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Sequência didática

A dança na rua e a rua na dança


Nesta sequência, será abordada a arte urbana como inspiração para a criação de movimentos
dançados. Será proposto que os alunos realizem produções artísticas, com o uso das tecnologias
digitais, explorando os diferentes espaços da escola.

A BNCC na sala de aula


 Dança
Contextos e práticas
Processos de criação
Objetos de conhecimento
Artes Integradas
 Contextos e práticas
Arte e tecnologia
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação,
ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação
artística.
Competências específicas 6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de
forma crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na
sociedade.
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo
nas artes.
 Dança
(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e
encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas
e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação,
cenário, trilha sonora etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para
Habilidades composição cênica e apresentação coreográfica.
 Artes Integradas
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida
social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para
acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos,
de modo reflexivo, ético e responsável.

M at er ia l di sponib ili za do em l ic en ça a be rt a do tipo Cr ea tiv e Co mmon s – A tr ibuiç ão não co me rc ia l


( CC B Y N C – 4.0 Inte rn at iona l). P er mi tid a a cr ia çã o de obra de riv ada c om f ins não co me rc ia is ,
d esd e que se ja a tr ibuído cr éd ito auto ra l e as c ri aç õe s s ej am lic en ci ad as s ob o s m es mo s p ar âm et ro s.
Arte – 6º ano – 1º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

Refletir sobre a relação artista/público e arte/urbanismo.


Desenvolver poética inspirada na cidade na criação de movimentos dançados.
Objetivos de aprendizagem Explorar diferentes espaços da escola.
Fazer uso de tecnologias digitais.
Observar diferentes corpos e movimentos no cenário urbano.
Arte urbana
Conteúdos Ações corporais
Criação em dança

Materiais e recursos
 Equipamento para reprodução de imagens e para reprodução de vídeos.
 Caderno de desenho.
 Materiais para desenho, pintura e colagem.
 Câmera de vídeo ou celular com câmera de vídeo.
 Computador com software para edição de vídeo.

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 6 aulas.

Aula 1
A arte está presente em muitos lugares. Espaços públicos e coletivos são suporte de
expressões artísticas das mais variadas linguagens. Grafites nas paredes de grandes prédios, teatro
de rua, performances em lugares inusitados, instalações em parques e avenidas, lambe-lambes
espalhados traduzindo protestos, estátuas vivas, rodas de dança, malabaristas nos faróis, festivais e
festas de rua. Mas, afinal, qual é o lugar da arte? Onde a arte deve estar presente?

Para essa aula será necessário o uso de equipamento que reproduza imagens e vídeos. Iniciar a
aula organizando os alunos sentados em semicírculo. Em seguida, explicar-lhes que eles vão
conhecer um pouco mais sobre a arte urbana.

Fazer o levantamento do conhecimento prévio dos alunos perguntando-lhes se eles sabem o


que é arte urbana, e, em caso afirmativo, solicitar que deem exemplos. Espera-se que relacionem a
arte urbana às produções artísticas produzidas em espaços públicos como ruas, praças, praias,
shoppings e, a partir da própria experiência, citem exemplos. Nesse momento, é possível promover
uma reflexão sobre o conceito de espaço público.

Em seguida, propiciar aos alunos momentos de fruição com produções artísticas urbanas de
diferentes linguagens artísticas, dando ênfase para a dança. Podem-se selecionar grupos e

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( CC B Y N C – 4.0 Inte rn at iona l). P er mi tid a a cr ia çã o de obra de riv ada c om f ins não co me rc ia is ,
d esd e que se ja a tr ibuído cr éd ito auto ra l e as c ri aç õe s s ej am lic en ci ad as s ob o s m es mo s p ar âm et ro s.
Arte – 6º ano – 1º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

companhias de dança que se apresentam em espaços públicos, festivais de street dance, investigar
grafites, pinturas e gravuras, citar as batalhas de hip-hop e rap que acontecem nas ruas, os músicos
e dançarinos de rua, dentre outros.

Destacar a arte dos saltimbancos — artistas de rua que levam o entretenimento por onde
passam. Explicar que o saltimbanco surgiu há muitos séculos e que se tratava de um artista de rua
que, de vilarejo em vilarejo, apresentava-se em troca de algumas moedas, bem como de um prato de
comida e um abrigo para pernoitar. Em geral eram apresentados números de dança, acrobacia e
pequenas peças teatrais, em um palco improvisado na rua.

Maljalen/Shutterstock.com

Grupo de artistas fazendo acrobacias em apresentação na rua.


Caso seja possível, exibir aos alunos o web-documentário Saltimbancos – O artista na rua
(Direção: Camis Garcia. Disponível em: <https://vimeo.com/108717549#at=7>. Duração: 9min5s.
Acesso em: 28 ago. 2018.).

Ao final da aula, discutir a relação entre artista e espectador no espaço público. Ressaltar que
um caráter importante da arte urbana é a espontaneidade e a aproximação do público à produção
artística. As reflexões e os registros dos alunos sobre os conteúdos das aulas podem ser feitos no
caderno de Arte, bem como as respostas às questões a seguir. O importante é deixar que os alunos
se expressem livremente e soltem a imaginação.

1. Você acha que existe um lugar determinado para a arte?

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Arte – 6º ano – 1º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

Espera-se que o aluno aponte que a arte pode ser produzida e apreciada não só em museus, galerias e teatros,
mas também em espaços como a rua, onde também é possível desenvolver as mais variadas linguagens
artísticas.

2. Por que podemos dizer que a arte urbana é para todos?


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A arte urbana é desenvolvida em um espaço público (em geral nas ruas), de livre acesso a todos os cidadãos.
Não é necessário adquirir ingresso nem marcar horário.
3. Considerando a arte urbana, com qual linguagem artística você mais se identifica? Por quê?

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Resposta pessoal.
4. Se você fosse um artista de rua, como seria a sua arte? Como seria o seu figurino?

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Resposta pessoal. Solicitar que o aluno se expresse com criatividade por meio de desenho, pintura, colagem,
palavras etc. Espera-se que o aluno se inspire nas referências estéticas abordadas nos momentos de fruição e
descobertas realizadas e as ressignifique.

Aula 2
No início da aula, fazer um breve resumo da aula anterior. Retomar com os alunos os
principais pontos abordados sobre a arte urbana.

Organizar os alunos em grupos e explicar-lhes que vão observar as pessoas ao redor, a fim de
registrar seus movimentos e suas ações.

Para isso, sugere-se que seja feito um passeio pelo entorno da escola; se não for possível, a
proposta poderá ser realizada na própria escola, em horários como o intervalo, nas aulas de
Educação Física, na entrada e na saída de alunos, entre outros.

Antes do trabalho de observação, é interessante investigar com os alunos as articulações do


corpo, a fim de despertá-los para a consciência corporal.

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Arte – 6º ano – 1º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

Os alunos podem criar um diário de Arte para registrar suas impressões. Cabe ressaltar que os
registros podem ser em forma de desenho, pintura, colagem, fotografia etc.

A seguir, sugestões de questões norteadoras para o processo de investigação:

 Quem são essas pessoas?


 Onde elas estão?
 Como estão vestidas e o que estão fazendo?
 Quais as partes do corpo que mais se movimentam?
 Como são esses movimentos? Repetidos? Lentos? Rápidos? Intercalados com pausas?

Solicitar os alunos que continuem o registro fora da escola e compartilhem as pesquisas na


próxima aula.

As investigações e os registros sugeridos têm como principal objetivo despertar no aluno um


olhar crítico, atento e curioso pelo movimento, além de compor a inspiração para a criação de
movimentos dançados nas próximas aulas.

Aulas 3 e 4
Para iniciar estas aulas, convidar a turma a expor e compartilhar suas pesquisas de
movimento. Propor a análise dos registros pensando no sistema articular e nas ações corporais.
Realizar breve introdução às ações corporais exploradas pelo dançarino e teórico húngaro
Rudolf Laban. Para Laban, o ser humano possui ações em comum — como andar, falar, correr,
girar, saltar —, que podem ser transformadas em dança; porém, cabe ressaltar que cada pessoa
realiza essas ações corporais à sua maneira.
Em seguida, pode-se promover a percepção corporal e espacial a partir de experimentos com
o próprio corpo em situações lúdicas, em diferentes ritmos, e assim explorar as ações corporais.
Seja qual for o experimento aplicado, será preciso afastar mesas e cadeiras da sala ou, se a turma for
muito grande, utilizar outro espaço da escola, como a quadra de esportes ou o pátio.
Experimento 1: Solicitar aos alunos que caminhem livremente pelo espaço, explorando todos
os pontos do ambiente por cerca de três a quatro minutos. Em seguida, orientá-los a caminhar em
diferentes velocidades e maneiras. Exemplo: caminhar lentamente para a frente, caminhar para trás
como se estivesse pisando em pedras, correr em dupla, caminhar pisando em folhas secas, caminhar
pulando poças d’água, caminhar como uma pluma. Procurar despertá-los para a percepção da
temperatura, da iluminação, das cores e formas que compõem o ambiente.

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Arte – 6º ano – 1º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

Experimento 2: Deitados ou em pé, solicitar aos alunos que fechem os olhos por um ou dois
minutos, inspirando e expirando lenta e profundamente. Ainda com os olhos fechados, propor que
se concentrem e se movimentem a partir de comandos do professor, voltados a diferentes partes do
corpo e das articulações. Por exemplo: concentrar-se e movimentar apenas os dedos da mão
esquerda, movimentar as articulações do joelho, movimentar apenas o pescoço, movimentar os
dedos dos pés, e assim por diante. Ao final, refletir com os alunos quais partes do corpo esticam,
dobram e torcem mais, verificar se conseguiram perceber quais são as partes do corpo e as
articulações mais e menos usadas no dia a dia.
Experimento 3: Em dupla ou em grupo, os alunos criarão movimentos dançados a partir de
ações corporais escritas em um papel e sorteadas. Podem-se também explorar ações opostas uma à
outra. Por exemplo: crescer/diminuir, correr/parar, levantar/deitar, pular/cair, descer/subir. Uma
ação corporal deverá ser sorteada e todos criarão, a sua maneira, o seu movimento dançado. Ao
final, propor que criem uma sequência de movimentos a partir das ações. Os alunos podem compor
a sequência repetindo as ações, fazendo todos juntos, alternando entre uma ação e outra com pausas,
sons etc. Ao final, compartilhar e comentar com os colegas.

Aula 5
Nesta aula, organizar os alunos em grupos e convidá-los a interagir com os espaços da escola.
Com o uso de câmera de vídeo ou celular com câmera de vídeo, propor a criação de uma sequência
de movimentos com a temática cidade. A proposta é explorar, criar e filmar em espaços para além
da sala de aula.
É importante que os alunos relembrem as investigações e vivências das aulas anteriores e
façam as próprias pesquisas corporais. É interessante que os grupos filmem vários vídeos curtos
(cerca de 1 minuto cada) e guardem esses registros para a próxima aula.
Durante a produção, orientar e instigar a turma a pensar sobre o cenário em que estão
filmando, o figurino, a iluminação e a trilha sonora. É interessante que o grupo delimite funções e
dê autonomia a cada um durante o trabalho coletivo e colaborativo.

Aula 6
A partir das sequências de movimentos criadas na aula anterior, propor aos alunos que
utilizem, se houver, os recursos da escola para compilar as filmagens. Caso não haja tais recursos,
organizar a apresentação dos vídeos com e para a turma. Ao final, realizar uma roda de conversa
sobre as produções. Se houver oportunidade, os vídeos podem ser apresentados também para outras
turmas.

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Arte – 6º ano – 1º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

Para trabalhar dúvidas


Durante os experimentos corporais, verificar se todos os alunos estão participando. Caso
algum aluno apresente timidez ou dificuldade na realização dos experimentos, oferecer-se para
acompanhar esse aluno nas propostas sendo a sua dupla, por exemplo. É importante participar das
propostas, pois é um referencial importante para os alunos nas aulas de dança.

Ampliação
Durante a aula, é interessante não só ampliar o repertório cultural dos alunos com referências
significativas na História da Arte, como também buscar produções e artistas locais. Investigar se na
sua comunidade há algum artista de rua; convidá-lo para uma visita à escola, para que fale um
pouco de sua arte.

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