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Materiais e recursos
Equipamento para reprodução de imagens e para reprodução de vídeos.
Caderno de desenho.
Materiais para desenho, pintura e colagem.
Câmera de vídeo ou celular com câmera de vídeo.
Computador com software para edição de vídeo.
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 6 aulas.
Aula 1
A arte está presente em muitos lugares. Espaços públicos e coletivos são suporte de
expressões artísticas das mais variadas linguagens. Grafites nas paredes de grandes prédios, teatro
de rua, performances em lugares inusitados, instalações em parques e avenidas, lambe-lambes
espalhados traduzindo protestos, estátuas vivas, rodas de dança, malabaristas nos faróis, festivais e
festas de rua. Mas, afinal, qual é o lugar da arte? Onde a arte deve estar presente?
Para essa aula será necessário o uso de equipamento que reproduza imagens e vídeos. Iniciar a
aula organizando os alunos sentados em semicírculo. Em seguida, explicar-lhes que eles vão
conhecer um pouco mais sobre a arte urbana.
Em seguida, propiciar aos alunos momentos de fruição com produções artísticas urbanas de
diferentes linguagens artísticas, dando ênfase para a dança. Podem-se selecionar grupos e
companhias de dança que se apresentam em espaços públicos, festivais de street dance, investigar
grafites, pinturas e gravuras, citar as batalhas de hip-hop e rap que acontecem nas ruas, os músicos
e dançarinos de rua, dentre outros.
Destacar a arte dos saltimbancos — artistas de rua que levam o entretenimento por onde
passam. Explicar que o saltimbanco surgiu há muitos séculos e que se tratava de um artista de rua
que, de vilarejo em vilarejo, apresentava-se em troca de algumas moedas, bem como de um prato de
comida e um abrigo para pernoitar. Em geral eram apresentados números de dança, acrobacia e
pequenas peças teatrais, em um palco improvisado na rua.
Maljalen/Shutterstock.com
Ao final da aula, discutir a relação entre artista e espectador no espaço público. Ressaltar que
um caráter importante da arte urbana é a espontaneidade e a aproximação do público à produção
artística. As reflexões e os registros dos alunos sobre os conteúdos das aulas podem ser feitos no
caderno de Arte, bem como as respostas às questões a seguir. O importante é deixar que os alunos
se expressem livremente e soltem a imaginação.
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Espera-se que o aluno aponte que a arte pode ser produzida e apreciada não só em museus, galerias e teatros,
mas também em espaços como a rua, onde também é possível desenvolver as mais variadas linguagens
artísticas.
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A arte urbana é desenvolvida em um espaço público (em geral nas ruas), de livre acesso a todos os cidadãos.
Não é necessário adquirir ingresso nem marcar horário.
3. Considerando a arte urbana, com qual linguagem artística você mais se identifica? Por quê?
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Resposta pessoal.
4. Se você fosse um artista de rua, como seria a sua arte? Como seria o seu figurino?
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Resposta pessoal. Solicitar que o aluno se expresse com criatividade por meio de desenho, pintura, colagem,
palavras etc. Espera-se que o aluno se inspire nas referências estéticas abordadas nos momentos de fruição e
descobertas realizadas e as ressignifique.
Aula 2
No início da aula, fazer um breve resumo da aula anterior. Retomar com os alunos os
principais pontos abordados sobre a arte urbana.
Organizar os alunos em grupos e explicar-lhes que vão observar as pessoas ao redor, a fim de
registrar seus movimentos e suas ações.
Para isso, sugere-se que seja feito um passeio pelo entorno da escola; se não for possível, a
proposta poderá ser realizada na própria escola, em horários como o intervalo, nas aulas de
Educação Física, na entrada e na saída de alunos, entre outros.
Os alunos podem criar um diário de Arte para registrar suas impressões. Cabe ressaltar que os
registros podem ser em forma de desenho, pintura, colagem, fotografia etc.
Aulas 3 e 4
Para iniciar estas aulas, convidar a turma a expor e compartilhar suas pesquisas de
movimento. Propor a análise dos registros pensando no sistema articular e nas ações corporais.
Realizar breve introdução às ações corporais exploradas pelo dançarino e teórico húngaro
Rudolf Laban. Para Laban, o ser humano possui ações em comum — como andar, falar, correr,
girar, saltar —, que podem ser transformadas em dança; porém, cabe ressaltar que cada pessoa
realiza essas ações corporais à sua maneira.
Em seguida, pode-se promover a percepção corporal e espacial a partir de experimentos com
o próprio corpo em situações lúdicas, em diferentes ritmos, e assim explorar as ações corporais.
Seja qual for o experimento aplicado, será preciso afastar mesas e cadeiras da sala ou, se a turma for
muito grande, utilizar outro espaço da escola, como a quadra de esportes ou o pátio.
Experimento 1: Solicitar aos alunos que caminhem livremente pelo espaço, explorando todos
os pontos do ambiente por cerca de três a quatro minutos. Em seguida, orientá-los a caminhar em
diferentes velocidades e maneiras. Exemplo: caminhar lentamente para a frente, caminhar para trás
como se estivesse pisando em pedras, correr em dupla, caminhar pisando em folhas secas, caminhar
pulando poças d’água, caminhar como uma pluma. Procurar despertá-los para a percepção da
temperatura, da iluminação, das cores e formas que compõem o ambiente.
Experimento 2: Deitados ou em pé, solicitar aos alunos que fechem os olhos por um ou dois
minutos, inspirando e expirando lenta e profundamente. Ainda com os olhos fechados, propor que
se concentrem e se movimentem a partir de comandos do professor, voltados a diferentes partes do
corpo e das articulações. Por exemplo: concentrar-se e movimentar apenas os dedos da mão
esquerda, movimentar as articulações do joelho, movimentar apenas o pescoço, movimentar os
dedos dos pés, e assim por diante. Ao final, refletir com os alunos quais partes do corpo esticam,
dobram e torcem mais, verificar se conseguiram perceber quais são as partes do corpo e as
articulações mais e menos usadas no dia a dia.
Experimento 3: Em dupla ou em grupo, os alunos criarão movimentos dançados a partir de
ações corporais escritas em um papel e sorteadas. Podem-se também explorar ações opostas uma à
outra. Por exemplo: crescer/diminuir, correr/parar, levantar/deitar, pular/cair, descer/subir. Uma
ação corporal deverá ser sorteada e todos criarão, a sua maneira, o seu movimento dançado. Ao
final, propor que criem uma sequência de movimentos a partir das ações. Os alunos podem compor
a sequência repetindo as ações, fazendo todos juntos, alternando entre uma ação e outra com pausas,
sons etc. Ao final, compartilhar e comentar com os colegas.
Aula 5
Nesta aula, organizar os alunos em grupos e convidá-los a interagir com os espaços da escola.
Com o uso de câmera de vídeo ou celular com câmera de vídeo, propor a criação de uma sequência
de movimentos com a temática cidade. A proposta é explorar, criar e filmar em espaços para além
da sala de aula.
É importante que os alunos relembrem as investigações e vivências das aulas anteriores e
façam as próprias pesquisas corporais. É interessante que os grupos filmem vários vídeos curtos
(cerca de 1 minuto cada) e guardem esses registros para a próxima aula.
Durante a produção, orientar e instigar a turma a pensar sobre o cenário em que estão
filmando, o figurino, a iluminação e a trilha sonora. É interessante que o grupo delimite funções e
dê autonomia a cada um durante o trabalho coletivo e colaborativo.
Aula 6
A partir das sequências de movimentos criadas na aula anterior, propor aos alunos que
utilizem, se houver, os recursos da escola para compilar as filmagens. Caso não haja tais recursos,
organizar a apresentação dos vídeos com e para a turma. Ao final, realizar uma roda de conversa
sobre as produções. Se houver oportunidade, os vídeos podem ser apresentados também para outras
turmas.
Ampliação
Durante a aula, é interessante não só ampliar o repertório cultural dos alunos com referências
significativas na História da Arte, como também buscar produções e artistas locais. Investigar se na
sua comunidade há algum artista de rua; convidá-lo para uma visita à escola, para que fale um
pouco de sua arte.