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1. INFORMAÇÕES GERAIS
● Área de Conhecimento
☐ Linguagens e suas tecnologias
☐ Ciências da Natureza tecnologias
☐ Ciências Exatas e suas tecnologias
☐ Ciências Humanas e Sociais aplicadas
2. JUSTIFICATIVA
Vivemos em um momento da história em que as pessoas têm sofrido pressões diárias da sociedade, em casa,
no trabalho, na escola, nas relações sociais e nas redes sociais. Essas pressões variam entre exigências de
padrões de beleza, de status social, de enriquecimento, de sucesso profissional, de destaque nas redes socias,
enfim, essa geração sofre pressões constantes por aprovação e por rotinas escravizadoras. Nossos corpos
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estão sendo sofrendo sobrecargas físicas e emocionais em demasia. Os desequilíbrios emocionais, bem como
os esgotamentos físicos, têm sido a doença do século.
Diante desse cenário, a grande dúvida de profissionais, famílias e vítimas de problemas dessa natureza tem
sido “Como manter o equilíbrio entre o corpo e a mente? Uma vez atingindo por problemas dessa
natureza, como reverter?
A grande dificuldade de se responder tais perguntas está no fato de sermos heterogêneos, não há uma técnica
a ser aplicada à todos, cada indivíduo responde de maneiras diferentes aos tratamentos e às rotinas de vida e
só se descobre o que dá ou não certo para cada um, na prática, portanto, se trabalha no cenário das
possibilidades.
Dentro dessas possibilidades, temos a ArteTerapia. A Arte que é a produção consciente de obras, formas ou
objetos voltados para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade
humana e a Terapia que é o cuidar, tratar, interagir. A ArteTerapia, portanto, se volta para o desenvolvimento
de atividades artísticas como mecanismo de amenização de estresse, ansiedade, impaciência, dificuldade de
concentração, dificuldade de socialização, dificuldade de comunicação, tristeza, insegurança e imagem
negativa de se e de suas capacidades.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as artes são adequadas para ajudar a compreender
e comunicar conceitos e emoções, estimulando todos os sentidos e até mesmo a capacidade de empatia, o
que é especialmente benéfico para a saúde mental. A Arte Terapia surgiu em 1940 nos Estados Unidos e tem
se difundido pelo mundo como uma medida eficaz para canalizar, de maneira positiva, as variáveis do
adoecimento psicoemocional, esgotamento físico e conflitos pessoais e familiares.
Nesse sentido, a “Eletiva Pintando o 7 e Bordando o 8- ArteTerapia: Equilibrando o Físico e a Mente”,
buscará por meio de trabalhos manuais envolvendo variadas técnicas de pintura, desenho, colagem,
customização de roupas, produção de papel reciclado de forma artesanal e de tintas naturais e artificiais,
desenvolvendo práticas artísticas diversificadas com técnicas e materiais inusitados, buscando reaproveitar
materiais de descarte provenientes do espaço escolar, das imediações da escola e das famílias como um
mecanismo de amenização de estresse, ansiedade, desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento da capacidade de
concentração e quebra de rotina, proporcionando um momento de descontração e relaxamento através de
atividades práticas, socialização de ideias e produções, dinâmicas e música.
De modo geral a eletiva se propõe a trabalhar duas questões sociais muitos atuais, a saúde psicoemocional
e a sustentabilidade, de maneira muito leve, dinâmica e flexível. A saúde psicoemocional e a sustentabilidade
são questões que precisam de atenção, pois a humanidade está adoecendo e o planeta também, ambos
precisam de cuidado.
No que se refere ao cuidado com planeta as produções artesanais, orgânicas e recicladas têm se mostrado
uma possibilidade bastante eficaz. Há alguns séculos, as expressões “tintas orgânicas” ou “tinas naturais”
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eram totalmente desconhecidas, uma vez que todas as tintas e pigmentos, eram obtidos de material orgânico.
A segregação entre tintas naturais e tintas artificiais somente aconteceu a partir do século XIX, por volta de
1856, oportunidade em que as tintas passaram a ser obtidas pela mistura de compostos químicos, no ambiente
de laboratório, ao invés de serem obtidas de plantas e produtos animais, pois essas fontes apresentavam uso
limitado, especificamente quanto a variação das cores.
Devidos aos desdobramentos negativos, tanto do ponto de vista biológico quanto socioambiental, tem se
buscado como alternativa, o retorno do uso de tintura naturais ou tintas orgânicas para diferentes fins. É
exatamente buscando uma resposta positiva frente a esse desafio contemporâneo que propomos essa oficina
dentro da Eletiva Pintando o 7 e Bordando o 8, usando como principal fonte de produção de pigmento cascas,
raízes, folhas, frutas, pétalas, legumes, verduras e terra, através de métodos que variam entre cocção,
maceração, infusão, fricção e liquidificação.
A produção de papel reciclado artesanalmente é uma técnica fácil e prática e divertida, podendo ser executada
por adultos e crianças. O papel nada mais é que um emaranhado de fibras vegetais. Ao transformar papel
usado em novo, estamos na verdade desfazendo essa trama e entrelaçando as fibras novamente. A partir do
papel artesanal, é possível confeccionar papéis de carta, marcadores de livros, porta-retratos, porta-lápis,
capas de caderno, livros, cartões de visitas, envelopes, convites, papel e embalagens de presentes, entre
muitas outras possibilidades. O processo é de baixíssimo custo, a base para a produção de um novo papel é
somente o papel usado e água, caso se queira diversificar coloração e textura do papel se faz alguns aditivos
como tinta, folhas, cascas, flores e demais materiais.
A eletiva permitirá a participação ativa dos alunos em todos os processos, desde a busca por materiais, etapas
de produção e organização da culminância que será uma Feira de Arte com exposição das produções da
turma.
3. OBJETIVOS
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3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Canalizar problemas de ordem psicoemocional;
• Diminuir o estresse da rotina de trabalhos escolares;
• Proporcionar um momento de descontração entre as aulas.
• Permitir o desenvolvimento da criatividade.
• Oportunizar a interação/cooperação entre grupos.
• Realizar pesquisas e experimentos.
• Identificar e experimentar as possibilidades de obtenção de tintas naturais;
• Ampliar o conhecimento e a aplicabilidade de materiais alternativos para as produções
artísticas;
• Conhecer e aplicar técnicas de customização de tecidos e produção de papel reciclado.
4. EIXOS ESTRUTURANTES
☐ Investigação Científica
☐ Processos Criativos
☐ Mediação e Intervenção Sociocultural
☐ Empreendedorismo
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curiosidade intelectual e
recorrer à abordagem própria - Fabricação de papel reciclado. (EM13LGG103) Analisar o
das ciências, incluindo a funcionamento das linguagens, para
investigação, a reflexão, a - Desenho quadriculado e pintura interpretar e produzir
análise crítica, a imaginação e em estêncil e negativo. criticamente discursos em textos de
a criatividade, para investigar diversas semioses (visuais, verbais,
causas, elaborar e testar - Pintura com esponja e cotonete e sonoras, gestuais).
hipóteses, formular e resolver pontilismo.
problemas e criar soluções (EM13LGG104) Utilizar as diferentes
(inclusive tecnológicas) com - Origami e recorte e colagem linguagens, levando em conta seus
base nos conhecimentos das geométrica com papel. funcionamentos, para a compreensão e
diferentes áreas. produção de textos e discursos em
- Papietagem. diversos campos de atuação social.
3. Repertório cultural:
Valorizar e fruir as diversas - Grafismos indígenas. (EM13LGG201) Utilizar as diversas
manifestações artísticas e linguagens (artísticas, corporais e verbais)
culturais, das locais às mundiais, - Visita ao CPAHT – Centro de em diferentes contextos, valorizando-as
e também participar de práticas Pesquisa em Arqueologia e como fenômeno social, cultural, histórico,
diversificadas da produção História Timbira em Imperatriz. variável, heterogêneo e sensível aos
artístico-cultural. contextos de uso.
- Serigrafia e customização.
- Exposição de Arte.
8. Autoconhecimento e (EM13LGG202) Analisar interesses,
Autocuidado: Conhecer-se, relações de poder e perspectivas de
apreciar-se e cuidar de sua mundo nos discursos das diversas práticas
saúde física e emocional, de linguagem (artísticas, corporais e
compreendendo- se na verbais), compreendendo criticamente o
diversidade humana e modo como circulam, constituem-se e
reconhecendo suas emoções e (re)produzem significação e ideologias.
as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas. (EM13LGG203) Analisar os diálogos e
os processos de disputa por legitimidade
9. Empatia e cooperação: nas práticas de linguagem e em suas
Exercitar a empatia, o diálogo, produções (artísticas, corporais e verbais).
a resolução de conflitos e a
cooperação, fazendo-se (EM13LGG204) Dialogar e produzir
respeitar e promovendo o entendimento mútuo, nas diversas
respeito ao outro e aos direitos linguagens (artísticas, corporais e
humanos, com acolhimento e verbais), com vistas ao interesse comum
sensível aos contextos de uso. pautado em princípios e valores de
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equidade assentados na democracia e nos
10. Responsabilidade e Direitos Humanos.
Cidadania: Agir pessoal e
coletivamente com autonomia, (EM13LGG301) Participar de processos
responsabilidade, flexibilidade, de produção individual e colaborativa em
resiliência e determinação, diferentes linguagens (artísticas,
tomando decisões com base corporais e verbais), levando em conta
em princípios éticos, suas formas e seus funcionamentos, para
democráticos, inclusivos, produzir sentidos em diferentes
sustentáveis e solidários. contextos.
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preconceitos de qualquer criatividade.
natureza.
(EM13LGG603) Expressar-se e atuar em
3.Utilizar diferentes linguagens processos de criação autorais individuais
(artísticas, corporais e verbais) e coletivos nas diferentes linguagens
para exercer, com autonomia e artísticas (artes visuais, audiovisual,
colaboração, protagonismo e dança, música e teatro) e nas intersecções
autoria na vida pessoal e entre elas, recorrendo a referências
coletiva, de forma crítica, estéticas e culturais, conhecimentos de
criativa, ética e solidária, naturezas diversas (artísticos, históricos,
defendendo pontos de vista que sociais e políticos) e experiências
respeitem o outro e promovam individuais e coletivas.
os Direitos Humanos, a
consciência socioambiental e o (EM13LGG604) Relacionar as práticas
consumo responsável, em artísticas às diferentes dimensões da vida
âmbito local, regional e global. social, cultural, política e econômica e
identificar o processo de construção
6. Apreciar esteticamente as histórica dessas práticas.
mais diversas produções
artísticas e culturais,
considerando suas
características locais, regionais e
globais, e mobilizar seus
conhecimentos sobre
as linguagens artísticas para dar
significado e reconstruir
produções autorais individuais e
coletivas, exercendo
protagonismo de maneira crítica
e criativa, com respeito à
diversidade de saberes,
identidades e culturas.
7.Mobilizar práticas de
linguagem no universo digital,
considerando as dimensões
técnicas, críticas, criativas,
éticas e estéticas, para expandir
as formas de produzir sentidos,
de engajar-se em práticas
autorais e coletivas, e de
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aprender a aprender nos campos
da ciência, cultura, trabalho,
informação e vida pessoal e
coletiva.
6. METODOLOGIA
As aulas acontecerão de forma prática através de pesquisa, experimentos, aulas de campo destinadas à coleta
de materiais e visita à museu, favorecendo o trabalho em equipe estimulando a cooperação e a empatia.
7. RECURSOS DIDÁTICOS
-Computador;
- Impressora;
-DataShow;
-Quadro branco;
-Matéria prima para produção de pigmentos naturais (frutas, folhas, flores, areia, carvão)
- Matéria prima para produção de pigmentos artificiais (cola branca, álcool, detergente, corante líquido
[xadrez]);
-Tintas (guache, spray)
- Tecido (chita)
-Cola cascorez;
-Verniz geral;
-Pincei para pintura chato (numerações diversas);
-Esponja lava-louça;
-T.N.T.
-Pano de chão;
-Molduras de madeira;
-Tule;
-Barbante;
-Prendedores de roupa;
-Tinta para tecido;
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-Papel xamex, crepom, cartão, 40, craft, papel dobradura, aquarela, paraná;
-Pincel atômico (cores diversas)
-Kit de lápis de cor;
-Kit de pincel fino para pintura;
-Tesouras;
-Estiletes.
Para a culminância da eletiva será organizada uma Feira de Arte, na qual os alunos apresentarão suas
produções artísticas, bem com seus processos de produção.
9.CRONOGRAMA
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21/11 Confecção de materiais complementares para a Feira de Arte.
28/11 Confecção de materiais complementares para a Feira de Arte.
05/12 Organização da Feira de Arte.
12/12 Culminância- Feira de Arte
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A.J. Cruz (págs. 5-23) e A.E. Candeias (pág. 27-43), Pigmentos & Corantes Naturais: entre as Artes e as
Ciências, Fundação Luís de Molina, Portugal, 2007.
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ANEXOS
PROJETO DE
EXTENSÃO
“Trabalhando o conceito e a
prática de compostagem
utilizando resíduos orgânicos
domiciliares”
a dia?
Coord. Prof.
Dr. Vanderlei Antonio Stefanuto
Parceria Interinstitucional
IFPR – Telêmaco Borba
Klabin – Caiubi 2020
2020
julho
i
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................. 1
2. Objetivo..................................................................................................................4
e justificativas..........................................................................................................4
3. Procedimentos ...................................................................................................... 5
3.1 –Formas de Processamento ............................................................................. 6
3.2 – Procedimentos Midiáticos............................................................................ 8
3.3 – Formas de obtenção de tintas naturais (corantes ou pigmentos) – ... 9
(BERMOND, 2017). ................................................................................................. 9
3.4 – Instruções e orientações pedagógicas...................................................... 13
3.5 – Materiais ........................................................................................................ 14
4. Resultados........................................................................................................... 18
5. Conclusão............................................................................................................. 19
Referências .............................................................................................................20
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Neste sentido, buscando uma solução mais ecológica, estudos vêm sendo
realizados em todo o mundo para se conhecer o poder tintorial de diferentes espécies
de plantas, a forma de extração do corante/pigmento, bem como sua toxicidade.
Especificamente na área têxtil, as pesquisas se voltaram na busca pela solidez do
corante nas fibras e nas melhorias dos parâmetros de tingimento (BECHTOLD, 2003),
considerando seu alto poder de poluição ambiental. Para se ter uma ideia, durante um
banho de tingimento, 40% do corante sintético utilizados não são absorvidos pelas fibras
dos tecidos, sendo, portanto, descartados. Esse descarte, acrescido de metais pesados,
sais e demais resíduos tóxicos é realizado no meio ambiente (ROSSI, 2009), indo na
contra mão dos princípios de sustentabilidade e manutenção da biodiversidade.
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Adotamos como interdisciplinaridade: “troca e cooperação, uma verdadeira integração entre as disciplinas
de modo que as fronteiras entre elas tornem-se invisíveis para que a complexidade do objeto de estudo se
destaque” [...] Onde, “Os professores devem ser os protagonistas na implantação de práticas
interdisciplinares na escola” (AUGUSTO et al., 2004).
AUGUSTO, Thaís Gimenez da Silva et al . Interdisciplinaridade: concepções de professores da área
ciências da natureza em formação em serviço. Ciênc. educ. (Bauru), Bauru, v. 10, n. 2, p. 277-289, 2004.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
3132004000200009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 05 jul. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-
73132004000200009.
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Cocção – compreende a
fervura de partes do vegetal em água
quente até a obtenção do pigmento
(ex. beterraba ralada, folhas de
repolho roxo, pó de café, chá mate);
Maceração – compreende o
processo de esmagamento de folhas e
partes de vegetal (ex. folhas de
manjericão, folhas de Hibiscus sp,
flores de Hibiscus sp, etc.);
Infusão – Os ingredientes vegetais são picados e deixados em álcool 70% por
tempo determinando, dias, semanas ou meses. Materiais como pétalas de flores,
folhas, raízes, sementes de urucum, lascas de madeira, repolho roxo, beterraba,
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açafrão etc. servem de matéria prima para esse processo. No caso do uso de cola
como aglutinante, recomenda-se o uso de álcool para retirada do excesso e
limpeza dos pinceis.
Fricção – Consiste em friccionar, esfregar o material vegetal diretamente sobre o
papel. Geralmente partes das plantas com quantidade razoável de água – ex.
pétalas coloridas e;
Liquidificação – Relaciona-se ao fato de bater o material com água no
liquidificador (ex. folhas de espinafre, beterraba, repolho roxo, pétalas, etc).
É importante ressaltar que esses procedimentos podem ser utilizados de maneira
associada, como é o caso de extração de pigmento da beterraba e do repolho roxo. A
liquidificação, seguida de Cocção maximiza o processo de extração do pigmento.
Quanto aos fixadores e conservantes, se recomenda o uso de: (1) limão; (2)
vinagre; (3) jenipapo; (4) cola branca; (5) cola caseira; (6) sal grosso; (7) alúmem de
potássio (pedra ume); (8) ácido tartárico; (9) bicarbonato de sódio. Contudo, a adição
de fixadores e conservantes pode alterar a coloração dos pigmentos. No caso do pigmento
roxo, extraído das folhas do repolho roxo por cocção e posterior filtragem, ao
adicionarmos o bicarbonato de sódio, a tintura mudará para o tom azulado, enquanto a
adição de gota de vinagre, favorece a mudança da coloração roxa para o tom
avermelhado-rosado.
No quesito durabilidade, as tintas orgânicas, dependo da sua fonte e forma de
obtenção, com raras exceções, são sensíveis à luz e sempre perderão um pouco de sua
cor com o passar do tempo, sendo, portanto, instáveis. Contudo, conseguimos belíssimas
cores, desde que não fiquem expostas à luz. Além disso, as pinturas feitas com a base
orgânica podem favorecer o crescimento de fungos, se não foram devidamente
acondicionadas. O mesmo não acontece, por exemplo, com tintas à base de terra.
Algumas tintas oriundas de cocção e liquidificação ganham maior tempo de uso, quando
acondicionadas em geladeira ou refrigerador.
Um outro quesito importante, especialmente quando se trabalha com criança, é o
conhecimento sobre a toxicidade de alguns vegetais. Assim devemos escolher plantas
que não ofereçam riscos quando manipuladas. Tintas que foram obtidas por intermédio
das infusões em álcool devem ser guardadas longe do fogo e do alcance das crianças.
Além disso, devemos tomar os devidos cuidados quanto aos procedimentos de
coleta desses materiais biológicos, de preferência coletar apenas a quantidade necessária
para o uso. Para tanto, recomenda-se o uso de casca de frutas e outros resíduos orgânicos
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As imagens abaixo
exemplificam as principais
fontes dos pigmentos
extraídos de plantas
presentes em nosso
cotidiano, exemplificando
as partes utilizadas,
processos, diluentes,
aglutinantes e fixadores
(figura 01).
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Cont.
Cont.
Considerando que todos temos nossa criança interior, vamos à obra, que nos
conheçamos, mais e mais a cada dia!
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6) Repolho Roxo (folhas de repolho) – fonte para obtenção de pigmentos: azul, rosa e
roxo. A antocianina, pigmento presente nas folhas do repolho reage de maneira diferente
na presença de substâncias ácidas e básicas, funcionando assim como um indicador ácido-
base. Na presença de gotas de limão, migra do roxo rosa. Enquanto que ao
adicionarmos pitadas de bicarbonato de sódio, migra do roxo azul.
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B C
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[...] um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a
orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o
potencial presente e futuro, a fim de atender as necessidades e aspirações humanas.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD). Nosso
futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1988.
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ANTUNES, H. S. Ser aluna, ser professora: um olhar sobre os ciclos de vida pessoal
e profissional. Santa Maria: Ed. Da UFMS, 2011.
BAFANA, A.; DEVI, S.; CHAKRABARTI, T. Azo dyes: past, present and the future.
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