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Assistência de enfermagem a pacientes

com infecção hospitalar: atuação do


enfermeiro na prevenção e controle de
infecções no sistema de precauções e
isolamento e para segurança do paciente

Profª. Drª. Flávia Barreto Tavares Chiavone


Os riscos de morrer em um

É mais perigoso hospital são de um para 300,


enquanto em um acidente

andar de avião ou aéreo ele seria de um em 10


milhões de passageiros.

ir à um hospital?
Publicação
Criação
Iniciou o do relatório Programa
da Aliança
processo de “to err is Nacional
Mundial
acreditação human” para a SP.
para SP;
hospitalar pelo IOM;

1960- 1999- 2001-


1950 2004 2009 2013
1970 2000 2002
Somente
1999 foi
criada a Criação da Criação da
Auditoria
Organização rede Classificação
Médica – Internacional
Nacional de Sentinela
Revisão de para SP;
Acreditação no Brasil;
(ONA) no casos;
Brasil
História da Segurança
do Paciente

◦ Em 2000, o Institute of Medicine dos Estados


Unidos publicou o estudo To Err Is Human,
demonstrando que mais de 98 mil pessoas no
país morriam anualmente como resultado de
erros médicos que deveriam ser controlados
mediante ações sistêmicas em vez de
individuais.
Relatório IOM- “to err is
human” 4 pontos
fundamentais

O “erro médico” é um sério problema

A causa é “bad systems not bad people”

É fundamental colocar a Segurança do Doente


como uma preocupação nacional (local)

É preciso redesenhar os sistemas


Perante isso…

Em 2004 a OMS lançou o Aliança


Mundial para a segurança do
paciente.

Segurança do paciente para propor medidas para reduzir


os riscos e evitar eventos adversos.

2 desafios globais:
Diminuição de infecção associadas ao cuidado (Higiene
das mãos)
Cirurgia Segura
2001: “Ausência de danos

O que é causados pela atenção à saúde,


que supostamente deveria ser

Segurança
benéfica.”

do 2009: “Redução, a um mínimo

Paciente? aceitável, do risco de dano


desnecessário associado ao
cuidado de saúde.”
Classificação Internacional para a
Segurança do Paciente (ICPS)
◦ Criada em 2009 pela OMS;

◦ Desenvolvida pela OMS para facilitar a comparação, medição, análise e


interpretação de informações para melhorar o cuidado do paciente;

◦ Apresenta 48 conceitos-chave e termos usados com frequência;

◦ Possui caráter dinâmico.


Tipos de incidentes

TERMO
(Equivalente em DEFINIÇÃO OBSERVAÇÕES
inglês)

Incidente de Evento ou circunstância que pode


É o termo mais global, consistente
segurança (Patient provocar, ou provocou, dano
com a definição de segurança.
safety incident) desnecessário a um paciente.
Incidente

Com base nas definições da CISP, é uma


redundância utilizar termo evitável para
Evento ou circunstância que se referir a um evento adverso.
pode provocar, ou provocou,
dano desnecessário
Quando a CISP incluiu o termo “dano
desnecessário ao paciente” na definição
de incidente, eliminou o termo evitável,
de modo que todo evento adverso é
Circunstância
Near Miss
evitável.
Incidente sem dano Incidente com dano
Notificável

Houve potencial Incidente que Incidente que


significativo Incidente que atingiu o resulta em dano
para o dano, não atingiu o paciente, mas ao paciente
mas o incidente paciente não causou (Evento
não ocorreu dano Adverso)
Outros conceitos/termos
TERMO DEFINIÇÃO OBSERVAÇÕES
Falha na implementação de uma ação Pode ser classificado como erros de comissão (fazer
prevista (panned action), ou aplicação algo incorreto) ou de omissão (não fazer algo que
de um plano de ação incorreto deveria ser feito). Entende-se que os são
Erro
(incorrect plan). intrinsecamente involuntários; se foram cometidos
deliberadamente, são violações das normas ou
procedimentos.
Ocorrência inesperada que implique em
Evento
morte ou perda grave e permanente de -
Sentinela
função.
Dano inesperado produzido por um É um termo e um esclarecimento necessário. Visto
Reação tratamento justificado. que o tratamento está plenamente justificado e a
adversa reação foi completamente inesperada, não
caracteriza estritamente um incidente de segurança
Efeito conhecimento de um tratamento, Entende-se que o efeito principal é suficientemente
Efeito
diferente do principal ou desejado. benéfico para valer a pena o risco do efeito
secundário
secundário, que por sua vez deve ser controlado.
Adaptado de: The Conceptual Framework for the Internacional Classification for Patient Safety. Final Technical Report. Enero 2009. WHO, Geneva.
“ Os serviços de saúde são mais
complexos que qualquer indústria,
considerando as relações, tipos de
especialistas, subespecialistas, tipos
de pessoal, etc. Quanto mais
complexo for um sistema, maior a
sua probabilidade de conter falhas.”
J. Reason
Programa Nacional para a SP
◦ Art. 7º Compete ao CIPNSP:
◦ I - propor e validar protocolos, guias e manuais voltados à segurança do paciente em diferentes
áreas, tais como:
◦ a) infecções relacionadas à assistência à saúde;
◦ b) procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia;
◦ c) prescrição, transcrição, dispensação e administração de medicamentos, sangue e
hemoderivados;
◦ d) processos de identificação de pacientes;
◦ e) comunicação no ambiente dos serviços de saúde;
◦ f) prevenção de quedas;
◦ g) úlceras por pressão;
◦ h) transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e
◦ i) uso seguro de equipamentos e materiais.
Evitar... Sequência de Vítimas

1º Vítima – o paciente 3º Vítima – organização de saúde


2º Vítima – o profissional de
saúde
PLANO DE
AÇÃO GLOBAL
PARA A
SEGURANÇA DO
PACIENTE 2021-
2030
EM BUSCA DA ELIMINAÇÃO
DOS DANOS EVITÁVEIS NOS
CUIDADOS DE SAÚDE
PLANO DE AÇÃO GLOBAL PARA A
SEGURANÇA DO PACIENTE 2021-2030

Aprovado pela “74ª Assembleia Mundial da


Saúde (2021);

Buscará relatar o progresso na


implementação do Plano de Ação
Global para a Segurança do Paciente
2021–2030 em 2023 e a cada dois anos;
A segurança do paciente é: “Uma estrutura
de atividades organizadas que cria culturas,
processos, procedimentos, comportamentos,
tecnologias e ambientes na área da saúde
que reduz riscos de forma consistente e
sustentável, diminui a ocorrência de dano
evitável, torna os erros menos prováveis e
reduz o impacto do dano quando este
ocorrer. ”
Ações de Segurança
do Paciente
◦ Disclosure:
◦ O disclosure é o processo no qual um evento adverso
é comunicado ao paciente/ familiar, sendo
responsabilidade ética dos profissionais de saúde, a
divulgação desses eventos adversos;

◦ Uso de protocolos clínicos;

◦ Indicadores da qualidade;

◦ Ferramentas da qualidade.
Ferramentas da
Qualidade
◦ Masp (método de análise e solução de problemas):
◦ Analisar e priorizar problemas;
◦ Identificar as situações que exigem atenção e
muitas vezes não estão claras;
◦ Estabelecer o controle dessas situações;
◦ Planejar o trabalho de solução dessas situações.
◦ Pdca (Plan-Do-CheCk-aCT):
◦ Busca tornar claro o fluxo para obtenção da
melhoria da qualidade de processos;
◦ Pode ser utilizado como base para o MASP ou de
forma isolada.
Ferramentas da
Qualidade
◦ Lean Six Sigma (LSS):

◦ Metodologia que procura a redução de


desperdícios e variabilidade;

◦ Consiste em um sistema disciplinado de avaliação


daquilo que é crítico para a qualidade e
satisfação do cliente, por meio de metodologias
estatísticas rigorosas.
Para se atingir a SP é necessário
adotar medidas de biossegurança e
educação!
Biossegurança

◦ Condição de segurança alcançada por um


conjunto de ações destinadas a prevenir,
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às
atividades que possam comprometer a saúde
humana, animal e o meio ambiente.

◦ Visa reduzir as infecções relacionas à


assistência a saúde (IRAS);

ANVISA, 2014
História do controle
de Infecções
◦ Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865), médico
húngaro;
◦ 1847: Pioneiro do controle de infecção e
epidemiologia hospitalar;
◦ “Partículas cadavéricas” transmitidas pelas mãos
dos estudantes de medicina levavam a febre
puerperal e óbitos;
◦ Lavagem das mãos de estudantes e médicos
com solução clorada antes do contato com
as pacientes.
História do controle
de Infecções
◦ Florence Nightingale (1820-1910), enfermeira:
◦ Durante a guerra da Criméia (1853-1856);
◦ Preocupava-se com a melhora do
atendimento médico mas também se
preocupou com a organização;
◦ Foi pioneira na utilização de gráficos para
apresentar os dados de forma clara.
História do controle de Infecções
◦ Seus argumentos comprovam a relação direta entre as condições sanitárias e
as complicações pós-operatórias;

◦ Valorizou práticas de higiene como: limpeza do ambiente, preparo


adequado de alimentos, troca de roupa de cama, área física, fluxos de
materiais limpos e sujos e até controle de ar ambiente.
ATUALMENTE UMA DAS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES
EM RELAÇÃO A SP, BIOSSEGURANÇA E QUALIDADE
DOS SERVIÇOS DE SAÚDE É A REDUÇÃO DOS RISCOS
DE INFECÇÃO RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À
SAÚDE (IRAS)
Infecções relacionadas à
assistência à saúde (IRAS)
◦ As infecções relacionadas à assistência à saúde
(IRAS) são um dos eventos adversos mais frequentes
associados à assistência à saúde;

◦ Um grave problema de saúde pública, pois


aumentam a morbidade, a mortalidade e os custos
a elas relacionados;

◦ Afetar de forma negativa a segurança do paciente


e a qualidade dos serviços de saúde.

(ANVISA, 2021).
Infecções relacionadas à assistência
à saúde (IRAS)
◦ São as infecções adquiridas no hospital, ou seja, diagnosticadas 48 a 72 horas após
a admissão do paciente ao hospital e que não estavam em incubação no
momento da sua chegada.

◦ No caso de cirurgias, são consideradas IRAS as infecções que ocorrem até 30 dias
após a sua realização e se houver a colocação de próteses, este período
prolonga-se até um ano.

◦ As principais IRAS são: Pneumonia Relacionada à Assistência à Saúde, Infecções do


Trato Urinário, infecções da corrente sanguínea (ICS), Infecção de sítio Cirúrgico
(ISC).
(Portaria 2616/98; ANVISA, 2017; CDC, 2015).
Infecção relacionada à assistência à
saúde (IRAS)

◦ Consiste é um risco do ambiente hospitalar e


depende de um reservatório, modos de transmissão e
um hospedeiro suscetível;
◦ Mas devem ser controlados por ações de todos os
profissionais de saúde e pela instituição da Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH):
◦ Consiste em um órgão de assessoria à autoridade
máxima da instituição e de planejamento e
normatização das ações de controle de infecção
hospitalar;
◦ Formada por uma equipe multidisciplinar.

ANVISA, 2016
Pneumonia Relacionada à
Assistência à Saúde

◦ Estas infecções são responsáveis por 15% das


infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS);

◦ E 25% de todas as infecções adquiridas nas


unidades de terapia intensiva (UTI);

◦ A notificação de pneumonia associada a VM


ocorridas nas UTIs brasileiras, tornou-se obrigatória a
partir de 2017;
Pneumonia Relacionada à
Assistência à Saúde
◦ Os fatores de risco para pneumonia relacionada à assistência à saúde podem ser
agrupados em quatro categorias:
◦ 1. Fatores que aumentam a colonização da orofaringe e estômago por
microrganismos (administração de agentes antimicrobianos, admissão em UTI ou
presença de doença pulmonar crônica de base);
◦ 2. Condições que favorecem aspiração do trato respiratório ou refluxo do trato
gastrintestinal;
◦ 3. Condições que requerem uso prolongado de ventilação mecânica com exposição
potencial a dispositivos respiratórios e contato com mãos contaminadas ou
colonizadas;
◦ 4. Fatores do hospedeiro como: extremos de idade, desnutrição, condições de base
graves, incluindo imunossupressão.
Medidas específicas recomendadas para
prevenção de pneumonia

◦ Manter decúbito elevado (30- 45°); ◦ Indicação e cuidados com o sistema de


◦ Adequar diariamente o nível de sedação e o aspiração;
teste de respiração espontânea; ◦ Evitar extubação não programada (acidental)
e reintubação;
◦ Aspirar a secreção subglótica rotineiramente;
◦ Monitoramento da pressão de cuff;
◦ Fazer a higiene oral com antissépticos;
◦ Fazer uso criterioso de bloqueadores◦ Dar preferência a intubação orotraqueal;
neuromusculares; ◦ Cuidados com inaladores e nebulizadores ;
◦ Dar preferência por utilizar ventilação◦ Sonda enteral na posição gástrica ou pos-
mecânica não-invasiva; pilórica;
◦ Cuidados com o circuito do ventilador; ◦ Processamento de produto de assistência
◦ Indicação e cuidados com os umidificadores; respiratória;
INFECÇÕES DO
TRATO URINÁRIO
◦ As ITUs são responsáveis por 35-45% das IRAS em
pacientes adultos;
◦ O crescimento bacteriano inicia-se após a
instalação do cateter, numa proporção de 5-10%
ao dia;
◦ O potencial risco para ITU associado ao cateter
intermitente é menor, sendo de 3,1% e quando na
ausência de cateter vesical de 1,4%;
MEDIDAS DE
PREVENÇÃO DE
ITU-AC
Infecção da
Corrente Sanguínea
◦ Nos Estados Unidos da América (EUA), a
mortalidade atribuível a ICS geralmente
ultrapassa os 10%, podendo chegar a 25% em
pacientes de maior risco;
Recomendações para cateteres periféricos;

Recomendações para cateteres centrais de


Medidas de inserção periférica (picc);

Prevenção
Recomendações para cateter semi-implantáveis
ou tunelizados;

contra Recomendações
implantável;
para cateter totalmente

Infecção Recomendações para cateteres umbilicais;

da Corrente Recomendações
periféricos;
para cateteres arteriais

Sanguínea Recomendações para dispositivo intraósseo;

Recomendações para infusão subcutânea


contínua (hipodermóclise).
Medidas Gerais de Prevenção contra
Infecção da Corrente Sanguínea

Seleção do Cobertura,
Higiene das Preparo da
cateter e sítio fixação e
mãos; pele;
de inserção; estabilização;

Flushing e Cuidados Troca e/ou


Medidas
manutenção com o sítio Remoção do
educativas;
do cateter; de inserção; cateter;
Infecção de Sítio
Cirúrgico (ISC)
◦ As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são as
complicações mais comuns decorrentes do ato
cirúrgico, que ocorrem no pós-operatório em cerca
de 3 a 20% dos procedimentos realizados, tendo um
impacto significativo na morbidade e mortalidade
do paciente;
◦ As ISC são consideradas eventos adversos
frequentes, decorrente da assistência à saúde dos
pacientes que pode resultar em dano físico, social
e/ou psicológico do indivíduo, sendo uma ameaça
à segurança do paciente;
Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC)
◦ Recomendações básicas para todos os serviços de saúde:
◦ Antibioticoprofilaxia;
◦ Tricotomia;
◦ Controle de glicemia no pré-operatório e no pós-operatório imediato;
◦ Manutenção da normotermia em todo perioperatório;
◦ Otimizar a oxigenação tecidual no peri e pós-operatório;
◦ Utilizar preparações que contenham álcool no preparo da pele;
◦ Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica;
◦ Utilizar protetores plásticos de ferida para cirurgias do trato gastrointestinal e biliar;
◦ Realizar vigilância por busca ativa das ISC;
◦ Educar pacientes e familiares sobre medidas de prevenção de ISC.
PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES
RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (PNPCIRAS) 2021 a 2025

Objetivo Geral:
• Definir as metas e ações estratégicas nacionais para a prevenção e o
controle das IRAS e da RM em serviços de saúde para o período de 2021 a
2025.

Objetivos específicos:
• 1. Promover a implementação e o fortalecimento dos programas de
prevenção e controle de IRAS, em todos os níveis de gestão e assistência.
• 2. Aprimorar o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica das IRAS e RM.
• 3. Ampliar o monitoramento da adesão às diretrizes nacionais e aos
protocolos de prevenção e controle de infecções (PCI).
• 4. Reduzir nacionalmente a incidência das IRAS prioritárias.
• 5. Prevenir e controlar a disseminação de microrganismos multirresistentes
prioritários nos serviços de saúde.
COMO REDUZIR
AS IRAS E
INFECÇÕES?
Riscos de Infecção
◦ Fatores intrínsecos:
◦ Estão relacionados ao paciente;
◦ Internamento em UTI, recém-nascidos, prematuros, idosos, portadores de câncer,
pessoas vivendo com AIDS e submetidos a procedimentos de risco.

◦ Fatores extrínsecos:
◦ Transmissão de agentes contaminantes dos profissionais, pacientes, materiais,
soluções e ambientes;
◦ Falhas no processo de esterilização, no preparo de medicações parenterais,
execução de procedimentos invasivos, técnicas de lavagem das mãos e a não
execução de precauções de isolamento.
CONCEITOS
GERAIS

◦ Contaminação;

◦ Colonização;

◦ Infecção.
◦ Contaminação:

◦ É a presença de microrganismos em superfície


corpórea (não implica estado de portador) ou
inanimada ou mesmo em substâncias

CONCEITOS incluindo água e alimentos.

◦ Ex: microbiota transitória.


GERAIS ◦ Colonização:

◦ Ocorre quando os microrganismos se


multiplicam sem causar dano ao hospedeiro.
CONCEITOS GERAIS

◦ Microbiota residente: • Microbiota transitória:


Microrganismos que vivem e Microrganismos adquiridos por
multiplicam-se nas camadas contato direto com o meio
profundas da pele, glândulas ambiente, outros indivíduos e
sebáceas e folículos pilosos.
contaminam a pele
temporariamente.

Colonização Contaminação
Ao realizar o preparo da pele
para procedimentos invasivos,
estamos eliminando
temporariamente a microbiota
normal da pele (tanto a
residente quanto a transitória)
para que ela não contamine a
área do procedimento…
Conceitos Gerais
◦ Infecção

◦ Causada pela invasão de agentes externos no organismo do indivíduo que


causam prejuízo ao organismo (bactérias, vírus, fungos);

◦ Ex: abscesso, gripe, infecção de FO, flebite, etc.


Acidentes:
• Situação de vulnerabilidade em que afeta a
integridade do indivíduo e seu bem estar físico e
psíquico;

Ergonômicos:

Riscos do
• Fatores que afetam as características psicofisiológicas
do trabalhador, relacionadas ao ambiente de
trabalho;

Ambiente Físicos:

Hospitalar • Diferentes formas de energia que expõe o trabalhador.


Ex.: temperatura, pressão, radiação;

Químicos:
• Composto químicos que possam adentrar no
organismo do indivíduo por diferentes vias;

Biológicos:
• Microrganismos do ambiente (bactérias, vírus, fungos,
parasitas etc).
Redução de riscos no
ambiente hospitalar

◦ Utilização adequada do EPI:

◦ É o equipamento de proteção
individual;

◦ Deve ser utilizado de acordo com o


tipo de risco oferecido;

◦ Os EPI’s padrões do ambiente


hospitalar consistem em Jaleco, luvas,
máscara cirúrgica, óculos de proteção,
sapato fechado e touca.
Redução de riscos no ambiente
hospitalar

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Conhecer e respeitar os Realizar ações de
tipos de controle de infecções
isolamento/precauções: em consonância com a
CCIH da instituição.
Redução de
riscos no Precaução Padrão;
ambiente Precaução de contato;
hospitalar:
Tipos de Precaução para Gotículas;
precauções Precaução de aerossóis:
Redução de riscos no
ambiente hospitalar

◦ Outros tipos de precauções:

◦ Precaução para imunossuprimidos;

◦ Precaução de vigilância.
Cuidado com adornos e unhas!!!
Antes da higienização das mãos é recomendado REMOVER TODOS OS
ADORNOS dos dedos e punho e NÃO usar UNHAS POSTIÇAS E OU LONGAS,
aumentam a taxa de colonização das mãos.
Outros EPI’S
DESCARTE ADEQUADO DE MATERIAIS
Manuseio de Materiais Estéreis
◦ Deve ser feito:
◦ Após o contato com o paciente;
◦ Após a contaminação com sangue e fluidos
Descontaminação orgânicos;
◦ Após cada utilização e a intervalos regulares
do Equipamento predefinidos, como parte do procedimento de
limpeza;
Clínico
◦ Antes de inspeção, manutenção e reparação.
Assepsia:

• O conjunto de medidas que


utilizamos para impedir a
penetração de microorganismos
Descontaminação em um ambiente
logicamente não os tem.
que

do Equipamento
Clínico Antissepsia:

• O processo de eliminação ou
inibição do crescimento dos
microrganismos na pele e
mucosas.
Descontaminação do
Equipamento Clínico
◦ Varia com o tipo de material e o contato que ele tem
com o paciente;
◦ Críticos:
◦ Entra em contato com vasos sanguíneos e ou tecidos
do paciente;
◦ Ex.: Instrumentos cirúrgicos, pinças para curativos,
aventais cirúrgicos.
◦ Semi Críticos:
◦ Materiais que entram em contato com a mucosa ou
pele não íntegra do paciente;
◦ Ex.: Materiais de oxigenoterapia, laringoscópio.
◦ Não Críticos:
◦ Entram em contato com a pele íntegra do paciente;
◦ Ex.: Estetoscópio, termômetro, aparadeira.
Limpeza:
É o procedimento antimicrobiano de remoção de
sujidades e detritos.
Ex.: materiais não críticos.

Descontami Desinfecção:
nação do Utilização de agente físico ou químico destruindo
microrganismos patogênicos em forma vegetativa.
Equipamen Ex.: materiais semi críticos.

to Clínico Esterilização:
Remoção de todas as formas de vida microbiana
de um objeto ou espécie por meio de agentes
físicos ou químicos.
Ex: materiais críticos.
Críticas:

• São aquelas onde existe um risco maior de


haver transmissão de infecções;
• Ex.: Salas de cirurgias e de parto; banco de
sangue; UTI adulto e neonatal Central de
material; área de isolamento.

Descontaminação Semi-críticas:

de áreas • São todas as unidades onde se encontram


os pacientes internados, mas cujo risco de
hospitalares transmissão é menor;
• Ex.: Enfermarias, ambulatórios.

Não-críticas:

• São todas as áreas não ocupadas por


pacientes e onde não são realizadas
atividades de risco;
• Ex: Administração, almoxarifado e auditório.
Descontaminação de áreas
hospitalares
◦ Limpeza concorrente:
◦ Realizada diariamente e logo após exposição à
sujidade;
◦ Inclui o recolhimento do lixo, limpeza do piso e
superfícies do mobiliário geralmente uma vez por
turno, além da limpeza imediata do local quando
exposto à material biológico.

◦ Limpeza terminal:
◦ É realizada semanal, quinzenal ou mensalmente
conforme a utilização e possibilidade de contato e
contaminação de cada superfície;
◦ Inclui escovação do piso e aplicação de cera,
limpeza de teto, luminárias, paredes, janelas e
divisórias.
Descontaminação de áreas hospitalares

Área Concorrente Terminal

Crítica Duas vezes por turno Semanal

Semi Crítica Uma vez por turno Quinzenal

Não Crítica Duas vezes ao dia Mensal


Referências
◦ Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E
CONTROLE DE INFECÇÕES. Brasília: Anvisa, 2021.
◦ Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada
à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.
◦ Ferreira LL, Azevedo LMN, Salvador PTCO, Morais SHM, Paiva RM, Santos VEP. Nursing care in
Healthcare-Associated Infections: a Scoping Review. Rev Bras Enferm. 2019;72(2):476-83. doi:
http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0418
◦ WHO. Save Lives: Clean Yours Hands. Guide to the Implemention of the WHO Multimodal Hand
Hygiene Improvement Strategy, 2009.
◦ WHO. Guidelines on Hand Hygiene in Health Care. First Global Patient Safety Challenge. Clean
Care is Safer Carer, 2009.
◦ OMS. Plano de ação global para a segurança do paciente 2021-2030: Em busca da eliminação
dos danos evitáveis nos cuidados de saúde. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2021.
OBRIGADA!

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