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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

Aula 11 (D4).................................. 5 Aula 11(D35)................................ 53


Inferência de informação implícita Associando informações em listas, tabelas e gráficos
estatísticos
Aula 12 (D8)................................... 9
Argumentação: relação tese x argumentos Aula 12(D3)................................. 65
Relacionando figuras espaciais com suas
Aula 13(D7)................................. 15 planificações ou vistas
Argumentação: identificação de tese
Aula 13(D13)................................ 71
Aula 14(D9)................................. 19 Usando os conhecimentos de sólidos geométricos
Partes principais x partes secundárias para solucionar situações do cotidiano

Aula 15(D11)................................ 25 Aula 14(D18 e D20)........................ 77


Coesão: relação causa x consequência Estudando funções e suas aplicações

Aula 16(D2)................................. 31 Aula 15(D29)................................ 83


Coesão: relações entre partes de um texto (repetições Solucionando situações que envolvem funções
ou substituições) exponenciais

Aula 17(D5)................................. 37 Aula 16(D30)................................ 89


Linguagem não-verbal: interpretação com material Identificando gráficos de funções trigonométricas e
gráfico suas propriedades

Aula 18(D17)................................ 41 Aula 17(D4)................................. 95


Efeitos de sentido de pontuação e outras notações Relacionando o número de vértices, faces e/ou
arestas nos poliedros
Aula 19(D19)................................ 47
Efeitos de sentido de recursos ortográficos e/ou Aula 18(D4)................................. 99
morfossintáticos Aplicando razões trigonométricas no triângulo
retângulo na resolução de problemas

Aula 19(D31).............................. 105


Associando sistemas lineares a matrizes para resolver
problemas
LÍNGUA
PORTUGUESA
[...]
Aula 11 Ao longo da história, alguns rios acabam sendo
Inferência de desviados ou mesmo revestidos e cobertos por ave-
nidas e ruas. Se tornam apenas memória nas cida-
informação implícita des, se tornam invisíveis para a população – e por
vezes lembrados apenas durante os alagamentos por
sua importância de macrodrenagem. O caso do ria-
! cho Cheonggyecheon, em Seul (Coreia do Sul), é um
Você sabia? exemplo que tenta ser seguido em diferentes capi-
No artigo de opinião1, o autor apresenta sua opinião, tais brasileiras. Modificações foram feitas e o rio foi
de forma progressiva, a respeito de um determinado “desenterrado” e despoluído para ser devolvido à sua
assunto. Para isso, ele expõe argumentos coerentes e população. O invisível se tornou um cartão postal.
consistentes, a fim de convencer o interlocutor sobre
determinada questão. Dessa forma, com o objetivo de
Os “rios voadores” que fluem da Amazônia para
manter a coerência temática e a coesão, o articulista
o sul do Brasil também são invisíveis, apesar de
emprega diversos recursos linguísticos, conforme sua sua importância nos ciclos hídricos que sustentam
intencionalidade, para explicitar o ponto de vista. as cidades que enterram seus rios superficiais. Mas
nenhuma água é tão invisível aos olhos de quem se
1
beneficia quanto as águas subterrâneas.
Leia o texto 1 para responder aos itens de 1 a 5. “Fazer o invisível visível” é o tema da Unesco de
2022 para as águas subterrâneas. Mas as águas sub-
terrâneas geralmente só se tornam visíveis ao escor-
rer pelas torneiras de quem as utiliza. É o caso de
Texto 1 52% das cidades brasileiras que são abastecidas total
(36%) ou parcialmente (16%) com água subterrânea
Sobre águas invisíveis distribuídas pela rede pública, totalizando mais de
30 milhões de brasileiros (18% da população).
Por Leonardo Capeleto de Andrade, pós-doutoran-
do no Instituto de Geociências (IGc) da USP, e Ri- Mas é no abastecimento privado que as águas
cardo Hirata, professor do IGc-USP. Post category: subterrâneas fazem a diferença no país. Os mais
Artigos Publicado: 09/01/2023 de 2,5 milhões de poços tubulares (vulgo artesia-
nos) produzem água suficiente para abastecer toda
De norte a sul do Brasil, os corpos hídricos su- a sua população e é usada no abastecimento com-
perficiais ganham diferentes nomes. Não em rela- plementar de casas, condomínios, nas prestadoras
ção aos seus nomes próprios, mas em suas deno- de serviços, indústrias e na agricultura. Se não fos-
minações. Grandes rios em geral são apenas rios. sem por essas águas, muitas cidades colapsariam
Mas os menores ganham diferentes e curiosos ape- em épocas de seca. A inviabilidade ocorre também
lidos ao longo do país: No Sul, podem ser “arroios” porque 70% dos poços são clandestinos – o que tor-
ou “sangas”; no Sudeste “ribeiras”, “córregos”; e na a gestão desse recurso muito limitada.
no Norte “igarapés”. Independente da toponímia, Apesar de parecer uma fonte inesgotável e geral-
para a legislação ambiental são apenas “rios”. mente mais “limpa” que as superficiais, os lençóis
Em Porto Alegre (RS), a população vive uma freáticos e os aquíferos estão sob risco, assim como
histórica guerra toponímica com o Guaíba que a os rios urbanos. Para alguns, as águas subterrâneas
abastece: alguns querem sua classificação como seriam um recurso estratégico, para o futuro – como
rio, outros como lago – até como estuário já hou- as “louças da vovó”, guardadas para situações espe-
ve. Os argumentos variam entre científicos, defesa ciais. Porém, as águas subterrâneas já fazem parte do
ambiental ou mesmo por puro conservadorismo e abastecimento de muitas cidades e não as usar é uma
tradição. Neste caso, porém, a legislação ambien- perda de oportunidade. As águas subterrâneas são um
tal e proteção de suas margens realmente poderia recurso que poderá resolver os problemas de hoje e
ser alterada – apesar de já consolidada. de amanhã. E para isso, deve haver planejamento.
Os aquíferos devem ser vistos como um banco
1 KÖCHE, V. S.; MARINELLO, A. F. Gêneros textuais: de águas, uma “poupança” – que pode render se as
práticas de leitura, escrita e análise linguística. Petrópolis, RJ: extrações forem menores que as reposições a longo
Vozes, 2015.

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 5 LÍNGUA PORTUGUESA


prazo. Mas a recarga de grandes aquíferos, como o Item 3. Nesta frase: “‘Fazer o invisível visível’ é o
caso do Guarani, é muito lenta. E assim, este banco tema da Unesco de 2022 para as águas subterrâne-
está tendo prejuízos, caindo seus níveis ano a ano as”, a intenção da instituição é
em algumas cidades paulistas. E caso não consiga-
mos reduzir as saídas, precisaremos complementar A) restringir a gestão das águas subterrâneas.
as entradas, fazendo recargas artificiais.
B) reduzir o consumo desse recurso hídrico.
Enquanto dezenas de rios, arroios, córregos e iga-
rapés são facilmente lembrados pela população, a C) mostrar à população a importância do consumo
maior parte destas pessoas talvez sequer saibam no- planejado.
mear três aquíferos ou percebam que podem estar en- D) comercializar o direito de uso das águas subter-
trando em contato com estes ao beber uma água mi- râneas.
neral. É preciso dar visibilidade às águas subterrâneas.
É preciso pensar no futuro, olhando para o presente. E) incentivar as pessoas a deixarem de utilizar as
águas subterrâneas.
ANDRADE, L. C.; HIRATA, R. Sobre águas invisíveis. Jornal da
USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/?p=598058. Acesso
em: 09 jan. 2023.

Item 4. A partir do trecho “Os aquíferos devem ser


vistos como um banco de águas, uma ‘poupança’
Item 1. No trecho “Em Porto Alegre (RS), a popula- – que pode render se as extrações forem menores
ção vive uma histórica guerra toponímica com o Gua- que as reposições a longo prazo”, entende-se que
íba que a abastece: alguns querem sua classificação
como rio, outros como lago – até como estuário já A) o poder público deve propor políticas para o uso
houve. Os argumentos variam entre científicos, de- consciente do consumo de água.
fesa ambiental ou mesmo por puro conservadorismo B) a população deve reduzir o consumo de água
e tradição”, infere-se que a população para comercializar no futuro.
A) é contra a classificação do recurso hídrico. C) as pessoas devem utilizar só o que for necessá-
B) é desfavorável aos argumentos científicos. rio à subsistência.
C) tem opiniões divergentes sobre a classificação D) a sociedade deve preservar os aquíferos, que
do Guaíba. são inesgotáveis.
D) rejeita os argumentos históricos. E) os aquíferos armazenam a água por tempo de-
terminado.
E) contesta todos os argumentos.

Item 2. A partir do trecho “Ao longo da história alguns Item 5. A partir das informações constantes no tex-
rios acabam sendo desviados ou mesmo revestidos e to, conclui-se que
cobertos por avenidas e ruas. Se tornam apenas me-
mória nas cidades, se tornam invisíveis para a popu- A) é preciso controlar o consumo de água para não
lação – e por vezes lembrados apenas durante os ala- faltar no futuro.
gamentos por sua importância de macrodrenagem”, o
B) só se pode utilizar os aquíferos, quando os ní-
termo destacado revela que os rios
veis de água estão elevados.
A) são essenciais. C) a população hoje está mais consciente acerca
B) perderam o valor. do uso controlável da água.
C) são importantes. D) as pessoas não sabem os nomes dos aquíferos
existentes nas cidades paulistas.
D) são desnecessários.
E) somente as águas subterrâneas são suficientes
E) passam despercebidos.
para abastecer as cidades paulistas.

LÍNGUA PORTUGUESA 6 AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Na sequência, sob as orientações do seu professor,
Hora de Praticar! faça a leitura cruzada dos quadros comparativos, o

ANOTAÇÕES
que significa troca dos textos com outros colegas,
Estudante, agora é a sua vez de praticar as habi- para que outro possa ler o seu texto e você o do seu
lidades que acabamos de trabalhar nesta aula. A colega. Assim, os textos poderão receber contri-
seguir, você tem dois desafios para desenvolver e, buições, tornando-se mais rica a produção textual.
depois, socializar com o professor e os colegas.
Você poderá realizar pesquisas em livros, jornais
ou revistas impressas ou virtuais ou, ainda, consul- Vamos avaliar o que você
tar outras fontes. aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!
Desafio 1
Sob a orientação do professor, organizem-se em Quando iniciou esta aula, o que você sabia
pequenos grupos e pesquisem exemplares de ar-
tigo de opinião, em material impresso ou on-line,
sobre o tema Inferir a informação implícita
que apresentem temas atuais que tenham reper- de um texto?
cussão na sociedade. Após, façam a leitura deta-
lhada, identifiquem as informações presentes na
superfície do texto, bem como todos os elementos Reflita sobre as seguintes questões:
(imagens, figuras, infográficos e outros) que pos- • O que eu sabia?
sam contribuir para a compreensão global do texto.
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
Desafio 2
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
Agora, para explorar melhor o texto, de modo a cotidiano?
permitir a realização de inferências a partir das
informações identificadas, orientamos que vocês
reconheçam e analisem os seguintes aspectos:
●● Temática:
●● Ideia geral:
●● Ponto de vista do autor:
●● Argumentos apresentados:
●● São argumentos plausíveis?
●● Concorda ou discorda? Por quê?
●● Apresente um ou dois argumentos contrário:
●● Reflexos/impactos dos seus argumentos:
●● Seu ponto de vista, a partir do que foi
apresentado pelo autor:
Estudante, lembre-se que para inferir informações
implícitas em textos diversos, é preciso reconhe-
cer as informações presentes claramente na base
textual, mas que podem ser construídas pelo leitor
por meio da realização de hipóteses que as marcas
do texto permitem.

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 7 LÍNGUA PORTUGUESA


ANOTAÇÕES

8
Item 1. O principal argumento que comprova a
Aula 12 tese de que adolescentes do sexo feminino são
mais afetadas pela conexão entre mídias sociais e
Argumentação: doenças psicológicas é:
relação tese x
A) “Na era do troco likes, (...), a depressão é quem
argumentos está se conectando aos jovens que mais usam as re-
des sociais...”
Leia o texto 1 e responda aos itens 1 e 2. B) “Segundo um estudo da Universidade de Lon-
dres, adolescentes do sexo feminino apresentam
duas vezes mais chances de terem depressão ao
utilizar redes sociais do que homens da mesma fai-
Texto 1 xa etária.”
C) “Entre garotas de 14 anos, cerca de 75% sofrem
Mau uso de redes sociais agrava sinais de depressão por baixa autoestima, insatisfação
depressivos nos jovens com sua aparência...”
Segundo estudo, meninas são mais afetadas pela D) “O levantamento ainda aponta que 12% dos usu-
conexão entre mídias sociais e doenças psicológicas ários considerados moderados e 38% dos que fazem
uso intenso de mídias sociais mostraram sinais de
Por Pedro Ezequiel depressão mais graves.”
E) “...a Universidade da Pensilvânia comprovou,
Na era do troco likes, me segue que eu sigo de pela primeira vez, uma conexão da redução do
volta e muitas retuitadas, a depressão é quem está bem-estar com o uso do Facebook, Snapchat e o
se conectando aos jovens que mais usam as redes Instagram.”
sociais — principalmente as garotas. Segundo um
estudo da Universidade de Londres, adolescen-
tes do sexo feminino apresentam duas vezes mais
chances de terem depressão ao utilizar redes so-
ciais do que homens da mesma faixa etária. Entre Item 2. Os argumentos referentes aos resultados
garotas de 14 anos, cerca de 75% sofrem de de- da pesquisa feita pela Universidade são de
pressão por baixa autoestima, insatisfação com sua
aparência e por dormir sete horas ou menos por A) causa e consequência.
noite. Os pesquisadores analisaram os processos
B) exemplificação.
que poderiam estar ligados ao uso de mídias sociais
e depressão e descobriram que 40% das meninas e C) comparação.
25% dos meninos tinham experiência de assédio on-
D) autoridade.
-line ou cyberbullying. O levantamento ainda apon-
ta que 12% dos usuários considerados moderados e E) explicação.
38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais
mostraram sinais de depressão mais graves. Para
completar esta relação, no final do ano passado a
Universidade da Pensilvânia comprovou, pela pri-
meira vez, uma conexão da redução do bem-estar
com o uso do Facebook, Snapchat e o Instagram.
[...]

Fonte: EZEQUIEL P. Mau uso de redes sociais agrava sinais


depressivos nos jovens. Adaptado. Jornal da USP. Disponível:
https://jornal.usp.br/?p=221978. Acesso em: 8 jan. 2023.

AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 9 LÍNGUA PORTUGUESA


Leia o texto 2 para responder ao item 3. Item 3. A tese de que a tendência humana à es-
tabilidade é natural é sustentada pelo argumento
de que

Texto 2 A) as pessoas buscam refúgio nas rotinas do quo-


tidiano.
Impasses da cultura moderna no Brasil B) a estabilidade almejada é apenas uma ilusão.
Por Carlos Augusto Calil, professor da Escola de C) a incerteza da vida escapa à compreensão.
Comunicações e Artes (ECA) da USP
D) fenômenos como doenças são suportáveis.

[...] E) a memória do trauma é logo sublimada.

A tendência humana à estabilidade é natural.


Ameaçadas pelo ambiente hostil moldado pela na-
tureza indiferente ou pela agitação inerente à vida
social e política, as pessoas buscam refúgio nas ro-
tinas e protocolos que assegurem um mínimo de
previsibilidade ao quotidiano. Mas essa segurança
é ilusória. [...]
Diante da incerteza do curso da vida, que nos
escapa à compreensão e ao controle, almejamos
alcançar uma rotina confortável, às vezes inter-
rompida por fenômenos como doenças e mani-
festações naturais. Apesar de ocasionalmente
atingirem intensidade aguda, são suportáveis por
corresponderem a uma suspensão do quotidiano
com a promessa intrínseca de um rápido retorno
à “normalidade”. A memória do trauma é logo su-
blimada; sua superação é celebrada com a desme-
dida que compensa a privação. Assim foi a feroz
celebração da vida no Carnaval de 1919 no Rio de
Janeiro, após a devastação ocasionada pela gripe
espanhola; hoje, após a pandemia do Corona vírus,
tememos os excessos e a negligência dos incautos.
[...]

Fonte: CALIL C. A.Impasses da cultura moderna


no Brasil. Jornal da USP. Disponível em:
https://jornal.usp.br/?p=562405.
Acessado em: 23 set. 2022.

LÍNGUA PORTUGUESA 10 AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Leia o texto 3 para responder ao item 4. Item 4. No texto, o argumento que comprova a
ideia do professor Carlos Augusto Calil quanto à
tendência humana à estabilidade é
Texto 3 A) a descoberta de uma nova espécie de cinodonte
no Triássico brasileiro.
Estudo descobre espécie que viveu há 233
B) o fato de o Rio Grande do Sul ser o único estado
milhões de anos no Rio Grande do Sul brasileiro em que se encontram fósseis do Triássico.
Oberdan Rodrigo Schumann - 15 de junho de 2023
C) o exemplo da feroz celebração da vida no Car-
Fósseis do Santagnathus mariensis foram encon- naval de 1919 no Rio de Janeiro, após a gripe es-
trados em Santa Maria e identificados por pesqui- panhola.
sadores do PPG Geociências da UFRGS D) a referência à pandemia do Coronavírus e ao
temor dos excessos e da negligência dos incautos.
O Rio Grande do Sul se caracteriza como impor- E) a colaboração de pesquisadores de diferentes
tante local de pesquisas da Paleontologia, sendo o instituições na publicação do artigo científico.
único estado brasileiro em que se encontram fós-
seis do Triássico, período de tempo entre 251,9 e
201,3 milhões de anos atrás. Em pelo menos parte
dessa época, o mapa da Terra ainda era formado
pelo supercontinente Pangeia, e o território gaú-
cho integrava um imenso deserto junto ao que co-
nhecemos hoje como o continente africano. [...]
Uma pesquisa do Laboratório de Paleontologia de
Vertebrados da UFRGS, comandada por Maurício Ro-
drigo Schmitt, doutorando do Programa de Pós-gra-
duação em Geociências da UFRGS (PPGGEO), indica
a descoberta de uma nova espécie de cinodonte tra-
versodontídeo ( Clado Traversodontidae) no Triássi-
co brasileiro. Trata-se do Santagnathus mariensis,
um animal que viveu há 233 milhões de anos no Rio
Grande do Sul. A identificação se deu a partir de fós-
seis encontrados na cidade de Santa Maria, doados
para a Universidade por um morador da região.
Publicado no final de maio no periódico The
Anatomical Record, o artigo ainda propõe, com
base em um conjunto de caracteres, a validação
de uma espécie argentina de traversodontídeo, o
Proexaeretodon vincei. O estudo contou com a co-
laboração de Cesar Leandro Schultz, coordenador
do Laboratório, e de pesquisadores do Museo Ar-
gentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia
e do Museu Nacional da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).

Fonte: SHUMANN, O. R. Universidade Federal do Rio Grande


do Sul. Estudo descobre espécie que viveu há 233 milhões
de anos no Rio Grande do Sul. Disponível em: https://www.
ufrgs.br/ciencia/estudo-descobre-nova-especie-que-viveu-ha-
-233-milhoes-de-anos-no-rio-grande-do-sul/ . Acesso em: 16
jun. 2023.

AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 11 LÍNGUA PORTUGUESA


Leia o texto 4 para responder ao item 5. Item 5. O principal argumento utilizado pelo neu-
rocientista Álvaro Machado Dias contra o uso de
tecnologias imersivas na educação é

Texto 4 A) o uso de tecnologias digitais afeta o funciona-


mento do cérebro.
Tecnologias imersivas na educação, B) as tecnologias consideradas facilitadoras podem
como a IA, podem prejudicar o ser interessantes.
neurodesenvolvimento infantil C) a criança pode vivenciar a história em vez de
Segundo Álvaro Machado Dias, o uso de tecnolo- ler sobre ela.
gias digitais afeta o funcionamento do cérebro e D) vai ser muito mais realista e interessante do
gera efeitos, tanto positivos quanto negativos, de ponto de vista da experiência.
longo prazo
E) haverá pouco espaço para pensar, pois a tecno-
logia não foi criada para isso.
As tecnologias consideradas facilitadoras, como
a IA, podem ser interessantes para a educação,
mas isso não as eximem de riscos. Álvaro Macha-
do Dias, neurocientista, graduado pelo Instituto de
Psicologia (IP) da USP e pós-graduado pela Facul-
dade de Medicina (FM) da USP, dá um exemplo de
aplicação dessas tecnologias no ensino: em vez de
a criança ler sobre história, ela pode vivenciá-la de
maneira mais realista com hologramas e ambientes
virtuais 3D.
Entretanto, Dias avalia que o incentivo da abs-
tração, determinante para a inteligência humana,
vai diminuir. “Vai ser tudo muito mais realista e
interessante, é verdade, você tem um grande im-
pacto do ponto de vista da experiência”, diz. “Por
outro lado, você tem muito pouco espaço para
pensar, porque não foi desenhado para isso, foi de-
senhado para simplesmente viver sensorialmente
essa realidade”, acrescenta.
[...]

Fonte: Jornal USP. Tecnologias imersivas na educação, como


a IA, podem prejudicar o neurodesenvolvimento infantil.
Disponível em: https://jornal.usp.br/?p=499310.
Acesso em: 6 dez. 2022.

LÍNGUA PORTUGUESA 12 AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Explicação: cada argumento ajuda a reforçar a tese
Hora de praticar! de que a educação é importante para o desenvol-

ANOTAÇÕES
vimento econômico. O primeiro argumento mostra
Estudante, agora é a sua vez de praticar a habilida- que a educação de qualidade melhora a produtivi-
de que acabamos de trabalhar nesta aula. A seguir, dade dos trabalhadores, o que aumenta os salários
você terá dois desafios para desenvolver e, depois, e a produção. O segundo argumento mostra que o
compartilhar com os colegas e o professor. Você acesso à educação melhora a competitividade de
poderá realizar pesquisas em livros, jornais e revis- um país, o que pode levar a um maior crescimento
tas impressos ou virtuais, além de poder consultar econômico. O terceiro argumento mostra que as
outras fontes. habilidades adquiridas durante a educação melho-
ram o crescimento empresarial e a inovação, o que
Desafio 1 também leva a um maior desenvolvimento econô-
Com a orientação do seu professor, organizem-se mico.
em pequenos grupos para pesquisar, em material
impresso ou on-line, textos da ordem da argumen-
tação (mínimo dois textos) e, por meio da aplicação Exemplo 2:
de estratégias de leitura, identifiquem a tese e os Tese: o sistema de saúde brasileiro necessita de re-
argumentos utilizados pelos autores. Em seguida, formas urgentes.
estabeleçam relações entre a tese e os argumentos Argumento 1: o atual sistema de saúde brasileiro
oferecidos para sustentá-la. não é suficiente para atender às necessidades da
Desafio 2 população.

Escolham um tema, sob a orientação do Professor, Argumento 2: o sistema de saúde brasileiro tem
e escrevam uma tese sobre ele. Em seguida, es- poucos recursos para investir em equipamentos e
crevam três argumentos para sustentar essa tese. materiais médicos.
Quando tiverem concluído a tarefa, expliquem Argumento 3: o sistema de saúde brasileiro sofre
como cada um dos argumentos ajuda a reforçar a com a falta de profissionais de saúde qualificados.
tese.
Explicação: cada argumento ajuda a reforçar a
tese de que o sistema de saúde brasileiro preci-
Exemplo 1: sa de reformas urgentes. O primeiro mostra que
o sistema atual não tem recursos suficientes para
Tese: a educação é importante para o desenvolvi-
atender às necessidades da população. O segundo
mento econômico.
mostra que o sistema tem poucos recursos para
Argumento 1: uma educação de qualidade pode au- investir em equipamentos e materiais médicos. O
mentar os salários e a produção dos trabalhadores. terceiro mostra que o sistema sofre com a falta
de profissionais de saúde qualificados. Todos esses
Argumento 2: o acesso à educação pode melhorar
fatores indicam que o sistema de saúde brasileiro
os níveis de competitividade de um país.
necessita de reformas urgentes.
Argumento 3: as habilidades adquiridas durante a
Na sequência, sob as orientações do seu professor,
educação melhoram o crescimento e a inovação
socializem as teses e os argumentos criados por vo-
empresarial.
cês para que os outros colegas possam perceber
como podemos relacionar uma tese a argumentos
que podem ser potentes para sustentá-la.

AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 13 LÍNGUA PORTUGUESA


Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito! ANOTAÇÕES
Quando iniciou esta aula, o que você sabia
sobre o tema Estabelecer relação entre
a tese e os argumentos oferecidos para
sustentá-la?
Reflita sobre as seguintes questões:
• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

LÍNGUA PORTUGUESA 14 AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


des são possíveis. Pois, nesse contexto, “igualda-
Aula 13 de” significa ausência de hierarquia, ausência de
sujeição. Quando a hierarquia impera, diferenças
Argumentação: só podem ser vividas como desigualdades, pois a
identificação de tese hierarquia impõe níveis de valores. O que é dife-
rente do que está acima é necessariamente menos
valorizado. Nesse sentido, ser diferente em uma
Estudante, nesta aula você vai desenvolver a ha- sociedade hierarquizada significa ser desigual, ser
bilidade de identificar a tese de um texto e reco- mais vulnerável, não ser conforme ao que se espe-
nhecer os posicionamentos assumidos, de modo a ra para ter poder.
considerar os movimentos argumentativos (susten- Note-se ainda que a crítica da hierarquia não
tação, refutação/contra-argumentação e negocia- significa necessariamente o desconhecimento da
ção) e os argumentos utilizados para sustentá-los, existência de relações sociais baseadas em autori-
posicionando-se criticamente diante da questão dade e poder, mas significa simplesmente que tais
discutida e recorrendo aos mecanismos linguísticos relações de autoridade e poder podem circular em
necessários. várias direções, que elas não se cristalizam, que
elas são continuamente reversíveis e dinâmicas. Ou
! seja, em uma sociedade desprovida de hierarquia,
Você sabia? as relações de poder não se transformam em re-
lações de dominação. Poder e dominação não são
O artigo de opinião1 tem como objetivo apresentar
necessariamente a mesma coisa, embora normal-
o ponto de vista do articulista (jornalista ou pessoa
mente eles se sobreponham. Poder é a capacidade
entendida no tema) sobre o assunto a partir de uma
questão polêmica (tese) e usando, para isso, o poder
de exercer sua própria potência de ação e enga-
da argumentação, defendendo, exemplificando, justifi- jar outros nesse processo. Poder é compreender
cando ou desqualificando posições. Geralmente, esse que essa potência de ação não é individual, mas é
tipo de gênero circula em revistas e jornais e, ao con- expressão do desdobramento de relações sociais,
trário do editorial, sempre vem assinado. passadas e atuais, das quais faço parte. Por isso, a
ação que daí deriva não é uma imposição. Ela é um
encontro. Todo encontro é uma relação de poder,
Leia o texto 1 para responder aos itens 1 e 2. pois permite a circulação de dinâmicas de ação e
transformação através de um engajamento coleti-
vo que ressoa dimensões inconscientes de minhas
motivações para agir. Dominação, por sua vez, é
Texto 1 a sujeição da vontade de um sujeito à vontade de
outro. Por isso, ela só pode se exercer como man-
Igualdade(s) como princípio da do e vigilância. Pois uma vontade individual só se
democracia real exerce pela força ou pela promessa de participa-
Por Vladimir Safatle, professor da Faculdade de Fi- ção de mandos posteriores.
losofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Fonte: VLADIMIR, S. Igualdade(s) como princípio da
democracia real. Jornal da USP. Disponível em: https://
A igualdade é o horizonte normativo funda- jornal.usp.br/?p=594523. Acesso em: 17 dez. 2022.
mental da vida democrática. Seu sentido não está
vinculado a alguma forma de imposição de homo-
geneidades, como se não fosse possível, em uma
sociedade igualitária, o reconhecimento efetivo da
diferença. Na verdade, podemos dizer exatamen-
te o contrário, a saber, que só em uma sociedade
radicalmente igualitária, diferenças e singularida-

1
Costa, S. R. Dicionário de gêneros textuais. 3. ed.
rev. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014. p. 40.

AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 15 LÍNGUA PORTUGUESA


Item 1. No texto, a tese defendida pelo autor está sociais sejam causas importantes no aumento da
em criminalidade. Talvez essa ideia derive da associa-
ção errônea de crime/favela = violência e de que
A) “A igualdade é o horizonte normativo funda- favela = pobre, logo, o pobre seria potencialmen-
mental da vida democrática.” te perigoso. Por consequência, combatendo-se a
pobreza, os indicadores da violência diminuiriam.
B) “Quando a hierarquia impera, as diferenças só
Terrível engano. Os pobres não são agentes e, sim,
podem ser vividas como desigualdades...”
as maiores vítimas. A quase totalidade dos morado-
C) “O que é diferente do que está acima é neces- res em favelas, que representa um quinto da po-
sariamente menos valorizado.” pulação, é constituída de cidadãos honestos, tra-
D) “...em uma sociedade desprovida de hierar- balhadores, que sofrem em sua convivência diária
quia, as relações de poder não se transformam em com situações de risco. Vale lembrar, não devemos
relações de dominação.” confundir favelas com celeiro de marginais.

E) “Poder e dominação não são necessariamente a [...]


mesma coisa, embora normalmente eles se sobre- Estudo da Universidade de São Paulo mostra que a
ponham.” criminalidade entre adolescentes nas últimas dé-
cadas aumentou quase 10 vezes, apesar de terem
mais acesso a escolas e aos empregos. Em 1960,
17% dos infratores, quando foram presos, eram
analfabetos; 12% haviam cursado o ensino funda-
Item 2. O principal argumento usado por Vladimir
mental; 9% eram empregados, 11,6/100.000 jovens
Safatle para defender sua tese é:
entre 12 e 18 anos haviam praticado crimes. Em
A) “...só em uma sociedade radicalmente igualitá- 2002, 1,5% eram analfabetos; 67,5% haviam cur-
ria, diferenças e singularidades são possíveis.” sado o fundamental; 30% estavam empregados;
112,5/100.000 haviam participado em crimes.
B) “Pois, nesse contexto, "igualdade" significa au-
sência de hierarquia, ausência de sujeição.” Dizer que desigualdade social, pobreza, armas de
fogo, por si só, são causas determinantes da violên-
C) “Nesse sentido, ser diferente em uma socieda- cia é pura balela [...].
de hierarquizada significa ser desigual, ser mais
Fonte: LISBOA, A. M. J. Revista de informação legislativa:
vulnerável...”
as raízes da violência. Brasília: Senado Federal, Subscretaria
D) “Poder é a capacidade de exercer a própria po- de Edições Técnicas, 2007. ano 44. n. 176. Disponível em:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/496908. Acesso
tência de ação e engajar outros nesse processo.” em: 17 nov. 2022.
E) “Pois uma vontade individual só se exerce pela
força ou pela promessa de participação de mandos
posteriores.”
Item 3. Qual é a tese defendida pelo autor do tex-
to?

Leia o texto 2 para responder aos itens 3 e 4. A) A pobreza e a desigualdade social aumentam a
violência.
Texto 2 B) Combatendo a pobreza, a violência diminuiria.
As raízes da violência C) Os pobres não são agentes da violência, mas as
maiores vítimas.
Antônio Marcio Junqueira Lisboa
D) A quase totalidade dos moradores em favelas é
formada por cidadãos honestos.
[...]
E) Não devemos confundir favelas com celeiro de
Infelizmente, existe em nossa sociedade um crucial marginais.
preconceito: o de que a pobreza e as desigualdades

LÍNGUA PORTUGUESA 16 AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 4. A tese defendida pelo autor do texto é mum estar falando num contexto com capacidade
comprovada em: de impactar um grupo pequeno de pessoas, ou um
agente político importante que está falando [...].
A) “Infelizmente, existe em nossa sociedade um
crucial preconceito...” Fonte: ZANFER, G. Liberdade de expressão não pode ser
usada para violar direitos fundamentais. Jornal da USP.
B) “Talvez essa ideia derive da associação errônea Disponível em: https://jornal.usp.br/?p=395610/. Acesso em:
de crime/favela = violência e de que favela = po- 16 dez. 2022.
bre...”
C) “Vale lembrar, não devemos confundir favelas
com celeiro de marginais.”
D) “Em 2002, 1,5% eram analfabetos; 67,5% ha- Item 5. O texto defende a tese de que
viam cursado o fundamental; 30% estavam empre-
gados...” A) a Constituição Federal não autoriza qualquer
tipo de controle prévio no exercício das atividades
E) “Dizer que desigualdade social, pobreza, armas intelectual, artística, científica e de comunicação.
de fogo, por si só, são causas determinantes da vio-
lência é pura balela.” B) todo cidadão brasileiro tem direito de se ex-
pressar sem sofrer qualquer tipo de retaliação.
C) a liberdade de expressão é usada por vezes
como escudo para invadir outros direitos consagra-
Leia o texto 3 para responder ao item 5. dos na Constituição.
D) é preciso estabelecer limites para a lei e evitar
Texto 3 interpretações equivocadas sobre o que pode e o
que não pode ser dito.
Liberdade de expressão não pode ser
usada para violar direitos fundamentais E) o peso de uma afirmação varia de acordo com a
posição que o cidadão ocupa na sociedade.
Por Gustavo Zanfer

Os direitos fundamentais dos cidadãos estão de- !


Você sabia?
terminados na Constituição Federal Brasileira de
1988, que não autoriza qualquer tipo de controle Em um texto argumentativo2, o primeiro passo é situar
prévio no exercício das atividades intelectual, ar- o leitor a respeito do tema (o fator mais abrangente e
tística, científica e de comunicação. Todo cidadão também o mais importante que vai servir como base
brasileiro tem direito, portanto, de se expressar para o texto), chegando às questões mais específicas
que serão abordadas por ele, a tese (a opinião resu-
sem sofrer qualquer tipo de retaliação. Entretanto,
mida do autor sobre o tema e que será defendida ao
a liberdade de expressão é usada por vezes como
longo do texto).
escudo para invadir outros direitos consagrados na
Constituição, gerando a necessidade de estabele-
cer limites para a lei e evitar interpretações equi-
vocadas sobre o que pode e o que não pode ser
dito.
[...]
Além da ideia do senso comum sobre os limites da
liberdade de expressão, existe também a ideia de
que esses limites se aplicam da mesma maneira em
todos os contextos, para todas as pessoas. Porém,
o peso de uma afirmação varia de acordo com a 2
Fonte: CANTARIN, M. M. et al. A análise do texto
dissertativo-argumentativo. In: Textos dissertativo- argu-
posição que o cidadão ocupa na sociedade. Men-
mentativos: subsídios para qualificação de avaliadores. INEP:
des afirma que “é muito diferente um cidadão co- Ministério da Educação.

AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 17 LÍNGUA PORTUGUESA


Hora de Praticar! Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
ANOTAÇÕES
Estudante, agora é a sua vez de praticar a habili- interessa muito!
dade que acabamos de trabalhar nesta aula. Você
terá um desafio para desenvolver e, em seguida,
compartilhar com os colegas e professor. Este de- Quando iniciou esta aula, o que você sabia
safio consiste em um trabalho em grupos de quatro
ou cinco pessoas e será realizado em etapas. sobre o tema Identificar a tese de um
texto?
Desafio 1
Reflita sobre as seguintes questões:
A partir das orientações do professor, organizem-se
em grupos e utilizem a biblioteca para pesquisar
em revistas, jornais ou na internet (em sites confi-
A) O que eu sabia?
áveis) um texto argumentativo, de qualquer gêne-
ro, que aborde um assunto polêmico relacionado, B) O que eu precisei saber?
sobretudo, ao local em que vocês vivem. Vocês C) O que eu aprendi?
deverão ler o texto com atenção e empregar di-
ferentes estratégias de leitura, extraindo a tese e D) Qual a relevância desse aprendizado para o meu
os argumentos usados pelo autor para defendê-la. cotidiano?

Desafio 2
O desafio 2 consiste na produção de um artigo de
opinião do grupo sobre o mesmo tema do texto
pesquisado. Para isso, o grupo terá de seguir o pas-
so a passo:

O primeiro passo é a planificação. Nesse momen-


to, o grupo deverá selecionar o tema e estabelecer
o argumento central do artigo. Além disso, vocês
deverão estabelecer os principais pontos que dese-
jam discutir no artigo e selecionar as informações
que serão usadas para apoiar a argumentação.
O segundo passo é a textualização. O grupo terá
que escrever o artigo de opinião seguindo as instru-
ções estabelecidas na etapa de planificação. Nesse
momento, vocês deverão usar as informações se-
lecionadas na etapa de planificação para apoiar a
argumentação e defender o ponto de vista sobre o
tema.
O terceiro e último passo é a revisão. O grupo
deverá revisar o artigo para verificar se o texto
apresenta coerência e se está de acordo com as
normas-padrão da língua. Além disso, vocês deve-
rão verificar se o artigo apresenta as informações
necessárias para defender a tese e se todas estão
de acordo com ela.

LÍNGUA PORTUGUESA 18 AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Aula 14 Texto 1
Acidente grave de trânsito é questão de
Partes principais x saúde pública
partes secundárias 07/03/2018

Estudante, esta aula foi construída a partir do des- Os acidentes de trânsito se configuram como
critor da Matriz do Saeb, alinhado à habilidade da um grave problema de saúde pública no País. Essas
BNCC, tendo em vista os objetivos de aprendiza- emergências têm, porém, um aspecto particular:
gem e as estratégias a serem utilizadas para que a maioria delas é evitável. A avaliação é de Júlia
você desenvolva a habilidade de diferenciar as par- Maria D’Andrea Greve, do Instituto de Ortopedia
tes principais das secundárias em um texto. e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Facul-
dade de Medicina da USP, que completa dizendo
que esses atendimentos representam um “roubo”
! importante de recursos da área médica.
Você sabia?
Hospitais como o HC devem manter uma equipe
Notícia é um relato ou narrativa de fatos, aconteci-
médica de plantão para o atendimento desses pa-
mentos, informações, recentes ou atuais, do cotidiano,
cientes. Principalmente nos centros de referência,
ocorridos na cidade, no campo, no país ou no mundo,
é elevado o número de vítimas que chegam com
de grande importância para a comunidade e o público
leitor, ouvinte ou espectador.
um quadro clínico de alta complexidade, conta a
Pode ser veiculada em jornal, revista, rádio, televisão, médica. Acidentes com motos e atropelamentos
internet. são os que costumam resultar em lesões de maior
Apresenta enunciados mais referenciais e menos opi- gravidade. Nessas situações, a manutenção da vida
nativos, linguagem objetiva e predomínio da 3ª pessoa. é a prioridade do atendimento
Inicia-se com o Lead ou Lide!
Lide (v.) deve informar quem fez o quê, a quem, quan- Fonte: JORNAL DA USP. Acidente grave de trânsito é questão
do, onde, como, por que e para quê e depois continu- de saúde pública. Disponível em: https://jornal.usp.br/
a-se o relato dos fatos, seguindo-se a ordem previa- atualidades/acidentes-de-transito-no-brasil-um-problema-de-
mente selecionada. Depois vem o corpo de texto, que -saude-publica/. Acesso em: 27 out. 2022.
é a parte mais desenvolvida de uma notícia

Fonte: COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais


– Sérgio Roberto Costa. - 3. ed. rev. - Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2014. Pág. 180. Item 1. O trecho que contém a informação princi-
pal desse texto é:

Estudante, esta aula é composta por cinco itens, A) “Os acidentes de trânsito se configuram como
sendo que o item 1 refere-se ao texto 1; o item um grave problema de saúde pública no País.”
2 refere-se ao texto 2; o item 3, ao texto 3; e os B) “Essas emergências têm, porém, um aspecto
itens 4 e 5, ao texto 4. particular: a maioria delas é evitável.”
Para responder aos itens, você deve ler com aten- C) “[...] esses atendimentos representam um
ção os textos. Tenha certeza de que compreendeu “roubo” importante de recursos da área médica.”
as palavras e, caso tenha alguma dúvida, faça uso
do dicionário para resolvê-la. D) “[...] é elevado o número de vítimas que che-
gam com um quadro clínico de alta complexidade
[...]”.
Leia o texto 1 e responda ao item 1. E) “Acidentes com motos e atropelamentos são os
que costumam resultar em lesões de maior gravi-
dade.”

AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 19 LÍNGUA PORTUGUESA


Leia o texto 2 e responda ao item 2. Item 2. A ideia principal do texto é o fato de

A) Inocência ter se assustado ao ver o noivo.


B) o pai da moça percebeu que havia algo errado.
Texto 2 C) a moça tremer-se toda como se estivesse com
Inocência (fragmento) febre.

Visconde de Taunay D) o noivo ter ficado muito sem jeito com a reação
da moça.

[...] E) Inocência pedir para voltar ao quarto com um


passo vacilante.
Descrever o abalo que sofreu Inocência ao dar,
cara a cara com Manecão fora impossível. Debu-
xaram-se lhe tão vivos na fisionomia o espanto e Leia o texto 3 e responda ao item 3.
o terror, que o reparo, não só da parte do noivo,
como do próprio pai habitualmente tão despreocu-
pado, foi repentino.
Texto 3
— Que tem você? perguntou Pereira apressada-
mente. Esporte na juventude pode aumentar
— Homem, a modos, observou Manecão com resiliência e qualidade de vida
tristeza, que meto medo a senhora dona... Batiam Todas as gerações, mesmo as Z e millennials
de comoção os queixos da pobrezinha: nervoso es- (nascidos a partir de 2000), cresceram, ouvindo
tremecimento balanceava-lhe o corpo todo. dizer que esporte faz bem para o corpo e para a
A ela se achegou o mineiro e pegou-lhe no braço. mente. Na coluna Ciência e Esporte desta sema-
na, o professor Paulo Roberto Santiago fala sobre
— Mas você não tem febre?... Que é isto, rapa- uma pesquisa, Relação entre esporte, resiliência,
riga de Deus? qualidade de vida e ansiedade, publicada na revis-
Depois, meio risonho e voltando-se para Manecão: ta Archives of Clinical Psychiatry, que confirma os
benefícios da atividade física para a saúde mental.
– Já sei o que é... Ficou toda fora de si... vendo
o que não contava ver... Vamos, Inocência, deixe- O estudo comparou níveis de ansiedade, resi-
-se de tolices. liência e qualidade de vida de 17 ex-ginastas e 15
atletas de alto rendimento de outras modalidades
– Eu quero, murmurou ela, voltar para o meu
com os de 30 indivíduos não atletas. E os resulta-
quarto
dos foram: a prática esportiva durante a juventude
E encostando-se à parede, com passo vacilante favoreceu “a construção de um perfil mais resilien-
se encaminhou para dentro. te, além de contribuir para melhor qualidade de
Ficara sombrio o capataz. vida”, informa o professor.

De sobrecenho carregado, recostara-se à mesa As explicações para esses resultados, continua


e fora, com a vista, seguindo aquela a quem já cha- Santiago, seriam alterações que as atividades fí-
mava esposa [...] sicas e esportivas promovem no funcionamento do
cérebro, incluindo aumento da liberação de subs-
Fonte: TAUNAY, V. Inocência. 29 ed. Rio de Janeiro: Ediouro,
tâncias que favorecem a manutenção do tecido
1995. p. 101-102.
nervoso.
[...]

Fonte: SANTIAGO, P. R. P. Esporte na juventude pode aumen-


tar resiliência e qualidade de vida. Rádio USP. Coluna Ci-
ência e Esporte. Jornal da USP. 2021. Disponível em: https://
jornal.usp.br/?p=429075. Acesso em: 19 dez. 2022.

LÍNGUA PORTUGUESA 20 AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 3. A principal informação desse texto está Vale lembrar que devido à fácil transmissão do
contida em: coronavírus, a recomendação das autoridades no
momento é manter distanciamento social. Portan-
A) “Todas as gerações, mesmo as Z e millennials to, se você vive com pessoas do grupo de risco, e
(nascidos a partir de 2000), cresceram, ouvindo principalmente se você é obrigado a sair de casa
dizer que esporte faz bem para o corpo e para a durante a quarentena, evite o contato próximo
mente.” com essas pessoas, como beijos e abraços. Quando
forem fazer alguma atividade juntos, busque man-
B) “[...] o professor Paulo Roberto Santiago fala
ter certa distância da pessoa. E não se esqueça de
sobre uma pesquisa [...] que confirma os benefí-
lavar bem as mãos e limpar a maçaneta da porta
cios da atividade física para a saúde mental.”
ao chegar em casa.
C) “O estudo comparou níveis de ansiedade, resi-
liência e qualidade de vida de 17 ex-ginastas e 15 Fonte: RIBEIRO, M. Quarentena: Como cuidar da saúde men-
atletas de alto rendimento de outras modalidades tal dos idosos em isolamento. Portal Drauzio Varella, 2020.
com os de 30 indivíduos não atletas.” Disponível em: https:// drauziovarella.uol.com.br/coronavi-
rus/quarentena-como-cuidar-da-saude-mental-dos-idosos-em-
D) “E os resultados foram: a prática esportiva du- -isolamento/. Acesso em: 23 fev. 2023
rante a juventude favoreceu “a construção de um
perfil mais resiliente [...]”.
E) “As explicações para esses resultados, continua Item 4. O trecho que contém a informação princi-
Santiago, seriam alterações que as atividades físi- pal do texto 4 é:
cas e esportivas promovem no funcionamento do
cérebro [...]”. A) “A pandemia do novo coronavírus se espalhou
pelo mundo [...]”.
B) “[...] para conter a disseminação do vírus, uma
Leia o texto 4 e responda aos itens 4 e 5. das principais medidas é o isolamento social [...]”.
C) “No entanto, o isolamento pode causar algumas
consequências negativas na saúde mental [...]”.
Texto 4
D) “Para quem já sofre de um transtorno mental,
Quarentena: Como cuidar da saúde como depressão, o confinamento pode facilitar o
mental dos idosos em isolamento agravamento do quadro.”

Por Maiara Ribeiro E) “Essa questão é especialmente importante no


caso de pessoas idosas [...]”.

A pandemia do novo coronavírus se espalhou pelo


mundo e, para conter a disseminação do vírus, uma
das principais medidas é o isolamento social, ou
seja, as pessoas devem ficar em casa a maior parte
do tempo possível. No entanto, o isolamento pode
causar algumas consequências negativas na saúde
mental, porque as pessoas podem se sentir sozinhas
ou mais ansiosas do que o normal. Para quem já
sofre de um transtorno mental, como depressão, o
confinamento pode facilitar o agravamento do qua-
dro. Essa questão é especialmente importante no
caso de pessoas idosas, que são o principal grupo
de risco vulnerável a desenvolver complicações pela
Covid-19 e, por isso, precisam ficar totalmente iso-
ladas. Em muitos casos, elas sentem falta da inte-
ração social e do contato com familiares e amigos,
ficando mais tristes e ansiosas. [...]

AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 21 LÍNGUA PORTUGUESA


Item 5. O que diferencia a informação principal e
as informações secundárias é

A) o fato de aparecer mais de uma informação


principal no texto e apenas uma secundária.
B) a presença de elementos de conexão entre as
ideias secundárias e a principal, ampliando suas
informações.
C) o fato de a informação principal aparecer obri-
gatoriamente no início do texto.
D) a presença, nas informações secundárias, de
sinônimos para retomar a ideia expressa na infor-
mação principal.
E) o fato de a informação principal poder aparecer
na introdução do texto e as secundárias não.

LÍNGUA PORTUGUESA 22 AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar!
ANOTAÇÕES
Estudante, agora é a sua vez de praticar as habilidades que acabamos de trabalhar nesta aula. A seguir,
você terá dois desafios para desenvolver e, depois, socializar com o professor e os colegas. Você poderá
realizar pesquisas em livros, jornais ou revistas impressas ou virtuais ou, ainda, consultar outras fontes.

Desafio 1
Estudante, neste desafio, veja o texto Fake News na saúde e entre médicos: da manipulação à morte,
abaixo, dividido em parágrafos embaralhados, sem identificação quanto à posição que devem ocupar.
Sua tarefa, em dupla com um colega, será identificar a ideia principal e as ideias secundárias e montar
o texto de forma a torná-lo coerente. Para isso, deverão ser observados fatores de coesão como em-
prego de conectores (conjunções, advérbios, pronomes), retomada da ideia principal por substantivos
sinônimos ou equivalentes, entre outros elementos que permitam dar prosseguimento às ideias de forma
sequencial. Estejam atentos a esses fatores coesivos no momento de “montar” o texto, para que o resul-
tado final seja também coerente.

Na própria área médica, sofremos com esse grave problema. Em disputas recentes por di-
retorias de nossas associações, conselhos e sociedades de especialidade, são recorrentes a
utilização de fake news para macular imagens e manipular quem tem direito a voto. Curioso é
que é sempre o mesmo grupo que recorre a elas, que isso já ocorre há anos e mais anos, só que
muitos médicos ainda cobram gato por lebre.
Nesse cenário de fragilidade, indivíduos mal-intencionados se aproveitam para impulsionar
tratamentos ditos milagrosos, medicamentos sem eficiência comprovada e projetos de vacinas
misteriosos. Muitos deles envolvidos em projetos políticos, econômicos e ideológicos. Ao criar
essa condição de desinformação, levando pessoas a seguir notícias falsas, em vez da ciência,
coloca-se vidas em risco.
Como profissionais da saúde, somos essenciais no combate à pandemia e também à infodemia.
Somos responsáveis pela mediação entre o que a ciência atesta e o que é divulgado na impren-
sa ou em redes sociais. Precisamos recuperar, e logo, a confiança da população em veículos de
imprensa credíveis e órgãos oficiais de saúde por meio de informações sérias, fundamentadas
e de fácil compreensão. A histeria provocada pelas fake news é a última coisa que precisamos
nesse momento de crise sanitária.
Desde que a Covid-19 chegou no Brasil, enfrentamos, além da maior e mais complexa pan-
demia de toda a sua história, a “infodemia”. A Organização Mundial da Saúde utilizou o termo
para se referir ao bombardeio de informações muitas vezes (e na maioria delas) falsas e mani-
puladas, às quais a população está submetida diariamente.
As fake news popularizam-se pelo aspecto emocional. Frente ao medo e às incertezas as quais
estamos vivendo, qualquer notícia que ofereça segurança e conforto ganham rapidamente a
adesão da população. Entre os maiores absurdos que surgiram na mídia recentemente, estão
remédios caseiros para combater a Covid-19 e a possibilidade de transmissão da doença por
pernilongos, só para citar alguns.
A baixa adesão dos brasileiros ao distanciamento social é uma das consequências das fake
news. Mesmo que reforcemos a necessidade médica da quarentena e do isolamento, seus
autores insistem em colocar essas práticas em dúvida na mentalidade popular. Assim, os nú-
meros de casos crescem, os hospitais ficam sobrecarregados e o retorno à normalidade parece
um sonho sempre distante.
Já para os autores dessas falsas notícias, há remédio. Considerando tratar-se de crime, o mais
indicado é a cadeia.

AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 23 LÍNGUA PORTUGUESA


Enquanto nós, profissionais da saúde, nos esforçamos para atender a demanda cada vez maior
de pacientes contaminados, sete em cada dez brasileiros são enganados por notícias falsas
ANOTAÇÕES
sobre a pandemia todos os dias, especialmente através das redes sociais.
As fake news não são novidade nem exclusividade de um grupo ou outro. No campo político,
são fartamente utilizadas para manipular pessoas/eleitores; e todos os dias ouvimos denúncias
sobre isso.

Fonte: LOPES, A. C. Fake News na saúde e entre médicos: da manipulação à morte. Eco Debate, 06 jul. 2020. Disponível em:
https://www.ecodebate.com.br/2020/07/06/fake-news-na-saude-e-entre-medicos-da-manipulacao-a-morte-artigo-de-antonio-
-carlos-lopes/. Acesso em: 23 fev. 2023 (adaptado).

Desafio 2 e costumam incluir exemplos e casos que


validam as ideias apresentadas e são aquelas
Ainda em duplas, reescrevam o texto na forma cor- que respondem diretamente às questões
reta. Após, anotem, em forma de tópicos, as estra- levantadas no texto.
tégias que foram utilizadas por vocês para identifi-
car as partes principais e as secundárias. Compartilhem com os colegas e o professor em
sala de aula.
Sugestões de estratégias que podem ser utilizadas:
●● utilizar informações dos títulos e subtítulos
para destacar as partes principais do texto;
Vamos avaliar o que você
●● marcar as partes principais com cores
diferentes para facilitar a identificação; aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!
●● fazer um esquema de tópicos para identificar
os principais pontos do texto;
●● destacar palavras-chave nas partes principais Quando iniciou esta aula, o que você
para facilitar a identificação;
sabia sobre o tema Diferenciar as partes
●● ler o texto várias vezes para ter certeza de que principais das secundárias em um texto?
entende quais são as partes principais;
●● fazer anotações ao longo do texto para
destacar as partes principais; Reflita sobre as seguintes questões:

●● utilizar símbolos para destacar as partes • O que eu sabia?


principais do texto; • O que eu precisei saber?
●● utilizar a leitura ativa para ler com atenção e • O que eu aprendi?
destacar as partes principais;
• Qual a relevância desse aprendizado para o
●● utilizar a leitura de passeio para encontrar as meu cotidiano?
principais ideias do texto;
●● fazer anotações durante a leitura para destacar
as partes principais;
●● ler o texto várias vezes para ter certeza de
que entende quais são as partes principais,
quais as características das partes principais
de um texto. As partes principais de um texto
costumam conter informações relevantes para
o tema e são, geralmente, as mais longas
e detalhadas. Elas contêm ideias centrais
que servem de base para o resto do texto

LÍNGUA PORTUGUESA 24 AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Leia o texto 1 e responda ao item 1.
Aula 15
Coesão: relação causa
Texto 1
x consequência
Desfiguração do corpo após doação de
órgãos é mito
Estudante, esta aula foi construída a partir do
descritor da Matriz do Saeb, alinhada à habilidade [...]
da BNCC, tendo em vista os objetivos de apren- O Brasil tem mais de 32 mil pacientes em lista
dizagem e as estratégias a serem utilizadas para de espera de um órgão, segundo dados divulgados
que você desenvolva a habilidade estabelecer re- pela Sociedade Brasileira de Transplantes de Ór-
lações de causa/consequência entre as partes de gãos, e o Instituto Central do Hospital das Clínicas
um texto. já realizou, em 2018, mais de 321 transplantes, de
! janeiro a agosto. A especialista conta que há cerca
Você sabia? de 40% de recusa das famílias em realizar o pro-
cedimento. Por isso, ela ressalta a importância da
As relações1 de causa e consequência nos textos, de comunicação entre o potencial doador e os entes
modo geral, são estruturadas como uma sequência ló- queridos, para que a família saiba do interesse da
gica de eventos. A causa é o motivo ou o evento que pessoa e permita a doação no momento da morte.
leva a uma consequência, que é o resultado. Essa se- A conversa é necessária, pois a decisão final cabe
quência pode ocorrer ao longo do texto, podendo ser aos familiares, já que apenas uma autorização por
explicitada ou estar implícita. Quando explicitadas, a
escrito do interessado não é o suficiente.
causa e consequência são claramente declaradas pelo
autor. Quando implícitas, o leitor tem que usar seu co- Além disso, Débora também revela os mitos por
nhecimento para inferir a causa e consequência. Essas trás da doação de órgãos. Diferente do que pensa
relações de causa e consequência nos textos podem o senso comum, a doação não é financiada pela
também ser estruturadas como argumentos. Ao con- família e não desfigura o corpo, pois se trata de um
trário da sequência lógica de eventos, os argumentos procedimento cirúrgico sem mutilação e não impe-
envolvem a apresentação de várias causas e consequ- de que o cadáver seja velado com o caixão aberto.
ências, todas ligadas entre si. O autor deve estabelecer A desmistificação também é essencial para que a
uma ligação lógica entre cada causa e consequência decisão seja aceita pelos familiares, permitindo
para que o leitor possa seguir o seu raciocínio. Além que mesmo em um momento de luto a doação seja
disso, o autor também pode usar exemplos para ilus- autorizada. A especialista ainda comenta que um
trar suas ideias, tornando a sua argumentação mais doador pode salvar até dez vidas.
clara e convincente.
Palavras como pois, portanto, consequentemente, de- [...]
vido a, resultando em, isso significa que, assim, então,
Fonte: JORNAL DA USP. Desfiguração do corpo após doa-
como consequência, entre outras, podem ser usadas ção de órgãos é mito. Disponível em: https://jornal.usp.
nos textos para estabelecer a relação de causa e con- br/?p=197799. Acesso em: 12 dez. 2022.
sequência.

Estudante, para responder aos itens, você deve ler Item 1. Segundo o texto, há necessidade de o futu-
com atenção os textos. Essa aula é composta por ro doador comunicar sua decisão à família porque
cinco textos e cada um serve de referência para
A) o Brasil tem mais de 32 mil pacientes em lista
um item. Tenha certeza de que compreendeu as
de espera de um órgão.
palavras e caso tenha alguma dúvida, faça uso do
dicionário para resolvê-la. B) a decisão final depende da assinatura do inte-
ressado.
C) cerca de 40% das famílias recusa realizar o pro-
cedimento.
D) existem muitos mitos sobre a doação de órgãos.
1 Citelli, Adilson. O Texto Argumentativo. São Paulo.
Editora Scipione. 1994. E) um doador pode salvar até dez vidas.

AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 25 LÍNGUA PORTUGUESA


Leia o texto 2 e responda ao item 2. duos, proteção ambiental ou extração mineral.
Surpreende ainda que a menor incidência de tipo
de legislação seja a do tema da mudança climáti-
ca, ligado à emissão de GEE. Apenas 7% dos municí-
Texto 2 pios possuem legislação sobre mudança climática.
Para além das esferas nacional e estaduais, im-
Mudança climática: do cenário global ao porta muito a governança local sobre emissões, e
local isso fica claro em uma primeira aproximação aos
Doutoranda em Políticas Públicas, Lidia Ten Cate dados municipalizados de emissões de GEE, dis-
destaca a importância da governança local no con- poníveis na plataforma SEEG, do observatório do
trole de emissões de gases do efeito estufa Clima. A diversidade de teores de emissões líqui-
das (indicadores gerados a partir da subtração das
remoções de GEE do valor de emissões brutas) mos-
As emissões de gases do efeito estufa (GEE) são tra que cada um dos 5.570 municípios brasileiros
foco da ação global de combate às mudanças cli- desempenha papel singular na soma das emissões
máticas. No Brasil, em 2021, a alteração no uso nacionais. Em 2019, a média era de 12,8 tonela-
da terra e da floresta (processo que inclui quei- das de CO2 equivalente (tCO2) por habitante, e os
madas e desmatamento) foi responsável por 55% valores variam entre -1.675 tCO2e e 1.789 tCO2e
das emissões totais de GEE no Brasil. Compondo as no conjunto de municípios. A unidade de medida
emissões, seguem, ainda, a agropecuária (20%), a utilizada aqui é a de gás carbônico equivalente,
energia (18%) e os processos industriais (5%). De- medida métrica utilizada para comparar as emis-
vido às dimensões continentais do Brasil e à sua sões de vários gases de efeito estufa com base no
organização político-administrativa (federalismo), potencial de aquecimento global.
estrutura-se um cenário de variação ampla dentro
do seu território em diversos aspectos. Isso não é [...]
diferente para o perfil de emissões, que deve ser
olhado em espectro local. Fonte: CATE, L. T. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Mudança climática: do cenário global ao local. Disponível em:
[...] https://www.ufrgs.br/jornal/mudanca-climatica-do-cenario-
-global-ao-local/ Acesso em: 16 de jun. 2023.
Se por um lado a legislação dá espaço para a
ação municipal, por outro a política ambiental nos
municípios é muito diferente de outras políticas de
competências compartilhadas. De início, as ações
municipais partem na maior parte dos casos de gas- Item 2. O trecho deste texto que apresenta uma
tos próprios, sem incentivos ou financiamentos fe- relação de causa e consequência é
derais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE), em 2020 mais da metade A) “As emissões de gases do efeito estufa (GEE)
dos municípios (51,8%) alegaram não possuir receita são foco da ação global de combate às mudanças
orçamentária exclusiva para o meio ambiente. climáticas.”
Além disso, a agenda ambiental exige um cor- B) “No Brasil, em 2021, a alteração no uso da terra
po técnico familiarizado com o tema. Para grande
e da floresta (processo que inclui queimadas e des-
parte dos municípios, ter uma estrutura exclusiva-
matamento) foi responsável por 55% das emissões
mente voltada à gestão ambiental é um desafio.
totais de GEE no Brasil.”
Em 2020, apenas 28,5% dos municípios possuíam
secretaria exclusiva para a pauta ambiental; a C) “A fragilidade técnica se reflete na produção de
maior parte apresentava secretaria em conjunto legislações, ferramentas indispensáveis para o con-
com outro setor (48,3%) e, em alguns casos, a pau- trole ambiental.”
ta não era abordada no primeiro escalão do orga-
nograma (14,3%). D) “Se por um lado a legislação dá espaço para a
ação municipal, por outro a política ambiental nos
A fragilidade técnica se reflete na produção de municípios é muito diferente de outras políticas de
legislações, ferramentas indispensáveis para o con-
competências compartilhadas.”
trole ambiental. 18,9% dos municípios não possuem
tipo algum de legislação própria sobre as pautas E) “Apenas 7% dos municípios possuem legislação
ambientais, seja clima, saneamento, fauna, resí- sobre mudança climática.”

LÍNGUA PORTUGUESA 26 AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Leia o texto 3 para responder ao item 3. Item 3. A causa de regras mais duras propostas pela
comissão Europeia para a IA é

A) a proibição da maior parte de instrumentos de


Texto 3 vigilância.
Comissão Europeia propõe regras mais B) a necessidade de maior confiança na Inteligên-
duras para IA cia Artificial.
C) o desenvolvimento de novas normas globais
A Comissão Europeia anunciou, ontem, um pro- para garantir que a IA seja confiável.
jeto rígido de regras sobre o uso de inteligência D) o estabelecimento de limites ao uso de inteli-
artificial (IA), incluindo a proibição da maior parte gência artificial em uma série de atividades.
de instrumentos de vigilância. A iniciativa faz parte
de um esforço para definir padrões globais de uma E) a ameaça à segurança das pessoas ou aos direi-
tecnologia-chave, dominada pela China e pelos Es- tos fundamentais com o uso de IA.
tados Unidos.
[...]
Leia o texto 4 para responder ao item 4.
“Na inteligência artificial, a confiança é uma
obrigação, não algo desejável. Com essas regras
históricas, a União Europeia (UE) está liderando o
desenvolvimento de novas normas globais para ga-
rantir que a IA seja confiável”, destacou Margrethe Texto 4
Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia
responsável por assuntos digitais, em comunicado. De onde vieram os influenciadores?
O projeto estabelece limites ao uso de inteli-
gência artificial em uma série de atividades, des-
“A gente considera influenciador, no discurso
de carros autônomos até decisões de contratação,
‘comum’, como uma pessoa que tem um grande
seleção de matrículas escolares e pontuação em
número de seguidores e influencia pessoas”, expli-
exames. Também trata do uso de IA pela aplicação
ca Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão
da lei e sistemas judiciais, áreas consideradas de
de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e
alto risco porque podem ameaçar a segurança das
Humanidades (EACH) da USP e coordenador do Gru-
pessoas ou os direitos fundamentais.
po de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso
[...] à Informação (Gpopai). Para ele, a teoria por trás
dos influenciadores começou lá atrás, com a ideia,
Fonte: O Globo. Comissão Europeia propõe regras mais ainda na época dos meios de comunicação de mas-
duras para IA. Jornal O Globo, n. 32035, 22 abr. 2021, Econo- sa, de que as pessoas não se informavam direta-
mia, p. 22. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/
handle/id/596328. Acessado em: 17 ago. 2022. mente com a fonte primária, mas em sistema de
duas escalas. “Uma pessoa tinha muita influência
em uma determinada comunidade, se informava,
formava uma opinião e distribuía entre as pessoas
sobre quem ela tinha ascendência”, esclarece.
Armados com diferentes tipos de retórica, os
influenciadores se distinguem não apenas pela pla-
taforma ou canal no qual se fazem mais presentes,
mas também pelos diferentes usos de linguagem que
utilizam para atingir seus públicos. “Tem influencia-
dor que tem linguagens muito simples, que simples-
mente se apoia no seu carisma. Outros são influen-
ciadores que se estabelecem porque eles têm algum

AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 27 LÍNGUA PORTUGUESA


conhecimento técnico, como esses da área de ciên- [...]
cias. Não tem uma regra geral”, classifica Ortellado.
Além da exposição feita pela família, é muito
[...] frequente que, ao longo do crescimento, as pró-
prias crianças queiram ter redes sociais e até mes-
Fonte: PACHECO, D.; GUERRA, G.; SOUZA, M. Vale tudo pela mo canais no YouTube. Luciana diz que muitas ve-
sua atenção nas redes sociais? Jornal da USP, 2020. Texto zes isso acontece por conta da influência dos pais
adaptado. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/ e que é preciso acompanhar o acesso e as ativi-
vale-tudo-pela-sua-atencao-nas-redes-sociais/. Acesso em: 20
dez. 2022. dades dos pequenos na internet. “As crianças que
crescem em famílias que expõem fotos e vídeos,
a todo momento, para centenas de pessoas, ten-
dem a achar esse tipo de comportamento muito
Item 4. Existe uma relação de causa e consequên- natural e, em determinado momento, vão buscar
cia no trecho: terem suas próprias mídias”, conta. Fato que, se-
gundo a professora, exigirá ainda mais atenção e
A) “A gente considera influenciador, no discurso cuidados dos pais. O acesso das crianças às redes
‘comum’, como uma pessoa que tem um grande sociais para conversar com os amigos da escola e
número de seguidores e influencia pessoas.” familiares “é completamente normal e esperado,
entretanto, a família deve monitorar e proteger
B) “Para ele, a teoria por trás dos influenciadores seus filhos sempre”, enfatiza Luciana.
começou lá atrás, com a ideia, ainda na época dos
meios de comunicação de massa...”. [...]
C) “Uma pessoa tinha muita influência em uma Fonte: COLTRI, F. Exposição dos filhos nas redes sociais
determinada comunidade, se informava, formava exige limites e cuidados. Jornal da USP. Disponível: https://
uma opinião e distribuía entre as pessoas sobre jornal.usp.br/?p=351704. Acesso em: 20 dez. 2022.
quem ela tinha ascendência.”
D) “Armados com diferentes tipos de retórica, os
influenciadores se distinguem não apenas pela pla-
taforma ou canal no qual se fazem mais presen- Item 5. De acordo com o texto, a relação de causa
tes...”. e consequência entre crianças e redes sociais é

E) “Tem influenciador que tem linguagens muito A) as famílias quererem exibir os filhos na inter-
simples, que simplesmente se apoia no seu caris- net, mas exagerarem.
ma.”
B) a falta de acompanhamento ao acesso e às ati-
vidades dos pequenos na internet.
Leia o texto 5 para responder ao item 5. C) o desejo de, ao longo do crescimento, as pró-
prias crianças quererem ter redes sociais.
D) crianças que crescem em famílias que expõem
Texto 5 fotos e vídeos tenderem a achar esse tipo de com-
portamento muito natural.
Exposição dos filhos nas redes sociais
exige limites e cuidados E) o acesso das crianças às redes sociais dever ser
monitorado pelos pais.
Por Flavia Coltri

Atualmente, é muito comum que as famílias


queiram dividir os momentos de alegria do dia a
dia e o crescimento dos filhos, usando a internet.
Mas, como tudo na vida, o exagero e a falta de cau-
tela podem trazer problemas e impactos negativos
para o presente e o futuro das crianças.

LÍNGUA PORTUGUESA 28 AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar! Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
ANOTAÇÕES
Estudante, agora é a sua vez de praticar as habi-
lidades que acabamos de trabalhar nesta aula. A interessa muito!
seguir, você terá dois desafios para desenvolver
e, depois, socializar com o professor e os colegas.
Você poderá realizar pesquisas em livros, jornais Quando iniciou essa aula, o que você sabia
ou revistas impressas ou virtuais ou, ainda, consul-
sobre o tema Estabelecer relações de
tar outras fontes.
causa/consequência entre as partes de
um texto?
Desafio 1
Esse desafio será realizado em duplas e com o au- Reflita sobre as seguintes questões:
xílio de gramáticas, livros didáticos, ou internet.
• O que eu sabia?
●● Utilizando a internet, ou a biblioteca da
escola, pesquisem sobre os elementos de • O que eu precisei saber?
coesão empregados para estabelecer relação • O que eu aprendi?
de causa e consequência;
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
●● Anotem esses elementos no caderno ou no cotidiano?
Padlet (PADLET INC. Padlet. Disponível em:
http://padlet.com. Acesso em: 22 fev. 2023).

Desafio 2
Escrevam um texto argumentativo, do gênero tex-
tual artigo de opinião, empregando elementos re-
lativos ao processo de relação causa e consequên-
cia e empregando os elementos pesquisados. Por
fim, a apresentação à turma dos resultados. Para
tanto, deverão se atentar para estas ações:
●● selecionar o tema a ser abordado no artigo;
●● estudar o assunto e ler outras fontes para
adquirir conhecimento aprofundado sobre o
assunto;
●● reunir dados e fatos atuais e relevantes sobre
o tema;
●● elaborar um esboço com os principais tópicos a
serem abordados;
●● escrever o artigo, apresentando o ponto de
vista sobre o assunto;
●● revisar e editar o texto para garantir a
coerência, clareza e qualidade do conteúdo;
●● reler o artigo para verificar erros ortográficos
ou gramaticais;
●● publicar o artigo em um local apropriado.

AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 29 LÍNGUA PORTUGUESA


ANOTAÇÕES

30
Aula 16 Leia o texto 1 e responda aos itens 1 e 2.

Coesão: relações
entre partes de um
texto (repetições ou Texto 1
substituições) Atividade une teoria e prática ao
realizar planejamento com bibliotecas
! comunitárias
Você sabia? Paulo Henrique dos Santos Martins - 9 de março
A coesão textual diz respeito a todos os processos de de 2023.
sequencialização que asseguram (ou tornam recupe-
Mesmo com problemas como mão de obra escassa
rável) uma ligação linguística significativa entre os ele-
mentos que ocorrem na superfície textual.
e falta de financiamento público, bibliotecas co-
A coesão referencial é feita por meio de elementos de munitárias buscam democratizar e descentralizar
referência da língua que não podem ser interpretados o acesso ao livro e à cultura
semanticamente por si mesmos, mas remetem a ou-
tros itens do discurso necessários à sua interpretação,
Em linhas gerais, o curso de Biblioteconomia
como pronomes pessoais, possessivos, demonstrati-
tem por objetivo a capacitação em organizar, clas-
vos e advérbios.
A coesão por substituição é feita pela colocação de um
sificar, catalogar e divulgar acervos de bibliotecas,
item em lugar de outro(s) elemento(s) do texto, ou até unidades, sistemas e serviços de informação e do-
mesmo, de uma oração inteira e pode se dar pelo uso cumentação, bancos e bases de dados. Na gradua-
de pronomes indefinidos e substantivos1. ção, os estudantes aprendem teorias administra-
tivas sobre o planejamento desses acervos – mas
1
normalmente essas teorias são direcionadas a am-
Estudante, esta aula é composta por cinco itens, bientes com orçamento próprio, como bibliotecas
sendo que os itens 1 e 2 referem-se ao Texto 1, o universitárias ou especializadas. Há bibliotecas,
item 3 refere-se ao Texto 2, o item 4, ao Texto 3 e porém, que não possuem orçamento ou financia-
o item 5, ao Texto 4. mento e, por isso, precisam recorrer a editais de
fomento ou à ajuda da comunidade para se manter,
Para responder aos itens, você deve ler com aten- como é o caso das bibliotecas comunitárias.
ção os textos. Tenha certeza de que compreendeu
as palavras e caso tenha alguma dúvida, faça uso A partir desse contexto, uma atividade execu-
do dicionário para resolvê-la. tada por alunos do curso de Biblioteconomia da
UFRGS buscou aliar teoria e prática, auxiliando no
planejamento da Beabah!, uma rede de bibliote-
cas comunitárias. Para Luis Fernando Massoni, pro-
fessor substituto do departamento de Ciências da
Informação e responsável pela disciplina “Adminis-
tração e Planejamento Aplicados às Ciências da In-
formação”, a iniciativa trouxe uma nova forma de
aplicar o conhecimento teórico em uma parceria
com bibliotecas comunitárias. [...].
[...]
Segundo ele, o objetivo principal era a coope-
ração em estabelecer uma troca de conhecimento
entre as bibliotecas comunitárias com os estudan-
tes, sem que houvesse qualquer forma de imposi-
1 KOCH, I. G. V. A coesão textual. 22. ed. – São Paulo:
ção de conhecimento teórico.
Contexto, 2010.

AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 31 LÍNGUA PORTUGUESA


“A universidade não vai levar o seu conhecimen- Leia o texto 2 e responda ao item 3.
to à sociedade. Eles vão chegar lá e aprender com
eles qual é o contexto local, e a partir disso vão
elaborar, com os gestores locais, o planejamento”
Luis Fernando Massoni.
Texto 2
[...] Iniciativa promove atividades em
escolas públicas a fim de fomentar a
Fonte: MARTINS, P.H.S. Universidade Federal do Rio Grande do participação de jovens na esfera política
Sul. Atividade um.
Isabela da Rosa Jardim - 9 de fevereiro de 2023.

Projeto Contraponto, sediado no departamento de


Economia e Relações Internacionais e composto por
estudantes de diferentes áreas, desde 2020 conta com
Item 1. No trecho “A partir desse contexto, uma o apoio operacional de uma Organização da Sociedade
atividade executada por alunos do curso de Biblio- Civil criada pelo próprio grupo para expandir suas ações
teconomia da UFRGS buscou aliar teoria e prática,
auxiliando no planejamento da Beabah!”, o termo
Tendo surgido em 2014 primeiramente como um co-
destacado é usado para se referir a letivo de alunos dos cursos de Relações Internacionais
e de Ciências Sociais da Universidade, o Contraponto
A) cientistas que coletam os dados.
se consolidou em 2018 como projeto de extensão sob a
B) dados elaborados por pesquisadores. coordenação do professor Róber Iturriet Avila, do De-
C) pesquisadores que elaboram os dados. partamento de Economia e Relações Internacionais da
UFRGS. A partir das manifestações políticas que toma-
D) cientistas, instituições e empresas que preci- ram conta do Brasil em 2013, os alunos participantes
sam do programa. do projeto observaram uma lacuna na educação bási-
E) bibliotecas públicas que dependem do progra- ca dos estudantes brasileiros de um aspecto essencial
ma para se manter. para a vida em sociedade: a discussão política. Por
essa razão, fez-se um projeto que busca levar oficinas
de educação em política aos estudantes de Ensino Mé-
dio da rede pública de Porto Alegre.
Apesar de seu surgimento ter-se dado dentro da
Item 2. No trecho “Segundo ele, o objetivo prin- Faculdade de Ciências Econômicas, Róber reitera que
cipal era a cooperação em estabelecer uma troca o grupo atualmente é multidisciplinar e heterogêneo,
de conhecimento entre as bibliotecas comunitárias podendo fazer parte dele não somente alunos de gradu-
com os estudantes, sem que houvesse qualquer for- ação e pós-graduação da UFRGS, como também ex-alu-
ma de imposição de conhecimento teórico”, o ter- nos e pessoas externas à Universidade. O Contraponto
mo destacado está substituindo foi reconhecido pela Secretaria de Educação do Rio
Grande do Sul (Seduc) como um projeto pedagógico.
A) O curso de Biblioteconomia da UFRGS.
Presidente da Organização da Sociedade Civil (OSC)
B) A Beabah!, uma rede de bibliotecas comunitárias. criada a partir do projeto de extensão, Jenifer Dias Ra-
mos afirma que a busca pela criação da entidade surgiu
C) Luis Fernando Massoni.
em 2020, a partir de uma necessidade que os membros
D) O departamento de Ciências da Informação. do grupo viam de expandir as ações do Contraponto
para angariar fundos que permitissem ajudar toda a
E) As bibliotecas comunitárias.
comunidade escolar durante o período de lockdown.
[...]
Fonte: JARDIM, I.R. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Iniciativa promove atividades em escolas públicas a fim
de fomentar a participação de jovens na esfera política.
Disponível em: https://www.ufrgs.br/jornal/osc-com-acao-em-
-escolas-publicas-de-porto-alegre-e-criada-a-partir-de-projeto-
-de-extensao-da-ufrgs/. Acesso em: 16 jun. 2023.

LÍNGUA PORTUGUESA 32 AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 3. No trecho “A partir das manifestações po- Item 4. A expressão “por serem velhas”, no 1º pa-
líticas que tomaram conta do Brasil em 2013, os rágrafo, refere-se às
alunos participantes do projeto observaram uma
lacuna na educação básica dos estudantes brasilei- A) igrejas barrocas.
ros de um aspecto essencial para a vida em socie- B) cidades de Minas.
dade: a discussão política.”, a palavra destacada
C) casas encostadas umas às outras.
se refere a
D) cidades históricas.
A) aspecto essencial. E) obras magníficas de mestres famosos.
B) alunos participantes.
C) manifestações políticas.
D) projeto Contraponto.
E) vida em sociedade.

Leia o texto 3 e responda ao item 4.

Texto 3
Tomai de Minas a estrada
E tomei! Segui a sugestão do poeta inconfiden-
te. Peguei a família e bati-me em direção a Minas.
aproveitando os feriados da Semana Santa. Parti
para um mergulho na história do Brasil, um reen-
contro com as igrejas barrocas e o casario colonial
mineiro. Nas velhas cidades de Minas as casas se ar-
rumam encostadas umas às outras, escoradas como
para não tombarem, deterioradas, algumas, por fal-
ta de conservação adequada, mas todas dignas, por
serem velhas, como dizia Machado de Assis. Cheguei
por avião. Desembarquei no distante aeroporto de
Confins. Moderno, frio, e eficiente como todos os
grandes aeroportos. Fui a Belo Horizonte inicial-
mente, para depois demandar Mariana, Ouro Preto,
São João Del Rey, Tiradentes e Congonhas do Cam-
po. Cumpri o roteiro que as empresas de turismo
chamam corriqueiramente de circuito das cidades
históricas. Tomei a me espantar. diante da riqueza
das igrejas mineiras cheias de obras magníficas de
mestres famosos, como Ataíde e o Aleijadinho.
[...]

Fonte: ALCÂNTARA, L. Tomai de Minas a estrada. In: ALCÂN-


TARA, L. Inquietações que fazem escrever. Disponível em:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/526023. Acesso
em: 14 jan. 2023.

AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 33 LÍNGUA PORTUGUESA


Leia o texto 4 e responda ao item 5. Item 5. No trecho “Fora isso, apreciava a arte sa-
cra [...]”, o termo destacado refere-se ao fato de
Armando

Texto 4 A) ser um falso ateu.

Mortos não deixam gorjeta B) comportar-se exemplarmente.

[...] C) sorrir para os presentes.

Então era assim mesmo. Como que para corro- D) cumprimentar a todos.
borar o que ela dizia, o falso ateu Armando quando E) divertir-se com a liturgia.
tinha de ir à igreja comportava-se exemplarmen-
te. Não se via nele nenhum cenho franzido, não
faltava aos presentes um sorriso, nem um abraço
ou uma palavra ainda que fosse das mais curtas.
Cumprimentava todos aqueles que a mulher apre-
sentava, alguns já conhecidos 5 de outras ocasiões,
quando reconhecia algum parceiro de bar esvazian-
do a despensa da alma de alguns pecadinhos. No
íntimo divertia-se com a liturgia, pensando filoso-
ficamente o quanto os homens eram ingênuos em
acreditar em fatos tão irreais quanto fadas e gno-
mos de floresta. Fora isso, apreciava a arte sacra:
os vitrais cuja mágica iluminação provocava efeitos
impressionantes, quando varados pelos raios do sol
da manhã; as pinturas imitando quadros renascen-
tistas; as imagens de gesso tipo barroco; o canto
gregoriano.
[...]

Fonte: ROVEDO, S. O sonhador. Disponível em: http://www.


dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_
action=&co_obra=70023. Acesso em: 14 jan. 2023.

LÍNGUA PORTUGUESA 34 AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar! Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
ANOTAÇÕES
Estudante, agora é a sua vez de praticar as habi- interessa muito!
lidades que acabamos de trabalhar nesta aula. A
seguir, você tem dois desafios para desenvolver e,
depois, socializar com o professor e os colegas. Quando iniciou esta aula, o que você
Você poderá realizar pesquisas em livros, jornais sabia sobre o tema Estabelecer relações
ou revistas impressas ou virtuais ou, ainda, consul-
entre partes de um texto, identificando
tar outras fontes.
repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um
Desafio 1 texto?
Organizem-se em trios e com orientação do pro-
fessor, utilizem o aplicativo Kahoot (KAHOOT INC. Reflita sobre as seguintes questões:
Kahoot. Disponível em: https://kahoot.com/.
Acesso em: 22 fev. 2023) para criar um jogo que • O que eu sabia?
trabalhe a habilidade vista nesta aula: estabelecer • O que eu precisei saber?
relações entre partes de um texto, identificando
repetições ou substituições que contribuem para a • O que eu aprendi?
continuidade de um texto. • Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

Desafio 2
Organizem-se em duplas e com orientação do pro-
fessor, leiam um texto da escolha de vocês e iden-
tifiquem qual o tema central e quais as ideias prin-
cipais deste texto.
Ainda em duplas e com orientação do professor,
criem um infográfico para representar as ideias do
texto lido. A ferramenta a ser utilizada é o Canva
(CANVA INC. Canva.
Disponível em: https://www.canva.com/. Acesso
em: 22 fev. 2023).
Após a criação do infográfico, apresentem para a
turma a representação gráfica do conteúdo lido.

AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 35 LÍNGUA PORTUGUESA


ANOTAÇÕES

36
!
Aula 17 Você sabia?
O cartaz e a charge são textos multissemióticos, cons-
Linguagem não- tituídos por recursos linguísticos gráficos com finali-
verbal: interpretação dades distintas. Por meio dos significados produzidos
pelos recursos visuais associados ao texto verbal, es-
com material gráfico ses gêneros textuais permitem que o leitor reconheça
e interprete os detalhes implícitos, a partir da relação
entre ilustração e texto, conectando as ideias com a re-
Estudante, nesta aula você desenvolverá a habili- alidade. O cartaz tem a finalidade de convencer o leitor
dade de interpretar texto com o auxílio de mate- (público-alvo) a adotar determinado comportamento ou
rial gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto consumir produtos ou serviços. Comumente veiculado
etc.), em textos constituídos por linguagem verbal por meio de campanhas publicitárias, o cartaz mobiliza
e não verbal. Para tanto, é necessário ler e com- e conscientiza o leitor para temáticas de interesse co-
preender os gêneros textuais propostos, cartaz e letivo. Já a charge geralmente retrata situações atuais,
sendo muito utilizada para críticas sociais e políticas. Ela
charge, de modo a reconhecer os elementos cons-
é facilmente confundida com o cartum, texto humorísti-
titutivos e interpretar os detalhes implícitos.
co caracterizado por histórias curtas e gráficas sobre o
Para desenvolver essa habilidade, você deverá ser comportamento humano. Nesses gêneros textuais, são
capaz de interpretar elementos gráficos (não ver- empregados recursos linguísticos ou simbólicos para in-
bais) como apoio para a construção de sentidos em duzir alguém a aceitar uma ideia ou realizar uma ação.
Dionísio (2007)1 define o texto multimodal como um
textos que utilizam linguagem verbal e não verbal
processo de construção textual ancorado na mobiliza-
(textos multissemióticos). Dessa forma, em de-
ção de distintos modos de representação.
terminados discursos, em que pese a pluralidade
de sentidos produzidos – por exemplo, em textos 1
compostos de gráficos, desenhos, fotos, tirinhas
e charges –, você deverá ser capaz de evidenciar Leia o texto 1 para responder aos itens 1 a 3.
a intencionalidade do enunciador em agir sobre o
outro, promovendo reflexões e visando a mudanças Texto 1
de comportamento ou tomadas de decisão.
Para esta aula, são propostos cinco itens relacio-
nados à habilidade trabalhada. Os suportes para a
resolução dos itens são os gêneros textuais cartaz,
para os itens 1 a 3 e a charge para os itens 4 e 5,
respectivamente. A leitura atenta dos textos é fun-
damental para que os itens possam ser respondidos
com sucesso. Vamos lá!

Fonte: adaptado de BRASIL. Ministério da Saúde. Hepatites


B e C não mandam mensagem. Disponível em: https://www.
gov.br/saude/pt-br/campanhas-da-saude/2022/hepatites.
Acesso em: 22 jan. 2023.

1 DIONÌSIO, A. P. Multimodalidade discursiva na


atividade oral e escrita (atividades). In: MARCUSCHI, L. A.;
DIONÌSIO, A. P. (org.). Fala e escrita. Belo Horizonte: Autênti-
ca, 2007.

AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 37 LÍNGUA PORTUGUESA


Item 1. O título do texto, “Hepatites B e C não
mandam mensagem”, remete à ideia de que essas Texto 2
doenças são, inicialmente

A) desconhecidas.
B) incuráveis.
C) discretas.
D) simples.
E) atuais.

Item 2. Na constituição desse texto, a imagem do


celular tem o propósito específico de

A) mostrar o uso da tecnologia para a difusão da


campanha.
B) representar o acesso às informações da campa-
nha por meio de dispositivos móveis. Fonte: Aprender Sempre. Primeira série: caderno do profes-
sor. São Paulo, 2022. vol. 1. p. 69. Disponível em:
C) demonstrar a eficácia da tecnologia para disse- https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista.
minar a informação da campanha. Acesso em: 21 jan. 2023.
D) simbolizar a importância da tecnologia na divul-
gação da campanha.
Item 4. A fala do homem no texto sugere que ele
E) apresentar um recurso tecnológico de divulga- está
ção da campanha.
A) irritado.
B) animado.
C) interessado.
Item 3. De acordo com o texto, essas doenças se D) insatisfeito.
diferenciam quanto às/aos
E) contente.
A) formas de transmissão.
B) meios de prevenção.
Item 5. A partir da leitura dessa charge, é possível
C) formas de tratamento.
deduzir que as pessoas
D) modos de evolução.
A) apreciam todos os programas de televisão.
E) tipos de exame.
B) concordam plenamente com as informações
veiculadas.
Leia o texto 2 para responder aos itens 4 e 5.
C) percebem as intencionalidades da mídia tele-
visiva.
D) preferem ser informadas de tudo que acontece

LÍNGUA PORTUGUESA 38 AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


no mundo.
E) reconhecem a comodidade de ter acesso livre às informações veiculadas.

Hora de Praticar!
Estudante, agora é a sua vez de praticar a habilidade trabalhada nesta aula. A seguir, você tem dois
desafios para desenvolver e, depois, socialize com o professor e os colegas. Esforce-se para resolvê-los,
pesquise na biblioteca do colégio, em livros impressos ou on-line.

Desafio 1
Estudantes, organizem-se em duplas e busquem em jornais e revistas (impressas ou digitais) textos sobre
temas atuais que sejam compostos de recursos linguísticos e gráficos e tenham linguagem mista (verbal
e não verbal). Para esta atividade, sugerimos a leitura e análise de uma propaganda ou cartaz. Após a
seleção, façam a leitura, aplicando as estratégias já conhecidas para analisar a estrutura linguístico-dis-
cursiva, a fim de identificar os efeitos de sentido produzidos pela escolha de palavras ou expressões e
pelo uso de recursos gráficos, considerando o propósito comunicativo do texto. Além desses aspectos,
sugerimos que vocês:
●● façam notas sobre os elementos visuais e textuais presentes;
●● identifiquem a intencionalidade da propaganda, considerando os elementos visuais e textuais;
●● compartilhem suas interpretações em grupo, discutindo as análises;
●● reflitam em grupo sobre o impacto da propaganda na sociedade, considerando a realidade de vocês.
Para isso, vocês podem utilizar:
●● editor de texto ou planilha para anotar suas observações;
●● ferramenta de criação de slides para compartilhar visualmente suas análises.

Desafio 2
Ainda em duplas, e sob a orientação do professor, registrem no quadro a seguir as palavras e expressões
reconhecidas, os recursos gráficos/visuais identificados e os efeitos de sentido produzidos no texto.
Depois, apresentem o quadro aos demais colegas da turma para que todos possam conhecer e/ou com-
plementar seu trabalho.

Elementos linguísticos Elementos gráficos/visuais Efeito produzido no texto

AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 39 LÍNGUA PORTUGUESA


Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!

Quando iniciou esta aula, o que você


sabia sobre o tema Interpretar texto com
o auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto etc.)?

Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

LÍNGUA PORTUGUESA 40 AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Leia o texto 1 para responder aos itens de 1 e 2.
Aula 18
Efeitos de sentido de
pontuação e outras Texto 1
notações A intrusa
Júlia Lopes de Almeida
Estudante, nesta aula, você terá a oportunidade
de desenvolver e reconhecer o efeito de sentido
Tinham jantado tarde, fumavam agora na bi-
decorrente do uso da pontuação e de outras no-
blioteca de Argemiro, sentados à mesa do pôquer.
tações para perceber que as escolhas linguísticas
nunca são neutras e entender a forma como isso é Menos por virtude que por cansaço, padre As-
materializado nos textos desse campo de atuação. sunção não quisera tomar parte no jogo e andava
pela sala sacudindo o pano da batina a cada impul-
Para responder aos itens, você deve ler com aten-
so das suas largas passadas. Era alto, magro, angu-
ção os textos. Tenha certeza de que compreendeu
loso, de uma cor pálida; e nas suas feições acen-
as palavras e, caso tenha alguma dúvida, faça uso
tuadas, em que melhor condiria o sarcasmo, havia
do dicionário.
uma tal expressão de candura, que Adolfo Caldas
costumava dizer:
! — O riso do Assunção cheira a rosas brancas.
Você sabia?
O dr. Argemiro, advogado, conforme rezavam os
Conto1 é uma narrativa pouco extensa, apresenta nú- diários do Rio – dos mais distintos do nosso foro –
mero reduzido de personagens, esquema temporal e
jogava por jogar, sem vivo interesse, só para pre-
ambiental econômico, uma ou poucas ações.
texto de chamar os amigos à sua casa de viúvo e
1 de lhe dar uma palpitação de alma que lhe ia fal-
tando...
Para esta aula, são propostos cinco itens relacio-
nados à habilidade a ser estudada. Serão apresen- “Ah! Uma casa sem mulher, afirmava ele, é um
tados quatro textos, sendo que o primeiro servirá túmulo com janelas: toda a vida está lá fora...” E
de base para os itens 1 e 2, em diferentes níveis lembrar-se que aquilo havia de ser para sempre!.
de dificuldade; o segundo texto servirá como base [...]
para o item 3; o terceiro, para o item 4; o quarto
texto servirá de base para o item 5. Fonte: ALMEIDA, J. L. A intrusa. Disponível em: http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000114.pdf. Acesso
Vale destacar que a leitura atenta dos textos é fun- em: 20 jan. 2023.
damental para que os itens possam ser respondidos
com sucesso. Vamos lá?

Item 1. No trecho “O dr. Argemiro, advogado, con-


forme rezavam os diários do Rio — dos mais distin-
tos do nosso foro — jogava por jogar...”, o traves-
são foi usado para

A) iniciar a fala da personagem.


B) indicar a mudança da fala.
C) acrescentar uma informação.
D) separar um termo da oração.
1 Fonte: COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. E) isolar uma palavra ou expressão.
3. ed. rev. 1. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 41 LÍNGUA PORTUGUESA


Item 2. No último parágrafo do texto, o ponto de Item 3. O que sugere o uso das aspas no termo
exclamação no fim do período “E lembrar-se que “anjo da guarda”?
aquilo havia de ser para sempre!” expressa um sen-
timento de A) O medo.
B) A raiva.
A) admiração.
C) A ironia.
B) desgosto.
D) A confiança.
C) surpresa.
E) A insegurança.
D) alegria.
E) tristeza.
Leia o texto 3 para responder ao item 4.

Leia o texto 2 para responder ao item 3.

Texto 3

Texto 2 Em vinte e quatro horas


Carmen Dolores
Como o elefante ganhou a tromba
Há muito tempo, os elefantes não tinham trom-
[...]
ba, mas apenas um grande nariz, e os outros ani-
mais não os respeitavam muito. Na selva africana, E fui comprar o meu bilhete, penetrei no casa-
entre tantos animais, vivia nessa época um elefan- rão coberto de lona, onde já se agitava bastante
tinho muito curioso e educado. Ele sempre que- gente, achei-me sentado na primeira cadeira de
ria saber o porquê das coisas e isso incomodava uma fila. Logo depois uma senhora pediu-me passa-
os outros animais, que nunca lhe explicavam nada; gem com voz breve, um tanto estridente; e, como
muito pelo contrário, sempre que, educadamente, eu me erguesse polidamente, vi-a bem de frente,
fazia-lhes uma pergunta, recebia em troca uma roçando-me com as saias de seda que farfalhavam
patada. Um certo dia, ele desejou saber o que o forte e desprendiam um perfume ativo de jasmim.
crocodilo comia no jantar. Nenhum animal que ele Tive um leve sobressalto ao encará-la.
encontrava lhe respondia. Até que em sua busca Eu conhecia essa mulher... mas conhecia per-
encontrou, num ninho cheio de espinhos, a “ave da feitamente... de onde? De quando? Impossível foi
sabedoria”. A ave lhe disse que não daria a respos- lembrar-me. Duas ou três vezes volvi para ela o
ta, mas que se ele seguisse alguns dias e algumas meu olhar rápido e inquiridor, mas não consegui
noites em uma determinada direção encontraria sacudir a inércia da minha memória. Ela, no en-
um rio e lá estaria a resposta para a sua pergun- tanto, agitava-se na cadeira, procurando boa po-
ta. O elefantinho seguiu o conselho da ave, sempre sição, e dispunha o leque, o binóculo, tirando do
acompanhado de perto por uma serpente – no fil- bolso um lenço extraordinariamente cheiroso, que
me, um verdadeiro “anjo da guarda”. Chegando ao passava pelos beiços. Podia ter 41 a 42 anos. Era
rio, o elefante pergunta para um animal (o croco- muito alta, esbelta e sinuosa; o rosto moreno e já
dilo) se ele sabia o que o crocodilo comia no jantar. alterado nas suas linhas devia haver sido outrora de
grande beleza [...].
Fonte: Programa de Formação de Professores Alfabetiza-
dores: catálogo de resenhas de filmes. Disponível em: http://
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/cat_res.pdf. Fonte: CARMEM, D. Crônicas da roça. Disponível em: https://
Acesso em: 18 jan. 2023. www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/526023. Acesso em: 19
jan. 2023.

LÍNGUA PORTUGUESA 42 AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 4. No trecho “Eu conhecia essa mulher... mas Item 5. No primeiro parágrafo, as vírgulas repre-
conhecia perfeitamente... de onde?”, as reticên- sentam pausas na fala, mas também conferem ao
cias utilizadas sugerem texto um tom de

A) interrupção do pensamento. A) distanciamento do leitor.


B) supressão de um trecho. B) indiferença pelo assunto.
C) sentimento de dúvida. C) proximidade com o leitor.
D) destaque de uma ideia. D) desrespeito com o leitor.
E) sentimento de tristeza. E) desconhecimento gramatical.

Leia o texto 4 para responder ao item 5.

Texto 4
Tipos de velório
Dunga Rodrigues

Resolvemos encaixar, aqui, este apêndice. Ano-


tamos, a propósito, certos tipos encontradiços na
Vigília dos mortos, ontem, como hoje. Parece que
descobrem, na ocasião, cenário propício para da-
rem expansão aos seus pendores, que são os mais
variados possíveis.
[...]
Assim temos o contador de anedotas. Anedota
de papagaio, picante e maliciosa, provocadora de
risos abafados, que se soltam madrugada adentro,
quando o sono vai rareando a roda de prosa.
[...]
Outro tipo, cuja carapuça era adequada à co-
madre Celedônia, mas há homens que também se
enquadram neste métier, é o daqueles que correm
os olhos perscrutadores por todas as coisas e por
todas as pessoas e enxergam mais que todo mundo.
[...]

Fonte: RODRIGUES, D. Marphysa. Disponível em: https://


www2.senado.gov.br/bdsf/handle/id/594616. Acesso em: 19
jan. 2023.

AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 43 LÍNGUA PORTUGUESA


Hora de Praticar! Desafio 2
O objetivo deste desafio é usar corretamente os
ANOTAÇÕES
sinais de pontuação para melhorar a clareza e a
Estudante, agora é a sua vez de praticar as habi- compreensão de um texto. Assim, em grupos, a ta-
lidades que acabamos de trabalhar nesta aula. A refa será explicar o uso de cada sinal de pontuação
seguir, você tem dois desafios para desenvolver e, utilizado no texto 1 (A intrusa), que deu suporte ao
depois, socializar com o professor e os colegas. As item 1 desta aula.
pesquisas poderão ser feitas em jornais, revistas
ou livros impressos ou virtuais ou, ainda, em outras
fontes. Sinal de pontuação/
Explicação para o uso
trecho em que foi usado

Desafio 1
Dividam-se em grupos de cinco pessoas. Leiam o
texto 5 com atenção. O professor entregará ao gru-
po o nome de um possível herdeiro: o sobrinho, a
irmã, o padeiro e os pobres. A tarefa do grupo é
pontuar o testamento de modo a beneficiar o her-
deiro representado.

Texto 5
A quem pertence a fortuna do
empresário?
Um homem rico estava muito mal, agonizando.
Dono de uma grande fortuna, não teve tempo de
fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos
finais, que precisava fazer isso. Pediu, então, papel
e caneta. Só que, com a ansiedade em que estava
para deixar tudo resolvido, acabou complicando
ainda mais a situação, pois deixou um testamento
sem nenhuma pontuação. Escreveu assim:
“DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ NÃO A MEU
SOBRINHO JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO PADEIRO
NADA DOU AOS POBRES.”
Morreu antes de fazer a pontuação.
A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro con-
correntes: o sobrinho, a irmã, o padeiro e os po-
bres. Os herdeiros assim o pontuaram:

Fonte: Pontuação: o mistério da herança. Recanto das


letras. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/
gramatica/3300458. Acesso em: 23 fev. 2023.

LÍNGUA PORTUGUESA 44 AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito! ANOTAÇÕES

Quando iniciou esta aula, o que você sabia


sobre o tema Reconhecer o efeito de
sentido decorrente do uso da pontuação
e de outras notações?

Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 45 LÍNGUA PORTUGUESA


ANOTAÇÕES

46
Aula 19 Leia o texto 1 para responder ao item 1.

Efeitos de sentido de
recursos ortográficos
Texto 1
e/ou morfossintáticos
Levava eu um jarrinho
Levava eu um jarrinho
Estudante, nesta aula, você terá a oportunidade de
desenvolver a habilidade de reconhecer o efeito P´ra ir buscar vinho
de sentido decorrente da exploração de recursos Levava um tostão
ortográficos e/ou morfossintáticos em diferentes
P´ra comprar pão,
textos. Para tanto, é necessário ler e compreender
os textos propostos, de modo a reconhecer os efei- E levava uma fita
tos de sentidos produzidos em decorrência do uso Para ficar bonita.
dos elementos ortográficos e morfossintáticos que
permitam ao leitor construir outros significados
para além do que está exposto nos textos. Correu atrás de mim um rapaz
Para desenvolver essa habilidade, você deverá ser Foi o jarro p´ra o chão,
capaz de identificar os recursos ortográficos e mor-
Pedi o tostão,
fossintáticos, bem como os sentidos decorrentes
do uso desses elementos dentro do texto. Dessa Rasgou-se-me a fita…
forma, é esperado que você seja capaz de reconhe- Vejam que desdita!
cer os efeitos de sentidos produzidos, por exem-
plo, a partir da utilização de diversas palavras e
elementos ortográficos empregados de acordo com Se eu não levasse um jarrinho,
as intencionalidades comunicativas dos textos, Nem fosse buscar o vinho,
bem como de estratégias que possibilitam alcan-
çar o público-alvo, de modo a promover reflexões a Nem trouxesse a fita
partir das significações manifestadas no leitor. P´ra ir bonita,
Nem corresse atrás
!
Você sabia? De mim um rapaz
O poema é o gênero textual que traz na sua composi- Para ver o que eu fazia,
ção uma organização poética, estruturada em versos
e estrofes, de tamanhos variados, é dotado de uma Nada disto acontecia.
linguagem predominantemente conotativa, com a fina-
lidade de expressar sentimentos, emoções ou pensa- Fonte: PESSOA, F. In: Poemas de cada dia. Disponível em:
mento. De acordo com Costa (2014, p.190)1 , o poema http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Poema.PDF. Aces-
representa composição poética em versos, de tama- so em: 26 fev. 2023.
nho muito variado.
1

Para esta aula, são propostos cinco itens relaciona- Item 1. No texto, qual é o efeito de sentido gerado
dos à habilidade. Vale destacar que a leitura atenta pelo emprego do diminutivo na palavra jarrinho?
dos textos é fundamental para que os itens possam
ser respondidos com sucesso. Vamos lá! A) Expressar a ideia de carinho.
B) Expressar a ideia de pequenez.
C) Expressar a ideia de rapidez.
1 COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. 3. ed. D) Expressar a ideia de simplicidade.
rev. ampl. 1. reimp. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 47 LÍNGUA PORTUGUESA


E) Expressar a ideia de doçura. E) grandeza.
Leia o texto 2 para responder aos itens 2 a 5.
Item 3. Na segunda estrofe, o uso da expressão
metafórica, no verso nem dar gritos, prometo,
amor, ir-te comprar/uma nenê gentil, d’olhos de
Texto 2 porcelana, indica a intenção de
Chuva e sol A) homenagear a menina.
Junta ao pendor do abismo e suster-se sozinha; B) ressaltar a característica da boneca.
quase a tombar no mal, lutar vencendo o mal,
C) comparar a beleza da menina a da boneca.
É difícil, é belo! Eu vi exemplo igual
D) demonstrar que se trata de uma boneca valiosa.
na ingênua candidez de linda criancinha.
E) indicar a qualidade da boneca que a menina ga-
nhará.
Disse a mamãe, um dia, à loura Georgeana:
— Se até anoitecer, eu não te ouvir chorar,
nem dar gritos, prometo, amor, ir-te comprar
uma nenê gentil, d’olhos de porcelana. Item 4. Na terceira estrofe, no verso Apenas isto ou-
viu, a bela pequenita, a intenção do autor, ao utilizar
a grafia da palavra pequena no diminutivo, foi
Apenas isto ouviu, a bela pequenita
dança e salta a cantar, com tal sofreguidão, (ansie- A) destacar uma virtude da menina.
dade, avidez, voracidade….) B) dizer que é uma menina humilde.
que entontecendo, cai, ao comprido, no chão. C) ressaltar que a menina é uma linda criança.
Esqueceu-lhe a promessa. Ei-la que chora e grita. D) comparar a beleza da menina à da boneca.
E) demonstrar que se trata de uma menina cari-
— Prantos? Adeus boneca. Ouvindo esta ameaça, nhosa.
ergue-se Georgeana e diz muito ligeira,
mudando o choro em riso, e com imensa graça.
— Chorei... por brincadeira...
Item 5. Na frase — Prantos? adeus, boneca., a pa-
Fonte: RATISBONNE, L. Traduzido por Adelina Lopes Vieira.
Chuva e sol. Disponível em: https://pt.wikisource.org/wiki/ lavra destacada, seguida do ponto de interrogação,
Chuva_e_Sol. Acesso em: 5 fev. 2023. gera um tom de

A) repreensão.
B) hesitação.
Item 2. Na primeira estrofe, no verso é difícil, é
belo!/Eu vi exemplo igual na ingênua candidez de C) surpresa.
linda criancinha, a palavra destacada agrega o sen-
D) dúvida.
tido de
E) espanto.
A) leveza.
B) pureza.
C) beleza.
D) sutileza.

LÍNGUA PORTUGUESA 48 AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar!

Estudante, agora é a sua vez de praticar a habilidade, que acabamos de trabalhar nesta aula. A seguir,
você tem dois desafios para desenvolver e, depois, socializar com o professor e os colegas. Esforce-se
para fazê-los, pesquise na biblioteca do colégio, em livros impressos ou on-line. Depois, não deixe de
fazer a correção em sala com o professor.

Desafio 1
Estudantes, organizem-se em duplas e busquem em revistas ou jornais impressos ou digitais exemplos de
poemas com estruturas diferentes. Após a seleção, realizem a leitura, aplicando as estratégias já conhe-
cidas por vocês, de modo a analisar a estrutura linguístico-discursiva e identificar os recursos ortográficos
e/ou morfossintáticos, por exemplo, palavras que tenham acentuação gráfica, com dupla ortografia ou
formadas por meio de prefixos e sufixos. Para isso, vocês poderão utilizar:
●● editor de texto ou planilha para anotações e observações;
●● ferramenta de criação de slides para compartilhamento visual das análises.

Desafio 2
Como continuação da atividade anterior, ainda em duplas e sob a orientação do professor, registrem no
quadro a seguir os recursos ortográficos e/ou morfossintáticos identificados e os efeitos de sentido que
cada um produz no texto. Após o preenchimento do quadro, faça a apresentação aos demais colegas da
turma a fim de que todos possam conhecer e até mesmo complementar o trabalho de vocês.

Recursos ortográficos e/ou morfossintáticos Efeitos de sentido produzidos no texto

AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 49 LÍNGUA PORTUGUESA


Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!

Quando iniciou esta aula, o que você


sabia sobre o tema Reconhecer o efeito de
sentido decorrente da exploração de
recursos ortográficos e/ou morfossintáticos?

Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

LÍNGUA PORTUGUESA 50 AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES

52
Aula 11 Censo Escolar
O Censo Escolar é o principal instrumento de co-
Associando leta de informações da educação básica e a mais
importante pesquisa estatística educacional bra-
informações em listas, sileira. É coordenado pelo Instituto Nacional de
tabelas e gráficos Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
estatísticos (INEP) e realizado em regime de colaboração entre
as secretarias estaduais e municipais de educação
e com a participação de todas as escolas públicas
A todo o instante, somos bombardeados por diver- e privadas do país. A pesquisa estatística abrange
sos tipos de dados de pesquisas estatísticas, nos as diferentes etapas e modalidades da educação
diversos veículos de informações e comunicações, básica e profissional:
como revistas, jornais, televisão, internet e ou- ●● Ensino regular (educação infantil, ensino
tros. Saber organizar, associar, ler e interpretar es- fundamental e médio);
ses dados em tabelas e/ou gráficos é muito impor-
tante para fazer a leitura do mundo que nos cerca. ●● Educação especial – escolas e classes especiais;

Uma tabela é uma forma de organizar os dados nu- ●● Educação de Jovens e Adultos (EJA);
méricos obtidos em uma pesquisa, em linhas e co- ●● Educação profissional (cursos técnicos e cursos
lunas, para fins de comparação e análise. Os gráfi- de formação inicial continuada ou qualificação
cos são formas visuais de apresentar dados de uma profissional).
pesquisa estatística que estão organizados em uma
tabela ou lista, dentre outras. A elaboração de uma Fonte: Censo Escolar. Ministério da Educação, 2022. Dispo-
tabela e/ou gráfico deve seguir as orientações das nível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/
normas da Associação Brasileira de Normas Técni- pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-escolar. Acesso em:
8 dez. 2022.
cas (ABNT).
O texto a seguir será utilizado como suporte para a
resolução dos itens 1 e 2. A tabela a seguir apresenta os dados sobre o Cen-
so Escolar da Educação Básica no ano de 2021. Ela
será suporte para os itens 1 e 2.

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 53 MATEMÁTICA


MATEMÁTICA
Localidade Urbana Rural
Total Total de Total de
da
Geral Urbana Rural
Escola Federal Estadual Municipal Privada Federal Estadual Municipal Privada

Brasil 46 668 401 41 308 356 331 161 14 181 177 18 742 757 8 053 261 5 360 045 45 986 837 939 4 393 036 83 084

Centro-
3 599 393 3 360 825 28 242 1 435 978 1 281 679 614 926 238 568 6 832 99 451 128 008 4 277
Oeste

Nordeste 13 745 359 10 788 418 108 656 2 903 132 5 703 120 2 073 510 2 956 941 14 632 240 387 2 659 292 42 630

54
Norte 4 868 765 3 697 942 35 696 1 506 375 1 758 415 397 456 1 170 823 4 327 224 194 936 063 6 239

Sudeste 18 241 371 17 623 668 98 860 6 258 415 7 394 281 3 872 112 617 703 14 288 151 461 426 936 25 018

Sul 6 213 513 5 837 503 59 707 2 077 277 2 605 262 1 095 257 376 010 5 907 122 446 242 737 4 920

Fonte: INEP – Censo Escolar da Educação Básica.

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 1. O gráfico que melhor representa os dados D)
sobre os números de matriculados no Brasil no ano
de 2021, nas zonas urbana e rural é o:
A)

E)

B)

Fonte: INEP – Censo Escolar da Educação Básica.

C)

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 55 MATEMÁTICA


Item 2. O gráfico que melhor representa os dados D)
sobre os números de matriculados no Brasil, na
zona urbana, no ano de 2021 é o:

A)

E)

B)

Fonte: INEP – Censo Escolar da Educação Básica.

C) Item 3. Segundo os dados coletados no Censo de


2021, o Brasil possuía 2 190 943 professores das
redes Federal, Estadual, Municipal e Privada.
O gráfico a seguir apresenta o número de
professores distribuídos nas regiões brasileiras:

Fonte: INEP – Censo Escolar da Educação Básica.

MATEMÁTICA 56 AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


A tabela que melhor representa os dados sobre nú- D)
mero de professores no Brasil é a:
Número de professores por região no
A) Brasil - 2021.
Localidade Total
Número de professores por região
no Brasil - 2021. Centro-Oeste 158 624
Localidade Total Nordeste 603 605
Centro-Oeste 158 624 Norte 191 050
Nordeste 335 652 Sudeste 903 107
Norte 191 050 Sul 335 552
Sudeste 903 107 Total 2 192 038
Sul 603 605
Total 2 192 038 E)

B) Número de professores por região no


Brasil - 2021.
Número de professores por região
Localidade Total
no Brasil - 2021.
Centro-Oeste 158 624
Localidade Total
Nordeste 603 640
Centro-Oeste 903 107
Norte 191 023
Nordeste 603 605 Sudeste 335 552
Norte 191 050 Sul 903 107
Sudeste 158 624 Total 2 192 038
Sul 335 652 Fonte: INEP – Censo Escolar da Educação Básica.
Total 2 192 038

C)

Número de professores por região


no Brasil - 2021.
Localidade Total
Centro-Oeste 158 624
Nordeste 603 605
Norte 191 050
Sudeste 903 107
Sul 335 652
Total 2 192 038

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 57 MATEMÁTICA


Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia A)
e Estatística (IBGE), no ano de 2019, são aproxi-
madamente 11,8 milhões de pessoas, com idade Percentual de crianças de 6 e 7 anos que não
acima de 15 anos, que não sabem ler e escrever. sabem ler e escrever no Brasil (Por raça/cor,
Ainda segundo o IBGE, o número de crianças de seis de 2012 a 2021)
e sete anos no Brasil que não sabem ler e escrever Ano Brancas (%) Pretas (%) Pardas
cresceu 66,3% de 2019 para 2021 – explicitando um (%)
dos efeitos da pandemia da Covid-19 no ensino bra- 2012 20,7 33,8 31,8
sileiro.
2013 21,9 34,6 35,1
2014 22,9 35,6 29,2
Várias são as fontes de pesquisa confiáveis que
você estudante e professores podem utilizar para 2015 24,2 34,4 34,1
obter mais dados sobre a educação brasileira, em 2016 18,7 28,1 30,1
especial sobre o analfabetismo no Brasil. Pesquise, 2016 18,9 30,8 28
entenda o que os números dizem sobre esse tema
2018 21,0 30,4 28,3
tão preocupante, não só no Brasil, mas mundo afo-
ra. 2019 20,3 28,2 28,8
2020 27,2 36,7 35,2
2021 35,1 44,5 47,4

Item 4. As desigualdades sociais e étnicas do país


se refletem em dados. Ao todo, 47,4% das crianças B)
pretas não estão plenamente alfabetizadas; entre
as pardas, o índice é 44,5%. Já entre crianças bran- Percentual de crianças de 6 e 7 anos que não
cas, o número atual é de 35,1%. sabem ler e escrever no Brasil (Por raça/cor,
de 2012 a 2021)
O gráfico a seguir apresenta o percentual de crian-
ças brasileiras de 6 a 7 anos que não sabem ler e Ano Brancas (%) Pretas (%) Pardas (%)
escrever no período de 2012 a 2021. 2012 20,7 31,8 33,8
2013 21,9 35,1 34,6
2014 22,9 29,2 35,6
2015 24,2 34,1 34,4
2016 18,7 30,1 28,1
2017 18,9 28,0 30,8
2018 21,0 28,3 30,4
2019 20,3 28,8 28,2
2020 27,2 35,2 36,7
2021 35,1 47,4 44,5

Fonte: IBGE/Pnad Contínua. Elaboração: Todos Pela


Educação. Disponível em: https://todospelaeducacao.org.br/
wordpress/wp-content/uploads/2022/02/digital-nota-tecnica-
alfabetizacao-1.pdf. Acesso em: 8 dez. 2022.

A tabela que melhor representa os dados sobre o


analfabetismo das crianças brasileiras é a:

MATEMÁTICA 58 AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


C) E)

Percentual de crianças de 6 e 7 anos que não Percentual de crianças de 6 e 7 anos que não
sabem ler e escrever no Brasil (Por raça/cor, de sabem ler e escrever no Brasil (Por raça/cor, de
2012 a 2021) 2012 a 2021)
Ano Brancas (%) Pretas (%) Pardas (%) Ano Brancas (%) Pretas (%) Pardas (%)
2012 31,8 20,7 33,8 2012 20,7 31,8 33,8
2013 35,1 21,9 34,6 2013 21,9 35,1 34,6
2014 29,2 22,9 35,6 2014 22,9 29,2 35,6
2015 34,1 24,2 34,4 2015 24,2 34,1 34,4
2016 30,1 18,7 28,1 2016 18,7 30,1 28,1
2017 28,0 18,9 30,8 2017 18,9 28,0 30,8
2018 28,3 21 30,4 2018 21,0 28,3 30,4
2019 28,8 20,3 28,2 2019 20,3 28,8 28,2
2020 35,2 27,2 36,7 2020 35,1 47,4 44,5
2021 47,4 35,1 44,5 2021 27,2 35,2 36,7
Fonte: IBGE/Pnad Contínua. Elaboração: Todos Pela Educação.

D)
Cálculos
Percentual de crianças de 6 e 7 anos que não
sabem ler e escrever no Brasil (Por raça/cor, de
2012 a 2021)
Ano Brancas (%) Pretas (%) Pardas (%)
2012 20,7 31,8 33,8
2013 21,9 35,1 34,6
2014 22,9 29,2 35,6
2015 24,2 34,1 34,4
2016 18,7 30,1 28,1
2017 18,9 28,0 30,8
2018 21,0 28,3 30,4
2019 20,3 28,8 28,2
2020 27,2 35,2 36,7
2021 35,1 47,4 44,5

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 59 MATEMÁTICA


Item 5. Em 2020, o número de pessoas entre 15 e 29 anos que estavam sem emprego e sem estudar au-
mentou sensivelmente. O gráfico a seguir apresenta essa realidade:

Fonte: FUTURA. Percentual de pessoas de 15 a 29 anos por tipo de relação com trabalho e estudo - Brasil 2012-2020. Gente,
2022. Disponível em: https://gente.globo.com/panorama-da-educacao-no-brasil-em-2020-e-os-desafios-para-2021/. Acesso em:
9 dez. 2022.

A tabela que melhor representa os dados sobre as pessoas de 15 a 29 anos, por tipo de relação com tra-
balho e estudo, no Brasil, no período de 2012-2020 é a:

A)

Não ocupado e Não ocupado e Ocupado e


Ano Ocupado e estuda
estuda não estuda não estuda
2012 29,2 29,3 10,1 31,4
2013 23,8 21,4 12.8 42,0
2014 24,4 21,0 12,4 42,2
2015 25,3 22,1 12,2 40,4
2016 26,7 23,7 11,8 37,9
2017 26,7 25,0 11,2 37,1
2018 26,6 24,9 11,5 36,9
2019 26,1 24,1 11,9 37,9
2020 23,2 21,2 13,3 42,2

MATEMÁTICA 60 AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


B)

Não ocupado e Não ocupado e Ocupado e


Ano Ocupado e estuda
estuda não estuda não estuda
2012 23,2 42,2 13,3 21,2
2013 23,8 42,0 12.8 21,4
2014 24,4 42,2 12,4 21,0
2015 25,3 40,4 12,2 22,1
2016 26,7 37,9 11,8 23,7
2017 26,7 37,1 11,2 25,0
2018 26,6 36,9 11,5 24,9
2019 26,1 37,9 11,9 24,1
2020 29,2 31,4 10,1 29,3

C)

Não ocupado e Não ocupado e Ocupado e


Ano Ocupado e estuda
estuda não estuda não estuda
2012 42,2 21,2 13,3 23,2
2013 42,0 21,4 12.8 23,8
2014 42,2 21,0 12,4 24,4
2015 40,4 22,1 12,2 25,3
2016 37,9 23,7 11,8 26,7
2017 37,1 25,0 11,2 26,7
2018 36,9 24,9 11,5 26,6
2019 37,9 24,1 11,9 26,1
2020 31,4 29,3 10,1 29,2

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 61 MATEMÁTICA


D)

Não ocupado e Não ocupado e Ocupado e


Ano Ocupado e estuda
estuda não estuda não estuda
2012 23,2 21,2 13,3 42,2
2013 23,8 21,4 12.8 42,0
2014 26,6 24,9 11,5 36,9
2015 25,3 22,1 12,2 40,4
2016 26,7 23,7 11,8 37,9
2017 26,7 25,0 11,2 37,1
2018 24,4 21,0 12,4 42,2
2019 26,1 24,1 11,9 37,9
2020 29,2 29,3 10,1 31,4

E)

Não ocupado e Não ocupado e Ocupado e


Ano Ocupado e estuda
estuda não estuda não estuda
2012 23,2 21,2 13,3 42,2
2013 23,8 21,4 12.8 42,0
2014 24,4 21,0 12,4 42,2
2015 25,3 22,1 12,2 40,4
2016 26,7 23,7 11,8 37,9
2017 26,7 25,0 11,2 37,1
2018 26,6 24,9 11,5 36,9
2019 26,1 24,1 11,9 37,9
2020 29,2 29,3 10,1 31,4

MATEMÁTICA 62 AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar! Vamos avaliar o que você
Estudante, agora é a sua vez de praticar o descritor aprendeu? Sua opinião nos
D35 – Associar informações apresentadas em listas interessa muito!
e/ou tabelas simples aos gráficos que as represen-
tam e vice-versa. A seguir, você tem dois desafios
para desenvolver e, em seguida, socializar com o Quando iniciou esta aula, o que você
professor e os colegas.
sabia sobre os temas Tabelas e gráficos
estatísticos e Associação de tabelas a
Desafio 1 gráficos e de gráficos a tabela?
Escolha um tema que você tenha interesse em
aprofundar seus conhecimentos e pesquise dados Reflita sobre as seguintes questões:
estatísticos expostos em tabela. Utilize a planilha
de softwares como Excel ou similares para repre- • O que eu sabia?
sentar os mesmos dados em gráfico. Faça uma lei- • O que eu precisei saber?
tura e uma associação dos dados estatísticos expos-
tos em tabelas e gráficos e nos diga qual das duas • O que eu aprendi?
formas de apresentação dos dados você prefere. • Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

Desafio 2
Escolha um outro tema que você tenha interesse
em aprofundar seus conhecimentos e pesquise da-
dos estatísticos expostos em gráfico. Leve para a
próxima aula para desenvolverem uma atividade
de troca de descobertas junto com o professor e
seus colegas.

AULA 11 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 63 MATEMÁTICA


ANOTAÇÕES

64
Veja, a seguir, as características da planificação de
Aula 12 alguns poliedros e corpos redondos:

Relacionando figuras ●● Cubo – possui 6 faces em formato quadrangular,


12 arestas congruentes e 8 vértices;
espaciais com suas
●● Paralelepípedo – possui 6 faces formadas por
planificações ou vistas paralelogramos, 12 arestas e 8 vértices;
●● Pirâmide – possui faces triangulares e a sua
Você sabia que alguns objetos tridimensionais do quantidade, bem como a quantidade de arestas
seu dia a dia são construídos com base em polie- e vértices dependem da sua base, que pode ser
dros e corpos redondos? triangular, quadrangular, pentagonal, entre
outras;
Nesta aula, você estudará a planificação dos polie-
dros e corpos redondos. Esse estudo é importante ●● Cone – possui um círculo e um setor circular;
para compreendermos que, para construir objetos
●● Cilindro – possui dois círculos e um retângulo.
como a casquinha do sorvete, lata de lixo, caixas
de sapato, entre outros, é preciso levar em con- Nesta aula, você estudará a relação desses polie-
sideração as suas características e a sua planifi- dros e corpos redondos com suas planificações ou
cação. Isso é feito para observar quais polígonos vistas. Preparado? Vamos lá!
agrupados é que formam o poliedro ou corpo re- Vamos iniciar nosso estudo com a planificação de
dondo, com o intuito de garantir a conservação e um paralelepípedo. Para relembrar sobre suas ca-
sustentação desses objetos tridimensionais. racterísticas, para além da revisão apresentada
No futuro, você poderá trabalhar em indústrias que pelo seu professor, acesse o estudo Paralelepípedo
produzem ou aquele que irá comprar esses obje- Planificação e explore essa construção movimen-
tos, como o dono da pizzaria que precisa comprar tando os controles deslizantes h e f, localizados no
caixas para armazenar as pizzas, por exemplo. lado esquerdo do arquivo (NETO, J. E. O. Parale-
Compreender a estrutura desses objetos tridimen- lepípedo Planificação. GEOGEBRA. Disponível em:
sionais materializados poderá apoiá-los, inclusive, https://www.geogebra.org/m/xjzym3gj. Acesso
em economias quanto a essas compras. em: 15 fev. 2023).
Mas o que são poliedros e corpos redondos? Polie-
dros são sólidos geométricos formados por uma su-
perfície poliédrica fechada. Essas superfícies são
formadas por polígonos, cujas arestas são segmen-
tos de reta. Cubo, paralelepípedo, pirâmide, entre
outros, são exemplos de poliedros. Já os corpos re-
dondos são sólidos que possuem curvas ao invés de
faces, como o cone e o cilindro.

AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 65 MATEMÁTICA


Item 1. Carla foi convidada para uma festa de ani- D)
versário e irá colocar o presente do aniversariante
em uma embalagem que tem o formato de um pa-
ralelepípedo, decorada por ela mesma, pois quer
que a embalagem seja personalizada. Para decorar
a embalagem, Carla irá recortar uma folha colo-
rida, de forma a obter a planificação da caixa de
presente utilizada.

A alternativa que representa o formato da folha


colorida após ser recortada é:

A) E)

B)
Fonte: elaborados para fins didáticos.

Agora, vamos prosseguir nosso estudo com a pla-


nificação de uma pirâmide. Para relembrar sobre
suas características, para além da revisão apresen-
tada pelo seu professor, acesse o estudo Planifica-
ção - Pirâmide de base quadrada e observe a pla-
nificação de uma pirâmide de base quadrangular
(SANTANA, R. F. Planificação - Pirâmide de base
quadrada. GEOGEBRA. Disponível em: https://
www.geogebra.org/m/nxjpp2g8. Acesso em: 15
C) fev. 2023).

MATEMÁTICA 66 AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 2. Em uma aula sobre planificação de polie- C)
dros e corpos redondos, o professor perguntou à
turma qual era a planificação do poliedro ou corpo
redondo que possui as seguintes características:

●● 7 vértices;
●● 12 arestas;
●● 7 faces;
●● Suas faces laterais são triangulares.

A planificação que responde corretamente à per-


gunta do professor, é

A)
D)

B)

E)

Fonte: elaborados para fins didáticos.

AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 67 MATEMÁTICA


Prosseguindo com nosso estudo, acesse o estudo Item 4. Considere as seguintes afirmações sobre o
Planificação de um cubo (BARROS, E. S. P. Plani- cilindro:
ficação de um cubo. GEOGEBRA. Disponível em:
https://www.geogebra.org/m/ntxksjeq. Acesso I. É uma figura geométrica espacial com formato
em: 15 fev. 2023). Nele, você terá que movimentar circular, possuindo o mesmo diâmetro em todo o
o seletor c, localizado no canto esquerdo da ati- seu comprimento;
vidade. Movimentando-o, você poderá observar a
II. Possui duas bases opostas, congruentes (mesma
planificação do cubo.
medida) e paralela entre si;
III. Sua planificação forma um triângulo isósceles;
IV. A planificação é composta por dois círculos de
Item 3. A respeito do CUBO, considere as seguintes raios iguais e um retângulo;
afirmações:
V. A geratriz (segmentos de retas que vai da ex-
I. Suas faces são formadas por polígonos regulares tremidade de uma base a outra) difere da altura.
e congruentes; Ao analisar as afirmações anteriores e classificá-las
II. É possível traçar até seis diagonais internas; em verdadeiras (V) ou falsas (F), a sequência cor-
reta é:
III. Considerando o número de vértices (V), o nú-
mero de arestas (A) e o número de faces (F), é A) F, V, F, F, F.
válida a relação de Euler: V – A + F = 2; B) V, F, F, V, F.
IV. Seu volume pode ser calculado pela fórmula V = C) F, F, V, F, F.
a³, onde V é o volume e a é a medida das arestas;
D) V, V, F, V, F.
V. Existe apenas uma planificação possível.
E) F, F, V, F, V.
Ao analisar as afirmações anteriores e classificá-las
em verdadeiras (V) e falso (F), a sequência correta
é:
A) V, V, V, V, V. E a planificação do cone, como deve ser?
B) V, F, V, V, F. Acesse o estudo Planificação de um cone e explore
C) F, V, F, V, F. essa planificação movimentando o seletor “plani-
ficar” (POMPEO, V. Planificação de um cone. GE-
D) V, F, F, F, V. OGEBRA. Disponível em: https://www.geogebra.
E) V, F, V, F, F. org/m/w2cee7bm. Acesso em: 15 fev. 2023). Você
poderá alterar a medida do raio e da altura.

Até aqui respondemos itens que envolviam plani-


Item 5. Sofia montou um jogo de encaixar polie-
ficação de poliedros. Agora, envolveremos corpos
dros e corpos redondos em uma placa vazada com
redondos. O primeiro deles será o cilindro, por
buracos no formato de figuras planas conforme a
isso, acesse o estudo Planificação do cilindro e
figura abaixo:
explore essa planificação para cilindros com dife-
rentes medidas de raio e altura (KAPCZYNSKI, E.
R. Planificação do cilindro. GEOGEBRA. Disponí-
vel em: https://www.geogebra.org/m/x3snqrps.
Acesso em: 15 fev. 2023). Bons estudos!

Fonte: elaborado para fins didáticos.

MATEMÁTICA 68 AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Para deixar o jogo mais interessante, Sofia deixou
os poliedros e corpos redondos planificados. Assim, D)
o jogador terá que escolher a ordem das planifica-
ções e montar os poliedros ou corpos redondos para
encaixar na placa vazada. A seguir, segue as planifi-
cações que Sofia deixou para executar o jogo.

A)

E)

B)

F)

C)

Fonte: elaborados para fins didáticos

A sequência correta dos encaixes e suas respectivas


planificações está representada na alternativa:
A) 1D, 2B, 3E, 4A.
B) 1D, 2C, 3F, 4A.
C) 1D, 2C, 3E, 4A.
D) 1D, 2B, 3F, 4A.
E) 1C, 2E, 3A, 4D.

AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 69 MATEMÁTICA


A imagem, ao lado, foi construída no software Ge-
Hora de Praticar! oGebra e contém um cone inscrito (na região inter-
Estudante, agora é a sua vez de praticar a habili- na) em um cilindro. Construa a planificação desse
dade D3 – Relacionar diferentes poliedros ou corpos cilindro e do cone, de modo que sejam feitas na
redondos com suas planificações ou vistas. A seguir, mesma construção e ao recortar e fazer as devidas
você tem dois desafios para desenvolver e, depois, dobras, o resultado seja um cone inscrito em um
socializar com o professor e os colegas. cilindro.

Vamos avaliar o que você


Desafio 1 aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!

Quando iniciou esta aula, o que você sabia


sobre os temas Planificação de poliedros
e Planificação de corpos redondos?

Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
Fonte: elaborado para fins didáticos.
• O que eu aprendi?
A imagem, ao lado, é um dodecaedro regular. Ele
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
é um poliedro formado por 12 faces que, conecta-
cotidiano?
das, formam uma superfície poliédrica. Construa a
planificação desse poliedro utilizando papel, lápis,
régua e tesoura. Após a construção, você terá que
fazer as devidas dobras para compor o polígono uti-
lizando sua planificação. Ao final, responda: quais
são as características dessa planificação, ou seja,
qual é o tipo de polígono formado na face, quantas
arestas e quantos vértices há?

Desafio 2

Fonte: elaborado para fins didáticos.

MATEMÁTICA 70 AULA 12 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Aula 13
Usando os
conhecimentos de
sólidos geométricos
para solucionar
situações do cotidiano

Olá, estudante! Você recorda o que são sólidos ge-


ométricos?
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais Fonte: elaborado para fins didáticos.
definidos no espaço, constituídos de largura, altura
e comprimento. São classificados em poliedros e A área total do cilindro é dada pela adição das duas
corpos redondos. Os poliedros são sólidos geomé- áreas da base com a área lateral:
tricos cujas faces são formadas por polígonos. Os
principais poliedros são as pirâmides, os prismas
ATotal do cilindro = 2 ⋅ Abase + Alateral
e os poliedros de Platão, que são os poliedros re-
gulares, tais como tetraedro, hexaedro ou cubo, As áreas das bases: como as bases representam
octaedro, icosaedro e dodecaedro. círculos congruentes, e para calcular a área de um
círculo utilizamos Acírculo = π r , então para cal-
2
Os corpos redondos, também chamados de não po-
liedros, possuem superfícies curvas que os permi- cular a área dos dois círculos (duas bases) temos:
tem girar ou rolar. Temos o cone, o cilindro e a
esfera. Os corpos redondos são muito comuns no Acírculo = π r 2
nosso cotidiano. O cone, por exemplo, pode ser
percebido em um chapeuzinho de festa infantil; o Área Lateral: a área lateral do cilindro é formada
cilindro é percebido em uma lata de refrigerante; por um retângulo. A área de um retângulo é dada
enquanto uma bola possui o formato esférico. pelo produto entre as medidas da base e da altura.
Ficou curioso para conhecer mais sobre o surgi- Ao observar o cilindro, podemos notar que o com-
mento e o que são os sólidos geométricos? Pesqui- primento da base do retângulo é igual ao compri-
se, descubra e traga seus achados para a sala de mento da circunferência da base do cilindro. Logo,
aula. Vamos lá! a expressão algébrica que pode ser usada para cal-
cular a área do retângulo é a mesma para encon-
trar o comprimento da circunferência. Logo, a área
Vamos recordar sobre os cilindros? lateral pode ser calculada pela expressão:
O cilindro é um sólido geométrico que possui duas
bases circulares paralelas e uma área lateral que Alateral = π rh , com π ≅ 3,14 ; em que r é
conecta as bases. Os principais elementos do ci- o raio e h o comprimento da altura do cilindro.
lindro são as suas bases, os comprimentos do diâ-
metro e do raio da base, a área lateral e a altura.
Eles são classificados em cilindro reto (quando as Quer conhecer mais sobre o cilindro? Pesquise em
geratrizes/altura são perpendiculares em relação livros na biblioteca, na internet ou converse com o
ao plano de suas bases), cilindro oblíquo, que não seu professor.
se pode definir nem como perpendicular nem como
paralelo e é inclinado (a altura/geratriz está em
um plano oblíquo em relação ao plano das bases da
figura), e cilindro equilátero (a altura e o diâmetro
das bases possuem a mesma medida, uma vez que
as seções meridianas são quadradas).

AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 71 MATEMÁTICA


Item 1. A professora Marta do componente curricu- Item 2. OA área total de um prisma é calculada pelo
lar Arte planejou suas aulas para confeccionar cai- somatório das áreas laterais e duas vezes a área de
xas de papelão para colocar os certificados dos 32 sua base. Observe o prisma a seguir, cuja base é for-
estudantes da turma. Ao final da primeira aula, as mada por um pentágono regular:
caixas, com formato cilíndrico, já estavam adian-
tadas, conforme figura a seguir, com 6 cm de diâ-
metro e 20 cm de altura.

Fonte: Pixabay.

Para confeccionar as 32 caixas com as dimensões ci-


tadas, a quantidade mínima de papelão foi de (use
pi aproximadamente 3,14):
A) 56,52 cm².
Fonte: elaborado para fins didáticos.
B) 120,00 cm².
C) 433,32 cm². Sobre esse prisma, considerando Tg 54° ≅ 1,38, é
correto afirmar que a área total mede aproxima-
D) 3 840,00 cm².
damente:
E) 13 866,24 cm².
A) 2 496,2 cm².
B) 1 820 cm².
Vamos recordar sobre os prismas? C) 678,8 cm².
Os prismas são figuras tridimensionais formadas por
D) 364 cm².
duas bases congruentes (polígonos congruentes) e
paralelas e por faces planas laterais, que são forma- E) 337,1 cm².
das por paralelogramos. Os elementos que compõem
o prisma são: base, altura, arestas, vértices e faces
Cálculos
laterais. Observe o prisma quadrangular a seguir.

Vértice
Aresta

Face

Fonte: elaborado para fins didáticos.


Elementos do prisma:
1. Bases: ABCD e EFGH;
2. Vértices: A, B, C, D, E, F, G e H;
3. Faces laterais: ADEH,ABGH,BCFG e CDEF;
4. Arestas das bases: AB,BC,CD,DA,GH,FG,EF e HE;
5. Arestas laterais que também equivale a altura:
AH,BG,CF e DE.

MATEMÁTICA 72 AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Vamos recordar sobre a pirâmide? Item 3. As figuras a seguir representam enfeites de
decoração com imitações das pirâmides (quadran-
Pirâmide é um poliedro que possui todos os vérti-
gulares) do Egito.
ces em um plano (base), exceto um, denominado
vértice da pirâmide. As pirâmides são formadas por
vértices, arestas e faces e possuem faces laterais
triangulares e uma base poligonal, que pode apre-
sentar vários formatos. Por exemplo, se a base for
um triângulo, chamamos de pirâmide triangular; se
for um quadrado, chamamos de pirâmide quadran-
gular, e assim sucessivamente.
Observe a pirâmide quadrangular a seguir.

Fonte: Pixabay. Adaptada

Analise as seguintes afirmativas:

I. A figura I tem volume 72 cm³;


II. A figura II tem volume 125 cm³;
III. A figura III tem aproximadamente 21,33 cm³ de
volume;
IV. O volume das três pirâmides juntas soma 120 cm³.
Fonte: Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/
enem/matematica/piramide. Acesso em: 27 dez. 2022. É correto o que se afirma em
Para calcular o volume da pirâmide, tem-se a
equação: A) I, II e III, apenas.

Abase ⋅ h B) I, III e IV, apenas.


V = , em que h representa a altura.
3 C) I e III, apenas.
D) II e IV, apenas.
Quer conhecer mais sobre as pirâmides? Pesquise E) todas as afirmações.
em livros na biblioteca, na internet ou converse
com o seu professor.
Cálculos

AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 73 MATEMÁTICA


Vamos recordar sobre o cone? Item 4. Para controlar o trânsito em uma avenida,
foram utilizados 5 cones como o representado na
O cone é classificado como corpo redondo por ter
um círculo como base e por ser construído a partir figura a seguir (use π ≅ 3,14 ).
da rotação de um triângulo, sendo também conhe-
cido como um sólido de revolução. Por suas carac-
terísticas, o cone pode ser classificado como cone
reto (quando o segmento que liga o vértice com o
centro da sua base coincide com a altura do cone);
cone oblíquo (quando o segmento que liga o vértice
com o centro da sua base não coincide com a altura
do cone) e cone equilátero (quando o seu diâmetro
é igual à sua geratriz). O cone tem como elemen-
tos o vértice (ponto fora do plano da base), o eixo Fonte:Pixabay. Adaptada.
(segmento de reta que liga o vértice ao centro da
base), a altura (distância entre o vértice e o plano Observando os dados, é correto afirmar que o vo-
da base) e as geratrizes (segmentos com extremi- lume dos cones utilizados para controlar o trânsito
dades no vértice e na circunferência da base). Ob- na avenida é de aproximadamente:
serve a figura a seguir.
A) 2 100 cm³.
B) 10 500 cm³.
C) 15 386 cm³.
D) 46 156 cm³.
E) 76 930 cm³.

Cálculos

Fonte: elaborado para fins didáticos.

Como curiosidade, os cones aparecem com frequ-


ência na vida diária, tais como nas casquinhas de
sorvete, nos chapéus de bruxa, nos cones de trân-
sito, nas torres de castelo.
π ⋅ r2 ⋅ h
Para calcular o volume do cone temos: V =
3

Quer conhecer mais sobre os cones? Pesquise em


livros na biblioteca, na internet ou converse com
o seu professor.

MATEMÁTICA 74 AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Vamos recordar sobre a esfera? Item 5. O anel de noivado de Pâmela foi confeccio-
nado com pérolas Akoya e ouro. O valor das pérolas
A esfera é um sólido geométrico formada pela ro-
do anel de Pâmela, com raio medindo 5 cm, é dado
tação de um semicírculo em torno do seu eixo. É
pelo seu volume e, a cada 100 mm³, é pago aproxi-
bastante presente no nosso cotidiano, como, por
madamente R$ 2 000,00. Veja figura a seguir.
exemplo, nas diversas bolas para atividades espor-
tivas, nas pérolas das joias, no globo terrestre, na
maçã. Os principais elementos da esfera são o raio
(segmento de reta que liga o centro a um ponto
qualquer na superfície); o diâmetro (segmento de
reta que passa pelo centro, ligando dois pontos na
superfície) e o centro. Observe a figura a seguir:

Fonte: Pinterest. Disponível em: https://br.pinterest.com/


pin/465348574009777314/. Acesso em: 29 dez. 2022.

Analise as seguintes afirmativas:

I. O valor unitário das pérolas do anel de Pâmela


Fonte: Neuro Chispas. Disponível em: https://neurochispas. é de 10 466,6 reais;
com.br/geometria/elementos-da-esfera-com-diagramas/.
II. O valor das seis pérolas do anel de Pâmela é de
Acesso em: 29 dez. 2022.
62 799,6 reais;
Ficou interessado em saber mais sobre essa linda fi-
III. O volume de cada pérola do anel de Pâmela é
gura geométrica? Pesquise em livros na biblioteca,
de 100 mm³;
na internet ou converse com o seu professor. Pes-
quise ainda sobre os polos, que são os pontos ex- IV. O volume total das seis pérolas do anel de Pâ-
tremos dos eixos que estão na superfície da esfera. mela é de aproximadamente 523,33 mm³.
O volume da esfera é dado pela seguinte relação:
É correto o que se afirma em:
4 ⋅ π ⋅ r²
V =
3 A) I, II e III, apenas.
B) I, III e IV, apenas.
Cálculos
C) I e II, apenas.
D) I, II e IV, apenas.
E) todas as afirmações.

AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 75 MATEMÁTICA


Hora de Praticar! Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!
Estudante, agora é a sua vez de praticar o descritor
D13 – Resolver problemas envolvendo a área total
e/ou volume de um sólido (prisma, pirâmide, cilin- Quando iniciou esta aula, o que você sabia
dro, cone, esfera). A seguir, você tem dois desafios sobre o tema Área e volume dos sólidos
para desenvolver e, depois, socializar com o pro-
fessor e os colegas. geométricos: prisma, pirâmide, cilindro,
cone e esfera?

Desafio 1
Reflita sobre as seguintes questões:
Pesquise sobre as dimensões das bolas dos seguin-
tes esportes: futebol, basquete, vôlei, tênis, sinu- • O que eu sabia?
ca e gude. Em seguida, calcule o volume e coloque • O que eu precisei saber?
em ordem crescente, observando os diâmetros.
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
Desafio 2 cotidiano?
Com os dados do item 3, sobre os enfeites das Pi-
râmides do Egito, calcule a área total das três fi-
guras.
Após terminar de resolver os dois desafios, se pre-
pare para as discussões que serão realizadas na
sala de aula, com a turma e com o professor. Resol-
va os desafios em um papel cartaz para apresentar
na socialização dos mesmos em sala de aula.

MATEMÁTICA 76 AULA 13 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Aula 14 Quilômetros percorridos (km)
Valor cobrado (R$)
1
5
2
7
5
13
10
27
Estudando funções e suas Sabemos que uma função de 1º grau ou função afim
aplicações é representada da forma f(x) = ax + b, sendo a e
b os coeficientes angulares e lineares, respectiva-
mente.
Olá, estudante! No exemplo acima, os valores de x são os quilôme-
Você sabia que podemos expressar situações do co- tros percorridos e os valores de f(x) são os valores
tidiano por meio de funções? cobrados.
Elas estão presentes na relação entre os quilôme- Assim, para determinar a função que expressa essa
tros de uma corrida de táxi e o preço a ser pago, situação, dois pares quaisquer de valores dados
entre o lucro obtido, o custo e a quantidade de pela tabela devem ser escolhidos para a resolução
produtos vendidos, etc. É um objeto do conheci- de um sistema de equações de primeiro grau com
mento que conecta a Matemática a outras áreas, duas incógnitas, sendo possível encontrar os valo-
como Economia, Engenharia, Administração, etc. res dos coeficientes a e b e, consequentemente,
encontrar a função que expressa o exemplo dado.
Nesta aula, focaremos no estudo das funções com o
intuito de preparar você para reconhecer a expres- Vamos escolher os pares (2, 7) e (10, 23). Assim,
são algébrica que representa uma função a partir teremos:
de dados presentes em uma tabela. O objetivo é
que você faça a leitura de uma tabela e, a partir f  x   ax  b �
dos dados contidos nela, reconheça que há uma
relação biunívoca entre as variáveis que nomeiam 7  2 a  b
tais dados, sendo possível demonstrar essas rela- 
ções por meio de expressões algébricas que repre- 23  10a  b
sentam funções. Multiplicando a primeira equação por – 1, temos:
Também ocorrerá a análise do crescimento/de-
crescimento e zeros de funções reais apresenta-
7  2a  b

das em gráficos, visando a obter informações so- 23  10a  b
bre situações que podem ser modeladas por meio
de funções, contribuindo para a sua compreensão Somando as duas equações, temos:
sobre a aplicação das funções em outras áreas do 16 = 8a
conhecimento.
16
Para iniciar, acesse o link e reveja o que são fun- a=
ções: https://www.geogebra.org/m/pmstng5h. 8
Além de relembrar e avaliar seus conhecimentos a=2
relacionados ao tema, esperamos que, no fim desta Substituindo o valor de a em uma das duas equa-
aula, você tenha compreendido a importância do ções escolhidas, encontramos o valor de b:
estudo das funções. Portanto, vamos estudá-las?
7  2a  b
Vamos rever como determinar uma função a par-
tir de uma tabela! 7  2   2  b
Consideremos um motorista de aplicativo que co- 7  4b
bra um R$2,00 por quilômetro rodado e mais uma
b 74
taxa fixa de R$3,00. Na tabela a seguir, apresenta-
mos algumas distâncias percorridas e os respecti- b3
vos valores a serem cobrados pelas viagens:
Portanto, a função que expressa a situação dada na
tabela é: f(x) = 2x + 3.

AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 77 MATEMÁTICA


Agora é a sua vez!! Cálculos

Item 1. A tabela a seguir mostra o nível (em


metros) de um reservatório de água em função do
tempo decorrido (em horas).

Nível do reservató-
0,5 2 3,5 5
rio (metros)
Tempo decorrido
0 1 2 3
(horas)

Fonte: elaborado para fins didáticos.

Com base na tabela acima, considerando n o nível


do reservatório em metros e h o tempo decorrido
em horas, a expressão algébrica que representa a
função que descreve os dados presentes na tabela
é:
7h 1
A) n 
4 4

7h 3
B) n 
2 2

3h
C) n=
2

2h 1
D) n 
3 3

3h 1
E) n 
2 2

MATEMÁTICA 78 AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 2. Observe e compare as informações apre- Até aqui estudamos o reconhecimento de expres-
sentadas na tabela e no gráfico a seguir: sões algébricas que representam uma função a par-
tir de uma tabela com dados referentes a variáveis
do problema a ser estudado. Agora, estudaremos
x 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
como é possível obter informações de situações
a partir dessas expressões algébricas, analisando
f(x) 0,75 2,25 3,75 5,25 6,75 8,25 9,75
graficamente o crescimento/decrescimento e os
zeros da função.

Eixo y Para iniciar, vamos rever como analisar o cresci-


mento, decrescimento e zeros de funções por meio
2.5 da atividade:
https://www.geogebra.org/m/fwumth69.
Agora que já realizou a atividade anterior, vamos
2
continuar nossos estudos! Vamos lá?!
Relembremos o que são funções estritamente cres-
1.5 centes!
Uma função f é dita estritamente crescente num
intervalo I quando, para qualquer par de pontos x1
1 e x2 , com x1 < x2, tem-se f ( x1 ) < f ( x2 ).
Por exemplo, ao observar o gráfico da função
f ( x) = x ² , verificamos que é estritamente cres-
cente para os valores de x > 0, ou seja, para
quaisquer dois valores x1 e x2 , com x1 < x2, há
Eixo x f ( x1 ) < f ( x2 ). Observe no gráfico abaixo:
-0.5 0 0.5 1 1.5
Eixo y

Fonte: elaborado para fins didáticos. 1

As informações da tabela e do gráfico são represen-


tações diferentes para a mesma função algébrica. f ( x2 )
A função algébrica representada na tabela e no
gráfico é: 0.5

A) f  x   4, 5 x  0, 75
B) f  x   3x f ( x)  x2
3 f ( x1 )
C) f x 3x Eixo x
4 -0.5 0
x1 0.5
x2
3
D) f  x   3  x
4 Fonte: elaborado para fins didáticos.
x 1
E) f  x   
3 4

AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 79 MATEMÁTICA


Item 3. Observe o gráfico da função real Analise as seguintes afirmações e assinale com (V)
fx = x² - 3x + 2 definida no intervalo [ – 0,5, 3,5] se a afirmação for verdadeira e (F) se a afirmação
for falsa:
Eixo y ( ) f(x) é crescente em todo o domínio.
3
( ) g(x) é crescente no intervalo ]0, 1].
2,5
( ) Os zeros das funções f(x) e g(x) coincidem.
2 ( ) f(x) é decrescente para todo x≥0.

1.5 ( ) f(x) e g(x) se interceptam somente no 4º qua-


drante.
1

0.5 Ao analisar as afirmações anteriores e classificá-las


em verdadeiras (V) e falsas (F), a sequência corre-
Eixo x
-0.5 0 0.5 1 1.5 2 2,5 3 3,5 ta é:

A) V, V, F, F, F.
Fonte: elaborado para fins didáticos.
B) F, V, V, V, F.
C) F, V, F, V, V.
Essa função é estritamente crescente:
D) F, V, F, V, F.
A) No intervalo [1, 2].
E) V, F, F, F, F.
B) No intervalo ]1, 5  [.
C) No intervalo ]  ,1[ .
D) Em todo o domínio da função. Item 5. Em uma situação hipotética, o custo de
produção de um determinado produto é dado pela
E) No intervalo ]1, [. função C(x) = 5x³ + 12x² – 18x reais, a venda de
x unidades é dada pela função V(x) = 5X³ + 11x²
–10x reais e o lucro é definido pela função L(x) =
Item 4. No plano cartesiano a seguir, temos a re- V(x) – C(x).
presentação das funções f  x   2 x  20 e
g  x   x 3  2 x 2. A quantidade de unidades vendidas do produto e o
lucro máximo gerado, respectivamente, são
5

4,5
A) 4 e 16 reais.
4 B) 16 e 4 reais.
3,5 C) 4 e 440 reais.
3
D) 4 e 456 reais.
2,5
E) 4 e 896 reais.
2

1,5

0,5

-2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

Fonte: elaborado para fins didáticos.

MATEMÁTICA 80 AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar!
Estudante, agora é a sua vez de praticar os descritores D18 - reconhecer expressão algébrica que repre-
senta uma função a partir de uma tabela; e D20 - analisar crescimento/decrescimento e zeros de funções
reais apresentadas em gráficos. A seguir, você tem dois desafios para desenvolver e, depois, socializar
com o professor e os colegas.
Vamos lá!

Desafio 1
Contexto 1 Contexto 2 Contexto 3 Contexto 4 Contexto 5 Contexto 6

Variável 1

Variável 2

A tabela anterior está vazia e, neste desafio, sua missão será preenchê-la de modo que haja uma relação
biunívoca entre as variáveis 1 e 2. Organize os dados de cada variável em seis diferentes contextos, que
podem ser os meses de julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, por exemplo. Mas aten-
ção! Parece ser algo simples, mas não é! É preciso que os valores estejam associados.
Após preencher a tabela, leve-a para a sala de aula, troque com um colega para que um analise a tabela
do outro e reconheça a expressão algébrica que representa a função que descreve os dados presentes.
Por isso, antes de organizar os dados na tabela, pense em uma situação real e que faça sentido!

Desafio 2
Para resolver este desafio, serão necessários régua e papel comum ou papel quadriculado para construir
o gráfico da função. Com eles em mãos, vamos lá!
Considere a função dada pela expressão algébrica f(x) = - 3x² + 6.
A) Determine os zeros da função.
B) Determine o intervalo de crescimento da função.
C) Determine o intervalo de decrescimento da função.

AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 81 MATEMÁTICA


Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!

Quando iniciou esta aula, o que você sabia


sobre os temas Expressões algébricas
que representam funções; Crescimento/
decrescimento de uma função e Zeros de
uma função real?

Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

MATEMÁTICA 82 AULA 14 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 1. Em uma universidade, um grupo de pós-gra-
Aula 15 duandos está pesquisando o comportamento de uma
determinada bactéria cuja população cresce de
Solucionando situações acordo com a função exponencial, com lei de forma-
que envolvem funções t
ção f (t )  15  2 . A variável t representa a quanti-
exponenciais dade de horas em que a colônia de bactérias cresce.

Passadas 6 horas, a população de bactérias será


igual a:
Olá, estudante!
Nesta aula, você desenvolverá atividades que en- A) 30.
volvem o conceito de função exponencial. Como o
B) 90.
próprio nome sinaliza, esse tipo de função envolve
o expoente de uma potência. Essa função aparece C) 180.
em situações em que uma grandeza aumenta ou D) 960.
diminui muito rápido, porque uma vez que envol-
ve a potência, tem-se sucessivas multiplicações. As E) 1 920.
funções exponenciais apresentam diversas aplica-
ções, não só na Matemática, mas em várias áreas Cálculos
do conhecimento. Elas aparecem na Geografia, no
conceito de crescimento demográfico; ao se estu-
dar o crescimento de uma população e os impactos
socioeconômicos desse aumento; na Biologia e na
Medicina, no estudo do comportamento de cresci-
mento de vírus e bactérias, prevenindo dissemina-
ção de doenças, uma vez que a proliferação desses
microrganismos ocorre de forma exponencial; na
Economia; e no universo das finanças, uma vez que
os juros compostos são modelados por uma função
exponencial; entre outras. Então, quando atrasa-
mos uma fatura do cartão de crédito, as funções
exponenciais entram em ação para o cálculo dos
juros. Logo, esse conceito nos ajuda a manter nos-
sa saúde financeira para evitar inadimplências.
Matematicamente falando, uma função exponencial
é uma função f : R  R* , isto é, o seu domínio é o
conjunto dos números reais, e o seu contradomínio
é composto pelos números reais positivos. A lei de
formação de uma função exponencial é dada por:

f ( x) = a x
Em que a é a base, caracterizada por ser sempre
um número real positivo, e a variável x encontra-se
no expoente. Para calcular quanto vale f (x), bas-
ta substituir a variável x por um número real dado.
Para cada valor real de x existe um valor único para
f (x). Lembre-se de que, para ser uma função expo-
nencial, necessariamente, a variável independente,
geralmente representada pela letra x, precisa estar
no expoente. Vamos agora solucionar algumas situ-
ações em que as funções exponenciais aparecem!

AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 83 MATEMÁTICA


Item 2. O gráfico ilustrado na figura a seguir repre- Item 3. O crescimento demográfico ou crescimento
senta uma função exponencial cuja lei de formação populacional é uma grandeza importante nos es-
possui o formato y=ax+b, em que a e b são números tudos da Geografia que consiste em um fenômeno
reais. Além disso, os pontos A(0,3) e B(-2,6) perten- que permite analisar o crescimento vegetativo da
cem à curva do gráfico. população no mundo, em um país, estado, distrito
ou município. É calculado a partir do saldo entre o
número de pessoas que nascem e o número de pes-
soas que vem a óbito em um determinado período.
Quando essa diferença é positiva, tem-se o cresci-
mento da população. É bem comum, atualmente,
esse crescimento ocorrer de forma exponencial,
ou seja, de forma rápida, uma vez que a grandeza
número de habitantes é multiplicada várias vezes,
conforme o tempo passa.

Suponha que o município X, em 2015, estava


com uma população igual a 43 497 habitantes,
e que o crescimento demográfico ocorreu segun-
do a função exponencial cuja lei de formação é
P(t)=Po·1,04t, na qual P(t) é a população atual, Po a
população inicial e t representa o tempo em anos.

É correto afirmar que, em 2022, a população do


município X era aproximadamente:

A) 45 237 habitantes.
Fonte: elaborado para fins didáticos.
B) 57 239 habitantes.
É correto afirmar que a lei de formação dessa fun-
C) 100 736 habitantes.
ção exponencial é:
D) 304 479 habitantes.
A) y = 0,5 x+2
E) 316 658 habitantes.
B) y = 0 x-2
C) y = 3 x+6 Cálculos

D) y = 2 x+0,5
E) y = 0,25 x+2

MATEMÁTICA 84 AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 4. O método de datação radioativa consiste em Item 5. Considere uma função exponencial f : R  R
*

calcular a quantidade de carbono 14 presente em nx


um fóssil para saber há quanto tempo ele existe. Em cuja lei de formação é f ( x)  m 5 , em que m e n
um ser vivo, a quantidade de carbono 14 permanece são constantes reais.
inalterada, contudo, quando ele morre, essa quan-
Se f(0) = 450 e f(10) = 18, então, o valor de k para
tidade diminui com o tempo. Como explicitado na
que f(k) = 22508 é:
matéria, em 5 730 anos, a quantidade de carbono 14
é reduzida à metade em comparação com a quan-
A) -0,2.
tidade presente no organismo vivo, uma vez que a
meia-vida do carbono 14 é de 5 730 anos. B) 0,2.
C) 5.
A expressão algébrica que permite o cálculo da ida-
de de um fóssil é a seguinte: D) -5.
E) 450.
t

Q(t )  Qo  2 5.730 Cálculos

Em que Q(t) é a quantidade de carbono 14 medida


no tempo t e Qo é a quantidade de carbono 14 no or-
ganismo vivo correspondente. Ao serem analisadas
as quantidades de carbono 14 de três fósseis, foram
obtidos os resultados organizados na tabela a seguir:

Fóssil Q(t) Qo
A 16 256
B 256 4.096
C 128 512
Fonte: elaborado para fins didáticos.

Considerando IA a idade do fóssil A, IB a idade do fós-


sil B e IC a idade do fóssil C, é correto afirmar que:

A) IA= IB =IC .
B) IA> IB >IC .
C) IA= IB >IC .
D) IA< IB =IC .
E) IA= IB <IC .

AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 85 MATEMÁTICA


Hora de praticar! Desafio 2
Estudante, agora é a sua vez de praticar o descri- Para realizar o desafio 2, você desenvolverá o pen-
tor D29 – Resolver problema que envolva função samento computacional, que se trata de uma es-
exponencial. A seguir, você tem dois desafios para tratégia de resolução de situações-problema em
desenvolver e, depois, socializar com o professor e que se utilizam, nesse processo, os fundamentos
os colegas. da Ciência da Computação. Esses fundamentos são:

decomposição, reconhecimento de padrões,


Desafio 1 algoritmo e abstração.
Você já pensou em que profissão você quer seguir
após concluir o Ensino Médio? Você gosta mais da O desenvolvimento do pensamento computacio-
área de Humanas, de Exatas ou Saúde? Ou você quer nal está focado no processo de resolução, e não
ser um empreendedor, influenciador digital, atleta na resposta. Para isso, ele pode ser desenvolvido
de algum esporte? São vastas as possibilidades de de forma plugada, ou seja, com o uso de recursos
trajetória para uma carreira profissional ou acadê- computacionais digitais, ou de forma desplugada,
mica. Independentemente da rota escolhida, é bem sem o uso de recursos computacionais digitais. O
possível que o conhecimento matemático esteja lá. mais importante no pensamento computacional é
Até o crescimento de seguidores de um digital in- comunicar suas soluções e criações em cada um
fluencer pode ocorrer de forma exponencial, a de- dos fundamentos para que o professor observe e
pender do engajamento de seus conteúdos. regule o seu desenvolvimento. Agora, vamos apli-
car o pilar decomposição do pensamento computa-
Desse modo, realize uma pesquisa na internet, em
cional para estudar o comportamento do gráfico de
livros ou revistas sobre alguma(s) profissão(ões) ou
uma função exponencial:
carreira(s) que você tenha desejo de seguir e in-
vestigue se há aplicações das funções exponenciais I. Relembre a lei de formação de uma função
nelas. Se não houver, pesquise em que áreas do co- exponencial. Agora, escreva, no quadro a
nhecimento e das profissões o conhecimento sobre seguir, uma expressão algébrica à sua escolha
funções exponenciais aparece, principalmente em que represente uma função exponencial cuja
áreas distintas da Matemática. Leve os resultados base seja um número real positivo:
da sua pesquisa para a sala de aula e socialize com
os colegas e o professor.

MATEMÁTICA 86 AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


II. Agora, use o quadro a seguir para calcular as coordenadas de 7 pares ordenados que pertencem à
reta da função afim que você escolheu:

Valores de x na
x representação algébrica Cálculo y Par ordenado
da função exponencial

-3

-2

-1

III. Com os valores dos pares ordenados, escreva no quadro a seguir como é possível construir o gráfico
da função exponencial e qual o seu formato:

IV. Por fim, com o auxílio de um papel milimetrado ou um software de Geometria Dinâmica, construa o
gráfico da função exponencial que você escolheu.

AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 87 MATEMÁTICA


Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!
Quando iniciou esta aula, o que você sabia
sobre o tema Resolução de problemas
envolvendo função exponencial?

Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

MATEMÁTICA 88 AULA 15 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


positivo nos 1° e 4° quadrantes e negativo nos 2°
Aula 16 e 3° quadrantes. O objetivo é que você leia uma
situação-problema apresentada e que, a partir dos
Identificando dados apresentados, possa identificar o gráfico da
gráficos de funções função cosseno. Esse objetivo será alcançado nos
itens 2 e 5.
trigonométricas e suas
A função tangente é uma função periódica que pode
propriedades ser expressa por: f(x) = tg(x). A tangente estará
sempre paralela ao eixo das ordenadas (y). Dessa
Olá, você sabia que identificar gráficos de funções maneira, será sempre positiva nos quadrantes 1 e
trigonométricas é importante pelo fato de que tais 3 e negativa nos quadrantes 2 e 4. Portanto, a fun-
funções estão presentes em situações do cotidiano? ção é válida para todo x real. O intuito é que você
leia uma situação-problema apresentada e que, a
Por exemplo, no estudo de fenômenos físicos e partir dos dados apresentados, possa identificar o
sociais, como a variação de temperatura em de- gráfico da função tangente. Esse objetivo será al-
terminada localidade, a variação de determinado cançado nos itens 1 e 3.
produto em um dado período, entre outros. É um
objeto do conhecimento que conecta a Matemática Então, agora é a sua vez de colocar esses conheci-
a outras áreas, como Economia, Engenharia, Admi- mentos em prática ao resolver os itens desta aula.
nistração etc. Preparado? Vamos lá!?

Nesse sentido, compreender conceitos básicos vin-


culados à identificação de gráficos de funções tri-
gonométricas é importante para que você possa se
apropriar desses conhecimentos em seus processos
de leitura de mundo. Nesta aula, o foco está di-
recionado na identificação dos gráficos de funções
trigonométricas seno, cosseno e tangente.
A função seno é uma função periódica que pode
ser expressa por: f(x) = sen(x). No círculo trigono-
métrico (ciclo ou circunferência trigonométrica), é
possível identificar a função seno como o intervalo
[-1, 1], ou seja, os valores que o seno pode assumir
para qualquer valor x variam entre -1 e 1. Outra
forma de exemplificar é -1 = sen(x) = 1 para todo x
real. O seno de um ângulo será sempre positivo nos
1° e 2° quadrantes e negativo nos 3° e 4° quadran-
tes. Outra característica é estar sempre sob o eixo
das ordenadas (y). O intuito é que você leia uma
situação-problema apresentada e que, a partir dos
dados apresentados, possa identificar o gráfico da
função seno. Esse objetivo será alcançado no item
4.
A função cosseno é uma função periódica que pode
ser expressa por: f(x) = cos(x). No círculo trigono-
métrico (ciclo ou circunferência trigonométrica), é
possível identificar a função cosseno como o inter-
valo [-1, 1], ou seja, os valores que o cosseno pode
assumir para qualquer valor x variam entre -1 e 1.
Outra forma de exemplificar é -1 = cos(x) = 1 para
todo x real. O cosseno de um ângulo será sempre

AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 89 MATEMÁTICA


Item 1. Ao realizar um trabalho escolar, André
precisou recorrer a gráficos para exemplificar uma
D)
situação e construiu o gráfico da função trigonomé-
trica f(x) = tg(x).

A alternativa em que a ilustração representa corre-


tamente o gráfico construído por André é:

A)

E)

B)

Fonte: elaborados para fins didáticos.

C)

MATEMÁTICA 90 AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Cálculos

C)

D)

Item 2. Em uma brincadeira com uma corda, Car-


la e Patrícia estão, cada uma, segurando uma
das pontas da corda. A corda faz um movimento
que imita o comportamento do gráfico da função
f(x) = 2 + cos(x) quando elas a balançam.
E)
A ilustração que representa corretamente o movi-
mento da corda está demonstrada na alternativa:

A)

Fonte: elaborados para fins didáticos.

Item 3. Observe as ilustrações abaixo.


B)

AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 91 MATEMÁTICA


A ilustração que representa o DNA pode ser obtida
pela união dos gráficos das funções trigonométri-
cas, cujas leis de formação são as apresentadas na
alternativa:

A) f(x) = sen(x) e f(x) = tg(x).


B) f(x) = sen(x) e f(x) = – sen(x).
C) f(x) = – tg(x) e f(x) = cos(x).
Fonte: Pixabay. D) f(x) = 2x + 1 e f(x) = 3x.
E) f(x)=cos(x) e f(x)=–cos(x).

Item 5. Em uma brincadeira de adivinhação, Jonas


fez a seguinte pergunta a Felipe: “Qual é a função-
que tem as seguintes características?”

●● Comportamento periódico com intervalos


Fonte: elaborado para fins didáticos. crescentes e decrescentes.
●● Imagem representada por números reais entre
Nas ilustrações, na primeira temos uma ampulhe- – 1 e 1.
ta (artefato utilizado para medir um intervalo de
tempo) e na segunda temos uma figura que re- ●● É considerada uma função par, ou seja, f(x) =
presenta o formato de uma ampulheta, feita pela f(– x).
interseção dos gráficos de uma função trigonomé- ●● Muitas aplicações na representação de
trica com sua função oposta.As funções trigonomé- fenômenos periódicos.
tricas cujos gráficos formam a representação da
ampulheta são: A função que representa corretamente a resposta
está na alternativa:
A) ff((xx)) sen
=
= sen
== ((xx)) ee ff((xx)) cos(
cos(xx)). A) f(x) = tg(x).
B) f f((xx)) sen
sen((xx) ee f ( x)  sen
sen((xx)). B) f(x) = sen(x).
C) f (f x()x)sen
tg ((xx)) ee ff((xx))tgsen
( x)( x). C) f(x) = – x.
D) f ( x) = x ² e f ( x)   x ² . D) f(x) = cos(x).
x
E) f ( x) = e f ( x)   x . E) f(x) = 1.
5 5
Item 4. O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um
tipo de ácido nucleico que armazena as informa-
ções genéticas da maioria dos seres vivos. É for-
mado por nucleotídeos e geralmente apresenta a
forma de uma dupla-hélice. Abaixo, temos uma
imagem que representa o DNA:

Fonte: Pixabay. Adaptada.

MATEMÁTICA 92 AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar! Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!
Estudante, agora é a sua vez de praticar o descritor
D30 – identificar gráficos de funções trigonométri-
cas (seno, cosseno, tangente) reconhecendo suas
propriedades. Quando iniciou esta aula, o que você sabia
Nesse momento, você será desafiado a resolver
sobre os temas Representação gráfica da
dois problemas, em que terá que identificar os função seno; Representação gráfica da
gráficos de funções trigonométricas reconhecendo função cosseno; e Representação gráfica
suas propriedades. Preparado? Vamos lá! da função tangente?

Desafio 1 Reflita sobre as seguintes questões:


Escolha um papel e desenhe nele os gráficos das • O que eu sabia?
funções seno, cosseno e tangente. Abaixo de cada • O que eu precisei saber?
gráfico, escreva as propriedades e as característi-
cas de cada função. • O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?
Desafio 2
Separe três folhas de papel e, em cada uma delas,
desenhe os gráficos das seguintes funções trigono-
métricas:
Primeira folha: f(x) = sen(x) e g(x) = – sen(x).
Segunda folha: f(x) = cos(x) e g(x) = – cos(x).
Terceira folha: f(x) = tg(x) e g(x) = – tg(x).
Compare os desenhos no intervalo [2 , 2 ] . Que
características você observa? Cite ao menos uma
aplicação para as funções f(x) = sen(x), f(x) = cos(x)
e f(x) = tg(x) no cotidiano da sociedade.

AULA 16 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 93 MATEMÁTICA


ANOTAÇÕES

94
Item 1. Em uma viagem, Tatiane comprou uma
Aula 17 peça para ornamentar a sala de estar da sua casa.
A peça é formada por um octaedro inscrito em um
Relacionando o hexaedro ou cubo, como ilustra a figura a seguir:
número de vértices,
faces e/ou arestas nos
poliedros

Olá, estudante! Você consegue reconhecer um po-


liedro? Além disso, você sabe identificar as faces,
as arestas e os vértices de um poliedro? Essas habi-
Fonte: Pixabay
lidades serão importantes para o desenvolvimento
das atividades propostas nesta aula. Ao fim dela, Sobre essa peça, é correto afirmar que
espera-se que você seja capaz de identificar a rela-
A) o número de vértices do hexaedro é 1,5 vezes
ção entre o número de vértices, faces e/ou arestas
maior que o do octaedro.
de poliedros expressa em uma situação-problema.
B) a quantidade de arestas do hexaedro é igual à
Vamos recordar o que é um poliedro? Poliedros do octaedro.
são sólidos geométricos cujas faces são polígonos. C) o número de faces do octaedro é 1,5 vezes
As faces de um poliedro são regiões planas que o maior que o do hexaedro.
compõem, podendo ser triangulares, quadrangu-
D) a quantidade de arestas do cubo é exatamente
lares, pentagonais, hexagonais, dentre outras. Os
o dobro da do octaedro.
segmentos de reta formados pela intersecção de
duas faces são denominados de arestas e os vér- E) o octaedro tem seis faces e o cubo tem oito faces.
tices consistem nos pontos onde essas arestas se
interceptam, como ilustra a figura a seguir:

Vértice Item 2. Leonhard Paul Euler, ou simplesmente Euler,


nascido em 1707 e falecido em 1783, foi um intelec-
Aresta tual suíço que fez importantes descobertas e contri-
buições para as áreas da Física e da Matemática. Na
Face Geometria, Euler propôs uma igualdade que associa
a quantidade de vértices, arestas e faces de um po-
liedro convexo que, hoje, é conhecida como a rela-
Fonte: elaborado para fins didáticos.
ção de Euler. Nessa expressão matemática válida
para todos os poliedros convexos, tem-se que:
Cada poliedro apresenta um número de vértices,
faces e arestas. Na figura anterior, tem-se um he-
xaedro, comumente conhecido como cubo. O pre-
Em que V é o número de vértices, F é o número de
fixo hexa na sua terminologia, que significa seis,
faces e A é a quantidade de arestas de um poliedro
indica a quantidade de faces do poliedro. Logo, o convexo. Desse modo, de acordo com a relação de
hexaedro possui 6 faces. Na parte superior, obser- Euler, se, em um poliedro convexo com 14 arestas,
va-se que o hexaedro possui quatro vértices e na a quantidade de vértices e de faces é a mesma, é
parte inferior, que é congruente à superior, tam- correto afirmar que esse poliedro tem
bém há quatro, totalizando 8 vértices. Há, ainda, 4
arestas na parte superior, mais 4 na inferior, além A) 16 faces.
de 4 arestas nas laterais, totalizando 12 arestas. B) 14 faces.
Vamos aprender como relacionar esses elementos C) 10 faces.
de um poliedro?
D) 8 faces.
E) 7 faces.

AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 95 MATEMÁTICA


Item 3. Os sólidos de Platão, como ficaram conhe- Considere V o número de vértices e A o número
cidos, são poliedros convexos. Ou seja, se um seg- de arestas dessa bola de futebol. É correto afirmar
mento de reta qualquer é traçado ligando dois pon- que V + A é igual a
tos internos ao poliedro e ficar totalmente dentro
do poliedro, ele é classificado como convexo. Um A) 60.
dos sólidos de Platão é o dodecaedro regular, como B) 64.
ilustra a imagem a seguir: C) 90.
D) 122.
E) 150.

Fonte: Pixabay.
Item 5. A Geometria Espacial é uma importante
área da Matemática, pois, por exemplo, o estudo
e a compreensão das relações entre o número de
Considerado o mais harmônico dos sólidos de Platão, vértices (V), o de faces (F) e o de arestas (A) de um
ele é formado por 12 faces pentagonais. Desse modo, poliedro é muito útil para construir diversos obje-
é correto afirmar que o dodecaedro regular tem tos, como caixas de madeira, peças ornamentais
de cristal, bolas de futebol, dentre outros. Nesse
A) 60 vértices. contexto, existem alguns poliedros convexos cujas
B) 40 vértices. faces são congruentes e que, além disso, suas ares-
tas são compartilhadas somente por duas faces e os
C) 30 vértices. vértices têm como incidência a mesma quantidade
D) 20 vértices. de arestas. Eles são conhecidos como sólidos ou po-
liedros de Platão e obedecem a relação de Euler:
E) 12 vértices. V + F = A + 2.

Sobre esse assunto, considere as assertivas a se-


guir:
Item 4. A bola de futebol é um objeto que, ge-
I. Em um poliedro de Platão, cujas faces são pen-
ralmente, é construído com algumas camadas de
tagonais, uma relação algébrica possível entre o
material que passa por um revestimento à prova
d´água. Tais camadas são recortadas em partes de- número de faces e o de vértices é 2V = 4 + 3F;
nominadas de gomos que são costurados uns aos II. Em um tetraedro regular, um dos sólidos de Pla-
outros. Algumas bolas de futebol apresentam o for- tão, a quantidade de vértices e faces é a mesma;
mato de um icosaedro truncado, que consiste em
um poliedro convexo formado por 32 faces, sendo III. Em um poliedro de Platão, cujas faces possuem
20 hexágonos regulares e 12 pentágonos regulares, o formato de triângulos equiláteros, uma relação
como mostra a figura a seguir: algébrica possível entre o número de faces e o de
vértices é 2V + F = 4;
IV. Em um octaedro regular, um dos poliedros de
Platão, a quantidade de vértices é o dobro da
quantidade de arestas.

É correto o que se afirma em:


Fonte: Pixabay. A) I e II, apenas.
B) III e IV, apenas.
Nessa bola, os gomos, para a Geometria, são as fa- C) I e III, apenas.
ces; os segmentos que compõem a costura unindo
os gomos são as arestas, e os pontos de encontro D) II e IV, apenas.
das arestas são os vértices. E) I, II e III, apenas.

MATEMÁTICA 96 AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar!

Estudante, agora é a sua vez de praticar o descritor D4 – Identificar a relação entre o número de vértices,
faces e/ou arestas de poliedros expressa em um problema. A seguir, você tem dois desafios para desen-
volver e depois socializar com o professor e os colegas.

Desafio 1
Os prismas e as pirâmides são os dois tipos principais de poliedros. Enquanto em um prisma há duas bases
congruentes e faces laterais formadas por paralelogramos, nas pirâmides, as arestas das faces laterais se
intersectam em um único ponto, que é denominado vértice da pirâmide. A depender do formato da base
das pirâmides e dos prismas, tem-se uma quantidade diferente de faces (F), arestas (A) e vértices (V).
Nesse sentido, preencha o quadro a seguir com as informações faltantes:

Nº de lados do
Tipo Nome F A V V+F-A
polígono da base

Hexaedro (cubo) 6 12 8 2 4

Paralelepípedo retângulo

Prisma triangular

pentagonal

hexagonal

triangular

quadrada
Pirâmide
pentagonal

hexagonal

Desafio 2
Faça uma pesquisa na internet ou em livros didáticos sobre os sólidos arquimedianos. Em sua pesquisa,
inclua quem foi Arquimedes, os nomes de alguns desses poliedros, suas composições (polígonos que for-
mam suas faces), curiosidades, quantidade de faces, arestas e vértices de cada um e como se relacio-
nam. Se possível, esboce também desenhos de alguns dos sólidos arquimedianos.

AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 97 MATEMÁTICA


Vamos avaliar o que você
aprendeu? Sua opinião nos
interessa muito!

Quando iniciou esta aula, o que você sabia


sobre o tema Relação entre o número de
vértices, faces e/ou arestas de poliedro?

Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

MATEMÁTICA 98 AULA 17 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Aula 18
Aplicando razões
trigonométricas no
triângulo retângulo
na resolução de
problemas

Olá, você sabia que as razões trigonométricas no


triângulo retângulo são importantes devido ao fato
de estarem presentes em situações do cotidiano? Fonte: elaborado para fins didáticos.

Por exemplo, para calcular o ângulo de inclinação


Assim, considerando sen 32° = 0,52, temos:
de uma rampa, calcular a altura de uma coluna em
uma construção, calcular o comprimento de uma
5cm
rampa visando a respeitar as normas de segurança, sen 32°=
entre outras. É um objeto do conhecimento que x
conecta a Matemática a outras áreas, como Enge-
nharia, Arquitetura, Computação etc.
5
Nesse sentido, é importante compreender concei- x
tos básicos vinculados às razões trigonométricas no 0,52
triângulo retângulo para que você possa se apro- x  9, 6
priar desses conhecimentos em seus processos de
leitura de mundo. Além de relembrar e avaliar os conhecimentos so-
Nesta aula, o foco será nas razões trigonométricas bre esse tema, esperamos que, no fim desta aula,
no triângulo retângulo. você tenha compreendido a importância das razões
trigonométricas no triângulo retângulo. Preparado?
O intuito é que você leia uma situação-problema Vamos lá!?
apresentada e, a partir dos dados fornecidos, possa
resolver um problema que envolva as razões trigo-
nométricas seno, cosseno e tangente no triângulo
retângulo. Esse objetivo será alcançado nos itens
1, 2 e 4.
Além disso, deverão ser resolvidos problemas que
combinam duas razões trigonométricas em cada
item, sendo as razões seno e cosseno no item 3 e
as razões cosseno e tangente no item 5.
Segue um exemplo para contextualização.
Consideremos o triângulo retângulo a seguir, em
uur
que o ângulo â mede 32° e o segmento BC mede
5 cm. Por meio da razão trigonométrica de seno, é
uuur
possível calcular a medida do segmento AC , que é
a hipotenusa do triângulo retângulo ABC.

AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 99 MATEMÁTICA


Item 1. Um engenheiro está projetando uma ram- Item 2. Uma corda de 3 metros de comprimento
pa de acesso a uma garagem, conforme o desenho foi fixada em uma parede e no solo. Sabe-se que o
a seguir: ponto de fixação da corda no solo está a 1,5 m de
distância da parede, formando um triângulo retân-
gulo, conforme o desenho a seguir:

Fonte: elaborado para fins didáticos.

A garagem está a 85 cm de altura do solo, e o ân-


gulo formado no início da rampa em relação ao solo
é de 10°.

Considerando que sen 10° = 0,17, cos 10° = 0,98


e tg 10° = 0,18, o comprimento x dessa rampa é:
A) 8,5 cm.
B) 98,4 cm.
C) 1,7 m. Fonte: elaborado para fins didáticos.

D) 5 m.
Nas condições descritas, a medida do ângulo x for-
E) 10 m. mado pela corda em relação ao solo é de:

A) 180°.
B) 90°.
Você já ouviu falar em ângulos notáveis?
C) 60°.
Os ângulos notáveis são os ângulos de 30°, 45°
e 60° e recebem esse nome devido à importân- D) 45°.
cia dentro da geometria e da trigonometria, bem E) 15°.
como pela frequência com que são utilizados nos
cálculos. A seguir, temos a tabela com seus valores:

O link abaixo traz um vídeo que relaciona o


seno e cosseno no triângulo retângulo. Antes de
resolver o item 3, assista ao vídeo e explore no
software GeoGebra as razões trigonométricas no
triângulo retângulo para que você possa relembrar
os conceitos: https://www.youtube.com/
watch?v=YI3_wIfbwuc.
Mas, antes de resolver o item, estude um exemplo:
Considere o triângulo retângulo abaixo, em que o
uur
ângulo â = 32° e o segmento BC mede 5 cm. Por
meio da razão trigonométrica de seno, é possível
uuur
calcular a medida do segmento AC , que é a hipo-
tenusa do triângulo retângulo ABC. Em seguida, é
Fonte: elaborado para fins didáticos.

MATEMÁTICA 100 AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


uuur Sabe-se que ele entra na rampa com velocidade
possível calcular a medida do segmento AB , que é
o cateto adjacente ao ângulo. de 12,5 m/s e que a velocidade é constante du-
rante toda a rampa.

Em uma situação hipotética, desprezando a resis-


tência do ar e a força da gravidade, após 3 segun-
dos contados a partir do momento em que entra
na rampa, a altura que o competidor se encontra
e a distância percorrida em solo do início da ram-
pa até atingir essa altura estão, respectivamente,
indicadas pela alternativa:

Obs.: considere que sen 30° = 0,5, cos 30° = 0,86


e tg 30° = 0,58.
Fonte: elaborado para fins didáticos.

Considerando sen 32° = 0,52: A) 18,75 m e 37,5 m.


5cm B) 32,25 m e 18,75 m.
sen32 
x C) 37,5 m e 18,75 m.
5cm
x D) 32,25 m e 37,5 m.
sen32
5 E) 18,75 m e 32,25 m.
x
0,52
x  9, 6

Considerando cos 32° = 0,84 Item 4. Uma clínica médica precisa fazer uma ram-
pa de acesso para pacientes cadeirantes. O enge-
y nheiro responsável pelo projeto informou o pedrei-
cos 32  ro de que é necessário construir a rampa, pois na
x
y entrada da clínica há um degrau que está a 1 metro
0, 84  acima do nível da calçada e que o ângulo da rampa
0, 96 em relação à calçada deve ser de 5°, conforme o
y  0, 84.9, 6 esquema a seguir:
y  8, 06

Item 3. Em uma competição de motocross, um


competidor salta de uma rampa que forma um ân- Fonte: elaborado para fins didáticos.
gulo de 30° em relação ao solo, conforme a ilustra-
ção a seguir: Considerando que sen 5° = 0,0872, cos 5° = 0,9962
e tg 5° = 0,0875, a alternativa que traz correta-
mente a distância aproximada x do início da rampa
até a base do degrau de entrada da clínica é de:

A) 11,43 m.
B) 6 m.
C) 5 m.
D) 1 m.
E) 3,83 cm.
Fonte: elaborado para fins didáticos.

AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 101 MATEMÁTICA


Item 5. Um eletricista trocará uma lâmpada de um Cálculos
poste que está perpendicular ao solo e sobe por
uma escada de 4,5 metros que forma um ângulo de
75º com o solo, conforme a ilustração abaixo:

Fonte: elaborado para fins didáticos.

Considerando que sen 75° = 0,97, cos 75° = 0,26 e


tg 75° = 3,73, assinale a alternativa que mostra,
respectivamente, a que altura a escada toca o pos-
te e a distância da base da escada até o poste.

A) 4,36 m e 1,17 m.
B) 7,5 m e 3,73 m.
C) 1,17 m e 4,36 m.
D) 2,6 m e 3,73 m.
E) 7,5 m e 9,6 m.
Cálculos

MATEMÁTICA 102 AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Hora de Praticar! Vamos avaliar o que você
Estudante, agora é a sua vez de praticar o descritor aprendeu? Sua opinião nos
D5 – resolver problema que envolva razões trigono- interessa muito!
métricas no triângulo retângulo (seno, cosseno e
tangente).
Você tem dois desafios para desenvolver e, em se- Quando iniciou esta aula, o que você sabia
guida, socializar com o professor e os colegas. sobre o tema Razões trigonométricas
seno, cosseno e tangente no triângulo
retângulo?
Desafio 1
Escolha uma das portas de sua casa e imagine que
ela possui uma linha diagonal, conforme a ilustra- Reflita sobre as seguintes questões:
ção abaixo: • O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
• O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

Fonte: elaborado para fins didáticos.

Verifique a medida da largura da porta e, aplicando


as razões trigonométricas no triângulo retângulo,
calcule a altura da porta. Em seguida, verifique
com um instrumento de medida de comprimento
se você acertou o cálculo.

Desafio 2
Utilizando régua, compasso e transferidor, cons-
trua em uma folha um triângulo ABC retângulo,
com a base medindo 10 cm e um dos ângulos me-
dindo 40°. A partir dessa construção e utilizando
as razões trigonométricas no triângulo retângulo,
calcule a medida dos outros dois lados desse tri-
ângulo.
Veja como usar régua e transferidor assistindo a
este vídeo:
https://www.youtube.com/
watch?v=OdoJUHKPkbQ.

AULA 18 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 103 MATEMÁTICA


ANOTAÇÕES

104
Uma possibilidade para calcular os valores de x ,
Aula 19 y e z é associar os coeficientes das incógnitas e
Associando sistemas os termos independentes das equações lineares a
uma matriz. Eles devem ser organizados na mesma
lineares a matrizes disposição em que aparecem no sistema. Essa ma-
para resolver triz é denominada matriz completa:
problemas 1 2 1 1
1 3 2 3
Olá, estudante! Você conhece os sistemas de equa-
ções lineares? Sabe para que servem? Nesta aula, 2 1 1 0
você aprenderá como determinar a solução de um
sistema linear associando-o a uma matriz. Você Para solucionar esse sistema e associá-lo a uma
pode já conhecer alguns métodos para obter a so- matriz, um método que pode ser utilizado é a re-
lução de um sistema de equações lineares. Nas ati- gra de Cramer que possibilita calcular a solução
vidades desta aula, sugerimos que você desenvolva de um sistema linear por meio do determinante de
essas soluções e associe o sistema a uma matriz. matrizes. A regra de Cramer admite que:
Antes disso, vamos relembrar o que são sistemas de
equações lineares? Dx Dy D
= x � =� � � � � � � � � � � � y� � � � � � � � � � � � � � � � z� = z � �
Sistemas de equações lineares, ou simplesmente D D D
sistemas lineares, consistem em um conjunto com- Em que:
posto por equações lineares, isto é, aquelas que
possuem grau 1 (o maior expoente nas variáveis é ●● x , y e z são as incógnitas do sistema linear.
1). Essa ferramenta matemática é utilizada para ●● D é o determinante da matriz, denominada
solucionar diversas situações práticas, a exemplo matriz incompleta, formada apenas pelos
de balanceamento de equações químicas, cálculo coeficientes das incógnitas, suprimindo a
de uma ou mais variáveis desconhecidas em uma coluna dos termos independentes.
determinada situação, circuitos elétricos, cálculo
de itens vendidos a partir do lucro de uma loja, ●● Dx é o determinante da matriz incompleta,
cálculo diário de uma alimentação balanceada, en- cujos elementos da primeira coluna são
tre outras. substituídos pelos termos independentes das
Existem alguns métodos para solucionar um siste- equações lineares.
ma linear. Um deles consiste em associar o sistema Dy é o determinante da matriz incompleta,
●●
a uma matriz. Observe o seguinte sistema com três
cujos elementos da segunda coluna são
equações lineares e três incógnitas:
substituídos pelos termos independentes das
x 2y z 1 equações lineares.
x 3y 2z 3 ●● Dz é o determinante da matriz incompleta,
2x y z 0 cujos elementos da terceira coluna são
substituídos pelos termos independentes das
equações lineares.
Seguindo com o exemplo anterior, o próximo pas-
so é calcular, primeiramente, o determinante da
matriz incompleta. Essa matriz advém da matriz
incompleta ao suprimir a coluna dos termos inde-
pendentes:

AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 105 MATEMÁTICA


1 2 1 Pela regra de Sarrus, tem-se que o determinante
da matriz M x é:
M 1 3 2
2 1 1 1 2 1 1 2
3 3 2 3 3
Para calcular o determinante de uma matriz de or-
dem 3, uma possibilidade é pela regra de Sarrus. 0 1 1 0 1
Nesse método, a primeira e a segunda coluna são
repetidas como uma quarta e quinta coluna: Dx 13 1 2 2 0 1 3 1 2 3 1
Dx 113 21 1 21 22 0 1 3 1 2 3 1 1 2 1 13 0
1 3 2 1 3 Dx 3 0 3 6 2 0
2 1 1 2 1
Dx  3  0  3  6  2  0
Em seguida, os produtos das diagonais principais Dx = 2
são adicionados e, por fim, os produtos das diago-
nais secundárias são subtraídos:
Para calcular o valor de Dy , deve-se substituir a
1 2 1 1 2 segunda coluna da matriz M pelos termos inde-
1 3 2 1 3 pendentes do sistema e calcular o determinante:

2 1 1 2 1 1 1 1
My 1 3 2
D 13 1 2 2 2 1 1 1 2 1 1 12 20 1 11 3 2

2 1 1 1 2 1 1 1 2 1 1 32 Pela regra de Sarrus, tem-se que o determinante


da matriz M y é:
D   3  8   1   2    2   6
1 1 1 1 1
D   3  8  1  2  2  6
1 3 2 1 3
D=2 2 0 1 2 0

Para calcular o valor de Dx , deve-se substituir a Dy 1 3 1 1 2 2 1 1 0 1 1 1


primeira coluna da matriz M pelos termos inde-
Dy do
pendentes 1 sistema
3 e1calcular
1 o 2determinante:
2 1 1 0 1 1 1 1 2 0 1 3 2
1 2 1 Dy  3   4   0  1  0   6 
Mx 3 3 2 Dy  3  4  0  1  0  6
0 1 1 Dy = 4

MATEMÁTICA 106 AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Para calcular o valor de Dz , deve-se substituir a Item 1. A gerente de uma empresa contabilizou as
quantidades vendidas de dois produtos e o total em
terceira coluna da matriz M pelos termos inde-
dinheiro arrecadado com as vendas nos meses de
pendentes do sistema e calcular o determinante:
fevereiro e março. Ela organizou as informações na
tabela a seguir:
1 2 1
Mz 1 3 3 Produto Fevereiro Março
2 1 0 A 12 15
B 20 24
Pela regra de Sarrus, tem-se que o determinante
Total R$ 4 640,00 R$ 5 700,00
da matriz M z é:

1 2 1 1 2 Considerando x o preço unitário do produto A e y


o preço unitário do produto B, é possível definir um
1 3 3 1 3 sistema de equações lineares e associá-lo a uma
matriz para calcular os valores de x e y .
2 1 0 2 1
Desse modo, a matriz associada e a solução do sis-
Dz 13 0 2 3 2 1 1 1 2 1 0 1 3 1 13 2
tema linear são, respectivamente:
3 2 1 1 1 2 1 0 1 3 1 13 2
 12 15 
Dz  0  12   1  0   3  6
A) 
 20 24 
Dz  0  12  1  0  3  6  4640 5700 
Dz = 8 xR 00 yR 00

Segundo a regra de Cramer, tem-se que: 12 20 4640 


B) 15 24 5700 
 
Dx 2
x  1
D 2 x  R 2.640, 00 y  R 1.200, 00
Dy 4
y  2  12 15 
D 2 C) 
 20 24 
D 8
z z  4  4640 5700 
D 2
x  R 2.640, 00 y  R 1.200, 00
Portanto, o conjunto-solução do sistema linear é:
12 15 4640 
D)
x 2y z 1  20 24 5700 
 
x 3y 2z 3 é S 12 4
xR 00 yR 00
2x y z 0

E)
12 20 4640 
Agora é a sua vez. Vamos lá? 15 24 5700 
 
xR 00 yR 00

AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 107 MATEMÁTICA


Item 2. Três mães foram a uma papelaria comprar denominado sistema possível e determinado.
três itens para o material escolar de seus filhos: ca-
●● Se o determinante da matriz incompleta de um
dernos, canetas e lapiseiras. A primeira mãe com-
sistema linear n �� × n for igual a zero, o sistema
prou 3 cadernos, 6 canetas e 2 lapiseiras, pagando
é possível e indeterminado ou impossível.
um total de R$ 81,00. A segunda mãe comprou 2
cadernos, 8 canetas e 4 lapiseiras, gastando um ●● Quando Dx = Dy = Dz = 0 , o sistema é
total de R$ 90,00. Já a terceira mãe comprou 5 possível e indeterminado, ou seja, admite
cadernos, 2 canetas e 3 lapiseiras e gastou um total infinitas soluções.
de R$ 108,00. Considere a o preço de um cader-
no, b o preço de uma caneta e c o preço de uma ●● Quando Dx  0 Dy  0 e Dz ≠ 0, , o sistema
lapiseira. Para calcular os valores de a , b e c, é é impossível, ou seja, não admite soluções.
possível definir um sistema de equações lineares Para aprofundar o entendimento sobre essa relação
e associá-lo a uma matriz. A matriz associada e a entre o determinante e os sistemas lineares, você
solução do sistema linear são, respectivamente: pode assistir a este vídeo: disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=2yKwThfcV_A. Acesso
3 6 2 81 em 6 fev. 2023.
A) 2 8 4 90 a  9 b3 c  15
5 2 3 108 Item 3. Observe o sistema de equações lineares a
81 3 6 2 seguir:

B) 90 2 8 4 a  9 b3 c  15 6d  9e  12 f  27

108 5 2 3 3d  12e  6 f  21
3d  3e  6 f  6
3 6 2 81 
C) 2 8 4 90 a  15 b3 c9 Considere as seguintes afirmações sobre o sistema:
5 2 3 108
I. O determinante da matriz incompleta associada
3 816 2 a esse sistema é igual a zero.
D) 2 908 4 a  15 b9 c3 II. Esse sistema é classificado como impossível, ou
seja, não admite solução.
5 108 2 3
III. Há apenas uma solução para esse sistema.
3 2 5 81 IV. O determinante da matriz incompleta associada
E) 6 8 2 90 a  15 b3 c9 a esse sistema é diferente de zero.

2 4 3 108 V. Esse sistema admite infinitas soluções.

É correto o que se afirma em:

A) III e IV.

O cálculo do determinante da matriz incompleta B) I e V.


associada a um sistema de equações lineares per- C) II.
mite inferir como será a solução desse sistema do
D) I e II.
seguinte modo:
E) IV e V.
●● Se o determinante da matriz incompleta de
um sistema linear n� �× n for diferente de zero,
o sistema admite apenas uma solução e é

MATEMÁTICA 108 AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Item 4. Um hotel oferece três tipos de serviços Item 5. Vitória e Samuel foram lanchar em uma
para os clientes com preços distintos. São eles: só- padaria. Vitória pediu dois salgados e três copinhos
cios, não sócios e day use. Os sócios pagam uma de café e pagou o total de R$ 14,00. Samuel con-
taxa mensal e recebem um desconto de R$ 100,00 sumiu quatro salgados e dois copinhos de café e
no valor da hospedagem em relação ao valor pago pagou o total de R$ 24,00.
pelos não sócios. Os não sócios pagam R$ 250,00
pela hospedagem de forma avulsa. Enquanto no
serviço de day use, o cliente paga o valor de R$ Sobre essa situação, se um cliente comprar apenas
50,00 para utilizar a piscina do hotel e o valor pago um salgado e um copinho de café, ele pagará o
é revertido em consumação, sem hospedagem, en- total de:
tre 9h e 16h de um dia. Além disso, a capacidade
máxima do hotel é de 200 pessoas. Em um feriado, A) R$ 2,80.
o hotel atingiu a capacidade máxima e o valor ar- B) R$ 4,00.
recadado entre os três serviços foi de R$ 36 000,00,
C) R$ 5,50.
cujo número de sócios foi o dobro do número de
pessoas que adquiriu o day use. D) R$ 6,50.
E) R$ 8,00.
Portanto, o número de clientes sócios, não sócios e
que usufruiu do day use nesse feriado foi, respec- Cálculos
tivamente:

A) 70, 95 e 35.
B) 70, 35 e 95.
C) 35, 95 e 70.
D) 28, 158 e 14.
E) 28, 116 e 56.

Cálculos

AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 109 MATEMÁTICA


Observe que o elemento da primeira linha e pri-
Hora de Praticar! meira coluna está na célula B1 e o elemento da úl-
Estudante, agora é a sua vez de praticar o descritor tima linha e última coluna está na célula D3. Logo,
D31 – Determinar a solução de um sistema linear ao digitar o comando do Excel para o cálculo do
associando-o a uma matriz. Você tem dois desafios determinante, tem-se:
para desenvolver em casa e, depois, trazer à aula
para socializar com o professor e os colegas.

Desafio 1
No Microsoft Excel, é possível calcular o determi-
nante de uma matriz associada a um sistema de
equações lineares do seguinte modo:
●● Digite os elementos da matriz nas células de
uma planilha do Excel, na mesma disposição
entre linhas e colunas da matriz.
●● Em outra célula, digite o comando Fonte: elaborado para fins didáticos.
=MATRIZ.DETERM(matriz).
●● Digite entre os parênteses e substituindo a Ao digitar Enter, tem-se o resultado:
palavra “matriz” a localização da célula do
elemento da primeira linha e da primeira
coluna, em seguida : (dois pontos) e, por fim,
a localização do elemento da última linha e da
última coluna.
●● Aperte a tecla Enter.

Observe o seguinte exemplo para a matriz M:


3 6 2
M 2 8 4
5 2 3
Fonte: elaborado para fins didáticos.
Ao digitar os elementos da matriz no Excel, tem-se:

Agora, escolha entre três e cinco matrizes que apa-


receram nas atividades desta aula e calcule o de-
terminante delas no Excel.

Fonte: elaborado para fins didáticos.

MATEMÁTICA 110 AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE


Desafio 2 Vamos avaliar o que você
Nesta aula, você aprendeu sobre o que é um sis- aprendeu? Sua opinião nos
tema de equações lineares possível e determina- interessa muito!
do, possível e indeterminado e impossível, e como
cada um está associado ao determinante de uma
matriz. Crie um mapa mental que relacione esses
conceitos à seguinte palavra-chave: Quando iniciou esta aula, o que você sabia
sobre o tema Solução de um sistema
linear associando-o a uma matriz?

SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Reflita sobre as seguintes questões:


• O que eu sabia?
• O que eu precisei saber?
Fonte: elaborado para fins didáticos. • O que eu aprendi?
• Qual a relevância desse aprendizado para o meu
cotidiano?

AULA 19 | 3ª SÉRIE | ESTUDANTE 111 MATEMÁTICA


GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Governador: Eduardo Leite
Vice-Governador: Gabriel Souza

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Secretária: Raquel Teixeira
Secretária Adjunta: Stefanie Eskereski
Subsecretário de Desenvolvimento da Educação: Marcelo
Jeronimo R. Araújo

Ana Paula Moraes dos Passos Daniela Zenatto Jornada


Cristiane Rui Dias Marques CHEFIA DE DIVISÃO DE PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE
Daniela Zenatto Jornada AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS
Luana Müller de Mello
Márcia Travi Dornelles Sherol dos Santos
ASSESSORIA TÉCNICA E ORTOGRÁFICA DIRETORIA DO DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO
CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Rossana Ramos de Aguiar
CHEFIA DE DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Salete Dossa Albuquerque
E ENSINO FUNDAMENTAL DIRETORIA DO DEPARTAMENTO DE AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL
Kátia Luciane Souza da Rocha
CHEFIA DE DIVISÃO DE ENSINO MÉDIO

Abadia de Lourdes da Cunha Carvalho


Eliel Constantino da Silva
Elisa Rodrigues Alves
Francisco de Oliveira Neto
Maria Cicilia de Oliveira Melo
Marilda de Oliveira Rodovalho
Paula Apoliane de Pádua Soares
Raph Gomes
Vanuse Batista Pires Ribeiro
AUTORES - MINHA ESCOLA É NOTA 10

Direitos desta edição foram cedidos pelo projeto “Minha Escola É Nota 10” para adaptação da SEDUC-RS.

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