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MIGRAÇÃO DE

RÁDIO AM PARA FM:


O GUIA COMPLETO!
Introdução 3

O que é a migração? 5

As vantagens do dial estendido 8

Atual estágio 12

Conclusão 16

Sobre a Teletronix 18
3

Nove em cada 10 brasileiros são


Introdução ouvintes assíduos do rádio. Uma
pesquisa realizada pelo Ibope com
pessoas que vivem em 13 regiões
metropolitanas do Brasil traçou o
seguinte perfil médio do ouvinte
de rádio: idade entre 30 e 39 anos,
consumo diário que varia de 2 horas
e 56 minutos (Brasília) a 4 horas e 39
minutos (Vitória) e com preferências
por programas noticiosos (65%),
musicais (47%) e religiosos (19%).
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Para chegar nesse nível de popularidade, De lá para cá, foram muitas mudanças.
o rádio brasileiro passou por inúmeras A partir de 1923 surgiram as primeiras
transformações. A primeira transmissão se emissoras em diversas capitais brasileiras,
deu há 95 anos, no dia 7 de setembro de mas a primeira regulamentação da atividade
1922, quando o então presidente da República radiodifusora foi feita por Getúlio Vargas em
Epitácio Pessoa fez um discurso durante 1931, quando o governo brasileiro adotou,
um evento de comemoração ao dia da oficialmente, o modelo norte-americano.
Independência.
Quase um século depois da primeira
Para se ter uma ideia, a transmissão foi feita transmissão, o rádio brasileiro vive mais
por meio de um transmissor de 500 watts um momento decisivo com a migração das
instalado no alto do morro do Corcovado, emissoras do AM para o FM. Para que você
um dos pontos mais altos da então capital possa entender tudo o que vai acontecer
brasileira, Rio de Janeiro, e havia apenas 80 daqui para frente com relação a esse
receptores espalhados pela cidade carioca, processo, produzimos um guia completo
além dos municípios de Niterói e Petrópolis sobre o assunto.
(onde a população acompanhou, curiosa,
aquela novidade). Boa leitura!

INTRODUÇÃO
5

Com o passar dos anos e com


a evolução da tecnologia de
radiodifusão, foram criadas duas
faixas: a AM (Amplitude Modulada)
e a FM (Frequência Modulada).
Basicamente, as diferenças entre as
duas faixas tem a ver com a qualidade
O que é a do sinal e o alcance.

migração? No caso do AM, como a onda de rádio


percorre uma distância maior (o que permite
que uma emissora AM chegue a receptores
mais distantes do transmissor), ela está
mais sujeita a ruídos e interferências, o que
compromete a qualidade do sinal. Já no caso
da FM, embora a distância percorrida seja
menor, a qualidade do sinal é maior, devido à
menor chance de sofrer interferência.
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Essa diferença na qualidade do sinal AM Esse cenário resultou na queda de


e FM acabou criando uma particularidade audiência dessa faixa, migração do
também na programação das emissoras. Ao público para FM e estagnação no número
longo do tempo, as rádios AM ficaram mais de pedidos de outorga no AM.
conhecidas pelos programas informativos
e prestação de serviços. Já a FM se tornou Ao contrário, as emissoras
berço de programas musicais. FM vêm atraindo novos
anunciantes e abrindo
FIM DA RÁDIO AM E novas perspectivas.
CRESCIMENTO DA FM
No entanto, todo esse movimento criou
A má qualidade do sinal AM foi um uma grande concorrência pelo espaço
dos fatores para que o FM se firmasse no FM, afinal, o dial é limitado e em
como a faixa preferencial entre os algumas cidades já está praticamente
ouvintes no Brasil. Mais recentemente, o completo. Tradicionalmente, o dial
aumento do uso de aparelhos de celular, começa em 87.7 MHz e termina em 107.9
computadores e até mesmo lâmpadas MHz, o que significa que há um limite
fluorescentes contribuíram para um que deve ser respeitado para que o sinal
aumento das interferências no sinal AM. de uma não interfira na outra.

O QUE É A MIGRAÇÃO?
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Com esse conflito, muitas emissoras


começaram a reivindicar que a faixa AM
deixasse de existir para que o governo pudesse
regulamentar uma extensão do dial FM, o que
culminaria em mais espaço nessa faixa.

Com isso, em 2013, a então presidente Dilma


Rousseff assinou um decreto que permite a
migração das emissoras do AM para o FM.
Essa migração atende a uma reivindicação da
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio
e TV (Abert) e tem como objetivo principal
fortalecer as emissoras de rádio que hoje
são prejudicadas pela interferência no dial
AM, inclusive com a possibilidade de serem
sintonizadas em smartphones e tablets (que
só captam sinal FM e tem atraído boa parte
do público de rádio no país).

O QUE É A MIGRAÇÃO?
8

Como dissemos, com a queda de


audiência e qualidade do sinal AM
e a migração do público para as
emissoras FM, houve um aumento da
concorrência nessa faixa. Como o dial
tem espaço limitado, o fim da rádio
AM permitirá a criação do chamado
As vantagens do dial estendido, que vai de 76.1 MHz
até 87.5 MHz, devendo ser utilizado
dial estendido em grandes centros onde o espectro
está completamente cheio, como são
os casos de São Paulo, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, Curitiba, entre outras
capitais.

A seguir, listamos 5 vantagens do dial


estendido e da migração de rádio AM para FM.
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MELHOR QUALIDADE DE ÁUDIO

Talvez a principal mudança de todo o MAIOR QUANTIDADE


processo seja a garantia de melhor qualidade DE CANAIS NO FM
de som das emissoras que atuam no
AM e terão a oportunidade de ingressar A maior diversidade de emissoras — e,
no FM. Como já mencionamos ao longo consequentemente, de vozes, programação
deste material, a interferência das ondas e pontos de vista — é uma das principais
eletromagnéticas na faixa AM é bem maior vantagens do dial estendido.
que na faixa FM, o que, inclusive, foi um
dos fatores que contribuiu para a queda de Isso porque, para acomodar o maior
preferência da faixa AM. número de emissoras FM nessa
transição da rádio AM para o FM,
Com a migração AM para FM, o áudio ficará algumas regiões terão estações
mais “limpo” e “claro”, o que melhora a começando em 76.1 MHz.
qualidade do som para o ouvinte.

AS VANTAGENS DO DIAL ESTENDIDO


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AUMENTO DA AUDIÊNCIA

Embora a emissora AM tenha uma


amplitude maior de audiência, já
que alcança um maior número de
cidades, seu número de ouvintes
tende a aumentar no FM. Em
primeiro lugar, por conta da
melhoria na qualidade do áudio.

Em segundo lugar, por causa da


possibilidade de transmissão
também via internet, o que
permite que a emissora seja
sintonizada em qualquer lugar
do mundo.

AS VANTAGENS DO DIAL ESTENDIDO


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CONVERGÊNCIA DIGITAL

Nas décadas seguintes à sua criação, na AUMENTO NAS CONTRATAÇÕES


chamada Era de Ouro do rádio, o aparelho
tinha a função de unir família e vizinhos Há uma estimativa do setor de radiodifusão
para que escutassem o noticiário ou as e também do governo federal de que a
famosas radionovelas. Com o surgimento migração AM para FM deve estimular as
de equipamentos cada vez menores, o rádio contratações de novos funcionários para o
se tornou o companheiro de donas de casa setor da radiodifusão em todo o país.
durante as atividades domésticas.
Além da questão da convergência para
Hoje em dia, o rádio ainda tem esse papel, mas as plataformas digitais, que demandará
o sinal ultrapassou os limites do aparelhinho investimentos para contratação de pessoal
e tem alcançado cada vez mais gente e nos especializado, empresários já planejam
mais diferentes formatos. A migração AM para manter uma programação durante 24 horas, o
FM proporciona maior integração das emissoras que não acontecia no AM.
de rádio em plataformas digitais, como os
celulares e os tablets, que só funcionam com a
frequência FM.

AS VANTAGENS DO DIAL ESTENDIDO


12

O dia 18 de março de 2016 entrou para


a história da radiodifusão brasileira ao
marcar a primeira migração de faixa
no país. A Rádio Progresso, de Juazeiro
do Norte, no Ceará, foi a primeira
emissora a passar por esse processo.
Atual estágio
Desde a assinatura do decreto que permitiu
a migração das emissoras AM para FM, nada
menos que 650 já concluíram o processo
de mudança. Ao todo, das 1.781 rádios AM
em funcionamento no país, cerca de 1.500
(aproximadamente 85% do total) solicitaram a
migração para a faixa do FM.
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O processo de migração é feito


por etapas. As primeiras emissoras
contempladas poderão migrar
automaticamente para a faixa estendida
do dial FM. No entanto, essa faixa
ampliada também tem suas limitações
e será facilmente ocupada em regiões
mais populosas. Nesses casos, as
emissoras candidatas terão que aguardar
o processo de digitalização do sinal
da TV, o que vai liberar espaço para a
conclusão do processo.

A expectativa do Ministério da Ciência,


Tecnologia, Inovação e Comunicações
(MCTIC), órgão responsável pela política
de migrações de rádio AM para FM, é de
que, até o fim do ano, a marca de 1.000
emissoras seja alcançada pelo governo
federal.

ATUAL ESTÁGIO
14

Até agosto deste ano, nove estados já QUAIS AS ETAPAS NECESSÁRIAS


receberam o mutirão promovido pela pasta, ATÉ A MIGRAÇÃO?
que serve para a assinatura dos termos
aditivos de adaptação de outorga, uma das SOLICITAÇÃO DE MIGRAÇÃO
etapas burocráticas necessárias ao processo:
Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Todas as emissoras AM interessadas
Sul, Goiás, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, em migrar para a faixa FM deveriam ter
Mato Grosso do Sul e Bahia. apresentado uma solicitação de adaptação
de outorga ​até um ano após a publicação do
decreto, o que ocorreu em 7 de novembro de
2013. Basicamente, essa etapa é um pedido da
emissora ao governo federal para que possa
realizar o procedimento.

ADAPTAÇÃO

Conforme o decreto, até a resposta final do


MTCIT, a emissora deve operar em ondas
médias (OM).

ATUAL ESTÁGIO
15

PAGAMENTO

Caso a resposta do MTCIT seja positiva


para a adaptação de outorga, a emissora
deve assinar um termo aditivo e realizar o
pagamento da migração da faixa AM para FM.
O valor pode variar de R$ 8 mil até R$ 4,4
milhões, dependendo de cada caso.

ASSINATURA

Após o pagamento dos valores


correspondentes, representantes das
emissoras e do Ministério formalizam
a mudança de outorga por meio de
assinatura em contrato e a rádio deve
apresentar um projeto técnico que viabilize
a mudança da faixa AM para FM e solicitar
o uso da frequência à Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).

ATUAL ESTÁGIO
16

Ao longo dos últimos cem anos, desde


a transmissão inaugural em 7 de
setembro de 1922, o rádio brasileiro
passou por inúmeras transformações.
Naquela época, como vimos neste
e-book, foram apenas 80 receptores
que conectaram o presidente da
República a alguns poucos cidadãos
por meio das ondas de rádio.
Conclusão
Se aquela transmissão foi uma revolução para
a história não só do rádio, como dos meios
de comunicação em geral, hoje estamos
escrevendo um novo capítulo com a migração
de rádio AM para FM. Com este material,
mostramos que essa nova etapa pode ser
o início de mais uma era de novidades
na radiodifusão brasileira, o que pode se
traduzir em ganhos para os ouvintes e para os
gestores das emissoras.
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De um lado, ganha quem escuta. Os ouvintes Faz parte dessa revolução a melhoria no acesso
brasileiros certamente terão mais novidades e na velocidade da banda larga, bem como
com o aumento das rádios FM, que trarão dos planos de dados móveis 3G e 4G no Brasil.
programações mais amplas, diversas e Isso tudo possibilitou a abertura de uma nova
democráticas por meio de dial estendido. E porta para o rádio, que levou a uma reinvenção
ganham também na qualidade do som, ao desse meio de comunicação: de veículo
trocar a sintonização de uma rádio AM, cheia local para mundial, da audiência limitada às
de interferências, por um áudio claro e limpo, fronteiras de uma comunidade para o acesso a
sem ruídos. pessoas em qualquer lugar do mundo.

De outro lado, ganha quem transmite. Como Nesse contexto, a rádio AM como conhecemos
mostramos neste e-book, as emissoras tem um pé no passado. As interferências
se beneficiam por uma série de fatores. e os ruídos cada vez mais constantes
Um deles tem a ver com a evolução prejudicam a qualidade do áudio, limitando as
tecnológica. Hoje em dia, o rádio ganhou possibilidades de renovação na programação
novo significado, mais moderno, por meio para essa faixa — ao passo que o FM testa
da popularização de aparelhos eletrônicos novos modelos de rádio para expandir sua
como smartphones e tablets. audiência a outros territórios.

CONCLUSÃO
rockcontent.com
18

A Teletronix foi fundada em 1996 pelos engenheiros Gustavo


Auad e Rogério Correa. Os parceiros viram — em um mercado
Sobre a que era antes dominado por empresas estrangeiras — a
oportunidade de disponibilizar ao radiodifusor a modernidade
Teletronix em transmissão.

Contudo, este setor foi tomando novos rumos, trazendo o que


existe de mais tecnológico em radiodifusão e fazendo com que o
consumidor se preocupasse cada vez mais com a qualidade dos
produtos oferecidos por empresas nacionais.

Diante desse desafio, a Teletronix é uma empresa que inova


a cada dia para que a mais alta tecnologia em radiodifusão
chegue às emissoras de rádio de todo Brasil e do mundo. Com
o propósito de sempre desenvolver e produzir equipamentos
eletrônicos com a maior qualidade, a empresa busca garantir a
seus clientes produtos que farão a diferença pelo seu alto nível
de desempenho tecnológico.

Para a Teletronix, sua rádio no ar e com qualidade de áudio é um


compromisso!​

INTRODUÇÃO

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