de légua & meia... Corage é dote, cumpade. Já faz"
cinco mês de luta & Princesa ainda não caiu nem cairá. . . Lá
Quando eu estava lá o pessoá de Princesa quis tomá Sítio, jun— está tudo calmo. Princesa agora é que está memo uma bele-
to de Tavares, onde estava, a força do capitão João Costa. . . za... Terra livre de verdade! Tem cinema, tem feira, tem banda
; Os sertanejo se preparam ale res & ba d d de musiga, tem jorná. Ninguém tem medo!
� - de Prmcesa,
- ' '
.º hmo e f01. uma mvestlda
.g ª. batuta.
n ª .&. musma
um fogotocou
dana—º ' por —
aí? M-m'te bem'
' ' MaS não
. ' é certo que « 0 bomb ardeio vem
do de bonito. A ente só ' ' L fw. — ' w , A .
traiadora cumendog de eSmocããvm º zumdod d'asaIas e as me- — Quá bombardeao, home! Mace amda. pensa que cuspe
ra Bum! Buml Pra ra : ase“ cumpa' % l'ª- - «13311-132;— -— 1 de ganso é metraíadora? Os tais aeroplano ão gunverno dero
? . '...
;, da! No outro dia & olí . . . . r . . . O
m “ .ra.
_ , ma carretl » & .oi.— É em (_Troga. O “ garoto” do Rolando _cnou
' ferr'ug'e. . . e' um veír..
ª C ' ._ C ' P º? correu. pnmepfo que correu fºi º ? dadelro escangam no ar. . . Depozs, os “hbertadores” estao
“, ªpitªº ºStª- . - Quªse cmcoenta sordado hcaro morto no cam— ( acostumados a matar passarinho voando. . . Outro dia um dos
__ Pº, UDS enterrado Pªlª metade, OUtIOS- sem sepultura. . . .; tais se meteu a vºar, & espiar o movimento de Princesa, mas
,, . r . | 7

23;
«e;
116 ª 117
'í'ezwu tante tim na, asa que nunca mais se: atravez; & “wifi-ar
'O it:-aliam _Iev-ou- & breca fra—' Ralandº fugiu.. ' ' ' ' funda para intervir., J&Igava—sfe qal-..e, naquela altura, ªm face da
—— Fugiu uma (Jªva. O 1330 queria fugir“, mas a pºlícia da íncap acida-de de. o. governo estaãual cia-minar Princesa, seria «a.
Pernambuco deu garra dele. . . e o Rolandº rolou pri-0 Sul intervençãº. federal o caminho. certo de resºlver 0 casa, sobre--
.
———- Se asgím é, seu cumpade Fulorenço, vam-0. bebê um tudo diante das dificuldades que se criavam para. continuar
Íliº-S&ª
ga. em reg-02130 da vitória e do .heroí'Smo de Princes-a. :ªupríndo Jºsé Pereira? Oferecía—se também o caudilhº de Prin—
—— E do cºmme”; meu Véiº za; :n Zé Pereira;-. cesa para “arrancar ' cºm 1.000 homens em direção à capital,.
—— Muito bem-, cumpadee . . ' pois, desde que lhe garantissem amamenta, muniçõãs. & “511—
-——- Entãº, bebeu? ,primentos, estava certo de alcançar Campina Grande, com ='— as.
—— Tá bebido! 'âropas: aumentadas para 4.000 hºmens. - '
—- Agora, um viva & Prince-sa. Livre:; ' A resposta de Washington Luís & mãºs desiludiu: Jºãº-
--—-—— Viv-a Princes-a Livre,-,. Princesa. da “bravura-. do sertãº? Pes-sºa era o “governadºr. cºnstituciºnal cio estadº e se o diaf—
—- Viva! Vivô-ô-ôôí - ' pagassem, ela () reporiaí ' -
—— Viva <“). cor-anã Zé Pereira? bicho macho de verdade:. ., » () intermediário, amigo pessoal do Presidente da Repúbli-
'-—- Vivôôôôí Vivôôôô! *- . ' " ca e de Júlio Preste-s, º gaúcho Armêniº J-ouvín, sogro de
—— Cumpade, mercê não ªpensa- deputado Francisco Pessºa de Queiroz, relembraría e epis-é—-
qua Princesa 'é mole, não dia numa carta que dirigiu & Epitácio Pessºa,. em 14 de ja—
O Gunverne diz que vence, neiro de 1931: - '
mas êsse é só falação-... ' “A lenda de Princesa em que tentaram me env-eiver anim-
Líbertadô princesense ' ciando—me . como prevável interventor“ & aux-lhador- da guerra
cada um deles é um leão.“!— terá um esclarecimento completº. Posso, entretanto, adiantar
que fui sempre um elemento moderado: e nunca seria inter-—
ventor da Paraíba, n㺠só porqus não me prestaría & seme—
_ .Que se ºbjetivava cºm a independência provisóriá do muª lhante papel, como ,porque havia conversado com o presidente-
m'cípio de Princesa, constituído em território livre mas subºrdiw Washingtºn, em 24 de. fevereiro do ano passado, e dele rece—-
nacªo às leis da União?“ Impossível sería transfºrmá—lo em defí—r bara & incumbência de mandar dizer para o Norte Que o go—
nitlvo. Sabíamos «disto, embora a Junta Governativa traça-sse- verno queria ver as elâíçõas terminadas sem perturbação às;
pÍEÉIlOS: —-—- “Princesa,, 13» — Nestes dias circulará () Jornal da ºrdem e que não procmassem promovê—la pensanão nº auxíliº
PHRCESÚ, órgão oficial da. Junta Governativa do Território Li- Gu intervenção da União, pºrque essa. não se faria. Abrindo a

n
%

y
w
vre de .PI'ÍI'ICôS-a” —— “Princesa, 13 ——- A Junta Governativa des-== f
Constituição, na Sala de. despacha do Guanabara, disse—me O

m
i

-
te Terntórzo vai organizar a sua polícia. cujo efetivo será de F
presidente Washington, depois de miar & parte referente à ín—
u
].


2.000 homens, enquanto durar & guerra. Cogita também de ela» tervenção: —— 'f'ªMande dizer também que não pensem fazer bae-
v
r
hogar decretos que regulam a cºbrança dos impostos do Terri-« —
.
á

mlho para obter a intervenção pºrque essa eu só fará de acarª-


tóno Livre de Princesa” (in Jornal da Comércio —— Recife,
v.

do com & Constímiçâo, isto é, a pedido do respecrivo presªs;


h
n.

“14—6—1930); promovendo a major o capitão Luís do Triângulo-' .fízenfe eu govermáor. Eis aí claramente determinado que não
»

—— um dºs heróis do Reino de Princesa, de Ariano Suassuna haveria íníôz'ventor. Eu que conhecia a opinião do presidente,
..
.,

—- e & capitão :) tenente João Paulino. ambos libertadares-gª n㺠pºderia aceitar a hipótese de ser nomeado, mesmo por-
_.

E?
.

Por um depoimento de: Alcides Carneiro.. chegou a Junta GU-


4 ._

que, como afirmei, se convidado-, não aceitaria. Isso eu nal-rei,


.

vernatíva & decretar a pena de morte, com fuzilamento sem


..

rna época opºrtuna, 30 nessa am.º Tav-ares. Cavalcântí, que po—


. . _— _ - .

Prgcçsso, para aquele que “ofendesse (defíoras-se) mºças.. Gsm-Gº- derá reproduzir”. '
__ : .

jam—aas-z , qc-nrreu tal desrespeito, ,a lei. não chegou. a ser pºsta. Duas; conclusões .a ªtirar das afirma-tivas da carta: que“ “dais
_. . .,.
-

em. pr.-anca até sua"; revogação” (sic) . Vi'sava—sze “apenas a dias depois de rompimento de Jos-é Pereira.; (%%—1930), ista
. ., ,

cºn,-
.

é: Em 24 de fever-eixo:, 3 á“ Washingtºn Luís éra cºmmit—ado: sºbre


n—.um
l ,
gi
a

11.9
como deixar de intervir. Sobretudo com a criação do Territó— rítórío Livre, o Sr. José Gaudêncio está preocupado com a sua


rio Livre de Princesa, já de bastante repercussão na própria situação jurídica” (Rio, 12—6—1930). , - .
Câmara Federal, onde o deputado paraibano Flávio Ribeiro Cou— Eram unânimes as ºpiniões em reafirmar aquilo que sabía-

.
tinho podía exibir um exemplar do Iommi de Princesa contendº. mos de antemão — que o Decreto se exibia constimcionalmente

.
o hino dos libertadores, e o Diário de Noiícz'as de Porto Ale- indefensável. Contudo explicava—se revolucionariamente — o
gre publicar-lhe 0 fac—símíle com a legenda: “0 cabeçalho do que levara () senadºr José Gaudêncio & assegurar: — “Reconhe-

.
Jornal da Princesa, órgão do Território de Princesa.” (8—7—30). ce tratar—se de: uma providência de caráter revolucionário, mas

,
_
Ng. Câmara o deputado Maurício de Lacerda apresentara 0 não podia ser de (mim moáo, pois é sempre assim que se ªve-
requenmento: ' ríficam as independências e as desanexações, como acontecera

_."
“Requeixo que, pelo intermédio da Mesa, 0 governo infor— por exemplo no Acre, em nºsso país., e em Fiume, na Itália.
me, com a máxima urgência, se tem conhecimento e pºr que- Entretanto, achava não haver nanhum atentado ao nosso regi-—

,
via, da secessão do município de Princesa, na Paraíba, cuja se— me, uma vez que Princesa contínua incerpºradia às autoridades
paração, atentatória da Federação, acaba de ser declarada peles federais”. O jamal A Bamãkca (11-6—1930) que () ouvira, solici-
ínsurretos daquele município, Os qsmis cºnfessam, no seu ato: tou de outras figuras importantes as suas ºpiniões, cºmo, por

__
criminoso, continuarem subordinadºs à autoridade da Gov—ama exemplº, a do jurista Lºpes Gonçalves, que se limitou a dizer:
f

federal, que assim terá necessariamenfe tido conhecimento ofí— —— “"Seu constitucioaalista, mas não para ocupar—me dessas coi-
cíal ou direto de semelhante aíentado à Cºnstimâção” (11 de
-

sas”; de Pau'âo de Frontin, cias, não sendo jurista precisaria es—


junho de 1930).
.

tudar () assunto,, para raspander, o qual, contudo, não lhe paª


Em discurso de quatro dias cãepeís, aiudâ-a e deputado José

-_
]

recem merecer qualquer impºrtância. Artur Bernardes fora vee—


Bonifácio ao “estranho decretº”: '

mente: ——-— “A decretaç㺠da índepen “ânsia de Prigcesa não


“——- O Sr. Jºsé Bonifácio —— V. Excia. vai var, Sr. presª——
passa de um disparate incrível &: absurdo; por isso mesmo não
dente, esse estranho decreto caga norma ºs jornais; dacíaram que;
tem à-âahuma impºrtância nem merece & Húníma atenção, Per—-
foi envia-do desta capital:
— O Sr. Maurício de Lacarda — V. Exº—mia. padaria responder guntaác sºbre se aquele ato fora praticado com fins ocultos,
a esse decreto com um projeto de autonomia do Acre. espondeu não poder penetrar no pensamento alheia, mais se
)
Q

— O Sr. Oscar Soares —- Cite () orador quem enviou a norma. tais fins existiam, ceftameme não tarda-riam & sar conhecidos”.
w “ '(

—— O Sr. José Bonifácio —— O ridículo decreto assinala qua,, Não satisfeito em ouvir políticos, dirigiu—se o jornalista a
&l?;: ' -
( x

“x

dois juristas, e eis & qaanto chegaram na exegese:


:

desde 28“ de fevereiro, está proclamada & independência do mu»-


3v ,.9
ª

4 '

nicípio de Princesa. Pois bem, se desde essa data está procla— Guimarães Natal: -— “Não é possível levar—se & sério uma,
“l
.'

mada ínsurretamente & independência de Princesa, como o presi-f» tal proclamação. O manifesto do Sr. José Pereira é positivamente
3
g

.º?“

651% ;;;—,,]
a“;
dente da República telegrafou & José Pateira agradecendo as “uma peça humorística. Para ele não é possível encomrar—se apoio
* “.?-É)

em nenhum ponto da Censtituição, nem em qualquer princípio


m

suas felicitações pela eleição de 1.º de março?”.


,.—
e

Pelo menos na prºpaganda _a decretação do Território ia- de Justiça.


x
.

causando os seus efeitos. Publicava A "Noite, do Rio, em edição—' Entretanto, como já têm sido praticados tantos absurdos,
de 11—6—1930: —-— “Ontem corria que o presidente da República,, não é de admirar que o Governo federal pretenda reconhecer-
]

em vista da declaração do Território Livre de Princesa, ocor— o ridículo manifesto do Sr. José Pereira. Nesse caso, pode-se
< )

J'.“ "a
:» ; ff:
- rência cuja gravidade não é possível esconder, ia designar um considerar a proclamação de Princesa como mais uma manobra
prazo para o governo paraibano, dentro do Qual, ou o Sr. Joãº- ten-dente & justificar a intervenção federal na Paraíba. Apesar de-
º

ritª?.,.:L.
.A.
Pessoa dominará () movimento ou os poderes da União intervi— tudo, porém, continuo a considerar esse tal manifesto absoluta- s
:
-.y,. &?)t

*?
rão no Estado”. mente indigno de consideração”.
E
1 5 &&

'
3
X

%%?(º«
-' 1.
r

.]
'.j
L

a
“R$

Enquanto O Jornal exibia em manchete —— “Um caso de- O segundo, Pontes de Miranda, chegou a falar na hipótese
ç

:;

;;
â
x

dupla representação legislativa —— Eleito por Princesa, hoje Ter—

.. « I n n “
do “século do sertão”:
l
3%ç

J “
«A

122 123

ª “
ª

$$:

“'Jmidicamamea, uma 'in-wmtímcimgalizaade: & qua as pad-taras
ªªªh-casa,, 19 —-_——— Presíàeme Est-ade —---,-— ”Participo a V. Excíaª?
"públicº-s ter-“㺠de dat-r & sºluçãº- úníca, que é ras-tabelecar &“ Otr—
dam jurídica, violada polia-cam ente num mºment-0 histórico, am qua deputado les-é Per-eim dies-salva suas fºrças: ei hºje: terminºu.
que: É) ideal. dos brasileiros conscientes sería juntar as pegamºs. & mtrêga ãe armamentos. e da muniç㺠em por-dar das mªmas
Estadºs para atenuar as diferenças das Lmidades brasileiras. €: existentôs em depósitº Basta cidaãe —— Atancissas Saudaçõea
-——- General Wanderley”.
Fragmentar um dºs menores Estadº-s seri-.a. forçar & astra—:
Verdade-, Fui “encºntrar 0 dastacamantn interventºr em Prín—
tura política a um outra critériº que seria a negação mesma da '
e-esa, em 7 de. .saâembm de 1930, quandcr alí esêiw, em cºmp-a—
.Rep-úbíica federativa de Estados. Aliás —-— continuou.. —— agºra
nhia da Jºãº Pessoª de Queirºz e da fef'ôgmfa Edmunda- Bea—»
nós vemos dois sécuães completamente diferentes,- um "na ºrla de
tista Parada militar; e após º desfilª em É:entes da estátua de:
país 'e outro no interior. Aquele hnpõe as estruturas., sem as cor—
Epítácia Passava, ãíscmsaí sobra a data. . .
rigir na adequação dos fatos à nossa vida,. Será que este. último,
Pena- que & intarvençãa hºuvesse chega-de tarde, quandº Jºãº“:
:o 5691110 de Sªrti-ía, que correspºnde à baixa idade—média,, terá
da vir & íníluir nos nossos destinos? Pªssa já desaparecem pelº trágico assassínio da Cºnfeitaria Gló—
ria., 0 que teria,. sidº evitado se tam Vindo Jantes & de manâíf-a
Tudº» isso é lamentável, tanto mais gªlante nem o séculº de tºtal.
gat-ão, nem o da ºrla,. litorânea são o Séculº de mundo atual”. Mesmo parcial., cºntra ela protestou Álvarº de Carvalhº,
Não; não» se pensava em criar O século dº sertão. Queria—se gºvernadºr em exercício, parante () P'regídsnte da, Repúblim,
ªapenag & rima í-ntervsnção. Compreendeu-o bem o Ministrº Gui— afirmandº—lhe. que havia restabalecídº & mºdela na capital cºn—-
marães Natal', ou Pontes de Miranda ao acentuamm que, diante vulsãcnada, restaurando—se. & tranqúilidade de tºdº o estadº-, co.-m
do grito de independência de Príncas'a, & soluç㺠única sería exceção dº município de Princesa:
“restabelecer a ordem pública”. “Nesse pontº raselveu o Governo federal mandar ocupar pºr
Não veio & susPirad-a intervençãº, apesar da axdíleza do De— fºrças do Exércitº a cidade de Princesa, tende 0 Sr. Jºsé Pew-
cretº. Ou melhor, veio,. indiretamente, depois da morte da pra— reíra transpartado seu pessºal e material para o pºvºado de Pia.—
3ídente paraibano, atingindo apenas º sertãº. Num artigo de ím— tgs, nc: mesmº município. E hoje, quando pretendia O meu gc—
prensa do Rio, em 1934, descreveu Washington Luís a prºeza: vernc: reconstituir & autonºmia desse municípiº, provendo—o dia
“Ae generaí Wanderley foram dadas ordens precisas e ter— uma autoridade, e Sr. general Lavenére Wanderley veio deda-
minam-es para que, no Estado da Paraíba-, disP-us-ezsse os bata— rar—me que recebam ordem dc» Sr. ministro da Guerra para

111583 de caçadores pertencentes a sua região e que antes estí— , ºcupar também, por forças do Exército, as cidades de Campi—-
veram em diversos pontos dessa região, numa linha militar que na. Grande. e Souza e a Vila de Santa Luzia do Sabugy, que
partindo de Santa Luzia dº Sabugy, nas divisas dº Riº Grande: desfrutam um ambiente de inteira ordem. Venho, nesta con-—
...do Norte, passasse por Campina Grande., na. Paraíba”, team-— juntam, pra-tsstar perante V. Excía. e; a Nação brasileira com——
nando em Triunfa nas divisas de Pernambucº. tra ess-a intervenç㺠de. fatº de que é vítima, a Paraíba do Nor-—
Essa Haha militar deveria separar as fºrças da polícia paa—' ta cºmo requinte dºs sofrimentos que nos têm afligidº”.
raíbana das forças de coronel Jesé Pereira Lima, restabelecer a Apressara—se Álvarº de Carvalhº 6111 nomear as novas amo——
ºrdem, fazer a paz. . . ( . . . ) As forças do coronel Jºsé Pereira rid-ades que não chegaram & empºssar-se: Alcides Carneírq pre— '
Lima foram desarmadas. & as respectivas armas entregues ao Exér—
.».— :...-._.—

feitº; Júlio Rique, promºtor públicº; João Françã deleºado


cit-o Em Princesa ficou “estacionada um destacamento do Exércitº: Respºndendº-Ihe, acentuou Washington Luís que as previ—»
de 250 homens, sºb o comando do capitão Facó” (Cºrreio da ciências tomadas. visavam apenas “à cºmplet-.a pacificação dessa
.Mzmhã —— Rio —— Washington Luís —— marçº, 1934). Estado, com todas as garantia:-'s para. a manutenção & exercíciq
Resultado da façanha foi o telegrama tranqííílíz-ador do ge— dºs: pºderes. estaduais”; .
neral Lavanére ' Wanderley, cºmandante da. 7? Região Militar, aº O Ministra da Justiça, Viana do: Castellº, explicaria mais
novo pre-“sidente da Paraíba Álvaro de 'C..arva1'ho: (19—84-9303. :_ -àmplamantet=
J24
t ' . _. , 1.25
“A agitação e as lutas civis & mão armada existentes no Cqm destino a Natal pretendia João Dant
as seguir do Reci—
fe, & fun de organizar ali a sua tropa expe
Estado da Paraíba há muitos meses recrudesceram, convulsio- dicionária às Véspe-
ras. _da morte de João Pessoa; telegrafou
nando & quase totalidade da população paraibana, como V. , aviSando cia próxima
Excía. declara em seu telegrama. Devido à exaltação de ânimo ªi??)?“ Ifçvando 20.900 tiros, com o que
pretendia alcançár os
em conseqiíêncía do assassinato, em Recife, do Presidente da' & inter3511353: Referla-se claramente a que
asism: se poderia obter
Paraíba, Sr. João Pessoa, estabeleceu—se então no Estado ver-=
dadeira anarquia, apesar das providências tomadas pelo Governo . “Dr. Manuel Dantas ——-— São José do
Egito —— Minha casa
assaltªdª, arrombada, destruídos móv
de V. Excia., para reprimir excessos de multidão exaítada. Esses eis, livros documentos meus
excessos continuaram até à presente data, não só na capital, onde
cons tltumtes, sendo conduzida correspondênc
vçrpo dçclarou começará publicar ama iª; política que ""go—ª—
foi feito o patrulhamento da cidade por fórças do Exército, fi— nhã órºão oficial Farei'
sena artlgosl. Sigo Natal primeiro vapo
cando asiladas nos quartéis e repartições federais numerosas r dirigir dali reaéão Ie:
Vando 20.000 balas fuzil. Meu pai saia com
pessoas. Em diversos pontos do Estado houve Violência de toda família urºente fa.—ª
zenda levando farmácia valores. Suassuna
espécie, incêndios, saques e depredações, dos partidários em pede retira? família
Paraíba. Generalização movimento forçará
lutas e guerrilhas civis, estando além disto, foragidas nos Esta- intervenção — Abra-»
ços (a) João ”.
dos vizinhos, conforme comunicação dos respectivos governado- (Cit. in
.
Sentença Felisberto Pereira.)
res, numerosas famílias. “ Era uma, das últimas tentativas. Porque
Verificada. esta situação, e de acordo com o art..º 48, n.º' 4, na verdade; João
Pessoa de Queiroz não sabia mais como
da Constituição, deslocou o Governo as suas tropas: do Recife, Virar—se' do Sui esta-
vam escassegndo os auxílios; no Recife
para Triunfo 8 Princesa; de Natal, para Caicó, no Rio Grande, em nula fa colabóracão
As perspectlvas mostravam-se sombrias. , .
do Norte, e daí para Santa Luzia do Sabugy e de Fortaleza para O Presidente Iºovãov
Écssoa de sua vez, em telegrama & Mau
Lavras (CE) e dãí para Souza e Campina Grande. . . todas com rício de Lacerda insis—
tn'a: -——- “Quanto à intervenção, não pedi
O intuito exclusiVo de restabelecer e manter a ordem pública nem pedirei não por
orgulho ou vaidade, mas porque não me quero
nacional nessa unidade da federação, respeitando sempre & exis— sujeitªr com. o
meu Estado a mais uma mistificação”.
tência e o funcionamento dos poderes públicos .esíaduais &: de N ão fugira à realidade Epitácio Pessoa ao
seus legítímcs representantes”. . . declarar no Rio
(a_ntrewsta ao Jornal do Comércio — Rio
De todos os recursos se usara para conseguir a intervenção» —— 25—3-1930) que o
?10' (lªrançie do .Norte se havia convertido

.
'no estado, durante a. luta, estando mesmo em vista a invasão da em informante " de
pªâãiba㪪fm, awsando-o de todos os movim
Paraíba pelo Rio Grande do Norte, criando—se uma segunda fren— entos das tropas!

)
te contra as forças de João Pessoa. O governador Juvenal La- Tal; awsos eram sempre enviados a João Pess
oade Queiroz?
martine não ia com este. Invectivara—o por um Violento edito— no Rec1fe, que os transmitia imediatamente
a José Pereira nos,
rial do órgão oficial do estado, A República, pouco antes dº modelos deste telegrama:

u
rompimento entre Princesa e o Palácio. Chamam—o de “estadis—. _ “Recife —— José Pereira — Princesa: Rece ,
bi telegrama pre-
'ta de palha”, “Quixote que desgoverna. & Paraíba”. “transfor— sldente Lamartine pedindo avisar você que
João. Pessoa está
mando a Paraíba numa casa de loucos, êmulo de Francia, exi- concentrando forças em Patos, Sóuza, Piancó,

C
cobí objetivo ata—-
gindo os cuidados de um Cabanés ou de Ramos Mejía, para lhe ca? Pnncesa. Nesse sentido. Lamartine teleg
rafou também "Wa-=-
explicar & neurose & salvar do seu histerisme () glorioso povo slglmgton. N ão sei se tem procedência inform
ação. Continue ví—
vizinho”. gllante Princesa —— João”.
(Conforme. Correio da. Manhã, da Paraíba, “
“Entre o Rio Grande do Norte e João Pessoa não há dois de 27-34930.)
caminhos que seguir. Todos os norte—rio—grandenses que tiverem . Enqpanto lsto, negava Lamartine autorizaçã
o ao governo
dignidade hão de cumprir o seu dever, honrando () torrão em (1.3. Paralba para que as suas tropas pene
trassem em territóricx
que nasceram & repudiando o provocador inconseqííente que nos no—grandense—do—norte em perseguição dos
cangaceiros de José
agrava” (A República, 21-2—1930).

.
126 4727

.
Farah-a., istº é, das. libertadºres da Prima-sa, A “pam-zig. .F.-a-rçai» Em 11 ãe ”agQªStõ- “de; 19390, ocul- err-an Pgina-asa trºpa.-s dº
baila achava—se &. 3 km das frogteíras. Lamartine gás negou .a aaxércmz cºmandada-s pela capitã-e Jºão Fac-ó,. . cuja primar-o "cui-
mamã-ãº, “mas .cgmmnâcog ” que as. suas amorãdadºs-5 ãe. aªgumaça ada-dg)- cºnsistiu am desarmar“ as qua-se mil ºu mais homens (ía.
SE:- haviam encarregado de dessarmá—les (Sic, .), . Jºsé Pereira, cºnfºrme imediata cºmunicação tel-zagráfíca da gâ—
O Jºrnal s㺠Comércio, do- Recífe, em'band'eirava “em arco na neraí Lavenére Wandeflay ao Presidente. Álvaro. de Carvalho:
dafesa da atitude do. Governadºr Lamartine:
:(I9—8—193-D),..5 de que José Pereira “dissºlvem suas forças &
“Ainda está na memória de: fados 0 miserável cºmplô far-= .f-íZBra entrega à autºridade ínterventora fedaral de tºdºs as seus.
“geadª-ô. pale Sr., Jªsão Pessoa Cavalcântí de Albuqusfque para armamentos e munições.” (sic, cit.). Concemítantemente, Dª pra-»
assassinar o seu cºlega de Natal. Que cºnfiança poderia as,—msi— VGa-do de Tavares era abandonado pela polícia paraibana & de.-—
tar na palavra de. um chefe de Estado aquele que circunstâncias
mais localidades ssrtanejas cºmpreendidas- nº raiº da. isolamento
felizas- evitaram n㺠ter aida Vítima de suas lºucuras e de asus do .exércíta, que envolvia desde Campina Grand-e, Ssuza & San.—=
desmandos? “Cem-e ªutºrizar º Sr. Lamartine & incursão pedida,
ta Lazía de 82113q até Princesa.
Se: a pºlícia e 0-5 pmvz'sórfos (infanta todº e tempo- da luta sa Dirigiu—se, então,. Jºsé Américo de Almeida && Presidente:-,
aães-traram na prática do incêndio; de tenho e do assassíniº?
Álvaro de Carvalhº e sugeriu que: se enviasse & esta última cida-=
Que-m Lhe garantiria que tais crimas e depredações n㺠se: repe—
de uma fºrça policial paralela? certamente para desfazer da api-=-
tíríam nºs “seus municípiºs? (....) Qutro metivo- ainda para &
nião pública a impressão de que apenas tropa .fsderal & estive-ssa
negativa e: que se mãe deve desprezar: se e pºlícia paraibana
ocuçando, Concordam o governador, prºpondo para. a caso 0
se dispusesse mesmº, embora per milagre, & lutar, prºvavelmelk
te, cºm as frºnteiras livres, cºmbates se haveriam de dar em enviº de. um destacamentº de 20 praças. Achou insuficiente,
terras río-grandenses, desiocando—se o teatro das aconteci— José Américo. _Transigíu () Presidente? aumentando para. trinta:
mentes”.
—-— “Trinta? Que. valem trinta contra mil? Assim é melho:__
A presença de João Dantas em Natal, no sau propósito da n㺠mandar ne,-1111303311a concluí" (op. cit.).
seguir de Recife para aquela capital com a necessária muniç㺠(Sic: 30 armados contra mil desarmadºs justificavam & ati-"
tiu-de; do Governadºr.) '
& fim de organizar uma espécie de segunda frente de: luta, e
todas as demais
Chamºu então José Américo à capltaí um 0f1c1a1 da sua
atitude-s do Governador Juvenal Lamartine,
aparentade dos Dantas, vizinho próximo do teatro da luta, & confiança, mandou—o & Piancó para que. . , “sob º comando do
incompatibílidade pessoal cºm João Pessoa, comprovam—Ihe & capitão Benjamim, capaz & destemidº, seguissem, n㺠50 mas“
eficiente colaboração em favor do amigº José Pereira. 300 homens, escolhidºs entre os mais aguerridos. O que houvesse
_ Eis senão quando João Dantas, de viagem marcada para o de melhor na tro-pa entre oficiais e soldadºs“:
Riº Grande do Norte, leu em A União & imprudente ntatícziaª “Princesa devia ser tomada de assaltº e ninguém discutia»
de que João, Pessoa viajara com destino ao Recife. Regressou as minhas ºrdens (. . .) Fez-se o ' percurso sem despertar 'a-tenf'
à casa de cunhado, onde estava hºspedado, armou—se & saiu à çãe. Lavre-31 um “tento. De surpresa, Princesa estam em nºssa
procura do adversário. O sangue ferviallhe de: ódio. E sem con- pºderªº (Sic):
sultar a- quem quer que fosse, desencadeou a tragédia da Com— Eis a façanha de ocupação de Princesa, descrita com ênfaj-
feitaria Glória. 53 pela autor“ Emérito de A Bagaceira. Feitº inédito pela 'sim'-"
Depois dista, Washington Luís movimentava as suas “tropas plicidade na história dºs acontecimentos dramáticos da regiãº,
em direção de. Princesa,. Dormim no pontº camo- dormira em , antes- conflagrada, mas no instante já pacificada. Surpreendente:
outros pontos.. primeiro, que onde fossem necessários apenas 20“ homens, e pa—
_ . Releve José Américº de Aimeída ao autor deste livro. que; cíficos, seguissem 300, dos mais aguerridos; segundo, que hou—-
considere- estranha a descrição de um “suposto assalto à cidade ves-sem atravessado QS sºertões distantes —— 108 quilômetros de Pian—
de. Princesa cºntida no capítula “A espera”, do seu Hvr- de me— có. & Princesa —— sem serem moles,-tados pelas libertadores de
mórias 0 me dº N ego. Basta tlm esbºço de his-tória para “con-— Jºsé Pereira“; terceira, quaº, se ass-altº houve. para tºmªr Prmcesa,
firmar º 'eSPantG.
129.
&. hs;» .l

wand—mg
.
|

_
53 teria sido
d .. , contra as forças . federais
,. .de _ ocupação _ali estaciona—
., Pereira um 'manífestcr à nação, explicando as causas pºlí'izfc'as
“—E as, ºuJªdPIe'Sªªªª º ªegorlallsta 355111313 e- “sobre Iªti? ɪºjªºdª &: morais da sua atitude, &: apresentandº-se, “desde logo, como
dª O autor este lªvro dlscutlr, por falta de qualquer relerencm ou. o defensor da Paraíba “centra os desmandos & que uma. hora
? dªcurªentol dª epºca. ' ' Pelo menos quagdp ªh esteve, em 7 dª de insânía do próprio. poder constituído a está cºnduzindo”.
«fa se 61% ro «"ah 1930” trº-Pª alguma. de pºllº? encpntrouz , Aº mesmo tempo em que traduzia () sentimento sertanejo cen-=-
& onven amos que naquele ªmªnte Lª hªvªí Jose Pªrª:—fª tra & prepoâência de um governador“ de estado, por uma região
entregue armas e bagagens ªº Cªpitªº Jºª-º Paco _" ºperação que “prºtesta e não se rende”, criava José Pereira a imagem

_
começada em 11 e terminada em 19—8—1930 —, com os liberta— .
dores regressando aos seus lares, pelo que não nos parece que de novo caudilho, talvez o último da república brasileira, apoiª
à a Revolução de 30, a que o seu movimento em grande “parte;
5», seja por esta estória de assalto sem tiro ou corpo-a—corpo que ª dera causa, erradicaria as raízes de sobrevivência da instituiçãº

x
' as tropas do governo paraibano, se redímam de não haver con-—

|
“€*-v.
Hacienal, . -
seguido tomar Princesa durante os cinco meses de luta. . .

&
O movimentº explicava & desPedída. Em toda uma ala-

.. ." .'
Na verdade, não fora a intervenção das tropas do capitão

v, . u J'ªi."
. qííente mensagem ao povo brasileiro, justificando a atitude é:
João Facó & que os libertadores, através dos chefes ou prote—
' mostrando que os brios sertanejos não pºdiam ser impune-

J
?:?“ tores, haviam pleiteado, sugerido, com o fruto da revolta ama—

_- ,vc '. ..
mente espezínhados: '
durecidº para a sua decretação, na apropaganda do Território

' ª'.
'
“Cºntestado 0 que o Sr. Prasídemíe João Pessoa, prevale—

PEV?
Livre de Princesa & na presença das cºlunas através do sertão..
Situação bem definida posteriormente pelo suplente de delegado . cendº-se de suas facilidades de detentºr de um Estado, tem:

L-1'."|d
de São João dº Cariri, José Ignácio de. Barros, no Relatório mandado dizer para tºdos os ângulos de país; na ânsia de um

— |
Policial às autoridades paraibanas, de 13 de abril de 1931: julgamento benévolo à sua. desbragada megalºmania pºlítica,:
precise esclarecer que () cas-0 de Princesa não. é um casca ,de

.
“Evidentemente ,ºs inimigos do Presidente Jºão Pessoa e quiçá

I
polícia, como insinua aquele ' presidente“. Não reflete sequer “a

u't- -
ªmª?-Hà
“da Paraíba conceberam & idéia abominável. de anarquizar Os

,
aspiração de mando pesso-al, mas & just-a rasolução de n㺠m

'w'.
Estado com o fim de provecar & tão decantada mtervanção fe—
deral”. Do Ríº,.“'p0rém, em certa momenta, escrevia Francisco
deixar massacrar, “pe,-1as hostes salvem-enada-s da loucura. revela-= E?

.
Pessoa de. Queiroz ao mano Jºsé: —— “N㺠sei” o que será de cio-náríia daquôle para quem, até ent-em, tinha eu todo valor “pc-«=-
nós nesta luta. Só mesmo Deus! A bancada da. Paraíba não vale lítica & hoje tudo me ne,-ga, porque, para pum-10 na feloni-a &
; despertar—lhe () sentimentº da responsabilidade em face dos seus.
um cara-col. Por outro lado e Washington, apesar de grande—— '

u
mente admirador de José Pereira, está em uma situação difícil, compromissºs de homem públicº, deixei de. acompanhá—Io não

T
grave mesmo. Conspira—se abertamente & aqui e ali tem havido só pºr consciência de que assim melhºr cumpriria o meu dever
pronunciamentos. Deseja intervir abertamente, mas tem receios. pal'ítico para com a nação, mas, também, para defenda & Pa—
Poderia dar elemento-s, mas perderia & força moral. Enfim, um raíba contra os desmandos & que uma hora de insânia do pré—
mundo de restriçõesªªº. ª prin pode]: constituído a está conduzindo,


.
Bem se Vê que faltou um Pinheiro Machado na conduçãº
política da presídência . É " premse que º Brasn 111telro Sªbª que em Prmícesg. na? %
“fox o cangaço que se armºu contra os poderes consumam-mars É
' do Estado; não é e núcleo de, bandoleiros com que a paixão, o' ª
-

ódio ou & volúpia guerreira do Sr. João Pessoa nos apresenta ,?

X;.
_

aº país, mas, antes de tudo, a reação dos brios de uma numa—, ªfã:
_

O M cmifesta de José Pereira rosa pºpulação, abnegadamente colºcada ao meu lado, na def
d

fesa de si própria e na de bom nome do Estado. , . .»


_

Estabelecido o dissídio político provocado pelo Presidente:


.


Mal se: iniciaram as primeiras choques entre polícia e. li— Pessoa, dentro do seu partido, ao qual ele espedaçara, suprimiu-.-
_.

bcrtgdores, com a guerra telegráfica do presidente da Paraíba do—Ihe, cesarianamente, de um só golpe, & sua comissão executili
__
_Hmwmw_
_

surtmdo os seus primeiro-s efeitos.. da propaganda, dirigiu José- va“, usurpando—lhe as funções para apresentar, cºm a sua. única
_

.,
H

130
_ _._

131
_
.*__p
.
.
assinatura, “os- candidatos aº “Cºngresso Federal ..e. à presidência de: Pernambuco e da Riº "Grande: do Norte; compartiíhm. dp-
& vice-presidência da República, embºra que, em relação a estes- plano de assassinato do Gºvernador Juvenal Lamarâine, insuítgu
úítímos, o fizesse nominalmente um de seus prepostos, tive de de público & presidentes e governadores dos Estados do Nordea—
divergir de importantes municípios, alguns como eu. com as— te, incompatíbilizando—se, pessoalmente, com 4 desses ilustrar;
sento no Congressº do Estado. homens públicos, calunia e dif—amá' Os seus adversários política-Sª,

.
A divergência constitui, pois, na ºposição que lhe, fiz ao & por fim agita os seus governados, cºncítandO—os à luta. íratri-
eritério personalíssimo cºm que extinguiu, de» uma assentada, cida, dentro e fora do Estado“,
por sua vontade unipessoal, obedecendo aos seus caprichos de Sendo Governo, esquece a noçãº. de suas responsábílíd%des;
ocasião, liberdade-s preliminares, como a de escolher a partida, manda surfar os seus adversários às portas do própriº pa. áció
por gens legítimos órgãos, os candidatos aos cargos de. repre- governamental. Fecharam——se na Paraíba nos tarvosdí'as da cam—'
sentação do Estado panha "presidencialq como ainda agora, neste atentado cºntra
Princesa, todos as compêndios de lei.

«4.w
Esta atitude, comunicada ao Sr. João Pessoa, valeu—me lagº
& demissão do prefeito local e a. retirada de Princesa de todos A lei é .o ridículo de sua obsessão. A sede de: manda. A

Manu,..—
os representantes da. administração estadual“, menºs a do Juiz de pretervía em vez do bom senso A felonia arvorada. em lealdadé,
.Direito, até & mentira oficializada

_ _ _ .
então meu adversário político, mas, pessºalmente,.
sempre atencioso comigo, desde. quando, por observação pró—— Resistíndg & tamanha ofenga à consciência republicana; %

__ _
“._.—....
pria, teve .a certeza do quanto a autoridade da magistratura to— que Princesa só, desarmada, em face: do aparelhamento bélicp
gada, no meu município, livremente se exercia. de governo, distanciada dos Centros populosos da nação, protesta
Essa consideração dispensada a mim pelo ilustre magistra— &. mãe se rende, nem se deixará massacrar, sanão quando esgo-
do, aumentou quando teve ciência por terceiros, que eu repelíra tada & resistência que os meios materiais lhe permitirem, dentro:

.
o Presidente João Pessoa, diante de várias testemunhas, & pro—- .da sua calagem, que é a cºragem lendária dos homens da sertãº,;
posta que esta me fizera de () expulsar da comarca, colocan- A história de amanhã dirá de quem é & insânia deste. mcf—
do—o sobre uma besta, de costas para a cabeça do anim-alª, vio— mento; de quem & covardia & & pusiíanimidade; de quem afina]
iência. que revela uma covardia, mas tão do agradº de Presi— & responsabilidade de querer governar & elevar—se aºs altºs pos——
dente Pessoa. tos da nação oprimindo os seus concidadãos.
Princesa n㺠acolhe cangaceiros Os que aqui Vivem São A Paraíba neste momento está retrocedendo cinqii—enta anos
homens laboriosos, amigºs dedicados que nesta hora do perigo de sua vida constitucional. Mas, para que as crônicas de amanhã
cºmum comigo se. solidarizaram para a defesa das nºssas vidas não & descrevam como fíagelada pela covardia e submissão Opro-
a dos nossos haveres. briosas. de seus filhos, Princesa quer dar-se em holocausto à
Princesa resistirá defendendº os seus dneitos &; a sua au- ' honra e à dignidade do seu passado e o seu sangue derramado
tonom'ia ímprimirá na fronte desse tiranete de fama-ria & marca mapa—»
__ Poderá ser vencida, mas oferecerá ao país o espetáculo de gável de sua atrocidade, da mentira de um liberalismo de últi—
"uma pºpulaçao que se defende contra o próprio massacre, de uma ma- hora, proclamado para os néscios que lhe desconhecem os
pºpulação que enfrentará resoluta os fuzis assassinos do gover—
-

. negros antecedentes
ª

no, mas n㺠se há de render às investidas de um tarado. Perante os homens do meu país declaro que eu,- como a:
r

' ' ÇUmpre ainda proclamar a quantos homens de bom senso


ª

pºpulação do meu município, que me assis-te resígnada, & tºdos


f

%jcjnha () meu país, capazes de alguma isenção para o julgamento


f

os Sacrifícios,” nada queremos, a não ser o direito de viver, de


"
'

deste" caso, que nele se há ambições, estas são do presidente


f.

exercitar a nossa atividade social econômica e política, como


. í

da Paraíba, ambições que desmentem & sinCeridade do progra—


P

partícula da unidade nacional


.

na em que ele emoldurou & sua fracassada candidatura, que


Registre—se entretanto esta afirmação: Princesa poderá ser
.

ªfastam com a pequena dignidade da função de governo


.

massacrada, mas não se há de render” (Jornal do Cºmércio


.

João Pessoa pretendeu levantax as populações do Nor—_


.

———-— Recife, 14-3—1930).


»

”* Governo Central; chegou & premeditar &. invasãó


.
,

133
.“
.
Agºra, era somente preparar—se para a luta. ”Exibir 'o ímpetº— Até muito-s cearenses
da bravura contra 0 mandonísmo governamental. Nasceram com esta sorte:-

,
Talvez pudéssemos repetir as palavras de Euclides da Cunha De crerem no fanatismo
sobre Canudos, em Os Sertões: — “Não se podem imaginar Inda ºlhe- custando & morte.
móveis mais insignificantes para sucessos tão graves”.

_
Como o arraial do Bom Jesus da. Lapa, Princesa possúía o Enquanto & valente mulher da capital paraibaaa, fanatizada

w
seu Antônio Conselheiro, despertando o fanatismo sertanejo. Tal por João Pessoa, repetia, na voz do trºvador:
do Caldeirão euclídiano, dessa cidade também se divisava “paí—
S'agem ímpressíonadora'ª. Erguendo-se & 650 metros acima dº Paraíba não se rende
nível do mar, de um lado estavam as pedras do reino, inspira-= porque seu povo não quer
doras do romance célebre, de entre a planície extensa, secular Quando não ? houver mais homen
caminho dos que da vizinhança buscavam () sertão paraibano. quem vai brigar é mulher.

r
Contribuíram essas condições naturais, com um clima sempre
ameno, para que & observassem de longe comº um exemplo de

m
refúgio na região adusta. Quase que nela se podia repetir & fra-
se, de Euclides da Cunha: — “E o sertão é um paraíso”.
Bastaria comparar- com a sua descrição de estilo clássicº NOTAS
Os dias princesenses.

«“
Um destino históricº Ihe estava ressrvtado: & liqííidaçâc do
cªaudilhi'smo própriº de alguns governado-res. Foi o último emm—- 1 Um artigo, na realidade, publicºu Jºãº Dantas pelas colunas pagas
plo na história política, do Brasí1.Viría & Revoluç㺠de 1930 e da Jam-al do Comérciº, do Recife,; de exaltada violência contra João
queimavam—se em praca pública as bandeiras estaduais Pessoa: “As voltas com um doido” (João Pessºa Cav-alcânti de Albu—
querque), de 6 de junho de 1930, reprºduzido no Jornal de Princesa,. um
. Naquele instante Princesa se deqmembrava do estado da Pa=
mês ..e dias antes de assassinar a comandar“, como que advertindo—..e) (tº.
faíba para cºnstituir-se num Território.. Livre, cºm :) estabdhm que poderia acontecer—lhe num encontro eventual. . .
da reaçãº:

!
Para a viagem à cidade do Nat-al, & fim de “dirigir dali reação”,

-
contava João Dantas com uma carta- da apresentaç㺠ao Gºv-amadºr
“Princesas-es! A hora é sagrada”! Juvenal Lamartine, escrita por outro Dantas, .o primo de ambºs José %
Contemplam-os () sºl do porvir”!-

.
.f-a

Duarte Dantas, cujos termos comprovam que o ódio ao Presidente Jo㺠".
-I

Há três verbos na luz da alvorada: Pessoa era de família e não de um só dos seus membros,. «:
Resistir! Triunfar! Repelirl “Depois do banditismo contra nós feito pelo assassino João ”Pessºa,;

.
estamos, como tºdos os homens de bem da Paraíba, empenhados numa _ ';

V*
luta, não por dever cívico, mas principalmente por instinto de cºmemaçãczaa Í.I
De nossa terra na defesa '_ l
' “1

.
na defesa de nossas vidas e prºpriedades. 0 Jo㺠lhe dirá de viva voz
Alerta sempre! Eia! De pé!

n.
,;
]

o que tem ocorrido e a nossa atuação. :ªl


51
— -. . — Pala vitória de Princesa, F..S'. —- É desnecessário dizer—lhe que precisamos do seu auxíliº e esta-
i;]

.u.._'_*.t:_".!h_=.'..*-_..,'n.'ià'ft..1._1'_»._Lª'_LLQLA_uL- '...7-__“_'.-*._n_'
O nosso Orgulho e a nossa. Fé!” mos bem certos de que V. não no—lo recusar᪺.“

“ h r ; — .. .
Os termos da carta são precisos: instintos de conservação pessoal,
ódio e civismo.
Doís caudilhos iam defrºntar—se: 2 Na carta dirigida do Rio por Francisco Pessoa de Queiroz ao
José Pereira (4-4 anos) —— João Pessoa (52 anºs) irmão José Pessoa de Queiroz, divulgada depois da Revolução de 1930
Confronto que ainda uma vez definiria 0 fanatismo dos ver-

-
pelo Delegado Auxiliar da Polícia de Pernambuco, advogado Ángelo de
sos do cantador cearense Lob—0 Manso: Souza, Iê—se esta surpreendente confissão:
“Dinheiro não tenho e não creio que arranje. E tal a minha peníuia
O povo da Paraíba que aceitei que o Sar Barros fizasse o embarque desse materiail Isto me
mortifica pois não tenho jeito de pedir dinheiro & estranho. (. . .) Estou
,

E dº Rio Grande do Norte


4ª“;

134 ' 135

,
em sérias dificuldades de ãinheim. Vê 5% & pogsíVel © Jºrnal amarrar—rue,
gsm endividar—se”. ' '
Em famíiia. não se acreditaVa. nessa alaráeaáa penúria Impresa-ão
que veio & confirmar—se por este episódica-' assim que. chegou aº Rio, em
1930, passou e autor deste- livro a trabalhar no escritório do advogadº
"Gabriel Bernardes, & quem caberia a presidência da cºmissão criada pela
Junta de Sanções para apurar as responsabilidades do caso de: Frm-cega.
Um dia fez-me o amigo esta confissão: —-— “Acabº de. lequear 2 mil
gºntoa de apólices fedefais que encºntrei depositadas num banco em _ 4.3” Parte
nome de Franciszco Pessoa de Queiroz. . .”.
Não esquecer que o agente dos dinheiros, no Sul, ínchzsíve as ãe São
Paulo, para, os rebeldes de José Pereira-', ara. Armêniº Jasmin, sºgm de
Francisco Pessoa de Queiroz...
E&ítanm, & farsa da penúria chega-ra & esta final da carta, enviada,
aº irmão» Jºsé:
“Faça () Epitácio escrever-me depois de ouvir nesga querido Come— A Luta
Zheiro. Desejo um escrito só para mim. Estou muito necessitado da bons
mnseiho—s. (a) ——- Francisco” (sic: Arquivos da Fundação Getulio Vargas).
Merece explicaçãº, & famígeraáo conãelheiro, . .
Pelo menos uma vez por semana feaíízava—fse S.eãssãso espírita na
resídâmcia da Stay Mirandolina Pessoa, de: Queiroz, irmã da Epitáciº “Cidadão de Princesa aguerrida!
Pessoa e mãe dos “963303. de Queiroz. As invocações do além estavam Celebremos, cºm força & paiXão',
a cargo de Epitácio Pessºa de Queiroz e Cícero Correia,. amigo da & beleza. invulgar desta lida
família;.“ .... . .. — e' & bravura sem par dº sertão.”
Devo res-saltar que delas n㺠p-aríicipava Jºão Zªg-asma. dsB- Que—àrea. . *
(Do Hino de Princesa)
. , h ! ' r

“Princesa poderá,. ser arrasada, “mas não se


renderá.” .
_ . José- Pereira.
(Corneta da Manhã — Rio, 22—51—1939)

136

ª.
l
%
%
&'
5:
É'
É
.
,

_
._.__
r

_. .
; ,
. _ . =A “ m .
.

A 'INVASÃG de Teixeira às vésPeras do pleito eleitºral de


março de 1939, logo “após o rompimento de José Pereira. com

—,.
,
João Pessoa, deve considerar—se o primeiro tiro na guerra do
»

v
sertão paraibano. O Reino de Princesa do romance de Ariano

.
Suassuna, onde pontíficava () “nobre Senhor Dom José Pereira
,da—g.
,,
«wc—:.
Lima”, aceita o desafio. Fora uma imprudência do govsmante
&

vi:-:.
paraibano, que, com um pºuco de habilidade e aguardando a
.E
a&

«_, ».
ª

[:“-.=,—
realização “das eleições, talvez pudesse recompor—se com José
w (H&; 5»?
,.
&fm.

Pereira,. pam () que sem dúvida contaria com & intervenção.


%%

”fã;
moderada de Jºão Suassuna. De qualquer forma, & dissensã'o
possívelmente ficaria na área política, -— sem atingir às lindes
_
W

dos entrechoques militares. No instante em que chegava () con-


tingente policial à ' cidade de Teixeira — reduto da família
Dantas' —, "explodía a violência, como demonstração de força,
num claro sentido de advertência aºs sertanejos, que longe de
intimidar-se, se uniram na defesa de família e bens e tradição
de influências regionais. '
Definiu com acerto esta posição Barbosa Lima Sobrinho
no livro escrito há mais de quarenta anos, antes cita-,do: “Fosse
menos drástico nos seus processos de Governo, e talvez hou-
vesse o Sr. João Pessoa evitando & peleja ( . . . ) O Sr. João

139
De: tal ordem ista se caracterizou, que três meses depºis
Pessºa, partem—cia & essa classe: de estadistas e de; hºmens, para
da iniciada [a luta, ao chegar & Piancó para assumir .a direção
'os quais 0 melhor“ remédio contra as dores de cabeça é a das operações governamentais, o Secretário de Segurança da
* guilhatina”. Paraíba Jºsé Américº de Almeida, teve: de verificar que até
No dia em que a polícia paraibana ºcupou Teixeira? nãº. aquele instante. . .
para um simples ato de presenca preventiva mas desde logo Demos—lhe & palavra:
prendendo &: espancando de: preferência os mais graduada, & “A campanha entrara no seu terceira mês e, até essa parte;,
com 70 homens -—— o que era de estranhar se se tratasse de um as forças do Governo só tinham tido, verdadeiramente, uma
pºliciamento de rotina de pequena povoação —-—, ccmeçou & vitória:. a captura de Tavares, pela coluna do capitão iof-ãe,
reaç㺠da bravura ameaçada.. No mesmº instante José Pereira, Costa”.
”compreendendo o alvo do desafio, aconselhou os amigos dºs É decepcionante anunciar isto, e, mais seria se acresce; —-
outrºs municípios que pusessem as barbas de molho e se Gr— "classe que a Vitória sobre Tavares permanecem sem resultaãe
ganizassem, enfrentando desde logo os invasºres. Nas proximi— diante: do cerco e das dificuldades que lhe impunha José Pereira,
dades já se encontrava o capitão João Costa, com 150“ homens, bem descritos.. no diário de tenente Agripino Câmara, reprº-
justificando a previsão. Acorraram eles, e mais os que Vieram duzido no final deste livro. Foram inúteis os planos estratégicos
de, Princesa, num total de 100 homens, atingindo os arredores do Secretário dº Governo, pois na hora em que tombava no.
de Teixeira, por ºnde se travaram 95 primeiros cºmbates de Recife: o Presidente João Pessºa, & psíícia marcava passo mag
que viria a ser a luta de dois caudilhes —— a República de Prin— posições ocupadas, enquanto Jºsé Pereira se sentia de; tal
cesa. E somente abandonaram o cerco realizado, em face da mºdo forte que distribuía. quatro colunas de libertadores sartão
ameaça policial de fuzilamento dos prisiºneiros. afora, atingindo os distantes Brejo da Cruz, Catolé do Rºcha,
Partiu-se, daí para a revolta que por cinco meses ensan— Pombal, Piancó, São João do Cairiri, São José de; Piranha,
gíientou () sertão. Num balanço histórico, hoje, cinqííenta anºs causando .o espanto por José Américo confessado nas suas me:-«-
depois,“ «chega-se à conclusão de que as palmas do entrevero máfias. .
Era a impossibilidade de: vencer os 1íbertadgres.SaísSe &
cabem a José Pereira. Depreende—se das descrições que se vão
pºlícia em perseguição das colunas, baia de abandonar as
ler, quie jamais conseguiram as forças policiais da Paraíba situações cºnquistadas; ' se as, deixasse à solta, Eeria () sertão
ameaçar a cidade de Princesa, reduto dos libertadores —— situa- conflagrado, com o cºmpleto dcmínio de José Pereira. Em—
da num altiplanº, de 600111 de altitude, defendida pelas nu— quanto a este não fazia falta destacar de Princesa, & Lª coluna
merosás pedras do reino, num ponto estratégico de difícil aces- "com 50 guerrilheiros; a 2.ª, com 40; & 3.ª,, com 60; e ,a 4,2 cºm
so, Salvo pelas. planícies limítrofes do estado de Pernambuco, no 150, num total de 300, possivelmente em breve duplicados, ou
que seria preciso permissão do governo desse estado —— o que triplicados com as inevitáveis adesões sertanejas.

» . . 4 w : v u = u « ; _
foi nevado — para ultrapassagem de suas frºnteiras gente e- E ted-os & cavalo!
muniçãº, . . Louvemºs & sinceridade com a qual José Américo de A1-
Organizou José Pereira o seu Estado—Maior, constituído “ meida confessa a sua melancolia. . . . -— “A campanha adquíríra
da fina flºr da aristocracia sertaneja. outras prºporções; já havia muitas frentes. ( . . ) Em que tris—
.,

Chegaram as tropas do Governo é certo, a ocupar posi— tes circunstâncias me enccntrava! O destino fazia de mim seu
ções vizinhas: Tavares, & 30 km de Princesa, Alagoa Nova a jºguem. Perde-ra. minha cºncentração; em um cavaleim and-an—
"24, Patos "& 18, Sítio & 16, São José a 15. . . Mas de todas elas te,“ herói de pobres .pelejas. Isso em jeito de gente?” (JAA,
seriam rechaçadas pelos libertadores, sendo que de Patos (de ºp cit..)
Espinhara) no mesmo dia da ocupação, quando não neutrali— Para um homem dà formação moral de José Américo de
zadas pelo sítio ou emboscadas ameaçadoras e constantes. Almeida, envolvido naquelas andancas de D. Quixote. por uma
A fraqueza de Cªnaan-ado pºlicial dera temp-c: ai Jºsé Pereira; quest㺠de leal-dade ao amigo do Palácio., era mesmº conster—
de aumentar &: adestrar os seus voluntáriºs. ' nador sentir & inutilidade dos esforcos sem meios de atingir &
“nesga. de município”, a que: considezrava reduzidº O Estado
zm 141
** -- *. < _ T . T q _ 2
(27:38
€€€—'? ”:“.

Livre de Princesa “(sic) ,. que pelº vista naquele instante se.


gíando & comunicando todos os passos pali—ciais, num exemplo
expandia. . .
claro do quanto vale o apoio popular em guerrilhas dessa.
Ignorava, ainda mais, que muito em breve José Pereira 'íria
espécie. As tropas governamentais viviam permanentemente
contar cºm a colaboração de João Dantas, numa segunda frente
assustadas, diante das írrupções súbitas dos libertadores, que,
& iniciar-se nas fronteiras do Rio Grande do Norte, conforme
conhecendo os caminhos mais difíceis, os palmilhavam com &
anúncio feito por telegrama & um seu parente de Natal.
Não esqueçam os leitores: em 18 de julho de 1930 ——-
desenvoltura de que: era incapaz & polícia. Daí que esta marcou
passo por todo 0 tempo, apesar da presença, para incentivá—Ia,
oito dias antes da morte do Presidente João Pessoa -——, quando
do Secretário de Segurança José América no seu comando geral,
as colunas de José Pereira, bem muníciadas, invadiam o Estado
de onde em confissão histórica se assustava cºm & permarfente
da Paraíba, o chefe das operações da polícia paraibana, José
deserção em massa, sem dúvida um dos vários problemas do
Américo de Almeida, se achava nesta lamentável situação de governo, aumentando—Ihe & decepção & levando o Presidente João
abandono no seu Estado—Maior de Piancó: Pessoa àquele estado em que o encontrou na última visita que
“Sem qualquer ligaç㺠com o resto do Estado, eu estava lhe fizera em palácio; isto é, envelhecido &: desiludido dos alia-
incapacitado de agir. E começou a faltar tudo: víveres, medi-= dos que se retraíram. . . ” (Sic).
..camentos & numerários para pagar a trºpa” (JAA, op. cit., Desilusão que José Pereira jamais sentira.
p. 148) ª
Naquele instante João Pessoa efa um homem derrotadº..
A descrição da luta explicará () resto.
“Visitei Princesa, em setembrº de 1930, em companhia dº
meu fax-sogro João Pessoa de Queiroz, 0 qual levava ao amigo
José Pereira, deposto pela intervenção federal da governança
do Territóriº Livre de.-. Princesa, mais um abraço de amizade.,
Acompanhava—nos () fotógrafo dº Recife Edmundo Batista, com
[o fim de documentar ºs estragos do povºado de Tavares,, realí—
zados pela polícia durante a ocupação Vigiada (vide iconogra—
fia deste livro). Estávamos em pleno dia da 'In-dependência.: ?
de setembro. Desfile das tropas do capitão João Facó. Depois,
em pé da estátua de Epitácio Pessoa, falei com a minha elo—
qiíência de jovem, não para exaltar & bravura dos libertadores,
mas para nomear a de Pedro I.... embora me recordasse da
Criação do Território Livre, independência de outra natureza, e-
dos acordes do seu hino magnífico.
' A minha preocupação, porém, durante os três ou quai-ro
dias de estada na capital do extinto Reino de Princesa, foi
entrevistar-lhe () condestável, ouvir-Ihe as impressões ao vivo
dos acontecimentos ainda quentes, de um José Pereira não
arrependido, pronto para continuar a luta se por acaso & reacen—
., ”+“
dessem. “Interessava—me que relatasse tudo sobre os choques
havidos. entre libertadores e policiais, a criação das colunas
invasoras, as razões de jamais haverem as tropas do governo
conseguido aproximar—se de além 15 km da cidade revoltada.
E de tudo concluí que, homem sempre- amável & benfeitor do
sertão, contou José Pereira do começo ao fim com & solida—
riedade sertaneja. Os amigos eram as informantes rápidos, ví-
1-42 ' 143.
posições eram açamba—rcadas pelos venaxícisías também apita..—
cistas, os quais julgando—se com mais direitos, avançavam sobre
elas, merecendo () epíteto de guelasº, 'e os protegidºs de- Ant-ô»
nio Pessoa eram chamados de jovens turcas (denominaç㺠dada-
pºr Antônio Pessoa). Nesse tempo surge- Epitácia 'na Paraíba
para conciliar esses elementos, que ameaçavam de cisão na po—
Descrição . lítica jovem dele, e voltando da Paraíba falou de velhos turcos
e jºvens ZZH'CO-S numa entrevista na residência do sobrinho Jºsé
«de josé. Pereira. sºbre os Pessoa de Queirºz., Ficou desde esse tempo separada & política:
entre "esses elementos. Dos jovens turcos fazia parte: ftambêm
Acontecimentos () Dr. João Pessoa, em solidariedade ao seu tio Antônio Pes-soa.
Terminado :) quatríênio Castro Pinto, “po: Antônio Pessoa,
foi escolhido Camillo de Holanda como elemento conciliador,
não obstante ser também, nº dizer de Epitácio_,”vlelho turco,
mas muito seu amigo, e por conseqííºêncía devia, conj o irmão
Antôniº Pessoa, aceitei-10 (porque Antônio Pessoa recusava tal
candidato, querendo já, naquele tempo, Solon deª LucenaCa»
mino realizou um governº de remodelamento. Epitácio; depois
de. ter mandado incluí-10 na chapa f-«acrleral= para assim que ter-=
minasse o Governo, () excluiu inesperadamente, num ,ato de in—
gratidão. Não se soube ao certo o que motivam àquela exclu=
. E Is aqui as declªrações de Jºsé“ Pereira,, "tal e qua-í as. fai são; entanto, presume-se que foi .por haverem ºs filhos de
anata-ndo &: agºra somadas de ºriginal, datada-s: em Princesa, 7 Antônio Pessoa insidiosamente telegrafado & Epitácio, declaran—
(iªe; setembrº de 1930 *. do ter Camille feito política contrária a eles. Epitácio era pre—
sidente da República e para sucessor de Camillo indico—u Solon
de Lucena. Conciliou este os elementos jovens e velhos turcas,
Pºlítica renunciando à chefia política na qual estava eventualmente du—
rante () tempo de presidência, em favor de Venâncio, ficando
“este na. chefia até à candidatura de Jºão Suassuna _». cand-ida—
t-ura esta lembrada por Solon & Epitácio, resultando & cisão de
“As relações. entre José Per—eira e João Pessoa. nunca foram
todos conhecida do Senador Antônio Massa e Octacílio de A1-
boas. João Pessoa assealhava sempre que se um dia dominasse
buquerque, os quais ponderaram & Epitácio e & Solon que
& Paraíba, haveria da derrubar José Pereira... Na, Paraíba o Suassuna era muito mogol e vinha preterir Tavams Cavalcânti,
partido em vehancísta; Epitácio dizia aOs correligionários» que
era, apenas delegado do partido, mesmº depois da luta de 1915, Octacílío & Massa. Foram est-es dois últimos & Bernardes, que
em que venceu Walfredo, que representava a política de Álvaro ainda procurºu intervir junto & Epitácio, que se mostrou intran—
Machado. Antônio Pessoa, que assume o governo pelo abandono sigente- quanto à candidatura Suassuna, levando Bernardes &
de Castrq Pinto, em 1915, aparece para premiar os elementos também aceitei—la. -
nºvos apita-Cimas, prºpriamente, cºmo José Pereira, pºrque. as A família e alguns amigos da João Pessoa já o tinham nes-se-
tempc como candidato,, desde a apresentação de Solon, com a»
circunstância, entanto, de que nem velhos nem novos 0 que-—
* Notas & cªmentárics do. aut-or para adição. riam. João Pessoa jactava—se de fazer benefícios à Paraíba,

144 145
,lf—

M
“&
'
ª
&.
;
.
F.:

Iªi ,
__

'. ) , . ." , . . .

? gªnhªm sendo, porem, sonhando, & naq ger o emprestimº do,


, . o .
.e ann-gos. Pºr sua vez, na Assemblela, manáestava Jose Peralta l '
:
ª

,.“) ªim-ªmªm? que comprometeu _dUªS ªdmimlªªÇºeS, de manexra & sua desaprovação à lei ºrçamentária naquele ano, muito au- :

M
ªw tª que ÍOI ele próprio quem muda o velo & líqmdar; mentada, dando lugar à guerra tributária movida pelo Jornal .,
. Nem um só município o queria; Foi João Pessoa indicado
..___Éwn
_

do Comércio, da Recife, que muito bem orientado & conhecedor


& lmposta candidato por Epitácio, não obstante estar Suassuna

ªr ª.« ?ÉfàN—WF
do estado, via que a Paraíba não podia suportar semelhantes,
como chefe do partido, na qualidade de presidenta do Estado, impostos. Ficou José Pereira solidário com a campanha daquele
& ter-lhe feito ponderações & respeito, sobretudº quantº ao seu

«
jºrnal, sendo Princesa o “único município que não prºtestou
temperamento ardoroso, em cartas que Epitácio deve possuir contra a mesma em favor do governo.
np? seus arquivos. Refería—se Suassuna também às incompatí— Por isto João Pessoa se preveniu ainda mais cºntra losé
búldgdes de João Pessoa com váriºs elementos, inclusive José Pereira. Veio & 2.ª Legislatura, no Governo João Pessoa. Eram
Pªella. Respondeu Epitácio assegurando que estivessem tran- bem ruins as ralações entre ambos, quando José Pereira apa-

..,!1.'ÁÁ'I'ÉMKGÍN»NM

-qmlos, pois que João Pessoa trataria carinhºsamente & tºdos


.
I
receu manifestando-se contra a retirada do nome de Deus do
os amigo-s: José Pereira, Evaristo, etc.
preâmbulo da Constituição, na reforma desta,, prºposta por Joãº
Entre-. outros motivos que: havia de leão Pessoa contra José Pes-soa, tendo nessa ocasião rompido com este (outubro de
Perçzra estava uma entrevista concedida psr esta as:) jornal A

.
1929), não mais Voltando ao Palácio. Regressando & Princesa,
:

Neue, do Recife, em que anunciava ser Júlio Lyra um dos can.-


a

á-elegrafou, José Pereira a José Américo afirmando ter feito boa


.

n
dldatos viáveis à sucessão de Suassuna. (Surgiu então João
viagem., encentrando o município em paz e. inteiramente coeso
.

Pessoa com º artigo assinada O Gazela, quae somente depois se


.

cºm as suas atitudes. . .


_

soube ser de “sua autoria, por haver escrito a José Pessoa de


R

Quando os irmãos Pessoa de Queiroz vieram & Triunfo


Qqeímz pedindo publicação.) ' (PE),. em prºpaganda política da candidatura Júlio Prestes.,
;.» Assumindo João Pessoa. o governo, um dos seus primar-Dªs
_

dadas as relações p&ssoais cºm GS mes-mºs, acºmpanhºu—es até

""
.-——— u
ato-s foi o de proceder ao des-armamentº da população do es,-=- iá Jºs-sé Pereira, Logo um seu amigo lhe telegrama da Paraíba.
J

t-adm Vendo José., Pereira que seria Princesa () município vis-«ado-


ínfõrmando ter causado surpms-a “& sua ida & Triunfo em pre—-
:de preferência, por. ser 0 mais bem Imunidade, pºis fizera &
paganda permpisàa, telegrama que “ficou “sem respºsta. João
%? P'ªrªfºjgªªªªº ªºs grugos dª S&EgQ-CSÍIÇS dª Lampião, Sªbª—ªlª & [ Pessºa fisara magoado pelo fato.
l

%) âmªgº “ded CÉQÍͪrªºªº .Cºm 3139115313 nos gºverno; Sel-on & É _ Passadas muitos dias, . recebeu José Pereira um radiºgramav ,

m
«rw-—
y

'ª'“ . uassuna, as 82 ªº dº tºdº lºgº.—a Vªlidªndº ou presenteando taz-s í axa-sando da 1,ªinda.- de. João Passo-a. Mas comº já estava de
a

%) armas mas Eªt-ªdºs de Pernambuco ª Paraíba'º. (Cºnvém acen- : visita marcada à fazenda. Acauã, de Sua-533%, para lá se dirí—
.

tuar que Enrico de Souza Leão:8 telegrafou & José Pereira agra—
à?

gin, & fim de esclarecer o seguinte: constam—lhe que Epitácio


һb
, Xa,“—)(.

«H..:

decendo & sua cooperação na repressão aº: banditismº-.)


&

havia escrito uma carta & Suassuna fazendo referências desabo-

.
Desafinado tºdo o estado até de armas domésticas, fez—se-
-

nadoras & José Pereira, respondendo àquela em que Suassuna

' 'à“[JH.-*'.'.'»*l.'-.'.W5>','.... | l
sxcsção somalis de: Princesa pºrque não encontraram uma só lhe. lembrava que a chapa da sua sucessão devia ser Júlio Lyra
arma. para presidente, José Pereira, 1.º Vice-presidente .e José Quei-
Dadª & pc'sição geográfica de município de Prãncesa, & roga, 2.º vice-presidente. Respondem-lhe Suassuna que Ep-í'fácio
meqor dlstâncía. da estrada de. ferro Ric Branco (Pernambuco),
a

nenhuma referência fizera “& sua pessoa, mas qae Ihe “recusar-&
realmando, por isto, todo 0 seu comércio com o Recife:, pon— a indicaç㺠do nome para Vice-présidente. Nesse momento José
gerºu José ?ereira & João Pessoa

warm:nhMúªíàª:Mª?'J-ª)'.5". .
sobre & incºnveniência do _. Pereira comentºu com Suassuna constar que o nome deste não
a Imposto de. 131çorporação, por ele criado, quantº a Princesa & sería incluído na chapa para deputados federais, e que estava
OUFI'OS mummpms, dando—se por istº quase um atrito entre os selidário com ele, uma vez que sempre fora prestigiado durante
(1013, acon'çeçendo logº a remoção do irmão de José Pereira o [seu governo, tendo Suassúna respondido que provavelmente

..
como admnpstrado—r da Mesa de Rendas de Princesa, & pouco - se apresentaria candidato amglsoª, mas que n㺠rompería cºm
tempo (16121015 &. exoneração de ºutrºs preposto-s correligionáriºs
aªªh

. , Epitácio,
. Mulh“)
Img

146
.:[.

-
N

14.7
«»,.
'
.
V
»y
'
&
T
a
.
'
. “

R-egr-essau Jºsé- Pereira & Prmcesa & nº dia. seguinte racebw. memsª, Jõszé Baraka “5a apê-$i; e m 01 Jam ãe Difªiªt', DE 'C' ' ªcº
& vigíta de Jo㺠Pessoa. Chegandº esta ªi “naítínhaã regressºu. Xavier, inalterada—es ate dapms da íam, qu do os naufragou as

M
l
na dia seguinte; às 811 (da manhã), Ti㺠lhe falandº na chapa atmídgaiese feâgmízà ”' - -
senãº; pelo café da manhã, sem, entanto, ter—lhe“ referido qual
séria ela. Nesse instante José Pereira infºrmou da visita.- qua
fizera —— na Véspera & Jºão. SMSS-una & convarsa com 0 mesm-Giª.


acrescantando que se sentiria mal cºm & excluaâe dos nomes:-
dersse & outros amigos, ac: que Jºão Pessoa nada respandeu.
Apenas. Elysia Sobreira & José América () cºnvidaram para
.acsmpanhá—los nc: prosseguimento. da excursão & Misericórdia Pra-sseguiu Jºsé Pereira na sua narrativa; _ .
& Piancó, () que. recusou. Elysio Sobreira confiam & chapa & “Verífíceu—se Hesse. mama-tô e. &SªSãÍtÚ à mira de“ Teixeira,
Jºsé Pereira em. nome de; Jºão Pessºa., ocasi㺠“em que apresª— pºr cama de ”?O praças, prendada—se pessoas de re'spªem'abilia
33damente se retirava () Presidente, tão logº sentira que. D chefe.? edad-€, dentre as qua—is membros da família Dantas, homens &
pºlítico de Púncesa ia ter conhecimento da mesma, mulher-es”.
Logo depois recebeu José Pereira um telegrama de “Suas-— Em vista disso., Jºsé Peraíra aconselhou os amigos a “se:
sima, chamandn=o & Acauã. Não pgdenda ir, respºndeu qua prepararem para a defes-aª, no caso Cie serem surpreendidºs «391.110
estaria em Água Branca,. E ali se encontraram. Nesse instante, foram em Teixeira, uma vez que estavam em situação pohtlca
mestrsuàhe Suassuna uma comunicação recebida (de Rômulº idêntica. Sentiu. que não havia entre:) remédio: eu faria isso
teria ocorrido na reuni㺠da Co— zm teria de abandonar a cidade, bens, amigos;, familiares, Cerca

;-_
Campeã), narrando () que

.. "ªº?” ......
de cinco dias depois,. o delegado Arruda se retirava, cºm 0

-
missão Executiva para formação da chapa, acrescentando que,
João-- Pessoa fizera referências desabonadoras & José Para—ira. âê-stacamento & fim de “unir-se às forças de Conceiçãº.: De Tai—
Irritou—se este e afirmou & Suassuna. que retornaria & Prince-sa Xeíra lhe avisaram que: o capitão Jo㺠Costa seguia de Patas
para romper com Jo㺠Pessoa, o que realmente fez. (49 léguas distantes), via Teixeira, em demanda de Princesa,
Chegando à Paraíba três dias depois do telegrama, mos—= Cóm cerca de: 150 homens. Quarendo evitar luta na. cidade,
aconselhºu. (isíto já det—:pais das eleições) os amigos de Tavares


trou—se surpreso Jo㺠Pessoa, interpelando José Pereira, que

,
e. Água Branca que fcssem ao encºntro, advertindo iguaIm-ante

,*
6111 resposta reafirmou a autenticidade do que telegraíara. Afif-=-

_w
mara. que defenderia () povo, caso fosse melestado, tendo em ºutrºs amigºs da povoação de Santana dos Garrºtes, municí—

-
vista o que João Pessoa Ihe asseverara na mesa, em sua casa piº. “de Piancó, de se armaram para a defesa;

a
Esses amigos de Jºsé Pereira saíram realmente e nos arre—

..
diante de várias pessoas, isto é, que n㺠admitia que se vc-

.
tasse contra a Paraíba, o que importaria em votar contra ele dores de Teixeira encºntraram—se cºm as forças de Jºão Ces-ta'

.
próprio. José Pereira tinha, já, provas desses prºpósitºs nas & Ascendino Feitosa (que havia tomadº Teixeira), dando—se

.-
atitudes dos delegados militares de Piancó, Misericórdia, Con— €.? primeiro combate: _
ceíção, que vinham realizandº- co-ações de toda ordem contra _ ' Jos-é Per-eira, 100 hºmens.; . |
os elementos perrepístas que. acºmpanhavam josé Brunet, Jaimc Jºão Costa & Ascen dina Feitºs-'a', 150 Ilo-mans;
Ramalho. e Padre Octaviano, o que "resultºu na advertência Duraçãc»: 2 a.. 3 hºras;
M

.en-érgica de José Pereira da que defende-ria 0 seu povo. Jos-é Pereira —— 2 feridºs;
Diante desse rompimento, João Pessoa avisam ao delegado Polícia —-— Vârias- baixas e deserções. ' . .
de, Princesa, Tte. Manuel Arruda, que seguiriam para aquela A polícia recuou 'para T teixeira, que. e pessºal de José. Pe—
cíd'ade'SD praças em aumento do destacamento, que. era de reira sítieu. Era este sítio dirigido por Luís. Pereira da Sil-Va,
cerca de 30. E retirava em seguida as autºridades do fisco . mnhecídc por Luís do. Triângulo-$ &. Lúciº Costa, ,. - _
estadual,, fechanda as escola-is & autorizandº a remover o rádiº Síria áà Teixeira. — O sítiº da Teixeira . duma dais-' dia?.
e: _:cºnduzir ºs; presos para “Cºnceição. de Piancó. Quantº aos ”Diante da. ameaças..- da; pºlícia de fumar ºs prisiºneirº Si, “inclusi—

14: 34:9-
Ve senhores das famílias locais (entre elas, dos Dantas) , e a circunstâncias que levaram os políticos a lançar mão de seu
pedido de inúmeros amigos, determinou José Pereira que as nome para essa aventura, 0 Sr. João PesSoa entendeu que o
fcfças regressassem & Princesa, () que fizeram, atendendo tam- mesmo a bala tinha que ser votado.
bem a pedido de Suassuna, que Veio de Acauã especialmente Minha dedicação a amigos a quem S. Excia. despotica—
ªlegªm? querer evitar o massacre de parentes seus, da família mente e contra a resolução do Diretório de seu partido pre-
an as . tendem jogar às urtigas, só por favor da Providência não me
custou a Vida.
Comentçíríc? n.“” .? — As violências da polícia de João Pessoa Na véspera da eleição, ao romper do dia 28 de fevereiro,
emT Teyxen'a mostravam ao que vinha: intimidar () serta- a Vila de Teixeira era assaltada por cerca de cínqííenta facínõras
nego: vmte e quatro horas antes das eleições, e advertir José agentes do presidente, sob o comando do negro Ascendino Fei-
Perelra do que iria acontecer em Princesa, para onde no mesmo tosa, oficial adrede escolhido por 3631“ meu inimigo figadal.
mstante seguia com 150 homens o famigerado capitão João Cercadas as nossas cas-as, minha família despertava sob horrº-
Cqsta, tradição de sanguinarisrno da vida policial paraibana. O rosa fuzilaria, que se prolongou por duas horas.
BPISêdÍP foi logo politicamente explorado, num telegrama de Não é possível conceber maior requinte de perversidade &


Herqchtg Cavalcânti & Júlio Prestes, o qual, em IôSpOSta à co— covardia contra pessoas inermes.
mumcaçao do “assalto por elementoa faceiosos do situacionís— Membros de minha família, inclusive senhoras, foram pre—

W
115.10”, predizía. que estes, em desespero de causa diante da apro— Sos como reféns, estabelecido desde então o regime de terror
& resultando daí o êxodo da população que se refugiava espa—

M
maçâo do pleito, seriam julgados pela consciência nacional e
Vltória que, se aproximava. . . vorída neste hospitaleiro Estado.

M
_Surgiu deste assalto violento protesto de João Dantas, em (.. . .) Entretanto, sabendo em cºndições diversas () valoro—
pubãlcação de 4 de abril de 1930, no Joma-l do Comércio, do go caboclo José Pereira, não se atreveu & perturbar 'a eleição

.
_
Bçmfe, de que 'a polícia em comandada por um oficial seu de Princesa.

,M
mlmigo figadal, Ascendino Feitosa. 0 menos que teria feito este N㺠tendo coragem para assumir a responsabilidade de tais,

A
crimes, telegraíºa reiteradamente às altas autoridades que o ba—

-A
fora prender parentes seus, inclusive senhoras, dos mesmos fa=
zendo reféns: —— “Não é possível conceder maior requinte de charel Duarte Dantas traidor, cangaceiro engravatado, recebera
pervcrgidade e covardia contra pessoas inermes”. a bala uma força que vinha de Princesa sob o «comando do
C1temos-1he & descrição, que ressumava () seu perigoso ,es— tenente Arruda. .
tado “de espírito, ainda três meses antes do desfecho trágico: A verdade 'é que & Providência frustrou o projeto homicida
- . . .Na véspera da partida sobreveio um caso de moléstia do Sr. JGão Cavalcânti, justamente porque não me encontrava
do
de famíha que impossibilitava o Dr. Alexandrino de afastar—se em Teixeira, no dia 28 de fevereiro, e quanto à passagem
do RIO de Janeiro. Levando o fato ao Sr. João Pessoa, este tenente Arruda por aquela vila, é pºr todos sabido que () referi—
enfuregeu—se ao ponto de não ser 'mais possível quaisquer ex— do oficial, de Princesa, foi direto & Cºnceição sem ali tocar.
phcaçoes. Tomou por isso, o Dr. Alexandrino, () alvitre de des= São fatos, pois, que cºntraponho à história que o Sr. João
culpzar—se perante o eminente Sr. Dr. Epitácio Pessoa, que () Cavalcântí repete, com o fim de mistificar a opinião pública, e
es
oqdo atenciosamente respondeu: Doutor, () meu sobrinho é fugir à responsabilidade de atos de cuja prática só os Lampiõ
EIÉSII'H. Ele vai mudar de roupas para sair; e dia está claro, o são capazes.
ceu está límpido, mas quando termina a toalete, uma nuvem Vê—se, pois, que não sou eu () cangaceiro engravatado, que
, que
toldou & face do sol e vai chover. . . É o quanto basta para o apenas fui vítima da ferocidade sanguinária de S. Excia.
homem pragueíar contra Deus! rigorosamente se revelou um cangaceiro “Logad o”.
Esse estªiada espírito, averiguado, e naturalmente exalta- Este “assalto à Vila de Teixeira” constitui—se no primeiro
Ioãq
do pela pesmbthdade que se lhe afigurou, de Vir a ser vice.- tiro. For-a uma impensada medida de parte do Presidente
preSIdente da República; e sem compreender o alcance das a, às vésper as do pleito de Lª de março , numa advertên—
"Pesso

15;
150
. cia» de como deveriam vºtar QS sertanejos. N um dºs sau—Sº tele-.— Tempo: 4 e 5 hºras.. _ . ,
gram-as ao Ministro da Guerra (Nestor Pas-sºs solicitando autº- Mortos: José Pereira 1; polícia, 8. _,
rizaç㺠para impºrtar munições, distorcem Jo㺠Pessoa os fato-ss. A polícia estava comandada pºr le㺠Gasta, Lyra,, Jºsé
para lançar a responsabilidade: sobre José Pereira, isto é, de Guedes e Elias, com 150 homens.
que somente, depois das eleições começara a tºmar prºvidêaciág. ELI
Continuamm & subir.
contra Princesa, tendo—se limitado, antes, a “mandar guarne—
cer municípiºs circunvizinhas referida cidade,, intuitº evitar que
bandoleâros os invadissem”. Tavares; .' ª
Na verdade & ccupação precipitada & Violenta de T aiii-eira S',

fez Jºsé Pereira precaver—se para o pier. José Américo reduziu ".?
::!

:o ponto grave em quatro linhas sintomática-'as: "ª.

As trºpas de Jºsé Pereira alcançaram Tavares, onde resol—


:f

. “0 T te. Ascendinº Feitosa teria sido recebidº a bala. Jºsé


Pereira acudíra. em auxílio dos seus aliados. E aí aparece o veram esperar João Costa e uma coluna da polícia que partira
tenente João Costa com as façanhas que o tornaram famosa. A de Piancó para “unir—se & 68118 e atacar o- povoado. Uníram—se,
'Viagem não tivera novidades, mas fechou-se () tempo”. âendo comandadas por Irineu Rangel, com 150 integrantes, for-
Não descreve () memoria'lista qua:- façanhas tornaram famo— mando aº todº 300 homens.
so o tenente depois capitão João Costa. Mas a crônica polícia—1ª Antes de Irineu juntar-se a João Costa, fºi emboscado por
da, Paraíba. dela está; cheia; e foram somente de horrores. outra gente de José Pereira, no lug-ar- Serra Branca, comandada
Contra a sua pretendida presença em Princesa reagiu José por José Pessoa, agricultor de quem haviam incendiado & prº—=
Pereira, acusandº—or em Tavares. . . priedªade.
Ocupar cidades com a pºlícia às Vésperas de eleição é con— Polícia: 2 mortes e Vários feridºs.
4 turbá—la. A esta confissão de opressiva atitude n㺠pôde— filgírª— José Pereira: O. '
João Neves da Fontoura, em longa discurso da, Câmara Federal, Nesse momento, uma coluna de Irineu», que guardava &
embora defendesse na hora o governante paraibano: retaguarda, ficou combatendo com a vanguarda, resultandº
“S. Excia. limitou—se a ocupar as localidades vizinhas & grandes estragos entre eles. .
Princesa com os seus contingentes de polícia esperando que Resolveu Irineu voltar ao lugar pºvoação Barras, cmd—e san-
transcorresse o dia Lª de março, no qual se daria & pugna [graxa & sua força duas crianças, uma da 14 anos e ºutra de
eleitoral, para, então, agir, de conformidade com, os deveres & 12, roubandoª e: matando.
seu cargo”. Alguns dias depois, marcha Irineu para encºntrar-se &
Pergunta—se: comb então estranhar que José Pereira, 0, meia légua de Tavares com João Costa, sendº novamente erg—
vis-azia na arrancada pós Lº de março», desde logo destaca-sse: boscado nos lugares Bºavista e Bonita, por 40 homens & pn—
contingentes ao encontro da polícia fora de Princesa? Não meira &: 20 ,a segunda, havendo baixas de lado a lado,. (Esses
geguiría, inconscientemente, () , Conselho estratégico de se ir “sem— — 60 homens eram de Tavares, que saíram para aquela missão.)
pre ao encontro do inimigo, porque pelo menos se briga em
Em Tavares _ havia 110 homens, ficando reduzidos. a 90, pºrque.
meio do caminho?
ºs 20. da embºscada de Bonita permaneceram em Lajedo do
Bonito, enquanto as cºlunas avançavam para, TaVares. .

Imamdada As“ colunas sit-iaram Tavares, num combate que durou 56


horas. ', - - .
Polícia.; « 300 homens.
A pºlícia. deixou Teixeira na direção, de Princesa,. perse— José Pereira: 90 homens.
guindo as trºpas de José Pereira, que foram alcançadas quandº ' Mºrtasz- , da Pºlícia cerca de 50.
saíram de Imaculada para aquela cidade,. José Pereira: 5 mortos e 4 feridos.-

52 153
aí.;
|»,
(':—4.7
_ . .; f- » _ ___ —————-3t *— —"—————-m""' " *

É A polícia conseguira tomar a Igreja, e daí, visto ficar esta Í Alagoa Nºvª
num alto, ocupar Tavares. As trºpas de José Pereira, depois da '
56 horas de fogo, retiraram—,se para Sítio, & 16 km de Princesa. ;; _
JOSÉ Pereyra perdeu Tavares por fªltª dº mumção. — , Cícero Bezerra atacou com 50 homens Alagoa Nova, onde
- :; se achavam mais de 200 homens da polícia, sob o comando
Comentário nº 2 — O episódio de a mesma tropa guerrear-se,. ; de Ascendino Feitosa 3 Arruda. Combate-ram duas horas, saindo
a que entremestrava pelo menos falta de organização tática, se a polícia à noite conduzindo Vários feridos.
; acha referido: nas memórias de José Américo de Almeida, bem José Pereira“: 3 feridos e 1 morte.
ª” assim na entrevista de José Pereira ao Correio da Manhã, de à A Pºlíºiª deixou sepuíturas dentrº das cªsª?», carregando os


ª; Rio. .Tratava—se, afirma JAA, de uma remessa de material, que; feridos,
% devena atravessar zona de perigo. Enviou um destacamento para A coluna comandada pelos tenentes Arruda, Ascendino Fei-—
ª' garantir a passagem, e como não se reconhecessem “chocaram... tosa e Nonato, ocupou Alagoa Nova? sem combate, pois não

a
&; se e passaram a tirotear, gastando toda a munição, de um lado É haviª ninguém armado.
e de outro, num tempo em que bala valia ouro.. _” (O?» cit.).. ' Jºsé Pereira nesse tempo estava com 300 homans ao todo..


“ A tomada de Tavares significºu grave perda para Jºsé
"ª: Peralta. Estava nos primeiros dias da luta, sem a necessária
%% organização para obstar () avanço das tropas do governo, diante,. Patos
:“ sobretudo, da sua superioridade numérica. Era ainda de 300
%, homens o total de libertadores, com 90 apenas em Tavares.—
Em poucos dias seu número subia pára o dobro, quando então ; , A Pºlíºiª ocupou Alªgºª Nova com 300 homens., Nº diª
se deu o cerco do povoado,, neutralizando & ação do capitão imªdãªtº 111311530“ & P atos º tenente.. Nonato º º ___-Sªlªªm Clª“
--J0ão. Costa (ler o Diário do tenente Agripino Câmara), que até mentmo Quele, qem GQ pomens. Ah” chegando, .dmangtltarang. _35 ,
?:: fã Chegada das tropas federais se reduzíra ao esforço de mau—« % ?ªsas ,dª Marcohno 131111533 Joaqmm Drªmªs: Florentmo 13113121,

.
“€?
, ter—se na posição conquistada, dela não podendo utiíizar—se, nem mandando-lhes as propnedades &: conflscando-lhes tudo. Patos

_ .. .._
egg; mesmo para perturbar os movimentos dos libertadores, que estava indefesa. Prenderam as famílias de Florentino Diniz, íª ,

_ _ “ , Aug,-A
931
eram livres. Conseguira, e exato, numa sortida única, conquistar- Marcolino Diniz, Sinhô Salviano, Luís Pereira da Silva, dando &
,,>";
Slt1o, mas logo 0 perderia, limitando—se apenas à façanha de motivo a que estes se armassem para a reação, com o que con— ª
fugido
' taram cºm os. prºprietários . que haviam
,'e . comerciantes

*
>

%% rom imento do cerco ' a as a um reforce» comandado elo .., .


capiêcjão Irineu Ranffel, É çéste—:= sim um Éravo & de es grito ; com 8" aproxxmaçao dª palma. Consegmram arregl mentar 80
humanitário º ª , ª 1). homens, seus parentes e trabalhadores, com o. que atacaram
Patos, fugindo & polícia para a casa de Florentino Diniz (en-
Tºdª/lª” entre comunlcar—se com Nova Okªdª? sendo dº genho de rapadura), onde se entrincheirou, numa fábrica de:
comandº—geral das forças dº governo, e avançar sobre ª capital bebidas e duas outras casas a cerca de 300 metros da povoação.
dº Terntóno Livre, ª diferença era t㺠grande, que jamais º ' Os libertadores os cercaram novamente; de madrugada, com ()
conseguiram. Tavares continuou sempre semícercado; vigiado & reforço vindo de Princesa, começando no amanhecer do dia
congelado.“ Somente n㺠fºrª— PºSSÍVªl ªVÍtªf º que º tenente » % Cerrado tiroteio. E quando os libertadores, depois de oito horas
% AigTIPÍHº Câmªrª registrava no seu diário: — “Seguiu-se º saque de fogo, ameaçaram assaltar & arma branca, a polícia fugiu.
%; e & destrmção de tudo. Os soldados beberam, fumaram, sa» ' José Pereira: 3 feridos e 2 mortos.
ª guearam' (. . . ) estçndendo ºo saque pelos sítios vizinhos'ºl numa Polícia: _ Váriºs fel-idos &: mais de 20 mortos.
&? verdaden'a anarqma no Sºlº dª tfºPª”- ' José Pereira tratou de diversos desses feridos, entregando-os,
%% Depois, com º prolongamento dº cercºs ficariam “ª feijão % depois, à polícia. Três deles foram para Triunfo, Pernambuco,
fºi º- milho ª 3— milhº º feijão”. -- É onde os trataram, morrendo um. '
“ªtá 154 —- 155

( .
” , . ; E
"ª'/"3ª ; =
7 é . , . , “ .* -_ .
_;
Esse combate foi assistida pelo pessºal de Triunfo. OS fe— fugaz-do ºutrºs para Triunfº mumclpm de Pemambuco onde
rides foram transportados para Princesa &: aí me dicades. se apresentaram às autondades locais. As duas senhºras foram
E Patos nunca mais saiu da posse de José Pereira: salvas. . . . '
Durante o combate de Patos, & polícia de Alagoa Nºva, E Jºsé Pereira enfatizava: —-— “Parecerá estranho que só
em lugar de vir em auxílio dos companheiros, numa distância as minhas fºrças vencam. Entretantº não há nada a admirar
de 12 km, ocupava—se em canegar todas as mercadorias e; uma-.- Elas se batem cam çenodo porque defendem Princesa, defen—
sílios, 0 que Eez com que Cícexo Bezerra amasse & reação. dªndo ºs seus haveres & os seus 1ares.SãQ compostas de vamu-=
A polícia fugiu para Misericórdia & Conceição. tááos”.
Nessa combate de Patºs, foi a pºlícia peiºnambucana auusada
Comenfárío n.“ 3 —— O povoado de Patos dista 2. km e maio pelas autoridades paraibanas de haver participadº ao ladº dos..
da. fronteira de Pernambuco —— 4 km da cidade“ pel-nam“; gaim— libertadores— Para apurar a versão, determinou o Governadºr
de Triunfo 6 18 km de Princesa. Ocupâ—Iº: seria a r r ª ª f ' r as Estáciº Coimbra ao coronel Wolner Silveira comandante da
comunicações de José Pereira com o Estado de Perm; meu, Pigg? Pública, quº a?:aisse inquérito, dº que resultou um es.—-
de onde lhe vinham suprimentos de toda. natureza. CC;-mo as (31317366e r&íafória, mm esta descrição do embate, assistida
lutas se travassem do outro lado do interior paraibano, acha— de bem perto por nmnemses residentes da cidade de Triunfo:
va—se desguamacído, mesmo porque na meme-mto não dispunha. “Examinando ( presente inquéritº policial militar, verifica—se-
.o chefe dos libertadores de tropa-s suficientes para imobilizã—las que no dia Vinte e três de março 33. findo, à noite, uma força de
“fora da sede do município». 'É de estranhar que, sabendo 01.1. pºlícia. paraibana de 52 praa-:s, sr,-b .o com-ando do tenente 'No—»
devendo saber disto, enviasse () comandante da polícia da Pa- nato, tendo cºmo sargenteante o sargento Clementino, vulgo,
raíba 60 homens para atacá-10.F0i aSsím, fácil, aos próprios “Queléª ocupºu o pºvoado de Patas, distante dois e: meio qui-ª
residentes ºrganizar—se fora do povoado e manter 0 fogo sa— 161115;t da frºnteira e cerca de quatro e meio quilômetros;
grado das hostilidades até que chegassem os 200 homens de desta cidade de Triunfo; que, ao. entrarem no povoado, se din—
Jºsé Pereira, que os pôs em fuga, apoderado—se da localidade gíram' à casa do major Floro, onde prenderam, como reféns,
até ao final da luta. Na entrevista. ao Correio da Manhã, de.
não só a família dessa senhor, mas ainda outras psssoas, in»
Rio, José Pereira descreveria assim a reação: ——-— “ . . . o com—
clusíve senhoras e crianças; que, depois de cedidas as chaves,
bate de Patos, povoado que estava indefesa onde uma força
de 60 praças, comandada pelo. tenente Nonato e pelo sargento fºram abertas as casas juntas à moradia principal, e entregues.
*Quelé, pronunciado por crime de morte, duas vezes, em Per- aºs sºldados que ali se alojaram; que no dia seguinte, Vinte e
nambuco,. chegºu inesperadamente, prendendo uma sobrinha quatro, pela manhã, chegaram forças de José Pereira, que cer-»
minha. e . a minha cunhada, após ter dinamitado &: incendiado caram & atacaram as casas mencionadas, de onde respondem,
todas as casas do povoado. Presas & minha sobrinha e a minha ao fogo dos atacantes os cínqííenta & dois homens da polícia
cunhada, () sargento Quelé propôs—me & entrada dele, Quelé, paraibana; que o combate durou cerca de oito horas, desde as
com “a-' sua polícia, em Princesa, mediante a entrega das pri- oito até às dezesseis; que, terminada & mumção, & polícia pa—
*sioneiras assim retidas como reféns. E se caso eu não concor— raibana abandonou o seu reduto, tendo feito antes explodir
dassey ele Quelé marcharia de qualquer forma contra Prince— duas bombas de mão, que desprenderam grande quantidade de
sa levando. as prisioneiras à frente. Patos está a 18 km de fumo, () que serviu de cortina tática para a retirada; que os
lªtin-sega. Determinei ao meu cunhado Marcolino Diniz, marido soldadºs da polícia paraibana se retiraram debaixo de fogo dos
de uma, das prisioneiras, que cumprisse 0 seu dever, Entreguei— atacantes, deixando no campo muitos mortos e feridos; que uma,
?he o comando de 200 homens e disse—lhe que não regressasse farça de polícia paraibana vinda em apoio da. força que ocupava
ate": as prisioneira, vivas ou mortas. Duas hor-as depois, ini— Patos, chegou até à fala com os atacantes, retrocedendo pela-
*—Se o cerco .e após nove horas de fogo a polícia foi de.-s— serra do Pau Fernado, da estrada de Piancó por onde tinha-
ªía, & deixandº 1—3 mortos, 6 feridos-, desertando () resto, vindo.. Diante destas declarações é fora de dúvida que ,não. “tem
o tenente Nonato & 'o _ sargento Que-lé este ferido, & ' fundamento a acusação feita à Força Pública de Pernambuca—

15?
quanto aos aconteczmentos de Patos; que & «:o—participaç㺠de
cento e cínqííenta homens nossos na 1 u t a , a favor de José Pe—
;
reira, n㺠passa de uma invencíonice; não tendo (:o-participado V ' v a D PRO "“ & h º “ T a" A0 ª
um só soldado nosso”. . . (Triunfo,"'PE, 10—4—1930).
Note-se () heroísmo sertanejo: tanto em Patos quanto em
Teixeira, parte da população abandonou as povoações, aden—
trando—se nos arredores, cercando & polícia que as ocupam, dan- i
&
m.;. C & v Ena SLES”, "
&
(:. ,te. & yum) .
do—Ihe os primeiros combates até que chegassem em socorro os
l
Tib-ertadorea

Canoa e Nova Olinda

Trinta homens de José Pereira guardavam o lugar Canoa, &


45 km de Princesa —— uma estrada para o município de Frm—
cega. numa garganta de cerca de 12 km. : º _ -
Marchava uma pequena coluna de 60 hºmens da polícia,
os quais caíram numa embºscada,, em combate de duas horas, Síºãúªãra.&&ta.mflº.5,BíúTíg— ªº ”(nªdava—mg . . 3- . ;

perdendo a polícia três homens, com diversos feridas, não per-


dando, um só, José Pereira.
A polícia plª-OCUIQVE, assim.,- atacar Princesa por três lados:
Tavares,. Nova Olinda e Alagoa Nava. Cºnseguiu tomar Tava—-
res-, mas fºi rechaçada. 'em Alagºa ”Nova, & Patos-, ocupandº &
“primeira depois.
De Nova Olia & Princesa eram 48 km..
A polícia ocupou sem combate Nova Olinda e aí fic-on. e
=-seu quartel—general, comandado pelo coronel Aragão Sobrinhº.
Fºrças de José Pereira se achavam & 4 km de Nova Olinda,
no lugorar Cipó, numa garganta da Serra da Canoa
Nesse ínterim, deu—se a _ demissão de Aragão, por se opor
a ordens superiores absurdas, substituído por Irineu Rangel, que
deixava Tavares e vinha com a sua coluna para Nova Olinda.
Daí mandou 150 home.,ns comandados pelos tenentes Arruda,
a; ELVWUITB. ' .-
Benício, Ascendino e Nonato, atacaram Princesa por Alagoa
Nova, novamente, enquanto ele, Irineu, subia pelo lugar Cipó,
“ xamã ª ª ?TWCQS
«cºm os tanqntçs Francelino, José Guedes, Elias e Lyra Guedes.
A coluna de Arruda fora aumentada para. 300 homens, enquan—
to Irineu comandava 400, destacando 150 para fazerem reco-
nhecimento, sob as ordens dos tenentes Benício e Elias, os quais
Inscrições deixadas pelos soldados da pºlicia paraibana, nas parede.-s do
158“ EdlflCIO dr..» Correios; .no povoado de Tavares.
P

a
a
a
ª

81833—381!)0
ã
.
f
Í

e
a
.-
'

-
:
.
I

r. tm e
ª
.

a S?;
T
ª

"

1-1,
:» . 3,7. : .l-+ 1 : ª, &
alg'ª' ,«zag-:º,
-. u. » "
H. -
-

'
I

ua
' '!YZÉN,
Í
%

D
,já???“
.“? ., . * '
'

. " " 7 -
., .
ª
ª

., -'«yll$f'
l..
* ”.A.
ª

D
'

o
.
-

; F
.

A
:,

<
(
. .'
._ ª.

.
ª. .

.
i
'
?

r , "u ll.
á
”É?“

b
.

:
,

".
J?

. «
' :

.* -!
, ]'1:
« ' g+ ª» 4
ªkii“:- —, A
I

PÉWT'É' -ç —
3.35%s

“e. &.
_

., , , ' .
“trªmitª—ir: ; l“:;
L

' n. 51 ' r

-. miami Eitª-(“Fgª.
l.

' 'C'”; "eai; ”5%


i

Í
"
.

'
"'
;

.
s
.
*

n '!l
i.
uLw.
'!-
“Pªrª...
.

UH. “
. “
r ".. ...x _,fa— .
*

4 “, ..
NM
71' “.:l

“.
'

hªi . ' "%;-"SW


5. ' .
"

.ªs: it?", ' ª “ ;* 1


J'í'ilª'?
I:“-

,. . . Mªg.“
.:! b -

. -f . ' u ' * * ª“: .


.

14:K'24;
':“
.

ªs () _ '; _. fr,: ' 191 -'


:

-$.. . *
'

“ªkªªkª
_.A.

“: r., "hc:— ªªi-Wª“


.“:«n ' - 1.53,
$- :.H ' .
ºªk-"5., "i" ,tªª' .
.
A

icq nª. R$"


-

.,
"**— .
i,. A

..

4
.

!
"v i F' F
In *,- MI,.
e

d';-4.=?“ ' “* F.C-


l' , **;
agp-nº ,"a vam"-
!

.
.

-
J.. : . ..Er... .:. .t./THE; Dare,—.. . : , . . :.; : . . .". , _. F.. _ _. ,. . __.
x . ...
Dantas, e à esquerda Epitácio

, ._
< . , .
. , , A _
("-P fincar—sa. €)”? [19 (19 3.9 ). .

, í
. _ . ., ..».L . .. ,
. . . ._. ,t
7
à
"
, A , L. 1 , . .
.. , , , , , . ,
., . . ,_ r , _ .
. . ,A
. , ,. . .
W
&... .
. ,, a
. L..-'
n
n... .... :,.m “Da
u & " _
“ .
O D f
% ,
S Ú
% . m O ._
| J .*
. “ .* ,
t
d
a
, &
r _ ,r
“W _. ,O na.. . . .
«% .
. . m .e ,. ”
e i r
. r
. a L_
d .“
,W . e
W .
, ",.. P a.) lã..
_
,.
r a
pl . . . . ! .
"
L
e , &.
W 0... m
W &. eP

0 . ” M u

W
w.
A
W .
m. . rl - I |. .«I . 1 .. . * l B . É .. «_?
_
,“
v ,
,
W
W
d
a
a
m.
_ C
'
1 . 6 .
W

O induàtrial João Pessoa de Queirºz, primo .deÍ' Jºãº


a
” ..
“ * ...—......
. .
. . . E
P

e ami-go de. Jºs%:


Jaz-rna! da Com.(ZTE-IO»
.
'

da
.'_ ,

“7?

íª .*.1
: ,ª.- &“

'
K' -
- »

ªº:;
. ª,;ç

: A ;

'. .' A &


1

' xxx

4, ªa.*» '?A -
-. » '

, .o!"

Foto original de Louis Píereck, tirada logo após () assassínio de Dantas. , E ª?» , _,
& Caldas na Penitenciárigdo Recife. fã; ( »
.. r i k i “ ,

— * jªir
53
7ª.- - «(ª é _ _, ,.?—

—- ' ' O; fatimª-to na» testa de Ioão. Dantas 'apa wºe em desta-que., desmentindº-—
Foto “oficial”, também de. Piereck, tirada por imposição da polícia. Nela " ª vers㺠ɪ'SUͺídí-º- '
o Cadáver de Dantas encontra—se em nova posição, a fim de Ocultar as
contusões da testa. e face.
;

l:
travaram ligeiro combate com Zeca. Ferreira, que comandaVa
40 libertador-es.

'
Polícia: 2 mortos e 3 feridos.
José Pereira: O.

..
;
.;

A polícia fugiu, e em vez de voltar a Nova Olinda, de.— . a

. 4
mandou para Manguenza, lugar de Várzea, & 3 km de Nova

”.& ,
Olinda, tomando várias casas, onde se alojaram.

.-
.
_
R

__
.
M anguenza

,_
,-
;
,
Zeca Ferreira saiu em perseguição da polícia,. atacando 90

— -.
.,“
de seus homens em três casas onde, se haviam alojado em Man-

»
ª
guenza. Em face de dois companheiros mortos e dois grave—

_
ªi h

3 6 5 ;

.
mente feridos, recuaram os libertadores para Canoa.

"
_ - ._

5 1 3 3

_ .
.
ª -º 4 3 5 .
O Cerco de Tavares

g u
.= l .á ª
Enquanto isto, José Pereira sitiava Tavares com cerca de

,
« t i ; ; ' ª

300 homens e suas, tropas, já então de 500 homens, cºmbatiam,

A
.; ?:

'v-wl—-
no vale do Piancó (nos lugares Manguenza, Cipó e Canoa).

.
. -
í «_ “ M ªP
Tavares ficou sitiado. João Costa reclamou pelo rádio ao

'nº.
.
"Átia,“glª

governo munições & reforços, alarmado com a situação. Alguns

ª .
dias depois, José Américo, já em Piancó, enviou o tenente Ar-

Q
.
ruda com uma coluna de 130 homens, engrossada com gente de

. c
V

.ǻ'

-
Joaquim Saldanha, que havia oferecido ao governo 400 homens,
.. “
*J
- |,
julgando número suficiente para vencer os de Princesa,
_ .

1.ª tentativa de romper o— cerco — Essa coluna encontrou


f
*
.

º a 2 km de Tavares um dos piquetes avançados de José Perei—


.
+
.

. &.“ ;;;. ra, composto de 19 homens, comandados por Manuel Lopes,


.
m

i uª , ,, . _. ,ª: '“ . "'_ '3 numa posição magnífica. T raven—se um combate de duas horas,
..

' , '. . 7 ' - . 5— fugindo & polícia em debandada, com numerosos desertores &
'
.
ll
:

É & , ' -. diversos mortos, sem qualquer perda para os libertadores.


..
,

* tr) ' ' ” ' " _ 2.ª tentativa de romper o cerco —— Irineu Rangel, com cerca
-

: diª 350 a 400 homens, procurouxromper () cerco. Estabeªeceurse


ª .

.
(“;,“; -,. )
"

Cap_ João Facó desfilandº em Primíãsàaõ à. frªme da “Opa de ocupaçãº,


.

. Violento combate, que começou as 11 horas e, termmou & nmte.


Í
"

.
-

em " .
:
V

A
l
f
», AV. >..
ff
;
As tropas. da J osé Pereira eram camandadas pºr Manuel. Lºpes, Sítio «
Zeca.. Ferreira e. João “Paulinº.
A polícia cºnseguiu penetrar em Tavares, pelº lado da
Igreja, com numerosos mortos, tendo os. libertaderes p'iicrdídº José Pereira mantinha em Sítio cerca de 250 homens, 00—
quatrº companheirºs, com cinco feridos. ' mandados por diversos. Verificou-se um combate de “316 hºras.,
O pessoal de José Pereira ficou entreTavar-es, Sítio & Prin— tendº saíão ferido João Paulino, que ocupava. a Lª posiçãº,
cesa, em hostilidades constantes às tre-pas da poííciaªª”, retirando—se do combate.. Recuou então a sua coluna 200 me—
Rompido o cerco, marchou uma nova 60111113 policial, Cºª“ trº-s, colocando—se em posição melhor. Com ela, recuaram os
mandada pelo tenente Mendonça, de cerca de, 150 homens. Essa outgos igualmente. João Costa avançou, tomando essa primªta
coluna foi, embºscada no lugar Gavião,. & 15 km de Tavares,. posição, e? aí permanecem não mais avançandº, não cºnquis—
pois José Pereira ficou atuando além deste povoado». José Pew tando mas um metro sequer. O pessoal de José Pereira ficou,
re:-ira não perdeu ninguém, saindo apenas ligeiramente ferido em outra pºsição, a 200 metros da ocupada por João Costa,
José Guedes. Conseguiu tomar regular quantidade de munição,, Jºsé Pereira teve um morto e cinco feridos., enquanto a polícia
incendiando um dos caminhões policiais. O estrago não foi maior“ cerca de 50 a 60 mortos, ao que infºrmaram os encarregados
porque se: aproximava outra coluna poxª dentro do mato. Diante. de enterros. 3
da dificuldade de reabastecimento de: víveres, teve de recuar
No avançar para Sítios, caiu João Costa em várias embºs—
o pessoal libertador, quando então a polícia conseguiu entrar Cadas, perdendo bastante gente. Eram elas preparadas por João»
em Tavares. . Rocha, Shahozinho Carlos e José Baião.
As colunas de José Pereira iam aumentando com os pró- Na luta de Sítio teve também grande destaque a coluna
prios desenores da polícia" é, mais gente que tinha as suas. pre-— de Antônio Zeferino, que combatia sempre pela retaguarda.
priedades incendiadas e bens tomados. ' João Costa não avançou, pedindo sempre reforço de mu»-
nição e gente, enquanto José Pereira mantinha em Princesa
Comentário n.º' 4 —— Tavares &: Alagoa Nova foram as maiores bem muníciados, 300 homens. '
conquistas da polícia paraibana naqueles começos de pugnas Mesmo que João Costa conseguisse avançar, não chegaria
fratrícidas. Perderam-nos, ambos, os libertadores por absoluta. a esta cidade.
falta de munição, embora pagassem caro os invasores nas em—
boscadas sucessivas. Distava aquela segunda e estratégica locali— F

dade 24 km de Princesa, distância que num dia poderia ven—— São Boaventura
cer-se, se a inércia não fosse mesmo a fraqueza da força do
governo. Talvez pensasse num ataque geral, para o que seria
mesmo preciso ocupar Tavares, Sítio, Alagoa Nova, Nova Era um povoadº de Misericórdia, & 84 km de Púncesªa,
Olinda e São José. Isto, realmente, iria acontecer,. se houvesse
onde José Pereira mantinha 150 homens, comandados por João
atravessado o Rubicão de Água Branca, o batalhão que () fei- Vicente. Contra a povoação investiu uma coluna da polícia, de
ticeiro guiava de corpo fechado, até que () abrisse o rifle de. 3007 homens, comandada por José Guedes, e Nonato. Houve
Gavião. vários recontms dentro .e nos arredores, com duas mortes para
José Pereira e 15 para a polícia...
Os libertadores haviam Ocupado São Boaventura, mas com
'ª' No combate de Tavares, antes desse cerco, combate que durou
dois dias,, batalharam armados ardentemente, José Pessoa, José Gonzaga? o avanço da polícia, recuaram, permanecendo nos arredores.,
“Severino Valério, forte proprietário, Neco Silv-ino, tenente Silvinº, Zeca pois- o seu objetivo 'era perturbar a». ação policial, ecºnomizar
Ferreira, Manuel Juríty, todos comerciantes com os seus moradores 'e munição :: anarquizar () estados. '
parentes — José Pessoa tivera um sºbrinho de 14 anos sangrado pela O pessoal de José Pereira recuou para Alagoa Nova, fican—
polícia, nos lados da Barra.. Levantaram—se então cerca de 20 homens de parte aí- .e parte regressandº a Princesa.
da sua família, para vingar-se. ª

1.60 161
Alagoa Nova não vira uma só pessoa. Foi encontrar depois algumas por
dentro do mato e com dificuldade pôde convencê—las & marcar.,=
Tudo passando fome e em completa miséria.
José Pereira mantinha 100 homens em Alagoa Nova., (:o-;—
mandados pelos comerciantes e proprietários Cícero Bezerra,,
José Faustino e Pító. A polícia demorou em São Boaventura, Ágaa Branca
aguardando reforço, tendo reunido todas as forças existentes em
Piancó, Misericórdia, Conceição, Santana dos Garrotes, Nova
Olinda, mais um contingente vindo de Patos Espinhara, forman—
do ao todo mais de 400 homens, sob o comando do capitão “Eis que o Presidente João Pessºa organizou 'a grande ex.—ª
Rangel, acompanhado de vários oficiais —— Nonato, José Mau— pedigão que. maiores cuidados causou & Jor-sé Pereira, que aº.
rício, Benício, capitão Benjamim, tenente Antônio Pereira, sar- seu encontro destacºu 80 homens,- sob o cºmando“ geral d e :
gente Clementino Quelé. Essa coluna avançou para Alagoa Marcºlino Diniz, divididos em glupos dirigidos pelo capitãº-
Nova, tendo sido Vítima de várias emboscadas pelas estradas. Luís dº Triângulo, tenente, João Paulino IX/Iaurício & Gavião;=
&

Tais emboscadas, porém, não surtiram efeito, e pelo seguinte: Esses homens saíram de Princesa & tardinha, viajando pelas
dessa coluna faziam parte nativos de Alagoa Nova, os quais marinº0,613 56 km por toda a noite,. para surpreenderam em can—.
conduziram as forças em Vários pelotões pelas caatingas, conse— minho as faças policiais. As 5 horas da manhã estavam em
Água Branca onde se daria () desastre da expedição governa—
guindo assim surpreender o pessoal de Alagoa Nova. Deu—se
mental, cujos passos a espionagem de José Pereira acompanha—e,
então um combate que durou. trinta e tantas horas, começando
rá, desde os seus preparativos em Campina Grande Tratava—se:
pela manhã & prolongando-se até às 11 horas do dia seguinte, de atender a um pedido de reforço feito por Toão Cosw, de
Quando o pessoal de José Pereira recuou, por falta absoluta de gente e munícãe. Doze caminhões & integravam. Saíram em di.—
munição. José Pereira havia providenciado reforço, em sete recão de Água Branca, embora, para. despistar, mandassem
çargas, que, entanto, não chegou & temp-0. q'ue iriam diretamente até Patos. Dali rumaram para Tavares;
Aproximando—se e entrando & polícia, saíram c-onduzinda pois João Costa lhes avisam de que & estuda se achava livre.
os feridos, recuando e emboscando, para Bom Jesus. A polícia Passava lentamente, por aquel-e povoa-do, “& principal colu—

« -.., .Jul—
continuou a perseguição até Cajueiro e Mulungu (Coluna Ran— na das forças paraibanas, com o objetivo de fazer () ataque"
gel). final a Princesa, conjugada & ação dessas forças _ com & colunaª
:
à
%*

José Rodrigues da Silva possuía um vapor de cerca de 3.000 de 80 homens do capitão Costa, na'cantonada em Tavares. Essas“ £
É
arrobas de algodão em rama e 60 sacas amarradas.. Tudo quei- cºlunas, sob o comando-em—chefe do tenente-coronel Elysió' 5
mado, com um prejuízo superior a 100 contos. Sobreira, comandante da Polícia e ex—ajudante—de—ordensª de ;

Fizeram do pano do altar uma bandeira, colocando-& na Sr. João Pessoa, formavam a Coluna de 'Honra ou Coluna*
cruz do cimo da Igreja. da Vitória. Num total de 220 homens, estava assim distribuída;
No combate de Alagoa Nova, ºs libertadores perder-am qua-— na vanguarda vinham os tenentes Manoel Benício, João Fran—"ª
tro homens, sendo que dois vieram morrer no Hospital; e mais celine e Ascendino, com os seus grupos cobrindo a' coluna do
três feridos. A polícia teve 15 mortos e 15 feridos, levados para capitão Irineu Rangel, e na retaguarda, & coluna do tenente—
Piancó e Conceiçãoª coronel Elysia Sobreira, seguida do estado-maior, caminhões
com material bélico, víveres e ambulância..
José Pereira ficou então em Cajueiro, contra o qual a pe—
Informado, com precisão, José Pereira, da marcha da co—
lícia fez alguns assaltos, não conseguindo, porém, avançar um
luna, que trazia () obíetivo de fazer o ataque definitivo & Prin—
só metro (18 km de Princesa).
cesa, enviou às imediações de Água Branca 80 homens., dei—'
Nota de Joaquim Inojosa — 1930: contou-me () capitão Xªnde—os sob o comando do seu cunhado Marcolino Diniz, que
Menna Barreto (Força Federal) que ao chegar & Alagoa Nova os distribuiu estrategicamente.

162 163
As sentinelas avançadas das forças de MªfC-Úíínºs ocultas:"; GÚHÍÍHBHÍÍ, ciaixanda as calma.-s Emi-'sim'. e: Franzz.-telmª- gar-ªm &;
nas matas, divisavam :o grossº da polícia paraíba-na,, “gl-m marcha,. -z.ím-ada.s sem auxílio, ..
pr'ecÍs-ande que“ entre as cºlunas dos“ _.t'enamies Berna? &. Fran—. Dºg 12 caminhões que: cºmpunham & ala-edição, Gizmº- foram
celina vinham dois caminhões, carregada-sumos . Deaaram ºs inc-andiados, quatro, em disparada, atmgiram e ”tªrifáriª de;
seus postºs & cºrreram até º pontº onda se encºntrava.. Marco— Pernambuco, ende permanaceim apreendidas & ”três, que c —
lino Diniz, que fºi. “mteímdo da marcha da Coluna de Honra-;. nhavam distantes, regressaram em tempo & Téíxeíra. "
Marco-line mºdificou & distribuiç㺠dos seus homen-sá feita,, :an- Ceasa-do () tiroteio,, as forças do deputado Jºsé Pereira dé-
teríormen-te, por José Pereira e tºmou a estrada, numa exten-— riam uma batida && mata, onde enc-entraram inúmeros. soldgdea —
s㺠de áeis quilômetros., ras-guardando & sua gente nºs pºntos mortos & fõrídGS, que fºram “abandonados., inclusiva “um gicªs—
mais amparadoa médieos das cºlunas,. que estava tºdº rasgada e debaixo da
Deu severas instruções aos. seus comandados, ,“dçtermínanda grand; depressão nervosa. , * ,
que ninguém fizesse fogo sem que ele, Marcolinº-, dispara—ss.? :) Marcolinº Diniz rea-nímou-G & n㺠parmítiu que ºs seus;
, cºmandadºs () molestass-em, ensinando—lhe, em “seguida, o Cªmi-=
“primeiro tiro, que. seri-a (: sinal de ataque. E assim foi feito.
“nho que devia seguir para alcançar os seus companheiros que
Quando o grossº da polícia estava bem ao centro de campo
razuavam sobre Teixeira. ' "
onde- se achavam entrincheiradas as suas fºrças, dais tir-05 es— O número cie mºrtes da pºlícia fai, aproximadamente,—"ºde
parsºs sºaram, , . Rompeu um tírcrte'ío violentíssimo, seguido 70 homens, sendo o de feridos superior” a 60. As fºrças de Mar-
de uma explosão aterrorizadcsra, jamais ouvida, nes sertões. E, cºlino Diniz tiveram, ”apenas, um ferido 8 dºis , dasaparecídoà?
em seguida, uma fuzilaria. que parecia produzida- por uma ªcção & apreenderam 72 fuzis & 20.000 balas. * ' '
de metralhadoras em ação constante;! ' O estampído que tudo Depois do encontro de: Água "Branca, que fica,. além da
abalam havia sidº de um caminhão carregado de dinamite que; Tavares, próximº da Fazenda Glória, quandº Marcelino Diniz
explodira aº ser atingido pelos primeirºs tires das forças de. regressava & Princesa, encontrou uma força de pºlícia. paraiba-=
Marcolino Diniz e & fuzilaria, que parecem de uma passante na, que vinha em socorrº dos seus cºmpanheiros, atraída pelá
seção de metralhadoras, fora a munição que o mesmº caminh㺠fuzilal'ia. Travou—se renhide cºmbate, sendo .a polícia dssbara—

*
.-Mw-v—-—v— -
cohduzia, tada. As forças de deputadº José Pereira fizeram nove pfíáiºfª
' As colunas dºs tenentes. Benício & Francelino, por sua vez, n&ires, inclusive um cabo, sendo todºs desarmados (: conduzidºs
vendo ºs companheiros tombaram mortos. e feridos, em vários para Princesa. .
pontos, & supondo que & violenta fuzilaria que enviam era das “Nesse “encontro houve, nas forças de Jºsé Pereira, quattro
metralhadoras das fºrças do deputado“ José Pereira, debandaram baixas e 25 na pºlícia, sendo 13 mortes e 12. feridosºª.
em cºrreria louca!
' A mortandade foi granda. O caminhão que explodiu trazia Cºmentário nº 5 -——- Na grande expedição que maiºres- cui-dà—
nõa—'e soldados, sendº, todos eles, encºntrados capedaçadgsê des causou a José Pereira., residia toda a esperança de João“
_ O segundo caminhão, que cºnduzia . gêneros alhtãenucms, Pessoa,; O seu aniquilamento o envelheceu. .
charque, farinha. e gasolina, ficou parado, numa rgbancelra, por- A embºscada da. Água Branca lhe. forra fatai, mas JOSÉ
que o chofer, º sargento que () comandava" a tres soªdacãos de, Américo de Almeida manifestºu a impressão de que não seria
Sua escolha, mºrreram nos primeirºs tim-s. Este caminhao,“ as cºm aquala gente que se vencessem 0-3 aguerridºs libertadores,
eç-as. dº deputadº José Pereira, na impossibilidade de: faze—1a negando sequer conhecimento de preparativos iniciais. Chamas—-
fimcionar e levá—Io para Princesa, incendiaram—ne. _ . lhe as palavras, de bastante “sabor histórico:
. Todas-'as colunas da polícia,, sem exceção de uma só, de— “Organizou-se, à minha revelia, sem que eu fosse., sequer,
'bandaram, recuando, desordenadamente. O capitão Irineu Ran.— avisado,, & chamada coluna da, vitória. (... . ) Foram recolhidº-s.
_;gel-, comandante das fºrças em operações., e º: tenente-ççmnel refagcfs dos destacamentcs locais, velhºs cabos da esquadra, fá?
Elysia Sobreira, que vinham na retaguarda, ªquªndo ouvuazg (> gem nenhum prés-tima Arre-cadaram guardas, civis bisonhos,
tremendº estampidc, segui-do. da vio-lenta malaria, racuaram m.— sem instrução militar,, ignorandº o manejo das gar-mas.. Reóruta—

154 165"
-
ram tudo que servisse para se aproximar do número exato. . . casa. A coluna que se» acha mais próxima de Princesa está em

.
(. . .) Contava—se que, desta vez, Princesa sería arrasada, . _ Tavares, a 30 quilômetros de distância, isso mesmo. isolada,


Havia certo orgulho nessa marcha . . . Atravessou Campina porque as estradas que vão a Princesa estás devidamente em—
Grande, Taperoá e Teixeira. O comando ia no carro da fre-nte, píquetadas” (A Noite, Rio, 16-5—1930). '

.
levando consigo um feiticeiro, um pobre—diabo dos seus 38 anos;
moreno & de boa altura, à paisana, como fiel do sucesso da

_
operação. Em cada parada, o bruxo fazia seu sermão. Princesa Escaramuças

.
'
_
iria à gaita. E & soldadesca entusiasma—da dava vivas. Todos

.
estariam imunes às balas e iam pegar José Pereira à unha.

. .
Moviam—se, de novo, as viaturas, sem a menor precaução, com “Por aqueles instantes houve vários» recontros da gente de .=;
::.

;
É
;,

.
um carro atrás do outro, rolando pelo pedregulho. ( , . . ) E José Pereira com o pessoal de Irineu em Lagoa do Serrote; :;
83
É

.
de repente, o horror. João Paulino, do lado de Água Branca, Pau Ferraris e Vaca, mmúcípio de Princesa, distrito de Alagoa

.“
"1
:.:]
,_
N ova.

-
deixou passar a fila. Era o momento; rompeu & fuzilaria. Um ' ',

No lugar Mulungu, fazenda de Cícero Bezerra, procurou:

_
grupo atacou pela frente e o outro agiientou atrás. A luta tinha

."
ésse caráter: & ação de surpresa... A. coluna, feita em peda- José Maurício, com 100 homens, incendiar & fazenda. Cícerº,

.
ços, acabou desarticulada. ( . . .) Foi horrível & mortandade. com cinco homens, de cima de um serrote, abriu fogo contra

.
Quem não morreu, se escafedeu. (. . .) O feiticeiro desmentiu a coluna, que se dividiu em duas, passando a combater uma

.
.
& seu pode-r, morrendº também” (sic: “'Na segunda quinzena contra a outra, perdendo 10 mortos por eles próprios. ª'

.
'de! junho, dei uma chegada à capital. (. . .) João Pessoa estava Antônio Pessoa, vulgo Pító, que comandava 50 homens 110%


%“ 'a'-mais envelhecido. O desastre de Água Branca —-— contavam—me, % povoado de São José, a 8 km ao Sul de Alagoa Nova (entrei

.
.
,
% 536115 íntimos "— fora=1he um golpe penoso”). ' Patos &: Alagoa Nova), saiu com dez a 20 homens a fazer.
ª Ora, é fácil de tirar pelo menos uma conclusão da narrati—

.
escaramuças em Cajueiro contra as tropas de José Mauríciº,? :

. . »
% Sªva do memorialista paraibano: de que o Presidente João Pessoa causando mortes entre os soldados. ª

.
ª não mais dispunha de forças regulares e as ia recrutar entre os Nesse tempo José Pereira possuía em armas 850 homens —-»—' É
ª? fiíoões—nínguém das cidades e do interior, confiando—lhes, por


- número que jamais chegou & ultrapassar9 —, muitos mal aquí-º %

.
% ironia, () comando ao tenente-coronel Elysia SQbreíra, um dos ª pados. Arregimentaria 3 ou 4 mil homens se dispusesse de? %
“';; braçºs—direito do seu governo, e à proteção espiritual dó armamento. Os seus constavam na maioria de rifles, comblainj %
% bruxº de Campina Grande, a cuja existência se; referia o Jamal ' Alannlz'ch'er, Rena (bacamarte de espoleta), com os fuzis toma—? ª

.
53% de Princesa (5-7—1930), anunciando que dentre os cadáveres dos da polícia.“- Essas armas eram aproveitadas nas emboscadas= É
1 que & debandada deixara insepultos se encontrava o de “um º guerrilhas. A. não serem algumas armas» modernas empresta—: ,
ª" _.Eeiticeiro, que juram penetrar em Princesa ao meio—día, sem ser das por amigos, as demais, boas, eram tomadas da polícia,“


?ª 5,3515099. _ como acontecera em Água Branca..
ª ' O desastre de Água Branca fora a última pá de cal_ nas José Pereira conservava sempre, em Princesa, no ,mínimof
É esperanças do presidente da Paraíba de dominar o. reduto hber— 300 homens municiados, havendo ainda cerca de 10.0' comanda—º.
'Jtador, enquanto para José. Pereira,. infcrmava o Jornal de Prin- dos por proprietários da região, armados e prontos a entrar?
casa, “Água Branca será sempre assinalada como o ponto de ; em combate casº & atacassem. Aqueles 300 homens Estavam
Pªrtidª pªra & vitória final”. ' i ' distribuídos em posições em redor da cidade. *
' Naquele instante, segundo uma descrição do repórter de José Pereira teve conhecimento. de que João Costa dese—'
A Noite, do Rio, que visitam Prinçesa logo após o reencontro, jando avançar . sobre Princesa, pedia autorização 'ao ::apitão.
“É? Aera aseguinte & situação das tropas d_e ;João Pessoa: . Menezes, acantoníado em Lagoa da Cruz (Menezes contava com
Í . . “As forças sob o comando do cap1tao Range; e do tenente— 80 homens e duas metralhadoras) para atacar aquela cidade por
%) coronel Elysio Sobreira estão em Te1xe1ra,_ APlanco e . Naya * Pernambuco, já que era impossível fazê—10 pela Paraíba, pe—
“. Olinda,. respectivamente, a 90, 108 e 84 qmlometros de Prm— 5 dJndo-Ihe igualmente para colaborarªm-.

&- ) 166 167


Enquanto recebia awsos de correhgmnánºs de Pmncó Ml—
sencordla &: Conceiçao de depredaçoes pohmals clamando por
cara:-mas . . ..

A Retmnada de. Si.-tão


aa./30,4 ÇÃQ zw 55.3??358 fªz:;Marmº
" FÚFÍÁÁEM
Pm? FÓPÇm €£$-fam
Achou então necessário José Pereira quebrar a linha da
Sítio e assumir a ofensiva-.
Achavam—se próximos de Sítio 2.00 hamcns. José Pereira
mandou mais 100, sob o comando de várias, inclusive Abílio
:: .E“ .4 ff? # ; .
Pereira Lima, João, Paulino e Manuel Jeca. Esses 100 homens»,
sob este co,,mando aproximaram—se de Tavares, por dentro da
. . >
. , , .

. ,, ur
caatinga, de maneira a poder cortar a ligação de João Cºsta
entre Tavares 6 Sítio.
Jºão Costa nunca apareceu em luta, enquanto Irineu entrou
. g [Af-227743; em Tavares &: Alagoa Nova, combatendoº
:* . As tropas de José Pereira que estavam em Sítio também
gf:

atacaram de 15 às 16 horas, apoderado—se nesse mesmo dia


€€€/“kw?
de algumas casas da povoação. No dia seguinte a luta recrudes—
ceu pela manhã, mgrrendo () tenente Agripino Câmara. Os 100
?fffº'êªªí ”ªfã?- - PA;?AÃBA
homens que estavam em Tavares fizeram recuar por duas vezes
"h—c
_— '—"*lu. . (JÉÃG 4945311994)
. . . . . :
. —.
. z . r . < c . - 1 : : : - > É 5 C k — ” , M . , — " " E
Campxna
r a q g g . . . . .
os socorros enviados por João Costa e depºis apertaram o cerco
3.3“ .É pariª), .a" .,rn' Des-ferra sobre: Sítio. Batido este às 9 horas, pelas 15 horas voltaram,
' PRINCESA para Tavares, contra 0- qual investiram à noite.
. O pessoal de José Pereira tomou primeiramente duas casas
Har- as ª?»
-
w á º c / í t ª & ? ! e . . , — ' .
. ' .»!
t à í ' t l — r
&...,"
_ao Sepé dos serra—tes de Sítio, atacando de frente, tendo partido
“ROMA”?! Caruaru de Lajedº; Ao mesmo tsmpo atacavam, agarrando-se até
área:/“arde mesmo pelas pedras. Conhecíam bem o terreno. De outro lado,
.EÉ'ÉNA Nªa-cfc ::? _ outros atacavam de lado e de Tavares vinham cerca de 100
caNyaf/çars ]. -' ' —- . : ' ”' ' hºmens atacando por trás o pessoal de Sítio. Nesse primeiro
Fargas“ Fe dera/5 de Faféa/eaa Laje-do de. Sítio fica uma verdadeira porta chamada a Parra de
“ de Nacªo/f
'ª' Princesa, entre duas grandes colunas de , rochedos que consti—
.» "
da Recife
mem uma verdadeira pedra.
» . Zimifes ihfevresfdofaafs
Ao sopé do segundo Lajedo de: Sítio fica a casa onde os
oficiais da polícia estavam aquarteladcs com o seu Estado—
;
-

Maior. Essa casa está toda furada de balas,. dentro e fora.. Os


.

Mapa de autoria do cartógrafo Eduardo Canabrava Barreiros, descrevendo


M

libertadores investiram atirando das pedras e das árvores, de


o itinerário da intervenção federal parcial de Estadº da Paraíba“, pôr


tal forma que a polícia fugiu.
M

' trºpas: do Exército, com o fim de isolar a cidade de Princesa e obrigar


P

.o cessar-Iago entre libertadores e policiais.. O pessoal de José Pereira tomou os serrote-s e daí atirava
M

“nas casas onde estava a polícia Ocupou cerca de dez serrotes


inexpugnáveís .
..-

169 '
A
F"-n—71'f-u>w . " a , . , _, , ,.,_
-
* _ ª ' ª “ m " = ' — W m — *a=—=—=——

ª
.
.

Custa & crer como a. pºlícia perdeu essas posições-. Convem absoluta “neutraliza-ção da parte orient-ada para a --capital do Ter-
"

acata—az que tomadas essas pedras ºs libertadº.-res atacaram as


'

rítórío Livre. Eram contundentes as palavras. do Chefe da Re-


casas até que a. polícia corresse. pública: as tropas governamsntais ainda não haviam dado
.

As pedras se amontºam formidavelmente. São as pedras notícias ao que vieram: — “Não é demais repetir mais uma vez
dº Reino. . . que cas defensºres de Princesa não viram uma só demonstra—
'

A. frente de Sítio, de quem vem de Tavares para Princesa,, ç㺠de força do inimigo que impressienasse & moral dos cºm-
elas ocupam um quilômetro de extensão. batentes libertadores, moral cada vez; mais inquebrantável; que,
M _

Ave—nidia Liberal —— Viva Zé Camavalí Viva a Revolução? finalmente, as portas da cidade estavam abertas para 05“ que
ªíínscrições, nas árvores). Há nessa avenida, de: mato regada &': desejassem comprovar a realidade destes fatos. . . com dífeito
.
"

queimado, numerºsºs buracos que serviam de trincheiras. Ha & hºspedagem” (telegrama ao jornal” .A Noite, do Rio, abril—-
?

uma “casa de onde saiu o tenente Agripino, sendo baleado nº


l

1930).
momento em que. corria. Foi enterrado pºr trás da casa. Ha Estava—se com três meses de luta e. podia concluí-1“:
'
"

grínta &: tantas covas de gente da polícia. — “ . . . nestes três meses de luta, em que a mentira tem sidº
Estava retºmado Sítiº, a melhor arma do presidente do Estado, envolta com tºdºs os
crimôs contra a vida e & própriedade dos nºssos cºestaduanºsºº.

Cemerztárâo n.ºª 6 —— Ficava. & pequena povoaç㺠de Sítio situa— No combate de Sítio perdeu Jesé Pereira quatro homens 'e
'

da a 16 km da Princesa. Perguntar—55% por que João Costa., sete na investida mantra Tavares, enquanto a pºlícia“ perdia car-
?

comparado—<>, e dispºndo de mais de 3.00 h-Gmens em Tavares., cªça. de 50. Feridos: Ig.-sé Pereira 22 e a polícia cerca de 30; além

aão avaaçou sºbre Princesa, deixando—se facilmente cercar. EX— de. muitºs desertºres.
A

=plica—Se. N㺠precisaria Jºsé Pemira de muitª gente pªga. bªr—


f
F

rar—lhe Os pass-eas. Entre Sítio &: Princesa ôílstíffm fçrttfgcan-S


j
.

ªna:-mmª de pedras; —— “duas das quais_5_ as do Ramº, mspiramam


M

algun-as páginas do romance, de Amano Suassuna-., danF'LQ—lhs


J
.)
,

mesmo () tímlo & ilustrando-0 Rom-arme á'A Pair-c:; do Rem-0 ..


. .

!
_ "

" Reina cuja. sede viria a ser a do Território Liv-re de, IE?-.n—
JG;-sé. Pereira resºlve-u ent㺠enviar calmas- para: & intaríorf,
'

sentindº—se tranqííila quanto à situação de Princesa.


ces-a —, esconderijo idea-1 para :) sertanejº escºraf & pºlicia.,
_
>

Lª 6013351361 —— Cinqííenta homens. coz-mandados pêlº tamente


.

ªxial-s emboscadas de que em mestre.


J —
'

N...-;"

Gíló- e Jºão Paulinº,, na direção de. Brejo da, Cru-z, Catºlé do


Cºnhecehd'o, talvez, a região, preferiu Jºão Costa guardar


-

Rªcha % Pºmbalªªª. Essa gente 413 para 'as fazendas Garra & Pedra
'a'-s dúâs pósições conquistadas como ponta de lança de uma
_.(L.*..
'“
S

Picada, de José Pereira, a fim de garanti—las, evitando 'ÍLEI'ÍGS da


permanente ameaça aos libertadores. Mas estes, em pouco, mas.-
X

polícia e por sua conta própria foi & Brejo da Cruz no intuito
".
n W

trariam & sua superioridade combativa,. não somente cercandº


ª
&
Í

, de tomar uma víndíta contra gente de Joaquim Saldanha, que


Tavares (somo retomando Sítio, afugentando & ameaça. . .
A

tar da povoação de São Jose, magdala & Tavares engrossar & polícia.
' O mesmo poderíamas argumen 2.ª coluna—Logo depºis mandou José Pereira outra, coluna,
.

mais próxima ainda; que as tropas de; Irineu Rangel_.chegaram


._

com 40 hºmens, até Piancó —— sob a chefia de Pedro Gavião —,


& ocupar 15 km de Princesa -——-, quando Jºsé Aménce de A1- para ver se era possível apoderar—se do avião ali pousado.
meída exultava em telegrama ao Presidente Jºão Pessoa: —— Essa cºluna teve Váriºs recontros em Boqueirão, Olho dªÁgua &
.

“Nossas forças acabam de çcupar o povoado de São José,; a


.”

Aroeiras (Piancó), “perdendo três homens e causando Várias


" uinze quilômetros de Princesa, estando completo o sítio àque—
&
0 "*)-x?“

- mºrtes na coluna de Benício.


Iá cidade”. '
!

.Apressar—se—ia José Pereira em desmentir o anúnciº do car-


]

T
.

co, nem_ este podería mesmo ter—se realizado, uma, vez que as * As cºlunas viajavam sampa-$ & ca'-valo. Esses caValºs, terminada,
t

iibert.adores haviam retºma-de Sítio, e T avares continuava sºb & luªàa, foram todos restituídas aos sans donos;
”Wu.

N...."

470 171”

'
,

«
EEM"1.3).!..
I"
F
!

|,
l

l
|

|
ii.,ª coíuzza —— A 3? coluna, de: 60 homens, em direção de; nhado por forças armadas,. sendº que de uma. vez 2780 fases
Alagoa de Monteiro, comandada por Antôniº Zeferino, lavava passando pºr picadas & 2 km de Tavares. E. colocou 100 homens
pºr finalidade engrossar os correligionários dali, que prºmetiam na, direção de Tavares, pºrque se João Cºsta enviasse os seus
armar 70 homen:para combater os criminosos que coºperaram soldadºs, esses 100» homens lhe dariam combate enquantº c::
com a polícia, Maçarico, Chá, Bordado e Passarinho. Essa gado passasse.
cºluna foi até Camalu & Santana do Congo (São João de Ca— João Ferreira, prºprietária das fazsndas Aroeiras & Curraia
riri) , Vºltando por Camalu & São Tomé (município de Mºntei-— Vamo, eX--subprefeito de Piancó,, aderiu ao perrepísmo, por ter“
ro) e Desterro (município de Teixeira). sidº todo o seu gado confiscadº. ,
Nesse raid & coluna perdeu dois homens e .a polícia dois- José Florentino (José Jesca) comerciante em Santana elos
soldados e cinco fºeridos. Garrotes (Piancó), teve a sua mercadºria confiscada pelo te-
44.ª coluna —— A 4.ª coluna, cºm 150 homens, já era co— nente José Maurício e mandada vender em leilãº, sen-do arrema—
mandada por Pitó, tenente Giló, João Paulino e Laurindo Al— tada por Joaquim Sérgio Diniz (lais de 50 cantos de: merca—
ves, Foram eles até São José da “Piranha,. cinco léguas antes. dorias).
de Cajazeiras, chamados pelas famílias perrepístas, que estavam Leocádio Rocha de São José do Egíto,c01n fazenda em
refugiadas em Aurora, Lavras, etc. Piancó (nome Cabeça de Boi), teve o seu gadº liqúidado.
' Ali morreu João- Paulino. >.. Pedro Ignáciº, fazenda Olho d Água (Cºnceição), teve seu
Quando se- verificou a morte de João Pessoa, José Pereira gadº morto e sua fazenda queimada.
autorizou Dom Moisés, Bispo de Cajazeiras, &, fazer regressar O mesmº destino nas fazendas de João Názaro (Concei—
essa 4.ª coluna, não consentindo, casº entras-se na cidade, qual- çâo) Pedro Arruda (Misericórdia), Américo Vicente &: Antô—
quer depredação. nio Perena Lima (cereais e 15 000 arrobas de caroço de algo- .
De volta, na cidade de Misericórdia, foi .a cºluna embºsca— dão“.
da pela polícia, no lugar Boqueirão» dos Coxos, com alguns feri- José Américo ficou em Piancó, de onde sementa sair-ia
dos de ambos os lados. para buscar dinheiro na capital.
Durante todo esse tempo, as duas colunas de João- Costa As bºmbas fabricadas e foguetões de: gases asfixiantes ser-—
& Irineu Range-1 se conservavam imóveis, dentro das duas po— viram para destruir casas em Campina Grande. e matar várias
voações, Com a- diferença de que Rangel ainda saía por várias pessoas em Buraquínha
vezes em visita a pessoas da família, em Bananeiras, tendo es—
capado milagrosamente de uma emboscada; entro—u, por duas Comentário n.º 6 -——- Que visava José Pereira com a invasão do
vezes, em Tavares, levando reforços & João Costa, assim como estado pelas suas colunas? Simplesmente demonstrar que não
em Alagoa Nova, tendo tido baixas e infligido outras, ao mais temia & ação “da polícia; que não havia risco na sorte da
passo que João Costa continuava parado. . . sua República—; que a capital do Território Livre de. Princesa
Se não fosse 0 assassínio de duas crianças cuja respon— pºdia dormir tranqííila. . . Passava da defensiva à ofensiva —
sabilidade lhe foi atribuída como comandante da trºpa, Irineu embora por todo o tempo a ação dos libertadores se caracte—
Rangel sería digno de louvor, porque sempre respeitou as fa— rizasse mais pela agressão, em sortidas constantes, do que pelo
mílias & protestava quando lançavam mão de bens alheios encaramujamento da defesa em que conseguira neutralizar a
As demolições em Alagoa Nova e fazendas como também pºlícia. A,,gora não se tratava mais de emboscar, desafiar e
em São Boaventura (Misericórdia), apesar de realizWadas frente recuar. Precisava invadir o estado, aqui ali e acolá levando
de oficiais em comando mereceram sempre protestos destes, os seus homens até quase 0 1it0ral,a0 cariri longínquo fron-
'os quais, entanto, se justificavam afirmando não poder evitá-las, teiras do Rio Grande do N01',te numa demonstração de que era
uma vez que eram ordens de autoridades superiores. O senhor absoluto da guerra, cinco meses depois de deflagrada.
José Pereira abastecia de víveres & munições () seu pessoal Sobretudo atemorizar as autoridades estaduais & advertir o
em cavalos (cargas) e várias vezes mandou buscar bois de sua pais da impotência destas no dominar a situação e que gera
propriedade no município de Piancó. Esse gado Vinha. acompa— chegada a hora de o Governo federal intervir
173
Naquele- instante, de seu quartel-general em Piancó, o Se— Deserevia, em seguida, () espantalho das colunas:

u
cretário de Segurança José Américo de Almada se a-Ssust-ava, “Mantemos “uma coluna de 300 homens em operações a
confomie & deSCI'ÍçãO que faz nas memórias,. no capítulo “0 quarenta léguas (sic: 240 km) desta cidade, em Piancó (si-c:
estouro”. ' Estado-Maior de José Américo de Almeida) & Patos, sendo
Foi mesmo o estouro, já no mês de julho, oitº dias antes 150 a pé e 150 a cavalo. Assumímos, assim, a ofensiva, e que-
da morte do Presidente João Pessoa. remos demonstrar ao país que as nossas tropas entram e. saem
“Vívíamos no temor da intervenção e eu Via a hora de de Princesa quando querem, e combatem onde entendem, ou
tornar-se inevitável essa medida”, confessa José Américo de quando encontram a quem combater, o que é hoje o mais
Almeida. Isto, decerto, não acºnteceria, se naquele mºmento. as difícil. As tropas do Governo estão limitadas a duas peqâenas
forças paraibanas não continuassem acantonadas &: inertes nos & desanimadas colunas: uma de Irineu Rangel, em Alagºa Nova,
seus redutos de Tavares, Alagoa Nova 6 Sítio Cajueiro, quase e uma de João Costa, em Tavares, sem coragem de atacar, nem

.
mesmo de sair para mais longe.
arredores de Princesa.
O plano traçado pelo comanda—gsral das nossas forças está
As colunas iriam causar ainda mais o espanto dos seus es—
em Vias de realização —— isto é, cortar qualquer comunicação
conderijos. “Quem conhecesse, como eu, o que representava.
da polícia com a capital da Paraíba. Todas as estradas que dão
essa nova fase da luta, bem podia avaliar seus riscos”, escre— para Princesa estão com as passagens principais sob o nosso
via JAA. E depois de citar & colunatª Prestes, que “rasgam um domínio absoluto. Mantemos em frente de, Tavares, & quilômetro
mundº com batalhões no rastro”; anunciava & persgaectíva sem— & meio, uma linha de combatentes prontos a investir, “se ne—
”bria: . ces-Sátão for, contra essa localidade.
“O Ceará conhecera :) que valiam ess-as marchas Massala-a A polícia- não avança. Quando ºferece mesmo provocada,

M
tiaras-.. O General Franco Rabelo Vim-se depºsito pelos jagunços um ligeiro combate,, a p a r a fugir em debandada.
dó Juazeiro-”. . ., A nossa ofensiva,. ao contrário, aumenta.. Dentro de pouco-
' Criar-a José Pereira ca impasse. ..decísíve. nas Vôlei,-dades go— tempº, os trezentos valorosos sertanejos em Visita & Piancó &
. vemamentais. ”Patos ser㺠outros tantos em todo 0. Estado.
Numa notícia de primeira página. do Jornal dia? Princesa, Por que a polícia não evita essa ofensiva? Por que nãº
de ”21 de junho de 1930, depois de se descreveram & retºmada investe contra Princesa, no momento em que grande parte dºs
de Sítio & o avanço sobre Tavares, afirmava—se: nossos combatentes andam por Vários municípios“ paraibanos?
“Há quatro meses que o presidente. da Paraíba promete Enfim as forças libertadoras cºnsideram a polícia coisa
tºmar Princesa, para arras-á—la. A nação inteira já sabe que esse secundária. Ao som do Hino de Princesa elas marcham em
homem azíago não conseguirá realizar 0 seu intento. Várias desafio ass bárbaros”
vezes marcou o dia em que lançaria & primeira picareta no Esta nºtícia, publicada sob o título de “A situação das
alicerce da nossa igreja. Já que isso não lhe é possível, quere—= nºssas trºpas”, mostrava que era bastante precária & situação
mos demonstrar ao país que em muito menos tempo domina-— das forças do Presidente João Pessoa às vésperas de sua morte,
remºs o sertão inteiro e marcharemos- para o litoral. desmentindo () ºtimismo de José Américo de Almeida (mani—
Alto lá. ., . Desta vez a ofensiva é de nºssas tropas”. festado no livro do Nego, de que naquele mesmº instante hou-
Seria mesmo das tropas libertadoras, & ofensiva. O referido vesse ultimado os preparativos para a última investida, com a.
jornal & anunciava no seu número seguinte, de 5 de julho de situação, por assim dizer, dominada, com () Safado Livre cie-
1930, isto é, de 21 dias antes da morte do Presidente João Princesa limitado a uma “nesga do município”, achando—se pre—
Pessoa. parado para “desferir () golpe final”.
Voltava & referir-lhe ao ultimo grande combate havido
GS,
Seria preciso primeiro destruir a existência das colunas em
em Sítio”, com a polícia encurralada em TaVares: — “Sítio movimentos livres pºr todo o sert㺠paraibano, no interior
está em nosso poder e os soldadºs não se animam & retºmá—IO”.. mesmo de Piancó,. E depois atravessar as pedras que protegiam

174 175

w
n
v
«
-
a
.
.
:
.
-
0 remº muralhas que. a. natureza. preparam para garantir &
P&BSO'a. extinguiu-se com este telegrama que lhe fºi enviado

_
ínvulnerabilídade deste, na descrição realista de'w Ariano Suassu—
pelo governador de Pernambuco” (sic: telegrama tganscrito)_..
na: —— “Os arredores do Castelo do meu sangue real e qua-
damascº mostravam, pouco. a poucº; uma brutalidadªa amaldi—
Termina o primeiro Caderno de reportagem fe1ta ao VIVO,
em Princesa, com José Pereira Lima, em setembro de. 1930. .
çoada, inescrutável, cruel, desafiadora”._
Aqui vem .o— segundo, com algumas antas colhidas &: lm»
Esta, a, brutalidade que desafiou, por cincº- meses, as tro-
pas de Presidente João Pessoa. press㺠6% Visita qua fiz & Tava-res.:
Igualmente não se compreende como, estando em condi—
ções de ª'ªdesferír o golpe final”, não () houvesse autorizado!
Desfazia—se a lenda de que José Pereira e João Suassuna Notas de l9—3O
se houvessem “encontrado no sert㺠para estudar uma “fónnula
que encerrasse- o» conflito” (JA—A), diante de: hipotética van-
tajosa posição da polícia paraibana, para o que teriam pedido “Francisco Raimundo da Silva, ——- comerciante em Cªiga-—
a intervenção do governador de Pernambuco, Estácio Coimbra. zeíra (depósito de estívajs, pel-es, couro, etc.). Votou em Juho.
'É certo que Firmino Paim, por diligência própria, e o re— Prestes. 'Na véspera das eleições João Pesa—3133. esteve. em Ca—
presentante da ala João Pessoa., senadºr darrotado Tavares jazeira, onde discursou dizendo que não vmha cabalar, mas
“Cavalcânti e/ºu Joaquim Pessoa chegá'fam & estudar a maneira visitar o eleitorado, pois () pleito era livre. Mas telegrafou da
de um deixa—disso, sem qualquer consulta & Iva-sé Pal-eira. Acha- cidade de Souza para a autoridade policial dalg, "mandando que
sa o fato citado por Antenºr Navarro, em carta de 1931 publi— agisse contra pertepístas. Depois; para & a_legçao a_ deputado
cada em O Jºrnal" (Rio), referindo-se a Joaquim Pessoa: estadual, no dia marcado estava a força: pohcmlyembalada nas
“que, no Rio, esteve em entendimentº com o Sr. Paim Filho seções, n㺠podendo votarem ºs perreplsªs, senao (e: pqucos)
para combater o irmãº; que nas vésperas da morte de João nas Lª & 2.ª seções. Oªs- psrrepistas devam “ter 300 eleitores,
Pessoa disse a um jornalista carioca ir à Paraíba propor um. tendo votado cento e poucos,. não podendc os demais defriçlo
à coação. Depois das eleições estaduais, a autoridade 1301101211

' ª ' — . avaa.z—v—..41v


acordo ao seu irmão, rompendo com ele caso não o atendes-
se”11. Junto & Estácio Coimbra, entanto, se. iniciativa houve no recebeu um rádio direto de Joãe Pessoa mandando fuzilar Fran—
sentido de paz, teria partido de Epitácio Pessoa,. conforme se cisco Raymundo, o qual então abandonou tudo, fugindç para
poderá deduzir do telegrama que a este passara aquele: Juazeiro, no Ceará, onde passou dois meses, vindo depºis.,para
“Senador Epitácio Pessoa —-— Recebi do Sr. Suassuna o se— Princesa. Não chegou a tomar parte em cºmbate. Estava 3a em
guinte despacho: —- “N㺠podendo falar com Zé Pereira devido Alagoa Nova para combater, quando houve ordem de recuar,
às chuvas caídas ontem, passei a súmula do telegrama do Se— devido à notícia da vinda da força federal. Seu estabelecimento
nador Epitácio”. Respondeu não confiar em qualquer espírito de em Cajazeira foi totalmente destruído. '
conciliação do governo da Paraíba. Assim, julgo fracassadas O capitão Antônio Salgado, cºmandante do destacamento
os meus esforços nº sentido de evitar que a situação se agra— de Souza, censurou () tenente Cajazeira (Antônio Benício) por—_
vasse ao extremo de não permitir qualquer entendimento que que não prendeu & fuzilou em tempo Francisco Raymundo».
retirasse 0 caráter de ferro e fogo na ação do poder público”. Respondeu que não podia fuzilar um homem simplesmente por— .
Convanhamos que, passando a Jºsé Pereira a súmula do que havia ele vºtado em partido diverso; que, se ele, Salgadº,"
telegrama de Epitácio, & tendo () caudilho fugido “& qualquer quisesse, que prendesse e fuzilasse. O tenente Beníciº foi cha—'
espírito de conciliação”, levando João Suassuna a lavar as mãos mado à Paraíba e preso por três dias.. Na sua ausência, 0 de—
sobre o assunto, de Epitácio & não de José Pereira partira & legado local eSpancou & depredou.
idéia de um acordo.
Bastará, sobre isto, que o leitor se, lºuve nas palavras de ALA-GDA NOVA --_ A casa, mais próxima de Princesa
Adhemar Vidal, de. 1931: =— “A interferência do Dr. Epitácio pela Estrada de AlagG-a Nºva, distante quatro léguas, de pmi
priedade de Cursino de Souza Lºpes, em Laje da. Onça, foz
176 : 177
"'”“
..
' ”ªª '“
Caim-*
'
n
N
queimada e destruída pelo tenente José Maurício, que estava Tavares sob 0 emando do capitão. João Cºsta: faz-nos re—

» mib'í'áílilDaí-I JH
ª

W
à ?rente de piquete nessa casa. Qu—eimaram e correram para corda?" a: bravura dºs franceses na defesa de Verdum e anun—
Cajueiro, & cerca de mem légua, onde estava () quartel—gene— ciar—nos que em. Princesa Zé. Ca? zaval encontrará o castigo me—

H
ral. ' ' recido.

'
Uma casa de Joaquim Alves da Silva, em Laje da Onça. . .— Noutra parede:
A mulher fugiu,, deixando cereais, legumes e criações. A0 re- Juarez. Távora, [pagador que sonha conquistar a alma. bmsi—

ã
gressar encontrou a casa queimada e tudo desaparecido. .Zez'm.

i
Tem quatro filhos paquenos na miséria. Coluna da morte

ª
As casas de João Grande, que serviram de piquete das Numa ºutra parede:
tropas de José Américo, de José Luís, onde ficou o Estado— Siqueira Campos, glória do militarismo da Biasi—l.

l
Maior, & de Joaquim Cordeiro Florentino, todas depredadas. Istº, numa sala. Noutra, lia—se:

u
Viva o nome hºnrado de Luís Carlos Prestes

'
LAJEDO DE BONITO ——- Cheio de lajedos e ianques Sargento Affonsº
com água. Posição para onde José Pereira recuou quandº to- A Agência do Correio era um prédio grande, de duas salas,

.
maram Sítio. Posição excelente, sobretudo peía água exist-ente. cinco quartos, sala de jantar, cozinha, quintal amplo. Tivera

'
Existe uma casa onde as tropas de Jpsé Pereira estabeleceram telhado e quartos destruídos. _
Derstruídos um vapor de algodão da viúva Maria Pereira

f
() seu Estado—Maior. Cheio de pedras. Posição magnífica. Todas
as trincheiras naturais de pedras tamadas pelos libertadores-.. Lima e outro da José Cazuza: de Mello.

)
Por aí passa a estrada que vai de Princesa para Tavares. 0 Numa das casas estava 0, quarto internº com a parede pin-


ponto mais próximo, nessa linha, aºnde chegaram, depois de tada 'de sangue e uma cova ao lado.
dão, os homens da polícia, mas nâa censeºuiram aproximar—se.

É
De cima das pedras. de Lajedo avistamase as pedras e ser- APETREC'HOS —-—— O libertador preparava-se com um: eo-
rates. de Sítio. O pessoal de Jºsé Per-eira, cansado de esperar- bertº-1“, uma cartucheira na cintura com 60 balas, de fuzil ou
0 ataque, resolveu atacar Pedras numa extensão de ”10 km, for-'-
rifle, uma cartucheíra de parabellum com 50 balas a tiracolo,
mando uma cadeia. constante de pequenas cadeias que se unem,

"“
dois bomais de munição (400 balas) e um de comida, um cantil
com água, uma gravata verde—amarela, um chapéu de massa
TAVARES — Depois de Sítio encºntra—se Tavares. Antes coberto de pano, uma faca, alpercatas, uma pistola e o fuzil.
de chegar—se ao mesmo, passa-se por um açude, já se avistando Trajado de mescla. O chapéu preso ao queixo por uma magia
o povoado. Próximo desse açude há uns pequenos lajedos, onde de cºuro. Uma latinha para documentos. I
estava o_ pessoal de José Pereira, já avistando o povoado, e de As munições de José Pereira eram levadas às tropas em
onde atiravam nos que tentassem alcançar o açude. A entrada caminhão, guardadºs por piquetes de dez e 15 homens.
de: Tavares há um vaiado comunicando duas ruas. Tºdos os Em Princesa foi instituído um prêmio a quem mostrasse
muros furados, dando para uma pequena planície, o ,que tor- uma cédula «sm dinheiro, tomada da polícia. O 'matuto dizia
nava difícil a chegada das tropas de José Pereira. A não ter visto a cor do dinheiro da polícia. . . Isto porque a
Povoªdo quase cºmpletamente destruído, ficandº de pé polícia n㺠recebia () soldo.
apenas mto ou dez casas, onde se encontrava () Estado-Maior A pºlícia nunca faltou munição. Todos os desertores tra—
das forças policiais. ziam sempre 100 a 200 cartuchos. O que faltou a João Pessoa
Popçlação de mais de 1.500 habitantes e 200- casas. não foi munição, mas sim gente e unidade de comando.
, No mtsrior da agência do Correio,. de onde roubaram tudo, Tintino Pereira morreu em combate. Quando a polícia en-
ate ºs selos, viam—se pelas paredes.. as seguintes inscrições: trou em Patos, prendeu várias mulheres, entre. as quais uma
Numa parede: irmã de Tintino. Este foi defendê—Ia &, na luta, morreu.
Salve, Força paraibana!

m.“.Kv'-*.'3*.“_'7'.'—'ª..'-i-'.
Era agricultor.

1'78 179
“Zeca Ferre-ira "(Ingá Madaigm do Nagem-ante): —— Aguani— fºrças pºliciais; que pªrda-axam (& ímpam ini-cial quandº rªw-1%-
ter em Tavares;, camará-ante :em Nºva.. 013111da (Piancó). Veia-
Iam .=e-staçiengar ..e-m Tava-“%s., Sítio “Cajªmªr-l, bem pró-35253133 dª
p-ªfara a. lata com “(mrs- dez primas-.. Tevê & propriedade da: Tav-a— Pri-mesa,, cavandº. valas, premiº-mãe iíªímhgeíms fa“ ªc.-aínda na. ie—
res imeenãiada. Foi ferido no cºmbate de Manguenza. Cºnda— fªÍÉH-SÍVÉÃ.
zídc “para Canoa, ali faleceu a foi sepultado. Cinco dias cªí-5133343 Estavam perdidas..
&. família. ' reuniu—se,, 331131011 o cadáver, trazando—O em ataúde
para o lugar Belém (Prince-sa), onde 6 sepultou.”
. Com este regi—sim, fíndam as nºtas por mim tomadas. em Versãº Í 203551
Frªncesa & Tavares, “cºm as descrições tºdas ºuvida-s do chefe-
dcs Íibertaderes, José Pereira Lima: possuem o valor da ati-ª-
“tenticídade, Fºram ditadas quandº ,º? ânimºs já se haviam Eis a vers㺠“ºficial da luta,, descrita. em Iifn-gçagem nal-'É
acalmado cºm & presegça da fºrça. federal? Ímã? * cíãad'e. invenci» sampre de imparciaí-idade, pelº juiz de. àireito de,“ Prince-sa, Jºse.
da . . . Capital do Território Livre de Princesa,, ou melhºr,, -da. de Farias, no relatório ap-regentado- em 6 de,- abnl de 1931 ao
República de Princesa. ' Int-avental“ Federal daquele município, que o designam para
Uma lição a tirar dºs acontecimentos: ap-ressei—me em rea- uma investigação judiciária dos acontecimentos:
.gístrar, sºb as metas referidas, est-zes palavras:
“A rebeli㺠teve iníciº em fins de fevereígo da:) 3,5101133”
11
nas: vésperas das eleições presidenciais, É: tegmmou no dxa

,
' “Na arte da guerra têm uma importância. maravilhõsa as a sacªm de uma fºrçad o
ºperações iniciais. Do seu sucesso depende, em grande parte, de agºsto 'do mesmo ano,, com a chegad
Exército cºmandado pelo capitão João Paco (. H ) . . .cemeçou

,
.a Vitória final. São as mais difíceis, também, pc:.ãs que ºs ini-=» no
JGS-é Pereira a executar o planº criminoso, mandandç» atacar
migas se desconhecem,, assim came es elementos de combate, dia Lª de garça
dia 28 de fevereirº a vila de Teixgira e nº

m
a extensão do preparo bélica, () númerº, a coragem, & arrºgân—
«G' pºvºado de SantªAnna dos, Garrotes, pªrª () fm . de Jin'gcí—
cia dos exércitos. Forças completamente desconhecidas se v㺠.
“rºmper, como foram interrºmpidas, as 81819038 presxdenmmg

mn
chocar nº deságpero arrogante das lutas iniciais. Tudº parece

. .
eStranho aos soldados: falta—lhes & eXperíência da guerra,, mas; -
Cºmanfár'z'o n㺓 1 -—-—- Somente ao Governo do Eatado inte-res

h.
sobra—lhes & coragem *e a esperança, de vencer ao primeiro am» Nãcr & Jºsé Pereira , que contav a, cºm
sava perturbar as eleições.

.
,.
bate..
um— eluítorado maciço ao seu ladº e de João Suassqna naquelçs

—.
Depois, a ilusão se desfaz. Eentão & guerra toma ºutro as» Haviª
distrito-s eleitºrais e. noutros de mão 0 sert㺠vizmho.

.
peste. Guerras de movimentº 'tiªánsformam-se em guerras de:

.
.
& chefe político de Princesa subscrito, 110 telagrgm a ãe mmplf

: .
:
_
trincheira: a que em avançar para vencar transmuda-se, muitas mente, que garantiria ºs amigºs ameaçadºs; por 15150 cqrrçu_em

.
,
_
VôZÉS, em recuar para eSperar: —— () desass-ombro dos. combates sºcºrrº de Teixeira, onde: a polícia peneârara e para mamªs.:

- . = .-
' .
m
em campº ras-o se substitui pela astúcia da surpresa., pelas te— realiza-ra & pris㺠de Várias pessoas importantes da lºcal. Jos-é
.-
.
. u _n
c-aias, palas observações demoradas e atentas dos plan-os ini-— =
, “f Pare-ira gítigu .a povoação,, mas foi levadº & abandçnar :) cer-co
.,migesºª. _ ' diante da ameaça policial de fazílamento dos demãºs. .
1
.. , . . . “ .- . .
.

“Durante seis meses este município estava completamente


q

Abaixo deste comentário, vinha ainda esta Not-a.:-


m
. ";“ W " -' . — n

“Acentuar que a falta de: celeridade das trºpas policiais .anarquâzado, sob a influência; do mais desenfreado banditismo.
'

gamers-eu para; que n㺠cºnseguissem elas jamais aproximar—sra Hal-e () governº do Estado não pôdg exercsr por todo esse
ª

.tl.
m,

de Princesa. José: Pereira em avisado pelºs seus amigos, de tempº as suas atribuições ccnstítuciçnals pªrque, para tanto, ae
W
..

man-eira & preparar—se em tempo, maná ande ªps-.rar, & longas ºpuseram José Pereira e seus apamguados ( . . )
. W

d-ísªfâncías, as fºrças cantrárías e armar melhºr as amadºras de


Prinsesa'”. - '- .Câmâmáríio mº» 2 —— Trata—se da um slam çí'epaimentg da im—
' N㺠tenho_- dávicías, hºje (1918!) , de. queº- ªas palavra-s. tan tre-s: pºssibilidade da gºvem. em de.-minar & rebeliãº.. &CÚHÍHÇÍQ, em
citadas, -=ecâcrit-as. em Primas—a, em 193 Q, queriam. referir-isa às.
Iªi
.

130
,——r——._n " g . - " - .
í“.
! l

. )
é que, repelínd'o O inimigo dª Vilª dº Tªmªrª, Sítiº Freitas, ,
& pgesença da polícia paraibana que obrigava à anarquia do
'

A
Presença que se deve justificar, como esforço de É Imaculada e ºutros pontos entre esse povoado e o de Tavares,
-

, . mumcípio.
tomaram as nossas forças num arrojo de coragem. posto_ que
º

(“, pâãseryação da autoridade governamental, mas sem as conse— 1


sofrendo duros revezes, este último povoado que fm depms de
_

jj qu—encms que» o próprio juíz reconhece no capítulo seguinte. *


Sítio o mais forte: reduto dos rebeldes. De posse de Tavares e

“Crimes de outra natureza se cometeram: homicídios, rou:— ' ' '


bos, furtos, apropriação indébita e» danos como fácil é verificar enquanto se refaziam para & investida contra Princesa, as forças
viram-se inopinadamente cercadas por todos os lados por um ;;
dos autos. Cito alguns estabelecimentos, neste município, dos
danificados: & propriedade Cabeça de Porco, da família Diniz, numeroso grupo de bandidos. Este cerco durou 18 diag. . .
o estabelecimento comercial de Nominando Diniz, a proprieda— ( . . -) Repelidos dos arredores de Tavares, os rebeldes Sª Con—
de Juliana, de Luís Gonzaga de Carvalho Rosas, e a casa de E centraram no lugar Sítio, & pouco mais de duas léguas de Prín-
residência do Dr. Severino Diniz, inclusive seu gabinete médicoºª. cega, Desse lugar, cujas pedreiras e serrotes ofereciam—1he_ as
São vultosos os prejuízos, compreendendo os causados neutras melhores vantagens estratégicas, foram eles desalojados, dewdo,
municípios do Estado. Convém citar os determinados pela fºrça ainda, à coragem e denodo do capitão João Costa e seus com—
Públicª, nas PºVºªºõªS dº TªVªI'ªS º Alagoa NOVª- O primeiro panheiros, os quais, com umas 300 praças, aí permaneceram
' 39 dias, durante os quais, sendo impossível marchar contra 33;
© dçsges povoados tinha 130 casas, passuía bom cºmércio, com
5359 vamos.; armazéns, máquinas de descarogar algodão, depósitos de Princesa, deram vários combates com vultosos prejuízos para
a forca e os cangaceiros (. . . ) Mas uma cilada monstruosa *“
camas e outros estabalecímentos importantes, e tudo ficou com—
& pIetamente arrasado, à exceção de quatro casas de residência“ " estavaª preparada para a polícia paraibana ( . . .) Quando em
3,3 Também completamente danificada ficou Alagoa Nova. Constam Tavares e amda em luta com os rebeldes em Sítio, já se esgº-
dos autos as vistorias precedidas. Só a indignação e revolta ª;, ”tando de novo a munição, o capitão João Costa esperava um
'naturaig da força pública puderam determinar essas violências, reforço de “300 praças bem muníciadas, sob o comandº do
as (111318, Pºr isso mesmo, se tornaram justificáveis”. ' tenente José Mendonça. Em O recurso oportuno e salvador.
Desgraçadamente, porém, essa força caiu. numa emboscada,
" '
Comentário n.º 3 -—-—— Eis aí a confissão oficial: foi a polícia-, ; quando partia de Água Branca, & pouco mais. de 1 km dessa
destino de Tavares está ' povoação. Foi o maior desastre sofrido pela força pública em
que depredou, queimou, arrasou. O
eXpresso 'em fotos dºStº ÍÍVI'O, tiradas em setembro de 1930. toda a campanha ( . . .) Sem meios de lutar, o capitão João
Para º juiz tais crimes eram “ÍUSÍÍÍÍCã—VSÍS”, pºrque represen— j Costa foi obrigado a abandonar Sítio,, concentrando toda a força
tavam “indignação e revolta naturais da força pública.”. - ' em Tavares”.
_Para Évitar que isto acontecesse na cidade de Princesa, ' .
( Iºªglg Jºse _Pereira, com iguais razões. Comentário nª 4 —- Note—se & insistência com que o juiz José
“3 . Asgummdç (.) qomando—em—frente dos bandidos, José 'Pe— de Farias se refsre & cangaceiros, tratando dos legionários da
fºi renca fala;-os <.i1slt121bu1r em numerosos grupos, por diversos pon— jºsé lag-eira,
“É tºs dºªm mummplo, e ªté Pºr outros municípios dº Estªdº, º . Depreende—se da descrição do magistrado princesense que
%;? 35,335. grupos atªcavam, quêãã sempre dº emboscada, & força ' a polícia de João Costa esteve a 16 km çle Princesa, em_ Sítio,
' bem ao alcance da cidade revoltada, pomção que perdena de-
%%
R$?
ªim“? que Pªrª aqm se dmªª- Bªtª, POP—ªm: nunca arrefeceu.
.vestla hermeamente contra os bandolelros, sem lhes temer - _ pois, para voltar aos 30 km de Tavares. , .
.ºllªdªs e assaltos que se multiplicaram & PTÍHCÍPÍO iano6 vastº “W “Não obstante os insucessos & polícia não arrefeceu o
& setor compreendido entre Teixeira, Piancó, Misericórd Prín— ânimo. de combater os inimigos da ordem. Assim, enquanto as
ªªi/?ª Cªsª, e depois em determinados pontos dºs“? município, Assim forças do capitão Irineu Rangel ( . . .) tomavam heroicamen—
. » . = “te. . . o povoado dq Alªgoa Nova., conseguiu-se com alglam (:$s
É; ' restabelecer comumcaçao entre essas. forças e () cap1tao 9030
Lã .. Tºdºs, gente de José Pereira. a”.
Costa, em Tavares, para .o ataque 's1mu1tâneo de Princes
[83
44-
.;n

“” 132.
rq, gºnzab-atenªs
Comentário ruª 6 -— Como. se há de.. ter notadla nao chegª?;
Cºmentário n.º' 5 —— Passa cz juiz a descrever o. que seria o. por toda parte, menos na cidade (E? ?rmc esa. E
ataque- fín—al & Príncasa, cºm a polícia “na melhor disposição de ªlªgªdo-;
Uma polícia inativa, sem cªrªctenstlcas de lutas
de ânimo”, aguardando somente ordens do Secretário da Se— , no seu
E quando o próprio Secretano de Segprança 0113111133???
gurança José Américo de Almeida, sediado em Piancó, quando can:x entos
sobreveio & nºtícia da mºrte de João Pessoa. “Não foi pos-— Maiºr de Piancó, - nem de víveres, med1 1 4 8 . a 1 %;
p.
para pagar a tropa, dispunha (IAP—:, op». at.-,
sível damínar—se o desânimo & mais uma vez foi debalda o vez, & pilhéria consignad a nas minha s Ilª—Etª ? pnncçsenfês rt .:.-F
lo Par/rg 0d 1 ªe?;—
planº de dominação de Princes-a...” ' ' 1930, de que José Pereira instituíra “um prem
'Sobre esse propósito de um ataque para dominar a cidade nota de: xml-rm s & c «
dm' que conseguisse apreender uma , ª '
de Princesa, melhor é recorrer a José Américo de Almeida, 11; do overno... . -
' pºha ? eª?—
seu livro que tanto venho citando. Dele realmente se cogitara. redu to de José Perei ra, Utena &
batelgãra atígngíf ao
. uma águas;: 3103156
Mas com que forças, com que element-0 humano se ele dia, a dia transpor a's pedreiras & serrotes, que formavam
mais; escasseava para a polícia? Eis aqui () diesesPero de José se oculta vam .1a e
pugnável defesa natural, pºr onde,
Américº: de Tavares lhe pedira Jºão Costa um reforço de. 200 ºs seus defensores,.
homens para investir contra o reduto de José Pereira..
“Num radiograma que me passara para Piancó prom-tífi—
cara-se ele & marchar sobre Princesa; se eu pusesse à sua dís—
posição 200 homens armados & mania-ladºs. Se eu cont-asse com Em Resumo
essa força, não teria perdido tempo. Também tinha pressa; teria
sido o primeiro & desfechar o ataque, sem prescindir de ºutras de 1930, quando no
que completassem o cerco, como estava previsto, desde o plano Era esta a situação em 26 de julhq . 1 ,
Pess oa: .
inicial; ' Recife» desa ameia 0 Presidente Joao amd a 86.113 a
com Jçsé Pere ira
Onde eu iria buscar esse miraculoso achado?” Na suap primeira investida, s pºllç lªis
am as fçrgg
É evidente que esta exclamação entremestra () desesperº- necessária preparação militar, consegulr
melhores çf1c1als, parem—'o
da derrota. Não pºdendo mais arrastar com 200 novos homens, da Paraíba, sob o comando dos seus s no senao.
locahdade
limitando—se ao existente, de elementos que dia a dia mais de— de Teixeira e Piancó, ocupar as seguintes . = = _ .
' .
sertavam, parados em Tavares, sem munição, com o interior araibano: esa, Água
74 km de Princ
já nesse instante agredido pelo sistema de colunas de José Pe— 13 De Teixeira:“ —-—-— Imaculada —- _ . . ."
Branca —— 56 kmª Tava res ——-4 ':30 km,
reira, como derrotar os libertadores? — —— 84 km “de Prmç esa, NSao
De Piancó: 1—- Misericôrdla
Vinte ou trinta dias mais e a polícia estaria entre dois fºgos,, —-- 48 km; Alagoa . ova
com a segunda frente que das fronteiras do Rio Grande do Boaâentura -— 84 km; Nova Olinda _ . .

.
'
N .1—. . o , “— . H — ó i n - H u â à - z v
»— 24 km. ntírlg;
Norte iria abrir João Dantas, conforme o anúncio que do
Esse () pon to de “apoio das tropas. do gove-irma, dura
Recife fizera ao seu parente, de onde pretendia partir com os dº— Maio r em Plan có (108 _
cinco meses da luta, com o Esta
necessários elementos, em dinheiro e munição, não fºra &" tra—- (48 km) . . bas—
e o Quartel—General em. Nova t d a
gédia da Confeitaria Glória. - segunda inve stida , tals força s se apro-xm'laram. -
Numa
E o relatório do, juiz de direito de Princesa conclui «o era— ocup ar: Pato s ,(Espmhara) d
tante de Princesa, conseguindo e
pítul-o da luta com algumas referências a mais: —-— 15 km; alem de: outras
18 km; Sítio —-——— 16 km; São José - _ . ” .
“Convém referir que enquanto a polícia ocupava Alagoa
,u

. .
menor imvortâncía estratégma.
aW.

Nova, Tavares 6 Sítio, outros combates de vulto se travavam ao da “ocupaçaod er


Patosl seria retomada no dla sagu-mie anecçfla 813211q e
.. .le., l _ .—_ I i.M, n,—.;, w.
«A

no vale do Piancó, merecendo men-ção. o de Boqueirão da nto & Sin? perm


São José 109,0 depois. Qua
Canoa, Manguenza, Riacho do Velho, Boqueirão dos Coxos, ate que: os hbfrtâ ºrcs ()
da polícia por bastanâe temp-o,»
« . . —ª , .' . r» vf. '. m

S㺠Francisco de Aguiar, Oriente, São Boaventura,. Misericórdia s de deus ou tres, ' 138.
rescupassem em violentºs combate
e & emboscada de Pedra d'Água...”.
185
I

184
" -
4

,
. . . . .

"

4
-
W_»

'
,

M W M W E M H M W
"

»
é“ Seria definitiva a posse por José Pereira dessas povoações

1
u

1
É bem como, lilaquelas mais díStantes, permaneceriam
ª

as tropasí

1[
.

: governamentais até final, embora spb constante vigilância


dos
|

'A—
hberta dores, particularmente Tavares e Alagoa Nova. De tal
ordem lhes neutralizava José Pereira a ação, que ?
.

lhe foi possí-


"

É—"í
*

vel despachar as suas quatro ameaçadoras colunas,


totaliZando
”A 300 homens, todos a cavalo, em várias direcões sertanejas Í A Batalha da ª" '
“,;
Muniçã o
levançb & “inquietude” a toda parte, “infestandê”
todo () vah-;
- do ,Plíancó, no eXpresso reconhecimento do memorialista José ,
& Afmenco de Almeida, Chef-e do Estado—Maior && região inva— "º
L; dlda. . . ' "
% _ Enquanto _igto, () governo da Paraíba se sentia esgºta
do,
»' mcapa/gde pehcmr & capital dos desmandos que-_ sa seguira
m ao
&? assassmm do Presidente João Pessoa, conforme 0 confessaria
.
? substzltuto deste, Álvaro de Carvalho, no artigo de imprensa
“Nas vesperas da revolução”: .
66
A pçhma
l ' N
estava no sertao em luta contra Princes-a, A
guarda c1v11 desarvomda e em plena desorganização”. ., .

PODE—SE afirmar que o Presidente João Pessoa travou (111%


"b atalhas sem resultadc: & policial e a de munições.
. Na primeira usou de todos os expedientes, inclusive o de,
num quase ato de desespero, organizar uma coluna de 220
homens de socºrro ao capitão João Costa, sitiado em Tavares,
confiando—lhe & proteção ao corpo fechado de um feiticeiro. . .
Caiu & mesma numa emboscada de corpo aberto dos liber—
tadores & foi o desastre. Descreve () gíaiato episódio José Améri—
» ; co, nas suas memórias,. negando, pºrém, qualquer responsabiliw E
:? . dade na feitiçaria. . . iª,
ªº" , . Na segunda, a arma usada foi &. telegráfica, de tal ordem j
%% .— insistentes &: extensos os despachos que até o compadre Fulo— 3
" renço, da estralada do poeta Austro—Costa, chegava & ironizar: É
1 “Quá! O presidente só tem mesmo jeito pra 'passá telegra— “
5,33, E ma de légua e meia”. . . (sic). .
"E; , De São Paulo o Correio Paulistano (julho, 1930) chegou
ªº já a publicar que o Presidente João Pessoa fazia guerra mais pelo—
ÍJ '; telégrafo do que pelas próprias armas.
E? ' ] Começou, assim, o combate: em telegrama do Mnístro da» '
ºf - ; Guerra Nestor Passos, solicitou o Governador João Pessoa au—ª
:; , - ; torização para importar da França 100.000 cartuchos, & fim de
" ' equipar a polícia para a continuação do combate ao que cha-
&; % mava de “cangaceiros de José Pereira”.
“Paraíba,, 8 (abril) ——-—— Exmo Sr. Ministrº da Guerra. ——-— cito para aquela comssãs &: aº Ministériº da .Gãlôífl'a & «:.:-01.11-
'Rín —— Precisando impºr-tar da França-' cem mil cartuchos para pefêncía. de: conceder ou não, conforme. o. seu 311120 a respeitº
“fuzil .Mamer, & fim de muníciar & polícia do. Estado, eam-p&— do indicado. ' _ &
mixada, neste momentº em combater “os cangaceirºs que estão —se. ainda, segunda» declara V. Égua ,
Nestes termos,, tratando
perturbando & ordem no município de Princesa &: depois se—
meio-narão por tºdo o Nordeste,. rogo & V. Excía. as neceàsá—
de ataque & detemínada lºcalidade, onde também sse gbngam
mulheres, crianças e outras pessoas inermes & alhems as con-=
rias ordens no sentido dessa munição ser desembaraçada na
tendas partidárias, sem mandado judicial, de acordo com & cen-
Alfândega desta capital. Saudações (a) João Pessoa”.
duta até aqui mantida,. (3 Governo federal entende do» sem (levar
' Em resposta indagou () Mnistm se: a Força Policial pa—
raib a_n-a havia satisfeito as exigências do Governo federal ill——
não alterar neste momento para a Paraíba a orientaç㺠esta—-
belecida & em vigor em mãos os portºs: da República”.
dispensáveis. & ser censiderada força auxiliar do Exéréito --—— Não. se deu por achado o Presidente João Pessºa e voltou
condição exigida para 0 rearmamento de qualquer polícia Bã—
com a violência costumeira: não havia pessoas inermes em Prin—
tadual.
cesa, convertida num 31315170 de bandidos. Contgd-o, se para
João Pessoa, que “não era homem de linha, discreta, com— adquirir munições &: armamentos, & fim de combªta-los, er? Pre.—
preendeu o alcance da pergunta e respondeu que mais do que. císo que a polícia fosse comandada por um OfICIãl do Exercnto:
ele próprio, deveria conhecer o assumªm o Ministro da Guer-
“Venho rogar V. E'xcia. por disposição meu governo para
ra. . . “não é a mim a quem cabe da: tal informação, que tão
servir comandante força pública tenente—coronel Aristarco Pessoa
«da pertº diz com a organização geral do Exército Nacional (...)
Cavalcânti de: Albuquerque. Satisfeito assim essa exigência a
Essa exigência, releva—me V. Emi-a., é, bem sei, mais um em-
mais só agora reclamada, espero que V. Excia. não tardará
baraço que se me cria para que, privado do recurso de defesa,,
atender permissão pedida para. receber armas e munições de»
Seja eu forçado a entregar o Estado & facínºras e salteadores que carece & força pública,”.
profissionais. . . ”. —
Demora. & respºsta e João Pessoa n㺠se contém. A sua
Cometia o erro da confundir José Pereira com Lampião: ' »
inquietude não “sabia esperar:
“A. Bahia e Sergipe, há mais de um ano, como Paraíba-,
“Não creio tenham chegado às. mãos de V. E),—teia.. meus
Pernambuco, Ceará e Alagoas-, durante muitos anos, lutam con—-
tra Lampião e seu bando, dominadores de uma grande região últimos“ telegramas, porque recebendo—os, estou certo, não cc—
daqueles Estados e até agora ninguém teve a lembrança de criar—- meteria & indelicadeza de deixei-los sem reSp-osta”.
lhes algum embaraço l à legítima aquisiç㺠de material bélico Renova & indicação de Aristarco Pessoa. para comandar a
para combater esses bandoleiros. . .”. polícia, mas, se pºr qualquer motivo não o pudesse fazer, indí—
Todavia: ' ' cava () nome do outro irmão ——-— José Cavalcânti de Albuquer—
“força auxiliar do Exército eu não, a nossa polícia é a única que, “oficial igualmente brilhante”.
aqui existente, de organização e feição militar, incumbida de 'Ora, se a. primeira indicação nenhum resultado ía apresen—
manter a ordem no Estadº, na» forma das Constituições estadual tar, a segunda outro sentido não teria além daquele de sensí-
e fadere. ”. bilizar, pela propaganda, a opinião pública., pois e “igualmente
A resposta do Ministro confirmºu & negativa, e, advertiu— brilhante oficia ” do Exército José Pessoa em inimigo pessoal
da existência de inocentes nas localidades atingidas: do irmão João Pessoa, Jamais atenderia ao socorro pedido,
“Embora me pese Contrariar & opinião de V. Excia., & fer—- simples despistamento político. -
ça. paraibana não se encontra em tal situação (sic: de força Numa lavagem de roupa, suja, sete anos depºis, entre <.)
auxiliar do Exército), e a tal ponto isso vai que o ministério revolucionário paraibano da primeira hora Antenor Navarro &
& “meu cargo desconhece. oficialmente a nomeação do seu co- ' “0 Então coronel José Pessoa, confirmaría O' primeiro,. por O
mandante., muito embºra cláusúla eXpreS-sa no acordo conceda. fama—l, do Rio (11—1—37), & pºsiç㺠de incºmpatibilídade entre.
ao “Governo estadual a direito de solicitar um oficial. do Exér— 0.43 dois. parentes:

188 - lã?"
ÉW-I纗W-anm.—b-—v .”..._.-........m.._. 7 7 ” ,, , " » ,,,, , “ , ,, 7 7 7 7 7 7 7 ” " ,, 7 7 ”77 , ,_,_,,,_,___,,, , A : : ; ,.”

LAaÉlÍÃÉillL:; ]ª!l?l!l!Ji
W
',

“Quanto ao telegrama do presidente Jºão Pessoa, indican— azar de aceder ao pedido de V.. Exch.-.- Atenciosas Saud-ações“ (a)

l |

-— Nestor Passos”. -

cªnLªw.“:
do—o para comandar a polícia, tinha em Vista apenas o malo-
grado presidente deixar mais um documento contra a situaç㺠Teria de recorrer. aos estranhos, que também () iriam de-

"LLLLLÁML MEW º-L


-
que Gprímía & Paraíba. Poderá negar o Cel. José Pessoa que cepcíonar.
era inimigo pessoal do presidente João Pessoa até o dia da sua Enquanto isto, 'no Recife, os agentes paraibanos de com—,

.
l'l'l
'
.-»... ,
morte?” pra clandestina de munições eram tenazmente perseguidos pela
Citava que, além disto, por uma informação secreta da po- polícia do inspetor Ramos de Freitas. , . e na própria capital

.*.—
lícia de Coriolano de Góes, de outubro de 1930, o referido paraibana, & deduzir deste despacho da imprensa da época, não

.
ºficial “não se dá com o Dr. Epitácio Pessoa desde 1922, devido ia por menos & alfândega: “Paraíba, 28 (abril, 1930).= O
a motivos de promoção a que se julgava com direito, sendo pre.- Inspetor da Alfândega desta capital acaba de apreender grande
terido por outro”, e que “freqíienta assiduamente a rapartição quantidade de balas de rifle, procedentes do Maranhão e que
do Estado-Maior do Exército. . .”. se destinavam ao Governo da Paraíba. Es:—3a munição vinha

|
:
' Repartição anti—João Pessoa... , acondicionada em barricas cujo conteúdo em parte em de breu”

'
Para Antenor Navarro, até pelo menos 24 de ºutubro, o (Jornal do Comércio, Recife).


coronel José Pessoa “não estava bem definido”. Contra esta atitude protestaría João Passoa junto a W a -
Ora,, é bem de ver de afirmativas dessa natureza, partidas, shíngton Luís em telegrama de 2 de abril de 1930. —— “Venho-
de um ex.—interventor da Paraíba, que se dizia homem de abso— perante V. Exciae protestar contra o fato de que estou segura—

ã
mente informada dªe haver o Ministro da Fazenda recomendado”.
luta confiança do Presidente Jo㺠Pessoa, que as primeiras
dificuldades desªta começavam com os próprios irmãos em famí- à Inspgtoría da Alfândega deste Estado apreender qualquer ar—

FWXÉ-í.ll. '
' l'

mam-ente Qu munição destinados ao meu Governo. É um fato-


lia. Enquanto _o irmão Cândido .o apelidava sarcasticamente de
virgem na República fica]: um Estado privado dos meiºs“ de
Jºão Parreira, () Joaquim de tresíozzcado, os dois de patente. policiamento. pelas próprias autoridades federais”. . .
militar o abandonar.-am, num momento crucial do seu destino

à
Sofregamente dirige—se João Pessoa ao Ministro da Fazem.
de homem pubhrco, que residia no combate aos libertadores de
v-da, que ºrdenam & apreensãe, nas alfândegas, de qualquer mat-'-
Púncesa. í teriaãl bélico importado sem o consentimento da competente au—
Prudentemente Aris-tamo Pessoa nega—se em auxiliar 0 ir— ;".Í
Í

toridade: míliâcar. Procura contornar a situação: “Aproveito


' mão, confºrme o- taxativo telegrama do Ministro Nestor Passo-s: o ensejo para comunicar a V., Excía. que encarreguei uma casa

ç
“De posse do telegrama de ºntem de V. Emi—a., acusandº desta. pra-ça de mandar Vir da Alemanha a quantidade de mu-
o meu de n.º' 113, de 14 do corrente (sic: 14 de abril de nição da que o Estado vai precisar para, seu policiamento, uma.
1930), tenha a hºnra de declarar—lhe que, não havendo razõõs vez que 0 Ministério da Guerra [recusou atender ao pedido que
novas apresentadas por V. Samia, o Govemo federal mantém lhe fiz. Chegada a munição, pode V. EJC-Cia. ficar tranqíiilo que
& Éleqisão referida em meu citado telegrama. Atendendo às ra— ªº Estadº se apressará & preencher as formalidades legais”.

à
, , 5 .
ZôêlVôlS ponderações que me fez pessoalmente O oficial distin— Não obtém êxito, igualmente, a. nova tentativa. Sem licen—
guªdo pla preferência de V. Excía. para comandar a força po- ça., sería contrabando. * O telegrama do Ministro' da Fazenda,
11c1al, na ocasião de apresentar—se por - motivo. de sua rasante- Oliveira Botelho, fora claro: —— “Em Virtude de instruções per—
promoção, por merecimento, verificada a 23 de janeiro último, manentes-, baixadas pelos governos anteriores,, sempre observa-
al W
mm;
'. VKH

ao.
l ' !

no sentido de ser afastado presentemente de qualquer comando das e- agora expressamente reiteradas, mesmo antes da eleição
D-W' “

s
ºuhªuu
&

e atentas às relações de parentescº próximo e à amizade íntima


qu“;

presidencial, pelo Sr. Ministro da Guerra, nenhum material bé-


cpm alguns chefes proeminentes do movimento político, e a lico —— armamentos, munições, explosivos ou artigos explosivos
)
U
;

fim de evitar que parte dos adversários dos aludidos chefes —— pode ser embarcado ou desembarcado em qualquer parte
sejam considerados suspeitos os seus atos, não obstante o seu
..

do país sem autorização expressa do Ministério da Guerra. . . ”


&'

alheamento das lutas partidárias, “escrúpulºs estes que muito Investe João Pessºa em esperança menor: dirige-se em

ã
'b'em ficam ao oficial que se acata, tendo por mais acertado dei— telegrama & Getúlio Vargas e. Antônio Carlos, comunicando as

190 191
xq

i
tentativas. fracassadas— e lhes pargumâ “se & passarei Ihe faze— .
rem & remessa de. 50“ mil balas» de fuzil M (3555313 em pªqn'enas Tal qual se pratica na Paraíba. . .ªº. ,
partidas. . . ”. Pérguata—se: teria havido de parte. do Presidente Wasmngton
"frassmitia—Ihes esta impressão de iludido: —- “A Fºrça Luís e temor denunciado» na Câmara pelo. líder da maioria de
Pública esâá fechando o cercº dºs cangaceiros, já repelidºs em que- o Presidente Jºão Pessoa se quisesse armar para uma pos-
SantºAna dos Garrotes, Teixeira, N ova Olinda., Imaculada,, sível revoíta contra o Governo federal? _ .
Água Branca e Tavares, encontrandº—se atuaímente concentra- Contudo, segundo afirmativa de José Pereira, depois da
luta; (ver entravísta ao autor deste. livro, em Princesa,; de 7 de
dºs na câdaâe da Princesa. ...”.
Encerrava—se ”assim melanc—olicamente () episódio, com & ne— setembro de. 1930), não foi por falta de armamento ou ar?—de;-
gativa de um irmão em socorrer o outro-, parecendo confirmar guerra qua Jºão Pessoa deixou de ameaçar ou vencer Princesa,;
aquelas palavras de João Pessoa de Queiroz, em carta do mas sim, por falta de gente &: comando. . . Estes dois telçgra—
exílio de Pais inserta noutra parte deste livre:): —— “Era inimigo mas talvez pudessem confirmar a. impressão dº chefe dos liber-
tadores: ,
figadal de quase todos os seus ilmães, espacialmente do
“12-7—1930 ——-— Rio: —— Comte.. Ripper leva dois caixotes
Joaquim. Cândido não 0 poupava; Aristarco e José não o, visi—
tavam. &: chamavam—no de, (> intrigante da família”. * contendo giz Conforme co.-nhacimento junto. Caixa qua? tem ' um
borrão perto da marca só contém giz e outra leva n e mer—
Isto praticamente se acha expresso em própria confissão de
cadoria. Cunha, leva outras mercadorias. Dei—lhe 10 contos mas
JÚâO Pessoa, constante do telegrama dirigido a Jºão Suassuna,.
ele só pode embarcar metade, conforme explicará. Diga rece—
respondendo à entrevista por este cºncedida a um matutino do
beu mandei Amâncio, Vergara. Assim receba esta diga tele.—
Recife, e ao cobrar-Ihe & prestação dos serviços em favor da
grama. Agradecido (a) Antônio Pessoa Filho” (tel. por códi—
sua candidatura ao governo «do estado: :
go) .
. “Esqueceu-se, só porqu'e recebeu levianamente cochichos “Belo Horizonte —-——- 10-7—930 —— João Pessoa: ———' — Disposto
de intrigantes contumazes, que me atribuíam "má ausência do
prestar todo auxílio. Peço dizer meia efetivar (a). Antônio Car-
senhor, quanto Ihe fiz no momento de sua candidatura" à pre— los”. '
sidência do Estado, o carinho e o empenho cºm que cuideí
“Belo Horizonte Í— 21—7—930); — João Pessoa: Vou enviar
da mesma, ao ponto de íncompaíibílizar—me com. os meus carºs
irmãos-” (sic: o grifo é nosso) . 100.000 tiros e se achar conveniente mandarei alguns graduados
da Força Pública.. Considero mais seguro tudo pelo São Fran-
Daí em diante —— e estava-se ainda no mês de abril ——-—
cisco até Cabrobó, Tem algum meio para transportar os ho—
teria o Presidente João Pessoa de arranjar—se como lhe fosse
mens &: material até Paraíba? Estou sugerindo esta forma por
possível para conseguir munições. Chegaram estas a- vir contra- cºnsiderar difícil o transporte- dc acordo com seu pedido. devido
bandeadas, do Rio Grande: do Sul, em latas de banha —— o- ao peso e à quantidade a transportar urgente. Abraços (a)
que evidentemente seria muito pouco para vencer os liberta-do— Antônio Carlos”.
res pnncesmsas.
Os telegramas eram cifradas. Encontra—se nos arquivºs de
Cºntinuava o Presidente João" Pessoa dentro- daquele símile-
”Epitácio Pessoa o original do código usado.
que tragam em telegrama ao presidente da Câmara dos Depu—
tados (1-4—5—193-0), na parte relativa à proibição de importar Quanto ao contrabando em caixote de giz, foi apreendidº
na alfândega de: Cabedelo, Os 100.000 tiros de Antônio Carlºs,
murmçoes: ' . -
se. chegaram ao destino, teriam permanecido inúteis na falta
“Lampião quando consegue agarrar um dos seus persegui— . d e gente &: comando a que aludía José Pereira. . .
dores procede do seguinte modo: amarra-o numa árvore, depois
A chamada batalha da munição criava situação dramática
de ' tomar—lhe as armas; cerca-o com todos ºs seus sequazes
para o Presidente João Pessoa, como aquela referida por José
bem armados e municiadós, ordena que ele se" defenda sob pena
Auto de Abreu, intermediário junto aos gaúchas para o ar-
de morte. Cºmo é impossível ao desgraçado defender—se., m'a-
ranje de. munições no Rio Grande do Sul, ,de, que ouvira, em
ta.—0. ' -
abril de 1930, as palavras de Antônio Pessoa Filho & Batista
192 193
.
[.

.,ª

Luzardc, de que a polícia paraibana dispunha, apenas, naquele

'
É
é inst.,ante de 5.600 tiros, e que se me chegasse ao conhecimentº
:!

,:
de José Pele-ira ele seria capaz de “arrancar sobre a capital
e as conseqííências de um desastre dessa natureza são de fácil
_“ .

-
':

previs�
Em toda & peleja —-— cinco meses ——-, segundo afirmou o
Sr. Epitácio Pessoa em polêmica mantida cºm bOswaldo Aranha

-
L ! [ [ I L E , ! 1 7 ] Í Í & I I L 'I , - ' ' .

.
EPGFÉIA DE PRU—465% 49.353 ES ?LÁJ D OO l [ «9 0
LW»,; iu JªU“; (0 Jornal — Rio —— 16-1-1934), & Paraíba recebeu do Riº;

""ah—«Hama ª ª
MA ?A DA GUEaazaHA l' “ªrmªm“ ªº , Grande do» Sul a bagatela de 96.066 tiles, em parcelas,.
CARTOGIEÃFÁW PDR EDUARDO CANABHJÚA BARREIROS ã l l - ( i '(] a f f , - “ 4 1 9 3 ª t é Pgâlrig?«"'-Era
“Quanto & armas, nenhuma lá chegou”... -

.
.; J .!
f?! 5,541“; * U -' «, ,! ms.-» facam; 95 _00 * fra? :;
-
,
1 Fºi
É
J??»xà
' ?ª f º (ªdiada 55,55%,
";» ! JORTE Í] |L, . .)
' ._D 8”: fp ««
“'a; C
0- f'º ] fªm
(aí??
:; ,.,J/ªf
3»7/ª'“7/'*'_ Ã
55%2, ,?
, L . =_,_ ! ªº Oswaldo Aranha não fora por menos na prestação de cºn—-
r". “',”—«4x3».— &
gumas: “" L - *º "É É .- «ª; «ª' .! Rr MEA/ “7—— tas mºral em político paraibano & companheiro de. Aliança. Vala
L “ªº 'Lª—L «* º .- f” ' “”º”/' Tªxª—1, & pena citar as próprias palavras para var como as cºisas se

,
' “f & I E :" /y//'à'fAQ—ª.ço fãociaãa " “'(ºª)
'
. ;»
"
«,ª ' ''
:-' «' rr ? m E G' (f,-'É»? ”ªº?“"')” " ”ªº ª— — -
ZI; là: - Fªé/Á; passavam:
.a wah—Lu r.
«' (K/ 6,95;
** Q» , , “ , -. l":“; " ""'-' º
r-ª'
á/ - '
“Mandamos cerca de 100 000 tires ao presidente João Fãs-“*"

!
FEB fª . P E «ªvªlºn—J:? « 7 5 . 5 n ]
503 em barris de sebo, chaque leias de Cºmpota-& Não chega—:


'.. 1 E «.*—gr . , . -—-—-.
.. Í'âdgzemar % =“? H às] I;“?
475 % Í Í Lg- ?A
...|
mas a mandar armas pOIQUô. o cºmandante de Havia que 0
- "*; . ªªª-' LT..

Flores nos arranjou deitou na Lagga das Patos as que Ihe



“ _ 559% _ . _ para; + J» _?º

l r
11. , _ 552: sºm;-am: _, ª; ' ; º, '
ligia-awe : . "Ó“ _:. - Hraàá-a ,A,- confiamos pala entregar :aa Paraíba. Esse cama-andante foi um
39092350 Planta & .
“rb ?a _ bandidº! Um cºvarde! E aiém de tudo um lada:ão! Recebeu
day::acfrof'Ǫ'
“fººsff-ª'!" wºw mg;“ rªw—mia & na sººªffªffííf jª'—*— “ªª—ªf, do Govêmo do Rio Grande 25 contºs e deveria receber de
_ . a'"? .-:'
fªlariam“ "'
"É?:ªªaofzr ““'“
Tªniª,-gave; -.——,“

'
.., . _ . É“. : ("f ÉS “ . _. .. . .
j' .a!- ”,
.. .
º— .ª,
João Pessºa ºutros 25 quando lhe mtregasse & carga que lhe

"
- gra ' ' É - 34.51: hmaca/a'da “ & _ . .êâvcj-ɪ' a
.
*.
;;:Í IFCH? Gªma *f'TTTÍ Í
ªgarra
LJ; 1 — 4 ) , ' ' enviáramas & “que era cºnstimída de 150.060 tiras, fuzis, fufas—«—
. [Lanca/ian . “&,“ Mangue 723
metralhadºras & metralhadºras pesadas Ficºu com medo .e ja—

_
«1.3 “:.—la'... ] .? hvfaaguà';
('ª'-) -.I“lªy . €€€-FÉ.“??? $ $ “ ? lift/0” Jf,?aªygí-ç; &
1
gú?
,.
?
. gcu tudo na Lagºa dos Patos. . . .
Hx” [ lª,, flagras Áfay'aêª-xwif i[ ! ] ' 1 %Eme fº
DFTV?“
l [T [115aªa abres“ “PgPR'NCE
$$$ ,. Outrº agente porém, seria fiel: () entrepasto de banha dó

'-
É, 33 ªº? .
CONVENÇÉ-ES [Eh!-P.;;
rpª
[3] | , I E 51- 7- A D .O (“ªgi-"Uªu:
.
?ª. (.., , : 5-0” (”a ºi:—1,103
lx " "Q L º,
Rio Grande de Sul enviando clandestinamente OS 96.000 tiros

A
»;
f—mmex'fcz. (:o/uma..
SE'çuffÚ/a ( : d / U n a _ _
........
+ + + * _ * , *_*-*.* .
Ilêfcr
l
ada # a n ??Me f n m »? . referidos por Epitácio Pessoa, que diluídos em cinco meses da
g º / (GMC—xa;—
ªrc-Eira- ('O/Una: _ . .............. __ í !f ª l ª SGW/ luta rgâo passaram de agulha em palheiro...
Guará: Cªiana __________ - ;Czpá
Perguntar—se—á: e como se supria José Pereira de arma-& &

.
'
zac-6955 em moderª aªa; ájóerzªaa'c re.»
0 lg ( I P9333 f.;-';
-ª " da Paócza
anº?: wwreram “maº,-#95 .ç.
,
+
'
[Trª T ” l í.
7 munições? Algamas circunstâncias o explicam: armam—,se abun-
' ? i í l l l j l l í [ ! , Í F - º a ª '_
º l i_
l í | | n㺻 ª]”, - dantemente para o- combate & Lampião. Na sua campanha dê
.
.
desarmamanto nada encontrou João Pessoa, todavia. OS escoa—:
Maps cfc autoria do cartógra fo Eduardo Canabrava. Barreiro
s, mostrando a derijos funcionaram bem. Além disto contava () caudilhº 'de
marcha das lutas travadas no sertão paraibano entre
os Libertadºres de José Princesa com o apoio dos maioraís do sertão, não” apenas da
«--.

Pereira e a Pºlícia de Jºãº Pessoa.


|

Paraíba, mas igualmente de Pernambuco —— Flores, Triunfo,;


Afogadºs da, Ingazeira ———, Rio Grande do Norte e Ceará.
.

Contudo, a fonte principal seria o Recife, primeiro, da Ferg


_

. ça Pública pernambucana, através do Chefe de Polícia Eurico '


de Souza Leão; segundo, como e ponto arrecada-dor,. de tudº
c que viesse de São Paulo e do Rio ——"— dinheiro, armas, mug-
n'—|
;

Iºl—$
Á
(
níções —-—-., que.» :o api-eia paulista, na preseaça atuante- de Júlio Pessoa (3 direito de. equipar & wa políçia, prºibindo—me & cem—«—
Prestes, jam-ais falhou, com (38 agentes na capital da República pra de armas e. munições (mas, e: a Aliança - Líbaralàh ou quan.—
6131 plena: atívidade eficiente“. ' do fechasse os olhos à ºstensiva colaboração de: Julio .Presícàixªsà
partida de São Paulo-. . . 13. .
' , Vinham parar todos“ aqueles elementos em mãos de Jºãº
Na pºlêmica mantida contra EPHÉCÍO Pessºa (1934), Vía-«
Pes-soa de Quôíroz, que imediatamente tudº recambâava para.
Princesa. Em princípio nãº; hºuve qualquer dificuldade nesses shm gta-11 Luís temeu defender—se do que aquele, em entrevzsta
aransportes; mas, passados alguns meses, acossado pelas inves—» de maio de 1930, afirmara: —— “Mas onde o apoiº da Governº
tidas telegráfica de Jo'ãc Pessoa ou interferência de Epitácio federal se revela cºm tºda a sua insolêªcía é na bloquei-c &.
Pessoa, começou Estácio Cºimbra a tomar algumas providên— que. tem submetidº a Paraíba com o fim de impedir que eam
cias físcalizadoras, através de suas autoridades policiais nas receba as armas e: munições necessárias. à manutanção da sua
Cidades de Flores e Triunfo. Mas porque fosse isto "apenas ordem interna”.
para inglês ver GLI pela tºlerância direta de tais autoridades, o Seria de natureza política &- justíficativa da , Washingmn
certo é que os caminhões carregandº 0 material bélicº chega-— Luís —— permitir que .a Paraíba se armasse importava. em pare;—
vam & uma certa distância da fronteira, onde tudo se. entregava parar para a revolução, de, que tanto se falava, um estado nela.
integrado. . . *
aos portadores que em lombo de animais, por conhecidas ve— '
rºdas, os transportavam até Prime-ega. Dti-“fixava porém à salta, na. capital?, os censplradoresº mlk—
Graças a isto, que ãumu por tada & luta, pºderia Jesé taxas, de. braços dad-os com os civis.
Pereira exclamar, em maio de 1939, a um jornalista carioca
que () entrevistou em Princesa:
“N㺠() digo por vaidade, mas é necessário que se saiba:
Princesa poderá ser arrasada, mas não se renderá”.
Devemos ressalvar, porém, que os elementos chegadas &
José Pereira tinham as suas origens dos numerosos colabora-
dores políticos ou amigos, de São Paulo, Rio, Pernambuco.
José Pereira desmentiria, em telegrama de junho de. 1930 (Iar—
ml do Comércio, Recife), que os recebesse do Governo fe-
deral: -— “Jamais tive ou recebi o menor amparo dos poderes
centrais para a causa do povo de Princesa, que há de vencer
com eis nossos própriºs asforçcs, com o poder de Deus”.
Acrescentava: '
“Bem pode avaliar o Presidente Pessoa, que se outros.
elementos nos prestigiassem', S. Excia. & estas horas já não mais
estaria & "irritar & Opinião, com as suas conhecidas fanfarra—
níces”. ' - _
' N a verdade, dispusesse José Pereira de auxílio federal &:
àão ficaria no marca-passo da defensiva. Teria passado a uma
bem estudada ofensiva, para fácil vitória. Bastaria que. conse-
guisse equip-ar os 2.000 homens em que pretendia & Junta Go-
Vemativa- do Territóriº Livre de Princesa elevar as forças líber—
tádoras. . .
- - É claro que embora não ajudasse José Pereira dire-tamente, .
º fazia ”mare-tamente; WaSh-íngtoª “ Lui-sf, quandº mgava & Jºão

195 Ir.-1977
,,,,, , , _ , , ”_. . _ _ _ _ _ _ — . _ - _ A _ . _ _ _ _ . _ _ _,r_.._-iv.,r..,, _«n.-_.-“___...M.*___.__-_,___.,__J_._,N , . —

Estava—se em 6 de julho de 1930. Mais de quatro meses


de luta, sem reSultadc por terra. O boletim, com a redação
correta, aconselhava:
:; ' ' “ A o s rebeldes sertangíos — O governo da Paraíba intima—
vos & entregar as vossas armas. Vossas Vidas serão garantidas,
dando o governo liberdade aos que não respondam por outros
Bombardeio de Boletim A cnmes Convém ouvir a palavra do governo. Deveís apresen—
" ”tar-vos aos nossos oficiais. Dentro de 24 horas Princesa será
bombardeada pelos aerºplanos da polícia e tudo será arrasado
_ Evitaí o vosso sacrifício inútil. Ainda é tempo de salvar—vos,
. _. . Não vos enganeis; vossos chefes estão inteiramente perdidos”.
' ; Pelo menos em propaganda, a ameaça iria surtir () seu
efeito. [No Senado da República, o senador paraibano — líber—
tador José Gaudêncio — ocuparia & tribuna para o seu pro-
teSto, “dominado pela idéia triste de ver o extermínio dos seus
cºncídadãos”. Afirmava que, contudo, os libertadores não se
aiºreceavam da medida desesperada, lendo o telegrama que as
' famílias de Princesa reunidas com () Estado—Maior do Territó—
” no Livre, haviam endereçado ao Presídente João Pessoa.
EM desespero de causa, lançou mão o Presidente João - _ “Famílias de Princesa, em conselho, resolveram transmitir
[ ' . / .«

;;;/? Pessoa do último expediente: bombardear Princesa — providên— " a V. Excia. () seguinte despacho: -—— Aguardamos, ábnegados,
cia inútil, mesmo que chegasse & concretizar-se. Dela não se . ,o. bombardeio de Princesa. Prevenimos, entretanto, que ao ínVés
arreceavam os libertadores, que Princesa, para ser vencida, teria " iae nos entregamos & oficiais sequazes, vandálicos, que exe-—
de ser ocupada, o que não aconteceria com um simples bom- ., ' batam, ínconscientemente, truculentos desígnios de V. Exch.,
bardeio de bombas caseiras — as que chegaram & fabricar—se na " delmquentes profissionais como Clementino Quelé, João Costa
Paraíba. . . Assim não pensava, todavia, o governante alma- * ”'ª-ͪZe Guedes e quejandos, aconselhamos os libertadores & con—-
do. Adquindo no Recife, um teco—teco seguiu encaixºtado até flagrar () _,Estado Visando assim os mesmos processos que ca—
Piancó, onde se achavam os aviadores italianos Fossati e Pe- ” ctenzam () governo de V. Excia.”
rom'. Ao alçar vôo,. partiu a asa. Outro seria imediatamente . Através do Jornal de Princesa José Pereira desafiam:
adquirido, por intermédio de Charles Astor, o Garoto, pro- , “Anuncia—se para breve o bombardeio de Princesa & cargo
priedade de Reynaldo Gonçalves. E aqui vem uma divergência ,; do àviador Roland. O avião chama—se Garoto. Está em Piancó,'
entre historiadores governistas: para Ademar Vidal o aviador " aguardando o momento de voar. Também outro pássaro mecâ—
Peroni sobrevoam Princesa; para José Américo de Almeida , Éímco houve que chegou até àquela cidade. E depois foi o que
*ííªvnram até o aviador morreu (sic: Fossati, do avião Flit, que
coube a façanha & Charles,. Astor, lamentando até que este, no
"se, fquebr'ou ao levantar Vôo em Piancó, substituído pelo Garo—
seu livro Estórias rudes, houvesse: silenciado sobre ela. . .
a) fNós- esparamos “0 Garota, lamentando apenas que ao lado-
Tenha sido um ou outro, o certo foi que os libertadores dia. aViad-ór Rolando não venha o presidente da Paraíba, ou o
não se amedrºntaram; o Vôo se reduziu a um; “o saco de pro— —:fSecretáno da Segurança.
visões” que deveria jogar sobre Tavares foi parar em“ Santa Nao se lamentem depois, se tanto o Garoto como Rolan—
Maria por mudança de rumo; embora sobre Princesa houvesse ª,;da Saíram garroteados ou rolaram de uma vez”
descido o boletim de paz redigido por José Américo de A1- Nesta questão do bombardeio de Princesa, dois historia-
meída. ;dares governistas divergem: José Américo quando escreve.

198 1.99
(179 8 ) ..qua n 㺠tava & intalaçãº; da bºmb-afaga]? Fifi-masa, “nam O ªvg—“ªdº? Kªyª ªliª“ Gºnça lvss “da Fªiªçía Pública de Sªtã
gemia passível fazê—lo cºm um teca-tem”, mnfíaudg «entaum Pau10,a3us+ava cantas com & pohaa de Pernambucº, que º
“na afiaíto psmologmo dusºa encenaçãú que abataria () mºmí .recambmu para 0 Sul.
do inimigo” (sic), & Ademar Vida] quando assevez ava. em A guerra continuava em combates de. infantaria.. . . & ca—
“1930, nas. páginas da livre. O inczãv-el Jºão Passas, que até 'as. valaria do sertãoi
bambas caseira-s já haviam sido. fabricadas. nº discretº bairro Cºmida ando inútil & tentativa de bombardeio-, deixava o
dº Buraquinhc na capital paraibana, entusiasmandc—se, & 0 Pra— - gºverno em sílênc'no & ºferta dos serwços do aviadºr gaucha
sida-nte, por elas e & mºvimantação avíatória: Jose de Aquino cuja sohdanedade ficara no ar telegráfico.
“Desta feita as cºisas . carreram às mil maravilhas. O avia- “Presidente Joao Pessºa — PB —:Aproveitande () E&ÉJÚ,»
dm paulista (sic: Reynaldo Gonçalves) conseguiu alçar ªté?" de é com a subida. honra que ponho à disposição de V. Excía
Recife, pela manhã de 25 de junhº em meia da maiºr vigí- as meus mºdestas préstimos para :) bombardeamente aéreo de;
Icmma policial inda aterrissa em Campina Glânde & depºis no Princesa, certo de que poderei contnbuir, embºra cºm desva»
Piancó. hasa parcela de sewíço-a para. a vitória deãnítiva da legaliãan
. Desde muitº as aviadores PDS-Bati 'e Paranã se. transporta—-
" 45 paraibana” (6—7 1930)
mm para a sede ãas opºsições militares contra os cangaceiros.
Lá,. após breve-s dias de. enfermidade, morria Lins Passat-i, fican-
do o tenente Paranã incluído entre os oficiais, da polícia cºm .o
encargº de bºmbardear Princesa. NOTAS.
. Enquanto se desemolavam esses acontecimentos, ordeneí &
fabricação de bambas de aviaçãe no Buraquinho mostrandº—se
() pxesídente entusiasmado com º acabamento dalas, nada dei- 1 Desta acusação, maite em voga na época, défendi Suassuna no discursº:
Xªnde & desejar não só pela sua ericiência como pelo materiaí de saudação que Ihe fiz, em nome de José Penim Lima, quando de um
empreºado , banquete em sua homenagem realizado no Recife:
“Ora, senhores, o que justamente alguns descontentes prºcuram ferir
, Essas bombas foram confeccienadas pelos Srs Albafto - “no Sr. João Suassuna é, a meu ver, a sua mais tangível recomendaçãº:
Bºrges e José Pluna—mta] Depencha de grande trabalho de habili- a mocidade” (A Proumcía —— Recife: —— 3—6-19-24).
dade & daí a demºra na Íabncaçao. Para um bombardeamento « 2 Outra, & versão de José Américo de Almeida, Chefe de Polícia de“.
em regra erá necessário um, depósito de nunca menos de, 800 Jºão Pessoa:-_— “A chamada campanha de desarmamento atingira Princesª
em cheio; tivera de ser oculto o arsenal para n㺠ser apreendido” (JAÁ,
b o m b a s . . & ºp. cit., p. 57).
O áviador Peroni estava já senhor da zona. Fizera excur— 3 ' Chefe de Polícia de Pernambuco.
sões pelas redondezas de Princesa ;: de uma vez chegou () Ga— 4 Jºão Pessoa. em violento telegxwama o recrimínaria por esta decisão,
mto a receber descargas de fuzil parque descem à altura de , 5 A sua primeira preºcupação fºi constituir um Estadº—Maior composto
das seguintes figuras, representativas do que havia de mais importante entre
20 111 sobre as trincheiras dos cangaceiros em São Boaventura”. ”fazendeiros industliaís e comerciantes: — coronel José Pereira Lima,
Em vez de bomba, todavía, jºgou—se boletim. . . , LJ,-major Feliciano Florênciº Medeiros, Marçal Florentino. Diniz, Inocêncio-
Ficou nesse palavrório ___,o. bºmbarõeio de Princesa,. pequeni— --Nebre, Antônio Pereira Lima e Manuel Rodrigues Senhor.
- Colaboraríam depois, “na intimidade dBSS'e Estado—Maior, Antônio Cor.—
5.139 rmc.'ão-—— sertanejo que, pelo faziª,-to, para ser arrasado-, precisa—- UIVVÉÍeÍro Florentino, Manu-el Carlos de Andrade Lima, José Frazão de Me—
na “de. um »mínímo de 80.0 bombas! _O Garºto iria aguardar a “ãeires Lima, Marcolino Pereira Diniz, Adriane Feitºsa Cavalcânti &
maioridade, pois não mais sobrevoou & cidade,. ameaçado que :uel Cardoso da Silva. Dois irmãos de José Pereira, cunhados e sogrº,
fora, 1103611 vôo rasante, pela saraivad-a de balas dos libertado— Na sua ºrganização militar, contava ainda José Pereira,; Camo chefes,
.. de g r a , cºm Sinhô Salviano, Horácio Virgolin'o, Augusto Ant-as Flo—-
ras. O poeta pernambucano Austria-Cesta justificava () inciden- "rentmo Luís do Triângulo (Luís Pereira de Sºuza), Jºsé Ferreira-, Pedri-
tºe... na sua estralada, escrevendo que o s - Eber-t adores estavam Rôãngues (Lmdou), Cícerº Marrocºs,- Meiga Kumamºtº (tesourana)
acºstumadºs a matar passarmho voando - - --
.="?s-
Iv - = i r .
Eram todos comerci'ianâes, fazendeiros, industriais, chamados de can-— sem Via de abastecimento as forças que. saíssem para o pretendido cerco.
gaceiros pelo Presidente João Pessoa.. . De outro lado, seriam estas barradas em território pernambucana pelas
6 Coincide & versão com os protestos de João Dantas, em tele— colunas de José Pereira com todas as vantagens estratégicas da sua
gramas a Washington Luís, seu Ministrº da Ius?riç-a e João Pessoa (vide posição de altiplano fronteiriço.
o capítulo “As duas tragédias”). Sabia disto João Pessoa, e é o que se deduzirá dos telegramas trocados.
? Esta afirmativa acha—se confirmada por José América no .séu Na solicitação invocava o Convênio existente entre os eStados nordes—
livro de memórias, indicando que um dos dramas do governo eram as tinos de que a força policial de um poderia transpor & fronteira do outro,
deàerções: ª_ªTinha'm—se verificado deserções em massa. Só numa semana desde que em perseguição de criminosos ou cangaceiros. A isto respondeu.
cerca de 300 homens. Os desertores deitavam as armas fora ou as con- Estácio Coimbm que consultam () comandante da sua. Força Pública,
duziam formando grupos que vagueavam pelas estradas” (p. 103). oficial do Exército coronel Wolmer da Silveira, 0 qual se achava na
8 “Anarquiza'c () Estado” rio objetivo de obter uma intervenção federal. cidade de Triunfo, e dele recebera & resposta de que seria inconvçniente
N o ' seu livro de memórias confirmou isto José Américo, ao admitir tal permissão, “dada a probabilidade de haver encontro com os antago—
que pará os libertadores & intervenção estava tardando, do que resultou mistas nessa passagem, ficando assim deslocado o teatro de operações para
a decisão de José Pereira de criar a anarquia através das suas colunas o nosso Estado, com prejuízo de sua ordem e interesses”.
Acrescentava o governador de Pernambuco:
pelo intelior do estado “generalizando—se. a - desordem sem combate po—
“Como sei que se está invocando () Convênio entre os dois Estados
licial” '
para. a repressão aº banditismo, em que se permite a entrada livre da
E isto em uma verdade.
polícia de um no território do outro, para justificar a passagem sobre que
Continua, porém, () memorialísta: estava prevista no plano de José
V. Excia. “me telegrafou, declaro não poder incluir os amotinados de
Pereira “a tomada. da. capital quando as fºrças legais .comfsrgissem para
Princesa na categoria de criminosos cuja perseguição foi prevista na
o. novo campo de luta”. *
cita-,do .,convênio pois o seu chefe é deputado ao Congresso da Paraíba
Aqui, ouvira cantar o galo. . .
e até pouco tempo membro da Comissão eraecutiva do Partidº situacio-
Na verdade havia. passado a hipótese de tomar a capital. Esta proeza
.nísta desse Estado”.
._ae comunicam & Washington Luís: partiam 1.000 libertadores naquela
_ Na resposta, iria João Pessoa confirmar os intuito-s propagandisticos
”direção certos de que & atingiriam com 4. 000 homens, no mínimo., desde
da sua atitude-. Absolutamente não se surpreendem com a negativa, mesmo
que lhes dessem armas e munições. A resposta do Presidente da Repú— porque o pedido de permissão para atravessar pequena faixa do território
blitze,-,: pª,,mém' foi taxativa, & todos desiludindo:
pernambucano “foi solicitado para provar à nação que V. Excia. não _ma.
*. '--— :“.Toão Pessoa é () Residente constitucional da, Paraíba e se ;)
daria .e comprovar mais uma. vez as restrições criadas 'ao meu governo
áepuserem, eu () reponho. . . ”.
“no combate & cangaceiros que constituem elementos de desordem e de
Isto;- pouco antes das colunas. . . Todavia tratava—se, com est.-as, de
crime para “todo o Nordeste. Membro da Comissão executiva do meu
emocionar ainda. mais a ºpinião pública do sertão paraibano, na capa-
partido ou deputadoà Assembléia Legislativa do meu Estado, o Cel. Iosé
rança de que as suas reações ecoassem pelo Palácio do Catete... Pereira Lima perdeu o conceito e tGrnou-se chefe de bando, colocando—se
9 Para José Américo de Almeida, dispunha Jºsé Pereíra de “mais
à frente dos facínoras mais perigo-sos da região. O convênio entre os
de mil defensºres ham equipadas” (Mem, p. 126), :o que, pelº visto, em
nossos Estados foi estabelecido justamente para combater todos os can-
erica-gero. Não passou o exército dºs libertadores de 850 defansoras. .
gaceircs, de -'gravata ou não”
mal equipados.
Para provar o contrário do alegado cangaceirísmo, bastará referir que
10 O Presidente João Pessoa t-elegrafara & Estácio Coimbra, soli—
por aqueles mesmos instantes José Pereira destacava para a retomada do
citandq- . permissão para atravessar o território pernambucano & fim de
povoado de Patos, e membro do seu Estado—Maior Marcolino Diniz um
cgrcar Princesa, () que 1he.foi prometido em começo, mas logo depois
dos homens mais ricos e influentes da região.. .
negado, conforme se conclui do extensa telegrama enviado & Epitácio
Em telegrama ao governante paraibano, de março de 1939, o cacique
Pessoa pelo Governador de Pernambuco, invocando justas razões militares:
de Princesa lançava um desafio:
Princesa distava somente duas léguas (12— km) da franteira pernambu-
“Tenho V. Excia. feito declarar, pelo seu jornal, que existem. em
cana, pequena distância para , que José “Pereira fosse ao encontro do Princesa, vários criminosos de morte, roubo e furto, cujos nomes V. Excia.
inimigo, na velha concepção estratégica de evitar por todas as formas que gindica, venho, pelo presente, solicitar o favor de enviar a autoridade que
este se aproxime do pátio da casa visada. V. Excia. determinar, a fim de proceder a uma peSquisa dentro de todo
O pedido de permissão para. atravessar o território pemamhucano & o município de Princesa, &: de verificar que V. Excia. mais uma vez
fim de cercar a cidade de Princesa, feito pelo Presidente João Pessºa falseia & verdade. Os sertanejos que nesta hora amarga defendem Prín—
ao Governador Estácio Coimbra, não passava de expediente demagógico, Cesa contra & horda de assalariados e criminosos que V. Excia. estumou,
poís naquele instante, princípios de abril de 1930, não dispunha o Governo para tentar enxovalhar e massacrar o povo laboriosa da minha terra,
senão de 150 homens em Tavares e cercados pelos libertadores e pequeno são livres &: destemidºs. Desde já declaro que, 'o enviado de V. Excia. ter-á,
contingente em" Nova Olinda. Para a empreitada teriam de “desguamecer não só dentrº do município que até“ hoje administro, como nos demais
aquel-e povoa-do, “ que JOSÉ Pereira automaticamente retornaria, deixando
;:
“7."

202 203 ;
ª
ª
.
-
r
ª
l

n
ª
g
lugares onde se está refletindº a minha ação mórailizadºra,“ “todas: as

.
garantias qua .a Lei constituciºnal nos. oferece. Aº mesmo tempº em Que Pereira, continuam. .a ir de Pernambucº. Co'mpaªeende—se, aiiász, qua, sam
lhe. faço a solicitação acima, ºfereço-me para indicar a V. Excia. os esses recursos, não poderia ele, com o sau pessoal, mamar—se um mês,
confinado e inerte em Princesa. Não terá dinhãiro nem gêneros para.“
u

nomes dos criminosos que existem na polícia paraibana. Saudações (a)


Jos-é Pereira”. =: pagar e sustentar os seus sequazes, nem material béiica pasa. sa armar:
municíar e fortificar, como está famnão. Tªlão pºnho em dúmda, um so
Enfim, José Pereira era mesmo, no insuspeíto testemunho de João
, & momentq, & corrfsgâ? 510 meu prezado ªmigo? mas qu? as suas ordens.,

!
Neves da Fontoura em discurso na Câmara Federal, “um benefíciáfio
3 apesar de“ sua VlgIIaHCIa, nem semprs tem srdo resp-aladas, prºvam—nº.,.
dos favores dos amigos políticos que tem em outros pontos do país”, gue
Quanto às suas trop-as, louvemo—nos no que afirmou em certo ins-tante: entre outras fatos, de que lhe ªmnha flexão nºtícia, 08 teíegramas
ªos irmão-s, .Pessoa de Queiroz me dirigiram & "for,—am Dubªi—cados, & nºs
J

— “São compostas por voluntários que defendem os próprios Iaras &


iguais confessam ter enviado a José Peneira todos os recargas; de que
haveres”.
dispunham. Sei que cºntinuam & abastecê—lc de, tudo. Outros far-ão o
Explícito ainda seria Estácio Coimbra em telegrama de 11 de abril
mesmo, valendo-se, como eles, da sua qualidade de amigo do gºvernº
de 1930 ao— seu amigo e benfeitor Epitácio Pessoa. Prometera a passagem
ao Estado, para fazerem acreditar & autarídacíes Subalternas, ligam-antas
solicitada, porque “acreditam então, por desconhecer região, passagem se
faria pela. estrada que da Paraíba vem» para Princesa,, 'a qual corta terri— ou tímida-s, que com eles nãa se entendem as orãens “deste; Vºlte, “p,-or
-

isto., ao assunto dos meus tele-gramas. Peão. ladº constitucienal & patrió—
tóriq pernambucano. Entretanto verificou—se por aí força Paraíba não sem
iíco, urge que Pernambuco não continue & expor—se à suspeiâa de que,
expor-se poderia passar emboscadas de antagonistas colocados flancos ter-—
por queixas ou interesses particulares, está alimentando n? seio de Quim
ritóriq paraibano, sendo ainda certo que por dístar extrema trecho per—
Estado da mesma Federação um grave levante de cangaceirºs, sem ram-as
nambucano referi-da estrada cerca duas léguas Princesa, certamente ele—,»
nem caráter político, inspirado aparentemente em queixas pessoais, aliás
mentos (361. José Pereira, se. por aí se efetuasse passagem, viriam esperar
inftmdadas, mas, na realidade, ditadas por móveis inconfessâveís. Pelo
i

fºrças Paraíba, ferindo-se combates terª-tório pernambucano. Ocasião


lado pessoal,, ouso esperar que o meu prezado amigo atenderá, com &
recebi pedido presidente Paraíba não percebi o que depois sucedeu, que
precisa energia & prontidão, e contra quem quer que esteja Haicªi-ndo as
passagem solicitada não era por estrada mas por pequena faixa nºsso
suas ordens, às reclamações que lhe tenho feito e ora renovo nº interesse

_
território”. ,
moral de Pernambuco. É mister que, afinal, se ponha um termº & esaa
ºuvira o coronel W'olmer da Silveira, que lhe asseguram: —— “Se
anomalia de amigos políticos do governo de um Estado estarem contra
fosse atendido pedido, teatro operações se deslocaria território pernam-
a lei e as determinações deste governo,. & fornecerem instrumentos e
L

bucano, constituindo grave imprudência manter disposição lhe dera co—


munições de guerra a um grupo de desordeiros, muitos dos quais r_éus
nhecímento,' ambora correndo risco desconten-tá-lo desde que obrigado
prommciados, para perturbarem a ordem interna de outro Estado.- E _o
sobrepor minhas obrigações ordem pública aos deveres amizade e acata—
que lhe peço. Com todo o apreço, atº col. am.() & obrgP —— Epitácms
mento “me merece”. '
Pe'sssoa”.

'
Recuara Estácio. .Sob que pressão? Um mês depois surgida & carta-respºsta do governadºr &&âcio
'Apr.esS-ara--s'e, todavia,, a enviar .ao Presidente Washington Luís cópia

. . Coimbra:
da corregpondência sobre o assunto-," dele recebendo aplausos e. .a promessa “Recife, 24 de abril de 1930: Meu caro Dr. Epitácio Pessoa: Tenho
de prºvidências constitucionais “se o governo do vizinho Estado da Paraíba
comigo sua eatimada carta de 24- de março últimº, sobre & sãtúação da
insistir no propósito que tem manifestado de invadir o Estado de Per“—
Paraíba. Acredita o meu eminente amigº que ela permanece a' mesma,
nambuco”. - . graças aos recursos de toda ºrdem que de Pernambuco têm sido enviados
A solução que dera ”ao caso, aêentuava o Presidente da República, ao Cel. José Pereira. E fazendo justiça à correção que tenho mam-kio
fora patriótica e constitucional, sobretudo quando o objetivo do trans—

.
& à vigilância exercida, admite que nem sempre as minhas ordens hajam
.,...

“ porte de tropas visava prender numerosas pessoas., entre as quais se sido respeitadas. -
encontrava “um deputado estadual até há dias membro da alta direçãº
.,,

4 Até alguns dias após a eleição de 1.0 de março, a força de polícia


partidária situacionista da Paraíba e publicamente conceituado pelos maio-
existenâe na zona limítrofe se encontrava na sede dos municípiºs de
'
.

resvultos políticos do país” (telegrama citadº no livro do escritor Ademar Flºres, Triunfo e S. José do Egito. Na fronteira propriamente dita e
ª...

Vidal,: O incrível João Pessoa)“. A '


_..

nas povoações que lhe ficam mais próximas, não havia nam nunca. houve .
A

,Ao telegrama de Estáciº- Coimbra negand'o. passagem das tropas poli-_ ' um soldado. De modo que, em verdade, nesse período, os amigos do Cel.
_.
.

ciais paraibana-s por uma faixa de território pernambucano, raspandgu


A

A
"“JOSÉ Pereira puderam,. sem minha ciência, livremente abastecê-Io. Entre-
|-..

Epitácio Pessoa insistindo na providência pleiteada, recebendo "explica—


”,....

tanto, logo que as reclamações da Paraíba chegaram ao meu gerarem-t,


ções que apenas fíxavam uma nova guerra: a apístolar. instruções foram dadas às autºridades militares e pohmats para exercerem
Eis a carta .dze Epitácio Pessºa & Estácio Coimbra-: ' » àievera fiscalização impedindo a passagem para ali de armas, munições ' e
“Ric; "de Janeiro, 24 de março de 1930. —- Meu caro Dr. (Estácio "pessoal arm-add, para .o que foi necessário guarnecer quase todas as povoa-
Coimbra, — A situaç㺠da Paraíba permanece a mesma. Creio não estar ações.“ fmmáríçaa Isto tem sido regularmente feito.,“ não me: sendo passível
longe. da— verdade admitindo que: é isto devido. aos facu-rsss “que, para José _ ª,:Vj-É interceptar as relações comerciais e p—assoais por faltar—me- qualquer am-

204; 205
s para burlar a
buição para ordená—lo na vigência do regime constitucional, como lisa— é possível de todo impedir, pois não escasseiam recurso
mente declar'ei na minha última mensagem. Depois que recebi o seu ação das autoridades.
da é & mmha
primeiro telegrama, resolvi dobrar a força existente naquela região e Vê assim o meu prezado amigo quão difícil e incômo
amda, o que me 13
enviar mais quatro cficiais de confiança, já tendo determinado ao Dele- situação, desagradando aos dois lados em luta, tenao
Iogé Pereirª, que-1xafqdq-Fç
gado Regional Dr. Oscar Borges, que para ali se transportasse & fim de esquecendo dizer—lhe, vário—s telegramas do Cel.
de diversas autoridades pernam bucanas, serrª razao plausweí. Pe1szstn ex
superintender todo o serviço de vigilância e informar—me convenientemente. pode "estar certo. ªe
Ainda puderam, na efetividade dessas medidas, fazer passar um caminhão, na orientação que me tracei e venho segumdo, e
prevçnçgo pu queixa.,
sobre o qual lhe foi da Paraíba transmitido um telegrama, que por sua que n㺠me deixarei influenciar por nenhuma
c1opals, chsposto
vez me retransmitiu, coincidindo essa informação, conforme lhe disse mesmo justa, no cumprimento dos meus" deveres const1tu
de e lsepçao..—— Cam real estima e apreço,
num despacho, com a que ao Chefe de Polícia manda de Triunfo o a agir sempre com toda serenida , as
. .
major Nicolau Teixeira, revelando o fato a isenção com que tem agido sou — col., am.º mtº abrigº -— Estácm Cºlmbra
porem, por
esse distinto oficial, a quem o presidente da Paraíba conhece, pois no Tire o historiador as conclusões que qpiger. Na verdafie,
que tenha sido a vigilância ffonteirlça das a'utondefdes pernam-
_governo do Des. Segismundo Gonçalves concorreu para o seu 1.0 posto maior
Bel-eua .as armas.
no ofícialato da força pública, segundo ele declarou, há_ pouco, ao Cel. bucanas, jamais deixaram de chegar as maos de Jose
almgos. t a m do
Wolmer da Silveira. São ainda patentes, conforme às informações oficiais, e munições enviadas do Recife ªlelos seus parentes e "
eral e tinham camín () certo. . . .
as simpatias que manifestam os contingentes da nossa polícia pelos seus 1 em
pelo Diário da Noiíe (Rio, 19—07— 1931), nao teye
companheiros paraibanos, que freqúentemente penetram em nosso território fill , Respoídenho,
a um o_omílte
Joaquim Pessoa como justificar-se, senao que atendem
determinantemente em pontos de S. José do Egito e Afogados da Ingazeira. encontro_ com Plrmmo
de Tavares Cavalcânti &: Paulo Hasslocªcer para o.
Consultado ultimamente a respeito dessas incursões, nas quais têm levana —— declarou
Paim, sem conhecimento do irmão premdente, a quem “
sido praticadas violências contra pessoa? e depredações, respondi que as propos ta concre ta. _ _
-— qualquer de
nossas autoridades deveriam entender—se com os respectivos comandos, çq que serv1am _ aos Pessoa
12 Dos dois choferes de conflan
ado dos trans-
“ n o sentido de serem proibidas quaisquer arbitrariedades. podendo entre- Queiroz, um, de nome José Andrade l a , 6153. o- encarrçg
tanto ser permitida a passagem da Polícia do Estado vizinho nas estradas muniçõ es e dinheir o até Prmcsg a ou xilzanhan -ças. Con—
portes de armas,
comuns aos dois Estados, desde que não houvesse risco. de represália dos ão, João Pessoa de; "Quegre z, age. & Usma San???
duziu, durante a revoluç
Vlajando .a Macejo
amotinados de Princesa, alcançando nosso território e nossa gente, como Terezinha, trazendo-o de voíta com o Capltao Luna;
aconteceria fatalmente em Flores, segundo me fez sentir o Cel. Wolmer com os encarregados do acerto sobre a mudança de rota do namo alemao
a quanto val &
e por telegrama lhe comuniquei. até Natal. Preso, torturadº, nada revelou, o que prova .
Não me ' despreocupei, jamais, desde o início des-sas deploráveis ocor- dade de um humild e.
em carta de, 20 de junho de
rências, das pºssíveis acusações que incidiram sobre o meu governo leal Eis o que, sobre munições, me afirmou
pelo :fato de não poder, em absoluto, impedir que parentes e amigos do _ . *
1972: tªrifa
.chefe' de Princesa lhe prestassem auxílio de toda ordem, mas consola-me “Fiz muitas Viagens para Princesa, arrlscar'ldo 111111t Vlda em
o pelp Estatal-Q
& certeza ,de que só por paixão ou inimizade possa, seja quem for, emboscada, levando toda espécie de material béhco fornçmd
Boa V1_sta, n.? 814, casa
acusar—me de fomentar ou fortalecer, de qualquer maneira, noutro Estado, Coimbra, e que era guardado na Rua Conde_ dª ordem
lamos retuar, vmdo
mºvimentos de natureza política ou não contra o governo legal, em dos Menezes. Até dinheiro no Banco do Brasú
detrimento da paz, de «que o paísª necessita e para a qual tanto quanto do Rio de Janeiro”. o , . t o

abIILIÉZÉ mquerl
__.— o _

r ordem da Junta de Sançoes — 19_30


posso, venhq concorrendo e continuarei a concorrer. Pelos relatórios que


—— Proc. n.º 822-P —-— para veriflca r respons abmdades sobre
lhe envio e motivaram o retardamento desta, pois considerei interessante 615311 .ããcª) Paulo
e mumçõe s & José, Pereira . Ficou apuraçlo qqr:
dar—lhe conhecimento integral deles, verá o meu eminente amigo que as o fornecimento de armas
Prestes,»,org. da Dlretona
autoridades civis e militares íncumbidas da polícia de fronteira estão saíam, 'por ordem expressa do Governador Iuho
da Fabmca Matarazzo,
cumprindo corretamente o seu dever, tendo-se apurado a absoluta falsi- de Material Bélico da Força Pública do Estado, ora
em importâncias que assim se contab ilizara m:
dade_ do informe levianamentç difundido' sobre a participação de um
contingente da polícia de Pernambuco no combate de Patos. Entre outros abril 1 1 . 54255400
depoimentos rechaçaram essa aleivosa intrujice os testemunhos dos polí— maio : 26 . 00035000
ticos- liberais de Triunfo e dos soldados paraibanos que nessa cidade se julho : 26 . 5003000
,refugíaram. Nenhuma reclamação recebí mais sobre remessa de armas agosto : 26 . 500$000
io Jouyin, Giles—'
.e munições daqui para Princesa, podendo assegurar-lhe que está em vigor Em todo o material entregue ao intermediário Armên
no Em de Ianeno, em
a proibição do seu comércio e nenhuma licença foi pela Polícia expedida. tinado à organização de batalhões provisórios “ :

mllªtar”, _e pago np ação


. .

Agora reclamam da Paraíba, inclusive o juiz federal em exercíéio, centra Vista dos boatos que surglram sobre um levante
entrada de .material de guerra indo daqui para o governo deése Estad.-o, era fornecid o pelo Tesoure n'o da Secretarla a
com dinheiro que lhe
tendo-se averiguado que houve de fato remessa de munições, o 'que não

207
..206
. aM m

. u i. ml u——a
— l
f.
M,«
MA A
” H

Justiça, por orcª-em Expressa; do Dr. Júliº Frªgmª-s”, & emàarcaâa para o
G AÉ

Rio: sempre am caixºtes de material tipº-gráfico. . . . ,


Do Rio, seguia “para o .bamíhão proviSórz'o dº Território Livre de
”Princesa». . . _ » .
_
“ J

No pare-cer exarado . nesse prºcesàb, indicou Temis-teclas 'Cavaicânt';


Procurador da Junta de Sanções, as devidas culpas: -
"

“Como se verifica, portanto, de processo, é completa & pre—va pro-


5 ª Parte.
—.

duzida da responsabilidade do Dr. Jú'iio Prestes-, Bastos Cruz, Heitor Pen—-


.

.É teadoã), Armênio Jouvin, Gianelíc Matarazzo, Euclides &; Orianão


í Marques Machado e Virgílio Gasparini, pelo fºrnecimento de material ªº
-
Aw
r—

3 bélico para José Pereira, quando o mesmo se achava em ªuta armada .


.

acontra. o governo constituído do Estadº da Paraíha” (“'in Arquivos da '


w-
.

Fundação Getuliº Varg-as,). ' , *


aç m

;

j; , , _ ; 3 '-
s luas Tragechas
;- _ w.
L
b

“Sou forçado a lembrar. . . que feiizmente'


'

tendes filhos e com eles respondereis pelo- que.»


_ , .
'

.E;
!-:_ sofrer minha família.”
—' “se sentia preso a uma. necesgldade tm—
!»;
i

perativa de desafronta. . . ”
-

João Dantas ema «'


telegrama a João Pesgoar:
e perante a polícia do Remfa.
;
. . - ..ª v
. . .« _ _ - : «“ » . _ .. . : —
;
» . »w .- . . B. . »4
m _ _M


.
.
. .
.. M - ._k, . . .
*.

A

I
..
- .A
«..
_

a

.
.
.
. - . ª s - ' , ,
.
, .
.
.
. | . » .- - .“ , T, <, W . "TT— . "
.

' em
.
x
i
'
W
,
'
-
-g
' .,
'

A Tragédia da Confeitaria Glória


l
:

ªí!
(
.
* .
'
;
,
M
w
Q . '

:

Eu Sou João Dantas!


r
.
.'7
UL» l'— :
Í
_

Foi na tarde de 26 de julho de 1930, pelas 17h30min, que


.

âombou assassinado na Confeitaria Glória,, no Recife, () Pre-


..
-

sidente João Pessoa Cavalcânti de Albuquerque. Achava—se sen—


m- a

tado em torno de pequena mesa, tomando despreocupadamente


w
,,._.“.(.
i
t &.
w

o seu chá, em companhia dos. amigos Agamenon Magalhães,


La-

advogado e ex—deputado federal, Caio de Lima Cavalcânti,” dire-


-
,

tor substituto do Diário da Manhã, e. o comerciante Alfredo


º.

.,;

Whatley Dias. f'é


,.
A. «««w L“... x_i-*ª

Apesar de envolvido numa luta feroz qual o caso de Prin—


LA

r,;
,
_,.

cesa e cercado de inimigos por todos os lados, fazia-se acom—


“.

panhar apenas de dois ordenanças; além disto, até a sua Visita ª;


L __

23

ao Recife — cidade-refúgio dos perseguidos ou descontentes -—-—, J!


"|
"ªí
a.
,:

fora pela manhã imprudentemente anunciada no jºrnal A «';:


_
-

União, da Paraíba, esquecidos os 'seus redatºres de que, na—


»_

que] as circunstâncias, devesse um chefe de , Estado Viajar in—


l

cógnito. Mas o aviso ali estava, em primeira página.


A

Era () chamariz para a morte. .


Chegando ao Recife, visitam o amigo Cunha Mello no
Hospital do Centenário, e sem qualquer preocupação se diri—
giu ao jornal Diário da Manhã, ao Restaurante Leite para
“- i

211
v _;
x
almoço, & joalhena Krause-,
ãe onde seguiu a um atelier
fotografar—se & daí à Confeita para
ria Glória. “meiro ao penetrar na Confeitaria Gl ária, que, entantº, “em vez.
Mal sabia que era acompanh de acompanhar—lhe os passos, permaneceu inerte. .
ado pela sombra invisível
morte. da É de tºdo necessário transcrever as palavras do relatório,
»
Um vulto de sertanejo res para uma idéia da esPécie de proteção que acºmpanhava o—
(1 oluto entróu pela porta late
...a, Confe1t
-' ar1' a, à rua de San ral ínfausto presidente:
' to Amaro, aproximou—se
side
à . 11?t :;g
(111 - and% ' de. _um do Pre— “Quando de: volta da praça Joaquim Nabuco, José Frag——
' revolv' er, desfechou—lhev toda
esbocando u pa. rp tlm falhou: João Pessoa a carga -ªCÍSCO de Souza, chefe;: do presidente João Pessºa, chegou à
tentou erguer—Se. rua de Santº Amaro, Antônio Pontas chamºu-Ihe & atençãº
m SOI'I'ISO, mas a rapidez
dos dem-ais disparos (; = para o indivíduo que estava junto ao elevador. José Française-o
Lev
souagªao " Dantas! - . ——,/ (301110. & dlze “foi verificar quem era. E quando () aludido índiª.?íduo já estava
' r: ajus
' tamos as nossas cºntas.
homem Pªllª & Farmacw lºmb na calçada, n㺓 0 reconhecendo pelas costas, págs-ou disfarça-
aª na Rua Nova, faleceu o infe ? damente, e vºltando—se. adiante Viu que era o Dr. João Dantas..
tado pu co., 'qtjando os. primeiros liz
socorros lhe eram pres— José Francisco “aproximou—se quando o Dr. João Dantas 611“:
8, com aphcaçoes de soros
reaníma-dores. ' “trava na Confeitaria, seguindo—0 da muito perto, e nem por '
« isto pôde intervir para evitar o crime. Antônio Pontes e
& José Franciscº não podiam alegar falta de armas, porque o
primeiro usou da um revólver e feriu a João Dantas; e o se-
ph
reri
alíªs - gundo, depois do conflitº, foi à casa do Dr. Bráulio Gonçalvss
- ªgir
, ?-Z: & pºll—
" Clã,
' âomandada ' pelo tenente—coronel The
a— - a quem deu para guardar dois revólveres Smith & Wasson,
d ' .., , aproxza_ man o—se., levasse o s»
«dcus
' cnm
' mos
' os sen-— grandes, duas caixas de balas para os mesmos, três pacotes
bglajogãlaDgªêÍimªedãcaªo no
Posto de Assistência Públiéa. contendo munição para outras armas. E tudo isso estava no
te, . , _ a e
A
o tiro, não
. _
lhe p enet rou
' no cere automóvel em que viajara o presidente”.
. indo Ihe causado apenas, pelo ' bro
traumatlsmo & síncope ue É certo que o juiz Cunha Mello, do seu leito de hospital,
levar-& ao solo, ,» chamara o amigo Sebastião Lins e lhe pedira para obter do
* , º '
Da Casa de Detenç q & A Governo proteção a João ”Pessoa, que se achava na cidade, a
ão, Açude , o recolheram imediatame
goi C.Iívaãc: Dantas tmgsfaído para nte., . qual lhe deveriam prestar sem que ele () percebesse... Esta recº—-
a Central «de Polícia a fim.
, º jªp—Ol', e em seguida, levado ao Qua mendação final tomou inútil & providência, pois os agentes de
condlçao de bacharel em direito. rtel do Derby. 5613 *sua.
”polícia se limitar-am & permanecer nas imediações da Cºnfeita-
.?É. , 'A : ria Glória. ' . .
&? Contava o Presidente João Pes
.E,F:5:
. casado e de1xava quatro filho soa 52 anos de idade' era Com o trágico desaparechnento surgiram os telegramas
fx
T
1
s. Deram os médicos legistas Drs
fº“.
The ' » '. - , * oficiais. De Júlio Bello, Presidente do Senado, na ausência do
'de . ÉÍuÉCÃOCÍ—Íifreúªâpe Arnªldº “Mªrques º seguinte atestado Governador Estácio Coimbra, ao presidente em exercício da.
#;
Ei
' - -—... = erlmento penetran
n ,"
mªnººªªâº Igsâmhã _ - te no
- tóra-X com
' lesao
" Paraíba Álvaro de Carvalho: _ '
:! '
iao esquerdo. Ferimento penetrante do abdô...

,a .
-i '

, , o a artéria ilíaca. Lésõe. . j ' “Ausência Governador se acha Barreiros, cumpre dºloroso.
'

' ' ,
u

, ., — ' de -- . . - S .extemas
__ . , Provoca= d as, -dever comunicar V. Excía. agora tarde foi presidente. Joãº
m

por Prºjetels de arma


W —
.“

braço”. _ fºgº' nº tºmªi: reglaq Illaca e ante—- -,Pessoa assassinado por quatro tiros disparados Cidão "Dantas que
T
,
.-.,...-

Se um . - . : * , . fºi também ferido chofer presidente. Apresentamos V. EZX-cia,,


Pelo dãsexãgalªªâãrleígàeo ªo 1.0 Inquento Jªdídáriº reªlizªdº“ Estado Paraíba, nossos pêsames”. .
manhas, João- Pessoa , .. . . iram 6 teste.- —_ Dºe Estácio Coimbra (de Barreiros) ao Presidente Wa—
, . — * gara—ntla—Se pelo- ch f . _] .» . ”“shíngton Luís: _ _
de Sousa e .o _ ajuda
* nte deste (orde,, «º 61”, %% Franczsco
" se' matador de « ' n = « , ' ** '
- - - " vªríºlª) Anton-10- Pentes- - - ,. “Presidente República —— Rio --— Tendo deixado Recife hoj-'e ,
qua Joao. Dan tas, F ora este reco nhecido pelo ei— '- biledo, acabo ser informado Chefe Polícia bárbaro assassínãtó
21.12
presidente João Pe * “Em seguida foi ouvido o Sr. João Duarte Dantas, que foi
Confeitaria Glória ªªª)pªgã 2133821353? <liaraíbla e se encontfava "gf;transportado numa cama da Assistência Pública para
a Central
naneo 窔
adversário Dr. Duarte Dantas, Estou ga , pá? O seu. çonte Qrte re— '.Éjgfde Polícia. Foi o seguinte o seu depo iment o:
gressar capital onde deverei ch ar gºd“? ando tlªDSP Hilton Martins
Olinda, na Avenida
ma_ ugada. .ASSªSSIIlq .foi * ' Que se achava em
preso, tendo Chefe Polícia adote i 1519, residência do seu cunhado Eng.º Augusto Moreirª
a () medldas legalsA necessanas. anº
' ,, edado desde 25 de maio
Corpo desventurado res'
dº dsalao Cªmilªª DePº“ Caldas, onde está () declarante hosp gov-emo
tados transformadº Cªmil—3615122335Cita dado o propósito do
rãsomºãº qemo [L.—“último, quando veio da Paraíba,
Paraíba providenCíar como for p'reciâgar (?o
,
de pªlmª-10; que seriam 3 horas da tarde (15h) mais ou menºs
?Íentaª-ÉO, lamento haja ocorrido capitaí 1116311131l ªgitªdª ªªâârrª
%Zíâdêu fããºaiººãfãªfí fºmããs “É?; 331É ããªã gssâ êâkã íºãªâ íããâ
O
”ªO lªtâstãã
(a? Resp í㺪ããíb rií ªmªdº- ªten ºlºsa_ s Saudações __ “ " um exemplar de A União, órgão oficia l da Paraí ba, no qual
osta .de Washington Luís: dgqueíle Estado a esta ca—
se? aflunciavaA & vínçlg do presidente
ía. Cºmuni-cá () bárbaro as— nte no d1to jornal que, de orde
m
ªj) S&SSÍIÍAcuSO telegrªma em que V. Exc , putal, que pode ler o declara naque la folha &
na Con feita ' Gl' . - onde do mesmo presidente, continuava a ser feita
ªtº do Premdente João Pessoa ”0113113
se achava em companhia de amigos pelo D ªla:Í arqu ivo part icula r; que para
© publicªção de documentos do seu
13,610 Goverilo 230 1 һr;? ' declarante cujas chaves
Dantas, e bem ªZSSim as providências . -esse'f1m fora arrombado () cofre do
%
Hªi: 013. Com S. Exma., como brasileiro, partilho
lªdª
os sentíâeen ªoãodle

Nação “ªº mmm BIIdse conI


fºªªªªº—m
' B aAqll
M avã
açao . íeím'
juaoBuâí,
- Seªe examíná—Éos e” fazê—
1103 n a n, r e fas" & IBH
poh Peirn
de dCht
a?Vel __ uco
Oamb para
Cord íais “;;-_ sao da md1gnaça o que
ªí) Pronta _,e segura repre. ssãágªªm,tªoda
Sauda
” cond ena-
que o declarante nao sabe medlr & exten
,;
- Eçºes (a) Washington Lu1s . icad as na mesmª fólha e de
gª) ._Í_'_ . () assoberbou dàsde que Yin. publ
rdava & , *freconhecida diligên_ as df) 863.1 velho pau, de 70 anos
ªi:) cia dªnªgíellªªº'ngaRÉaiâêb aSº% agua
_povo Pe _emocmnava e .egíaltav-a—se,
rno cartas
ordefm do gove mhm
—se as 1501138 das ílcaçao de que resultava #ma—
abriam “ d? ldadç, para ele declarantç, ,pub
c'flsg e se venflcavam as que o declarante, sentmdo
cenas. de Vandalismo des E? elas pubªl Malo
fia Gªnga &: mfesto 1_ntu1to de ofqnsa e nchculo ;
as por Vlrgmlus ravo da ofensa que; se
r-É no rºmance Tempo de ªl desde. chas, & necessxdade 'de 11131 desag
por Jose Amanco “de Al- todas as norm as de bom
_ meida no seu livro de mengçrfàçq» ou lhe vmha fazendo com & mversao de
11101138- . . bilid ade do carg o que exercia ou exerce
ç, ;, º senso e até da responsa desta vez a intuição de
. _ g. | o Sr. João Pessoa naquele Estado,o; teve
que .sob grande tempestade
., _ ade ºfendida -. - =" que“ o desaforo devia ser imediatde hon ra que a tudo se sobre-
Espmto Contwbado pela Dignid ' ' ' ' ' interior guiada & um sentimento
casa do seu cunhado Augusto
”ij
- »lpunha, desceu do bonde, voltou à
revólvçr dele declzarante, .marca
, . _ Caldas e aí se armou de um 1922 e vexp &” esta mdade chsppsto
No depoim stado no
ento Premotiv , ..
traged1a, des— f,; Colt, o qual posspl desde
os dmes zpo 1dua da que tao ªmamenta o vmha
creveu João Dant as os
,. _ , a procurar o pregldente _da Paraíba, s ,humúhantelsg 'que che-
Trata-se de um documento d: gran“mãº
m ?? caso, ofendendo de ânufno fato e propomo
_ t e lmpo rtanc luga res prásumlvms' ,0_ pre-
_; & dado 'que tenha surgido no" gande & esta capltail macau/17031 nos
sem c'oa ão bd ms antçs mesmos da
tragedla, es— ate. a frent e da redggao do Dmrgo gia
ªl:) ' “Pontaneameme r _;.;.=ª-.S1dentâ da Paraíba, mdo
'1da_de empenhada ega maio costuma v1s1tar, que ah nao
J:) esclarecimento = do que é: da. : autor Manha, que o mesmo pres1dente da rua do Iãnperadqr
na palavra.. Conteçn toda o 'enfzontrando, proçurou—o no percurso
& a essência do ato delituoso 13113 prºfa ese dªs suas or1g_eus à dm
"V emtade deliberada de matar id gia fgmt o; que el_e .declafante 31a .po d_a
LL,) , ate a praga Ioaqmm Nabuc a a ªnchgnaçao e mjusuça
,conhléíidlx a de Vmgança, mªno ,dº afastar um só mstante da ;embranç
temperamento dos Dantas os pelas- suas reaçoes 111— a preso a uma necesa-
QL“
? te mp-estivas. , ,
. ' .* ;;;, campanha contra ele momda e se senn
' _,
;D '
*
& ) 214 .
F

Ç
, JW,—_ Jh— —— '_=s='c_""«Jr.—r㺓.

ção & .sua djª“


dade imperativa de. des-afronta; que Hasse nªi-romênia viu passar uma leviandade), “somente teve em consíçleraada, enim???—
nta meg
o. carro, se n㺠está engana-do, n.º 2, da gar-agem pra-sidencíal nidade ofendida e a grandeza dª .afro mao.
da Paraíba, e percebeu que. 0 presidenta deveria estar em lugar. contu rbara m 0 espn 'rto dESfiÉ , que; lera -
cias que lhe . 7
ar ”
próximo; que se dirigiu à Confeitaria Glória, sem segurança de nas mãos do passageiro & quem se refen m; A
s & assas smar Joa? Passª
ali encºntrar o Sr. João Pessoa; que lá chegando () avistou . Que teria levado João Danta
dos_ docu ment os part icula s; mtx—
sentado. numa das bancas, com outras pessoas; que ao ver o publicação, pura e simples,
estacio? _ Achava—se 119
presidente da Paraíba, o sentimento de revolta cºntra o mesmo " mas nas colunas do jornal ofícxal do desu?) & Nªtal, a
aumentou, e entrando na Confeitaria, aproximou—se da mesa Recife e se preparava para embarcar com
conª- a & .p011c1a para1bânaí
em que se achava o. presidente da Paraíba e sacou da arma bem. fim de abrir uma segunda frente grates É” Manu-e
de frente para o mesmo presidente, puxando o gatilho e lhe teleg rama envu ªfd'op ms
conforme se depreende do
u dalla-reaç㺠levant—
parecendo que a cápsula falhou; ,que puxou novamente () gati— Dantas: -—-— “Sigº Natal primeirº vapºr dªng vgas. Num Itan—
ferv a nas
lhº duas vezes, Vªndo-se então agarradº por numerosas pessoas do 20.000 balas fuzí ”. O ódio lhe ajustana con as.
te João Pess oa
às quais não 01:55 resistência; que um dos circunstantes per- meiro encºntro com o Presiden . “
guntando quem era o declarante, respondeu proferindo em voz ,
Que contas?
lhe pass &? etª»
alta o seu nºme; que apenas proferiu a frase, sentiu um grande: Aquelas já anunciadas 'no telegrama qqe s an es ,
a de dom mese
'aturdimento no cérebro e nada Vendo supôs que () tivessem Lº de junho de 1930, isto é, cerc
cegado com 'o disparo que o ' prostrou”. - »
No Inquérito Judiciário do desembargador João Paes, pºr—v“ —— Acªbo receber con—
crmiiªresidente João Pessoa —— Paraíba
men-oriza & ação: . _ có, sob Vlstas vºsso âhfâe
firmação, cºntinua íncomunícável Piuan
“O criminosº, apesar da conturbação que alegou, assim polícia?, meu irmão Joaquim , sie-qugst mdo vossa ordçm T eª É _
descreveu a prática do crime: —-— Entrando pela rua de Santo 121 mfçr mar falfaxqentf d' n fu
23 maio, “enquanto fizestes 130110
Amaro, incontinentí dirigiu-se para o. presidente João Pessoa, Ago ra 5:31 ordenasues mcçn 19 &-
nal ter sidº postº liberdade.
alvejando—o de frente e à queima-roupa, de modo que o seu bem capaz, pelª meªªª
braço atingiu ou chegou .ao Centro da mesa; que ao p'ercutir zend-a meu pai, de cuja realização sms Agostmhq, pã en? “10—
. fez vossa polícia militar fazexªdzf Santo
'a anna, falhou o primeiro cartucho e o presidente Pessoa levou vontafíeã aproveitam 0 cªmª—
Í minha família. Mami; depredal &
as mãos ao, peito, eStremecendQ «ao ouvir o som metálico; ré,-_ há:—,eu certo nenhurfih & E
da opºrtunidade vossos ÍHSÍÍDÍOSã mas,
mando quªe falh'assem oútro's 'càftuchºs, pois a munição era velha, m (haute vosso (38123502 _
puxºu duas vezes conSecutivas 'e rapidamente o gatilho, dis? tas se amedrontará nem se humilha
.moral, obscura conscmríaânga
uma vezª vosâ o oblíterado senso
parando, assim, dois tiros em direção ao Dr. João Pessoa; s, apesar loªgãlh exp???) do
que até então o Dr? João Pessoa não fez qualquer gesto de. ridíca vos permitem tais desatmo
, sem estarra aç? tendes
defesa e nem qualquer dos circunstantes procurou obstar & ação magistratura, sau forçado a lembrar
teatral,. que fez,-1211162. ªr minha
dele respondente”. . ' . ? agrado do“ vosso temperamento pelo cªlei so rmatéâais
A “grande tempestade interior” a que se referia João Dan— filhos e juntamente com eles responde-rms palcº)?6 pIGJIJiZOS _
_ família, respondend o també m Eistad o
tas no depoimento policial, sería reafirmada perante o desem- . , . _ .. João
bargador João Paes, presidente da ]:.ª Comissão Judiciária, & causados. Saudações (a) +— Joefo Plantas
Lms se dmgla ,
,do GoVerno Estácio: L Igualmente, ao Prãsidente WâSílmgtOIl ” _
& mes ma . «a a: _ . ,
: “.O Dr. João Dantas .confeSsou que, falando às claras, ipo- ' = . em tele rama
Riº —— Presidente Lime“ Pe-síoizí
derí'a, minado pela idéia fixa de uma desafronta, idéia que se Damiªoutór Wªshington Luís -— gala 352311
poàanªdo—“o,
_.tomaria superior ao “seu próprio instinto. . . ” . seqííestrou ,meu irmão Joaquim,, trans
Pian có. Ago ra orde nºu lnç'endlo' bvoazep ihchi—l
Afirma ainda que ao ler em A União que as suas cartas ª general polícia ladro es ha rumªm ãº
ª' pai situada zona conflagrada entre gue
mamas eram - nnpubhcáveis por Enox-rais, mas quem as desejasse ra secas, pei raç.
conhecer fosse lê—las na, redação (Sic. n㺠passasse istº de ' _. give. funcionamento maquinismos. obras cont
217
216
gfggãgas que/K sgrao Ctambém danificados como tem acontecido O Processo
- .. 1 agencms
N arreio. Peço. garant'1215. Res' ' .e1tosas
' ' » -
goes (a) Joao Dantas”. p Sauda para praticar o
1Enea—amo telegrama ao Ministro da Justiça.) . . .“tendo— João? Dantas mºtivos pessoais
no Jornal delito, o que é indiscutív el.
o artigo d
do Comércªo if
“Ás Rvoltas ' ” , publpado
com um dqldo ' Felisberto Pereira”
de _ » , .o ec e, Ele 12 de junho segumte —— 11 días
pms —, manªfestava Joao Dantas & mesma reacão violenta
—se, na Justiça, o na-
num claro sent1do de ódio latente: e , Com a morte de João Pessoa, abriu denunciados 15h10
fossem
cessário inquérito. Dele resultou que , em 5 de setembro de
66 ' .
aindaSou amda, no tçu chger, um ladrão ( . . .) Outro ladrão-,
me t ap qu? ousas 0112.6313 e o meu venerando pai, a quem Vil- promotor Cândido Marinho da Silva
tas, mas também o seu
P 516 msuhas e calumas, af1rmando que atacou a cidade de 1930, não somente João Duarte Dan
ro Aug usto Mor eira Caldas, e deputado João
aªi (ªs? pdara roupa?”. (..,. . ) Ladrão és tu, ostra de ministérios, cunhado engenhei a, Vice-presidente da
imento_ ”Lyr
5 un 6 repartiçoes federals, no exercício infrene da tua des-— Suassuna, .Dr. Júlio ' do Nasc , ajud ante de chofer do
Pontes de Oliv eira
braºada
:, advoca 01' & admxmstratwa,
' ' - ' ' ladrao
” es '' ª
' tu, maglscrado ca— , ,Paraíba, e Antônio
Zªdªr e negomsta £ . .,.) ladrão és tu, juiz—corretor de contas Presidente assassinado.
me lembro -— a inclusão
tun Stªs ;(.º: .)Cªadrao es tu,, administrador sem escrúpulos ( . . . ) Cansou surpresa —— e disto bem
dizia—se à boca pequena ter
. , , cao wiíarm é que és ladrão. De . onde te vem ' » ' de João Suassuna &: Júlio Lyra; e
uções do Governador Estácio
grande fortuna?” & tuª , o Promotor obedecido & instr
família do morto e ao povo
do O bªçom do artlgo cºnfira? a ameaça do telegrama, revelan— Coimbra, para uma satisfação à
seriam impronunciados.
ramamt os que a questao salta do terreno político para o me— da Paraíba, na garantia. de que
ife, de passagem para,
a 6116 pessoal, sendo que agora não se tratava de briga entre Achava—se João Suassuna no Rec
a segunda frente partida
Ecrªn es, ªpenas de palavras. Assumia aspecto grave de en— Nata], ond—e, tudo indica, iria preparar
por João Dantas em tele-—
&- ªâo % wªlgfmça, em que um predominar () ódio dº sertanejo, do Rio Grande do Norte anunciada
s do crim e. Aíirmam outros
cªra] e e cao Daninas. que ,o Juiz da sentença considerou “vis— grama & Manuel Dantas, pouco ante
acordo de paz. Baseou—se
cia ,e railcoroço e mdlsfarçavel”. Aguardaria & ocasião propí— que, ao contrário, procurava tentar um
malhas, em haver recebido,
P », _ e & “Vem & surglr com a notícia fatídica de que João ' ª denúncia, para envolvê-lo nas suas Dantas, no
a de João
,essoa se encontrava no Recife. "no hotel em . que se hospedam, & visit
res Exploãm e 1301 a tragédia da Confeitaria Glória. Achava-se ndo alí pres ente Júli q Lyra. Acontecem que
. dia do crime, esta
chefe acatado da corrente
p o_ —— eclarou no depmmqnto —— a uma “necessidade im— ""ainda. . . “é sem dúvida alguma, o
peratwa de desafronta”. a e, de fato, o amigo por
“S '
' > . mais exaltada da oposição paraiban nejas se atí—
outras famílias serta
O .

filhos eªuíªíçníggteacªªlªar ( . .,.) dque (. . . ) fehzmente tendes


ij. cuja causa a. família Dantas e
famíha”.
_ '
,es resp on 'ereis p e10 que sofrer mmª ata e inglória contra os poderes do
jraram, ali, a uma luta ingr s elementos 6, par-
da a esse
] Estado. Daí a assistência dispensa
D Dewafn Joao Pessoa ou seus cólaboradores saber que Os
tícularmente, ao acus ado João Dan tas, seu amigo íntimo e pa—
antas” nao costumavam ameaçar em vão!
.?“...4rente afim”.
Júlio Lyra, acusado
Não menos frágeis os argumentos contra com a morte de
do Nao mtu-been, n.uma carta à noiva Anayde Beiriz, depois
cume, em assumlr—Ihe toda a responsabilidade: —-— “Eu agi sidente,
fi de que, na qualidade de Vice-pre
porque. me afrontarang _ao extremo e o fiz sem ouvir a ninguém se desmoronaría e então &
por .mlãnha responsabmdade exclusiva, e assumi-la—ei com toda, ““João Pessoa “todo o spa partidoàs mãos do 2.º vice—presiden—
& mm a coragem de acertar as conseqííências dos meus atosªª'ª.
j;;administração paraibana passaria Suassuna & homem de
,-ª_t7'e,,f amigo político e pessoal do Dr. Joãoicionista”.
opos
confiança de todos os da corrente
219
218
, substituída
Amara-gy, lºgo. depois. elevado & juiz, de giram
Só por excesso de zelº, tal. denúncia se armam. Talvez, s Pime ntel, da cidad e de Sao Lour enço .: .
r Antônio Alve
mesmo para obedecer à sugestão contida no. final do relatório não confiando na justiça da capltal, 13 or-
Como se vê,
or?
do desembargador João. Paes; presidente da Lª Comiss㺠Ju— É'Íígnterventor buscar em comarcas do interior, juiz e promot
diciária: " 7-㪪ª-g31vez por considerei-los dóceis. E ms,—tc, pelo menos quanto ao
“Essas. situações não s㺠harmonizáveis: não é pºssível “que ' equivgcou—se . . .
um indivíduo dominado por uma idéia fixa, superior “ao seu. aº meu“
Achava-me no Rio e lembro—me de haver escrito
próprio instinto de conservação, con-siga ocultar o seu estado, gag—sogro João Pessoa de Queiroz, exilado em “Paris, log"? apºs a
cªle
em contínuo disfarce perante pessoas íntimas com quem man— ' sua inàlusãc na segunda denúncia “como cªo—autor do cume,
tenha comunicações freqíientea diárias. Vislumbra—se também tranqiíilo, pois conhema bem 0 juíz, com alguma s Cangas-
e que era
um nexo causal que reponta nessas comunicações constantes, na foro da sua comarca quando advogado na Reais,
sºlidariedade manifestada em contínua reação partidária contra dos mais íntegros em toda & judícatura estaêual.
Vcom
“ o presidente João Pessoa, no interesse político persistente .e Neste segunda inquérito, ouviram—se 101 testemunhas,
ormen te aprese ntado,
comum, e na própria situ-ação em que, para galgar () poder, acareações. No longo relatório posten
s:
estavam esses & respeite dos quais o inquérito indica, pelo , 'ª'Íâfieíeriu-s-e ”por esta, forma o juiz a João Danta
menos, uma suspeita & verificar—se. O Dr. Júlio Lyra e o Dr “O Dr. João Dantas, & pretexto de dignidade? ofendida por
João Suassuna precisam defender—se na instrução criminal. divulga ção de segred os de sua “anda pnvad a, lançaYa
Dê—se vista dos autos ao Dr. Promotor Público para oferecer colunas daqúele matutino artigos de fogo, contra o Dr.
os meus injuno sos epzte— _
denúncia na forma da lei”. Pessoa,, seteado crueímente com
Como se depreende, & denúncia contra Suassuna e Júlio “”'
.

Bayard
, Lyra. iria basear—se numa hipótese ——- a de que n㺠teria sido E quanto ao Presidente João Pessoa em o “novo
possível a "João Dantas ocultar daqueles amigos o seu estado dos nossos tempos, escudado na sua d1V1sa —- sans peur et sans
de ânimo, de homem dominado por uma idéia fixa. . . .."ífêpfoche.'. .”; Jºsé Pereira, o chefe de uma “horda nefanda de'
nªaor
A denúncia, todavia, produziu pelo menos um efeito —-— o « “doleíro'sºº, e João Pessoa de Queiroz 0 seu líder, que
de acirrar os ânimos dªe adversários ou familiares do morto, .àfadígava n'esta faina ingrata”. . .
levando—os .ao posterior assassínio do deputado João «Suassuna., "Resultou do nunucxoso documento, em que se efsvurnãargm
Pªlªs mãºs “dº "Fªlªdº—ªrªm—mahdªdº, paraibano- sertanejo ãe
w . “

* os ângulos _ da intentona de Princesa, xªma ”nega dengnºlâf


“dq
Alagoa Grande,. Miguel Alves de Souza, numa ensolarada
"f.;ágora de outros réus ——- também para sansfaçaq & famílím ntlí
manhã carioca de outubro de 19308. ' morto? —, _e' que foram desembargador Herácht o _ Cavalcâ
Vitoriosa & revolução de _3 de outubro, foi () interventor 'ªªfÍíªe-,ÍÍÍÍÍÓâO Pessoa de Queiroz (Art. 294, % 1.º, combmado' .çom
Carlos de Lima Cavalcân'tí buscar no interior do estado, comar— 2.18, ª 2.0, do Código Penal); José liame-s de Freltas e
ca de Nazaré da Mata, .o juiz de direito, Dr. Felisberto "dos
Alberto Ferreira Ramos (Art. 294, combmado A cpm os _ Arts.
8, g 3 º e 21, % 1.º, respectivamente); e Antonio Pontes de—
Santos Pereira, a quem, depois de “prºmover & desembargador,
nomeou preâidente da Comissão Judiciária (Ato de 6" de no- ' ,
13) .
vembro de 1929) encarregada de cºntimiar apurando as fes— hvelra (Art. 294, % 2.º combinado com o Art.
relat ório nas quegt ões . de fato,--
ponsabílidades pela morte;..do Presidente Jo㺠Pessoa. E 'o pri— ” A sentença reproduz o , al
desen volvid a nas de D1re1 to; .
meiro que faz o juiz promovido foi não receber a denúncia "do , . [ro—se largamente
ar?—ª 1 E, 6 decepção para o Interventçr Cªrªcas de Luna Ca; _—
promotor ---Cândido Maúnho, pelo motim muito simples de que () desça; a.r—
precisava apurar a seu modo os fatos e que houvessem faleci— e n , que. pôs imediatamente em d1spomb111dadeos réus mgarc—
do, já, três dos denunciados: João Duarte Dantas,; Augusto " Felisberto dos Santos Pereira —— eram ronunc1aªo.
“Mo-reira. Caldas e João Suassuna. Para acompanhar este, se— ' com exceção do ajudante de: chqfer,p
ndo-s e J oao
gundo inquéritº, nomearam—se em comísSão “doi-s prºmotores —— ª'aÉsoIvído pela legítima defesa, cons-ldera
º primeiro, Miguel * Dºmingos das Santo-is Júniºr, da "comarca

220
-.,.-._._... -.» V . _
*,, “,,,-_. . — _ , “ _ = ,,,—_.77 V.;...í-á “ . . . , .
-, , ,. < , . — - . . "“A1.Tr_ííx..T'A=f.-7fA——=/V-
. J
, , __,_ _ ” A i , , — , , “ a» .:.—Lia
, , ,= = ; - —- g f_.....z_. - . , .7-7 ,-íff:,-.'Ií.nívf'";Yiníízxff'F—'_'_—""»?.”l.-“ã“

f?“ ' __ _ É # « ___ " ” ª

fºº) “_ f . ..
"JLA ! . I o o A c , - . —7 . . ' . ' u e dos aUtOS cºn-Sta.
% Dantas 0 muco responsavel pelo cume, com & mecenma do .; CºªSIdɪmndº o ntaals qdenúncía e O parecer de fls., este
' próprio cunhado Augusto Moreira Caldas. Julgo lmprocededq 6 aa renúncia de João Pessoa de Queiroz
3; Merece que se transcreva para a história o final do cora— . ”::.-'na parte em que Pe .lu P ' uncíar cómo impronuncío,
Z Íoso documento: _ : 55 José Ramos de Freltas, para nnpron H 'Élito Cavalcânti e a
É”? “Por tºdº º exposto: ' * não somente a estaS, cºn-3% 210c eS.olºêrúztíraplfocecientxss & mesmª
f; Considerando que os crimes imputados aos réus referidos “ ,,Albªftº Ferrara Ramos ªlgª) gªlã 3,11ªaúacío Antônio Pontes de
“ na denúncia e no parecer de fls. não resultaram da prova dos ,denúnma e parecer qu d Art 179 do Cód. do Proc.
ªªª
&?
autos; o , | o o , _,
"Aª"ªx'l'"'Óa1iVºiIaª & quem, nos teªmos $a ão 'que fhe foi inlpmªdªnê
' -o . . . . c u ..
É; Conmderando que para & pronunma emge & 181, alem da » Çnma, absolvo m” Mªmi Simian aç perante o Superior Tribunal
ªiª“ prova do crime, indícios veementes de autoria ou cumplicidade , _ Na sustentação 65 ª d mbçal' “adOr Felisberto Pereira: --
* —— Art. 177 do Cód. do Proc. Crim. do Estado; , Pág-, JUS-hºº»: “ªmººº? Nº Deâãtas IÉOÍÃVOS pessÓaÍ-S“ para praticar
Considerando que no caso subjudíce nem mesmo indícios _ “Amdª que, tend? . (É? utível » (sic—' o grito“ é nosso)-
remotos apóiam a acusação; j- ();-demº, º que ª m ”º dese' mlga
' ' rgaçlqr Feligberto (1133 S'aãtoâ
por isso que: ' FValeu & sentença, ao
ºf:?éigtg, () conhecido e inamolga'vqla; ]UIZ Fehsbert? ªí?-cªse
Considerando que quanto ao sumariado João Pessoa de ' ulson mas, com e a, . .
Queiroz nada existe nos autos que leve a crer tenha sido ele Í” “A*mledlata disponibili dade comp
mandante do. crime praticado per João Dantas, ou mesmo se- ;ªffªÍ-áígnidade da justiça pernambucana.
quer cúmplice, no sentido legal, desse atentado; —
Considerando que, de igual, ficou sem prova a imputação . '
-— feita ao sumariado José Ramos de Freitas, na denúncia,“ porque » , Complô
para existir. a figura do crime comissivo emissivamente prati— "
cado, é preciso que o indigitado responsável se tenha eximído
à: de praticar um ato com o propósito de acusar pela sua inação
um fenômeno criminoso e este, realmente, se verificar, segundo . Grandªe foi & Propªgªndª Pess º Pªrlªmentº
de imprensalâara ªª
“ªº? : * oa resu deà 111%goãlíicá
%, r. o cºnceito de Tobias Barreto; . e no parecer, por ter, ao com- éoc a de que a morte de João
. ; , _ . . .

ª??? trário do que alí se alegou, ficado provocado que () sumariado 1» que estanam envoljfl , ' lit 0 Cavalcantl
=. &: H erac ' .a
af_Juho— Prestes ao caudllho Jose Pere—na _ Assembléi ª
ºf“; deu ordens para a vigilância ao Dr. João Pessoa, ordens, en- .- » ' oaqmm Pessoa
_ na _.
%; tretanto, relaxadas ”pelos seus subordinados; -, als ; conforme denunma de J a de QuellfºZ, .
Paraíba, "João Suassuna, Joao ePesso
g,? Considerando, quanto aos sumariados Des. Heráclito ,Ca- L & da overna
— ,Léªslaídva dores Estácio Coimbra Juvenal? Lamarti-
" valcânti & Alberto Ferreira Ramos, que é negativa a prova dos , Jªil? YÉ * g , K' dri as da Silva Augusto Mort-m'a Caldas
%% autos_ em relação à co-partícipação deles no delito; ' - A ªe,]oãaoplgãntªsecoâ eª; último 1301f vil instrumento ªnªta.
?” "finalmente: _ ªf. . » . ' , - ' rênciªs ªº ªssuntº em"
ªgf ' Considerándo estar provado que o sumariado Antônio ; Nª segunda de11ungªtôlâo É??? Ilíªentel, especial estudo. Tor-
%; Pontes de Oliveira, atirando de revólver em João Dantas, no ' ªº“: dº Prºmºtºr 31. d zido limitando—0 aos Seus denuncia-
“? momento em que, este abatia & tiros () Pres. João Pessoa, in- nou-o Pm, Pªfuºº mªlá- _re u de ,aludil' que “pelas círcunstânCíªS
«ª; cidiu na sanção do Art. 294, & 2.º, combinado com o Art. 13.º í_;âÍfOfSA.I.3_1'-'11_?=C3113ªls: sem ªfiªr Ii ações dos pIOVáVBÍS membros do
5% do Código Penal — tentativa de “morte '—, muito embora se Iªi-. Éffztªªfpº e Pªºlª"5 estrel as saí-gde” “não seriª possível. . . apon— .
“ª” ' não possa desconhecer, ante a prova dos autos, a atitude de ªmplº com º governo ,?as ª .
, Jtag-ªbcs toçlosccosy nomes . D t fora o braço adrºdemente
€; legítima defesa que () sumariado assumiu com aquele ato nobre
ª; e heróico, pois foi, de quantos estavam no teatro do crime, o (Todavm 1.030 Duartle ancasoutrºs inimigOS, mais covap
único que enfrentou o agressor, sem medir o alcance do mal , _ =. para vxbrar º gº Pº. %“ ferir”
%, que lhe poderia resultar da . sua temerídade; ' ,; . es, n㺓 tinham coragem dº es '
gºrª"!“ " : ;' ' ª

Vanios encºntrar alusão semelhante no pdmeíro Ieitatório,_g ' a missão de realizar naquela cidade um inquérito em tomo
de 6 de setembro de 1930, do desembargador Jºão Paes de -'
Carvalho Barr-os, apresentado ao então Governador Estácio. i.=_.%':,'_..fªlsºbre () assassmato de Preadente. Joao Pessoa., nao se.
Coimbra: .. durante as investigações, por mais que se pesquisasse,
“Corria insistentamente & notícia de que o assassinato do ª. só fato ou circunstância de que se pos-sa inferir ter sido.
Dr. João Pessoa resultam da deliberação de um complô, ao _
""º—”vinonstmoso atentado concertado nesta Cidade de Princesa
qual não eram estranhos agentes do Poder Público no Estado. ipfóíra' de conivência sequer, que é possível telma havªí-0
A*rgumentava—se com a anuência de autoridades, com & negli— arte de José Pereira, não ficºu constatada” (A Unum,
gência da polícia. E () boªato e a suspeita e & maledicência ' ºiii—54931). . . ªª“-
tomavam eXpansão perigosa & temerária”; ; É que para assassinar João Pessoa, imitando Raul Peder—
A sentença do desembargador Felisberto Pereira desfez, em . João Dantas» .-ouviu a voz da consciência., não precisan-
poucas palavras, & minestra: —— “Nasceu até dos fatos que se amar mais nada. .- .ªº.
Vêm de apontar a suposição de um complô urdído nas trevas -
e a respeito do qual foi também negativa a. prova dos autos”. 4ª
O envolvimento de Jcão Pessoa de Queiroz no apregdado. __
complô constituirá clamorosa injustiça. Jamais fugira à respon— ff
sabilídade de co-autor da rebelião de Princesa, pelos auxílios ':
que prestam & José Pereira; mas doeu—lhe & denúncia que o
envolveu no crime da morte do primo.: Isto me manifestava em .;
carta de Paris, .de 24 de março de. 1931: -——— “Todo mundo sabe ªº;
e não nego que no caso de José Pereira tomei parte ativa, como
homem de bem: sem subterfúgio e com a dignidade e coragem
de homem consciente de suas responsabilidades; porém que no
caso do “Joca eu não tive a mínima parcela de influência. Ao
contrário, queria-o vivo para _ esmagá-lo na luta leal e de homem
de bem. Nunca 'in-e passou pelo sentimento ,o extermíni " da-
quele louco. Os artigos publicados "no Jornal do Comércio
foram sempre em resposta aos insultos que nos foram atirados
pelo Joca. Disso V. sabe. Nunca tivemos um artigo iniciando
a. campanha; todas as provoCaçõ-es Vieram do Joca”.
Esta, a verdade. E quantos o acompanhavam .na ”luta co-
nheciam—lhe as intenções —— derrúb'ar o primo por uma inter-
venção federal, vingando—se dos in5u1tos recebidos e para que
voltasse ao prestígio pºlítico de sempre na Paraíba o seu com—
padre e amigo José Pereira. -
Pretendia, mesmo, f'e-smagá—lo na luta leal de um homem "._3
de bem'ºº.
Quanto a José Pereira, não mencionado nas duas "denúncias
mas sempre referido quando se trataVa de complô, .leís () que
escreveu no seu alentado relatório de 6-4—1931, () jmz (paraibano
José de Farias, & quem o interventor federal de Princesa con- f

224
. . . . . .

A estória de suicídio partiu das autoridades estaduais, com


aí.;publícação, pelo jornal do interYentor, de que?, aliás, nunca
ªai-exibiram os autógrafos, dos das seguintes babetes, encon—
,_,-;í£aã05 sob o travesseiro de cada um:
“Mato-me de consciência tranqíiíla e ânimo firme porque
ºº'-:*"ÍÃ'É-Íéstou entregue & bandidos e o meu brio não comporta humi-
"É—':Íiªfções -— João Dantas., Detenção do R'ecife, 6-10—1930”.
“Morro porque, estando inocente no crinm de que: me
ª acusam, não posso aceitar um julgamento de fanáticos cªsa]-
Íteadores -- 6—10—1930. Augusto Caldas”.
O jornalista parecia ter assistido ao suicídio, tal & minúcia
. j d a .-descríção: ——' “. . .os dois criminosos resolveram pôr termo
Í "ªi'ºfªàí:éªxi'stência, () que levaram a efeito ontem, de 3h da tarde
?ara 5 e meia, no apartamento que ocupavam, junto à enfep
mana da Detenção. Para esse fim deitou-se cada um no seu
leito e racionou (sic: secionou?) & carótida com um bisturi,
fààfécendo, porém, que o ferimento de Augusto Caldas fora
É ferrº por João Dantas, naturalmente a seu pedido” (Diário da
7- Tarde, Recife, 7—10—1930).1ª. .
_D IVIDEM—SE as opiniões ainda hoje, entre o suicídio ou o Esse “naturalmelite & seu pedido” faz rir na descrição da
ª s ?

ass-'as-sínío de João Duarte Dantas e Augusto Moreira Caldas. os


tragédia. Contudo, pras-Burma & autoridade em arrecadar
Achavam—se presos no QUartel do Derby, de onde os transferi— jjhetes, esqueceu-'se de fazê—lo quantº ao bisturi...
ram para & Penitenciária do Recife, para sua maior segurança! Nem. a ficção dºA pedra do reino aceitam a lenda de “sui-
. Com a vitória da revolução, mais & pre-sença de tropas idle —— “Confirme tudo isso dizendo—lhe que nhaguêm en—
“vmdas da Paraíba —— colaboração tardia e desnecessária -——, es— " gera, ainda, como é que meu Padrinho se tram-cara dentro
tavam condenados à morte. E foi somente que em 6 de Catu-=: um quarto sem janelas, murado por todos os lados, &: apare-
bro“. lhes penetrassem na (3613 onde se encºntravam sob & pro-= aii—"morto, esfaqueado por assassinos. cruéis e desconhecidos”.
”negao. fia lei, para que os sangrassem e coronhassem. Para istº ,, Em 26 de setembro de 1934, o jornal carioca Avante abria
na VISIÍa trágica se viam um médico, Luís de Góis, conhec
?

ido am o público a brecha da verdade: — “João Dantas e seu


pelas arrogantes atitudes de Vida, e o oficial da polícia paraiba
&; — 'cànp'anheíro são encontrados mortos, eStendidos, ao longo das
º

jr.?
Fªx:“ >z
na Ascendino Feitosa, tradicional inimigo da família Dantas suas “camas, tal como se dornússem. Os estertores da morte
a

na Paraíba, complexado porque não conseguira checar à cidade;


.A.'É
%%?).(M
'a::ªla'
— >.

ãój: “lhe-s arredaram- os corpos nem lhes mºdificaram as fisio—


na..
N,.“

de Princesa. . .

Z
' º nomias . . O primeiro golpe que prostrou João Dantas foi mais
QD

L
. _ Fão posso, & rigor, afirmar que o bisturi aplicado em d o q u e suficiente para causar—lhe & morte em segundos. Se—
(...E, .
três

X
111015068 de mestre, duas na carótidade João Dantas e uma na c1cmada a- carótida, o infeliz matador de João Pessoa não teria

.
de Augusto Caldas, tenham provinda dos dedos. agéis de mp0, admitida a hipótese de suicídio,. de desferir, em si pró—

u
Luís
de G'ÓIS. Mas era o único médico presente e os cortes

;
não pno, nom ferimento. O segundo, entretanto, em tão grande,

.
foram de leigo, mas de técnico. Quanto às coronhadas, que ?:; permitia ver o eSôfago. . . E agora, depois da exumação
,,,,,,
que re—

J
bentaram o crânio de João Dantas, poderiam ter sido os , seus ossos, também se constata que o crânio da vítima
de algum

J
soldªdo, mas de qualquer forma sob as ordens do tenent

d
e As- ajstLeçnta uma perfuração por projétil de arma de fogo”..
cendlno Feitosa, () invasoras Teixeira, inimigo fig,ada1fde João

:
麺ReSultava esta notícia dando—se () primeiro alarme de ím-

5
Dantas, que iria cobrar os juros de velhas cont-as em rensa sºbre o caso, da publicação do livro “de Joaquim Mo—
atraso.

.
3
226

.
227

'
u
'
.
1
1
.
L
E L Ú - W ' F ' ª “ -, « ª » . “furl;
.=» .r|.'v_ “ , '
,. ' —
, .
É;:
.. .
A—

|
reira Caldas, Por que João Dantas assassinou João Pessoa —— = (
-O delito do “Glória” e a tragédia da Penitenciária do Recife, _.í "7 da sensacmnal revelação, ainda José Américo de Almeida.
em 1930, livro que me faz lembrar curioso episódio. Da sua _ ' _ ' “Jºãº Dantas ªmºªdºª'sª na Pemtenmána dº Rª“
publicação encarreguei—me em 1933, por conta do meu (ex-sogro g » .. O"cadáver não apresenta contusões, nem equimeses,
João Pessoa de Queiroz, que me. enviara os originais. De várias ? ' - escoriações. E um 1101113111 dº Sºl—1 temperamento não Sªí
tipºgrafias consultadas no Rio, apenas uma se aventurou & im— " ' ' sacrificar sem Tªº-fªlªr (º? CÍÍ- P 250)-
primi—lo: & do meu amigo Cândidº Mendes [mmm-_ Assim lj - . _)asta relanceax a vista pelas fotografias de Louis Piereck
mesmo sob uma condição -—— publicação quase clandestina, de— f" _ _ A ”Ilº-tªl“ dºªdº logo que º que mais ªPIºSÉntª º cramo dº
vendo a revisão fazer—se no. seu próprio gabinete de trabalho, ' ._ Dantas Sªº “Cºmªªõªª 6915310563 esconaçoes. .É.
com os originais ali mesmo inutilizados, e a remessa direta dºs
200 volumes para o Recife. . . ,
O meu próprio exemplar viria de toma—viagem.
Trat avg-se de. um livro realmente eXpl-osívo, pois além de
relatar &: comprovar a tragédia da Penitenciária, “também de:?-
crevia 'em pormenores & da, Glória, suas causas E a revolução
de. 30 “em Pernambuco.
Quanto à morte de João Dantªs e Augusto Caldas, () véu
, da verdade se abria em reposteiro largo.
No Recife, o fotógrafo Louis Pieteck, famoso na cidade,
revolucionário de lenço vermelho, saiu pelas mas ;a fotografar .
nos seus “flagrantes. Por coincidência penetrou na penitenciária _; ' '
e alcançou a cela onde jaziam João Dantas e Augusto Caldas; * «
imediatamente após a visita da morte. Tudo fotografºu: & sala, ,
as camas, e sobre esta os dois, .arrumadinhos. . , . _ .- ª I
. Mal chegava ao estúdio, recebia um telefonema do seu ' , ª ' . '
amlgo () interventor Carlos de Lima Cavalcânti: desejava a Sua
presença no presidio para fotograflas dos cadáveres de João
. Dantas e Augusto Caldas, que acabavam de suicidar—se. Seguiu
' no cumprímc—znto do pedido e logo notou & diferença: & posi-
f ção dos mortos era outra bem diversa da primitiva. João Dan—'
tas, por exemplo, estava em decúbito, & fim de que lhe não
pudessem ver as profundas incisões no rosto massacrada. Teve
o cuidado de guardar os negativos. Rompe um dia com o , ,
amigo interventor; desgosta—se da vida e suicida-se. Antes, ' ? f - . , - &
porém, chama o filho e lhe entrega *a marca do crime isto é, ' '
os “negativos divergente-,s que por isso chegam às mãos de
Joaquim Moreira Caldas, irmão de Angusto Caldas. A pos-.*
terior exumacao dás ossos iria comprovar a verdade do fato *
dolorºso. ' .
Essas fotografias vão reprodumdas neste livro. Compará—
las é concluir pelo estúpido assaesmlo de homens se'm Iibe-r— 5
dade. Trinta e ºito anos depois. da mºrte de Joao Dantas e , - ";; ,ª'j-lj êf

228 .
' ' ' » . ; “ , ;)
' * ' 229
.. , _ . “ , ” r m m r i â ; r m r w m ã ª v m ª i : " , " , , _ , ,

,; , Resolve vetar “este projeto, devolvendo—o à Assembléia para


'que se cumpram os dispositivos constitucionais que regem o

João Pessoa, 23 de setembro de 1930.


(a) Álvaro Pereira de Carvalho”.
Rejeitou & Assembléia, o veto, mas depois, mais acalmada,
Í; regressando ao bom senso implicitamente o confirmou, man-
Vetº. ªº Negº— iii-'tendo, na reforma da Constituição, a bandeira tradicional.
_ ' De, fato, não constava do telegmma .de João Pessoa & pala—

r
ªí vra que a nova bandeira deveria ostentar:
Ç' ' “Deputado Tavares Cavalcântí —— Câmara Federal —— Rio:

-
'“ÉfReumdo o Diretório do Partido, sob a minha presidência,
ªdepms de consultados os amigos de maior representação políti—

.
_ca, resolveu unanimemente não apoiar a candidatura eminente
.,'l.-;;Íf]1- Júlio Prestes à sucessão presidencial da República. Peço

_
Íri'Éfcemumcar esta solução ao líder da maioria, em resposta à sua
consulta sobre a atitude da Paraíba. Queira transmitir aos

-
Éídemals membros da bancada esta deliberação do Partido, quªe,
ªcanto todos apoiarão com a solidariedade sempre assegurada.

,
.audaçoes (a) -—— João Pessoaªªª—º.
A EMOÇÃO causada pela morte imprevista do Presidente

A
João Pessoa levou a Assembléia paraibana & tomar duas pro-

.fªi;.L-Ja.l"il;.'eg-Iii-'-
wdêncías imediatas: colocar na bandeira do Estado a palavra

,
Nego & mudar o simpático nome ”Paraíba,, da capital, para o

tail—_A—
:-'
de João Pessoa, que “prevalece ainda, hoje, Sofreria () primeiro

“ l '"— . . .' m “"-"'º


m
um corajoso veto do vice-presidente- em exercício, escritor-

- MW“ :-
Álvaro de Carvalho-, assim redigido:

'.l" & :.
“Usando das atribuições que me confere o Art. 25” da

u ”" cmgªtg—gggw.
«
Constituição do Estado e,

K .
Considerando quie o projeto 11.º 6 é, em suas “linhas gerais,

mau- "%ann-m
como nas minúcias da sua organização, uma simples criação
de partido;
Considerando que a bandeira de qualquer Estado é, antes

. "
de tudo, um símbolo de Vida nºrmal uma síntese ideal das

f
( '
aspirações coletivas ou da ambiência em que envolve a alma

( C
. , '» -w - x x-x-
do povo que & elege;

miaúC-AELEÉLQJBLLQLL;.;u.:—_Ln..
Considerando que a frase inscrita na bandeira que ele cria
não é histórica nem figura no telegrama em que o presidente
João Pessoa negou apoio à candidatura Júlio Prestes;
Considerando que —— Nego —, desacompanhada 'de qual—
quer explicaçao, é, por si só, incompreensível e encerra um
grito de puro negativismo;

23]
2.30
v
pendi tal
'.;Eª uªtú
:ap fát êníº
ica ªª, ' Só
, ªpºiª“, fºrçado pelas: circunstâncias, ªsus
'g'._ .:;: sobre & hlpótese de mmm-engªta, enquamto- VIVO o Presl—
dàente João Pessoa, aplicou:
_ “Até 26 de julho de 1930, _data em que em Recife foi
;;;árassinado o Sr. João Pessoa, presidente da, Paraíba, de “cujo
A Situação do Presidente ; cargo havia passado o exerCícío, nenhuma prova poderão elas
ªpresentar de qualquer ato de intervenção, clara ou. disfargada,
washington Luís porque nenhum lhes foi ºrdenado, nenhum lhes foi insºíima—
-' ão (. . .) O presidente da Paraíba insistia em não solicitar a
” gaitervenção federal. A Câmara dos Deputados recusava—se aº
í'f'díecretá-la. Não era o caso de requisição judiciária”.
Surgiu, & seguir, uma confissão contraditória ——-— a de sa-
fzg—imen'te depois da morte de João Pessoa haver reconhecido o
test—ado de guerra civil na Paraíba, para então se decidir a?
._iÇ-I f'aátgabar com a luta. Depois de uma barretada no Presidente da
'» .“Faraíba, que: fizera ocupar pela polícia cidades sertanejas, às
' " g;?.=êÇ-«,Íviésperas do pleito de 1.º de março: — “Só os povos retarda-
fjªíflº—ggtáríos resolvem suas questões eleitorais. por meio das armas”
—-- tratava Washington Luís dos motivos da sua tardia interven—
. ção, a intervenção post—mortem: '
EM longo artigo de uma série da três publicados no— Car- . Í , “Mas a situação se agravam cada vez mais. A polícia'es-
feio da Manhã (março de 1934) ,» defendeu.—ss Washingtºn Luís- ;adual travava combates com os partidários de José Pereira
da acusação de haver amáliado os libertadores de Princesa. Luna O coronel José Pereira Limª já fazia a sua gente sair
Refermdo—se ao episódio sçrt'anejo, exclamou: “ª— Não o de Princesa e atacar a polícia em diversos pontos. A população
criei, não () mantive, não o auxilia”. a se achava dividida em dois campos. A guerra civil se cia—-
“J amais auxilieí o caso de Princesa, com dinheiro de qual- áçtérizava, e, a bem da. Paraíba e para o bem do Brasil, era
quer origem, com armas ou com munições, com gente ou com ;;pfjrjegf_eríxr'e1 considerá—la caracterizada. Resolvi valer—me do Art.
simples promessas, escritas ou faladas, direta ou indiretamente, 8,115" 4, da Constituição «Federal, para distribuir na Paraíba
ou por interpostas pesso-as (. . .) Nem dinheiro mpl; . ngm forças do Exército”. . . para, de acordo com o que permite
alheio, privado ou público, lhe. enviei nem tomei & m1c1at1va -I'ãAlCo.nstituição, “pôr termo à Guerra Ci ' ".
de lhe enviar, nem aconselha a 'quem quer que fºsse que lhe _ "Pena que somente depois da morte do Presidente João
enviasse”. Pessoa haja o Presidente Washington Luís reconhecido aquilo
Quanto à mais grave acusação do; partidários do Pres-iden— e . já existia antes, e bem caracterizada ——- a guerra civil. E
te João Pessoa, de haver negado. à . polícia que se pIOVBSSe de ara os destinos da sua República Velha, pena maior que hou-
armas e munições, justificou—se: _ ssfez- realizado a intervenção somente na zona sertaneja,, dei-
“Em verdade, tados os Estados transformaram suas Polí- iatldo ill-tata & capital, quartel—general dos conspiradores, que
cias em pequenos Exércitos, dotando—os. de organizagão e de ªmam à solta, até chegarem ao 3 de Outubro da arrancada
instrução militares, de' armamentos e de munições béhcos, dlS— gyelucionzária.
tribuindo—os em Cavalaria e «infantaria, com metralhadoras, car- "_Há, todavia, uma revelação do Sr. Washington Luís que
ros blindados e até. aviões. Armamento .e munições. era-m fome-— * ressaltar: a de que, pelos esforços do senador gaúcho
cido-s. pela União, em grande qua-a tíd'ada, até ao início do meu. .Í í Paim, se achavam em andamento os estudos de um

' 232;
, , , ” a f f , ? “ " , , 7.7.7. 7 _. * ” V. ,, T-, , , f 7.3“ , - . f _,._____ ,__ _ _ , , , ,,,,,,,",,,,,, , , , " , , , 7 7 7 7 7 , . 7 7 7 7 7

acordo nas confabulações deste com Tavares Cavalcânti e


Joaquim Pessoa, e pleno conhecimento e concordância do Pre—
sidente da República. Está tudo a indicar '—-ª dada a lealdade
de Tavares Cavalcânti e () parelítesco de: Joaquim Pessoa —
que com a provável concordância do Presidente João Pessoa.
Ignore se àquela altura José Pereira teria sido ouvido. Mas
acredito que aceitaria de bom grado, desde que voltasse à - Os Dirigentes
situação anterior de chefe políticº prestigiado e aceito . . .
-
ª
_

Libertadores

=x“ “,ªlíÍ'-.l..'1l"s'.l;* , ' ..


,a.
“Biyi

a;».
, 3
".“-á
ª5
; ?
L'
|7
A

Iº Escalão

C

José Pereira Lima


,
Í
A

Jºsé Frazão de Medeirºs Lima


.

Manuel Rodrigues Senhor


n
" ' - “ “ x

» . ª).

Feliciano Florentino Medeiros


Marçal Florentino Diniz
i
—— .

Inocêncio Nobre
_” “ W$' $W $ W- a m
QED l

Antônio Pereira Lima


; . .&
"&
“ AVel
'ÍT

que formavam () Estado—Maior de José Pereira.,


“ 3“?«Y
& W- -
-& l vN f':»:X

com os três primeiros constituindo a Junta “GW-er—


nativa do Território Livre de Púnces-a.

Weg-39“

Antônio Cordeiro Florentino


l“

Manuel Carlos de Andrade Lima


-,ª(Tu-Juvªw'-'

. . : ,
:a ! . w ,w

'Marcolino Pereira Diniz


xJªhªn-'É)"
na." '
_
.

"Adriano Feitosa Cavalcânti


,',.,_ .,
.:P—
,.
«
ª

' -Manuel Cardoso da Silva


*;
l' ,
NJ
',

.Í Sinhô Salviano
f " x? 1 __'_
L;

"?Deocleciano Lima, chefe dos. Serviçºs Médicos.-


,X'. x.“v'uj'i
_T—W


. m;.".
1"

&, x A .
? ,
“. “«. ,“

234 235
'
?
ª
u-u S
-
a:
|.
"_
& .“, v
v
— .

a É?
.5' .| . _[
“ Av

gr.-==-
r

.

Í
.
-
.
_.

F
u4—m : '
l

ª
u

2.“ escalão Joa-o Costa em espírito de combatividade organizada e pelo


.

respeito ao immígo prisioneiro.


W

Antônio Antas Florentino —— Antônio Cordeiro F lorentmo Emerson Benjarmm (cap1tao)


.
"

—— Antônio Zeferino ——- Augusto Antas Florentino ———- Caixa


de Fósforo (José Antônio, vulgo) —-— Cícero Bezerra ——
k

Cícero Marrocos (“almoxarife de armas e munições) —— ígscalão


.,

Gavião (Pedro) — Horácio Vírgoh'no -—- João Paulino —


à

João Rocha —— João Vicente —— José Baião ——- José Fausto . ' Tenentes: —— Antônio Beníciº —-—— A. Câmara, autor de .;
-

—— José Ferreira --- José Guedes -— Lindou (Pedro Ro— _ “ diário e morto no combate da retomada de Sítio 1:.serl<:>sL%:-l
drigues, vulgo) — Luís do Triângulo (Luís Pereira de bertadores —— Arruda —— - Ascendino Feitosa, que ocupºu
v

Sousa) —-— um dºs heróis do romance A Pedra do Reino Teixeira praticando toda sorte de viºlências ínimígo de
-

de Ariano Suassuna —— Manuel Carlos de Andrade Lima João Dantas, & quem se atribui que o tenha assassinado
;

—— Manuel Lope-s —— Pitó (Antônio Pessoa,-- vulgo) —— Si- : na Penátenciária do Recife —— Elias Guedes —— José Gue—
u

nhazinha Carlos -.—— Meiga Kumamoto (japonês, tesoureí— í des da Silva — José Maurício —— Lyra Guedes —— Manuel
ro) .
.

: Benício —— Nonato.
«

Sargentos: —— Antônio Correia


i

Cabia &. este segundo“ escalão & chefia de grupos, Brás —— Antôniº Pereira
a direção das sortidas imprevistas, das embosca— Diniz —— Clementino Quelé —— Jacó Guilherme Rantz -—-.-
_

das, o abastecimento de munições de. fuzil e de _f José ”Alves Feitosa —-— Pedro Gonzaga Lima —— Vicente
Ferreira Chaves.
.

boca, o palmilhamento dos caminhos difíceis mas


t

de sua familiaridade, & condução das colunas aos


_i

seus arriscados destinos de ida e volta; & guer-


rilha, enfim, no contexto de solidariedade sex-ta» Os Responsáveis
m

neja con-tra a prepotência governamental.


-
"“

Para José Américo de Almeida.. “ainda hoje se pergunta:-,


'-
"

Polícia nas grandes e. pequenas guerras, quem deu o primeiro tiro. Um


.
.

jança & culpa s'obre () outro”.


.
.
.

;_;. Reconhece o memorialista que “José Pereira acudira em


,

auzího dos seus aliados” . . . Isto em Teixeira, onde já hawa


?
.

penetrado & polícia do tenente Ascendino Feitosa cometendo,


.

João Pessoa Cavàlçânti de Albuquerque, Presidente do Es—


“'sjvesperas das eleições, toda sorte de arbitrariedades.


tado —— José Américo de Almeida, Secretário de Segurança, Acudir em auxílio do aliado, além da nobreza de. atitude,
com o seu quartel-general em Piancó, & 108 km de Prin- são é dar,. mas responder ao primeiro tiro.
cesa —— -tenente—corone1 Elysia Sobreira, ajudante—de—ordens Pergunta—se: & quem atribuir a responsabilidade maior?
do Presidente; Jºão Costa (capitão), “que na primeira are- j] Faço a minha escala.
ramo-ada conseguiu tomar o povoado de Tavares., a 30 km
de Princesa, de onde, por «cinco meses cercado, não arte-,
daria pé, que, entanto, destruiu “totalmente ao ter de aban— Responsável ri.-º I
donax. Era temido pelo seu sangumansmo Irineu Rangel? A-nitâcio Pessoa que indicou ' para Presidente: da Paraíba
(capitão), o estrategista, com o quartel do comando-geral" sóbrinho & quem “faltava certo senso de medlda ., Justa-
em Nova Ohtnda, & 84 km de Princesa Supenor ao capltao pie aquele indispensável na arte de governar.

236
Responsável n.º 2 NOTAS

João Pessoa Cavalcânti de Albuquerque, us da Gama e Melo


que assumindo o 1 No romance Tempo de vingança, tenta Virgini
GoyeCrço da Paraíba, usou de medidas arbitrárias, quer incom— justificá -lo no diálogo de um persona gem (p. 91):
O presidente morreu
pafubllhgando—se com os estados vizinhos, quer agredindo“ os “— N a Confeitaria Glória. Foi João Dantas.
pl'lIlClplOS: normais do partido político dominante, sobretudo no logo.
0 Coronel adiantava:
de honra.
qtu_e tangla à vida pacífica dos chefes regionais sertanejos, hos— —— Também o que João Dantas suportou. E um homem
tlllzando desde o começo justamente () maioral do sertão, que Cabra macho”.
obrigatoriamelúe, os
era o deputado José Pereira Lima, criando ambiente para a 2 Varadouro —— Praça em Olinda,, onde paravam,
os jornais paraiba-
ônibus vindos da Paraíba com destino ao Recife, com
Violência da reação. nos à venda, e ponto terminal dos bondes para esta cidade.
3 Glaça __;refgtênçía;5a Caxias amomsªã dª ,_—,<Jaéªãê.o.ç Dantas, .,Qlªª-“Ç : Adhemar
, (seu ,:frnvm 'do aim :" se—
Vidal.,fªºrespoxisíávél pela» publicação; . feedítaría ano “Os
Responsável nº 3 gumte O fíncfívelºdõão Rasga—ed. * de.» 1931: —-—- papéis particulares
efetivamente
foram levados à folha oficial para divulgação. Uns saíram
o ser revelad os de
em A União ”; outros que “jamai s poderã
Franc1sco Pessoa de Queiroz, que, Visivelmente enciumado' publicados
um lúbrico e de um
público porque encerram as tendências mais vis de
_da pqsíçâo do prixÉm ”na governança da Paraíba, contra o mesmo jornal, à disposição de
doente menta ”. Ficariam, entanto, na redação do
III-Vestlu com ? ena-çâo da Guerra Tributária, motivando & in— s, o autor da gros-
quem os quisesse ler. Nem sequer, depois das tragédia
tnga de famíha que ma separar os parentes irremediavelmente, seria se desculpava. . .
r e de Segurança José
4 Realmente, na ausência do Secretário do Interio
de Piancó, determinou
Américo de Almeida, à frente das trºpas no sertão
oseu substltutoadveºgado Adhemar , Vidal umª busca pohaal na casa "do
Responsável n.º 4
adv gadoxov Dama mao foªgõº no Recde e aí apeendeudentre
gilâl" fetimu dobuthen—
otítffõàªmóúeis, o cofre, qUe matiãóuª arrombar, do”
garia de divulgar..
Joaº Pessoa de Queiroz, que se apressou em apresentar tos particulares, que o jornal oficial A União se encarre-
los apenas, mas anteced er de comentários desai—
solidariedade ao compadre e amigo José Pereira, animando—o ' Não era, porém, publicá—
, pai de João
& reaçao, e sem a qual a guerrilha não se teria deflagrado. rasos, como estes, por exemplo, sobre Franklin Dantas
-
Dantas: Rio,
“O chefe da quadrilha é, como se verá, o velho Franklin, que no tas,
acocorado à sombra do líder Víllaboim e outros prócerac perrepis
Responsável n.º 5 arranjava as çoisas de modo que os seus filhos e agregad
os daqui do Estado
adquiridos (. . .) É
pudessem comodamente desfrutar dos dinheiros mal
esforçar-se na metró-
José Pereira Lima, que poderia ter limitado a sua atitude uma bacanal de roubalheiras. Franklin Dantas a
'
a um amplas rompimento político, mas que no final do télé- pole. . . ”
uma dessas publicações, saía um falso acróstic o, com
No final de
grama ao Presidente da Paraíba já ameaçava de proteger pelas este anúncio:
armas a liberdade dos amigos em votarem na chapa“ nacional"
que adotam. . . “Um acróstíco de autoria de João Duarte Dantas
'ª:

Meu Sangue
' Responsável aº 6. Em minhas veias circula
Um sangue de camiceíro. . .
Golfante, rubro, pulula
. João Suassuna, que astuto e vigilante, se apresentou can—
Na artéria prisioneiro -—
dlfiato avulso à Câmara Federal, com o que animava José Alºe—“« í" Artéria que te estrangula '
ren-a ao rompxmento, _ aceitando a reação partidária sertaneja» % Sangue mau, de cangaceiro!”
a exclusão do seu nome da chapa do rodízio falsó.
(A palavra san-gue lê—se “dé 'baixo para cima.)

239 ,
238
A ' Uno:— ._— — . ' ".

5 Dggnas ªº regªla “_ Reprodumdos em () Jamal, do Rio:, de


.

am O A mmm-se as palavras de Jºsé Américo d 3044Al


930)
;* Que fez no Rio. de Janeiro Sílvia Serafim: na redação dº jama! ile-.
— ***N ”º dº Negº (p. 216). º mªdªr “ª“.Mário Rodrigues, A Críticª?
Pessoa, a ºãuí㺪atgalªaàmuàfm⪠ali-grava? & anunosxdade Acha-se o episódio de Paris assim
evocado por Tristão de Athayde =————
entre ele. e João .Alceu Amoroso Lima — no livro Memórias improvisadas:
revidau. g ªmª mªªltuºªº que º jornal do governo “Um dos meus companheiros mais assíduos era Temístocles Graça
“arquívgeªa adelªoxsdª casa, .m-senscztaz
T . c. ' v
* Aranha. Juntos freqííentávamos () apartamento do velho Graça no Hotel
mente, varejada, sendo revistadc o seu
escândalo Aiwª? : a & qorreíspond'êncía 'La Tremauille. Temístozcles quase presenciou, em fevereiro daquele anº,
íntima que foi divulgada com íffíi'gfb famosº crime de M adame Caãllaux. Ao procurar Cahmette naquele: dia
Quilômetr'os " n e iªm 13.13“a nº centro de operações, & thais-dªe 300 viu, ao sair, na sala de espera, uma pacata. velhinha que ºutra não era
” Sobre ” Iªªº "Puae entar tal 'demtz'no'.” (Sic: os grifºs são 1305503) senão Madame Caillaux. Momentos depois ela penetrava «no escritório de
Américo deº gªgª Ioaqm m, Pautas, Preso em Piancó, às vistas de
38 anos depoís= José Calmette e () assassinam. Jose-ph Calmette era diretor do Fígaro, e ªiwa“
&, “% not;c1as de torturas, valeria deste empenhado em violenta campanha contra Caillaux, que chefiava o gabinete
um juramento
iradas— .as garantias mandafggeaS—cwpuã lmí conced francês, e conpava o Ministério das Finanças. Caillaux. era casado com
' ido, Solteí- o e. .- dei-lha;
um gmail«' diª
' ' '.;ª
mmha . ' f ªpresent * O ª º Tríb'unª-L- aco -
'_c0nfíança. Não o tratei mal Jiªo» mpanhado por .uma senhora com .quem tivera durante muitos anos. ligação amorºsa,
es ' « ...—., . ' . ' . “ tendo durante esse período mantido uma assídua correspóndênoia com ela.
Essa correspondência, absolutamente íntima-; não se sabe como caiu em
disto
4 . ___ªfªêàªe íguglâgãn º 003116?
Ú v í a bem
p a r acºmpreendª
e r n o i w — que "—
seriª incapaz
Publi???- um.j 'Jºrnal Zepereírísta:
' fªsem
C mar ª' ºpiniªº pªblªºªª
puder de Calmette. «Desejando destruir a qualquer pre-ço () adversário
político, não vacilou em lançar mão dessa cºrrespondência. Foi assim que
Jºsé A1ª;?é
' " . __ 1. . ' ,
ºlâ. AI Çqntmua preso mcom ,.
umcável, sob as ordens do Dr um belo dia () Figmªo publicou na primeira página uma. dessas cartas, na
qual Caillaux co-nfessava: '—-— Fiz cair a lei do imposto de renda, fingindo
“tada. Está pagsaed ªmªdª º srª Jºªquim Dantas. A população está ini—.
que & defendia”. Foi um escândalo na França e em todo o mundo europeu,.
”_ .
&,bilítados omo
. _.100123
de socª-rg ese' Alguns
& Sªde. .
» _4 amigos dª Vítimª ,.
v; eªt—㺠Ímpossi- provo-cando, como era natural, a queda ima-diam do gabinete”.
14—6—1930). Jªm (Jornal do Comercza —— Recife _ lºl-evocandº, comº talvez fosse natural, a reação de Madame Cail-
.5 Além % ' laux. . .
Pesàoa
mesinc;
gúªg'dgcrllãeªââdºr ªlegrª“? dº Jºãº Dantas, outro recebeu João O substituto de José Américo de Almeida. na Chefia de, Polícia da
tom de . d' 5 sãº?? ªmª-gives, onde o fui encontrar, redigido no
ͪlmares __ 84 m II?-13%“— *— 26—3-30 -——- Presidente João Pessoa 4-— de Paraíba sem dúvida desconhecia () episódio de Paris. . . *
adenómímdº Umª, nI —— 25 ——- 31 (carimbo 26—3) — Acabo ler pasquim“ Numa visita a José Américo de Almeida, no Rio, em 29—9—1968, dele
forma V EXcía —.ª º Quª, “?º chamam Cangaceiro outros insultos ln— ouvi que “o assalto à residência de João Dantas, na Paraíba, fora uma
monstruosidade. Estivesse eu na capital e isso não se teria dado-”.
7olhar Dafra t”ra;. insultos nao .me-nunca,
npnca roubel, atingem pois dinheiro
passei ªº" hºmem
falso,33111130 130880
' nunca fiz Posterionnente, quando o jornalista Clóvis Mello lhe atribuiu, pela
imprensa carioca, & autoria da “mónstruosidade”, sai em sua defesa, pelo
mesmo jornal (Jornal *do Brasil, 28-70), o que me valeu esta carta de
..contrilftlâu
.e inuitó (1 113321?
f sªb? ' AcºmpaIÉhº deº-ªtªdº Jºª-é Pereira dºªdº 1915 quando-«
3 em regar Pªralba Senador Epitácio Pesso agradecimento: -——-— “João- Pessoa, 5 de agosto de "1970 —— Caro Inçjºsa: ——
âêoalmente ªv?“ É º?ntlª_ªçººs dª V- EXCÍEL Espero em a, que hófe &féneró , º - Eu já havia redigido minha defesa, contestando &. responsabilidade que
”Pereira valofo xgza. .Sggº breve encontrar pes— me atribui Clóvis Mello no caso da violação do domicílio e da corres-
«(ªgora Prmçesa postar—me lado
sertanejo Para?“ ãâãll-ÉliqdqueM deputado Jóàé pondência íntima de João Dantas, quando li sua carta, publicada nº
esltas horas def-ende direito honr
ado Deize
, a. ªalguma' s 01frases
tgrama contmh ºs ín' aaquias. . ” -— Not-a d() R.eçnºe.
-' - ——
' O tele:
"
Jornal do Brasil. Agora nada mais tenho a dizer. Sua correção histórica
com o Regulamento. - ' dispensa-me de mais esclarecimentos. .E um testemunho honesto e corajoso
'JUIIOSaS, que foram cortadas de acordo.
abonada por sua categoria intelectual e pelo 'seu crédito de homem de;

bem. O que atestou --é do domínio público de toda a Paraíba. Sempre
i..gramãssãe
_ ÍSperg em
ermos que?breve ªªººn'ºrªr pessoalmente V. ExCia ” num tele
em Pªrtº & repartição ado telégrafo s=e,recusa;ra Areprovei aquela leviandade e medi suas conseqííências.. Muito obrigado.
:; Com um abraçº amigo —-— José Américo”.
8 O deputado João Suassuna foi assassinado no Rio de Janeiro, na manhã
de 9 de outubro de 1930, quando, em companhia de um amigo, Caio Gusmão,
atravessava & calçada do prédio 11.0 111, da rua do Riachuelo. Matou—o,
(com um tiro pelas costas, o paraibano Miguel Mves de Souza, então
3621131311ªaªtlfªíaâ publlcaçgo se cons Empregado doméstico do casal Francisco de Souza Leão. Preso, confessou
honra do marido o [Por «Ca-11121113
=t'itq
1ra «“num * eséândalo, arruinando o
23" 7 Çabçrla à mulher; já velh .o Crime, tentando justificá-Io com a velha estória de vingança por questões
h red-aªf do . , nao numa Çoçfeltariça Glória Qual a, “salvar à de «perseguições & familiares no sertão da Paraíba.
fi.» ça? quer Ima-s na. rºi
1911131, abatendo & nro () impruden Numa entrevista ao was,-pertine () Globo, logo" após o, crime, negou
[' '
'L —.'. te jornaligta p pºª
._. ' que houvesse servido de instrumento de terceiro, inclusive de parente 'do
240
241
go S1:. Cunha
gresidente morto João Pessoa. Não. A morte deste também lhe influíra » , esteve no Hospital do Centenário, em visita
urant e Leite , estgve na Fçtog rafla Plªnetª-d:
no ânimo, poís lhe devia os meios de mudar—se da Paraíba para o Rio. “ââilâhªglânnãgou no Resta çmco horas Íomóvel
da Manh a. Eram
Ainda hoje o depoimento não convence. Sobretudo quando, mal se dali rumou à redação do Diázzz'o. ausr Caio
à Parmª-za. O gen
proclama a vitória da revolução, os protetores o soltam, e quanto ao quando o Sr. Presidente se dec1d1u a regressar ntq .mtervelo o .
eSperava—o à porta do edifíci o. Mas nesse mome
processo desenvolveu-se em banho-lmafia, cabendo ao advogado Clóvis ras textuals.
Dunshee de Abranches a defesa tanto do criminoso como do SUposto de Lima Cavalcânti, proferindo estas palav
Vamos até à Confeitarla
mandante Antônio Grangeiro. As vésperas da morte, escrevera João Suas— -—- Mas Sr. Presadente, o povo deseja vê-lo.
Excia. poderá voltar ao seu Estado.
suna uma carta à esposa ausente, numa quase previsão do destino que o Glória, de onde V.
prudência. Mas as mstanmas
aguardava. Foram estas as últimas palavras: O Presidente recusou, em principle, por
ceu sornd ente.
“Ritinha: Posso ter errado. Mas não pequei ou delínqííi consciente— do convidante foram tais, que aquies
: Jºão Pesso a, Caio de Lima & Agam enon Magalhães. Direto
mente. Seja Deus testemunha desta declaração”. E saíram a s;
o. A casa de chá -:-_un1ca do Recri
Carta sentimentalmente invocada pelo filho Ariano Suassuna no livro à Confeitaria Glória. .Dia de sábad as. A cuelzto czclmdO
s dzas, reple ta ,dª famlh
O rei degolado: — “O dia de sua morte era prenúncio de outro, do ter- estava como de costmne nesse a atera, -
Qrommo & entrad
rível dia 24 de outubro de 1930, quando a obra do ódio e da Morte .guirargl uma banca, no centro do salão,
Caetana se completou; no bolso de meu Pai, a Polícia encontrou uma edifício. >
vultos ,em torno da mesa
carta em que ele se despedia de nós, uma carta terrível, digna e inespera- Quem naquele instànte olhasse os três
e eles não» se dava conta: de S] Tilªâíaavd:
da, que acompanha para sempre meu sangue, meu choro e tudo o que, fatídica, notaria que um dentr _ sarnª, 0:41:11)1 se sen:
os _lados,
para mim, existe de terrível e sagrado no mundo-”. Lima Cavalcânti. Virava—se para tçdos duetâr () Jºma ,
vissem que ele,. o mexpr esswo
9 Em duas cartas publicadas na imprensa do Recife, defendeu—se com para que todos
da campan &.
veemência João Pessoa de Queiroz das acuúações do primo Joaquim Pessoa, tava, triunfante, ao lado do maior vulto
um cavalheiro, fume, resoluto,
que () envolvem em pretenso complô contra a vida do irmão Presidente Passado algum tempo, penetra () salão
que está resolvzdo & cometer um
João Pessoa: —— “Complô inventado por eles, como já declararam, para sobrecenho carregado, como alguém
morr er tamb ém. Antes de_ entrar no 3112835101.“ do (81323:
produzir escândalo, vender os jornais que vivem destes e outros nas ainda crime na certeza de
e () exam mara Afngm znte. Apmªãaªªçjando &
menos excusáveis (. . .) Por último, uma simples palavra ao público do tiram do bolso um revólver . cm e um me _ .?- , ,
ente do seu mnm ' ' ' go, e, à 5imple s distan
Recife, que não sabe bem quem é Joaquim: ele nunca estimou () irmão. '
mfam em tom deslsw o e forte .
enon, d1z,
Detestava—o” (sic: transcreve carta, inserta noutra parte deste livro — cadeira ein que estava o Sr. Agam . _ . . ".
—— Sou João Dant as! .
Jornal do Comércio —— Recife, 31—8-1930).
O pnmelro tu'o falhou, Joao
Numa segunda carta, ia mais longe João Pessoa, de Queiroz, alcançando E ato contínuo desfecha—lhe três tiros.
o, conse rta o revól ver,. e na ânsaa de" vmdgar-ãe uªi-Í: gª:
na. violência do revide outro irmão do presidente morto, Cândido Pessoa Dantas, rápid
ente faz mençalª" e 1&: guia-se: Sur-
Cavalcânti de Albuquerque: — “Ontem, era Joaquim Pessoa Cavalcânti o gatilho. Duas detonações. O Presm
O Sr. Agam enon Mag; "açsd evâi'mínogo O
de Albuquerque que na Assembléia da Paraíba me incluía entre os exe— cair, porém, sobre a mesa.
rda efetu a & prlsao .o c deixandc.) o
cutores do crime sem uma prova na “mão. Dias depois, era Cândido Pes- preso, e com o Sr. Aguinaldo Lag-a alada 'calãelra,h r-se preso
Lima , espan tado, seu em desab
soa Cavalcânti de Albuquerque, seu irmão no sangue e na ruindade ( . . . ) Sr. Caio de entos apos e ae a ,
Sr. João Pesso a. Mom
Cândido é um psicopata, conhecido bêbedo e epílético, figura familiar, chapéu ao lado do "
num ou noutro desses estados deploráveis, quando não é em ambos, aos al ém se acerca. e indaga: ”
matou meu patrao? _
postos da Assistência Pública do Rio”. gu— Quem matou meu patrao? Quem
assas sino já entre políc ias, desfecpa—lhe (1013 Élros, que o
Pedia provas, e de Joaquim Pessoa, a quem chamava de vilão, trans— E vendo o
Danta s cai, sem sentido. Cçndtâmdo mªgmª
crevia nova carta contra o irmão ex:-presidente, em que (: missivista se atingem“ na fronte. João dep/gls, consc
voltan do, pouco
justificava de não freqúentar palácio nem- dirigir-se ao seu ocupante, Assistência, extraem-lhe as balas, , . .
o. . .
chamando-o de “um indivíduo intolerante”, “um desvairado”, e voltando de si mesm
farmama pªómma.
Pesso a é condu z1do para pms.
a hipotecar solidariedade aos primos Pessoa de Queiroz contra o irmão O corpo de. João 0
is. Poucos mmutos tefn da VI 3.
João Pessoa. . ' ª , Aplicam—lhe duas injeções, mas inúte Maga lhªes , pren ªu ao
enqn
“Vocês não estão sendo cóntraditados simplesmente e de boa fé, Dos seus dois amigos, um, o Sr. Agam
Oavalcíântl, _que daria “estar fall'fc _
porém vilmente' insultados.” ' “assassino, e o outro, Caio de Lima
idam com msnstêncm para lr & Con el ana
Acusava de autor das diatribes a José Américo de Almeida. . . “apoiado seu lado — Caio que () conv
do seu Jorgen. ”
na “conhecida insensatez do atual presidente ,do Estado”. . . Glória —-—,' refugiava—se na redaçãod , _ , . ”
10 Eis o que escrevi sobre o crime, no mesmb dia, e que conservo inédito ' '
cwmc ' e & '
hlsto " rla & suªacar . ren'a ...
Nao" e' mven a pc?]: 012135332
entre os meus papéis velhos: . e refere nma ——-- sem guvxd
Nota de 1980 —— Não houv tªçªs-
João _Pessoa & .Joalhena
“O Sr. João Pessoa sabia que no Recife permanecia o Sr. João Dantas, ”de momento -— à visita do Presidente lram depºis os comeu am
0 seu ameaçador da véspera.- () tex—presidente não veio- à capital pernam— uma jóia de alto valor . Surg
&: à Compra de
bucana com as necessárias cautelas: acompanhado de duas pesSoas arma—'
"243
242-
de tratar—se de um presente para Cristi
na
' , “da " sertanejos
, los - - ' ' nordestmos.
' ' ' Dizia
' -»se sempre
' à» boca pequena. que?
" .
. velmente teria vindo João Pessoa encon Maristani, com quem presumi— 1Íasâto gªmas como Moreira Caldas. foram mortos por um cabo do Exer
; em que viajava & artista atrasam,
trar-se no Recife. Mas o navio
cito, tendo o ato de sangramento a assisti-lc: iersos 01518323; 1310 (Siª
somente chegando no dia seguinte.
É bem difícil, ainda hoje, desvengar sabe se das forças federais, o_u das forças ppbhcas da eu de Quiroga
o mistério. . .
. Tenta () escritor Ademar Vidal conte Pernambuco. . . O cabo —— afirma—se —— acudxa pelo nºt_ne Ho'e _â se;
advertido João Pessºa, proferindo as palav star que João Dantas baiã-
ras Eu sou João Dantas. Entamo, atendendo um dos oficiais ao chamamento de tenente Dmo. . J 1
& circunstância de, no mesmo dia do podem mais ou menos reconstituir os fatos com (”> afastamento completo
crime, eu as haver consignado no
breve relato—memória, comprova-lhe da hipótese de suicídio. João Dantas e Augusto Calda-s foram sangmdas
& veracidade. Reprºduzía o que 03
companheiros de mesa ou mesmo outra logº após a tºmada do Recife pelas fºrças rebeldes. Quando os rev-o—
s pessoas teriam ouvido, logo espa-
lhando-se pela cidade.. . lucionáríos paraibanos penetraram na capital pemambjlçaflaí umd nucínetrqsir
11 Não passa de ficção & estória narra grupo chefiado pelo Sr. Joaquim Pessoa. tomou Qª 1313151atãvaiE ese fªriªm
da pelo escritor Jºsé Jºffily, no
livro Revolta e revolução cinqz'êenta '
» mcendlar' '
as prºpnedades dos uma
' ”os Pessoa de uelroz, 1 : u ro . , »_
anos depois, de que Anayde Beiriz,
noiva de João Dantas, lhe teria entre ?ncontinenti para & Detenção onde se encontravam recolhlªos .os gangª
gue um bisturi, numa de suas visitas
à cela, depois de ludibriar a vigilâ da morte. de João Pessoa. .E verificou—se o sangramento. ( . . ., Nem mas
ncia do guarda. .Levara—o oculto na
gola de um paletó de casímira, devid diante dos seus executores perdeu Dantas aqqele sangue in?, aquel-ªaª;
amente costurado”, chegando por
ata forma às .mãos do preso. . aragem selvagem. Forçado, escreveu o bllhete já dado & publico sem .
Em .aSsunto desta natureza, não havàndo prova, resvala—se pelo dec-li— do mesmo cºnstar qualquer palavra de arrepengimentfo Zusgâarfeljeggãª
ve da. fantasia-. Naturalmente, como '
Insultava - '
ate' ºs amlgºs ' )1
- sua
da » a ao
-*'tim.a. E quem 'o . . -- ,- .
José Américo de Almeida, não en—
cºntraria .o autor contusões no crânio penetrou nas carne-s para sangra—10, os seus olhos denuncxavam ódm,
de João Dantas, se não atribuísse
à bala que átingiu & testa de João Danta vontade de matar. "
s tudo o que o crânio exibe de
profundos golpes: —- “O ferimento menc As suas últimas palavras foram:. ª—Matem—meí Mas nunca mls ªiªi?
ionado na carta foi conseqúência
do tiro, na cabeça, disparado por Antô implorar piedade'. J'á Augusto Morena Caldas prºcedeu. de %?nezâa um
nio Pontes de Oliveira”. Na Carta,
escrevia João Dantas à "mãe-: —- “Esto ramente diversa. Pediu, implorou qu? Bie poupasgem & V; da se virá
u completamente restabelecido. O
ferimento,.ªque foi considerado leve, inocente. Não tivera qualquer partxclpaçao no healmeáe n?oãguljantàs E
já está cicatrizado”.
Ter—se—ía suicídado um homem que '
envolwdo -
pela mesma ' “ ia . de ser cun a o _
cxrcunsftanc .
cabeça-" suspensa
foi fotografado na cela, momentº
depois da morte, com o crânio ferido
em mais de um“ lugar? Jamais se ' lhe dana & Vida, quando sentiu a
viu alguém golpear uma. carótida profun
damente e ainda dispºr de vida pela
'
quando " viu vmgadma
mao que
' nada
º '
do cabo executor hado
. . que () sustínha ue 3831533
agarrado pelos
. ..
para vibrar profundo segundo golpe. . cab-elos, Morpzra=“ Caldas olhou .com 1335131 : para
ª o , cund qarrastasteºª,
.
Melhor talvez fosse a versão de João
Pessoa de Queiroz, numa carta "
sem" um uctus aquela cena, e dIssa—lhe: -D Vcs ate on e. me-13 m .à
ade. exiladoque me enviou de Paris, em 22-08— nando o major ' '
Juarez Tavora ,e o r . José Aménco c egara , . ,
?A. nºtícia do Diário da Noite: não está 1931: ' Detegção, já os dois criminosos estavam mortos. Foram-.lheg “(231131333
Augusto Caldas , foi Joaquim -Miser'áve1 e ' completa, Quem matou 0
quem matou João “Dantas foi o todos os pormenores da tragédia, assegurando-se. %Pecâaxálgs atªlªia do;
Luís de Góis.. Se esse jom 1 desse uma. ' ' '
u 10 sumdlo o que se comproqa ' com
. & exzs en , . . . , ” . ,
para ir docUmentando
nota nesse sentido, seria bom
as coisas”. gaiª cunhado-sí As sindicâncias feItas corroboravam aquelas mformaçees
(Sic: Joaquim Míserável: Jºaquim Pess - . .

e o caso fm. dado como hqmdaçlox


. l , ,

. , : .
A

oa Cavalcânti de Albuquerque,-
írmão do Presidente João Peasoa, que Essa, & reportagem do Dzárzo da Neste de. dez megas dãgmsnníª
chegara na Penitenciária nos prí-
meíros instantes de vitória, —-, Luís tragédia. Can vêm acentuar que as conclusões doIJoma'l suíãlarqra 01%:âdas
de Góis, bacharel .e médico, conhe-
cido, na convivência social, pelas atitud antes de que wesse '- ' '—la-s_ ()“ livro de
COHfII'IIªa .
caqulm .orel . , -
es de homem sempre exaltado, a
quem se atribuiu, no dia mesmo, & Por que João Dantas assassmou Joao Pessoª:. (Rio, 1.933), contendo a
degola dos dois prisioneiros.)
Para testemunhar fatos históricos '
nunca "
' fotografica '
lrrespondqwi ' 1 .de Louis lerec . .. '
nada melhor do que depoimentos
da época em que sucederam. , ' É]; Parece pilhéria, mas o epsodlo realmente 1ver3f1cgu—sgó Pameíâªâjªã
No dia 2 de agosto de 1931, publicava ' ' ' mmelra
& vxtona ' ' '
da Ahança L iberal ——- 1 & revo uçao e —, — . -—__ «
órgão insuspeíto por ªtar, filiado à o Diário da Noite, do Rio,
revolução — minuciosa report-agem no Rio de Janeiro, no mês de outubro (I_waquele ano, um Batalhao 381311;
sobre o drama da Penitenciária do nino composto de "belas mulheres de rªmas, para concorre; . com m 3 'a
Recife, sob o título de “A morte
trágica dos assassinos de “João Pess ventítde guana dos gaúchos. ºstentavam todas uma larga alxa co—
oa”. Long.-amente hístoriava o vesper
tin-b carioca ' o que teria “ocorrido. Eis — lavra Ne .-o. segura atras " por uma - - p resilha. _ . . . . “ ,
“alguns-. trechos da. publicação,:
“Nunca mais se falou a respeito. Embo pa Rapidaãaente dissolveu—se o. arrogante batalhão, diante da gargalhada-
ra, não acreditasse plenamente
na versão ' d o suicídio, () povo também
não se interessou pelo esclareci- dº carioca:- _ . ,“ > _. __ . “
mento do Caso (. . .) Quer no Recife, “Nego “na; frente; consmtºa atrás ª (com () ( : t atrás. . . ) .
quer na Paraíba, não houve“ quem
desse crédito à versão que a—tríbúía
& mºrte dos criminosos ao suícídíb.
Todos tinham certeza de que haviam
sido ambos sangrados à maneira

244 245
iDocumentãrio
6.ª' Parte

. :. . . . . . . . : . :
hf.
_M
r . |,] , ,. !, ., .( | ;
lr " . ._ . . . A _ : .x,. X: . .
. m .. ui ª . , . ..,
,. x “ s . a A —
-g ?. y
€ [U? a
w« . n vN . .n W u ã t _ . í A _ >v rx n a s N
U
. . . .
. 1
il.
,.
.
1 H . . .|
7
[ | . l
“. . —_
. : L ..
.
.
. € .
l
€".É.um “ . »
ê . ?
.
=a a B . x? l
,

1 .E.
»
[Ll .
,
.
,
.eu?» A ft.
.,
Fu.»; 15.7. E
.

,,,. ..x.. !?...R .,


.
, .
. - L E.Éh"? . L. . .iÉ.? f . if k »a r ..
Notas do Exmo '

u i ª ;
No bolso do tenente Agripino Câmara, morto na retomada.
de Sítio pelos libertadores, foi encontrado o seu diário, cujo
original José Pereira me confiou para o Jornal de Princesa, que
nº seu segundo número (5-7—1930) lhe anunciava a divulgaçao
próxima. Ingressou na luta Agripino Câmara “aceito ' e qualifi-
cado no posto de 2.º sargento” &: em Tavares lhe chegaria a
notícia da promoção & 2,º tenente, dois! meses depois de se
' haver al'istado na polícia paraibana. Através da sua curigsidade
de anotar, quase diariamente, o que se passava, podem—«sev- muito
bem sentir certos dramas ocorridos na ocupação de Tavares.,
como o de que, em dado ins-tante “came não temos mais; es.-
tamos agora & feijão e milho, milho e feij”oe”, enquanto “o
.,

capitão não quer atacar para não gastar munição”; ou quando,


ainda em 22 de março, confessava que a situação era angus-
tiosa com a tropa completamente desanimada; com falta “de
munição e de víveres.
.

Dois pontos ainda podem fixar-se: o das contínuas deser-


ções de policiais: —— “Continuam as deserções, havendo uma
verdadeira anarquia no seio da trºpa” ( . . .) “A moral das for-
'nau-rum:-

ças não é boa e.. têm—se verificado algumas deserções”; e o dos


saques: “Os soldados estâo estendendo o saque pelos sítio-s, cit—-
çunvizínhos”. '

249
No tas do exílio, que a seguir transcrevemos é o título do outubro —— 3, 9 fe 27. ”.
'A
.g;
:!
ªi

diário, sentindo-se () autor um exilado ao incºrporar—se para novembro —- 6 e 25.


lutar contra os libertadores de Princesa. dezembro —— 15, 27 e 31.
. _
9/3/1930 ' 14/3/1930
torrenc ztal,
Após longos dias de exílio, nos quais tenho borboleteadº Cheguei a Santa Luzia debamo de uma ChllVa
ter des.-—
por diversas partes do estado da Paraíba, eis que me acho em (: já noite. Estou indignado corçígo mesmo por nao me
Campina Grande, à espera de passagem para Unha de Gato. pedido bem de Aggeu e famíh a.
;

Estava no Hotel Dulce com o amigo Dr. Aggeu de Castro, que


neste momento anda passeando. A minha roupa, dois temos . & » _.
15 3/1930
brancos de brim ordinário, está suja e por este motivo estou Saí de Santa Luz1a as 11 e 15 .e chçgu el
/ Cheguei a Patos.
quartel, fm aceltq e
preso em casa. O dinheiro que tenho é também muito :pouco, por volta das 16 horas. Apresentª—me no
&

mesmo dia.
1935600, achando—me devendo quase todas ras-«despesas da Via-» qualificado no posto de 2.º sargento à ordem desse
.
3

gem. Estou com o firme propósito de incorporar—me ao bata— Houve muita chuva durant e a noite. Estou na Pensar)»
lhão provisório criado ultimamente para bater os cangaceiros Simões.
de Francisco Pereira.
10.3 1930 * 16/3/1930 . . , . _.
Q

ª? / (Estou já em Unha de Gato. Cheguei hoje à tarde. Recebi Encontra—me com vamos conhec1d0's, JOSBRÉÉÃÍÉSÉZÍÉÉ;

»

ª' cartas de papai e alguns presentes de minha saudosa mamãe.. mar &: ofereceu—me hºt—ªpedagem ªm,-1,31,“ ,ºªsª' de vai ser o cen-=-
% Em yirtçde das más notícias que recebi, tomei a deliberação paradmªrºhªmªjsesººªsgâmªªmíã d:;ãfªªªnªã para & campa»—
%% de nao 1]: em casa Ver meus pals. Boatos multas, bons e maus.. ªªa: Éltã—ªtlªaªrouxsa, capote, manta e cantilho e quer me pa-
«W

recer que seguirei assim mesmo.


" J '

» %% 11/3/1930
)

; Continuo a ouvir boatos. Já mandei lavar a roupa para


K

seguir com destino & Patós. Mandei também um portador bus—— 17 3 1930 .__
aide ser»
/ £evantei—me hoje às 5 e 1/2. Patos, & formqsa—md

car meu dlplo-ma & dar notícias em. casa. Estou agora mesmo
lgaras .
só, no meu quarto e nos meus ouvidos vêm chegar belas notas taneja, como que dorme ainda à pagrgem do no Espm
paramos.
musicais. Tratei hoje de prepa rar-me para Viajar. As 3 horas
»

Chegamos em Planco as 7 da no1te. . ] ante1 em um


. ; ª. , " -. hotel .
a...

12/31/3123; a uniformidade da vida que se leva aqui na Unha chamado dº tenentied Arrudas. Encontrel um conhemdo que me
“ª de Gato, Ynenhum acontecimento tenho a registrar neste dia. ºferegeigtâgªª (ªg?atãê & Caatingueixa __ 10 léguas. N? do meu—
«Eli

v 13/3/1930 fuzil 6025-


Deixeí de viajar hoje por ser 13 do mês e mesmo por dizer
fª Flaviano não ser bom dia. Lista dos "dias infelizes: 18/3/1930 _ _ , _, .. é Í - e 11ãº.
ª março —— 13, 19, 23 e 2.8. - Passamos o dia aqm em Planco. O lugar nao em
direita do rio»
€; abril -— 10, 20, 29 e 30. me parece mau. A vila está situada na mar-gem .
,

- .
máio —-— 10, 17 e 20. ”Piancó. hawam
As 4 horas tivemos notícias de que os __band1dos
. A
X
? 0x

junho —— 4 e 20.
g

e twemo s ordem de*


tomado Olho dªÁgua. Recebemos abono
*»x 5.2-

julho — 5, 13 e 27.
X
;
Q,.
3
“4.

agosto —— 2, 13, 27 e 31. atacá—los, seguindo pela mªdrugada ?.


8.
Distância de Caatinguexra & Plancó & 10 ou
t

setembro — 13, 16, 22 e 24.


251'
í
í

250
ª
ai
19/3 / 1930 24/23[1930
Não ouvi tocar reunir. Fui despeí'rta'do por um portadºr ' Levantamas às 6 horas. Capitão Rangel está no propósito
do capitão &: segui com ele pela manhã.. Chegamos & Olho ' de não se retirar do Exu, enquanto não estabelecer comunica—
dºx-água ao meio-dia e prosseguimºs Viagem, indo pernmtar em ção com as outras colunas. Tivemos notícia de que & 60111113
Várzea Comprida. João Costa e José Guedes ainda continua na Imaculada. De—
Piancó & Olho d'Água —- 5 léguas. ágerta'ram seis sold-ados, levando armas &. munícõezs. Perdeu-se
um soldado. Passamos a noite de sobreaviso.
20/3/1930
. Ders'pertamos tarde e fomos pemoitar no pé da serra bem , 25/3/ 1930
. , “ Seguiu uma patrulha ' “em busca dos. desertores. Os ãeser—
na. . . Em Juazeiro ficaram alguns doentes. ' Correram pela infundada
_f tores foram encontrados perdidos
Olho dªÁgua' ao pé da" serra —— 4 léguas.
—»'._«.nat1c1a da aproximação de bandidos, notícia que não tumba &
menºr aparência de verdade e que alarmou & maior parte da
21/3/1930 coluna Recebemºs uma carta do Sr. ten. João Costa, que já
Levantamos acampamentº a meia.-noite &. chegamos aº se encontra em Águas Brancas. Está portanto restabelecida &
povoado Barra, no Município de Princesa, às 12 horas. Nas ? hgaçao entre nºssas forças. Os soldados perdidos apareceram.
primeiras casas do Município, tomamos bastante 1eite.0 resto . Palavras do capitão Rangel & um dos soldados: —— Mandei 12
desse dia passamos bem dizer em combate, porque depois do homens para matiz—los. O soldado respondeu: —- Se nós tivés—
almoço fomos ccupar uma posição estratégica na Serra Branca, Use-mes desertadc,12 homens não nos matariam. ResPondeu—lhes
. cujo local já estava tomado pelo inimigo, havendo cerrado tirº— ' o capitão: -——— 12 eram demais porque oito soldados desertores
teio. O inimigo não resistiu à retaguarda por mim lotada e fugiu bastam cinco para matei-los. . .
deixando alguns mortºs (?). Os primeiros choques se der-am
entre Caixa de Fósforo e o sargento Angelino da 2.ª Compa-
(?>
nhia. Depois envolveram—se as forças do 2.º tenente José Gue— ;27/3/1930
des, & l. ª Companhia que' pouco atirou e um pequeno refºrço Passamos o dia sem nenhum incidente.
meu. Tivemos apenas um ferido pertencenteà a z . ª Companhia, "'""813/1930
Cícero José Bapt1sfa. A mora-1 dás força-s não é boa e têm—se Segmmos para Glóúa. Tenente José Guedes fez º flancº
verificado algumas desercões , fítiª—ÍjÍezlto o sargento Adolfo fez o esquerdo e & 2.ª Companhia
Pé da. Serra a Barra —— 5 léguas. sob a meu comando fez a vanguarda (?).
' Foi a primeira vez que fizemos um serviço regular. Che-
22/3/1930 ' games em Glória às 10 horas do dia.
A nossa situação é angustiosa. Há falta de munição e de »_ ” A tarde chegaram os tenentes Costa e José Guedes (Pe—
víveres. A tropa está completamente desanimada. A conselho .; Í quano) que vieram acertar novo plano de ataque a Princesa. 0
de todos retiramos pela estrada de Água Branca. indo pernoitar ft. resto do dia passamos sem mais incidentes. Tenente Costa vol-
em Sernnha. Durante a noite não houve nowdade. "5 ,:zçªtou satiSfeíto.
Capltao Rangel forneceu víveres à tropa. A tarde recebe—
23/3/1930 — ., nos nºtícia da vinda de cangaceiros em Serrinha. Cap1tâo Ran-
Levantamos às 6 horas 'e seguimos viagem com destino ao ., ; gel tomou imediata providência, mandando tenente José Gue—
Exu, onde chegamos às 11 horas, sem nenhuma álteraçâo. gªdes com um contingente, sargento Angelino com outro, e 20
Acampamos em casa do Sr. Manoel Nicolau, mandamos matar ªf-_.É'homens sob meu comando. Tenente José Guedes seguiu pelo
um boi para dar alimentação ao pessoal. Pernoitamos no Exu. f lª': norte eu segui pelo sul &: sargento Angelino pelo centro. Eu
Barra aº Exu —— 3 léguas. »-.'.?'“com ºs meus 20 homens chegamos primeiro à casa do Vaqueiro

252 22.53
::»?
(??-313
...-
., ...?
w.-

e finalmente apuramos que a notícia era. infundada. As 4 horas *-4fª2/4/1930 . É


partimos com destino & Feijão, depois da chegada dos tenentes __ Não há mais novidades 'a registrar.
Costa, José Guedes (Pequeno), Lyra e Elias. '
_ _. 73/4/1930
29/3/1930 Reina a maior calma, verificando-se algumas deserções em
Partimos de Glória cedo e chegamos em Boa Vista às 10 ' nossas fileiras.
horas. Matamos uma criação e antes do almoço ouvimºs os
primeiros tiroteios do tenente Costa. '“ “54/4/1930
« Fizemos uma ligeira refeição de carne aferventada, quase ' Continuam as deserções, havendo uma verdadeira anarquia
fªz, crua e seguimos na direção de Tavares. Tenente Jºsé Guedes no seio da tropa. Os soldados estão estendendo o saque pêlos
faz o flanco esque1do, tenente Dantas 0 direito e o sargento sítios circunvizinhas.
fã;
53 Angelino & vanguarda. A pequena. distância soubemos havia
“uma emboscada Mudamos & direção da marcha porque os flan- 5/4/1930
cos não avançaram com a devida presteza. Tenente José Gue— _; Capitão Irineu seguiu hoje para Piancó, entregando sua
des encontrou—se assim na emboscada, havendo tiroteio, sem . ' ' fceluna ao tenente Costa. Estou muito triste, lamentando & par-
contudo haver ferimentos de nossa parte. Também encontramos tida de meu am.º e Cte.
bandidos em pequenos grupos e cem eles tiroteamos. Chegamos Aípresentei—me ao tenente Costa de quem recebi o coman-
nas imediações de Tavares e ali ficamos à espera do tenente do de um pelotão de 10 homens. Os bandidos de José Pereira
Costa até ao anoitecer. Depois voltamos para Boa Vista onde atiraram em alguns soldados sem contudo ieri—los.
dormimos. - Deserta-am dois dos mais antigos soldados.

30/3/1930
,6/4/1930
O nosso círculo de ação está já gozando menos liberdade.
Fomos despertados com o tiroteio do tenente Costa em Segui com tenente
O' inimigo está insistindo nas emboscadas.
Tavares. Avançamos imediatamente para Tavares. Chegamos
, Jósé Guedes para dar uma batida sem contudo encontrarmos
observando a mesma ordem de marcha da véspera. Separei=me
ªce—isa nenhuma. Os soldados já estão localizados em seus pon—
do Capitão e fiz aproximação com seis homens entrando logo tos de ação e não podem mais sem risco sair de Tavares para
em comunicação com tenente José GUedes (Pequeno) . Depois
".Qígjªºponfos mais afastados.
de 32 horas de fogo cerrado tomamos este povoado. Tenente _ "' Acontecimentos do dia 6.
Costa atacou pelo _ nordeste e capitão Irineu pelo sul. Seguiu—se
«o saque e a destruição de tudo. Os soldados beberam, fumaram, » 7/4/1930
saquearam. . ' f O dia de hoje amanheceu nublado, com visíveis sinais de
,tempestades. Atmosfera está bem carregada. Não dormi bem e
'31/3/1930 ílftwe sonhos impressionantes. Cinco soldados que se afastaram
Tudo está em paz. Houve seis mortos e seis feridos? de nossa [mals caíram em uma emboscada, morrendo um e caindo outro
parte, tendo já sido encontrados Vários cangaceiros mortos. Em ferido
”Tavares e suas adjacências, não há vestígio de seus habitam-' Segui, com meu pelotão acompanhando tenente José Gue-
"tes. Há somente soldados. des para dar uma batida, mas nada encontramos. Estamos em
ifogo O inimigo tombu & posição de umas tlezentas braças num
É,“ 1/4/1930 ,Í-itrrotevo cerrado. Temos ordens de só atirar & 30 metros de
g;» Estamos em perfeita paz. Já estão aparecendo alguns in— frente. Os soldados estão resoondendo ao inimigo com uma
«divíduos suspeitos. Todos se metem logo em peia & não voltam zerada infernal de latas, chocalho-s &: gritos.
"ªí mais. ' ' Acontecimentos do dia 8.

254 255.
9/4/1936 A ”'ª E? ' %? *“?
Fstamós cercadas & ma djstanma de 3001 brasas. Temos írahzados & nao há quem ºs faça tºmar. qualquer 13051939 parta
.homens. Ninguem está com medo. Entre & 116553. gente há. “..-193 1138808 murºs. A nºssa fºrça esta muito bem (impºsta.
muita; animação. Ouvimos o “tirºteio do inimigº e respondemos Í-
com a nossa bateria de latas vem-,as Chocalhos, gritos e pilhé— ' “gay,/1930
rias. Tavares está transformada numa ve1dadeíra praça forte. Não há mudança Estamos cercadºs recebemos rajadas de;
Tºdas as entradas livres estão guarnecidas pelos nossos. A nossa ' ' Mauser. metralhaãoras de &esceposmras etc.
munícão não é muita, regulando uma média de 70 cartuchos Também damºs alguns Minhas de frente descompges
para cada hºmem, mas também ninguém atira sem não ser de _,azemcs zoada, etc.
frente. Continuam as descomposturas, os gritºs e as pílhérias. Nada mais de EGVG. ªª
Estou ouvindo forte algazalra do lado da igreja. É um refºrçº
espontâneo que Vem entrando. S㺠os sargentos Affºnso e R0— E::ÍS/ 4 / 1930
drigues com. . . praças. N㺠temos ainda necessidade desse“ Os bandidºs estão atirandº muito pouco. Há qualquer cºisa
reforce. Trazem uma boa parcela da munição e até foguetões “fig acampamento deles Estão soltandº. alguns foguetes ordiná—
asfixiantes & bambas metralhas. Estamcas cada vez mais desa? fªígs Eles têm até boas idéias mas não cºnhecem os maios de
sombxados. ªpl-"ego &: sobratudo não dispõem de granadas apropriadas,
O bandido José Guedes, primo carnal do tenente José
10/4/1930 -?"Í-'";1'.;«__-.edes e pai de um dos nossas soldados, falou hoje cºm e
Continuamos cercado-s, mas também continuamºs bem“ ani—- me e com o filho. Ao se retirar, “pediu ao filho que não de—
.madºs. O sºldado como que perdeu a noção de medo:). A nossa íms'se :? kanrmse smepre a faz-fªda que vestia. Foi uma cena,
came está já escasseando mas não há quem acaba o legume ...ª-cante & palestra de entes tão ligados pelo sangue e tão 'se-» -
que temos dentro de Tavares. . »f-Qígarados pelos ide-ais.

11/4/1930 ;6/4/1930
A situação como que já tomou um caráter permanente. Levantei—me hoje muito cedo. Os bandidos estão guardan—
Estamos bem acostumados com o cerco Em Tavares reina bftrs días grandes da semana. Dizem que não atlram nesses
muita alegria e cada pelotão está preparando sua banda cºm- S. Também recomendei, aos soldados de meu pelotão que
posta de reco—reco, bumbas imprºvisados, cruzadas latas, tudo ;”Ígatírassªem para se defenderem. Entraram aqui haja três mu-
enfim que faça zoada. Nada mais de novidades. “farás mas ªvªliaram imediatamente, porque o Capitão não per—-
--ftiu entrada. Foi. permitida entrada de uma mulher conhecida
-12./N4/1930 "õ tenente Jºsé Guedes que lhe trouxe um litro de 11110 e
_:_-a' garrafa de aguardente.
A retirada do cerco de bandidos já. me deixa falta. Cómo
Nao houve mais tiros
que estamºs numa verdadeira festa, Eles nºs atiram com insis—
tência, mas est㺠muito afastadºs; não nos fazem medo-. Os.
nºssºs foguetões têm um efeito extraordinário sobre a moral
deles.. ;Es tamos ainda cercados. Os bandidos não atiraram mals
' Cºrrem vergonhosamente com medo delas. m também abandonaram as posícões tomadas antenormente
mos ordem pala atilar em qualquer dia.
13[4/1930 iºf Temes recebido notícias bem agradáveis. Já morreram chºle—
, . Í-“Íãie valor tais como Caixa de Fósforo, José Cavalcânti, um
Os bandidºs? num var-da;..deíro desespera, n㺠..:-sabem mais aº? de Luís Triângulo & Senhor SãlVÍIlO recentemente atm-—
(:>: ªge faíer “para nºs prejudicar. Est㺠connp'l'etaôntç dª.-smo—
. .—.de— yor uma de nossas balas. Dizem até que Tas-ê Parana
.w55 257
vulgo José Carnaval, está completamente J nús 600 metros e a maior parte das arm-as e
desanimado, vendo _,.
constxtmd-a (me
morrer assim amigos e verificando dese
rções e frouxidão nas xªvel .
suas fileiras. O inimigo manifestou-se agora
posturas, somente gritos e. descompostura
. Gritos e descom— tradª—”Éguª uns 15 minutos de fogo. Nada' mals.
-
s, nada de balas, nada
de aproximação e já são bem 22 hora
s. José Carnaval como
que acordou agora.
,. 22/4/019%?imígo está quieto. Çarne nãçmtemoÉ mais. Egtaxêlçs
agora & feijão e milho, e & múho e fe13a9._Nao houve não sªo,
18/4/1930 . __»;rférrado, mas estamos prontos parª xepnmu quçlguerEÍIa%1;il
Os bandidos ainda não deram sinal de
vida. Estamos com- () ' Capitão não quer atacar para nao gastar mumçao. sa
pletando o nosso serviço de defesa.
Os bandidos deram uma kando os doentes melhorarem. ' '
descarga. Seguem-se tiros dispersos. Esta
mos esperando o mm—
pimento da Aleluia. Os bandidos estão
ameaçando grande tiro- 23/4/1930 l

teio.
Os nossos estão bem dispostos para O inimigo mantém—se firme. O Capitão deu uma ordem
a luta. Pªrª terminar os trabalhos da parte leste. do povoadam. bl?-
_ ..iffêàdo um dos soldados . que ”estavam tyabalhando so mdf;
19/4/1930 ., Í Q Í r d e m no serviço de forúhcaçao & meu encargo. Estou puxªm a
. Os bandidos nada fizeram até agora. TSV—fiº.: ;, mºte“) para além do nosso acampamento. Talvez seja egg
Estão aparecendo em
pontos ainda mais afastados. Dão que vem de fora. Há já bem umas duas horas de fogo en re—
algum tiro sem obterem ()
menor resultado. Estão mais próximos
a uma distância de 600 —-cortado de intervalos lá por fora.
metros. Ouvem—se mal as descomp
osturas.
": ()
21/4/1930 24/4Í311191â0 hºras da manhã. Tudo está calmo. Vê—se apenas que
A luta continua sem a menor alter ;Íblfgínjmig-o
.ªº-«fºgº da continua firme
nossa reta nos seg; ppstps. Sete horas :frompâu
ação. O inimigo como guarda.
O mmngo _desenyolvefséc) _arçen. g
que está receoso. Houve algum
tiro perdido. O inimigo
aproximou—se de um dos nossos ªêíêlciõàção de pequenos gngppsz O fogo contmua. Ãmmlgsa
pelotões.
O Capitão destacou—me com o sarg
ento Ramalho e o te—
mo que cede terreno. O 1.n1m1g0 .çontmua. & recuar. noi
nente Elias para expulsá—los. Jogamos ªluna não se move mas rema mmfa .a1__egr1a no acampamenâ;
duas bombas metralhas,
fomos cobertos de balas durante uns 15 .Tá penetrou gente da retaguarda. no ªcampamento. A rãtaguar &
minutos. Voltamos com
dificuldade, debaiXo de gritos e pilh êjíi comandada pelo capitão Irmeu Rapgel. Receb1 013 6131 âar
érias. Estamos indignados. ;Aaázançar, capitão Irineu ficou fora. Parª com tenetflte osefl nã;
Colocamos mais dois foguetes de gás
. fazendo acompanhar de
“'
duas rajadas cruzadas e fel. bastante para fazer o inimigo cor—
sé; sargento Ramalho, Affonso e um cabo para azer 0
- . . - . . . & fun
11151120 . ' & entrada do capltao
an
de garantn' " ' . Pe10 flanco &
ªíf:», rer, sem mais risco de nos-sa parte.
.
. ., . .
-
119550 cargo nao há mano, ªsfo ) . ... ' _ e a...
,,,.gs ao acampamento do cap1t 6, nao fºi encontlr'ãdãe (ªlvªl—
ao sem a menor now a.
??
(& 21/4/1930 d . _
, iiiíovs depois de pequena demora,, sem ª menor nox/ilda e rm-
CU A data de hºje lembra bem a execução do &] Éogo no flanco esque rdo.— EStado-Malo: atacado,
;” mártir Tira-» ara Ó ' fl &n co direito, apoiando—se nele. Tirºt desloca—se
dentes. Querer? José Carnaval nos martirizar també eio cerrado. Uma
&, sabe! Foram Vlstas passar cmco cargas de m? Quem b 5115 covarde alcança o 'meú colega Affonsg, atmgmdo-
cama s para o acam— o na
pamento dele s. Há já até animação da parte deles ão axilar esquerda e penetrando em direçãq à coluna ver;
tiros de toda a parte, tiroteio cerra .. Tiroteio,
do. Grande tiroteio, mas ' ' O inimigo foi abatido. Avançamos mas um Pªlcº, .
tiroteio inofensivo. A linha de fogo os posição na parte nordeste do povoªdo onçle. parti-los
do inimigo está . estendida
às 8 da tarde. Almocei às 8 horas da 1101126. Fm encon rar

258 ' “ f 259


=D colega Affonso com cabo Longuínho, & () transporteí imedia— 39/4/1930
tamente para () Hospíta1.Est0u agora ansioso para ver de perto * ' Contmuamos em perfeita paz. Estamoa ouvindo um tiroteio
capitão Irineu. Encontrei no Estado—Maior. Recebeu—me mais za distância. Será capitão Irineu que já vem se aproximando.
como amigo do que como militar. Palestramos algumas horas grace que sim.
indo ele dºlmir na midia república. O inimigo está Visível- Já notamos sinais de força (cerca queimada, casa etc..) É
mente a b a t 1 d 0 . -
E fato o capitão Irineu que veio cºm o rádio e com mais
être caminhão de charque- e farinha. Já estamos nos comuní— .
24/4/1239 _ _ ando com a Paraíba. Já recebemos notícias. A força foi .em—
0 1111113180 ªlªdª n㺠se dª'-SGHVOIVGU mas já dº“ sinal dª escada. e morreram três soldados, além de três que ficªram
que está próximo. Não sei se irei batê—lo já, rechaçando-o para fados
as bandas de Princesa. Recebi ordem para atacá—Io. Sigo. Estou Est0u satisfeítíssimo cºm a chegada de capitão Irineu.
de prontidão. Estarei sempre firme no cumprimento do" meu
dever. Demos uma “batida em torno do povoado e não encon- . 4 1939
' “tramas mais bandidºs. 'I!» éapítãc Ilíneu pediu aº Presidente para me comissional: nro
Botamos fogo nas propriedades, em casa & procedeu—se aos Sto de 2.º tenente, mas eu não espero chegar a este pºsto
trabalhos de rogo e limpeza, das imediações do pºvºado. Esta— êta vez. Tenho apenas um m'ês e pouco de praça, prestei
mos ouvindo ºs estampidos d'eªuma fuzilaria na direção so., à "ª'iíito pouco servico ao estado, ninguém me conhece ainda e
distância, mas não sabem-os de que se. trata. ' portanto dificílima essa comissão.
Volt-ou capitão Inneu, como sempre calmo e resoluto no
26/4/ 1930 mªprimento do dever. Capitão Costa fez anos hoje. Houve a
N ão sabemos nada ainda dos tiros que ouvimos ontem à chão do tenente Elias, uma verdadeira manifestação carna-
tarde. basca, toque de latas, de Chocalhos, etc. Dei—lhe meus para-
Capitão Irineu retirou—se com o pessoal dele, levando os
sargentos Pedro. Henrique, Gonzaga &: Angelino, deixando, po- “:".Capitão Irineu apresentou—me () amigo redator da União
rém, João de Souza, Severino Fernandes e João Gonçalves de 7,0. Liberal, deixando-o comigº
de Moraes havendo também permuta de praças. A Coluna de
Salvação veio comandada pelo Capitão I. Rangel, assim orga- 5f1930
nizada: vanguarda capitão Benjamim, flanco direito tenente ' -;'Ho1e 1.º de maio, mês das flores, da Virgem Maria, que
Ascendino, flanco esquerdo, tenente Mendºnça perfazendo um" hâm melhores dias. Lá por fora há festa, há música, há
total de 170 homens. ªres e cânticos; por aqui há ódio há intriga, há tédio e bala.
Parti imediatamente para arranjar víveres, trazendo porco e ,],quando viveremos assim?
galinhas: Já temos carne e alguma farinha. O inimigo não esqueceu de mandar—nos o seu desafio, dan-—
“Ó alguns disparos lá para o lado do açude. Nada mais.
27/4/1930
Não houve mais sinal do inifnigo. Entraram já quatro teses 5/1930
e dentro em pouco teremos carne de gado.
'?ÉÉ-O dia amanheceu calmo, sen frio. 0 inimzlgo não deu hoje .
Já temos came. Tudo está bem. Os bandidos deram sinal “f"
mal de cºstume. Adoeceu—me um soldado.
lá para o açude. Estamos de prontidão. Não houve mais nada.
,.;1930
Hºje, 3 de maio, dia em que Pedro Álvares Cabral descº—
28 /4/ 1930 “O' nºsso amado Brasil, rema em todos os noss-os coraçoes
Nada tenho a registrar Passºu—se () dia, como que estamos Íleta alegna Mesmo lutando, sentimo—nos felizes porque a
em perfeita paz. _nos engrandece
260
. . . . . .

-
.

'
n
'
“ --
:
A Paraíba, berço de tantos heróis, ficará desta vez livre

" ."
[. _ Quel me parecer que às liberais da Paraíba vão atravessam

-
dessa corja de bandidos e a população sertaneja poderá traba- " ....ílfÍuma fase difícil.

' ..
lhar livremente. - Telegrama recebido hoje do tenente-coronel Elysia Sobreira:

Íx
l; .W
Fui surpreendido com a notícia de minha comissão ao pos—


“Tenente Agripmo

' .'-- . 5J =um. t v".


to de 2 º tenente da polícia paraibana. Agradeço este favor aos Tavares '
distintos capitães Ilíneu Rangel e João Costa e particularmente
Embora não tenha prazer de () conhecer sinto satisfação

' «.A3 Í. -- * u R
aos meus bravos comandados José Félix, cabo, José Aventino,
íàzdm & justa comissão de que fostes investido, pelo que vos dou
Antônio Francisco, João Juventino, Afrísío Máximo, José An—
*pafabéns. Saudações. Tenente-Coronel Elysia Sobreira”.

: -. .' l *..
tônio (Nanar), Antônio Marinho,, José Francisco, João Mar—
Telegrama dirigido ao mesmo:”

'» i« hr“
tins, José Sebastião, Severino Gomes, João Costa, Severino

_pW
a . “Sr. Comandante Elysio Sobreira ——+ Piancó — Agradeço

en.
Manoel, João Duarte, Alexandre Antônio, Manuel Arruda, Se-

. . ' ' k ' .a y_ m


_—Y.-;
bastião Alves e Jonas Donato, aos quais dedico verdadeira ." ç-zradlograma parabéns V. S. teve gentileza enV1àr-me prontifican—
'do-me colaborar sempre lâdo meus superiores defesa paraiba—

. .
amizade, amizade fraternal. Estou satisfeito com a “Vida de cam- Tenente Agripino Câmara”.
Saudações.

:z
nos bons e honestos

_:
panha, porque vejo. sempre os, meus esforços coroadºs de

-“
.,»
êxito. '
675/1930

.-_)
Saúde e coragem peço sempre a Deus para defender a causa

.
Capitão Irineu telegrafou ao capitão Costa comunicando ter

" .
da Aliança Liberal, em cuja freªhte vejo os vultos eminentes de
ª“";gdado informação de minha pessoa, a pedido, & Arnaldo Be—

_
.
João Pessoa e Getúlio Vargas. Hoje é também o dia. do re-
erra.

'
conhecimento dos candidatos votados nas eleições de Lª de

..
março. Nada ainda sabemos a seu respeito.
Fui comissionado no“ dia 30 de março no posto de 2 º te- 35/1930
“íª Não há nada a registrar neste dia.

._
nente da polícia paraibana. O meu galão foi pregado pelo 2 º
tenente Elias.

. Ã.. “Hªhª.
ªºy5/1930
4/5/1930 _- "? -_F0i comissionado hoje 'no posto de 2. º tenente, o 2. º sar—
Telegrama passadº ao capitão Irineu Rangel: íifiggnfto, Manoel Ramalho. Houve música, café e galmha.
“Sr. Comandante, Irineu. Rangel — Piancó —— Cumprimen-
tos —— Agradeço V.S. interesse tomado minha pessoa sentido
comissão posto 2.º tenente.
:" /193º
Não há alteração no dia de hoje. .
Agripino Câmara” .
Estou me lembrando das missas domíngueiras & que eu ª/5/1930
sempre costumava ir. Capitão Costa fez—nos rir muito hoje tra— O inimigo manifestou-se hoje, dando uma série de tiros.
tando da vida de muita gente ruim seus conhecidos. ;íQErges de Medeiros deu sinal de vida.

5/5/1930 0/5/1930
Iniciamos o dia hoje ocasionalmente reunidos ao capitão lª'- .a-jSalmos com 84 homens para batermos algum inimigo, que
Costa nas pedras em frente ao pelotão, ouvindº o referido ca— “ÍfíacáSo podia ser encontrado no serrote à vista, mas nos em—
pitâo continuar o assunto da Véspera: Vida alheia. ' )5 num combate que durou 54 horas.
O inimigo desafioufnos hoje pela hora do café. Chegou-nos .? Fazia & vanguarda eu, sendo o flanco dire-ito feito por Ra—
agora mesmo notícia por via indireta de que o Governo Federal e o esquerdo por Lyra.
decretou intervenção na Paraíba. Foi uma estação de Pemam- -=j'-ͺªçfjíNonato comandava a retaguarda, sendo a coluna coman-
buco que nos comunicou. Estou triste. ' por Guedes. O inimigo possuía superioridade numérica e

2.62
(.

"4
'n f f
| ,,

n' ª'.
.|?

m.
:? estava em 13051930 superior, mas fºi batidº no terceiro dia cor-
.”;55
Hj: rando vergºnhosamente
”E.—Í »
»,
“'

ZL
12/6/1930 , ,,
Fui a Pernambuco. levar um. ofício ao Comandante das
. forças pernambucana.—s & comprar alg-uma coisa para & trop-a.

15./ 6 / 1930
Notas; para. o Livrº sobre Princesa
Deixei de jogar com os meus companheiros de farda.
Depois de algum prejuízº, cheguei à cºnclusão de que eles
só jogavam para ganhar meu dinhairo, empregando mesmo ex— João Pessoa de Queiroz
píorações no dar das cartas e outras par-tidas só usadas por Paris —— 6/5/31
proflssmnals

ESTAS notas datam do tempo em que entrei para a Escola


tar, em 1897, no tempo que em Presidente da República, o
" . ”Prudente de Moraes, tendo lá encontrado o Joca, que era
uno mais antigo do que eu. Faziamos parte da 4.ª Compa-
iá, onde eu tinha o número 142. Tempos depois, a pretexto
retirada de armamentos da Escola para a campanha de
tidos, na Bahia (tempo de Antônio Conselheiro) os alunos
levoltam contra o governo de Prudente de Moraes tendo
johtlcos se aproveúado des-te caso para promover & depo-
o' dº Governo Prudente e dar a ditadura ao Dr. Júlio de
galhos Fracassada esta revolta por motivos conhecidos,
am os alunos desligados da Escola e inçorporados aos Vários
lhões do exército tendo tocado & mim e ao Joca o 4.º
lhão de Artilharia aquartelado na cidade de Belém do Pará,
dé] Chegamos em agosto de 1897. Mnha amizade ao Joca era
.nde &: vivíamos na maior camaradagem e intimidade de ver-
lixos irmãos, nunca discutíamos e nos entendíamos sem que
;

“esse a menor falta de entendimento entre nós. Os venci—


.

tíQ-s que recebíamos de soldados eram juntos, formavam uma


aceita e íamos gastando cautelosamente para que ele desse
ªw!!!

:;nos alimentar durante o mês; tomamos por base comer


__s__o vez por dia, tomávamos o café pela manhã, &: jantãva—
'à- noite; procurávamos sempre quando éramos “destacados
j_ gúardar & Alfândega, Delegacia Fiscal, etc.., estar juntos

264 _ ª” 265'
."

a
*
.nvAA“
,

p r causa das refexçoes, leva


'

, O _ , . . . N
mos assun & vida dura do qua
' ' ' .
éníermo. O Dr. Paes de Carvalho forneceu—me & passagem para
,[

rtel “
.?
.'

,
"a Paraíba, em um vapor do Lloyd, e 'eu com o auxílio do meu
R.:, ,

ªcmjnente amigo e testemunha do meu casamento Visconde José


&

”Augusto Correia, que era agente do Lloyd, conseguí que o I oca


.,»

3 4 . 5 5 . 1 q
.âgmbarcasse, se opondo para isso o comandante do vapor, que
,
“AÍLJJ

ªbªde“, depois, devido aos meus rogos e súplicas, secundado pelo

'i'.'x'ó» ' . .
fªífªgente que refiro acima. Ao criado de bordo, que se ocupava
ª, 1__.

() camarote em que viajava o Joca, dei—lhe de gratificação &

“EMME?.
a

__ gámca importância que tinha no bolso, 20$.0-00, e uma carta ara


u

.
mmha tia, pedindo-lhe para gratificar o portador generosa en-
ft ,“
']

%, caso o seu filho chegasse com Vida & Cabedelo. Não reco—
refelções, Bªtª ªmigo foi 0 Dr.“ Antônio Camillo de Hollan
Q:.

ªªªacíevcgonferente da Alfânde da € :Éúdendeí () Joca“ .ao seu pai, o velho Cândido Clementino Ca—
ga do Pará.." Continu
ando a vida àlcânti de- Albuquerque, porque! o Joca ”era «inimigo figadal
.,

v. .ALJ

vamos e sem vermos um


futuro em nossa frente, vezes havia tentado
mos
o co1312173131
. tbal'âía do effe' rcm trata— ele, com quem não falava e por duas
' .) e para ISSO
' nos
& Rçglao ah, que neste tempoente ndemos com» gsassiná—lo, sendo que uma das vezes foi impedido de fazê—10
Inss“

Sotero de 3113/16
A

.,

era o general 7 grão então alferes do exército Juvenal Espíndola, genro do sau—
»?

enezes, 3a falecido, militar dign


aluno s, fazçndo ver a ele o e amigo dos ex- '“ 'fªª'fffpso Dr. Cunha Lima, influência política de valor na Paraíba.
a nossa atu

»

' ação e que não víamos


,

fu,; Juvenal Espíndola, para impedir que este crime fosse pra-
,
[

__,ªªéádo, foi forçado a efetuar a prisão de Joca e recolhê—lo ao


,

*

" piar-tel do 27 onde ele era praça destinada à Escola Militar.


,

:
—“4

Conse ' um -— . Joca chegou à Paraíba com Vida e retirado de bordo, sua boa
Chamªm; ar;“— Gogocaçao

w
Para mim como ajúdante de despa- ºãe conseguiu com ,todo sacrifício e carinho salvei-10 da morte.
,
_

P o oca
º_

n
como aumh
ar de uma mercearia (Veja .;_._f['_ífsjífí1is subiu à cabeça e ele ficou muito tempo atacado, e
a nota n. º 1), den
:

' omm
'- ada Mercearia

-.
' Farias. Os ordenados
i

p ercebí amos eram mes


' quln que " mpre mal da saúde, iniciou um tratamento rigºroso, depois de

l
" hos
' e naº
” chegavam. para nossa ma- ;élhor foi para o Recife onde se matriculou na Faculdade
k

e
ªg.;Díreíto e ali concluiu o curso, eu continuava seu bom gran—

n
m m

e generoso amigo, suas cartas eram de bom parente e amigo,

ªH'
gif—_o dia em que o seu tio Epitácio o. enviou à Paraíba como

m
7,és.i.dente, para cujo fato eu e meus irmãos auxiliamos a pedi—
âªóqafde irmãos do Joca e fazer a vontade do Epitácio, pessoa
para quem nós não tínhamos vontade. O responsável pela

”bits de Joca é única e exclusivamente o Dr. Epitácio, porque


não _ Joca um doente semilouco, jamais deveria tê—lo empre-
gado como Presidente da Paraíba. O Jornal dº“ Comércio, de
'- uma peruana de classe' mm' 'ºífêpriedade dos meus irmãos e do qual fui eu o fundador, teve
to balx
' a, tendo apanhado moléstias 'ÍgãSiã-o de escrever artigos da pena, do Joca &: de propaganda
muito é' - .. '
;

entrevafiglae s ? graves & Ponto


à

de nao Poder andar, ficou Quase "ij-331121 candidatura à presidência da Paraíba.


las portas da morte; nem eu nem ele tínhamgs
recu
. _ r505, vend _:"»';-,Contínuand0 as notas interrompidas pelo que escrevi acima.-,
o eu que meu prlm
' ' o &: grande
amigo, o compa—ªª
A

,;fgó, depois de formado Joca, e exercer o cargo de amanuense


].;ÃÍAcademia de Direito, contratou casamento com uma filha
di,-"éntão governador de Pernambuco, o saudoso Dr. Segismun—
A

Gºnçalves, casamento de puro interesse, sem a menor par-


266
267
,
ª. , . “,
.
x.

cela di: amor,, segu indo depºis para o Rio de: Janeiro
. -.ª: .f

(veja
'

nota. 11. 2) . Chggaxgdo no Rm., foi “nome.-ade prºm


“' |

vªº-.ªº?“'"ª-igífgfºf_.-trºpa, tendo ele ficado— calado, .e .que. demonstra “ter ele &

".

-, ?

o-tor da Just-i.; Í

:[-—j . «_ " :v P
ª- '?Vl'f—ê'a
'

ça Federal e; ah ÍIXOII regldên


.
ª'

cia. Preciso dizer que fiquei re? edade da campanha. Preciso frisar que muito antes de
'

Sldlzqdci no Pªrá, depoig da partida


l

:
, .«.

do Joca, e ali mesmo me Francisco havia escrito & Epitácio ainda no Rio de J;-
,

casal Lendo fixado readência” até


'.

pedindo a ele para evitar esta desarmonia na famílja,


.

1912, quando Vim para o "


.
'

Reelfe e me associei ao meu. irmão


t
|J“!
“' '
||

r .

servia de contentamento aos inimigºs, e Epitácip tambem


() çasamento, escreveu—me uma cart José. Quando Joca marcou
' “* u

a muito gentil dizendo que ?;.res-«pondeu. e não tomºu nenhuma medida, contmuan _a
ã ." "

da forma que V. conhece. Joaquim Pessºa sohdanº


*?
?— .Í

na campanha dos impostos, escrevia cartas e artigos


—-.

0 Jornal do Comércio, contra o irmão; era o chefeªªda


i -ê' ? » :

ªe,—$$$: ddlslâcinªo de algum recu “ porém esta era de d—eSpeito da parte deste tartufo
rso, Joca ,propôs—me comprar
p & 1V1 & do Estado, que. nesta
'

Q'Éçfinâo ter. sido o presidente nomeado pelo Epitácio, como


í?”

pela _-mef:ade do valor, cujas apó epoca eram cotadas


?" ªs?l —.

lices seriam sorteadas dentro Í'Í ªe “fºi seu desejº e sempre se candidatou “por meio-s ilícitos
de 30 duas e o Tesouro nos pag
ava integral, pois 'ele estaria ºf posto. Joaquim brigou com todos os gºvernadores da _
f ?“ 1ª——' ' ?

cellto que somente seriam sorteada-s as apólices que nós


com— " como seja Camillo de Hollanda, Sole-n de Lucena e
prassemos ; eu recuseí este neg
. í 1É&;

ócio e aí houve o primeiro d=es—


“f f

1.
gpsto entr e'nos que Passou logq, porque eu não
dei importân- () publicar tudo, não quero ter reservas pcm conj??—
.'ª g .

as, quero publicar. as cartas trocadas entre mlm_ & Eplta—


- l
á 7- '

" & carta que. escrevi ao Joca antes da luta de. Prmcíesa:
l

provar que nunca me utilizei de dinhelros pubihcos,


n:ç

Pernambuco, a amizade de Joca con fartei ninguém; faz-er um desafio solene & quem que]?
tinuava, ele quando; vinha"
?5Iª

ao 'no_rte se hOSpeda va e fazia


de passagem (sempre as refeições
: : ja, se já me encontraram em qualquer casp que .desabone

em numha. cas as do seu cunhad


.

o. Era inimigo figadal de quase honorabilidade, quero provar que não fm eu quem rom-
todos os seus mãos, .esp -
5

ecíalmente do Joaquim. Cândido não 'Trgégm o Joca e sim ele; as correspondências publicadas na
: .gg a7 ' " v ç5 ª f »

provam isto, Quero dizer se tenho um Pequeno. recurso


fm adquirido. com muito trabalho e honestldade. Fmalmen—
sempre, de Cºntrolador entre 6165 ,
para não brigarem. Depois de“: ._ _ que todos saibam que minha Vida e honesta e que
º ri f ga3 g

nomeado ' Joca _premdçnte da Para


íba,, que lhe foi doada sem“? [gªnho pontos escuros nela. . _-
t g "a 1

efro provar que Ióca era um desonesto, foi promotor dg


l"1 l ' ª 3

º pública, Ministro do Tribunal Militar, herdou "opuco mars


9.0 contos (peço escrever para Pernambuco pedmd—o 1113.2121
“das partilhas do inventário do desembargador .Segas—
3

_ Gonçalves) e ali se Vê ao certo quanto ele herdou, de:-


"_ª..dize.r que deixou agora no inventário dele mais de 2 ml]
& questão de impostos interest
aduªis abriu uma campanha
de“
ff" ; * fora o que foi sonegado. Quero que a família venha
descrédlto contra mim ,e meus. irm-ãOS, cuja campan ' " onde I oca achou 2 mil contos para deixar em inventáe
ha V
cºnªeºº ª. que certidão aí dos autos de inventário para documentário-
,puíãyhcada nestede“ lugar a minha caÍt'a de 1929, Qué Quer-ó seja.
livro. 'Foi, portanto, Jóca quem
rompeu 'a»?— . Quero provar que ele recebendo toda sua “Vida os
amlzadq o.ontra. nós “ou contra mim, iSto provam os jornais de amanuense da academia, promotor da Justiça Fe—
de_le prlnapalmente. Para evitar estes atos de agressão ª:_i.-»gªítMi1itar, Ministro do Supremo Tribunal Militar, nunca
Ó-Óntrà
ª
mmha. pessoª e de meus innãos, rem-efí & “ ª economizar 2 mil contos para deixar no" inventário..
escrew a Epl-tácio, entã cópia " da' carta qúéíatf
o "chefe da, família e que se 'encón altar “mais documentações contra este Tartufo, você recorra
travª?“
<de- Madmga. ' ' "
268
269 '
.Lx«
»

[|
1
1
I
1

1
|
!!
|

a.
àhn

E
o
n

l :

-
.

» i
:
i »

É
_ .
" mes me qpereni em E
&
somente 'os inimigos rgesquinhos e ,infa

a-
. . , . ,
J

nero ' , ªgrlíngigo


ª “ªs hbertmosera f ' mdpor covaªfcâha, porque

É
.K

dos eu assumo toda & reSponsabiSªg


ficªs

;
— gare nteª u: glâã cgg mªã ª lver por vmgança mesqumha .e tambe

l
,“_; .dlzer»
ª

lidaââs'd ousado ção na p011t1ca de Per—


i

.
que _ _ estão todos receosos de mmha atua

W
(_) que iãº]: escuto e“
A
&

í :
.

assino o livro, se ele não (1


“: *n * *“
K

,3 buco.
ª

pu er ser Pªbhºªdº al eu - o
farei . interesse 92.1 questão

l
Quero dizer que não tinha nenhum cargo pOIÉ'EICO algum

Éí
T

Pelo correio etc ª" "


ª . M


rov eã
Quero também incluir o Epitácioá1111133. dªque/ ele sempre;; (ça/de Pernafnbuco; “que; nunca ocup

.
C« n' ' 3W
A

.
u
k

.
nem pro Ile—13% con-
— )

"
,
os fatos da cam na revo luçao
' *,:tambem que nao ”conga pªrte

..;
nosª foi pesado, citar .
» :5 ;

rt a_ aralba em 1915, sabotagem praªucados

_
dizer que enquanto nós tomávamosp miam?
Que fora:?“ uma os atos (_íe

É

$ . . famª?» que eu quando ªpra.»


..M

36 ªmª na Cªmpana:-; ha:;


N

'
soa Cavalcânti de 13311 _ minha resªdegcn? e de mmha
'
5

seus sobrinhos Pes ';.-


)1

:) & àlqu erguç eram contr s de


sí p.elo Sr. Carlo
param eStêlsalnêamlas qu? foram pres1d1da nti de Albuquerque
m como tene ntes for
e l e e comandava
% eªeljczlto cpntra ele;
, 3
Z

Quero dizer que durante o tem () çuse . Cava1cant1 e Joaqulm Pessoa Cav
alca

e 01 Pres1dente da; eles estavam de posse do Estado


:

gastamos uma forªunaq arª


.
.

dm 6 de outubro, ”quando encon


.“ v

República nós
' “ Mx

Prºpªgªndª do seu; trava em mmha casa e sim


º&

P
, acomp Pernambuco eu nao me.
'

' nome. Quero dizer que se nó8 nao anhamos ele na cam-»,
»
“&

quando a revolução rebentou


ã
Q !I -
“Á

em casa de um genro meu; que


3.

panlh_a pohúca última foi porque ele nos aconselhou & faze“ de que era gerente, tendo
n

para a fábr ica


eu Saí de minha casa
.

Eªch-mca em Pernambuco com o Dr. Estácio, seguindo assinª-" que eu mandei interromper
ãúmesma iniciado os seus trabalhos
'

dsa sªlªs ãglxgselhos e o exemplo no _tempo que ele era Pre-sidente)? ltos dos empregados &: operá-
áéxiido aos tiroteios e os sobressa
.t't'uTW

P p lca (1138 nos mandoh f1car com a candidatura Nilo : salários aos
K

o antes efetuar o pagamento dos


Ux“???

eçanh-a, para nao criar dificuldades ao seu amigo José Bezer- DC?& tendo mandad não tendo sido pago a
g," crimes que estavam presentes, que
'Qx
.

.,i
!
t

ra, enquanto ele? ficaria apoiando & candidatufa de Artur Bérzã' precipitados haviam fica-'
mar_dÉS: Quero d1z.er que enquanto isso se: dava em Pernambuco ' godos os operários porque se retiraramdinh eiro miúdo que foram
doe m casa de madeira 5 contos em chegaram. Que & pri-—

Epltacw nos pedla para aconselhar nossos amigos na Paraíbª, s que ali
' " dos pelos primeiros invasore
ª

3,1120121? comd Bçrnardes & pão com Nilo porque ele estava certo”“ ncia particular fºi º
a

men's, pessoa que entrou em minha reside


ª
!

ªl 08 po enamos desmar no mínimo 30% dos eleitores pa; rque que levou tudo
'

que
W

rmbanos; este 0031561110 obrigou-me & ir fazer uma viagem de Sr Joaquim Pessoa Cavalcânti de Albu ha casa, onde não tinha
encontrou de mais precioso em min
E

propaganda polítlca no interior da Paraíba acompanhado do 200 contos - de jóias de


D_1'. Solo? de Lucena 'e do meu grande amigo José Pereirãâ' " 'a alguma, como seja,, mais de de ouro antigas e outros
“'

_
I

' mulher, coleções de moedas


a a f CUJEI eXcursão todos os jornais da Paraíba e Pernambuco em mais de 150 contos.


&
)

tos cujo valor eram estimados


not1c1aram; Quero dizer que Epitácio nunca nos convidou. arâ - u a casa à soldadesca
feito esta colheita entr ego
acompanhª—10 na Aliança Liberal e que não é verdade quepnósªíª Depms de ter da Paraíba e com as ordens
.

, dap01ícia. e exército que trouxe ticar saque e“ em seguida o


_
'
:

tenha escuto a este respeito, os únicos telegramas e cartas ué


'

reçebemos dele são os que estão aqui publicados. Pabliqueczl of“ ""Carlos de Lima mandou pra do saque que deu.
vestígio
õfêndio para fazer desaparecer ()
.

"
, M

telegrama :: a carta que escrevi de Pernambuco eu não tenhó; mos saqueadores nas _re—
.L “

mes
. *“

_ proc edimento tiveram este s


:

cópla do tçlegrama dele nem a resposta que glei porém “eles? o estado em que saí" '-
_
'

dos meus irmãos e Mãe. Diga


.

"

foram Rublgcados e V. tem tudo..Para seu governo, eu lhe di diª: , '


e todos da nossa família.
“h
,

casa e bem assim minha mulher


.
Q

que_ Epltácno declarou & Leºpoldo e ao Souza Dantas que eãéí puder. '
ente tudo da melhor forma que
'
.
I
|

,hgwa nos escrito pedindo para lhes acompanhar na can part e não foi
.

ei
.

em que tom
Diga que a luta de Princesa
" , ª
' .

leral e que nós tínhamos preferido ficar com José Pereira?»- a-


Q

lquer outra, foi unic


Com? V. sabe isto é uma mentira deslavada e eu quero ' com qualquer intenção política ou qua
.

de amig o
ª.

gran
| -

com o meu
te por um dever de gratidão para
't“

— “
'

meninº com todas as forças. icion a de po—


' "

nem amb
Pereira Lima. Nada ambicionava
.
“.

Quero me jpstificar muito no caso do assassinato do JoCàAÍ—º jo de polí tica . Gastei bastante di-
dese
u

quero provar mmha nenhuma (:o—participação neste caso,. queriª» nada quer o nem
e tema gasto,-
' o na. campanha de Princesa e se mais tivess
ª
u“

demonstrar , & infâ ' ª em que me querem envolver neste ªºªªºfº


.

& *

.

v
A

270
&

-
'I
.
]
em família, há referências que merece ' mªgª-%
nunca lancei mão de dinheiros que. n㺠fossem meus. e algu- bªga
e derima írà é a de que “foi Joca .quem rompeu % ª “em
A _Cl. _ —
mas importâncias que recebi me eram enviadas, por um amlga p tra mim”. É a tal d1f1cu1dade_ .de sa 8]:
]p171l€í.1-fªm '?l
de José Pereira e eu logo as enviava ao seu destino, Diga que ª nº? 01.1 ocºâm Pelo que historie í neste INIC), &
0. Ingmar rtiu (1.6 Franºisºº Pessoa de Queiifoz, com o cpi-_º
muitos que hoje estão me atagando enviaram dinheiros & mil-:,
níçiões aº José Pereira por meu intermédio, que eles podem “motivo de investn' cogita 0 pm—
Viçcaçâo “?auerra- tributária”, pqsspa
ficar tranqíiilos e continuar em sua ação indigna que eu jamais «» ,v 3860 gprimeíró insulto l partª?” de Joao Pessoa,
lhes declina-ei os nomes, porém que ficarei fazendo deles- ;o ;
juízo que merecem; que eu espero amanhã eles farão pelos que - - - " bicu- os não >» », , ,,
eles hoje estão lambendo as patas o mesmo que estão agora 'ª'-Cª? dªelcszulpa, excluindq-se & dest_a, PÉIªIP ; 3ª? 581333: 33
mas .
fazendo comigo. z, «completamente ameno (as dlvergen
Peço que em tudo seja claro, positivo e em, não tenha,? -“ - » ' ,oa
contemplação com pessoa algum-a, eu assumirá e assinareí tudº-1ª.
.

«onde for preciso minha responsabilidade. . Joao '


» Pessoa mcen ' ndo em ca A as_ a .
twa . _ to-'
cm ao tal hªí ªeª m
.Por enquanto não me lembra mais o que dizer, o que meigª-;-
” ?ageec e-me- igualmºen te correta & referen
ocorrer lhe direi depois. E5pero que V. Vá me mandando qal-5," ,ácío Pessoa, que cruzou os brªços à luta rªvm _ en—
gama cºisa para eu ver, e dar minha opiniãº.
Quero que V. conte toda & lástóría de Princesa e aproveite
vpara somente intervir quando lª se dera O 1' p
arantes. , . - 'íb-a
as fotografias que tiram-os ali. Não tenha medo, seja cmal, po.—.— ufªno ao caso do ' assass mlo do Pãesaudente Pªtiâgªãº à
rém somente com a verdade. . -
. ,_ necesmdade
-
de Just1f1 . & nem uma co_
. " car o É:
. . .
1dac1'e — . *

Nota nº 1 —-— A rua 6 Rua da Indústria e» não a que mencionei ªo Pessoa de Queiroz, pms que & procêa mgu % Sanª—,múnícº'
por equívoco. do cona dexo u Joao an & . ,
' do Recife, quan . a
.
Nota n.ºº' 2 —— O José meu irmão pagou foi & mobília de casa.—»: "'Vel elo ato delituoso.
.. (Facão, cªtanto, restrição qçandç 3 ªmarelª? pªªtâ
gmaªªr
mento, isto e, emprestou-lhe o dinheiro parafiãj
,

mpeam , _. Lima”.
comprar & mobília e até hor-je não recebeu, não? 11 parte na luta de Prmcesa amlgiã JIOSed Peã⪪ão pois-
pagºu ias passagens, conforme por equívoçog-E grande
'tomcííjão para com o meu .
" ero - .013“ aem que. ,estava;
disse acima. ',.éhho este com o o asp ect o num pe la
. conwcç-rfmo d , étb
—-—' 10 finado Antônio Pessoa emprestou—lhe tambemfgjj smo na
Cunsco
"ª_ihúmero um residiu me epo. . . “_
soma regular para o casamento e não recebzeújjªi: ' A não a Pa ba, sena () pnmo
- ' raí
vezes:, Adesíalentadíàuªgonªí
até antes de morrer, pode ser que seus herd'eii—gí, ' ,cãítãíxªgã'aal. E o Vi, mu'tas prowdençmi cªgª Pefeiraf
ros hoje declarem que receberam. Nós sabemºs,,gg, ªde que tárdava & desejada i º seu
disso porque fomos encarregados dos negóciosâºfíj ªto se iam esgotando _ as fon tes diª. auxího %: __ “fo
mvo 6 cm__
de Antônio Pessoa e ele muitas vezes nos pedia] ego qúe em tudo seja claro, pos
: para cobrar do Jota & soma que ele lhe devia-.ªº)"
de despesas de casamento.
[

Pedido,!

Com
,: 'entários- de Joaqúi-m Inogosa

Estas nótas foram enviadas de Paris & JoaqUim Inojósaf _


por João Pessoa de Queiroz, = ali exilado, cºm 'o "títulº e a ,
data Que" »as encimham. ' Retirandº das mesmas « a parte. ]“ 273
272-
. : ; :__,7...L.f___ i g , ._.—___“ = , ,

(mesmo porque & estimável matrona é prima do nos-so


ente Murillo. . . ) , amda está Viva e sã, na Baía da Traí-
!
.-

" 1 Teve cinco filhos, dos quais dois nasceram varões. O mais
o, hoje falecido, o boníssimo e camarário Antônio, meu
““Ás Voltas com um D
oido —-— ]óão 0 durante longo tempo naquela povoação, manteve sem-
comigo as melhores relações de cortesia. O mais novo, o
Pess oa Cavalcântí de Alb ' cisco, deixou a Baía da Traição ainda em verdes anos,
uquerque”
u longa temporada no extremo norte do país e 'voltou
“ª' em praia há alguns anos, já depois de transferida & mfnha
'“".íªgsºidência para a capital do Estado. Também desse, que mal
João D : ' eço,__ jamais recebi a mais leve ofensa e só a tua fantasia
(Jornal do Comércio ———-
Recife Íri sª ªtã f . "ªvientíva, .Joca, poderia. criar a lenda, de uma surra sofrida
qualquer dos dois, de minha ordem.
Quem teria, então, me dado a sova, tomado () revólver e
em) correr, em disparada, por aquela maneira jocosa
, narrada
*A União? Seria madame Manuel Avelino, & filha casada de
Iii-:Maria? Ou seria uma das duas senhoritas —— mademoiselle
11113 ou mademo-iselle Moça? . . .
. 'São desse jaez as invencionices que ocorrem ao teu espírito
. , João Pessoa, e que se publicam, de tua ordem, no diário
atual do Estado, para empanar () valor dos teus adversários. . .
Nos sustos &: tremeliques que te atormentam nas pungentes
”es do teu medo, do teu terror de Princesa —— dessa Princesa
; tua insônia, que será o eterno pesadelo das tuas noites,
dessa Princesa, reduto invicto da bravura sertaneja, da qual
_ Íjgçíiífíãe ousam aproximar—se as tuas tropas e onde, entretanto, todo
mundo passeia livremente —— nessas maleitas de pânico que te
afhgem, repito, tu supões que toda a gente tem os nervos rela-
zados como os teus e queres que todos os teus inimigos sejam

Covardes são os Dantas, poltrões são os Suassunas. e não


há ninguém mais mofino do que José Pereira. . . Os defensores
de ffPrincesa, que“ não passam, segundo dizes, de ' uns seiscentos,
ªum matuto, filho de Má Sª tantos, são todos uns fujões, não há um só que se aprovei-
tro cabras”, a meu ma ria Pad' ;zfª 5 * A « .
ndado?.
Mas, Jo
ca, deves ter ina " Mas quais serão, Joça, os valentes que há mais de cem
15 tªf'sºl'llpulo
e custa ao caro aoem converter, por essav'fÍÍ-íº'
“formª, a A União, qu desbaratam em todos os recontros as tímidas vanguardas
de hlstórias da CarOChính Tes
ouro, em veículo :; do teu exército. de três mil homens &: desafiam a tua raiva im—
Dona Maria Padílh
a. " Lte?
deves tratar assim,
a, senhora idosa, Viúva e a quem não _ Onde os bravos contra os quais já mobilizaste toda a Força
de re.sto, como a qualquer mãe de, alma:—ig;
"'—"%;;fáblica, críaste um novo batalhão, aliciaste centenas de civis
2.74
275
l do Estado,
- o mais fríVo entário do órgã o ºficia
a íO$000 diárias pºr cabeça atlhzaste cancacelms vmdos 10 com sabafos, este é um infame aquele
toda a parte recorresífe ao corpo de bombeiros e a t é a ' fa- serviço dº s teus deatiíe. ,
um
-_.íb11tre aqueloutro dignidade ameia,
civil?
qu e me nosp pas a tal extremo &
rez las
a? )
ÍMas tu letivas, Visando afªg
Que gente sem Valia é essa que para a atacar, premsas: riamente injúrias co
atiras dia s,
calão mcoáhecé
prender senhoras, como reféns, preparares carros blind-ados em de arriweiro no
não vingam rampas e adquiles aviões que não voam e logº ' tu que em linguag a pessoas qtª s? não _ ,,
' om po stu ras me smo
, desc 6?
primeiro ensaio dão cabo do piloto? o um bíltre, um pa
Por que te esboças, dia e noite, à cata de munições, e & outra coisa que nã “av en tur eir o”, um “ªcelerado :.
izes que seu um
' De mim,
que vem, em cada m'ês, & mudança de comando, de militar p ido”.
fª“ “ºusaravel um band
&&
iaҼ
safei
** mdem
civil e Vice—versa? de fen de r-“ me de injúrias t㺠Zig ªª
() necessito tenho conceito firm
a q
Mas toda essa gente é covarde e Vive apavorada contigo.. .' .
ã u conhecido .e onde
so
Valente, na face da terra, só. . . o Joca. 13 víru1êncía. ais sem
Realmente, não te faltam feitos de coragem e só necesmtas- o, se con hec es aventu íªgmãn repulsi-
É;?argos no ent
gastªdº
atlª nte —té ant horripilante, míseráve
mais
de um biógrafo, mais pachonenªto & desocupado do que eu atar O
pena que passes à história. ,; dido mais completº dº que tu que tºmªte m
'.,n» Ch a asta & indicar o
Aí estão, para não falar de outros, os episódios épicos óprío pai , na casa paterna?
bengala de Ednaldo Pinto, o de um teu constituinte portugues, ;_;. ladlao. d g anilha perten—
u ainda no teu dizer, um e 111
em certo escritório de advocacia, no Rio de Janeiro, que te; me
*atribues —— o de um chaPéu
ue deputado
SDCiaº
fez, lápide, rodear uªa mesa, junto à qual se achava Duarte Pedro Firmino. . . _ dí- na somente de
2 o
í dessa Vllta, g u em 191
T mbém não me defendere
Dantas, e o recente recentíssimo, daquela. noite indormida pas—ªl,,f
sada em Princesa, em que, nos su01es frios de um pesadelo te
ein seqiler publicarei. & carta eque me dmgl ente protesto
() seu veem me
supuseste trancado & chave por José Pereira, irremediavehnente
“ "Pedro Firmino, mandde ando-m cionv eâemndo
destinado à sangria e deixaste em deplorável estado os alªs/“155113103 tu u cu rso a _essa ínv en
“ºd um Vil ão co mo
lençóis de quem fidalgamente te hosPedara. ª º nãº? 11 atacou
13
É tempo de ires pondo de lado esses arroubos de valentla gf ' º o ladrão ainda ao que 0115315 (3136 , afirma 0 ªl v .
te insulta -s &: cal un ias
de que nunca deste:— mostras antes de te encarapitares nas unum— ' qruem vílnâen r. existir o inquénto mgaâí㪪-
' & rouba
de Patos Para ente deve
dades de p1eSIdente
, Pªr a esses desabafos htc— '»—-=;No arquivo Cºmpºt cionáríos de 1912, Por um
o mesmo
xa-tetuadissgazeta,
Deipela porqueem
arvmada pelourinho da reputaç㺠contra os revolu o di 0
rârios
bate ram . E as prov as ººlh ídªâ 骪 mªgo
nal eles se esa ao
alheia, tu não tens fôlego. iu esse mesmo 11111511 r deê
Os teus escritos são como os teus discursos: não há enxer— O qmagistrado que presid
Pºlª me º
to, ou poda que lhes dê jeito. Para os teus sol'ecismos não ha de polícia em comissão, valeram ] 10 0
conserto possível e ninguém será também capaz de acertar em ªiª; to desses rebeldes. ia, de St ªScªªaã mª,
do n A Pr ov ínc
passo Cºreográfico & dança macabra dos teus pronomes. Em ªanifesto publica
a ã111313331 éesse
mc)—
Se ainda te voltar, num intervalo das tuas crises um pouco res çãº
de verificada & mteqrven onsa 11ãald
Íâdf
— de serenidade e lucidez, relê as coleções do teu- pasquim e cons— 5$ Fl ªnkdhn elª?;lgteaãn & ? tros nãô tzveram
. , e altivez que ou ntr aditâ—lo.,
_tata, horrorizado, & autobiografia que nos vais deixar. arma o se atreveu & co
melhor conceito, altos funcionários fe—zrr Nenhum dos seus adversários
_ Pessoas tidas no leve censura...
derais, famílias das mais ilustres e tradicionms do Estado, todos : lhe irrogou & m ais , apareces tu, Jº.
-ão Pessoa, e
enfim, que incorrem no teu rancor, são ali cobertos dos mals do s dezoito anos
,p as sa
rão.
sºe-zes baldões. -=» ' as & pecha de lad
277
276
, —, —L , , ,, ,
, . . _ _ _ f ,
"W ..—'=a—<.x= , , 4

; ª 1 £ É J- £ .
7 : ? ,mr!r:_U.'_'-'fí. &

. ..wt f***—vd—
" _ _ _ , . __,___,:f_——,_:..—H.

H

_ . = . . í l . ; l É . L ' É
.

;
%

Mas, João Guitarra, podes tu, acaso, pronunciar esse vo-r-


x
%

C'ábulo?
ª

Ladrão és tu, ostra de ministério, aristim de repartições


/

federais, no exercício infrene ...da tua desbragada advocacia ad—gff


e

ministratíva; ladrão és tu, magistrado cavador e negocista, que.”


ª
K

a-

mal despias & toga de Ministro do Supremo Tribunal Militar,


sobraçavas & pasta dos gordos negócios da Paraíba; ladrão éség,
Avante!
v
'
º
.

tu, juíz—corretor, de contas confusas 6 parcelas inexplicáveis def,- :,.


ã

368:OOO$OOO; ladrão és tu, administrador sem escrúpulos, que


x

. ?.º do forªl, cie


*

Proclamação da n.º
u p
r

abarrotas as algibeiras fraternas, com o monopólio dos contra— do T-elntomo


tos píngues e engenhosas concorrências; tu, sim, João Guitarra,. Princesa, “órgão ohmal
i

é que és um ladrão. Livre de Princesa”.


g
1

' De onde te veio a tua grande fortuna?



W

Explica-a, beneficiário da herança de José Heronides.


F

Ganhaste—a, porventura, na advocacia honesta, bacharelete


|
*

das. dúzias, senão das grosas?


ª “ -;
“ 1

Agora, à vontade, Joca! Desaçaima, de vez, & caínçalha


53321." '

faminta dos teus pasquíns, aumenta—lhes as rações, açula—a quªm—« os de têmp'ara


m...

,. ,
''

to puderes e atira—&, toda, de dentuça à mostra, aos meus.


encontra 81111116 na hlât
—— D . BES. de Prmcesa- , - - ona dºs
“ '
»

EEEF-[Sªnita bravura não


"ª“ « m
_

tacões.
..
“""“—«yr
-

bIOIIZea _ .
.

Toma, entretanto, um conselho salutar. Raspa logo do 'Te—


A

brasúelros!
.
|

sauro esse resto de sobres que por lá existe, se é que já .o não


.
:

Avante! - — ' defesa de


fizeste, ueíma sem demora “'o último cartucho” ainda ue os
.

lutaâ âoPãªc ía paraíba-


)

$ ' .
sores de'vossos laresCont
Princesa! mua
anfea'çªdºs P sidente da Paraíba
díspares para o ar, e vai seguindo para o Rio. _ , vidas
Defen e de
"

Porque, se aí permaneceres, com semelhantes crises de ner—- ' 'a, () despeit o &: & covardla dº Prº “em tem de—
ªmª A8 mve]
739558 d momentº- Mas a vossa. cora; ssos
VOS, irás, na certa, em qualquer destas luas fortes de ' junho, dar
l

'“ ' insultam a ca & da mveshda de Vº-


com o costado no Juliano Moreira. de sses insultos 'e a ca
.

ªfã—a fia do o re su lta do


Então, adeus vidoca feliz de ministro, adeus corretagem &' .
negócios gordos. , rea.gido com
"ii'i'ihímigºs tº“ "des - um heroíssamo 11133112ltâdade, & . rai.
Querem mcendlª]: Pnncesa, anaVOS q n ,() consenmªms.
ã o

E que ditador, que grande ditador perderia o Brasil!). . . do se o. Vos


. N
.

eldades
l

'a de todas as de passa' 13or


às suas casas, be”m
.

ate em fog o
«f.,-êórqu e antes de ar
..

(Transcrito no Jornal de Princesª.)ª'_ cadaveres.


,

ºªªªªªSóbre os vossos ' esal Avante.1


Prmc

cai? " Filhos valentes de sa' ng ue , na sc *
era ' ta s flo-
tan
voss o
Da terra molhada com o & ma's & inclemência do sol tos-
?ºÍàãres e tantos frutos, ,que num:
'

os vossos campºs—
Ayante!
' º __ ' , h, de
(Jamal de Princesa '- Anº I "— N' I 21 de um O
«1930 __._. Princesa.) ,
'n'- '

279
278
,...-, -,—. —.A fun.-.W— , ;&. ,,7 . , v , ,“ ,
. ': _ ' - _ . . .. . . . =-:
..:“ _1- -» — . .-.-.: .- .;- , * —' » : »: . .,“"Eu—".—, ,.
,. _- ; _ ; ; " v.« 'v--—- wa,
' ."—r-'
“ªº”???
:= .
«.?. ..—.?.—.' w_«.«.--_—
' .
__n—-——+n. .
—.-, ª- -" - .
' - " . :— .», ".; [ . ª u - I T , “ .

Redige—as quem se achava prasente- naquela cidade. A—


_ de Estácio fºi objeto de noticiário de imprensa, que se
aleta na descrição mais ampla do fato, mas a carta dramá—
31.5 que escreveu & Epitácio Pessoa de bordº do navio Belle
_; se conservou inédita até hoje. Quanto ao industrial João
6;

_ de Queiroz, de marcante atuação na luta de Princesa,


7

' principal incentivador de José Pereira, denunciado, depois.,


57

co-autor do assassínio do primo Presidente João Pessoa


: .;

???n que seria impronuncíado —, caçava-0, naqueles ,—_ es,


7
“ 3 ;. 7_

' bolescamente, as polícias de dois estados —— ParaíB—a e,


' ambas-o, penetrando—se lares, revistando—se navios, invadiu-«,
:: T 5
:” ; —

se indústrias, sem que isto lhe. evitasse & fuga para 'a Euro-
: . - '. ; “—

“")-';".em 31 de dezembro de 1930. Onde se teria escondidº &


- a- z ªz :" r —

embarcam? Este é ainda. hoje um segredo de família, que


l: '

—familíar, por se tratar de fato histórico, vai revelar nesta


fz
f L c - ,..az .

rtagem. -
,.
.—

;gífªfQuem, no Recife, em 7 de outubro de 1930, abrisse o Jor-


w: .t
w— .

;_«d-º Recife poderia ler em letras de fôrma a notícia de que


r. w—
w.
: ª

,eft'GGvernador Estácio Cºimbra fugira às 21,1511 de sábado


m
-
ª . r _ s - —. Av
;

Prince-sa __. ' 4 ) , “acompanhado de Vários indivíduos”, tendo “a malta”


u j —1

arcado. . . “no rebocador Estácio Coimbra, ignorando—se,


.«. . v , - '«.
.

tanto, o destino que tomou. . . Consta que eles. foram para


a
, . -
«uw—_.

' ' 05, onde estão carregados de capangas”.


m. ,
.. .
. :m
' -
,.

Três Assaltos Fâªustmdos


w. '—

Por que fugira Estácio Coimbra, a repetir e conhecido feito


1911? Por que deixara de isolar o Quartel da Soledade (De—
[ ——-— Fatos Inéditos da js'ito de Armas e Munições do Exército) , com o que talvez
Rezaolzgção de 30
» 'em Pernambuco _ se no nascedouro & revolução em Pernambuco, e, passi—
. ' , . . . ente, em todo o Nordeste? º
(Fuga d? Estácio Coim
bra)? _ ,_ Vejamos. .
ª -Não era segredo para as autoridades públicas do Recife-,
A reportagem escrita o antes de receberem & informação oficial sobre o início
so
Coímlgra e do industrial GOW-fºr mador Estácio?. ,. ,fintentona no Sul, de que algo estava para acontecer em Per—
voluçao de 1930, n () Re o P .ea;
. Joãbre fugªse (à)"ueÍIOZ
É SO& dll ,. '. ff.“
elfe, veu revelar aos buco. T auto assim que as três primeiras tentativas dºs ra—
de Pernamgmco fato-s iné leitores do Díããó na madrugada de 4 de outubro fracassaram quase ao
ditos, .de imp
ressiona-nte realidade,
os acontecmentos oc sóbriª,—'. temp-o, apesar da presença de Juarez Távora na sua coºr-
orri' os há 40 anos
na sapítjal pe rnambu-fª'ç _ . De nada valeram os planos deste oficial e seus asses—-
23
281
* . . ; ,_.;.__;4.-_>_7;:___1L1._1_MJ_—ú

E.
sores imediatos tenentes Me ”
b . . à nae-se Holanda e Afonso (1
uquerq ue
Luna, dos da Paraíba 3,131 na direção do Largo da Paz, em passeata de des.-—
recifense. pªr a comandarem 0 ego j ento, juntando—se, depois, aos primeiros.
âlé _ “
Bem 10 'am Vitór ia iria depe nder á cªberia àqueles rapazes do T iro de Guerra 333, investir
&
de dois fatolªã: ªtãrrêvist dº Sªpor lqúe o Quartel do 21.º Batalhão de Caçadores, e mais 14 pra—»
' e & reaçao
d & P011c1a subconscnente e de
“ºª um. go p do S O 1—1;e
Governador
de U m C a . _, ",
alguns sargentos e oficiais ao seu lado, inclusive, já aí, o
, _ N
m] gªgª
grand; pªra lutar ? o segund . , > + ;
Muniz de Fan'a, e à distância o “Gen.” Juarez Távora,
o fugindo para não lutar.
reelsamente & 1h 30min de de Lima Cavalcântí e os tenentes Mendes de Holanda e,
d ªlgª's,E ªogsplrad 4 de outubro, o capitão Mu Lima. Pretendiam contar estes, lá dentro, com a
nlã ' or. por con81der- niz..-
ar-se injustiçado pelo G0.“ -: boração de alguns oficiais, que, todavia, nada puderam 3vía—«-
de amico s a o, dep0 1s de se haver enc
. =, s em frente ao Colégio de San ontrado com um gru Í ...pois, apesar de cerrado tiroteio, foram os assaltantes inteira-—
ta Margarida marchãg ”te desbaratados, tombando, mortos, os menores Luís Sales
:, “er de Souza, e'ferido, tendo de amputar o braço, O irmão—
Hélio de Souza, filhos estes dois, do advogado Mário de
Poderia ter sido a última investida não fora a inércia das
dades federais e estaduais, que“ nem sequer saíram em per-
" daquela meia dúzia de oficiais e atiradores, deixa-n—
, _ inteiramente livres, em conspiração de rua, e se limitando
dante , Gronel Wolmvr
C « a - .
da Szlvelra, morrendo, em luta contra" .i.
as sentmelas, o jovem " ,,;iOHti-dões internas.
Amaro Bezerra de Mello. ,,_jj,í;;fe-Í;fDiante da reação do 21.º BC e das notícias dos demais
çassos, dissolve—se () pequeno grupo de comandantes, ocultos:
níz d e0And grupo
rade dº cªpªtªº
e cm
" co mfe
'
Muniz hawam saído () tenente Mu;
' es em direção
rlor do seg " de Lima Cavalcântí tomara talvez o rumo residencial,
PúbÍiõ
de ? 'a
ªcªeÍràç —— levam-ar o 2.0 Batalhão da Brigadaund o porto
da F o r a [to Juarez Távora resolvera regressar à Pªrªíbª seu re-
1 . e _1ado em Cmco Pontas, onde igualmente n d . _ E, . " conspiratôrâo. . .
& & Cºnseg—f '
gulragl, pºis o encontraram de prontidão
unoso é me a ,. '
mais; dos dois qfrástrgdêªã? ª?:alªis'savam de uns
10 os figu— _ O Est-calo de Vieira
Ça fedªãªzllssêdââ Dessas tentamvas reStªVª ª terceira, contra a for—'
da Faculáadp de.: É?» _aQUartçlado 11,0 Jardim 13 de Maio, pátio
Helm, cujº deposito de munição, por incrí—
— Era madrugada, ainda; não sabia o que fazer, na praça de"-«
Vel ue ., '
% aªareçaí flºªvª ªquªs? um quilômetro de distância.. . ' uma certa meia dúzia de amotinados, sem rumo e sem.
'. Eis que o estalo de Vieira pípocou na cachola do capti—
de Guerraçpfªãº,a trºpa
, sob o dº
comando de_ se
Exercito r ªSºrVªI'a
dois & cargo
sargentos; Agapito co;": Vf?
do Tiró - Mumz de Farias, e a prºposta veio célere:
lares. e Hell' Coutln
' ' ho. Arrebanharam Í'Íi“Vam0-s tomar o Quartel da Soledade, Depósito de Armas e
o maior número possxvel— I

' do Exército”. . .
de um .tre' , . ,
ao númeromãe 1312101“; 0d proxnno Jurªmento à bandeira, atingindó Áfª'ªT—f'ltiiªjHouve “grande confusão” em torno do assunto, “quandº
muníciados com .º os quals 40 “eStavam armados de fuzil & ., se entendia”. Prevaleceu, porém, o ponto de Vista do
" .o oficial. Em toda a vasta Praça 13 de Maio, à frente do
partindo Fran;cmco
da Fora
da época). 10 CartPChºS
gslteg& levados cada
a empreita um” (Sic: dóch'," Í.
da, sem 0 saberem el do 21.º BC, depois, mesmo, do longo tiroteio, pelas
Heli: enq 11 ,, - ' ç ªgiº Loreto, sob o comando do saroentáfffgªf _ da madrugada, nem sequer um soldado, um agente
apto OS 62 .1'eStantBS, que também tudo Ignºraªamh fªípoªlícia, um vigilante do governo, para acompanhar os passos.
' . , _,:;;
es poucos e desorientados rapazes. Dirigiram—se, então, à
282 _ '
283“
g ”u r ª
.n'— ª; _—
á .. , ::.—1,“ -un—,:—;x,.
.
3., ." . r ,; “ “ .,"a
“ ?

,
w
; —

- º . --
- ntudo '
erdand -
o o - arsenal de .
º armas &: mumiª
-- '
, .L' ,"__“

'
Soledade, ” mas
n㺠-
' pessoas, “tendo ax frente
' do que 15
. . . . . , o, capltaj
..,. . «» O 21'
- 'BC”. CO
amet—se” em
p silêncio... . .
_ ª

*Mumz de Fanas, segmdo dos tenentes (comssmnados) Ahpm


3?

' %

ºs? pãefe㪠ªsumo- a história da revolucão no _Remfe; Pºr"


1 _

Heli Cºutinho, José Passos, Agapito Colares, e os saràeníal Í], Bªíª” 1: ando, resistência organizada, puderam os numa-=—
.._ !

José Alves Barbºsa de Melo, 'Manuel Paes. Lira, Horácio 'P-é-Í'É ªll-º: nao encon I ' em dançª?“, $ª:
sºs voluntários da Soledade,. daquge instante;
;

reira da Silva e Canuto José de Melo, pois 04 Tiro 333" se tlísf" atúrq ª Pá—
4
w

air & cidade, tomar () H0—3p1tal Mglnar e & Chef


_

persara. . . .
;

.313, para, menos de 24 hºras dep—018, ªnººªtfªfªm vamo º ' '


Apesar de tudo quanto se verificam, do próprio assalto
.A.

» do Gºverno. . . ., _, , ' .
a_ ;

duas horas antes, ao Quartel—General do 21.º Bc, o depósito d


ªªlgum episódio devo recordar, Eodavia; nam-211.111?» dª S᪪ídº:
v
:, .
)

armas e munições, com Os seus 4.000 fuzis, 1 milhão de carta- Pessoa de Que?;rqz ]. e” so galº
steve em Palácio o industrial Joao
,
l.

_chos e metralhadoras modernas, se achava guarnecido. . . ,, . em «(I


ª

51930
u do Sr. Estácio Coimbra que lhe; pusçsse à . 63390
f .»«E..

Seis praças, sob o comando do sargento Pedro Pereira” (51?)


e

? Qàl dí—
?

“fêmeas bem armados; com o que garanna feto-mar,


;,

Estavam, alí, prisioneiros, por "haverem investido contra () qua-rr“.


.. ª

Governador
a Sºledade. Mas uo que , sem qualqufªr ºSPm'ªº º. %
l
3
- f. -

”tel momentºs antes, Georges“ Latache Pimentel, bacharelandd


abismo, responde o caso se achava ennegue aos seus
, —“ ' :.a

6 Oswaldo B. Gadelha. í
s

tes militares. -
Deixou ingenuamente o sargento Pereira que dele se a'pm
:*A;. r

”Clô ];);
Xímasse () sargento (tenente) Pessoa, sabendo—o representante do [anªªsódio idêntico ter—se—ia verítfícado “1.13. Chefatulía
ç
.
sw

grupo que se aproximam. Refistíu quanto pôde à catequese “d


êia, quando o tenente Optato Guenºs 53h“? petªllssãbtãndeª


i .-

manter—se “pelº menos, neutro”, até que facilmente Ihe iludíratú desalojar os aciuarteiados. dª Soledade (“º' EP ”
.
,»&' L

& vigilância, prendendo—o, sob a mira do revólver do capitã; — ' 5 esta a mesma nega wa... , _
.

05 ªí:
:

Muniz. , ' em?]?rªâra Esfaácio Coimbra de .armmar, desde 536310,


-

ªªª , —
':'x

as, com 9 rebocador Estácio Cozmbm de. sobre avisâ;


,

Vencera, naquele— instante, & ReVOlução.


rar OS “verdes mares” às. 9 e 15 da 1101128. . . de S aw -
_

-
»
f.
5
'"

. Armas: . Cit-ªyz--.eªns!
,"Aum ' ..
1

“Ganhe-mo a Revo-Zumº”
_1 a ;

Amanhecia e começavam & trafegar os primeiros bondes“,


fie-ntadas pio? falª?


-

transportando, sobretudo-, ºperários da Pernambuco TramWays [_ doâaingo pela manhã, embora desa
M.

No
.a

s ggxf emamen msil via


_

r as fºlga
—— motomeiros, condutores, fiscais, gente das oficinas —— em dí— ªi comando, continuavam a “luta
W

nto, & .not lcga de que” l a 0-


reção à sede da empresa, no início das tarefas do dia. Era, poª-173, conduzí—las à vitória. Entreta
Mr

as capitulaçoes e adefpçs. OF
360 o Governadºr, cºmeçaram
%

sinal, o operaríado mais politizado no sentido de Oposição, in.—:


,

o comando da Po 1c1a am
"fífônel Wolmer da Silveira passara

clusive às próprias instituições. Saltavam todos, e pegavam em


e est? 'pron'camemte]:3 adªm
armas, pois nem sequer a polícia, ou o Exército haviam cuidado " ªcme-coronel T heophanes Torres_
lçava, as _11. horas, omaãnte “à;
3f

de bloquear a rua, passagem úflica pelo Quartel. E quando “o .rgªento, &: o Quartel do Dârby
Çavalana, pafa “Sd tds re—
Cºronel Wolmer da Silveira, Comandante da Polícia, tentóúii mca; aderiam () 2.º Batalhao e: &
'

nos, os dos rep de .


.

1ba
aproximar-se, não se acompanhou de um número suficiente. de te des-abarcam, na pre-sença 'de para
cio do Governo, “que apesaxi) . ;;
soldados, mas, sim, de uma “patrulha de reconhecimentº?, têriªtes: & Penitgndária e o Palá & Tah son; fic;
se maqteve fiel
postos a correr pelas balas do capit㺠Muniz. . . Somente ºãsªª ._ahdonado pelo ocupante-mogi, .. ora- _
IBSISÍII'ÉL até as 1
.5

'9h30min da manhã, quando a pºpulação Se amam &: espalha-— ªianto o Corpo de Bom beir os!
p

ra, foi que surgiram, para um ataque frustrado.-, forças , Combi— ;_6'“ .——- segunda—feira. . .
nadas do Derby, Bombeiros— e Quartel. de Cava-aria.
285
384
m
ºn
ª
Entre mortos e feridos, não se cºntara-m- muítos, pois os ti— ente. Aquele “vitorioso na manhã de 6”, sob a pressão de
ros. eram a esmo, não ultrapassando de 39 o total dos que tom—. Órte contingente” de “tropa vinda da Paraíba”, “obrigando—'o”
baram para sempre. ' , ___-iªsaír da capital”, sugere ao leitor de hoje que a fuga se hou- o

: grassa segmdo & wrong; porem na verdade o Governador fugm


. f
, Quando, hoje, relembre aquelas cenas, de memória ou atrai-..] S ' a: '; . x . ) .

vcs de arquivos, a marcha batida do rebocador Estácio Caim—'"" ' às 9h15min da noite de sábado, quando ainda não existia no
bm e as 24 horas de tiroteios esparsos me fazem reler 'a senai-.!, Rgclfe. qualquer contingente paraibano; & se lutava por tºda a
descrita. pelo escritor Menotti del Picchia, no romance A tor-"if com os quartéis de polícia intactos em favor do G0—
menta, sobre a revolução paulista «de 1926. . . _ verªº
. Saíra à rua () legalista Paulo (Menotti) à procura de notí—r' Também não é certo, pelo menos quanto às autoridades ªú—
Ciª do movimento. . . “não precisando andar muito”. Encontrou, ; tas que O “movimento revolucionário” tenha “sobrevindo ifío—
de saída, um “soldado preto” que vinha “descendo a rua”, “gi— :wigpínadamente”, pois a idéia estava no ar, rondava as repartições,
gante. . . lenço vermelho no pescoção, uma rosa na ponta da' em cochicho de esquina. O próprio Estácio Coimbra cai em ma—
Cªrabina”. . . ' ' irfªijii'ffesta contradição, quando, na referida carta“, confessa; de ou—
“——— Camarada, que há? tro lado, que o Governo estava atentos vigiava “as " “idas e vin-
O preto olhou—0 de esguelha. cias dos oficiais revolucionárias, que viajavam por mar até à
—— Quê, moço? alma, e saltando aí, vinham e voltavam, pelo interior, do Norte
— Que é que aconteceu? «» ª-a-rpara o Nordeste” (sic).
—— Ganhemo & revolução. O dotô Bunifaço fugiu. O gun—3752
“vem-0- tá na mão do nosso chefe Tiodoro”.
Abandonar o Palácio, Por Quê?

A Fuga de Estácio Coimbm :. Contudo, o pior não parece ter sido essa displicência, mas,
un, 0 que viria depois, o permanecer o Governadºr dentro do
* ' âcio durante 20 horas, preparando—se apenas para desertar,
Que. teria feito no Palácio do Campo “das Princesas. () Sr."?l'íê-I - ouvir, sequer, & ponderação do seu Secretário Samuel Hard-
_:Est'ácio Coimbra de 1h.30min da madrugada do dia 4, quandº?; _ _ -— “Abandonar Palácio, para onde e por quê?”? (sic: EB),
mompeu () movimento, às 9111Smin da noite do mesmo dia;??? “:::-__“a do Administra-dor das Docas do Porto que aconselhava
quando com a “malta palaciana”, empreendia & sua segundà “ f i a reação partida dali. '
fuga de governador, para aguardar, na Bahía distante, () “tér㪪fª' ' Deixou—se Estácio Coimbra embair pelos alarmes de boa-
mmo lega ” do mandato de governo, como confessaria a Epitá— 795, como aquele oficial que irrompera afobado anunciando
cio Pessoa de bordo do Belle Lille? Ciªº“ 1, os soldados paraibano-s já se achavam nos jardins do Pa—
Parece-nos que coisa alguma, .,a deduzir, mesmo, do que viriafªª ' “ágio. (chegariam no dia seguinte), apressando () embarque num
& escrever na carta-reSpºsta ao político paraibano, resumindºj çbocador que, por coincidência, já se achava de fogos ace-
toda a luta nestas poucas palavras: s. .
, “ sobreveio inopinadameríte O movimento revolucionário, E lá se foram o Governador e a comitiva dos assustados:
que estalou em Recife na noite de 3 de. outubro, e vitorioso na??? ªrmênio Gonçalves Ferreira (Tonico Ferreira), Administrador
manhã de 6, com o auxílio de forte contingente de tropa dou."?- fias Docas, o prefeito da cidade Costa Maia, jornalista Aníbal
Exército e da Vinda da Paraíba”. . . obrigando-0 & “sair ,da ca—«Éf ª?*í»1:-.Eçcf:mandes, oficial de gabinete Gilberto Freyre, o Secretário da
pltal para o município de Barreiros, donde parti para Maceió " "cultura Samuel Hardman, Secretário do Tesouro João Pe-
e Bahia, que atingi & 9”. : Inspetor Geral de Polícia Ramos de Freitas, Secretário de
Foi tudo quanto. o Governador deposto entendeu de escrever. * _ 0 Sebastião Lins, escritor Lauro Montenegro, médico A1—
sobre o desenrolar dos acontecimentos,, e assim mesmo incorre? de Morais Coutinho, deputados Júlio Mello, Afºnsº Ba—

_286 12:7'
iii-sta, Júlio & Maranhão, () Chefe de Pºlícia Lito Azevedo ' nas mãos dos revºlucionários. *E o çousgguíu, tendo mais
o advogado Domingos Sérvulo, Mamícío Pinhe
A
() juiz de direito Diógenes, Lessa Ferreira.
ira Gu' .“ companheiros o Secretáríq Genarº Guimaraes e o Éleputado
Desse cortejo fúnebre desembarcaríam no prime que também
Filhº: susto,
Segundo fuglam. ,Nao se passqu, porçm, sem
& Viagem: em aguas da Baln.? surgm, .dejsta,
iro porto,
de Tamandaré, Aníbal Fernandes, Costa- Maia, João Peret f.]ínopinadamente, um namo. de guerra, que. ºbrigou () Amam-
lio de Mello e Morais, Coutinho, disPonde—se & arrogta
ti, J
I & ' - pifa parar. Veiº a Visita e ficou a ordem: podem todos seguir
dos vencedores. ' 0 Rio, menos o Governador Estácio Coimbra. ,E quando
dos, companheiros se dirigiu ao camarªs para ªªª—FS? a este
%Íq'ue ocorria & bordo, encontrou—o tranguúamente -' frzsandoªp;
“Precipitªçãª' Da es” (sic: EB). Desembarcou, por IStO, _em Salvador, de
nada” poderia., pouco depois, seguir para a cgpltal (_123 Iºri-11331512 &
o do Belãe Lilia, na companhia do seu fgtefl aum—har É- amigo
Daquele mesmo parto enviou Estácio Coimbra um . Freyre, para quem, aliás, seria de utlhdaçle () ex1ho, que
rio aº filho Jaime (mineiro, em Barreiros), pedind te a viagem ele preparou o seu renomgdqhvro Casa gram:
o—lhe # 2ª-& senmla, cujas primeiras palavras sao Justamente estas.
ro. Fugir-a com apenas uns 4 contos de réis na
carteira,, *Em outubro de 1930 ocorreu—me & aventura do ex1110. Le-
iriam somar 24 com 20 que, num domingo de comér
cio _ e, primeiro, à Bahia; depois a Portugal com escala. pela
do, lhe pôde arranjar o parente; mas do filho
João a "kia. O tipo da Viagem ideal para os estudos e as preocupa-=-
fora este recado:
“Que precipitação danaãa foi essa? Por que fugiram que este ensaio reflete” (sic, 1.ª ed. —— 1933), . , 1
, seg A ordem de desembarque em Salvzador, ao qu? se; velola
esta hora (sic: 5 da manhã de domingo)
ainda se está no Rªí;
cife na mesma situação, tudo em poder " ' , partira diretamente do Preadente Was'tnngçpn. _Lms,
das forças 1 . lhe atribuir —- & Estácio Coimbra —— .a responsaabihdade
(sic: EB).
' De fato: & Penitenciária e o próprio Palácio —— mesm queda do baluarte situacionísta. nordestmo.
do ocupante nobre; este —— somente no domin o vamo
go quase: none
cessaúam fogo.
_ O .;porto seguinte seria o de Gravatá (Barreiros), onde ' A Verve Popular nas Duas Fugas—"
Estácio Coimbra pretendeu arrem-edar & sede o' Sr
do Governo. An—
ycorou () rebocador na foz do rio Una. Dali exped
iu, então, alª—“ritº
guns telegramas; todos ao Presidente da República: Em 1911, com a vitória de..- Dant-as Barreto contra Rasga; .e
primeiro,“.ªí
avisando. que pôr Catende e Barreiros desciam (Os marretas) , fugiu Estácio Coimbra na bºarcaça Aquí-fia-
duas cohmasgfªf
“trazendo pessoal vindo de Garanhuns e Santa “ºªªÍIéOm o seu Chefe de Polícia Elpídio Figueiredo, cpm destmo-
Terezinha”?, . e :
pedindo armas e munições, poís “Maceió també “'j»'ííiesm0 refúgio inicial de Barreiros. E o povo sorrm, na qua-
m não tem”, e“
que os comandantes dos vasos de guerra com ele iraque endereçou ao Conselheiro e seu petíz: — “Algandonga
se comunicasf
sem; no segundo telegrama, comunicava que se sentia tropa/carregue com o seu petiz/embargqe 1080 Pf; OfºPª/
sem segui—ff
rança, “pois os sediciosos estão de posse do Recif úm maxixe em Paris”. E'Vinha () estrxbúho: —— ' A1! Es-
e e de toda aiai;
região dº Norte”, pedindo qUe decretasse & intervenção fe-deralífí-ª ? /Aband0ne esse Palácio!” Isso depois de ”haver entoacilf) o
no ºStªdº (3) enquanto no dia seguinte, 7, Barrosª Carvalho, pam-fi; >* " “A Vassourinha”: “Salvai! Salvai! Quando. General! ——
mesmo telégrafo, avisava ao Governador Álvaro Paes, de Ala—f»; "ªf-1930, o povo novamente gargalhou, cantandº OS vefsos dª
goas, que .o “Dr. Estácio Coimbra deveria chegar ali cerca de " ' “Taí”: -———— “Da outra vez & barca me salvou/porem ago-
2 horas, & bardo de um grande rebocador”. :o— meu rebocador”. . JºªEStáCÍO/dê º fora dº uma Vª? deste
.Era preciso alcançar Maceió, rapidamente, a fim de; embar- » 0/—-—-— Ó seu Freitas, diga para onde eu vou/ '.,— Voge ªgem!
fem/que ir no seu rebocador”, —— Ou entaº, atm-gmdo
ear para º Riº» ª bºrdº dº Amªm“: ªntes que aquela “capital;
288 233
ánaeâ:
, pç: dua3640:9uestyâs,t;1£s
todo o cortejo —— “Chora, Estácio/Freitas não vem cá/Se vier/fª horas iniciaram—se as danças o ” sª x,:ep's-
Pau há de levar/— “0 Darío na cadeia/Chora que nem ladrão /ª_'j ' " . * Nél eira e Joã
Perseguinte
sondia q Andrade. -— Ha mm
va no o Jornal do. Governo, que; maca1 vo” g(lA
Aquele-cabra de paia/Só dá mesmo pra chorã0/— “Tonico ban-"]
unento de tanto re e
cou veado /Sem poder levar Vintém/Elpídio perdeu o gado ]Per; na nossa vida social acontec
dende o coro também”. lídeaâí
gªmª,-Ima idêntica D. Pedro 11 _se degpediu da Sºcr
al, lgualmente pa
eira, no famoso baile da Ilha Flsc péias. . .
deposto, na direção das plag as eurº
H á 8 2 Anos Foz" Diferente

Rez—ando o M ea Culpa
Que diferença da revolução pernambucana de 18-48, quandº-3:
os . revolucionários, vindos do interior, chegaram a invadir toda?
a cidade do Recife, ocupando o bairro de Santo Antônio, má” assassmlo do
o.; _. , Havia Estácio Coimbra recebido, logo apos () tac1o Pes—
Nºvª º Pátiº dº Cªi—”mº, ªté Chegarem aos jardins do Paláci dente João Pessoa , uma vee men te cart a de Ep1
último reduto & dominar. . . Mas, aí, encontraram & presença-1 na pçlítica namqngdz açusaxãg
do Presidente da Província, Senador do Império Herculano Fer—fi; gag padrinho da sua reabilitação
à vmma e na V1g11anc1a &
[
' x k " ' — . — ' i í - ? í r ? » — A

reira Penna, que deSpertaria no eSpírito do major da Guarda:; dojo de displicência na proteção a-
solidal”
do advogado Joao
' - 0498 se 11aveFr (le-r
” Dantas. Acuíava
SªbªStí㺠Lopes Gilímarães & coragem da reação, e de tal or,—"fé;. do . governo _ ed,
dem, que não somente afugentou os invasores, mas os perseéíg 'o com a “mentalidade de bagrena sedlgao de Pnncesa, &
guiu &: venceu, retomando-lhes todos os pontos ocupados. " kando e ajudando a José Pereira 99

Houvesse fugido o governador de 1848, bem certo que ou— aquela morte fora um “fruto .
' ” , en quanto à
' de gnpe
' ' , por “ astema
;' ,,.Não respondeu Estacm
tro teria sido o destino daquele mºvimento histórico. & .fpga. prowíienãªi
; te do Governo. Fê—lo, porém, durante.
a de Slgnlfl-Catlvº va or sar
ªii-bordo do Belle Lille, numa çart
hurdade. Aproveltou para? açude
.

: prãprios linguagem deEpí'ça01?,_


' e em sobrinhos os Pessoa de Quegroz, “de
N ova Baile da Ilha Fiscal de
sçus & quem nao po .
3

em sido os únicos correlíglonanos na: . ” .


' de “solidariedade” a José Pere
3

Rebentou & revolução no Recife 15 dias antes da posse. de,;; ? gran de amig º, pao fm lª?;
José Maria Bello no Governo do Estado. Não desejava Estációg, fªiz-ª.fºª-Se ao Dr. Epitácio, seu tio, o podena eu o
él demovê—los da atitude assumida, com
5

Coimbra entregar—lhe o Palácio como o encontrara. .Mandara-fóf—"f" .


' ' alterassem?”
N

reformar, imprimindo-lhe “beleza e elegância” (A Província —- e.nc0n_trava m çxúg ãios, ciª


%Éâajia, em Paris, onde todos se
7

PE). Depois, aproveitando o ensejo da realização, no Recife, dói.“;- sola rmho s. atnã gl 05356Z
Estácio suas satisfações & um dps
" A ) ?

Ç.
«);
V Congresso Brasileiro de Higiene, resolveu oferecer à sociedaª-i; Pessoa e Qu ,
“c“-a, a deduzir do que me escreva" Joao
«

.l
,.
.

,AL,
de pernambucana um baile de excepcional esplendor. Cerca de : . . ,,
13 cidade, em 25 de junho de 1931
-.., ,
-::“;
& ,

x
&

explg cagªg
éçEstácío almoçou em nossa casa; eu nve um? caiam
,
500 convidados se reuniram nos salões “lindamente decorad'osªgí'
ou se espalharam pelos parques “feerícamente iluminados”; A " eu];
u,
? J'

L ele a respeito da carta que ele dissa_screve


:: '.f-rf
proporção que chegavam, eram os convidados principais condu-jífg
dei: ele deu- me expl icaç ões que, e-lhe, acçltava . .
&.:.,

',:E
], A ,
zidos ao Governador e esposa — elegantérrimos —— pelos dois = Em ia anterior, ª? _18—6—5l1 .(Pans) , gama-Ilª“;
correspondênc
jovens oficiais de gabinete Gilberto Freyre e Antiógenes Ch-aveSf
Jr,.l
lisª—** “&

i:')-',.

alugantma daque a c a ' :


llª
_

“Cravos e rosas se espalhavam profusamente na riqueza do seu "'— " ”tido João Pessoa de Queiroz copm carta es
colorido e de sua fragrância tropical” (sic: A Província) . Ás ' ' os: —— “Remate—Ihe junto copa de uma
term
v.“

r . ;
A—(

_v , -
.“

291
ª

crita por Estácio & Epitácio-: “esta carta foi mostrada aqui pelo Í" r, devia ela ter acompanhado também os passos do crimiw
Francisco Guimarães e. eu tirei a cópia. que lhe manda”; " ' , cujos intuítcs eram cºnhecidos.”. . . c
É este dºcumentº, conservado inédito por quase quaren Não estava eu em Recife nesse dia. Chegado do Rm & '?
iamºs, que a seguir divulgamos & no qual como. que se: autobíóég julho, & absorvido na organização dº orçamento, pois o Cpm-'
, que não Pºdª ser prorrogado pºr mais de trinta dlaS,“ (
à

,grafa & contraditória personali—Eladio política de Estácio Coimbra;


duas vezes governador dº Pernambuco º em ambas dªPOSÍQªÍ ' qua encerrar—se a 3 de agºsto, fui, Pela primaâra vez na
por fºrma idêntica, * .a do sábado 26 de julho», à minha usina e engenhº-S-
= Barreiros, Viajandg de automóvel de estrada de ferro. Nee." , í
É; dos matutinos que li no percurso nºticiava & Vindª“ ao
do Dr. Jo㺠Pessoa., que chegou às nove & mem da manha.
m

ª B-m'ds do Bell-e Lille


Depois de haver visitado. no Heapítal do Centenário o Dr.
3.3.1.2»

*.].

& Melo, convalescente, donde saiu para almºçar no Restau—


Leíte, solicitou este, cerca de uma hora mais tarde, pelo
. Exmo. Colega Dr., EPITÁCIO PESSOA ene, ao Dr. Sébastíão Lins, seu ex—concunhado e amiga, eª
“Sua última carta, que me chegou retardada, veio . ., " secretário, que comunicasse ao Dr. Chefe de Polícia & pre-.
trar—me doente de gripe,” cuja convalesçança se prolongou, ...a em Recife do Dr. João Pessoa, a fim de c-ercá—lo da icon—'
l

retando—me forte astenia. ,; te Vigilâmivaª mas de “maneira discreta, para evatar sua sus—
Iniciei, apenas pude., & necessária resposta, estimando o en- "dade. -
sejo de enviar—lhe os esclarecimentos, que reclama por mmha
amizade, e espírito de justiça, dominado pelo empenho de ' "
àE-iSezm demora entendeu-'se () Dr. Sebastião com" () Che-fe" de:
e ordens terminantes foram expedidas e executadas. O
informei—10, que nunca de-vscureí para que sinceramente possa
de tmrma de agentes, & que foi mcumbldo- o * serwço, apa—«.-.
ª

gar a atitude e a conduta das autoridades de Pernambuco e “"ºfrecebeu as necessárias instruções, cuidou de procurar o- Dr.
meus“ correligionários em face dos acontecimentos desenrola ' Pessoa. .
no meu Estado.
ªfffJá tendo deixadº o Restaurante Leite, e andando de auto——
Mas tive que interrompê—la, para aguardar que se cohgas_ ' ,é] enquanto os agentes se .locomoviàm, & pé ou de bonde;
sem na Chefatura de Polícia, na Polícia Militar e na Sacre: , .Se estes ao Hotel Central, à ma da Intendência; 'sa—
, d o Governo, documentos interessantes que resolvera tam” após falarem com a ' gerência, que ah" nao estava hqs—í
m

mandar—lhe. ' 1 .. ' ,

Antes de terminado este trabalho, estando apenas comiª?- Í;—'*'Encontráram—no ”mais tarde na rua da Imperatriz, logrando
alguns documentos, sobreveio inopinadamente () movimento ; ' ó“ segui—10 até à rua do Imperador, onde fora visitar as IEE-
vol'ucionário, ªque estalou em Recife na noite de 3 de o do Diário da Manhã & Jamal do Recife, ªb daí à casa
e vitorioso na manhã de 5, com o auxílio de forte contingeg , , na esquina da Rua do Crespo com a última.“
W

de tropa do Exército e de polícia vinda da Paraíba, obrigou—m " .â-íªDemorando—se aí algum tempo, tomou o carro e sai o Dr."
a sair da capital para o município de Barreiros, donde pam inf-Pessoa em direção à rua Nova, onde foram os agentes
para Maceió e Bahia,; que atingi & 9. ?_ wtrá—lo na Confeitaria Glória, situada nessa rua em prédio
Aí aguardei () término da meu governo, que ocorreu a 1 “ ”uma com a de Santo Amaro, colocando—se nas imediações.
e por entenderem minha família e amigos do Rio ser “ 'Companhado de três amigos, sentou-se o Dr. Pessoa em
nviente & insegura minha ida e permanência lá, resolvi amb" , ““ fronteira a uma das portas., que abre para a rua de Santo

a 21 no Belle Lille, do qual lhe estouescrevendo para a E ' " ,ª deixando à "calçada () seu automóvel. .
Comentando as providências adotadas pela polícia do , o, contrário dº que acredita 0 Dr. E xtácw, nao se dem-a
fe, entende o Dr. Epitácio que além de acompanhar o Dr. ' que fosse aí “maior o perigo, nem podmm os agentes en—
Pessoa, “.q abandonou a lugar, onde o perigo .se- na ' º; ; confeitaria repleta da melhor gente, sem serem per-eeº—

292
.v-u
'|._-:: -
bidos, incorrendo no desagrado do próprio Dr. Pessoa. Essa tica do crime confiado na proteção dos seus cúmplices. Sem
devia ser também a convicção, deste, poís deixara no automóvel, dúvida o atentado foi um hediondo resultado da luta política
com o seu sobretudo, dois revólveres e as luvas. desencadeada na Paraíba.
Local onde se reúne a elite da capital, principalmente aos Mas para ela não concorreu de nenhum moda a situação
sábados à tarde, não era de prever o assassino () escolhesse para ".-º—_,»:de Pernambuco sequer aceitando qualquer entendimento com os
57.33 '
cenano do seu tão torvo delito, cuja prática não podia deixar elementos que ali sustentavam & chapa Apresmenmal, que resol-
; .:.?-

de se lhe apresentar nesse ponto e a tal hora eriçada dos maio- ,.__ I_vêramos sufragar.
za
íji'
"
"“Fã res riscos. Desde a primeira vez que fui procurado pelo desembarga—
4
33.5!
Não em João Dantas conhecido da polícia, nem meu, ' dor Heráclito Cavalcânti, que não conhecia, empenhado em; tra—-
; que
sequer tinha notícia de sua estada em Recife. O único paraíba balho eleitoral, declareí—lhe peremptoriamente que me não inte—»

»
&'

no, dos refugiados em Pernambuco, que me procurava e ressaria de nenhum modo na política paraibana, recusando—me &
era
pºr mim recebido, me viera apresentado pelo Dr. Epitácio — _“Ííaconselhar os irmão Lundgren a acompanhei-10, como me pedia,
ª

o Dr. Sizenando de Oliveira, a quem dei algumas comissões. 1131314115; com absoluta franqueza e lealdade; as divergências
Nenhum outro. Sabia, sim, que a família. estava homizíada em iii—suscitadas entre a Paraíba e Pernambuco desde a questão tri-
.

S. José do Egito, cujo juiz de direito nela fora consorciado.“ Éz—gªbutáría, agravada pela diversa orientação dos dois estados qa
Nessas condições, só avisada da presença do Dr. João Pes— crise sucessória, não me demoviam do meu propósito, pois vªz
soa depois de uma hora da taras, estando eu ausente, que po— "';jã—ºgía política da Paraíba através do Dr. Epitácio, que me merecm
'n

deria tê—la orientado talvez com maior previsão, como teria sido ""ª..—;f-decídida estima e grande apreço. Ao Dr. Artur Lundgren, depu—
fácil à polícia acompanhar o Dr. João Dantas; que o inquérito Éffçt'ado estadual e meu correligionário, receando qualquer misti-
apurou estar em Olinda, donde foi chamado pelo cunhado, e fiff-zªfiçação ligada ao pedido, que me fora feito, preveni do que
«vigiar—lhe.“ os passos?
. , “

— fºcorrera e disse: sua posição na Paraíba deve ser ,f'idêntica à


O perverso atentado teve execuçâo brusca & rápida, a todos "3;:,_, _'-%"_,f- ,511a posição aqui, ao lado dos governos dos dois estados, .com
surpreendendo, e de modo & impossibilitar qualquer intervenção [bªlª?-jos quais vem sendo solidário. Levei meu escrúpulo aos maiores
benéfica, pois nem a dos companheiros de mesa do próprio "ÍiǪ-Éí'bxtremos. A Província, órgão do meu partido, jamais acolheu
Dr. João Pessoa se pôde exercer. ""Íêí'ilas suas seções editoriais, e nem nas solicitadas, qualquer pu—
Sabe o Dr. Epitácio que atentados congêneres, nos países Í ';blicação simpática aos seus adversários. _ _
mais civilizados do mundo, servidos de aparelhos policiais com? ' Quando o desembargador Heráchto me transm1t1u um tele-=
todos 03 elementos de previsão e repressão, têm sido praticados & incumbmdo—me de uma comunicação ao deputado Pessoa
sem que as pessoas vi'sadas hajam conseguido escapar, a não de Queiroz; nem só deixei de reslaonder—lhe, como de dar- -a
ser por circunstâncias fortuitas independentes da vontade hu— ,, ,, meu amigo o recado que, por meu intermédio, lhe fora
mana. viado. Tendo A União divulgado o despacho em questão, se—
No crime nefando de 26 de julho, só duas pessoas, se ti;? ' ' do—o de comentários tendenciosos, fiz imediatamente decla—
vessem dado em tempo o alarma, poderiam ter embaraçado sua na Província quede fato recebera o despacho, mas nem lhe
execução; o chefer do carro presidencial e seu ajudante, que o . , resposta, nem transmitira o recado, o que motivou da parte
inquérito tornou Certo haverem ambos identificado o assassino, A União observaçõês pejorativas ao referido desembargador.
havendo um deles o acompanhado, quando deixou o quarto de Fui talvez duplamente descortês. Mas por que se sentia o
toalete dª confeitaria, e saiu para a rua de Santo Amaro, pe— bargador Heráclito autorizado & fazer—me veículo de reca-
netrando em seguida dessa mesma rua pela porta defronte da sobre coisas da Paraíba depois do que de mim ouvira?
mesa em que estava Sentado o Dr. João Pessoa,, de revólver Acentua o Dr. Epitácio que a sediçãc de Princesa recebeu
em punho, que disparou sucessivamente contra sua vítima. ' período de sua duração auxílios de e 'por Pernambuco. Não
Filia o Dr. Epitácio o assassinato do Dr. João Pessoa à era possível impedir que assim fosse logo após a eclosão do
sedição de Princesa, e entende que 'o assassino- animou—o à -prá—- ento, pois com pequenos destacamentos numa front-eira

294 295
& fmm-
extensísshna; que se entrelaça em verdadeiro zíguezaguae cºm . ' prix—lhe antepsr aos seus deveres de parentesco com
das instmç ões
:do' estado vizinho, o serviço de vigilância tinha que ser ' Dantas suas obrigações de magistrado, dentyo
Ihe re1tere 1.. . .,
ciente, e fatalmente iludidos os propósitos do meu governo meu governo, que em definitivº
mado-s desde. a primeira hora;— Junto a esta “encontrará o Dr. Epitacm somas de (1013 Gh—
Mas fiz logo seguirem para essa ragiâo um contingente.- 5 também do capitão Costa ao capitão Menezes, da 13011013
mais de quatrocentas Prªçªs sob o comando de um .oficiaL " ambucana, nos quais aquele oficial renova seu dep—oimeniío
. co—
e sério, e um ativo delegado regional com recomendação ” re & correta atitude das nossas forças. Também seguem
o e Adema r Vldal,
ªgi-I em harmbn'ía com o majºr Nicolau Teixeira, que era o « " ' de dois despac hos dos Drs. José Améric
mandante, a. que acima aludi. decendo serviços prestados pela polícia de Pernambuco, 3311311—
Aos ]UÍZGS de direito e prefeitos e diretóriºs políticos do em Alagoa de Baixo elementos de Princesª, que h'awam
Ímunícípios mais próximºs da fronteira, fiz, e não cessei de tado Alagoa de Monteiro, &: entregando-os as autcndades
teªrar; ,as mais rigorosas recomendações no sentido de ser .” . aíbanas, às Quais restituíram .o - material aprisionado, cami—
gurada a "neutralidade de. Pernambuco, impedindo a ' ª e outros objetos. Passo ainda às suas mãe-s ,d_oís despa-
para .a Paraíba de armas, munições e pessoas armadas. A s . do maior Nélscan e do tenente Maia, da 90110121 de Pêr-
ções ,de comércio através das quais se fazia e aba-stecímenfó buco, um destacado em Flores e outro em S. Jose do Egitº,
da gêneros de primeira necessidade eu não podia legalmente ' ' Dr. Chefe de Polícia comunicando a apreensão de armas "&
ex—
:'t—e—rceptar. . v * ffun—ições 'em poder de membros da família Dantas e de um
*De - comº se «desempenharam as autºridades pernamb ªª'ªmissáyio, anteriormente, damitido pela sua Pªrºíªhdªdª em.
.- de sua árdua missão, outras provas de sua lisura e . * dos amotinados de Princesa. & . .
pode-—
não sãº-. prec-is—así que as fornecidas pelas próprias autoria ' , = Muitas. outras provas, em Clrcunstanclas normas, lhe
destac amentºs Ade
:paraib-ánas.- ' — apresentar de molde a fazer certº que os
sem nenhu ma compla cen—
- - _- Bra , resºlução .minha enviar-lhe muitos documentos a r " Jernambuco- cumpriram o seu dever
corone l José Pereir a, que. nunca teve
"pe-ito, mas a. superveniência de causas, que em começo desta lhe ' com os elementos do
Govamo, &
.:apbntei, s'ó...alguns me consente mandar—lhe, indicando onde.. : ] de mim, nem dos meus amigos, nem do meu
.mais podem ser apreciados, pois tiveram larga publicação. longínqua mostra de tolerância. , . $
No discurso proferido na- Câmara dos Deputadºs pelo Pela cópia de uma carta do coron el Sant Anna : preíe ltç de
, s ordens
53. Aníbal Freire em defesa minha e do meu gºverno, se centém'.ªâQ-_ José do Egito, avaliará & solicitude com que mmhg
0231351 3, para
.
lª'.
'.:Í'

',í'h' telegrama do capitão João Costa, da força da Paraíba, no .- executadas, tendo tido desde o comeg q a
que
«dá- Seu “'insuspeíta-do depoimento sºbre a maneira por que , mistificações, de preVenír autoridades mms &: multares,
,

Chefe de Po-
—-c0n.duz'iu & “polícia pernambucana. : "'º-nobedecessem detemúnações diretas minhas, do
Também do mesmo discurso consta minha resposta a , e do Comandante da Polícia Militar. ,
;
' Lembro—me de haver mostrado ao nosso amigo Jose Mara-
-

[telegrama que me passara odeputado Rego Barros, para _


ava
ao deputado Suassuna sobre a prisão de parentes deste em S __'_ . " uma carta de seu sobrinho Epitácio, na qual reclam
ira; mas/n ão me recor—
.

José do Egito. () rigor da fiscaliz ação da fronte


Expliquei que estes haviam “Si-dO. preso-s quandoí armados ªªdo se dela aquele amigo extraiu cópza, tambem uma lhe re—
mtmiciados tentavam “átravessar & fronteira em direção a . * agora. , . “
houve descan so, mas es—
casa, e pedi para ponderar ao deputado Suassuna & n: Vê asSím () Dr. Epitácio que não
.

de f-aconselfhar 08 membros «de sua família e amigos refugiadgísê. é cuidado em fazer cump rir as- orden s dadas ,, desde que
--alí' & se manterem em atitude pacífica, Que outra não lhe podia ""Todíu o motim de Princesa. ' . .
expºr att?
»ser tºlerada. Ainda há no meu despacho mma referência às atl— Seria grave injustiça depois do que Ihe venho
da gemeu—_
-

tudes parciais “dº juiz de direito do cita,-dc municípiói já por mun ' A , cumplicidade de autoridades de. Pernambuco, ouPere-n
'

meus com os eleme ntos do coronel José 'a.


í

advertido, ' e a quem posteriomentez em Recife tive que ' ' '
ã
r
.

" 2%
'
r

:
*
»

,.lb

Os únicos correligionários meus, que se declararam solidá— Estava persuadido não só quando transmiti ao major Níco—

. ;
riºs com O chefe de Princesa, foram seus» sobrinhos, que não lau & instrução acima, como quando lhe respondi pelo José- Ma.

.
procederam assim por me acompanharem na política do Estado, ranhão que concederia & desejada passagem, que eSta se efe—
mas pelos seus antigos vínculos políticos e de amizade pessoal. tuaria por trechos das estradas de rodagem, que servem às fron—

#
teiras dos dois Estados, ora interessando terras de Paraíba, ora

,
.Se ao Dr. Epitácio, seu tio, e grande amigo, não foi possível

.wA
demovê—los da atitude assumida, como poderia eu obter que eles de Pernambuco.
& alterassem? Posso assegurar—lhe que nos pontos que afetam Pernambuco
A verdade, que todos atestam, é que de mim nada conse— as forças paraibanas transitaram livremente, sem o menor em—

1 3 . 3 : —
guíram, compreendendo e respeitando a minha situação. baraço da nossa parte, tendo diversas vezes penetrado emªpo—
As reclamações, que me traziam sobre o procedimento das voações pernambucanas, o que motivou diversas reclamações a
autoridades dos municípios fronteiriços, eram por mim ouvidas, mim endereçadas. _ .

<%= &'““ . u _ w â “ª m m m ú
mas jamais se molestaram quando lhes mostrava que assim se 'DBPOÍS' de esclarecido pelo Comandante da Polícia, de qqe

J
conduziam em cumprimento às minhas ordens. Ao coronel Jºsé o pedido que me dirigira ªo governo da Paraíba, não se raiana
Pereira, que muitos telegramas de queixa me _endsreçou, jamais aos citados trechos das estradas da fronteira, mas à entrada em
respondi, salvo um de felicitações, sobre a eleição de Lº de território de Pernambuco numa extensão maior de três léguas,
março. _ “ ª? “por ele advertido de que necessariamente a gente do Coronel
O policiamento na. estrada marte para a Paraíba, a cujos ri— José Pereira viria ao seu encontro, com o nsco de. deslocar-se

m.
gores se refere Dr. Epitácio, não teve em mira impedir & pas—.. a luta para o nosso Estado, resolvi, constrangidíssimo pelo que

S *
. '..“sí
sagem de armas e munições para o governo desse Estado, nem já lhe mandara dizer, desatender () pedido feito. (ão síncqro de—
foi exerciga só na aludida artéria —-— interestadual, mas também ,sejo de ser-lhe agradável fortalecido pelo conhecunento mcom—
na que liga Pernambuco & Alagoas, pois o nosso objetivo era pleto das coisas da região, e da intenção do governo da Paraíba,
vigiar asp-idas e vindas dºs oficiais revolucionários, que Viaja- #14?- gtive que antepor as obrigações do meu cargo, decidindo—me &
Vam por “ªmar até a Bahia, & saltando aí, vinham & voltavam, -—.,-'ª'ªjº' não consentir na passagem como era pretendida. .
pelo interior, do Norte e para o N orte. Pergunta 0 Dr. Epitácio como poderia a gente de José Pe—

E
Tanto era esta nossa. preocupação, que, decorrida & eleição reira atacar a força paraibana na passagem por terras de Per-
presidencial, foi suSpensa & medida., só restabelecida quando re- ?giinrambuco, se a linha divisória estava. de fato ocupada pelas tro-
crudesceram as atividades rebeldes.. pas pernambucanas. ” , 1 ,
A polícia de Pernambuco conhecia em Recife os agentes das " Antes de responder, cumpre acentuar que nao .e 'posgnvel
autoridades da Paraíba incumbidos de adquirir munições, 6 mm- ==:;Í-Íjícontestar que: na época em que isto ocorreu, .? faronjzeua pstrves—
ªfzf—ãªÍ—í-áse guarnecida pºr destacamentos nas suas prmc1pa1s passagens.

I
ca os incomodou, Ainda uma vez sou obrigado & afirmar-Ihe
que minha recusa à passagem das forças paraibanas pelo terri— "'ªªºª-ª?"-º-F'=;Basta para provei-10 () testemunho dos próprios comandantes pa-

13.1.
FW
tório de Pernambuco, depois de haver espontaneamente man— âíirfraibanos. Mas dois caminhos se deparavam aos elementos de %

dado dizer ao major Nicolau, que mediante prévio entendimento ifííbsé Pereira no objetivo de surpreenderem em “território per-
com os comandantes das colunas paraibanas poderia concedê-la, ;,___Ç-In-ambucano, ainda longe dos limites do mun1c1p1o de Prmcesg,
do que mais tarde pelo José .Maranhão também lhe dei ciên— as forças paraibanas. Ou passªr Pºr Pºntº n㺠guarnemdo, pms


cia, foi motivada pelo Íelegrama de informações, que em res— at?-fronteira é extensa, e cheia de furos. -e assim o encontro se
-' ráfia em qualquer mterferência da trºpa pernambucana; pu in—
.

posta à consulta minha, me dirigiu o coronel Wolmer da Sil—


veira, “de acordo com o Dr. Lito de 'Azevedo, Chefe de Polícia, +,?é3tir contra um dos «destacamentos desta onde julgasse mals prt?—
que ambos, então, se achavam na fronteira para apurar em in- p1c10, procurando submetê-Io ou desbaratá—lo, o gue não sena
quérito & atoarda de que elementos da nossa polícia haviam to- ' _ífícil pela sua grande superioridade numérica, pms 688.85 “desta-


mado parte num combate travado do lado da Paraíba entre a ,áme'ntos não podiam ser ' numerosos, desde que sua mlssao— era
polícia do Estado e os amotinados de Princesa. Galizar e não combater, distribuídas nossas forças pelo-s qua-

º
um -—r—_-:f:—f.— _“tT-YnTaw ., » « "

tra grandes. municípios, que são S. José do Egito., Flores., Tfíun— _ a maiºria mi.—a,. Elites fe»
fo & Afogados da Ingazeira.
como divergência fundamental com
. .
Chada.
, _ De um ou de outro modo o choque se realizaria em terri— ] Tinham & respºnsabilidade des-sa opini㺠o: « Pre-Sideteda
tono Pernambucano, que era no que devíamos evitar. Câmara., Dr. Rego Barros, 0 meu 811965801“ eleitº, Sºnadcfflâ⪠.!
Amda uma terceira hipótese era possível: ficar () destaca— Maria Bello, & o líder da bancada, deputado Aníbal Freire.. '
mento pernambucano colºcadº entre a polícia “da Paraíba e a :. Cumpria—me pesá—ía devidamente. ' É.
.__
..?-' gÉnte d? coronel José Pereira, contingência em qua certamente? _ Sobretudo impressionOu-me & situação da deputada Rege
nao sena respeitado pelos contendores, dominado—s pelo ódio e Barrºs, que muito me constrangeria Vie—sse a ter prejudioàãâ' &-
. “É!
«
sedentos de vingança. ' sua reeleição, se prevalecesse o meu parecer. Tive assímv gue
.;,
1 Sem querer investigar a diretriz do Governo Federal no. caso replicar—lhes vencido, mas obtemperando que se ia praticar um
! da Paraíba, pos-so entretanto assegurar—lhe que do Rio nunca grave. erro. Sempre me manifestei por uma solução concilia-
EI?
:$;
kg» _me foi feito nenhum pedido ou mesmo simples sugestão no to— “' Ítória na sucessão presidencial; e impossibilitada esta em mais
'é.
ªi- cªnte à. conduta por mim mantida, desde o ' primeiro. momento “de uma manifestação pública, como num telegrama que exp-edi
.fj,
E.
Ich-ante, dos ].utuosos fatos ali ocorridos. Isto mesmo mandei dize;- ;ao—Dr. Júlio Prestes depois de apurado () resultado da eleição de
,.“,
“F! ao deputado Aníbal Freire em telegrama que foi lido na Câ—é '.1.º de março, preconizei & necessidade do apaziguamento.
,; mara, contestando assertiva em confrário do deputado Maurício
n
,;
.» ' Este capítulo é longo, e ,só pessoalmente poderíamos des—-
. '?
,.É'v
de Lacerda.. *
-;::, &— . trinçá—Io. .
;;] Está ªssim demonstrado que não nos associamos à obra que
”“T—
, . .g.
i
o Dr. Epitácio chama de víndita contra a situação 3paraibana, " Narra—Ihe toda a verdade para que veja que não ma esca-
assnn como haver a polícia pernambucana desempenhado »Iisàà tfpou & clamorosa injustiça iminente contra a Paraíba que era

mente _a função que lhaªfoi ordenada. a—Ía'o mesmo tempo contraproducente e de funestas conseqííências
, * "para a maioria diante da sã opinião do país.
ReEferíndo—se à atitude da bancada de Pernambuco no re—
.
-

conhecnnento de poderes, dá—me o Dr. Epitácio oportunidade . Poderia ter resistido aos meus amigos. Não me exime dessa
«
“ [ &

de, expor—lhe como então ,procedi. "º-culpa, nem da responsabilidade decorrente, Mas convindo em
.
5

Egtava certo que O“ critério dos diplomas, contra o qual me. catar & deliberação geral, que já tinha aproveitado a alguns
Insurg1 desde a legislatura“ passada., não "seria adotado na cons ;".Candídatos oposicionistas, e na legislatura anterior merecem tam-
9

' tituição da atual. Tém o placer da representação da Paraíba, não () fiz-'para servir
p

, Em abril de 29, Visitando em Petrópolis o Presidente da Re—ͪ' à ódio do Presidente da República, mas para não ' criar diver—
5

1111

pubílca, conversamos & respeito e eu lhe exprimi minha impug— ºências no seio dos meus próprios amigos. "
naçao, apontando as, graves injustiças ao meu influxo. efetivadas f Na votação do parecer sobre as eleições da Paraíba três
w 5
mau

iasdepurações de João Guimarães e Marcelino Machado ambos? ídeputados pernambucanos votaram contra exatamente porque co-
"

.msofísmavelmente eleitos. ' nheciam, o meu pensamento, e a um deles, que me escreveu &
,
w 4

Del; _ouvi que fora um recurso. de ocasião por todos aceitarí espeíto, respondi: “Votou como eu votaria, se fosse deputado”.
para faqhtar a organização do Poder Legislativo. Labora em equívóco o Dr. Epitácio quando escreve que o
.
«

Logo que soube que o critério dos diplomas voltaria a pre— residente da República nunca teve pelo meu Estado, pelos
- *

vªlecer, ,telegrafeí. aos " dirigentES da bancada dizendo—lhes queºíí


.i
W

meus amigos, nem por mim o menor apreço. _


=

nao :deVLamos participar do esbulho dos, candidatos governistàs Logo no começo da legislatura passada, sem nenhuma. soli—
.
". m

da Paraíba.
»

. ítaçâo minha, o Presidente acordou em que coubesse & Pernam—


- ª “
..

Passados alguns dias recebi em ”resposta um deSpacho em ? ºilco & Presidência da Câmara dos Deputados-, e autorizou ::
,.
..

qu; me. declaravam que, examinando & simaçâO, pensav


.

ganador Anolfo. Azevedo & escrever-me comunicando-me que:


. F”

am. (me.
[aceito geralmente () cútérío dos. diplomas, «sáb 0 qªual se vinhá ária indicado para ocup-á—lo o representante do meu pensamento
“ .

'fazcndo () reconhecimento, nossa discrepância seria interpretada


:,-

; fr
_plítíco deputado Regº Barrºs. '
. :

it
.='5:- '
«g “
.

âw ,:
::
1 v

3,
' 301
, .
? ª'
.
- :g ª
,
?
»
;ªl
: ??
?
. - . >. , . _ * . . ——-.-.—-':—. __
L _.fv—á—«t

tç do; fatos - da Pªrªíbª., de


Na organização das comissões nosso Estado foi admitido tácío & posição de Pernambuço diaç Pum
em igualdade de condições com São Paulo, Minas e Rio Grande que o atentado da Confeltana Gloria *Em. uma. das .ma1s
do Sul. .

m prapcado nos um:


, _

gentãªoetãªívo dos muitos erros, que sea/tê


S .

.,.1
Dos ministérios minha administração só encontrou boa von— çq namonal, tepho m—
ta anos, em que hei colab orad o na pohh
tade e solicitude. Ainda em 1922, obtínhamos & aprovação de . qldadça que me cage,

M
um projeto de lei autorizando a prorrogação por mais 12 anos tida consciência do quinhão de responsab e falhado; 15h o nãº
estlv
do contrato do porto, a terminar ainda em 1934. servindo as diretrizes políticas, a qui:
o de que de ne1 ªªi, a;
Pessoalmente, & mim e a minha senhora, obsequiou nas três repudio, mas tranqiíiliza—mq & perguasa
sempre qogn edevahão ,.
vezes de minha estada no Rio, convidando—me & jantar em sua queles erros tive & inícía'uva, agmdo [poaçao e re ev?“
companhia. desinterésse, como em 1921, abandonando—
cmvçl vanâgâçxp pª;
Nessas condições, bem Vê o Dr. Epitácio que a informação, que era solicitado a conservar, .com. apre
pessgal, ªmar 85.1 aclªooãítar
levada ao seu conhecimento, não tem procedência, e, conhe— tica, para, por uma razão de etzca p .-
«cendo—me, deve fazer—me a justiça de me não acreditar capaz () governo do meu Estado, em que allas nao po 1a
de dar provas de deferência & .quem iguais mas não tribute.
i—lhe parana nossa bém—.
Aliás, minhas relações com o Dr. Washington Luís são an— conhªãªê de me chegar sua carta, envie
mbargador Joao.Paes'Msot I;:
tl'gas, desde que ele era ainda prefeito de São Paulo, e entre as ; baixada em Paris o relatório do dese eg;
qual foram ouwdgs .
mostras de apreço, que em várias épocas me foram testemu— o assassinato do Dr. João Pessoa, no uma refer enm a p
ar nenh
nhadas, algumas bem significativas dele partiram. temunhas, não se deixando de apur
Voltando ao atentado de 26 de julho, ainda desejo dizer—
meu ggvemq, enpessoas lr?—
lhe que. ao ser enviado à Câmara o pedido de licença para 0 elas (gigas muitos adversários do
uma mvestlgaçgo comp e .a
processo do malogrado deputado Suassuna, telegrafei ao líder i;, quisitadas da Paraíba, procedeu—se &
o precederam e cercaram;1
da bancada dizendo—lhe que,- fosse qual fosse a orientação da sobre o crime e as circunstâncigs, que
o rpçs mo uma dolortostât e sseem
maioria,. a nossa bancada deveria concedê—la, para o que um 5- resultando & certeza de haver ado
cas do "seu Es & mhádo
dos dois deputados , pernambucanos, membros da comissão de vagem conseqííêncía das paixões polm
nha,. a nao ser o cun
justiça, deveria pedir vista, se o parecer fosse pela denegação. interferência de nenhuma pessoa estra
Respondeu—me alguns dias depois o Dr. Aníbal Freire, que],—
na exposição de suas queÉ-v
a questão. era fechada & concessão da licença, e massas condi- dº %Egâdªrúesma lealdade, que pôs
aguardando quett'as aexpu;
ções sugeria-me & abstenção da bancada, sendo impressão geral xas, redigi & resposta, que lhe devo,
ar—me & sua. es ”lm _, q
dos nossos amigos que não havia no inquérito provas conclu— cações transmitidas bastem garauízâgâírv . *
tido & reocu ação e c .
dentes contra O deputado Suassuna. — me exp-m mc no fech o
ranç a à que
Não me conformei, e retruqueí não concordar em que 0—3 tenheàlimentanlão idêªtica espe .
_ e Colega Atº e.. Am?
de sua carta, subscrevo m
. .
assunto fosse colocado no terreno político; que o juiz amenas fª;
declaram diante dos indícios aburados que o deputado Suas— :;
(as.) ESTÁCIO COIMBRA”
suma carecia defender-se, sendo de esperar que, se na formação
da culpa novas provas não surgissem. viesse ele a ser inapto—'?
nunciado; que & denegação da licença importaria em prévia sen—,
tença absolutóría, o que ímnressíonaríà mal; que tínhamos na,-.a, Surpresa 6 M ágOa
hipótese,responsabilidades diretas por haver o crime ocorrido em
oa,, ciuja' resposta _a.
Recife; que era obrigação da bancada prestigiar a ação da íusti-Ãlg, É a seguinte a carta de Epitácio Pess
pemntlu quase (1018
ça do Estado, incumbida de apurar a culpa dos resnonsáveis.. astenia gripal de Estácio Coimbra somente do
anços de bordo
Da narração detalhada, que lhe faço, e não é mais desen+-,,..
;;;-iªi meses depois dº recebida, e durante os bal
volvida pelas condições, em que lhe escrevo, julgará o Dr. ' Epifj-K Belle Lille:
1 -. .
F.;,
* “Em 091171690 deste mês . (agºstº)
ªdo de Paus, um longo telegram-a recebi em Hayaº transam? mif ª sua m'
gucunstancias que criaram
em que o Sr. Cºmunic—am às nhar .o seu descanso, j à que não me» é dado Pfªªu
”soa, as cautelas
assassmio do Presidente
João Pés- potência, diante da cumplicidade de autoridades suas e' dê; É ªº?
religionários seus, empenhados em sustentar contra um governa
legal uma sedição cujos elementos, na sua quase totalidade, “ª“; ,
recrutados entre os mais execráveis celerado-s, como acabam iae;
atestar os crimes de toda a sorte por eles perpetrados “no tem-
tórío do meu Estado, De que valeram os 500 soldados pernam-
& um dos meus secretários bucanos espalhados pela frºnteira? Os seus comandantes nunca
o cuidado de respon—
pesar que então recebí. En— impediram ou embaraçaram sequer a corrente dos socorros envia-—
bes
.* se, .&quele que o Sr.
dos à sedição durante 150 dias seguidos. Nunca tiveram ªàli. os
' 'gzr
me dm ' a, Ora ' , revendo agora neste mesmos rigores dos _que guardavam! as estradas que ligam as;
lugarejo, onde vim
, .. rep. ousar algum tem
_ , po e aguard ar & convo— capitais dos dois Estados e pelas quais, contra, os desejos do
ana da Corte, () arqulvo Presidente da República, podia talvez passar alguma munição.
que aquele meu auxi—
para _ o governo constitucional da Paraíba. . . A diligência deles
manifestou—se apenas- na OpDSíç-㺠feita à passagem das forças.
paraibanas por uma nesga do território de Pernambuco, Sob io
pretexto, que vale por uma confissão, de que a luta se poderia
deslocar para esse território, de onde se colige que a fronteira,
fechada aí à polícia da Paraíba, se conservava, entretanto, aber—
ta aos bandoleiros! Como poderiam estes, com efeito,- atacar a
força paraibana na passagem. por terras de Pernambuco, se a
linha divisória estivesse de fato ocupada por tropasº pernambu—
canas? O resultado de tudo isso foi o que vimos —— de um
naªfã
ªa ' âªa
'- a ªm tqdla & par-te sem ,
a mínima reserva, com & ame lado, o Governo Federal, inspirado por uma mentalidade de bu—
. | , - . e . po—
, ' os . em
_ ” prá 'a gre, em cujos .desvãos sombrios ainda não lograram penetrar
ãrânhafe ª1amentawslpitiríase“) , tica na pnm ' elra
' oc"asião. 'Tão es—_ '
, , au ondade pohcml. 'Ma
pode ser levada à conta. de inép nem mesmo as mais rudimentares noções do regime, a fazer o-
s bum fato apresent cia
bloqueio. do Estado em benefício dos agressores “da sua ordem
legal; do outro lado as autoridades e os amigos do governo de
Pemambucb & sec-andar os esforços dessa miserável Vingança,
fornecendo aos desordeiros, sob as vistas complacentes de 500
soldados de polícia, todos os elementos de luta! Não posso dis-—
simular a minha surpresa e a minha mágoa em face dessa ines—
o teria cometido, confiado perada e dolorosa coincidência. Ela não constitui, aliás, a única
desilusão que este ano me veio de Pernambuco. Quando, por
afaram em qualifiôar de político o crime de ocasião do reconhecimento de poderes dos candidatos da Paraí-
Montes Claros Ora, mater ba, eu vi os deputados e senadores pernambucanos que abade-'
ialgente & gedição de Princes
iodo 0 tempo de sua duraç a Viveu
ao excluswamente dos aux »_ cem à sua direção, porem—se —-- contra a evidência dos fatos,
dphelro, generos, roupas, ílios ——
calçados, armas e munições contra a lei insofismável, contra todos os ditames da moral e os
. —— for—
. ,o gov-em . bu CD ou atm
.to» ,que " de Pernambuco
,, Vês v -
N'“ .
? prºtestos da própria cons-ciência —— ao serviço incondicional do
ond-o Sr. fos's'e na real " ódio do Presidente da República, que no fundo, nunca teve por
«Bailadº idade e de '
ânimo ªo acredi—
del
iberado
ãe Jos”& P.rar-eira; mas sou lev eles nem pelo Estado, nem pelo senhor o mínimo apreço, .con—
ado “a admitir de estra—
íesso - que me Vi invadido por um profundo. sentimento. de tri-s—
._.. ——Í—.—-——a2.u_

teza e de descrença. Tratava—se


de um Estado que era para
mim bra. Sinto—me em condições de defendê—lo por vários motivos:
ovemador que por mais de
Uma por ter. conhecido sua ascensão política durante anos e anos, a
sua integridade moral e política e também pelo fato de nunca
ter sido político.

-
Como disse o ilustre sociólogo e brilhante jornalista Gilber—

.J
h _ .. —1he estas qmai— to Freyre, Estácio Coimbra teve em suas mãos a Presidência da


or exphcaço-es que lhe tira República, oferecida, verdade que em circunstâncias especiais,

K
ssem

r
por dois emissários ”dos chefes da Aliança Liberal, Antônio Car-

[
los e Getúlio Vargas, desde que se afastasse () Sr. Júlio Pregtes,
, _ , —— (a) —— Epitácio Pessoa A resposta de Estácio & essa consulta foi esta: “Os meus
.


.

(Dzárzo. de. Pernambuco amigos estão com o Presidente Washington Luís”.


, . y . ..* . ;.?: . . .*"-4 '_ ..."_.; ..' .'-.u..z.,| l_; M; . ;. .l _.. ;-

—— Recife, 9-3Á1932.)i
Dificilmente ºutro homem público brasileiro teria aquela ati—
tude., Caído em 30, não lembrou ao's vitoriosos aqu-ela alternativa.
Filho de Estácio Coimbra De
fende a Civismo do Pa'z'
“ « «r. *"

.
. A
; k. A
_ . _« . H . : —
+ .*w-, . . . _ , ._* “, f, ._g

. . .. . “ , _
&
Os Fatos da História
, w , _i . < . —

Emªcs, um dos filhos— do


Díárz' _ . . . , stamo Cºimbra escreve
an.—-

s..»x5%&€níun
ao
.

retilíxfeopaga ressªlfaxf & m'te


"
ªr ' --“ "ã Wâ — ' _ ' . '

gndade moral &: políticªa, O Conta, a seguir, o Dr. João Coimbra:


: . . _ — . - ,. ?v"1. _d

a
pax... . _ o espanto coraJoso que fora caráter-

(MÁ
m característi cas de seu “Vamos aos fatos políticos, cºmeçando por 1911. Existiam ,
—í ' ªru —

' fem Pernambuco, naquela época, dois partidos: o Republicano,


r '*
, .' !T '__ . 7 . ' r»_

beu depºunento con


testa os pontos básicos de que em chefe o conselheiro Rosa e Silva, e o oposicionista,
_-

que. recÉntemente publicamo “ da reportagem


s, sob o título _ Fatos inédito , cujo lema não. lembro. As condições eleitorais do partido da opo-
. ;, - ;' 1.i ' —m

Re voluçã
o de 30 em Pernambuc s da
F; .“ J .;_ .,_.. .- q".;x'_! v—

o” de antena do escrito sição eram mínimas. A prova disso era“ o número insignificante
qmm Inclosa, que, tendo viv
.
.

r Joa—

'
.

ido nos
,

de deputados que elegia. Para uma bancada numerosa, “elegia


.“ . *w“ ._. ._A —

dois deputados, ainda sob o sistema do rodízio. Foi então que


-

se lembraram os oposicionistas de levantar a candidatura. de um


. . _ .
V

general pernambucano, general Dantas Barreto, se não me en—'


cessos de 1930. gano Ministro da. Guerra do Marechal Hermes da Fonseca, Pre-
-
- n.

» sidente da República. Era comandante da Região o general Car-—

M
_ .h

los Pinto. Por doença, afasta—se do governo o Dr. Herculano


.

-' Bandeira, sendo substituído pelo substituto legal, Dr. Estácio


*

O Depoimento—do Filho
Coimbra. Foi candidato do PR o conselheiro Rosa e Silva.
'n*

Procedidas as eleições, foi vitorioso Rosa e Silva, com o


., Na sua carta vao Dian " que a ºposição não se conformou. Daí & premeditada, interven—
"

-_o de Pernambuco, escreve

-
Joao Coimbra: o industrial ção federal. Até que a situação política o permitisse, manteve-se
SCN—'
puloso fªzePrOdâ-“asnmlr apanaglo
a v . v ' l
.
O . histórica e bravamente no goVerrio, Estácio Coimbra, até que
memória d para Jornalista pouco escru— verificasse & impossibilidade de nele permanecer. N ão daria posse
omca sobre:, assunto que des
conhece ªferíndo & ao candidato derrotado, da Oposição, já com maioria no Con-
- º um homem Pªbhco do porte de um“ Esgácio

»
Coim- gresso, face às adesões que vinha recebendo. Inúmeros fatos

u
W

'
ªte-33235102: “bravura &: íntgepídez do
. q
governador.. Entre “eles - '
correu com () ajudante-de—orde Spam as suas propriedades agrícolas;. Dentre as , f a m º s a s í.__ªí-_-
ns. . . ªfíensores da candidatura Dantas Barreto figurava () ardemso 3319.
_. ºgaiaíista Trajano Chacon que, decorrido um ano e pgucgªjá na]: _
;ZãgSZSSÍ—eãªâª Pªís: Pºr mas de uma vez, balas haviam escrevia contra . o governador, violentamente,. Esse adorada-;;??? '
.um (31 - 011. 6 se encontrava, ao que O Governadºr ='
[j;feiaaíísta, batendo—sse por Dantas Barreto, pedira em praça-& púhca
g n 6 O pêlos braços, eXCIam-Ou; __ “se eStáS CO : ...a cabeça de Rosa e Silva e, na ausência desse, que se. amigª,
"fikava no Rio ou na Europa, que fosse sacrificado Estácio C a -
para a tua casa?. O ºf—ͺíªl, também intrépido e 521131550 % ra. Desgraçadamente, & Vítima, por trucidamento- & can-0 & feriª,
para lutar em plena rua ;Í'ÍÍ'ª—Íoi () “próprio infortunado Trajano Chacon. -
, no que foi oBstado pel . . v ' ª
Palácio. Isto é real! as. pessoas de» Em men-os de dºis anos arrefecm em Pernambucº (; entu—
Ãijs'iasmo pelo general Dantas Barreto: —— o assassinato de Trajano
Míª-Glama ecºam profundameúte. na ºpinião pública.. 7
A situação militar e política ara acintosa, característica de
gama real. intervenção militar. N a residência de meu avô, Dr...
“ Ç'Zí-oão Coimbra, não se abria uma janela sem que surgissem apon—
naquela conjuntura um '
, , , '
pe nena—name . ' . . - ' ,Í_'ftados para ali os fuzis de comparsas de um ardoroso. adepto do
gêmmgldíº Figueiredo, qAntônio Gãgçªlôvãsmll⪪egªncãeghªfª ' eneral Dantas Barreto, logo depois transformado em senador
"sete araes, ª Poucos outros " ' "» '» ª ' e & Ec- ». , . arma a' e iam às 'anelas do último an—
. , em numero nao Slipenor & seis. _' ] "ªgir Fàop 135512110 Egª: cªupâdopªíg A prt-,,]wve'm
3%. . . . . . . ' _ . 1 . , N L, , . __ . . .. :

já.-'.L ta soªsêlaããââ que º V31110 Diário de gum-Ida & reportagem des ._- Meu ao, Dr. Joa-o Cmmbra, fo1 alvejado quando debruça—
%âl n 0meu
reu Ta,-lho em as 5ªªª editªi-“:s
" de 1911 relatam tudo que ocor—" ' «da “& turfa: das varanda,., do» _ segundo andar. Fehzmente,
- ' - com
.., po er wanas cartas do grande Jomahsta que: v-lLlltâ fehmdade para ele, pms & bala alcançowlhe o salto de
b u s c a ra 0 131111
' 16e
' "& VISltar e nm dos sapato-s.”?
entrew.star.
* '
;Ziªnãªigeram heis ao Parado Republicano Viver
dias am aqueles que
de ill-Segurança;, . _
& ªlturma dº gºVêmO chamado 0 Pessoal d L , - ._ . .
% eràcarregado de surfar os marretas (ros1stas') "Efa mufm enãº? O Últimº Estaázsta
; 21 O fiéis
ram O numero de deªªªagããcaenãârehglonános Que se mtlveT
ao Partido re ” 'A _ ,
; ” - Acrescenta o Dr. João Coimbra;
r . . “Regressando & Pernªmbuco em; 1913, fqi Estácio Çoímbra '
N A S aida ,_ 'L-çrecebldo sob grande. entuSIasmo-. Veja—se & criªção do Dzária da— )
gi ' ,. ' -='_'f;jquela data. Não sel como o segundo &: temeu-o andares do an—
,; ' ".,gjtigo 13, da rua da Aurora, residência do meu” avô Dr. João (
. =: > ' ' Í ;_;.Coimbra, já hoje demolido, onde se manteve durante vários anos *
if; tas Bªªgiªªgªºvâãaââmãªos (1111; dariam posse ao general Dang??? ja firma_lRezenblit, pôde.. resistix: à presença de tanta gente. Não '
r .a dia, Não transmitindo, o % cerco, de Pernambucg, crescia . , beam & os fatos: em 1916. f01 o general Dantas Bairrão subs— [
É que aguardana ao entao G Ogvevernâ) ao gençral Dantas Barreto, () __;j=;.jt_1,tu1do no .govemoyelo Dr. Manoel Borba., seu pêrçldano: com . = :
JI rna or Estacm Counbraº — O que" o qual bngou, mundo—se ao subchefe rosmta Estacao Combra. _ '
Vi“g oros
- , e Jor
'. . nah'sta Tra
' jan
-. , o ' - ;;;-for essa ocasião, beberam champanha. Mas não foi Estácio Coim—
É”
4

Chacon. Decidiu
O

—se () Dr Está-cidª— â casa. de Dantas Barreto,, deu—se o contrário. Com Dantas


ª.

- a
m

SED
&)

O
*;
H
º.

' ' “
governo, Viªjªndo de 'barcaça para Barreiros.“,fjf; .f.u..;B'arret0 vieram fortalecer o partido rºs-ista elementos da primei—
.

'
i
í.
a
-
, '— '-.-'..u.-> . . , . __ zur—“f...
7:

;;: &. >." :. L u :


" ª ' ”ª“ ' [Zhi—'n㺔-'ª— " " :'.*_'..'_í',.".;_'-'_

ra ordem: os Rodolfo Araújo, os Rangel Moreira, Souto Filho Tocante Cºnfissão


e a família Dourado e outros elementos da escol.
Nenhum homem público brasileiro soube manter uma com— ito e historiador Gláucio Veí-
O advogado, prqfesso r de Dire
dição política mais nobre do que Estácio Coimbra. Era portador I-Iistóríco e Arqueológico de Perna-ã—
nato de uma personalidade ímpar. Saberia receber um rei, como ga, membro do «Instltuto ” conhecia_ & cart, a .» e '.
' SO da Revoluçao
UdIO " de 30, nao
n
sabia receber o mais rude trabalhador rural. É preciso que a reportagem do escritor Joaquu
geração atual pernambucana conheça os seus homens públicos %%Ígéioesêoímbra divulgada na “
' a, A ro osfc ' ' o escreveg go Diária: pela ?:;g e
já desaparecidos. rzo de Perznavn bucc :
IHOJCZªSQuero ppafabeniªzar () Dzá
Diante dos ataques de um jornalista ignorante dos aconte—
Joa quim Ino josa, pubhçada hºje.-CO?SIÓ.8£0
lente reportagem de
cimentos, sínto-me compensado e confortado pelas manifesta— do Belle Lille da mas & ta lm-
o dºcumento redigido abo rdo
o

ções que ouço, vez por outra, de pessoas de Várias condições .


e para mun
reta anda Revoluçao de 30,
_ N
;—

sociais. Já... ouvi várias vezes: —— “Foi o último estadista per- * portância para ,a ' um curs o sobre a
mte rpo som
and º ando notas para
nambucano”. Visitando um antigo serviçal no Pedro 11, ao en— veio & calhar—pois
trar na enfermaria, fui abordado por ilustre médico, recifense, ] mesma. ' " ' bra obrí a—me & uma reformula—
sobre o que desejava. Contei—lhe ao que ia. Deu—me as melhores A Cªrtª de EStªClO Conn
aqu ele líder
gpolítico & ex.-governador
notícias do Operado que o fora por ele. Chamou—me então para ção do meu conceito sobre
sentar, mantendo comigo rápidaªconversa. Foram suas essas pa— de Pernambuco. e a responsabilidade que
Esªfáçlo
lavras: —— “Seu pai me conhecia. Quero dizer-lhe que fui revo— ' Não deixou de ser tocant os, segundo suas palavrª?», pra—
ffassumiu quanto aos erros
polític
lucionário em 1930, mas reconheço hoje o meu erro. Os verda— mca na—
aos trinta ano s em que hei colaborado na pol
deiros homens do Brasil eram seu pai e os outros políticºs ." ticados
brasileiros daquela época”. ' cíonalº. a' & pnm ' a de uma seu
' en' ' " a. In—
Não sei se a reportagem ser con tinu idad e e diw âga çao aos
i-a. que 11101053. desse
teressante ser em seu pc er.
'
r acaso ex1' stentes
ª documentos, ainda, po ”.
Um Episódio Um abraço do Gláucm Veiga —— Recife,, 2—4—1972.)
(Diário de Pernambuco

“Quero, finalmente, oferecer minha repulsa mais veemente,


ao que disse o jornalista quanto & interpelação que eu fizera ao
X

Inofbsa, Confirm . das Fugas: de


. a Fatos
Governador no porta de Gravatá, em Barreiros. Essa interpe- ? Estácio Cozmbm
lação mentirosa só cabível na mente de um anormal, não & t'a—
ría ao meu pai e creio que nenhum amigo ou mesmo inimigo a
Coim—
flzesse. Estácio Coimbra sabia impor—se. Sua presença era re- . ».» - terta ão do industrial João atitude
.
Pubhcou º Dzarzo uma com :, ç Inojosa sobre a
verenciada e respeitada. A minha formação moral, o meu res— à re ortagem dº escritºf.3ºªqmm ão de
peito filial, não me. permitiram fazer-lhe perguntas ou objeções. ' " dªma ex—goÉ/emador Estácio Cambra: em fa?º dª 3 132121311 Ino-
Em Gravatá, onde fui encontrá—lo, beijei—lhe & mão e o abracei " ªªª?íª1930. Do Rio de Janeiro, ºnª-,ª rºsªdª. amou-nºm ue reafirma
temamente.
"312953 os comentários que ªbªixº Púbh—canãos, aeresgectiva fonte,
Foi exclusivamente "o que aconteceu. Não há homem que ' jldº, º (ªltª—ã º a entrevista do Sr.
“ê“«fudo quanto descreveu, sojallet
me desminta, pois estaria incorrendo em mentira.. Sobre 1930,
_, . -8. O a , . ..
brilhante jornalista dirá novamente e brevemente o que se pas— a. do pau ao
ter conhecimento da chegad
sou naqueles dias tumultuosos” —-— disse, finalizando o industrial ãªâªdgogâbêãáaªg? flag)
João Coimbra. , iii.
» de Gravatá.
, ' 311”
sw
íntima,. 5154“ tudo
Carta de meios-a: de dois estados,. Integradº, então, 'no parentffsco PIºYldªªçªFÉSi
lro? dªs
“Ao concluir a leitura do depoimgmo do industrial Jo㺠participou, inclusive-, já aqui 130 Rm de Jariae ?Éere gse, .nesâç
15, Seu
Coimbra sobre & reportagem “Fa-tºs Inéditos da Revolução de: do seu retorno ao Brasil, (1013 anos (18943 dªdºª
com & neces saria? hfíÉ'h
3-0 em Pçmambuco”, verifiquêi que de quantos episódios havia instante, está em descrever os fatçs paãumparvam,
fixação do perfil dps que deles
descrito, somente um fora contestado: o do recado de João indispensável na
narram () porme—
Coimbra com & exclamação: —— “Que precipitação danada foi prestando um depoimento pessoal mas do _ que ». , ,
essa.?” (. . .) “com & repulsa mais veemente ao que disse- o jor— es históricos.
, ,
due—dum: desta “leitura-_,, e de
nalista quantº à interpelação que eu fizera ao governador na nor Sobretudo () que o leito.:: . vai
e que, em famí11a,,ga- se.
porto de Gravatá, em Barreiros” (Sic). ' como despistaºr aum-ridade pohmal, desd
Acontece, porém, que eu jamais afirmei isso. O que escre— torne. indevassável um “segredo. . .
vi foi simplesmente que ao emissário enviado por Estácio 'ao
encontro dos filhos, em Barreiros, Jaime correspondeu com o
dinheiro que conseguira arranjar, num domingo, pela cidade, ao O Primeiro Esconderijo
passo que . ..“do filho Jºão a moeda fora este recado: Por
que fugiram. . . que precipitação danada foi essa. . .?” '
“Recado”, isto 6, “comunicação verbal”, difere por completo jornª falange-gagª
A publicação dêste “telegramª, po; up;
de “interpelação pessoa ”. É, mesmo, o seu contrário. onosa, was:, atÍJnuar de
do Recife, no mês da revoluçao vgªg essoa
O episódio, igualmente, não fora inventado pelo cronista, lhares de Joao
caso em que poderia merecer & pecha de mentira.. Acha—se ele
pouco a tensão emocional dºs 'fam
mencionado no livro de memórias do próprio emissário, Elpídio Quelíêímeçou a punição dos comparsa? da mazorcci de frzncescal?
Branco, Memórias brancas —— ed. Recife; 1963, com alguns por— () Sr. Jºãº Pessoa '» e-
menores; com/ªindo acentuar que no final do período em que Foi preso e remetido para o Rw . e
.
.

resumo a cena pitoresca, pode ler-se: “sic: EB”, 0 que. sig— « uezro Sr. 13 qª
a, esta cap1ta1, o
Q Riª, 25 —— Chegou hoje, preso,
.—
u

nifica: “dirija-se ao ,.autor”, pois está entre asp-as. O “autor”, fomemdo arma s 'e man go.-
n

Pessoa de Queiroz, acusado de ter


g- —

companheiro de. Estácio Coimbra a bordo do rebocador, des- : . .


Greve o incidente como “testemunha” audiovisual. . . aos can aceito-s de Princ esa.
601
A

ão (3113 31165 1— 3333


No mais, quero acentuar que não ,me preocupóu ferir a Cheggado o acusado à preg-ença do. capit
ao Che- fe de Pov 018,53 .” .
.

memória do c);—governador Estácio Coimbra, sem dúvida um delegado aux iliar, este () enV1 ou_
dando às suas 01" ans. .
político de larga projeção na Velha República. Mas os homens , Sotero de Menezes, o qual () demon 30.) _ " J , O
públicos estão sujaitos, pelos atos que praticam, ao julgamento (Diário da Man hã —- Recife, 26-19—19
. Era o mmao dªªíiaf
constante da crítica e & revisões históricas permanentes. Havia, no despacho, unª eqmvoco
a 'de nomebpzâra deqluma
História é história e contra fatos não há argumentos”. comparsa preso. Servira, porçm, ga ”troc r-a &) Je. o P—aràíba
A

pflsf ao se tgma
- (Diário de Pernambuco —— Recife, 21—4-1972.) & atenção pública daquele cuja ,
de dom esta. os -——: _
caçada mºnstro por parte da pohçla narª
ridades, cedsox Morªadês,
«;

e Pernambuco. Entaum as autº


se deix, aram iíudír —— refiro—me , pelo menos, as .do .ec—e
, .. , e , .| .. ?
II” —— A Fuga Dramática de João“ Pessºa de Queiroz . .
contmuaram na fama surpleendent
. . .
. “_
1h—

mamas. da fam ílla


Depois' da Revalução de 3 O Naquele instante, somente. os mais
deir o. Pas sados quª tro écãgçêmos, vou &.m o
conheciam () para ito., . ., . ,
- e desb _
" .ódio
" ravar o_ epzs , in
ano de boca re e 311111350 de Iotse i PÉ.
com pad
- Sente—se o autor desta repqxtagem & Cavaleiro para narrar, p Em 0 Sr.. Pessoa de Quelroz .a» o.
de Prmcesa. De
tm poménmes, 'como se verifimu .a fuga, para a Eurºpa, de, j reira e o,. seu incentivador-mor na luta
I

Jºão “Pessoa. de. Queiroz,. durante três meses.- caçado pela polícia
313
-
Í
L
_
dem se extremara na solidariedade e se envolvem na

L
contenda rentes próximos, era cuidadosamente vigiado. Resolveu—se en—
que até lhe atribuíam co—particípação no assassínio do

'
prímc; tão correr o risco de mandar buscá—lo, o que constitui () segun—

K
Presidente“ João Pessoa. (Seria, posteriormente,
denunciado como do e curioso capítulo desta hlstória sherloquiana.

J
ef)—.autor; mas impronunciado no final do ruidoso
processo.) Re—

'
31d1a & uns 300 metros do Quartel da Soledade.
Na madrugada

D
«de 4 de outubro de 1930, ao ouvir os primeiros
tiros, tratou de

'
alcançar a sua fábrica na AV. Visconde de Suass Um Passo &. Retaguarda!

L
una. De lá ru—
mou para. Boa Viagem, & encontrar-se com a

I
família, na ,casa
de veranelo de um dos genros. As 8 horas e pouco

'
, porém re—
solveu regressar à cidade, visitando o Governado Quando, no dia 5 de outubro, um grupo de populare-g se

L
r Estácio Cãim—
bra, . Éle quem solicitou 200 homens devidamen aproximava para incendiar & fábrica de. tecidos do Sr. João Pes-'

L
te armados &
soa de Queiroz, tal qual havia feito com a residência particular,

L
mumcmdps, para a retomada do Quartel da
Soledade baluarte
e a d0'írmão José, surpreendeu-se com uma guarda do exército

'
fia rebel'lão. Diante da negativa do chefe do
Executivo e da

L
Émpogsmlhdade de permanecer nos escritórios no seu portão de entrada. É que as oficinas tinham sido requi—
da fábrica ,voltc'u

v
a praia de Boa Viagem, realizando trajeto um sitadas pelos revolucionários. Dírigia & tropa de ocupação o ofí—
pouco longo pela

'
Estrada dos_ Remédios, quase segurado por algun cial capitão José Lima, que, dias depois, atendendo a pedidos

l
s populares,exal— dos próprios operários, se interessaria para que voltasse a in—
gados. Çpnsxderandp perdida a situação, e atend

A
endo & conselho dústria & funcionar, entrando em contato com um dos genres do
Tªl—ªªlàlíres, sçgmq, em Vlagem acidentada,

'
para a Usina Santa industrial ausente, substituta na direção dos negócios. De tal
. , no Interlar do Estado, onde se encontrava
Justamentç. Ihe anunciavam & prisão no Rio quando ordem, com o transcorrer do tempo, com ele se identificou, que,
de Janeiro.

U
à contingência de se ir ao encontro do evadido, não houve se.—
Ocupa'va o. cargo de gerente daquela usina
() irmão Romeu não como levar—lhe ao conhecimento da situação, em começo, e
Pessoa de QUGII'OZ, mas logo após a Vitória
do movimento de próprio esconderijo, logo depois. Naquele instante , o capitão
outubrª'o no Recife, os americanos & ocup
aram arvorando & Lima,“ sem quebra dos seus ideais de revolucionário, se havia
bandeilra dos Estados Unidos, para se garantiremy
de seus crédi— posto bem a par da realidade dos fatos, isto é, que se tratava
tos totecârios, receosos de depredações ou de assunto sem implicações com a revolução, nada podendo jus-
incêndios das ins—
talações.
tificar () destino que fatalmente seª reservaría ao industrial caso
. Ignoravam, entanto, que num quase mocambo viessem & prendê-lo. E se dÍSpusera & conduzi—lo, de volta, “para
de mata vi—
zmha, t_er.1do por companheiro um crioulo, de aquele que Séria o seu mais importante e ousado esconderijo.
fidelidade canina
se hoísnlzlava () mais procurado.. . . criminoso Pois com essa comparsaria, fácil aos familiares foi o conseguir
de guerra da re:»
voluçao naquelas paragens nordestinas. dos maiorais do Convento do Carmo, em pleno coração da ci—
.
. Enquanto lâso, no Recife a polícia invadia dade, pela bondade de Frei Elias, que uma cela bem mais con—
até as casas par—
t1c311_ares, no afa de encontrar o desaparecido fortável substituísse o modesto e insalubre refúgio das matas da
personagem, e os
Eªauços da barra acíompanhavam Qs navios Usina Santa Terezinha. Chofer de confiança para a empreitada
até ao limite de: os
- erar, quando entao 'reahzavam & última não falta—va, e para isto já servia ao capitão: era o José Andra—
busca, semelhante—
menfe ao que se" ”fama «em todos ,os automóveis de Lima," que, “com o companheiro Chico +— Francisco de Lima
que deixassem
& eldade ou nela penetrassem. e Silva —, formavam a discreta dupla do volante. de servidores
» _ Em_f1ns de ngvçmbro chegou-nos & notíc da família, senhores do grande segredo. E numa tranqiiila ma—
ia de que era pre—
121380 ÉIIVIElr/âlm medlco de confiança à Usin drugada de fins de novembro de 1930, quando um automóvel,
a, pois não passava
. , m - e s a u e o parente -chefe. De conh
" ança
' , mesmo;" so emst conduzindo dois oficiais do exército — capitão Lima e o coro——
. um , "0 genro Augusto Octaviano; mas este, como. todos
" ta _ 1131 João Pessoa de Queiroz, este mais magro e sem bigode -—,
os pa-
' era obrigado a parar à entrada de Afogados, no subúrbio do

315
Recife- por um viºgilame. soldado, de Carabina am ris-tg, um dos Duas quadras antes; Eis-tava ele; de Qnd-e..., “pass-aim nas; (Ilªnª
aii-ciais. pulou ráplªEm), empunhan do um revolver .. ze dias, voltava ao Conve-nto do Carmo-, para o final da facam-:
ªª——- Um p a s s o aà retaguªrda! bolas-ca avantu—ra.
—— Tenho ordens de revistarh. . .
1,3
—— Não insista! Um passo à retaguarda
Retomava () capitão Lima a condução, com o destino certo
D espisíamemo -
«ra-0 Convento do Carmo, onde o coronel iria repousar por um
mês . . . com as filhas se confessando revezadamente, de. quando
Assim que o visado industrial João Pessoa de Queiroz al—
fem quando, para receber e transmitir notícias, através da cum—
tançou o Convento do Carmo, tratamos de confidenciar & ªmeti—
plicidade do Confessionário Sªcramentado.
cia de um seu hipotético paradeiro. O genro Augusto Octaviano,
médico, procurou um colega de amizade íntima, e depois do
cempromísso de hºnra da discrição, confessou—lhe que o sogrº
A Pedido do Doutor Marinho! conseguira atingir Belém do Pará —— cidade onde vivera por
muitos anos & casara -——, dali rumando para os Estados Unidºs.
Sabia muito bem que o seu colega de profissão José Médicis
Alguns dias depois, advertia—gms um dos bondesos frades, era igualmente íntimo do Gºvernador Carlos de Lima Caval»
que devíamos procurar pousada mais distante, dado o intenso cânti e frequentador assíduo do Palácio. Não iria deixar de ofe—
movimento em torno da Igreja, e inclusive de policiais. Tenta— recer um prato daquele. . .
mos, então, outra freguesia, de sacerdotes também ' amigos _da Ao chegar ao Rio de Janeiro, uma quinzena depois, na pri-—
família. Mas ouvida a queixa, o frade do Convento do Carmo ' meira visita & Assis Chateaubriand, na redação de O Jornal
de Olinda, foi segredando: ouvi deste jornalista, à queima-roupa:
não é possível, pois está escondido () Dr. Jure— -——— É exato que o seu sogro conseguiu fugir para os Esta—
ma Filho, a pedido do Dr. Artur Marinho. . . ” dos Unidos, através do Pará? Carlos de Lima obteve esta in—
Ora, o advogado Dr. Jurema, paraibano, cujo escritório de formação em Palácio,, há poucos dias.
«advocacia era o ponto de encontro de João Dantas, de onde, Sim; em exato. . .
aliás., saíra à procura de João. Pessoa no 26 de julho fatídico, __.

também se achava na mira de intensas buscas poliõiais, e o


Doutor Marinho outro não era senão aquele mesmo que o pro- : A tº“ave&san-dº a; Cºva
curaVa, isto é, o Secretário de Segurança, que assim protegia o da. Onçª
particular , amigo, depois, cóm a sua conivência, clandestina—
mente embarcado com destino a Portugªl.
Guardaríamos () segredo, para um jogo de opoitunidade No dia 31 de dezembro de 1930, as seções marítimas de—
no conhecimento prévio do discreto capitão Lima. Jornal Pequeno e Diário de Pernambuco, continuavam & repe—
Preferíu, então, este guardá—Io “em casa de sua genitora, em tir & seguinte notícia da Companhia de Navegação Alemã N ord-
Olinda mesma, na rua do Bonfim,. n,º 867. A duzentos metros deustscher Lloy-B1emen, cujos agentes eram a firma Herm Stoltz:
dali, residia o desembargador Gondim de Oliveira,“ um dos maio— “O vapor misto Arnfrz'ed: es,.perado neste porto em cerca!
res amigos de João Pessoa de Queiroz. Eu o visitava sempre, e de 25 do corrente sairá depois de indispensável demora. para
um dia, na presença de outro amigo o desembargador Abdias os portos de Hamburgo e Bremen”.
de Oliveira, a uma pergunta sobre o seu paradeiro, repeti & es.- A repetição do anúncio, entremostrando atraso da embarca— '
tória, em tom “confidencial, de que fora parar em- Belém do ção servia para desíaistar, pois o navio, na verdade, saíra de Ma—
Pará, dali seguindo para ªºs Estadºs Unidºs.. ceió diretamente para uma escala extra, e daquela vez n㺠to—
caria no Recife. . .

13-36 3I.,?
Amigos dos Pessoa de Queiroz eram, no Recife, além do Telegrama inocente, decerto. Mas era a senha combinada:
cônsul alemão Carlos den Stein, os Herm Stoltz, mantendo-se, desde que a palavra abraço viesse no começo do texto., signi-
aliás, negócios comerciais de vulto. Maquinou-se, então, que o ficava que o sogro havia embarcado. E isto no mesmo Instante
cônsul, com um familiar de João Eessoa de Queiroz, () genro An— seria confirmado por outra. senha, de Antônio Lacerda de Me—
tônio Lacerda de Menezes, iriam até Mabeíó, & fim de concer— nezes à cunhada:
tar com o comandante do Arnfrz'ed, que em vez de escala? no “Muitas saudades teu pedido inteiramente satisfeito —— To—
Recife, seguisse diretamente para Hamburgo, tocando, antes, em nico”. _
Natal, a fim de receber a bordo um importante exilado político, Conseguia—se assim, por um abraço antecipado e um pedzdo
coronel do exército, cujo nome lhe seria revelado na hora (sic: satisfeito, despistar & rigorosa vigilância da políçía de dois ªfas—
Havia, na época, ordens de Berlim, para que se desse guarida tados. . . enquanto () Arnfried, com a sua precmsa carga, sm—
& qualquer exilado brasileiro, mesmo sem docum'entos). grava, àquela hora, “as marítimas águas consagradas”. Tantos
E assim, ao chegar, na madrugada de 31 de dezembro de anos depois, e pensando no João Pessoa que morreu fruto de
1930, ao porto de Natal, para algumas, horas de abastecimento, uma aventura e no homônimo primo e inocente daquela morte,.
encontrava o cargueiro misto alemão, à' sua espera, dois "oficiais ainda é o velho Camões quem nos socorre entre aspas:
do exército, um coronel e um capitão. Haviam partido de vés—. “Já. foge o escondido, de medroso,
pera do Recife, viajando por toda a noite, atravessando & cova E morre () descoberto aventuroso”.
da onça, isto é, toda a Paraíba, ...até atingirem o Rio Grande (Diária de Pernambuco -——— 21-4-1972.)
do Norte, em automóvel dirigido pelo motorista Chico — Fran-
cisco de Lima e Silva. Entraram & bordo, para uma visita ao
comandante,; formalidade normal naqueles tempos de revolução.
Apenas, 6 isto passou despercebido à tripulação ———_-, somente um

_..
regressava? apressadamente, deixando escondido,- num camaro—
te, o companheiro, que somente em alto—mar deixaria, já então
no seu traje de civil, os aposçntcs.
Marche-wa para o “Exílio João Pessoa de Queiroz.

A S enha,

Achava-se :) autor desta reportagem no Rio de Janeiro, há


uns quinze dias do embarque do exilado desconhecido. Aqui
chegara com & eSpecíal incumbência de procurar dois amigos da
família, Cardeal Dom Sebastião Leme e Assis Chateaubriand, em
caso de eventual prisão do industrial pernambucano, para, nes—
ta hipótese, conseguir dos mesmos intervenção imediata junto
às“ autoridades federais & fim de evitar o pior no destino da—
quele criminoso sem culpa, mas odiado de ódio mortal de re—
volucionários pernambucancs e paraibanos. E eis que no último
dia do ano de 1930 recebia do seu concunhado médico Augusto
Octaviano () seguinte telegrama:
» “Abraços. Não tenho carta —-— Augusto”.
319
Índice Onomástíco

N'A seç㺠de A pedido-s da O Joma? (Rio) , de 25 de, janeiro


de 1934, sob a assinatúra de Navarro, mas na verdade redigi-
da por. Assis Chateaubriand, saía & =seguínte nota:

REI . MORTO, REI POSTO

Passou, ontem, 0 aniversário natalícia do saudosº presí—


dente' João Pessoa, o pioneiro da revoluçãag segundo. o. “verbo
do: não menos saudoso tribuno Maurício de Lacerda. _
Houve missa mandada celebrar pela família do desdítoso
brasileiro. " = .
Na Igreja, apenas a Viúva e filhos de João Pessoa, um de
seus irmãos, o coronel Aristarco Pessoa, (: Mimstro José Améri—
co, 0 interventor Gratulíanc de Brito, o SI. Plínio Lemos., e
mais três outras pessoas. Ninguém mais.
Lá nãc vi nenhum dos deputados eleitos pelo povo paraí—
bano. Lá não estavam nem osoutros irmãos do malogrado Pre-
sidente, nem os seus primos e parentes, nem qualquer daqueles
que, após o movimento vitorioso de 30, eram fervoroso—s adep—
tºs de João Pessoa, capazes de matar quem fizesse restrições
“até sobre a beleza física do presidente paraibanº;
Rei "morto;, rei pº.-sto.
— — Navarro

320
Índice Onomástico

ABRANGE—”IES, Dunshee de, 242 AQUINO, Icel, 201


ABREU, Jºsé Auto de, 193 ARAGÃO SOBRINHO, cel, 1.58
ALBUQUERQUE, Cândido Clementino ARANHA, Oswaldo, 195
Cavalcânti de, 267 ARAÚJO, Rodolfo, 310
ALBUQUERQUE, Octacílio de, 77, 97, ARCOVERDE, Francisca Tavaraga, Pe
99, 145 11
ALBUQUERQUE, Ulysses, 88 ARRUDA, Manoel, tte, 148, 151. 155
ALBUQUERQUE LIMA, Afonso de, 282, ARRUDA, Pedro, 173
' 283 AST-OR, Charles, 198! _.
ALMEmA, Demócrito de, 70, 71, 78, Am.—&, dª, 41
82, 90, 97, 99 AUSTRO-COSTA, 19, 112, 113, 114,
AnvmmA, José “Américo de, 47 , 58, 200 '
59, 64, 65, 66, 68, 71, 78, 80, AVELINO, Manoe1,275
82, 83, 84, 86, 88, 98, 99, 104, AZEVEM) Arnolfo, 361
185, 128, 129, 141, 142, 14.3, AZEVEDO FILHO-, Lito de, 288 298 '
147, 148, 152, 154, 159, 165,
170, 173, 174, 175, 184, 186,
198, 201, 202, 214, 239, 240, BAIRÃ-O, José, 161
241, 244, 297, 320 BANDEIRA, Herculano, 307
ALVES, Lam:indo, 172 BARATA, Agudº, 120, 123
AMADO, Gilberto, 15 BARREIROS, Eduardo Canabrava, 168,
ANDRADE, João, 291 194
ANDRADE, Muniz de, 282 BARRETO, Dantas, 289, 307, 309
ANDRADE, Theephilo de, 8 BARRETO, Guttemberg, 30
ANDRADE LIMA, José, 207, 315 BARROS, José Ignacio de, 130
ANDRADE LIMA, Manoel Carvalho BARROS, Sebastião do Rego, 296, 301
de, 201 BATISTA, Afonso, 287
Amos, Artur dos, 96, 99 BATISTA, Cícero, 252
Amrõmo CONSELHEIRO, 134 BMISTA, Edmundo, 125, 142
BE :- - -, Anayae, 218 244 CAVALCÃN'H, Carma de Lima,. 50. DANTAS, Joaquim, 15.55, 240, 242, FLORENTINO, Francisco Oo-r-daiim, 8ª”?
BELLO Aufmde de Albuquerqu 31238 5-2, 6-8", "220“, 225, 271, 283, 317 244 Ficªrªm—re, José,. 173
Emº, Jºsé María“, 290, 391 CAFJÁLCÃNTI, Heráclitº,- 43, “74, 75, DANTAS, Jºsé Duarte, 9 2 , 1 3 5 , 1 5 1 FONSECA, Hermes da, 30“?
BELLO, Júlio, 213 9-4, 95, 99, 190, 101, 150, 22,1, DA-NTá-S,Manu€1,127,2 19 FGNTOURA, J'oã'e Neves aa, 153, 2%),
EEL'I'RÃO, Heitor, 41 '222, 223, 295 Darín-às, Souza, 270 21, 152, 204
BENÍCEG, Manºel, tte, 158, 163- CA“ALCÃN1'I,ManueÍ Tavares, 76, DIAS, Alfredo Whatiey, 211 FesSATÍ, aviader 198, 199, 221, 2222»,
Zà'Em-IARDES, Arthur, 101, 1615, 270 82, 98, 119, 145, 170, 297, 231, Ditª-HZ, Flºrentino, 155 223, 282
BERNARDES, Gabriei, 136 234 DLNIZ, Maquina Sérgiº, 88, 173 FRANÇA, Eoão, 125.
BEZERRA, Cícero, 87, 155, 156, 162, CAVALCÃNTI, Temístocles, 208 DINIZ, Marçal Florentino, 201 FRANCISCO, João, 163
167 CAZUZA, José, 88 DINIZ, Marcolino, 15.5, 156, 163. FRAZÃO, Edson, 87
ªªQPHFÁCÍÚ, José, 122. CHACON, Trajano, 308 164, 165, 201, 203 FRAZÃO, José de Medeirºs [água,
ÉORBA, Manuel, 309 CHAGÁ—S, Djalma Pinheirº», 15 DINIZ, Nominando, 182 102, 110, 201
BORGES, Alberto, 2001 CHATEAUBRIAND, Assis, 5, é.., 96, 317, DINIZ, Severino,, 182 -FRAZÃQ, Pedro, tte, 87
BORGES, Manuel Venºm, ?? 318, 320 DOMINGUES, Alph'eu, 91 FEBRE, Aníbal, 296, 306, 301 302
..BQRGES, Oscar, 5206 CHAVES, An'tíógenes, “290 DUARTE, José Belarmino, 87 FREITAS, Jºsé Ramºs de, 191
Hºmme, Oliveira, 191 Cf.-xmas, Eurico, 338 FREITAS Theodorice (l'-,e 212
BRANCD, Eipídío, 312 CÍCERO ROMÃG, Pe, 102, 103 FREYRE, Gilbertº, 287, 289, “396
ESPÍND'OLA, Iuwnai, 267
Balm,Gratu1iano de, 321) COELHO, José“, 81 FRONTIN, Paulo de, 1.23
ESPÍNOLA, João 70, 71
BâfNET, José,,148. COIMBRA, Estácio, 35, 42, 347, 15?,
ESPÍRITO SANTO, Natália do, 11
176, 196, 202, 204, 205, “213,
ESTIMA, Auto Leandro, 87
219, 223, 279, 280, 284, 286, GADELHA, Oswaldo, 285
EVARISTO, Ignácio», 48, 70, 71, 76,
'ÚzàÉLBAUX, me, 240 314- GAUBÉNCIO, José, 42, 70, %, “98, 3,23,
78, 79, 88, 90, 146
CsmAs, Augusto Moreira, 215, 219, COIMBRA, Jaime, 288, 312 199
222, 223, 226, 228, 245 COIMBRA, Jºão, 306, 312 GAVIÃO, Pedro, 171 .
CAmas; Joaquim Mºreira, 225 COLARES, Agapito, 282, 285 FAcó, João, capm, 124, 129, 130, GÓIS, Coriolano de, 190
CALMETI'E, “Jos-aph, 241 COLLOR, Lindºlfº, 16 1.42 GÓIS, João Pereira de Campºs, 87
CÁMARA, Agripino, “ita, 141, 154, CbRREIA, Cícero, 136 FARIAS, José (16,181 GÓIS, Luís de, 226, 244
169, 249 CORREZA, Jonas, 8 FARIAS, Muniz de, capm, 282 283 GONÇàLVES, Bráulio, 213
CAMINHA, Inês, 13 CORREIA,, José Augustº, Visa, até? FAUSTINO, José, 162 GONÇALVES, Lopes, 123
CAMPOS, Rômulo,» 148 FEITOSA, Ascendino, tte, 5.53 149, GONÇALVES, Reynaldo, aviadºr 198;
_ GOSTA, João, capm, 304, 115, 116,
CAMPOS, Siqueira, 50, 179 150, 151, 155, 226 ' 200, 201, 202
117, 140, 141, 149, 150, 152,
CÃNDIDO, Manoel, 56 FEITOSA, Nilº, 92 GONÇALVES, Segísmundo, 286, 2167,
153, 154, 1595 161, 163, 175,
CARDOSO, José Gastão, 87 FERNANDES, Aníbal, 288 2,69
199, 253, 261, 296
CARDOSO, José Pereira, 87” FERNANDES, Caríos Dias, 5 GONZAGA, José, 160
CÚSTA, Lúcio, 149 FERRAZ, Geraldó, 17 GOMES, José, 67
CARDOSO, Manuel Gastão, 87 COUTINHO, Aifreâo de Morais;, 287,
CARLOS, Antônio, 16, 74, 191, 193, . FERREIRA, Antônio Gonçalves—Toni- GRANGEIRO, Antônio, 242.
288 co, 287, 308 GUEDES, Antônio, 99
307 CÚ'UTINHO, "Heíi, Sª.-82
"Cc'ÃRLOS, Sãhozinho, 161 FERREIRA, Diógenes Lessa, 288 GUEDES, José, tte, 78, 82, 153 169,
CRUZ, Bastos, 20% FERREIRA, João, 173, 201 ' 161,199,252.,2 53 254
CARNEIRO, Alcides, 118, 125
71, 77, "E&- CUNHA, Araújo,, 84, 85, 8-8" FERREIRA, José, 201 GUEDES, Lyra, 158 '
*CARNEIRO, Daniel,
CUNHA, Euclides da, 134 FERREIRA, Manuel, 43 GUEIROS, Optato, 284
CARNEIRO, Pereira, 4-1
CªVALI-IO,Á1VE£I_O de 71“, 78 79 “CUNHA, Flores da, 195 FERREIRA, Nelson, 19, 112, 113, 29.1 GUENLàRÃES, Francisco, 292
90,95,124,12 5 129,1”?3 185, FERREIRA, José Modesto do. Nasci- GUMARÃES, Genaro, 289, 30.8
213, 230 mento, Zeca, 159, 160, “180 GUIMARÃES, João, 360 .
CARVALHO, José Paes de, 2166 DANTAS, Franklin, 239, 277 FIGUEIREDO, Acácio, 96, 99 GUEI'nARÃES, Maurício Pinheiro, 288
CARVALHO, Pedro ”Ulysses de, 1135 DANTAS, família, 71, 96, 599, 13.9, FIGUEIREDO, Argemiro, 97 GUIMARÃES, Sebasti㺠Lopes, 290
CARVAIHO, Pelegrinº de, 98 149 FíGUEmEDo, Elpídio, 289, 308 GUEMARÃES NATAL, 123, 124
CASI'ELLJO, Vianna do 121 12.5 DANTAS, João., 19, 20, 22, 105, 127, FIGÍIEÍPEDO, Guilherme, 6 GUSMÃO-, Caio, 241
. CMOS Júlia de, 265 ' 128, 13.5, 142, 1.50, 1.84, 209, FIRMINO, Pedro, 92, 277
“(lavam Antônio Feitºsa,- 293. 212, 214, 2.1.5, 2,19, 212271, 2231, FLORENTINO, Antônio, 87, 2:01
" Cam de Lima, 211; 243- 226, 228, 2373; 274%, 294, 316 FLORENTINO, Augusta., 201 Emma—r, Samuel, “282-
ª * ' ** ,, * * ª " ** ' ªv_._-——r——n--.:::_,.—< -
”***“;z:v..=c*:.—:_ª_. x... * ** '- " * * "_" " " f * * * ” * * *-* * * , , , , * , , , , , , , , , , , 7 '''''' . _ = * * ' . " ' - ' * ' “ ” “ " , " * * * - " i f - “77777777— **" * , , _ . , 7 _ , ' f ' f n ª - f **P— ª f * ' - — —- - — - — ' “ ' " " ' ' n ' - ' . : T : rr:— '-'. ' r * : ? : 1 : f i t - f f f

HASSLOCKER, Paulo, “207 213, 214, 217, 223, 232, 289, "_ Morsª, Dem, 172 64, 65, 66, 69, 70, 71, 75, 78“, - ”
I'IENRIQUES, Adauto de Miranda., 302 MONTENEGRO, Lauro, 287“. 79, 8.4, 85, 86, 87, 88, 89, 90,
Dom, 17, 43, 75”, 121 LUNDGREN, Arthur, 295 '- MORAES, Prudente de, 265 91, 92, 93, 94, 95, 96, 98, 99,
I'IERONIDES, José, 278 LUSTOZA, Nelson, 91, 105 MOREIRA, Juliano, 278 102, 103, 104, 105, 109, 110,
HOLANDA, Camillo de, 74, 145, 266 LYRA, Júlio, 70, 71, 78, 79, 80, 88, .MOREEA, Rangel, 310. 114, 115, 119, 12.3, 124, 125, f
(# HOLANDA, Mendes de, 282, 283 90, 101, 146, 219, “223 127, 128, 129, 130, 136, 137, 1
f NAVARRO, Antenor, 176, 1.89, 190- 53; 5%, 111%, 11%, 1533; É;
vg; mame, Pedro, 173 NLACHAW, Álvaro, 144 HÃZARºs Jºãº; 173 154, 155, 156, 157, 158, 163,
,,» INOJOSA, João, 5 " Masi—mo, Marcelino, 306 MGP—Elmª Nªkª de, 93 173, 176, 181, 186, 196, 201,
& INOJO'SA, Ninfa, 5 ' ÍMÍADRUGA, Manuel, 4-1, 81, 105, 268 NEIVA, Vengnclo, 145 202, 221, 2,24, 233, 23%,& 257,-
ª aroma, Joaquim, 5, 6, 39, 113, MAGALHÃES, Agamenon, 211, 212, H.;; msmª: Odilºn: 19: 110 270, 271, 273, 275, 281“, 2.91,
%% 162, 241, 272 243 NICOLAU» Maringª: 252 293, 297, 304
% NIAGAIRÃES, Juracy, 1,20 _ NOBRE, Inocencm, 201 , PEREIRA, Marcolino, 12
ªº? - P/ÍAIA, Costa, 288 NONATO» “ªa 155»- 156= 157 , _.PEREIRA, Sá, 32 :
%% Jºu-vm, Armênio, 36, 119“, 136, 20? MAIA“, Manuel de Medeiros,- 87 - '_ PEREIRA SOB-RíNHQ, José, 87
"º: J'URBMA FILHO, Geminiano, 3116 MAIA, Sabíniano, 59 OCTAVIANO Augusto 314, 3117“ 313 PBRETTI, João, 287”, 288
;;;, Jum, Manuel, 160 MALBA TAI—IAN, 8 , ,, Gemma—zo: Manuel,, PB., 933 “143 PERONT, aviador, 198
MAMEDE, Bim-ria,. 120 Mªm Jºsé, 13. PESSOA, Antônio, SO,-- 144, 145, 272,
%% . . Aªªª—“mºª JOSÉ” 298 OLIVER; Abdias das., 316 236 ,
:“: KONDER, Adolfo, 66 Í'ÃARANHÃO, Júlio, 288 ' Gumm; Antônio Pºntes de? 23.2: PESSOA, Aristarchcz, 49, 189, 199,
É? KMO-T0, Meiji)“, 201 BÍARLNHO, Arthur de Sºuza, 316? ' 213 º 219 221 223 " 268, 320
: M.Amsam—H, Cristina, 244 : Dimm; Goíadim ,de, des., 315 PESSOA, Cânáido, 43, 57, 190, 2421,
É» I'Ãgàâíz, Celso, 59, 31 . __ . - - . ' - ªº? 268
" ; LACERDA: Aguinaldo . 'dº: 243 MARQUES, Arn-aldo, 212 ; gigª” É⪪dãí㪺ªâª d㺠5 PESSOA, Carlºs., 63“, 70, 72, 7.3, ? 81,
f % LACERDA,. Mauríciº de, 16, 122.2 127,- MZ-ARRGCOS, Cícero, 201 051333 ÍGSé 282“ º " “82, 98, 101 .
-_ ª“ 320 _ MASSA, Antônio, 18, %, 7?2 79, 96.5. ' ”ª PESSOA, Epitácio, 12, 13, 16, 1%,
É???” LAMA—Rªnmª, Juvenal, 126, "127, 1..28,_. 101, 14,5 26, 27, 29, 32, 34, 36, 37, 337,
;. ª, 133, 135, 223. . , Mangue, Gian-eno, 208 ”Fácil—mca, Felix, 16,- 74 44, 45, 46, 48, 49, 50, 51, 52,
ª- "ª? m o 56, 14.6, 18.8 MATTA, João da, “7 . PAES, Álvaro, 288 54, 57, 58, 59, 63, 64, 65, 67,
; ª; LEAL, Walfredo, 10.5, 144 MAURÍCIO, Jºsé, 162, 167 PAES, Joãº, 212, 216, 226, mªs 343“ 68, 69, 71, 72, “73, “74, 75, 76,
' ªº? LEÃO, Eurico de Souza, 51, 146, MEDEIROS, Feiic'iano Florêncio dª, -_ a. PADH—HA, Maria, 274 775. 73, 79, 31, ”335 91, 9-2, 94,
%% . 195 ' . 201 PAM, Fizmino, 176, 207, 233. 95, 96,“ 97, “98, 99, 100, 103,
ª” LEÃO, Francisco de Souza, 241 MEDEIROS, Jºão Maurício de, 9ª?” PASSOS, José, 284 104, 165, 1.19, 125, ,127, 136,
gig— LEME, Sebastião, Dom, 318 , MEDEIROS Lma, Manuel da, 87 PASSOS, Nestor, 152, 137 144, 145, 145, 147, 150, 176,
“ªº LEMºs, Plínio, 320 ; Mamas, José, 317- _ PATRÍCío, Simãº, 79,161 _ ' 190, 195, 197, 202, 294, 205,
52% LIMA, Alceu Amoroso, 241 MELLO, Amaro Bezerra de, 282 PAULINO, Ioãc, 118, 160“, 15h 162,- 237, 267, 269, 270, 273, 28.1,
É LIMA, Álvaro Correia, 97, 99 IvíBLLO, Clóvis, 2.41 163, 166, 171, 172 291, 292, 393
fâ LIMA, Cunha, 92, 267 MELLO, Cunha, 211, 213, 243, 293 , PEÇANHA, Nilo, 270 PESSOA,? Joãº, Pres., 6, 12, 13º 14,
; LMA, Duarte, 92 MELLO, Júiio de, 287, 233 ., PEDROSA, Cunha, 79 , 15, 16, 17, 13, 19, 20, 21, 22,
%% LIMA, José, capm, 315 MELO, Cândido José de, 285 PENNA; Herculano Ferreira, 2% 23, 24, 27, 29, 33, 34, 36, 37,
,,,; LIMA SOBRINHO, Barbosa, 8-6, 139 «MELO-, Jºsé Alves Barbosa de, 285 « PENNA JÚNIOR, Afonso, 20, 96 38, 44, 45, 4-6,— 47, 48, 49, 5-0,
:?? LINS, Sebastião, 213, 287, 293 _- " _, NÉLO, Virginius da Gama e“, 214, PEREÍRA, AIOÍSÍO, 87 51, 52: 53, 54, 575 53, 59, 63:
& LIRA, Manuel Paes, 285 = 239 — PEREIRÁ, Antônio, 92, 162 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 80,
é? LOBO MANSO, 134 ' 'PÃENDES, Albin-o, 4 . 1 5 9 - PEREIRA, Felisberto, das, 220, 221, 81, 83, 84, 85, 86, 88, 89, 90,
i;,“ “LOPES, Manoel, 159 MEI—IBES JÚNIOR, Cândido, 228 223, 224 . 91, 93, 95, 95, 100, 101, 1832,
⪠LUCENA, Sºlon de, 145, 146 Wma-ss, Antônio Lacerda de, 318... PEREIRA, Francisco, 250 103, 104, 105, 119, 121, 1229
É?) Dois, Washington, 16, 17, 21, 55, 319 *; PEREIRA, Guedes, 70, 97 125, 126, 127, 128, 130, 131,.
ªº” 64, 74, 75, 93, 103, 104, 119, MENEZES, Sºtero, 266, 313; % PEREIRA, José, é, 12, 1—4, 185.19, 20, 132, 135, 139, 141, 142, 1313,
;; 120, 121, 124, 125, 128, 130, IVIENEZES, Barre-to,, capm, 162 ,» . 21, 2.2, 23, 24, 40, 45, 49, 59, 14.4, 145, 146, 147, 148, 15-63,
ªº . 191, 193, 196, 1.97, 262, 20.4, MIRANDA, Pontes de, 1,23, “124 , 51, 52, 53, 55, 57, 58, 59, 63, 151, 152, 1633, 165, 1.74, 17.5,

326 . _ 32?“
* - “.:::—':; '"hã?—,ª?Í'ªªf'ÍzlbÉÍ-ªªª

51%, ”186, 187“, 191, 192, 198, RABELLO, Franco, 174 SOUZA,. Angelo de, 110,» 13.5, VALÉRIO, Severino, 160
281, 212, 2255, 239, 2331”, ”238, RAMâLI—IQ, Jaime,, 1.48 SOUZ-A, Jenner de, 283- VARGAS, Getúlio, 21, 74, 18311, 39?
242, 269, 274, 2.80, 304, 3114, RAMOS, Alberto Ferreira, ”221, 222, SOUZA., Hélio de, 283 VEIGA, Gláucio, 311
319, 320 223 ' SOUZA, José Francisco de, 2512, 213 VICENTE, Antônio, 173
PESEDA, Joaquim, 47, 48, 4—9, 58, 87, RANGEL, Irineu capa-ªi.., 153, 154, 153, Sºu-ZA, Luís de Castro—, 8 . VÍCENTE, João, 161
190, 207, 223, 234, 242, 244, 159, 163, 172, 175, 25,3, 262“ SOUZA, Manoel Alves de, 220 VIBAL, Ademar, 84, 4176, â'978, 399,
245, 268, 269, 271, 273 REGÚ, Cesta, 86 _ SOUZA, Mário de, 283 239, 244, 297
PESSOA, José, 48, 16,0, 189, 2.68 3133130, Flávio, 9.6, 98, 1,22 “SOUZA,, Miguel Alves de, 241 VmAL, Zezinho, 65
?ESSOA, Laurita, 36 RIQUE, Júlio, 125 ETEN, Carlºs von den, 318“ VILLABOIM, Manuel, 75
”*:—33503 Faz-10, Antônio, 72, 73, 103 ROCHÁ, João, 161 STOLTZ, Herm, 318 VmAGaE, Jºsé, 81
PEssGA DE QUEZEOZ, Epitáciº, 136- RQCHA, Leocadio, 173 ÍSUASSUNA, Ariano, 12, 39, 179, 176 ªº“.
SUASSUNA, João, 55, 63, 65, 67, 70,
”VIRGOLINO, Horáciº-, 201 .
FEsSOA DE QUEIROZ, Fernando, 40, RODRIGUES, Mário, 41 VWELROS, Paulo Piaheiro de, "& iãº.
58 ! Rosmavas, Pedfe —— Liraêon, 2.01. 71, 76, 78, 79, 83, 84, 88, '90,_ 91,
PESSOA rca—3 Qmmoz, Francisco, 227, ROLANDO, aviador, 117 92, 96%, 96, 9.8, 99, 127, 139,
”28, 38, 32, 33, 34, 35, 36, S?, Rosº-$, “Luiz Gºnzaga de cal—mm; 145,- 146, 14.7, 14.8, 150, 176,
291 181, 192, 201, 219, 223, 241, WANEÉRLEY, .Lavenêre, gsm ªiª—"ªh.
3.8, 39, 4D, 42“, 44, 45, 46, 47,
. -' 125, 129
49, 51, 52, 57, 81, 104, 119, 130, ROOSEVELT: Frankiân Delano, 17 2969 302 .

135, 13,6, 238, 269, 273 -


FEssOA DE QUEIROZ, Irmãos, 13, 18,
SALHJabg-IA, Jºa-quim, 159, 171 'TÁVDRA, Juarez, 120, 12791, 2453, 281, . XP.—Y&R, Clímaco, 149
3—3, 39, 40, 45, 46, 5.1, 52, 54,
5—7, 58, 81, 97, 147, 205, 291 SALGADO, Amânio, 177 283
PRESS-A DE QUEIROZ, João, 14, 19, SALVINO, Sinhô, 155, 201 Tamo, Ioaé, 103 . "&

23, 33, 35, 39, 41, 46, 47, 48, SaNTIAGO, Oswaldo, 22 TORRES, Theophanes, êta—cai, 212 Zairaamº ANTôNm, 161 , 1317;
49, 51, 52, 57, 58, 59, 89, 102, Smros 3131—503, Miguel Dºmingaas,
110, 125, 127, 136, 142, 192, 220
196; 207, 221, 222, 223, 224, Sar—Jack, Manuel José Rºdrigues, 88,
228, 2.38, 242, 244, 265, 272, 110, 201
280, 281, 284; 291, 312,“ 313 SERAFIM, Sílvia, 241
PESSOA DE QUEIROZ, José, 40, 47, SÉRVULO, Domingos, 288
48, 49, 58, 135, 146, 272, 313 SILVA, Cândíão Marinho da, 219
PESSDA DE QUEZRDZ, Mirandolina, Sava, Francisco de Lima e, 315
51, 136 SILVA, Francisco Raimundo da, 177
PESSOA DE QUELRDZ, Romeu, 58, 3.141 SILVA, Jºsé Rodrigues da, 162
PICCHIA, Menotti del, 6 SILVA, Luiz Pereira da, (Luís do
PIERECK, Louis, 225 Triângulo), 118, 149, 155, 163,
PIMENTA, Joaquim, 40, 543, 52, 58
' FEMENTEL, Antônio Alves, 221, 223 Sim/A, Manºel Cardoso da, 2.01
PMNTEL, Jorge Latacha, 2.85 SENA, Rosa e, 307
PMNTEL, José, 200 Saw-HRA, Aureliano, 43
PINTO, Castro, 144, 145 SILVEIRA, Weimar da, cel, 157, 293,
PINTO, Eduardo, 276 206,282, 285, 298-
PIRES, Ananias, 88 SITôN10,,Benadíto, 87
PRESTES, Júlio, 21,75, 93, 94, 95, Snªômo, Edísio, 87, 118
96, 119, 147, 159, 177, 197, 207, SíTômo, Jo㺠Barbºsa., 87
223, 231, 301 SOARES, Oscar, 71, 76, 78, 79, 90,
PRESTES, Luís Carlos, 179 93, 98, 122, > '
] SOARES, Vital, 93
SOBE-EIRA, Elísio, tata—cel, 73, 91, 148,
QUEIROGA, Joga 147 , ' 163, 166, 263 '-
QUELÉ, Clementina-,, 71.15“, 117, 1.55, Some, Eduardo, 22
156, 1571”, 1162, 199 Sioma FILHO, 289, 3:10

328
3:29
A &
W
, B
m mm a w ,
R ,
M s c L
m a
w
m a m n _
_ .m ? . .
,
_
,“
“ ,
_W
. _
M
,_ .
,_
, . .
. M
_ ,.,
W
,
.
.._
% €
É
&
% É
? € €
É , “ª? ,
- _ , ' .Momira Caldas, na Penitenciária de Re—
. o o . .... '- , .
'
&
[ . cafe, CUJO dxretor nao twera como ccm—
(Sír- ' ; tinuar protegendo com as garantias nor-=-
- ª )
mais à vida de qualquer preso.
Ainda outros aspectos dos aconte—
cimentos de cínqííenta-aanos passados se
narram neste livro, como a “polêmica
entre Epitácio Pessoa e Washington
Luís, na apuração final das responsa—
bilidades; & intervenção tardia 410 Pa—
dre Cícero Romão para evitar 0 entre-
choque das duas forças — & governa—
ental e a reação sertaneja; até che—
gar às movimentadas fugas do gºver—
nador de Pernambuco, Estácio Caim-
bra & do industrial Jºão Pessoa de
Queiroz, sºbretudo a este último, pelo
-_ " : ineditismo de artimanhas para despistar
a vigilância de suas polícias estaduais:
a de Pernambuco e .a da Paraíba..
_ Ded'uz—se ainda da lei-tura desta obra,
pelas descrições autênticas que nos
_ “transmite, que toda & premcupação ini—
cial do Presidente JDão Pessoa residia
em mºntar um esquema pblítico pró-—
prio no Estado, mesmo que ferindo as
velhas tradições Epitacistas. Tentou, des-
"de o começo, ferir o mais leal amigo
do tio & benfeitºr Epitácio Pessoa, que
era José Pereira, deputado e inconteste
chefe de grande parte do sertão parai—
bano. De hostilidªde em hostilidade
abriu o caminho para a chamada luta
. 7 de Princesa, & qual, por sua vez, pie-
; '; parou o clima das conspirações. do 3
de Outubro de 1930. Para isto concor—
reu, sobretudo, a tragédia da Confeita—
ria Glória, quando o advogado parai-
- ' . bano João Dantas abateu & tiros e go—
, * vernante da sua terra, emocionando a
ª " . .? opinião pública nacional, a tal ponto
-, que os conspiradores nela iriam encon-
trar agasalho & livre trânsito para o
êxito dos seus ideais revoluciºnários.

CIVILIãàçÃõ” BRASILEIRA

Você também pode gostar