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As crianças são naturalmente atraídas pelas artes, a ideia de se pensar em uma Educação
Artística que envolva a temática ambiental, pode ser ainda mais envolvente para as crianças da
atualidade. As crianças da atualidade têm perdido o interesse pelas artes de forma cada vez
mais precoce. São apresentados mecanismos tecnológicos cada vez mais cedo, contrariando as
indicações da Organização Mundial da Saúde, que aconselha que o tempo limite do contato das
crianças com os écrans deve ser no máximo duas horas. Esse tempo tem sido excedido em
muito e o resultado, tem sido a perca do interesse das crianças, pelas atividades manuais, o que
pode ser devastador para o desenvolvimento das crianças, pois segundo Vigotsky (2018) as artes
ciência orgulho (Allen & Boykin, 1992; Allison & Rehm, 2007; Griffin & Miller, 2008; Hall, 2007;
Young, 1990). Na atualidade muito se tem falado também sobre o poder terapêutico, que a
vivência em contato com a natureza, pode oferecer ao ser humano. Conhecer o ambiente é
conhecer parte de nós mesmos, pois estamos na natureza e a natureza está em nós. Uma
Educação Artística que explora as questões ambientais pode ser uma alternativa para favorecer
o melhor desenvolvimento desta nova geração, carente de uma educação que trabalhe o
4. Objetivos
5. Estado da Arte
diretos e indiretos (Savo et al., 2016 ; Stern, 1993 ; Rosa e Dietz, 1998 ; Lambin et al., 2001 ;
Ippolito et al., 2010 ). Em um artigo de ciência comportamental intitulado " Este lado do paraíso
e descobrindo por que a mente humana precisa da natureza", Jaffe (2010) resumiu
evidências experimentais mostrando que ambientes "naturais" têm um efeito salubre sobre o
psicológico. Este autor concluiu que em contato com a natureza, a atenção, humor positivo e
índices de saúde são melhorados. Embora existam processos cognitivos neurológicos, implícitos
por trás desses efeitos ( Joye,2007), propôs que os efeitos positivos ocorrem porque nossos
colaboração cultivada do paisagista Frederick Law Olmsted com o arquiteto Calvert Vaux.
Em 1865, Olmsted pensava que a exposição a ambientes naturais impediria um
cientistas agora sabem que a natureza tem uma capacidade notável de restaurar a atenção, que
acalma a agressão e que pode até mesmo aliviar a depressão leve. Revigorando o cérebro por
por meio dos estudos da atenção. A teoria teve origem quando ele, Fellow Rachel Kaplan, e
alguns de seus alunos perceberam que as pessoas tinham uma preferência surpreendente por
cenas que representavam ambientes naturais. Kaplan e seus colaboradores logo descobriram
que havia muito mais na natureza do que apenas beleza - eles descobriram que a exposição a
Kaplan. “[Esses lugares] são mais confortantes, mais relaxantes, mais como se estivéssemos em
cognitivas, desde diminuir a raiva até estimular o ânimo e a capacidade de atenção de pacientes
com câncer.
A proposta de pensar uma educação voltada para o meio ambiente, tem como objetivo
sensibilizar, sobre a relação do ser humano com o meio, que reflete sua relação consigo próprio.
todo. Não somos seres independentes, somos interligados. A forma como lidamos com o outro
os vegetais com pigmentos, a fim de serem produzidas tintas que sejam ecológicas, no sentido
de não poluírem o meio ambiente. Este fato, traz a consciência de um cuidado ambiental, que
reflete também a importância do autocuidado. O contato com a terra e com as espécies nela
inseridas, trará um conhecimento mais profundo sobre as espécies que compartilham conosco a
Narrativa (IN). Serão realizados workshops com a temática da arte ecológica, serão estudados
autores que tratam da temática que envolve os estudos das espécies que produzem pigmentos
nativas, despertando o olhar atento sobre o que nos cerca e o vivenciar o momento presente.
Quantos de nós, para durante alguns minutos do dia exclusivamente para admirar o luar, o por
do sol, a chuva, as formas e texturas da vegetação? Vivemos ocupados de mais para vislumbrar
essas belezas. Este projeto valoriza essa mudança de paradigma. O vivenciar o momento
presente. Para isso é fundamental que o ser humano passe a viver mais inserido no ambiente
natural. Iremos estudar a importância desta vivência. Pesquisaremos artistas que trabalham
com a arte ecológica, quais técnicas utilizam, e quais técnicas sãs possíveis de serem
A proposta educacional que contribua para a melhora da qualidade de vida das crianças,
se mostra urgente, pois percebemos as crianças cada vez mais precocemente sendo sugadas
pela agitação da vida moderna. As doenças cada vez mais precoces nos provam isto. A
incentivo a vivenciar a natureza, pode contribuir para a educação e como a educação artística
idade escolar.
está a passar por um momento de mudança, na forma de pensar, na forma de ver o mundo, na
forma de agir. Esta mudança é influenciada pela tecnologia, pela facilidade de acesso ao
metamorfose e se adequar aos novos desafios que estão à tona, para que a humanidade possa
A lógica ambiental está intimamente ligada ao cenário artístico. Toda obra humana é
uma representação da vida e toda a vida retrata o meio ambiente. Este fato desencadeia uma
série de hipóteses que podemos levar em consideração: Como o ambiente tem influenciado a
vida das pessoas? Como as ações do ser humano tem influenciado o meio ambiente? Como a
Educação Artística pode contribuir para melhorar a relação do ser humano com o meio
ambiente? Será que o fato do homem estar desconectado com o meio ambiente à sua volta tem
Para encontrarmos as respostas a essas questões, iremos nos debruçar sobre os autores
que tratam desta temática. Realizaremos workshops a fim de oferecer alternativas ecológicas,
para as produções artísticas. Através desses workshops iremos tentar descobrir como a arte
pode contribuir para a sensibilização ambiental e uma visão do mundo e de si mesmos mais
positiva. O cuidado com o meio que nos cerca revela o cuidado com nós mesmos. Usaremos a
Referencias:
Allen, B. A., & Boykin, A. W. (1992). African American children and the educational process: Alleviating
cultural discontinuity through prescriptive pedagogy.School Psychology Review,21, 586–596
Allison, B. N., & Rehm, M. L. (2007). Effective teaching strategies for middle school learners in
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Griffin,J.P.,&Miller,E.
(2008).Aresearchpractitioner’sperspectiveonculturallyrelevantprevention:Scientificandpracticalconsidera
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