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E-BOOK

COVID-19
Reabilitação Pós COVID-19 e
suas implicações para o Exercício
Autor:
Greicy Costa

Colaboradores:
Luciano Hoefling
Ramiro Inchauspe
Reabilitação Pós COVID-19 e suas implicações para o Exercício

__________

Greicy Costa & colaboradores

__________

Porto Alegre/RS – Brasil


2021

__________
Grupo Educacional Fisiowork
Prefácio

O entendimento das alterações sistemáticas que o SARS-CoV-2 provoca no organismo


humano é fundamental para a escolha do melhor prognóstico das sequelas em
consequência do vírus.

O material tem como enfoque estudar as sequelas cardiorrespiratórias e neuromusculares


provocadas pela COVID-19 e suas implicações para o profissional do movimento humano.

Neste e-book são abordados conceitos, sintomatologia, sequelas e protocolos de


reabilitação para pacientes que foram infectados pelo coronavírus, voltados para
fisioterapeutas e profissionais de educação física.
Sumário

INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...5
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO…….….....……………………………………………………………………………………………………………………………...…...10
Sistema respiratório...................................................................................................................................................................................11
Sistema cardiovascular...............................................................................................................................................................................17
SISTEMA NEUROMUSCULAR.……………………………………………………………………………………………………………………………….…………………………..21
PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO COVID-19 .…...........................…………………………………………..........………………………………….…………………..34
COVID-19 E SUAS IMPLICAÇÕES NOS DEMAIS SISTEMAS............………………………….....…………………………..…………………………………………..87
COVID-19

Em novembro de 2019 foram registrados os primeiros casos de


contaminação pelo SARS-CoV-2, na China. Em 30 de janeiro de 2020, foi
declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Os principais sintomas
variam entre febre, tosse seca, coriza, cansaço extremo, dores nas
articulações, perda do olfato e paladar, etc.

A COVID-19 apresenta uma alta taxa de letalidade (cerca de 10 a 15%) e é


mais severa em indivíduos que pertençam ao grupo de risco, ou seja,
portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, asma,
doença pulmonar obstrutiva crônica, fumantes, gestantes, idosos,
puérperas e crianças menores de 5 anos.
COVID-19
A doença foi caracterizada de acordo com a gravidade, que segundo a OMS foi
dividida em:

• Presença de sintomas leves sem resultado radiográfico


LEVE de pneumonia;

• Pneumonia quando o paciente é sintomático e


PNEUMONIA apresenta evidencia radiográfica de pneumonia;

• Presença da pneumonia e de frequência respiratória>


PNEUMONIA 30respirações / minuto, dificuldade respiratória grave,
GRAVE ou SpO2 ≤ 93% em ar ambiente em repouso;

CASOS • Insuficiência respiratória que exige VM (ventilação


CRÍTICOS mecânica), admissão na UTI e choque séptico.
TRANSMISSÃO

o O vírus possui um alto índice de transmissão;

o O mesmo ocorre através da troca de perdigotos ou contato direto


com regiões e/ou superfícies contaminadas.
PREVENÇÃO
o Foram inseridas na sociedade intervenções não farmacológicas com o
objetivo de inibir a transmissão entre os indivíduos, desacelerando o contágio.

o Entre essas intervenções estão:


lavagem de mãos;
o uso de álcool em gel;
o distanciamento social;
uso de máscaras em ambientes públicos;
limpeza rotineira em superfícies e ambientes.
o Atualmente, não há evidências exatas de qual terapia é eficaz para a melhora do prognóstico em pacientes infectados
com SARS-CoV-2. Além disso, também se é pouco conhecido sobre as consequências após a exposição ao vírus.

o Dentre as complicações observadas estão: sequelas neurológicas, funcionais, cardiorrespiratórias e psicológicas.

o As alterações encontradas demandam uma abordagem terapêutica individualizada e multiprofissional. Deve ser levado
em consideração todo o perfil do paciente, doenças pregressas, a qualidade da assistência ao mesmo, o tempo de
internação e o uso de VM. A reabilitação precoce é de fundamental importância a fim de minimizar os impactos
funcionais dessas sequelas. A mobilização precoce é iniciada ainda no leito de forma prática e segura com uma equipe
multiprofissional.
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO
 É o sistema mais afetado pela infecção da COVID-
19;

 Ocorre uma destruição do parênquima pulmonar,


resultando em uma consolidação extensa e
SISTEMA
inflamação intersticial.
RESPIRATÓRIO
 Pode ocorrer também um declínio na função
muscular respiratória e redução da tolerância a
exercícios.
SINTOMAS RESPIRATÓRIOS

 Tosse seca, com pouca exsudação e redução do


índice de oxigenação.
SISTEMA
RESPIRATÓRIO  Após as condutas de tratamento hospitalar, os
pacientes podem apresentar lesões pulmonares e
fibrose residual.
• Estudos trazem que sobreviventes do coronavírus
após a alta hospitalar, apresentam restrições
ventilatórias e pequenas disfunções que podem ser
persistentes, as quais não estão associadas à
gravidade da doença. Isso, pois a maioria dos
pacientes estudados ainda apresentava
anormalidades residuais na TC de tórax e fibrose
SISTEMA pulmonar.
RESPIRATÓRIO • A fibrose pulmonar se relacionou a gravidade e
duração do quadro crítico da doença, estando
presente em 30% dos pacientes de três à seis
meses após a infecção. Artigos trazem que a idade
avançada e o sexo masculino foram identificados
como fatores de risco para o desenvolvimento de
fibrose pulmonar.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Estudos da função pulmonar pós SARS-CoV-2

COVID-19 grave/crítico

Volumes pulmonares mais baixos que ainda estavam dentro


da faixa normal;

Medidas médias de capacidade de difusão (DLCO), físicas


desempenho e oxigenação foram reduzidos;

Especificamente, a capacidade pulmonar total (TLC), vital


forçadacapacidade (FVC), volume expiratório forçado no primeiro
segundo (FEV1) e DLCO foram significativamente menorem
pacientes após COVID-19 grave / crítico em comparação com
pacientes após leve / moderada.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Estudos da função pulmonar pós SARS-CoV-2
Em tomografias computadorizadas de tórax, COVID-19 agudo geralmente se apresenta
com:

consolidações
opacidades em alveolares com
lesões densidades
vidro fosco localização
arredondadas lineares
progressivas subpleural e
basal comum

talvez
representando
faixas distorção pneumonia em
parenquimatosas arquitetônica organização e /
ou alterações
fibróticas.
Estudos da função pulmonar pós covid-19

Com a análise da função pulmonar, desempenho físico,


oxigenação e achados radiológicos quatro meses após COVID-
SISTEMA 19, os estudos identificaram DLCO% (difusão pulmonar de
monóxido de carbono) previsto nesses meses como o único fator
RESPIRATÓRIO mais importante associado com COVID-19 grave / crítico, que é
traduzido em uma redução da distância de caminhada e
dessaturação de oxigênio durante o exercício.
• A incidência de sintomas cardiovasculares é alta em
pacientes com coronavírus em razão à resposta
inflamatória sistêmica e distúrbios do sistema
imunológico durante a progressão da doença.
SISTEMA
• Pacientes com doenças cardiovasculares pregressas
CARDIOVASCULAR que são infectados por COVID-19 podem apresentar
um pior quadro clínico.

• Deve-se dar proteção cardiovascular durante o


tratamento de SARS-CoV-2.
SISTEMA CARDIOVASCULAR

• As DCV (doenças cardiovasculares) podem aumentar o potencial de gravidade/letalidade da


COVID-19;

• O fluxo dessa doença pode causar/potencializar complicações cardíacas, onde as mesmas


podem permanecer cronicamente;

• Mesmo sem histórico de DCV, o indivíduo pode apresentar intercorrências relacionadas ao


sistema CV;

• A miocardite fulminante é uma das graves apresentações.


SISTEMA CARDIOVASCULAR

Complicações relacionadas à miocardite fulminante:

• Lesão miocárdica aguda;


• Arritmias;
• Disfunção do ventrículo esquerdo.

Pode ocorrer complicação pela “tempestade inflamatória”, iniciada


pela invasão viral das células da superfície pulmonar que causa
diretamente uma inflamação pulmonar e a invasão dos
cardiomiócitos que causa edema, degeneração e necrose destes.
• Outro fator de lesão do sistema CV é a hipóxia. Como a lesão
pulmonar consequente do SARS-CoV-2 provoca hipoxemia,
onde a pressão parcial de oxigênio circulante e a saturação de
oxigênio diminuem progressivamente, levando ao acúmulo de
radicais livres de oxigênio, ácido lático e outros metabólitos, os
quais presentes na corrente sanguínea acabam
inevitavelmente lesionando as células do miocárdio.
SISTEMA
CARDIOVASCULAR • A lesão CV poderá ocorrer também por meio da
descompensação entre a demanda exigida pela infecção e a
capacidade de oferta de nutrientes e oxigênio pelo coração em
que, para garantir o suprimento de metabólitos celulares
sistêmicos e a demanda de energia, acaba por intensificar o
bombeamento sanguíneo, desencadeando disfunção e
insuficiência cardíaca, resultando em infarto do miocárdio
tipo 2.
SISTEMA NEUROMUSCULAR
o Manifestações neurológicas em 88% dos pacientes
graves;

o Disgeusia é uma das alterações mais frequentes;

SISTEMA o Doença cerebrovascular aguda (5,7%), alterações da


consciência (14,8%) e envolvimento musculoesquelético
NEUROMUSCULAR
(19,3%) também são achados em pacientes mais graves.

o Essas frequências são, respectivamente, 7,1, 6,7 e 4


vezes maiores do que nos casos moderados.
 Embora os mecanismos não sejam totalmente
conhecidos ainda, há crescentes evidências de que o
coronavírus invade os terminais nervosos periféricos e
SISTEMA ganha acesso ao SNC por meio de vias sinápticas.
NEUROMUSCULAR
 Além disso, a placa cribriforme ou a circulação
sistêmica são consideradas vias de entrada no cérebro.
SISTEMA NEUROMUSCULAR

A presença do vírus
causa intensa
inflamação
sistêmica
Enfraquece a
barreira
hematoencefálica,
tornando-a
permeável à
Também permite invasão viral
que mais citocinas
de diferentes locais
acessem o SNC,
desencadeando a
neuroinflamação.
SISTEMA NEUROMUSCULAR

• A invasão neural • Os núcleos do trato • Assim, sugere-se


deve ser relevada solitário recebem que a morte de
devido aos informações dos animais ou
impactos clínicos, mecanorreceptores e pacientes
quimiorreceptores
principalmente na infectados também
dos pulmões e das
reabilitação da vias aéreas.
possa ocorrer por
insuficiência disfunção
As fibras eferentes
respiratória, devido dos núcleos
cardiorrespiratória
à necessidade de ambíguos e o trato com origem no
ativação solitário fornecem tronco encefálico.
neuromuscular do inervação para os
diafragma e músculos lisos das
músculos vias aéreas,
acessórios. glândulas e
vasculatura.
o Na infecção pelo SARS-CoV-2, as células neurais sofrem
apoptose induzida pelo próprio vírus, mesmo que a condição
inflamatória seja mínima no tecido;

SISTEMA o Há consideráveis semelhanças entre o mecanismo apoptótico

NEUROMUSCULAR e a fisiopatologia das doenças desmielinizantes.

Também observadas na infecção por SARS-COV-2,


como a síndrome de Guillain-Barré e a mielite aguda.
Também presente em
pacientes com COVID- Encefalopatia
19, está associada à hemorrágica
inflamação necrosante aguda

Onde a hipercetonemia
Provocando edema,
promove destruição
hemorragia petequial e
proteolítica da barreira
necrose.
SISTEMA hematoencefálica

NEUROMUSCULAR

Através da ação da
tripsina e ativação da O que aumenta a
matriz permeabilidade vascular
metalatoprotease-9
Hipotrofismo musculoesquelético

o Essas polineuropatias desencadeadas por mecanismos


apoptóticos e inflamatórios, explicam, mesmo que
parcialmente, a redução do trofismo musculoesquelético.

SISTEMA
o Outro fator que deve ser considerado é a hipoperfusão e os
NEUROMUSCULAR
pequenos derrames isquêmicos, devido à elevação do dímero
D.
Longas Juntamente com
hospitalizações, Afetam a o impacto
isolamentos e até homeostase secundário da
mesmo distâncias muscular inatividade física e
sociais do desuso

SISTEMA
NEUROMUSCULAR
A causa da perda Nutrição
Envolvendo
de massa insuficiente e
inflamação,
muscular é administração de
imobilização,
multifatorial corticosteroides.
o Durante a fase crítica do infectado pela COVID-19 com longa
permanência em UTI, ocorre um declinio da homeostase entre
a síntese e degradação protéica com uma gradativa
diminuição da renovação proteica muscular.

o Esse aumento da degradação da proteína muscular é em


razão à atividade das vias de sinalização intracelular. O
SISTEMA sistema ubiquitina-proteassoma (principal via relacionada ao
NEUROMUSCULAR mecanismo de proteólise) apresenta duas enzimas
específicas associadas ao processo de atrofia muscular
esquelética, ativadas em resposta à inatividade e ao processo
inflamatório:
o Atrogina-1 (Atrofia Muscular F-box)
o MuRF- 1 (Músculo dedo anular -1).
O sistema
musculoesquel Reduzindo o Diminuição da
ético se adapta tamanho da função e da
à inatividade fibra muscular qualidade
física atrofia) muscular
prolongada

o As proteínas mecanossensoriais, as quais permitem às fibras


SISTEMA musculares identificar forças mecânicas, também estão envolvidas
NEUROMUSCULAR na regulação da massa muscular esquelética.

o Sua ativação, durante a contração muscular, ajusta a renovação


protéica por meio da interação com a proteína alvo mecanicista da
rapamicina (mTORC1) e com as principais vias proteolíticas: o
proteassoma e os sistemas de ubiquitina lisossomal / autofágico.
Durante a internação, os
músculos, principalmente
Apoptose das células
os dos membros
musculares (principais
inferiores, não são
mecanismos de hipotrofia)
expostos a descargas
mecânicas

Assim, provocando uma Aumento da degradação


redução da atividade proteica; Diminuição da
neuromuscular FM;
SISTEMA
NEUROMUSCULAR
Fato que estimula uma
resposta adaptativa; Síntese proteica lenta;
• Durante a imobilização em indivíduos saudáveis,
ocorre diminuição da massa (14%) e da força
muscular (16%).
SISTEMA
NEUROMUSCULAR • Com isso, pode-se deduzir que um processo
inflamatório provocado pela sepse relacionado ao
imobilismo, pode promover uma perda muscular
até 10 vezes maior do que em pessoas saudáveis.
PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO
COVID-19
OBJETIVOS

A reabilitação fisioterapêutica voltada para


indivíduos infectados pela COVID-19 visa a
melhora:
• da amplitude de movimento articular;
• de força e massa muscular periférica;
• de mobilidade para realização de transferências
no leito e fora dele;
• de condicionamento cardiorrespiratório;
• da independência funcional para os domínios
que envolvem o movimento corporal.
CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO DO PROTOCOLO

Os critérios utilizados para prescrição de um protocolo sistemático de


mobilização e/ou exercícios terapêuticos precoces:

• Nível de mobilidade prévio e atual;


• Reserva cardiovascular (pressão arterial - PA, frequência cardíaca - FC,
saturação periférica de oxigênio - SpO2 , índice de percepção de esforço (IPE)
mensurado na escala de Borg);
• Reserva respiratória (SpO2 , relação entre pressão parcial de oxigênio no
sangue arterial - PaO2 e fração inspirada de oxigênio - FiO2 (PaO2 /FiO2 ),
dispneia ao repouso ou aos esforços, frequência respiratória - FR e outros
parâmetros quando necessários;

• Presença de restrição clínica;

• Grau de força muscular (FM).


CONTRA-INDICAÇÕES

Para definir possíveis critérios para realizar a progressão do protocolo, bem como para contraindicar sua
realização, um consenso de especialistas desenvolveu um guia prático para identificar esses critérios.

Nesse guia prático, foram utilizadas cores para auxiliar na tomada de decisão: VERDE indica baixo risco de
eventos adversos. AMARELO identifica que a mobilização/exercício é possível, desde que seja discutida com a
equipe multidisciplinar e a equipe aprove a realização do protocolo. VERMELHO indica alto risco de eventos
adversos para os protocolos.

A presença de alterações cardiovasculares e/ou respiratórias descritas nas figuras 1 a 4, durante o protocolo de
mobilização e exercícios terapêuticos precoces, pode ser utilizada para interrupção ou substituição das
intervenções por uma de menor intensidade.
CONTRA-INDICAÇÕES
Figura 1 |
Considerações respiratórias avaliadas antes do
protocolo de mobilização e exercícios terapêuticos
precoces:
FiO2 = fração inspirada de oxigênio;
SpO2 = saturação de pulso de oxigênio;
FR = frequência respiratória;
PEEP = pressão positiva expiratória final;
ipm = incursões por minuto;
cmH2O = centímetros de H2O3.
CONTRA-INDICAÇÕES
Figura 2 |
Considerações cardiovasculares antes do
protocolo de mobilização e exercícios terapêuticos
precoces:
PAM = pressão arterial média;
FC = frequência cardíaca;
MP = marcapasso;
bpm = batimentos por minuto;
ECMO = oxigenação por membrana extracorpórea;
mmol = milimol3.
CONTRA-INDICAÇÕES
Figura 3 |
Considerações neurológicas antes do protocolo de
mobilização e exercícios terapêuticos precoces:
RASS = Escala de Sedação e Agitação de Richmond.
CONTRA-INDICAÇÕES
Figura 4 |
Considerações médicas e clínicas antes do
protocolo de mobilização e exercícios terapêuticos
precoces:
UTI = unidade de terapia intensiva.
INTERVENÇÕES

Principais Intervenções fisioterapêuticas para um protocolo sistemático de mobilização e/ou


exercícios terapêuticos precoces
Corresponde aos treinos de rolar no leito e de deitado
TREINO DE MOBILIDADE
PARA TRANSFERÊNCIAS para sentado, os quais são movimentos essenciais para
NO LEITO o dia-a-dia;
Visa a colocação do indivíduo na posição sentada para estímulo
TREINO DE SEDESTAÇÃO ao estresse gravitacional, à manutenção do corpo na linha média,
E CONTROLE DE TRONCO contração dos músculos abdominais e extensores de tronco;
FLEXÃO DE TRONCO SENTADO
INCLINAÇÃO DE TRONCO SENTADO
ROTAÇÃO DE TRONCO SENTADO
Compreende os movimentos realizados nos membros
CINESIOTERAPIA superiores (MMSS) e inferiores (MMII), os quais podem
ser passivos, assistidos, ativos e resistidos, conforme
colaboração e estado clínico-funcional;
FLEXÃO DE OMBROS COM BASTÃO
ABDUÇÃO DE OMBROS COM OBJETO
AGACHAMENTO APOIADO NA CADEIRA
TRIPLICE FLEXÃO DE MMII APOIADO NA CADEIRA
DESCER/SUBIR DEGRAU
AGACHAMENTO SUMÔ ASSOCIADO A REMADA
AGACHAMENTO UNILATERAL NA CADEIRA
INCLINAÇÃO DE TRONCO COM MÃOS NA CINTURA
PONTE
PRANCHA
FLEXÃO DE OMBROS COM BANDA ELÁSTICA
ABDUÇÃO DE OMBROS COM BANDA ELÁSTICA COM PACIENTE
AJOELHADO
ADUÇÃO DE OMBROS COM BANDA ELÁSTICA EM SEDESTAÇÃO
NA BOLA SUÍÇA
EXTENSÃO DE OMBROS COM BANDA ELÁSTICA
AGACHAMENTO ASSOCIADO A FLEXÃO DE OMBRO COM BANDA
ELÁSTICA
AGACHAMENTO NO DISCO DE EQUILÍBRIO
FLEXÃO DE OMBROS COM HALTER EM DECÚBITO DORSAL
FLEXÃO DE OMBROS COM HALTER NA BOLA SUÍÇA
ABDUÇÃO DE OMBROS COM HALTER NA BOLA SUÍÇA
AGACHAMENTO ISOMÉTRICO ASSOCIADO A ABDUÇÃO DE
OMBRO
POLICHINELO HORIZONTAL COM AGACHAMENTO
AGACHAMENTO ASSOCIADO A FLEXÃO DE OMBRO COM BARRA
AFUNDO NO TRX (AGACHAMENTO UNILATERAL)
AGACHAMENTO NO TRX
ABDOMINAL RESISTIDO COM HALTER NA BOLA SUÍÇA
Estimulação elétrica de músculos periféricos, para evitar perda de
massa muscular, preservar a FM de pacientes sedados e para
potencializar a contração muscular para realização de alguma
ELETROESTIMULAÇÃO ELÉTRICA
NEUROMUSCULAR: atividade nos pacientes colaborativos. É necessário que o
indivíduo esteja sem uso de drogas vasoativas e sem
desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio para que haja
indicação;
TREINO DE MARCHA Corresponde ao treino de realização da marcha com ou
sem auxílio;
CICLOERGOMETRIA Mobilização passiva ou assistida dos membros com uso
EM MMSS E MMII
de cicloergômetro eletrônico.
TREINAMENTO DA Melhora da capacidade funcional respiratória e da
MUSCULATURA RESPIRATÓRIA qualidade de vida dos pacientes.
RESPIRAÇÃO COM ABDUÇÃO DE OMBRO

INSPIRAÇÃO INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO


RESPIRAÇÃO TORÁCICA

INSPIRAÇÃO INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO


INSTRUMENTOS PARA FORTALECIMENTO DA MUSCULATURA
RESPIRATÓRIA
Melhora da capacidade inspiratória

PowerBreathe Threshold IMT


THRESHOLD IMT
- Inspiração
POWER BREATHE
- Inspiração
POWER BREATHE
- Associar à exercícios ativos

• Flexão de ombros com


• Abdução de ombros
carga associado à
com carga associado à
inspiração com
inspiração com
PowerBreathe.
PowerBreathe.
POWER BREATHE
- Associar à exercícios ativos

• Agachamento associado à
inspiração com
PowerBreathe.

• Ponte associada à inspiração


com PowerBreathe.
COVID-19 E SUAS IMPLICAÇÕES NOS
DEMAIS SISTEMAS
TECIDO EPITELIAL E COVID-19

O tecido epitelial e a coagulação (sangue) estão


diretamente ligados, podendo ser acometidos pelo
coronavírus.

SARS-CoV-2 afeta
Sintomas cutâneos:
principalmente o epitélio
 Erupção cutânea eritematosa;
das vias aéreas.
 Urticária;
 Lesões semelhantes a catapora;
* Dependendo da lesão cutânea, pode ser um sinal
do agravamento da doença.
PSICOLÓGICO E A COVID-19

Artigos recentes objetivam estudar o impacto


psicopatológico da COVID-19 em pacientes que
sobreviveram a infecção, levando em conta os efeitos
das medicações utilizadas e preditores clínicos.

No seguinte estudo de Mazza et. al (2020), foram


selecionados 402 adultos sobreviventes do
SARS-CoV-2 para sintomas psiquiátricos após um
mês de acompanhamento depois da alta
hospitalar.
PSICOLÓGICO E A COVID-19

Foi realizado uma entrevista clínica e uma bateria de


questionários de autorrelato.

Foram coletadas: Objetivo de investigar:

 informações sociodemográficas;  Transtorno de estresse pós-traumático

 dados clínicos; (PTSD);

 marcadores inflamatórios basais;  Depressão;

 níveis de saturação de oxigênio de  Ansiedade;

acompanhamento.  Insônia;
 Sintomatologia obsessivo-compulsiva (CO).
PSICOLÓGICO E A COVID-19

Como resultado, houve uma porcentagem significativa de pacientes que se


autoavaliaram na faixa psicopatológica:

56%
pontuaram na
20% para faixa
28% para 31% para 42% para 40% para
sintomas de patológica em
PTSD depressão ansiedade insônia
CO pelo menos
uma dimensão
clínica.
FÍGADO E COVID-19

Sintomas digestivos com prevalência em pacientes


com SARS-CoV-2 que devem ser observados com
atenção:

• Podem ocorrer na
anorexia náusea AUSÊNCIA de quaisquer
sintomas respiratórios.

náusea vômito
FÍGADO E COVID-19

É de extrema importância o monitoramento das


dor de
enzimas hepáticas (ex: transaminases).
cabeça ao náusea
acordar

saburra
Os sintomas ao lado, após a infecção com Covid, zumbido
amarelada
no ouvido
na língua
podem ser um alerta no cuidado com seu fígado.
INTESTINO E COVID-19

RNA do SARS-CoV-2 é encontrado nas FEZES de


pacientes infectados.

A microbiota intestinal pode


influenciar nas doenças
Profilaxia: Realizar uma nutrição especializada e pulmonares e assim vice e versa.
suplementação visando a melhora da imunidade,
melhora a função da microbiota intestinal. Com
isso, o impacto do coronavírus pode ser reduzido
em pacientes do grupo de risco.
INTESTINO E COVID-19

Estudos trazem que uma dieta rica em fibras e à


base de vegetais pode ser benéfico por repor e
nutrir a microbiota intestinal com micróbios
proveitosos, aumentando a imunidade do
indivíduo.
Além de método preventivo e de
tratamento, a dieta personalizada pode
melhorar a queda de cabelo e a redução do
paladar pós infecção pela COVID-19.
Referencial
Anxiety and depression in COVID-19 survivors: Role of inflammatory and clinical predictors. Mario
Gennaro Mazza et al. Brain Behav Immun. 2020 Oct.

Teórico
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Referencial
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