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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

CÉLIA RODRIGUES FERREIRA - MATRÍCULA: 2325205504


JOSELMA SIPAÚBA DA SILVA – MATRÍCULA: 23251880
LETÍCIA EDILEIDE DA SILVA FERREIRA - MATRÍCULA: 23252074
MÁRCIA REJANE GALENO DA SILVA - MATRÍCULA: 23252081

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

Brasília
2021
CÉLIA RODRIGUES FERREIRA - MATRÍCULA: 2325205504
JOSELMA SIPAÚBA DA SILVA – MATRÍCULA: 23251880
LETÍCIA EDILEIDE DA SILVA FERREIRA - MATRÍCULA: 23252074
MÁRCIA REJANE GALENO DA SILVA - MATRÍCULA: 23252081

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

Produção textual apresentado as disciplinas de


aprendizagem da matemática, aprendizagem da
língua portuguesa, aprendizagem de ciência
naturais, aprendizagem de geografia, e da história,
pedagogia em espaços não escolares, estágio
curricular obrigatório III, gestão educacional e
espaço não escolares: gestão da sala de aula,
como requisito para aprovação no curso de
pedagogia.

Brasília
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
2. ATUAÇÃO DO PEDAGOGO FRENTE AO TRABALHO DESENVOLVIDO EM
COMUNIDADE SOBRE AS CONCEPÇÕES DE MULTICULTURALISMO........................2
3. TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS NA BNCC...........................................8
4. PLANO PARA O PROJETO.............................................................................................9
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................14
REFERÊNCIAS...................................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO

O multiculturalismo originou-se nos Estados Unidos, por volta do século XIX,


cujo objetivo principal era o combate à discriminação racial, inclusive do negro, no
país, com a organização de lutas pelos seus direitos civis. Encadeado por
professores e doutores afro-americanos, que trouxeram para suas áreas de estudos
as questões sociais, culturais e políticas de interesse exclusivo dos
afrodescendentes.
Entre os anos 80 e 90, o movimento multiculturalista foi aderido por algumas
universidades do país, ganhando forças com as pressões populares, conquistando
espaço e criando políticas públicas em todas as áreas do poder público. Todavia, na
contemporaneidade, esse movimento torna-se influenciado pela globalização,
levando em conta, a necessidade dos intercâmbios culturais.
O multiculturalismo brasileiro é o resultado da miscigenação que contribuiu,
grandemente, com uma vasta área de conhecimentos, com os quais enriquecemos
os nossos, e que seria impossível aboli-los das entranhas de nossas fontes
literárias. (Grifo nosso)
Sabe-se que o processo educacional é a principal e exclusiva via de acesso
ao resgate da igualdade social, efetivação da cidadania e do reparo às imagens
distorcidas. A escola é o núcleo de encontro e de discussão das diferenças sociais,
podendo ser instrumento que possibilite a atenuação e prevenção da exclusão. Em
qualquer sociedade que se faz parte, há a possibilidade de relacionamento com
diferentes indivíduos. No entanto, é preciso que se compreenda que não existe
ninguém melhor que ninguém, as diferenças existentes entre os indivíduos é o que
os faz normais, pois elas não devem ser observadas como entraves, mas como algo
complementar em suas existências.
Educação e multiculturalismo são dois fenômenos indissociáveis, tendo em
vista que, ao tempo em que a escola trabalha hibridizações culturais, proporciona a
compreensão do padrão aceitável que um povo precisa, para a equidade social.
Vários estudos voltados ao multiculturalismo tem demonstrado grande preocupação
com a presença crônica do preconceito, da exclusão social e da discriminação racial,
requerendo dos órgãos governamentais e das instituições de ensino, compromissos
que possam minimizar os conflitos existentes entre as diferenças.
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2. ATUAÇÃO DO PEDAGOGO FRENTE AO TRABALHO DESENVOLVIDO EM


COMUNIDADE SOBRE AS CONCEPÇÕES DE MULTICULTURALISMO

O multiculturalismo e a educação estão intimamente ligados, porque ao


mesmo tempo em que a escola ensina as pluralidades culturais ela segrega os que
não fazem parte daquele padrão aceitável pelo seu sistema educacional.
Quando em seus ensinamentos morais pregam o respeito à tolerância ao
próximo ela segrega dando num mesmo espaço maiores oportunidades de
expressão e atenção aos brancos. Torna-se urgente uma educação
verdadeiramente democrática, que inclua a diversidade cultural, para que este
processo aconteça é necessário o convívio multicultural que implica respeito ao
outro, diálogo com os valores do outro. 
Propondo a realização eficaz de mudanças nos sistemas educacionais
enquanto espaços monoculturais, através do desenvolvimento de atitudes, projetos
curriculares e ideias pedagógicas, que sejam sensíveis à emergência do
multiculturalismo.
O professor deve ser crítico reflexivo, humano;
Questionando o que ele vai ensinar aos seus alunos e propor reformas
pedagógicas já que ele e o mediador do conhecimento, ouvindo seus alunos quanto
a suas dificuldades, incentivar trabalhos que levem os mesmos a pesquisa sua
realidade local, humano quando não despreza um aluno que não pertence ao
padrão cultural aceito, ele deve ser um profissional com todas essas competências e
não apenas aquele que sabe do conteúdo, mas que com sua bagagem teórica
ensine a viver neste mundo capitalista.
Baseando na questão do multiculturalismo, das diversas culturas, bem como
da diversidade existente tanto no ambiente escolar, quanto no ambiente social. É
comum percebermos por onde andamos pessoas de diferentes rostos, cores, raças,
costumes e tantas outras coisas que lhe dão origem e identidade, e é justamente por
causa de cada diferença que somos um país onde está presente a miscigenação, ou
seja, a mistura de vários povos. Mas por outro lado, é bastante comum vermos a
desigualdade e o preconceito que se faz presente todos os dias.
Diante das realidades encontradas no ambiente escolar em relação ao
respeito, a valorização e ao preconceito com o outro, busca-se nesse trabalho a
inserção do ser diferente, da interação com a origem do outro, do conhecimento a
cultura do outro, trazendo assim formas diferenciadas para esse convívio.
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Moreira destaca que é impossível imaginar em uma educação multicultural,


sem, no entanto, questionar-se sobre o professor e sua formação, tendo em vista
que, somente através dela, o professor é capaz de realizar um trabalho
eficientemente voltado à conciliação dos atritos. Algumas pesquisas realizadas têm
destacado a importância da temática multicultural nos currículos das instituições
educacionais, responsáveis pela formação de professores. Para Moreira (2001), a
educação multicultural deve estar inserida no currículo pedagógico, em todas as
instituições de ensino, inclusive nas universidades públicas ou privadas, pois este
faz-se importante na vida profissional do professor.

Pedagogia em espaços não escolares

É muito importante para o pedagogo conhecer os setores que ele pode atuar
como profissional. Saber que são muitas as possibilidades de trabalho, tanto dentro
de uma instituição escolar como em outros espaços não escolares que ultrapassa os
muros da escola.

O primeiro setor é direcionado ao Estado e suas instituições, o segundo setor


refere-se a empresas privadas com fins lucrativos. Por fim, o terceiro setor é
composto por entidades/ organizações sem fins lucrativos, e oferecem ações
voltadas à cidadania, as quais tentam suprir serviços que deveriam estar à cargo do
Estado. Assim ele pode atuar em projetos de responsabilidade social em
Instituições Privadas como igrejas, creches, centros comunitários, presídios,
hospitais, asilos, ou na assistência social á pessoas em abandono.

Na atuação do pedagogo em diferentes espaços não escolares aconteceram


muitas mudanças até os dias atuais. Muitas vezes pensamos que o pedagogo pode
atuar somente no espaço educacional, mas na verdade o papel do pedagogo vai
muito além. É preciso estarmos informados com as transformações que acontecem
no meio da nossa sociedade para o mundo moderno de acordo com os séculos.

Para Berman (1986, p. 16) divide a Modernidade em três fases:

• Século XVI a XVIII – as pessoas começam a experimentar a vida moderna,


mas não têm ideia ainda das mudanças que representa a modernidade para suas
vidas.
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• Século XVIII a XIX – acontecem grandes ondas revolucionárias, como a


Revolução Francesa, e é marcado pelo sentimento revolucionário que viviam os
sujeitos, mas ainda com a clareza de que não viviam em um mundo moderno por
inteiro.

• Século XX – a modernização abarca virtualmente o mundo todo, e a cultura


mundial do modernismo em desenvolvimento atinge a arte e o pensamento,
contudo, ao mesmo tempo em que se expande, a modernidade perde a capacidade
de dar sentido à vida das pessoas, perdendo suas raízes com a própria
modernidade.

Os desafios e possibilidades para pedagogos em empresas ele irá colaborar


com o desenvolvimento dos funcionários da empresa como também das relações
humanas ligadas ao conhecimento. Segundo Claro e Torres (2012), o pedagogo
atua em conjunto com a cultura organizacional em uma empresa, assumindo o papel
de provocar mudanças de comportamento das pessoas, objetivando que todos
trabalhem em busca dos mesmos ideais. Sendo assim, torna-se objetivo de a
pedagogia oportunizar a mudança de comportamento dos sujeitos provocada pelo
processo de aprendizagem.

O pedagogo atuando em sistemas prisionais é um papel muito significativo


tanto no processo educativo como para a sociedade. Reconhecendo os princípios da
educação ressocializadora, pautada nos Direitos Humanos, podemos refletir como
deve atuar o pedagogo no sistema prisional.

De acordo com Oliveira (2015, p. 99-100) nos ajuda na visualização das


ações exercidas pelo pedagogo na unidade penal, afirmando que além de
articulador da educação formal, o profissional também atende à formação
profissional e empregabilidade; executa atividades orgânicas como conselho
disciplinar, comissão técnica de classificação, parecer para benefícios, entre outros;
além de atividades de grupo. O pedagogo também elabora, junto à Comissão
Técnica de Classificação – CTC composta por diversos profissionais, o programa
individualizado de pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso
provisório. Tais ações requerem um profissional preparado e consciente de seu
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papel na luta contra as desigualdades sociais, promovendo ações ressocializadoras


e embasadas na Educação em Direitos Humanos.

No terceiro setor o pedagogo pode atuar em Organizações não


Governamentais (ONGs), entidades beneficentes, grupos políticos entre outros.

No Brasil, as entidades sociais e filantrópicas existem desde a época colonial,


originadas nas tradições religiosas. Contudo, elas adquiriram novas características
no século XX, com a herança do modelo de bem-estar-social. “No que se refere à
natureza do Estado de bem-estar-social, Silva (2004) afirma que podemos concebê-
lo como um sistema econômico baseado na livre empresa, entretanto com
acentuada participação do Estado na promoção de benefícios sociais.

Na pedagogia social o pedagogo tem objetivo de atender àquelas pessoas


que vivem em situação de vulnerabilidade social. O Educador social ou pedagogo
social, deve fazer o seu papel com dedicação e desenvolver nos indivíduos um
pensamento mais crítico e transmitir os seus conhecimentos com possibilidades as
pessoas que precisam deste apoio para ter um mundo melhor.

De acordo com Graciani (2011), esse profissional deve resistir de forma


criativa à banalização do mal, das violências, às explorações sociais, já que é
preciso lutar contra situações que resultam em guerras, devastação ambiental,
preconceitos religiosos e tantos outros. Ele também precisa adotar posturas de
acolhimento e manifestação de amor, de respeito pelo outro, expressos na
possibilidade de diálogo e valorização de ações solidárias.

O pedagogo atuando nas causas ambientais ele pode também exercer o seu
trabalho neste espaço a cuidar e proteger o meio ambiente de acordo com a Lei n.
9.795/1999, art. 1. – a compreende da seguinte maneira:

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o


indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
(BRASIL, 1999. [s.p.]) “
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O Pedagogo na área da saúde deve atuar sim, desenvolvendo o seu trabalho


pedagógico no espaço hospitalar, para atender o paciente que não pode frequentar
a escola devido a sua internação.

Segundo a Resolução Nº 2 do Conselho Nacional de Educação (CNE/ CEB)


de 2001, em seu artigo 13, “Os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os
sistemas de saúde, devem organizar o atendimento educacional especializado a
alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que
implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência
prolongada em domicílio”.

O pedagogo como promotor de ações ele pode promover várias ações com
atividades propostas com diversos temas como, brincadeiras, vestimentas, livros,
culinária, os saberes populares, contar histórias e muito mais e assim conhecer a
cultura de um povo.

De acordo com Pereira (2016) também nos fala a respeito da sua


compreensão de Cultura. Para a autora “A cultura é ao mesmo tempo o mundo que
se apresenta para nós e a forma como esse mundo nos diz quem somos nós”
(PEREIRA, 2016, p. 48). A Cultura, nesse sentido, é vista como produção humana
socializada. Essa produção pode se materializar em produtos, como forma de
sistematizá-la, guardá-la, fazê-la circular, zelar pela sua longevidade.

O Pedagogo como promotor de protagonismo social: arte e comunidade muito


importantes esta atuação com criatividade, empatia e protagonismo que faz toda a
diferença.

Assim sendo, um ator social é, em suma, aquele que modifica seu entorno
social e negocia com outros atores, defendendo interesses. “O protagonista é
apresentado como o principal dos atores sociais” (SOUZA, 2009, p. 10). Em projetos
de educação, o protagonismo se dá pela possibilidade de atuação dos atores sociais
como promotores de transformações sociais, agentes e beneficiários de processos
de mudança

O Pedagogo como promotor de práticas de educação que compreendam a


Cultura como apropriação dos sujeitos, de seus modos de vida, de seus costumes e
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tradições. Tais práticas, se alimentadas pelas experiências artísticas, favorecem a


constituição do “eu”, que se coloca no mundo de forma expressiva e criativa.

O pedagogo na cultura tecnológica e digital é um trabalho fundamental nos


espaços sociais e nos processos educativos onde ele irá mostrar a sua vivência, os
seus conhecimentos para desenvolver e transmitir a aprendizagem, seja no espaço
escolar e não escolar usando as tecnologias.

Manuel Castells, autor utilizado como referência na abordagem do tema


Tecnologias Digitais, faz uma leitura sociológica da cultura da “nova sociedade”, que
ele denomina de sociedade de rede. Para ele, a nova sociedade emergente deste
processo de revolução tecnológica atual é capitalista e também informacional. De
acordo com Castells (1999), a revolução da tecnologia da informação foi essencial
para a reestruturação desse sistema a partir da década de 1980. Essa revolução foi
moldada pela lógica e interesses do capitalismo, mas não se limitou a eles. “A
relação entre a mão de obra e a matéria no processo de trabalho envolve o uso de
meios de produção para agir sobre a matéria com base em energia, conhecimentos
e informação. A tecnologia é a forma específica dessa relação” (CASTELLS, 1999,
p. 34).

E o Pedagogo como produtor de materiais didáticos: o desafio do Design


Instrucional.

O Pedagogo atua na produção de materiais didáticos em diversas situações,


por exemplo, enquanto um professor que prepara aulas para seus alunos e sua
instituição. Há também a possibilidade de ser contratado especificamente para
produzir, acompanhar ou supervisionar a elaboração de material didático. Ele
também deve saber qual suporte será utilizado – impresso ou audiovisual -, podendo
ser um conjunto de textos, imagens ou de recursos que devem ser escolhidos de
acordo com a finalidade educativa (BANDEIRA, [s. d.], p. 15)
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3. TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS NA BNCC.

Na educação brasileira, os Temas Transversais foram recomendados


inicialmente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1996. São
compreendidos em seis áreas: Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo,
Solidariedade), Orientação Sexual (Corpo: Matriz da sexualidade, relações de
gênero, prevenções das doenças sexualmente Transmissíveis), Meio Ambiente (Os
ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental),
Saúde (autocuidado, vida coletiva), Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a
Vida das Crianças no Brasil, constituição da pluralidade cultural no Brasil, o Ser
Humano como agente social e produtor de cultura, Pluralidade Cultural e Cidadania)
e Trabalho e Consumo (Relações de Trabalho; Trabalho, Consumo, Meio Ambiente
e Saúde; Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas;
Direitos Humanos, Cidadania). Podemos também trabalhar temas locais como:
Trabalho, Orientação para o Trânsito entre outros.
Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) da BNCC buscam uma
contextualização do que é ensinado, trazendo temas que sejam de interesse dos
estudantes e de relevância para seu desenvolvimento como cidadão. O grande
objetivo é que o estudante não termine sua educação formal tendo visto apenas
conteúdos abstratos e descontextualizados, mas que também reconheça e aprenda
sobre os temas que são relevantes para sua atuação na sociedade. Assim, espera-
se que os TCTs permitam ao aluno entender melhor: como utilizar seu dinheiro,
como cuidar de sua saúde, como usar as novas tecnologias digitais, como cuidar do
planeta em que vive, como entender e respeitar aqueles que são diferentes e quais
são seus direitos e deveres, assuntos que conferem aos TCTs o atributo da
contemporaneidade.
Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) são assim denominados por
não pertencerem a uma disciplina específica, mas por traspassarem e serem
pertinentes a todas elas. Existem distintas concepções de como trabalhá-los na
escola. Essa diversidade de abordagens é positiva na medida em que possa garantir
a autonomia das redes de ensino e dos professores.
Desta forma, existem múltiplas possibilidades didático pedagógicas para a
abordagem dos TCTs e que podem integrar diferentes modos de organização
curricular. Porém, destaca-se a orientação de que os TCTs sejam desenvolvidos de
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um modo contextualizado e transversalmente, por meio de uma abordagem


intradisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar (preferencialmente).
Esses pressupostos buscam contribuir para que a educação escolar se
efetive como uma estratégia eficaz na construção da cidadania do estudante e da
participação ativa da vida em sociedade, e não um fim em si mesmo, conferindo a
esses conteúdos um significado maior e classificando-os de fato como Temas
Contemporâneos Transversais.
O papel da escola ao trabalhar Temas transversais é facilitar, fomentar e
integrar as ações de modo contextualizado, através da interdisciplinaridade e
transversalidade, buscando não fragmentar em blocos rígidos os conhecimentos,
para que a Educação realmente constitua o meio de transformação social.

4. PLANO PARA O PROJETO.

PLANO PARA O PROJETO


Tema do Projeto: Integração da Escola na educação para valorização do
multiculturalismo nas matrizes e culturas brasileiras.
Justificativa: Buscar o respeito a identidades culturais diferentes, buscando
entender o multiculturalismo para aprender a interagir e respeitar os diferentes
grupos sociais na educação escolar e não escolar.

Objetivo Geral:
 O objetivo é despertar e sensibilizar o corpo docente, discente e a
comunidade para os malefícios do racismo estrutural de nossa sociedade;
 Reconhecer a nós mesmos através das relações em casa, escola e
sociedade, identificando as diferenças entre as pessoas e suas origens;
 Provocar o debate sobre o fenômeno social do racismo, suas formas de
operação e consequências;
 Compreender o ato racista enquanto crime e suas penalidades;
 Promover a difusão da história da África e da cultura afro-brasileira com
ações da comunidade junto à escola.
Objetivo Específico:
 Perceber a diversidade étnico-cultural no contexto em que se está
inserido;
 Reconhecer a importância da diversidade cultural para uma sociedade;
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 Elevar a autoestima do aluno e comunidade envolvida;


 Serão capazes de buscar pela igualdade sem eliminar as diferenças -,
ética, solidariedade e respeito ao ser humano, ao pluralismo de ideias e de
culturas.
 Respeitar as diversidades culturais;
 Diminuição da evasão de alunos;

Habilidades:
Abaixo serão listados alguns TCTs possíveis em componentes
curriculares dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com a proposta de um
projeto conjunto com a abordagem da Intradisciplinaridade no Plano de Aula
para as matérias estudadas no 7º período do curso de Pedagogia. Esses
TCTs permitem que a educação se efetive como um espaço de encontro e de
diálogo entre os diversos campos de saberes e das diferentes ciências, além
de contribuírem para uma educação que não apenas atenda as contingências
imediatistas, mas também às necessidades da humanidade, do mundo e da
vida.

Língua Portuguesa (Leituras com análises linguísticas de determinados


textos)
EF15LP01 – Identificar a função social dos textos apresentados,
mostrando os campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a
casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e
digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, que os
produziu e a quem se destinam;
EF35LP05 – Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas
em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

História e Geografia (A comunidade e seus registros)


EF02HI01 – Reconhecer espaços de sociabilidade e identificar os
motivos que aproximam e separam as pessoas em diferentes grupos sociais
ou de parentesco.
EF03GE02 – Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de
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contribuição cultural e econômico de grupos de diferentes origens.


EF04GE01 – Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas
histórias familiares e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas
indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do país, latino-americanas,
europeias, asiáticas, etc.; valorizando o que é próprio em cada uma delas e
sua contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira.

Matemática (Estudo estatístico)


EF05MA24 – Interpretar dados estatísticos apresentados em textos,
tabelas e gráficos (colunas ou linhas), referentes a outras áreas do
conhecimento ou a outros contextos, como saúde e trânsito, e produzir textos
com o objetivo de sintetizar conclusões.
EF05MA25 – Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas e
numéricas, organizar dados coletados por meio de tabelas, gráficos de
colunas, pictóricos e de linhas, com e sem uso de tecnologias digitais, e
apresentar texto escrito sobre a finalidade da pesquisa e a síntese dos
resultados.

Ciências (valorização e respeito as demais culturas existentes na comunidade


escolar e social)
EF05CI09 – Discutir a ocorrência de distúrbios nutricionais (como
obesidade, subnutrição.) entre crianças e jovens a partir da análise de seus
hábitos (tipos e quantidade de alimento ingerido, prática de atividade física.).

Pedagogia em espaços não escolares (ações educativas em organizações


diferenciadas)
EF35LP15 – Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico
relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando
registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
EF05HI04 – Associar a noção de cidadania com os princípios de
respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos.
EF04GE03 – Distinguir funções e papéis dos órgãos do poder público
municipal e canis de participação social na gestão do Município, incluindo a
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Câmara municipal, caso houver.


EF05GE11 – Identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem
no entorno da escola e da residência (lixões, indústrias poluentes, destruição
do patrimônio histórico etc.), propondo soluções (inclusive tecnológicas) para
esses problemas.

Metodologia:

 Palestras, debates, exibição de vídeos documentários, apresentações


teatrais e musicais. Compõem a programação do projeto que se foca
principalmente na temática da história da África e da cultura afro-brasileira
dentro e fora do ambiente escolar. As atividades descritas possibilitaram ir
além das atividades propostas no livro didático, pois nele, nem sempre a
histórias, memórias e valores civilizatórios da população afro-brasileira e
africana estão narradas de modo digno ou que ultrapasse os preconceitos já
estabelecidos. Há ainda uma sugestão para uma caminhada pelo centro
urbano da cidade para exercitar o direito de expressão e manifestação política
da comunidade escolar e chamar a atenção da sociedade para a problemática
do combate ao racismo.
 Sobre o plano a ser desenvolvido em ambientes não escolares temos
uma proposta que faz parte de uma sequência de 4 planos de aulas que têm
como ideia central possibilitar a investigação, reflexão e escolhas, tendo como
ponto de partida a análise crítica da realidade na qual estudantes e escolas
estão inseridos. Ele está previsto para ser desenvolvido em uma aula de 100
minutos, a partir de uma atividade prévia em que o professor entregará para
cada criança um roteiro de pesquisa para ser realizado juntamente com as
famílias. Com ele, as crianças analisarão diferentes espaços do lugar onde
moram. A ideia é que, primeiramente, realizem o diagnóstico de diversas
situações presentes no contexto em que estão inseridas para que, depois,
possam ampliar essas reflexões para outros espaços como o próprio ambiente
escolar, dando ênfase na pesquisa cultural dentre do ambiente familiar Na
segunda etapa, realizada em grupo, devem observar a escola, conversar com
funcionários e, com isso, diagnosticar situações diversas entre todos,
buscando entender a problemática das diferenças sociais e culturais.
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Recursos:

 Foram realizados palestras, debates, exibições de vídeos


documentários, apresentações teatrais e musicais, sempre como instrumentos
pedagógicos para tratar da temática história da África e cultura afro-brasileira,
assim como, ações no ambiente escolar de autoestima com projetos culturais
abertos a toda comunidade.
 Utilizamos a TV, Papel A4, Lápis de pintar, Tesoura, Cola, Carolina
para exporem as ideias centrais dos textos lidos e discutirem em sala.
Avaliação:

Diagnóstica: Identificação dos conhecimentos prévios dos estudantes;


Formativa: Uso de diferentes instrumentos para verificar o aproveitamento dos
estudantes no desenvolver da atividade.
 Realizados grupos, onde os alunos realizarão um debate sobre o
assunto.
 Será de forma contínua e formativa, levando em consideração os
conhecimentos prévios.

Referências

NOVA ESCOLA. Plano de Aula – Diagnóstico do espaço escolar.


Disponível:
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/6427/diagnostico-do-espaco-escolar,
Acesso em 25-04-2021.
guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf
guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Implementação da Base Nacional
Comum Curricular: guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br, Acesso em 26-04-2021

BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Implementação da Base Nacional


Comum Curricular: Orientações para o processo de implementação da
14

BNCC. MEC, Brasília, DF, 2018. Disponível em:


www.basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/04_guia_BNA_online_v7.

SOUZA, Ellen de Lima. Percepções de infância de crianças negras por


professoras de educação infantil. Dissertação de Mestrado, PPGE: São
Carlos: UFSCar, 2012.Disponível
em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/2627 Acesso em: 25 de abril de
2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação; Conselho


Pleno. Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012. Estabelece Diretrizes
Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Diário Oficial da União,
Brasília, 31 de maio de 2012, Seção 1, p. 48. Disponível em:
portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp001/12.pdf.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Umas da finalidade desse trabalho foi o reconhecimento multicultural, significa
respeitar a cultura do outro, mesmo que dele se discorde e estabelece relações de
interação.
Está perspectiva permite o enriquecimento de diversas interpretações,
atitudes, visões, derivadas das diferentes culturas que, resulta na intercularidade,
dentro deste enfoque, o mais importante será as atitudes do indivíduo perante a
multiplicidade cultural, e a as relações estabelecidas entre o aprendizado e a prática
social, que o ensino visando o multicultural foi capaz de produzir no sujeito a fim de
transformar sua atuação no cotidiano social.
Para estar finalidade que a educação multicultural deve encaminhar-se,
partindo do planejamento escolar e do professor que necessita ser conhecedor
desta realidade culturalmente diversificada, presente em nossas escolas.
E a atuação do Pedagogo que tem o seu papel fundamental na sociedade
exerce o seu trabalho com respeito, dedicação, criatividade e empatia faz o seu
trabalho voltado para o espaço escolar e não escolar, ou seja, instituições escolares
e instituições privadas. Atribuindo as suas funções ao ser humano a transmitir uma
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aprendizagem significativa e acolher pessoas em risco e abandono em qual for o


espaço da vida para um mundo melhor.
16

REFERÊNCIAS

MOREIRA, Antônio Ferreira e CANDAU, Vera Maria, (2003). Educação escolar e


culturas: construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação, nº 23, mai-ago.

PASSINI, Flávia, NENEVÉ, Miguel. Educação Multicultural e Formação Docente.

BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Implementação da Base Nacional Comum


Curricular: Orientações para o processo de implementação da BNCC. MEC, Brasília,
DF, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/pro-
bncc/material-de-apoio.

SILVA, Maria José Albuquerque, BRANDIM, Maria Rejane Lima. Multiculturalismo e


Educação: em defesa da diversidade cultural. Diversa. Ano I.

SCHIAVINATO, Ana Carla, Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


(CIP) Batista, pedagogia em espaços não escolares. Londrina – Paraná,
distribuidora educacional S.A, 2019.

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