UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​ ​2015-2019

Língua Portuguesa e Literatura

Esse arquivo foi feito sem vínculo direto com a Universidade do Estado do Amazonas
(UEA).

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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​
2015
Leia o texto para responder às questões de ​01 a
03.
Para a biodiversidade, a floresta é boa inteira e
não em pedaços
Sobrevoar áreas de produção agropecuária revela,
em diversas regiões do país, uma colcha de
retalhos: são grandes trechos de lavouras e pastos
entrecortados aqui e ali por porções de florestas,
que toda propriedade rural deve manter – as
reservas legais –, mais as áreas de preservação
permanente, que protegem corpos d’água e topos
de morro.
O efeito prático desse modelo de ocupação da
terra é a chamada fragmentação, quando as
porções de florestas não se conectam. Esse é um
dos mais graves choques impostos aos ambientes
naturais, que tendem a ter sua riqueza diminuída
ou até eventualmente eliminada.
Mais do que o impacto visual, a fragmentação
prejudica a vida de animais e de plantas,
impedindo o fluxo gênico entre as espécies, a
oferta de água, ao não proteger os cursos por
inteiro, a regulação do clima e outros serviços
oferecidos gratuitamente por áreas conservadas.
O novo Código Florestal, em vigor desde 2012,
abre excelentes oportunidades para mudanças
nesse cenário. Bastaria que, na validação dos
Cadastros Ambientais Rurais obrigatórios de
propriedades e de posses rurais, fosse estimulada
a recuperação e a união desses fragmentos de
florestas, entre si e entre Parques Nacionais,
terras indígenas e quilombolas, áreas militares e
outras áreas protegidas.
A formação dessas “rodovias verdes” ajudaria na
preservação da biodiversidade; além disso,
ampliaria a oferta de água, beneficiando a
produção no campo e melhorando a vida das
pessoas.
(Aldem Bourscheit. http://epoca.globo.com.
Adaptado.)
​2015-2019
Questão 1
No primeiro, no segundo e no terceiro parágrafo
há, respectivamente,
(A) a explicação de um modelo de ocupação de
terras, a apresentação dos efeitos nocivos desse
modelo e a listagem das causas desse modelo.
(B) a exposição de um modelo de ocupação de
terras, a apresentação desse modelo como algo
nocivo e o detalhamento dos efeitos desse
modelo.
(C) a exemplificação de um modelo de ocupação
de terras, a exposição das vantagens desse
modelo e a explicação de como esse modelo foi
implantado.
(D) a descrição de um modelo de ocupação de
terras, o detalhamento dos efeitos nocivos desse
modelo e a sugestão de um modelo alternativo.
(E) a definição de um modelo de ocupação de
terras, a justificativa para esse modelo e a
exemplificação de um modelo alternativo.
Questão 2
De acordo com o autor, o novo Código Florestal
(A) beneficiou a produção no campo com a
construção de “rodovias verdes”.
(B) representa uma chance de estimular a união
de trechos fragmentados de florestas.
(C) pune os proprietários de reservas florestais
fragmentadas de maneira rigorosa.
(D) determinou a obrigatoriedade da recuperação
de florestas que foram fragmentadas.
(E) oferece empecilhos burocráticos para a criação
de novas “rodovias verdes”.
Questão 3
O enunciado escrito de acordo com as regras de
concordância da norma-padrão da língua
portuguesa é:
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(A) A fragmentação, que é um dos choques mais
graves às florestas, tende a reduzir a
biodiversidade.
(B) As “rodovias verdes” tornarão melhor as
condições de vida das pessoas que moram no
campo.
(C) A partir do Código Florestal, em vigor desde
2012, surge algumas mudanças no cenário rural.
(D) Bastariam que a recuperação e a união dos
fragmentos de florestas fosse estimulada.
(E) Do alto do avião é possível perceber as
porções de terras como se fosse colchas de
retalhos.
Leia o trecho de ​Galvez, Imperador do Acre, de
Márcio Souza​, para responder às questões de ​04
a 06​.
Geografia
O rio Amazonas, como rio de planície, possui uma
correnteza vagarosa e cria sinuosas trajetórias. É
a maior bacia hidrográfica do mundo e a única que
não legou nenhuma civilização importante para a
história da humanidade. Dizem que o Amazonas
não é um rio, é uma gafe geológica.
(Galvez, Imperador do Acre, 2001.)
Questão 4
Um dos traços marcantes da linguagem de
Galvez, Imperador do Acre é o humor, evidenciado
no excerto, sobretudo, com o emprego da
expressão
(A) “história da humanidade”.
(B) “correnteza vagarosa”.
(C) “gafe geológica”.
(D) “civilização importante”.
(E) “sinuosas trajetórias”.
Questão 5
No trecho transcrito, há o predomínio da
(A) narração, comprovada pelo emprego de
expressões como “a maior” e “a única”.
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(B) dissertação, presente no uso de termos como
“vagarosa” e “sinuosas”.
(C) narração, constatada na grande recorrência de
expressões temporais.
(D) dissertação, explicitada no uso de pronomes
de terceira pessoa.
(E) descrição, evidente na repetição de
construções com a forma verbal “é”.
Questão 6
É a maior bacia hidrográfica do mundo e ,______ ,
a única que não legou nenhuma civilização
importante para a história da humanidade. A
expressão que preenche corretamente a lacuna,
preservando as relações de sentido do texto
original, é:
(A) desse modo.
(B) portanto.
(C) pois.
(D) no entanto.
(E) em virtude disso.
Questão 7
Leia o trecho de ​O quinze, de Rachel de Queiroz.
Enfim caiu a primeira chuva de dezembro. Dona
Inácia, agarrada ao rosário, de mãos postas,
suplicava a todos os santos que aquilo fosse “um
bom começo”. Conceição, comovida, pálida, de
lábios apertados, a testa encostada ao vidro da
janela, acompanhava a queda da água no
calçamento empoeirado, o lento gotejar das
biqueiras e de um jacaré da casa defronte, que
deixava escorrer pequenos riachos por entre os
dentes de zinco. Na solenidade do momento,
ninguém se movia nem falava.
(O quinze, 2012.)
Nesse trecho, pode-se perceber que
(A) as personagens temiam que a chuva
demorasse a abrandar.
(B) Dona Inácia, ao contrário de Conceição, ficou
indiferente à chuva.
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(C) a chuva trazia maus presságios para Dona
Inácia.
(D) a chuva ocorria depois de um longo período de
estiagem.
(E) Conceição e Dona Inácia estavam entediadas
com a chuva.
Questão 8
Leia o poema de Manuel Bandeira.
O amor, a poesia, as viagens
Atirei um céu aberto
Na janela do meu bem:
Caí na Lapa – um deserto...
– Pará, capital Belém!...
(Estrela da vida inteira, 1993.)
Uma característica da primeira fase do
Modernismo brasileiro presente nesse poema é
(A) o humor obtido pelo sem-sentido da
mensagem.
(B) a ausência de linguagem figurada.
(C) a descrição objetiva e impessoal da realidade.
(D) o emprego de um vocabulário erudito e
arcaico.
(E) o uso de versos livres e brancos.
2016
Leia o texto ​“Editando a natureza”, de Hélio
Schwartsman​, para responder às questões de ​01
a 03.
A tecnologia para que possamos interferir de modo
direto e decisivo sobre o que antigamente se
chamava “grande cadeia do ser” já está disponível.
Com uma técnica que permite editar o DNA, já é
possível modificar um mosquito fazendo, por
exemplo, com que ele produza somente gametas
do sexo masculino e transmita tal característica
aos descendentes. Assim, se indivíduos alterados
forem liberados numa população, é questão de
tempo até que ela encontre a extinção por
​2015-2019
ausência de fêmeas. Se esse mosquito for o
Anopheles gambiae, principal responsável pela
transmissão da malária na África, estaremos
poupando centenas de milhares de bebês a cada
ano.
Entretanto, é arriscado interferir em ecossistemas.
Qual o impacto da extinção desse mosquito na
cadeia alimentar? O nicho ecológico por ele
ocupado não seria tomado por outra espécie? Que
garantia temos de que o parasita da malária não
se adaptaria ao próximo mosquito?
Não devemos renunciar a moldar o mundo para
nossa conveniência – o que já fazemos há
milhares de anos –, mas é importante providenciar
antes protocolos de segurança que reduzam a
chance de nos tornarmos vítimas do muito que
não sabemos.
(Folha de S.Paulo, 19.10.2016. Adaptado.)
Questão 1
No texto, o autor
(A) posiciona-se contra a transformação de seres
vivos, ainda que seja para extinguir um mosquito
transmissor da malária.
(B) apresenta argumento a favor da extinção de
um mosquito transmissor da malária, mas também
defende que a interferência humana na natureza
seja feita com cautela.
(C) faz uma apologia da técnica que permite
alterar a estrutura genética de mosquitos, pois ela
deverá permitir que o homem transforme a
natureza com maior segurança.
(D) defende a tese de que a extinção de uma
espécie leva ao surgimento de outra e, por esse
motivo, a alteração genética em mosquitos não
deve ser realizada.
(E) sugere que a transformação genética
proporcionada pela tecnologia atual já deve ser
posta em prática, tendo em vista seus benefícios a
longo prazo.
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Questão 2
O trecho “O nicho ecológico por ele ocupado não
seria tomado por outra espécie?” está construído
na voz passiva. Na transposição para a voz ativa,
este trecho assume a seguinte forma:
(A) Outra espécie não tomaria o nicho ecológico
ocupado por ele?
(B) O nicho ecológico ocupado por ele não será
tomado por outra espécie?
(C) Outra espécie não deverá tomar o nicho
ecológico ocupado por ele?
(D) Outra espécie não ocuparia o nicho ecológico
que ele tomou?
(E) O nicho ecológico ocupado por ele não é
tomado por outra espécie?
Questão 3
“Assim, se indivíduos alterados forem liberados
numa população, é questão de tempo até que ela
encontre a extinção por ausência de fêmeas.” (1o
parágrafo)
Essa frase está corretamente reescrita, conforme a
norma- -padrão da língua e com o sentido
preservado, em:
(A) Desse modo, caso se libera indivíduos
alterados numa população, será questão de tempo
até a ausência de fêmeas provocar à extinção.
(B) Logo, caso se liberem indivíduos alterados
numa população, será questão de tempo até que
ela se extinga devido à ausência de fêmeas.
(C) Portanto, caso sejam liberados indivíduos
alterados numa população, será questão de tempo
até que a ausência de fêmeas as extingam.
(D) Contudo, caso indivíduos alterados são
liberados numa população, será questão de tempo
até a extinção reverter na ausência de fêmeas.
(E) Então, caso são liberados indivíduos alterados
numa população, será questão de tempo até a
ausência de fêmeas conduzir ela à extinção.
Questão 4
Leia o trecho do romance ​Dois irmãos, de Milton
Hatoum.
​2015-2019
A velhice ainda estava longe, e a amargura, se
existia, Rânia sabia esconder. Escondia muitas
coisas: seus pensamentos, suas ideias, seu humor
e mesmo uma boa parte do corpo, que eu nunca
deixei de admirar. No entanto, era uma virtuose
nas questões mais prosaicas, e nisso ela me
ajudava. Dá pena pensar que ela só usava
aquelas mãos morenas de dedos longos e
perfeitos para trocar uma lâmpada, consertar uma
torneira ou desentupir um ralo.
(Dois irmãos, 2000.)
Na visão do narrador, Rânia é uma mulher
(A) amargurada, que se mostrava insatisfeita com
o tipo de serviço que realizava.
(B) madura, cuja beleza se perdeu durante anos
dedicados ao trabalho pesado.
(C) frágil, que aparentava ser bem mais jovem do
que deveria ser na realidade.
(D) atraente, com notáveis habilidades para a
execução de tarefas domésticas.
(E) bela, que, no entanto, se considerava feia e
mantinha o corpo escondido.
Leia o trecho do conto ​“Pai contra mãe”, de
Machado de Assis​, para responder às questões
05 e 06​.
Há meio século, os escravos fugiam com
frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam
da escravidão. Sucedia ocasionalmente
apanharem pancada, e nem todos gostavam de
apanhar pancada. Grande parte era apenas
repreendida; havia alguém de casa que servia de
padrinho, e o mesmo dono não era mau; além
disso, o sentimento da propriedade moderava a
ação, porque dinheiro também dói.
(Apud Ítalo Moriconi (org). Os cem melhores
contos brasileiros do século, 2000.)
Questão 5
Nesse trecho, o narrador menciona uma questão
relevante acerca da escravidão no Brasil, que diz
respeito ao fato de que
(A) os negros haviam se acomodado na condição
de escravos e viam como vantagem o fato de
terem protetores brancos.
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(B) tinha se estabelecido uma ordem social em
que, por ser a principal força de trabalho, o
escravo recebia vários benefícios.
(C) os escravos eram vistos como mera
mercadoria, ainda que houvesse diferenças no
tratamento dispensado a eles.
(D) existiam leis que garantiam a proteção da
integridade física dos escravos, o que coibia
repreensões violentas.
(E) os negros, à exceção daqueles que fugiam
com frequência, viviam em condições análogas às
dos brancos.
Questão 6
Uma característica do estilo de Machado de Assis,
presente nesse trecho, é
(A) a grandiloquência, notada em: “Grande parte
era apenas repreendida”.
(B) o sentimentalismo, verificado em: “porque
dinheiro também dói”.
(C) a ironia, percebida em: “nem todos gostavam
de apanhar pancada”.
(D) o tom de indignação, observado em: “Sucedia
ocasionalmente apanharem pancada”.
(E) o teor saudosista, comprovado em: “Há meio
século, os escravos fugiam com frequência”.
Questão 7
Leia a estrofe XXVI (Canto X) de Caramuru, de
Santa Rita Durão.
Em cuidadosa escola o temor santo,
Antes das Artes a qualquer se ensina;
Dão-lhe lições de ler, contar, de canto,
E o Catecismo da Cristã Doutrina:
Vendo-os o rude Pai, concebe espanto,
E pelo filho a Mãe à Fé se inclina,
Nem de meio entre nós mais apto se usa,
Que aquela Gente bárbara reduza.
(Caramuru, 2001.)
​2015-2019
Nessa estrofe, evidencia-se
(A) o respeito ao ensinamento dos índios mais
velhos.
(B) a defesa da preservação da cultura indígena.
(C) o elogio do comportamento obediente dos
nativos.
(D) a descrição da amizade entre portugueses e
indígenas.
(E) a exaltação do trabalho evangelizador dos
portugueses.
Questão 8
Leia o trecho de ​Viagem a Portugal, de José
Saramago.
Daqui a pouco será noite, que no Outono vem
cedo, e o céu cobre-se de nuvens escuras, talvez
amanhã chova. Em Castelo Branco, quinze
quilómetros ao sul, o ar parece ter passado por
uma peneira de cinza, só na cor, que de pureza
até os pulmões estranham. À beira da estrada há
uma comprida fachada de solar, com grandes
pináculos nos extremos. Se houvesse fantasmas
em Portugal, este sítio seria bom para assustar os
viajantes: luzes por trás das vidraças partidas,
talvez um estridor de dentes e correntes. Porém,
quem sabe, talvez que às horas do dia esta
decadência seja menos deprimente.
(Viagem a Portugal, 1997.)
Assinale a alternativa correta em relação à
estrutura do texto.
(A) Por ser um texto narrativo, o encadeamento de
ações recebe ênfase, o que se constata em:
“Porém, quem sabe, talvez que às horas do dia
esta decadência seja menos deprimente”.
(B) Mesmo sendo um texto em que a narração
predomina, a dissertação também é marcante,
principalmente em: “Daqui a pouco será noite, que
no Outono vem cedo, e o céu cobre-se de nuvens
escuras”.
(C) Trata-se de um texto eminentemente
descritivo, mas a narrativa também pode ser
percebida em: “À beira da estrada há uma
comprida fachada de solar, com grandes pináculos
nos extremos”.
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(D) Embora seja predominantemente descritivo, a
dissertação também se insinua em: “Se houvesse
fantasmas em Portugal, este sítio seria bom para
assustar os viajantes: luzes por trás das vidraças
partidas, talvez um estridor de dentes e correntes”.
(E) Apesar de ser um texto que descreve um lugar,
sua composição é predominantemente
dissertativa, o que se verifica em: “Em Castelo
Branco, quinze quilómetros ao sul, o ar parece ter
passado por uma peneira de cinza”.
2017
Leia o texto para responder às questões ​01 e 02​.
Com tratamento, expectativa de vida de
infectados
com HIV já está “perto do normal”, diz estudo
Jovens contaminados com HIV (vírus da
imunodeficiência) que passam a tomar o coquetel
de remédios já conseguem ter uma expectativa de
vida “bem perto da normal” graças a avanços no
tratamento, segundo um estudo publicado na
revista científica britânica The Lancet.
Pessoas de 20 anos que começaram o tratamento
antirretroviral em 2010 já têm uma expectativa de
vida 10 anos mais alta que a de jovens da mesma
idade submetidos ao tratamento em 1996.
Médicos dizem que começar o tratamento cedo é
crucial para atingir uma qualidade de vida melhor.
Mas muitas pessoas ainda vivem sem saber que
estão contaminadas.
Os autores do estudo, da Universidade de Bristol,
disseram que o sucesso extraordinário dos
tratamentos para o HIV resulta do surgimento de
novos remédios com menos efeitos colaterais e
mais eficientes para impedir a proliferação do vírus
no corpo.
(www.bbc.com, 11.05.2017. Adaptado.)
Questão 1
Uma frase coerente com as informações do texto e
escrita em conformidade com a norma-padrão da
língua portuguesa é:
​2015-2019
(A) Os autores do estudo publicado na revista The
Lancet atribuem o grande êxito dos tratamentos
para o HIV à criação de remédios mais eficientes
no combate à reprodução do vírus no organismo.
(B) No combate ao HIV, conhecido como vírus da
imunodeficiência, favoreceram o surgimento de
novos remédios, que não tinham tantos efeitos
colaterais.
(C) Comparando com os jovens que iniciaram o
tratamento com medicação antirretroviral em 1996,
aqueles que começaram em 2010 já tem
propensão de viver mais de 10 anos.
(D) O estudo publicado na revista The Lancet
mostra que jovens portadores do vírus da
imunodeficiência já dispõe de uma expectativa de
vida quase normal devido avanços no tratamento.
(E) O tratamento antirretroviral já têm sido tão
eficiente de que os jovens infectados com o HIV, o
vírus da imunodeficiência, podem experimentar
uma vida muito próxima da normal.
Questão 2
A mensagem do terceiro parágrafo está
preservada na seguinte redação alternativa:
(A) Conforme médicos digam que começar o
tratamento cedo é crucial para atingir uma
qualidade de vida melhor, então muitas pessoas
ainda vivem sem saber que estão contaminadas.
(B) Médicos dizem que começar o tratamento cedo
é crucial para atingir uma qualidade de vida
melhor, logo que muitas pessoas ainda vivem sem
saber que estão contaminadas.
(C) Embora médicos digam que começar o
tratamento cedo é crucial para atingir uma
qualidade de vida melhor, muitas pessoas ainda
vivem sem saber que estão contaminadas.
(D) Porque médicos dizem que começar o
tratamento cedo é crucial para atingir uma
qualidade de vida melhor, muitas pessoas ainda
vivem sem saber que estão contaminadas.
(E) Médicos dizem que começar o tratamento cedo
é crucial para atingir uma qualidade de vida
melhor, caso muitas pessoas ainda vivam sem
saber que estão contaminadas.
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Leia o trecho de ​Os sertões, de Euclides da (D) concorrente do sertanejo pelos nutrientes do
Cunha,​ para responder às questões de ​03 a 05. solo.

[...] os umbuzeiros alevantam dous​1 metros sobre (E) fonte importante de subsistência do sertanejo.
o chão, irradiantes em círculo, os galhos
numerosos.

É a árvore sagrada do sertão. Sócia fiel das Questão 4

rápidas horas felizes e longos dias amargos dos
vaqueiros. Representa o mais frisante exemplo de
adaptação da flora sertaneja. Foi, talvez, de talhe
mais vigoroso e alto — e veio descaindo​2​, pouco a
pouco, [...] modificando-se à feição do meio,
desinvoluindo, até se preparar para a resistência e
reagindo, por fim, desafiando as secas
duradouras, sustentando-se nas quadras
miseráveis mercê da​3 energia vital que economiza
nas estações benéficas, das reservas guardadas
em grande cópia​4​ nas raízes.
E reparte-as com o homem. [...]
Alimenta-o e mitiga​5​-lhe a sede. Abre-lhe o seio
acariciador e amigo, onde os ramos recurvos e
entrelaçados parecem de propósito feitos para a
armação das redes bamboantes​6​. E ao chegarem
os tempos felizes dá-lhe os frutos de sabor
esquisito para o preparo da umbuzada tradicional.
(Os sertões, 2003. Adaptado.)
1​
dous: dois.
2
descair: tomar uma posição arqueada, curvar-se,
vergar-se.
3​
mercê da: graças à.
Ao apresentar o umbuzeiro como “exemplo de
adaptação da flora sertaneja”, o autor dá destaque
(A) ao modo como basta haver luz solar em
abundância para que a árvore se expanda com
facilidade.
(B) à estratégia adotada pela árvore de poupar
energia em épocas mais amenas para ser usada
no período de seca.
(C) ao fato de que as árvores do sertão vivem mais
quando estão unidas, formando uma mata
fechada.
(D) à astúcia do sertanejo, que substituiu as
árvores nativas por uma espécie mais resistente e
de fácil plantio.
(E) à maneira como a árvore foi se tornando mais
resistente ao clima seco à medida que ganhava
em altura e espessura.
Leia a canção “Umbuzeiro da saudade”, de Luiz
Gonzaga e João Silva, para responder às
questões ​05 ​e​ 06​.

4​
cópia: abundância, quantidade. Umbuzeiro veio​1
5​
Veio amigo quem diria
mitigar: aliviar.
Que tuas folhas caídas
6​
bamboante: que balança. Tuas galhas ressequidas
Iam me servir um dia
Foi naquela manhãzinha
Quando o sol nos acordou
Que a nossa felicidade
Questão 3
Machucou tanta saudade
Nesse trecho, o umbuzeiro é descrito como Que me endoideceu de amor
Indiscreto passarinho
(A) sinal da infertilidade da terra cultivada pelo
Solitário cantador
sertanejo.
Descobriu nosso segredo
(B) símbolo da amargura e da desolação do Acabou com nosso enredo
sertanejo. Bateu asas e voou
(C) obstáculo natural a ser superado pelo Hoje vivo pelo mundo
sertanejo. Tal qual o vem-vem​2
Sobiando​3​ o dia inteiro

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Quando vejo um umbuzeiro
Me lembro de ti meu bem
(www.letras.mus.br. Adaptado.)
1
veio: variante popular de “velho”, cuja pronúncia
é “véio”.
2
vem-vem: pássaro de cauda curta e bico curto e
grosso.
3​
sobiar: assobiar.
Questão 5
Comparando-se o trecho de ​Os sertões com a
canção “Umbuzeiro da saudade”, verifica-se que:
(A) em ​Os sertões,​ a árvore serve de consolo para
os sertanejos; em “Umbuzeiro da saudade”, a
árvore ocasiona a discórdia entre os amantes.
(B) em ​Os sertões,​ a árvore está relacionada à
caracterização da vida árdua do sertanejo; em
“Umbuzeiro da saudade”, a árvore está associada
à lembrança do ser amado.
(C) em ​Os sertões,​ a árvore é apresentada como
um símbolo do sertão; em “Umbuzeiro da
saudade”, a árvore compõe um cenário
característico da cidade grande.
(D) em ​Os sertões,​ a árvore está vinculada a uma
circunstância de trabalho; em “Umbuzeiro da
saudade”, a árvore funciona como pano de fundo
para uma história de amor bem sucedida.
(E) em ​Os sertões,​ a árvore é descrita como se
fosse uma pessoa; em “Umbuzeiro da saudade”, a
árvore representa a seca que fez o eu lírico
abandonar sua cidade natal.
Questão 6
Nos dois primeiros versos, o uso da variante
popular “veio” tem como efeito de sentido
(A) apresentar o umbuzeiro como se fosse um
amigo próximo do eu lírico, cuja identidade se
associa ao meio rural.
​2015-2019
(B) ridicularizar o modo como o homem do meio
rural se comunica, o que pode ser considerado um
tipo de preconceito.
(C) insinuar a origem urbana do interlocutor do eu
lírico, sugerindo distanciamento em relação ao
meio rural.
(D) mostrar que o eu lírico não conhece a
pronúncia culta da palavra, por ter sido criado no
meio rural.
(E) evidenciar que o eu lírico não sabe se
comunicar bem em língua portuguesa, pois está
longe de sua terra.
Leia o trecho de ​Quincas Borba​, de Machado de
Assis, para responder às questões ​07 ​e​ 08​.
E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo,
meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo
chorando seria monótono, tudo rindo cansativo;
mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas​1 ,
soluços e sarabandas​2 , acaba por trazer à alma
do mundo a variedade necessária, e faz-se o
equilíbrio da vida.
(Quincas Borba, 1992.)
1​
polca: tipo de dança.
2​
sarabanda: tipo de dança.
Questão 7
O vocativo “meu rico senhor” evidencia um
procedimento recorrente na prosa de Machado de
Assis, que diz respeito ao modo como o narrador
(A) expõe sua intimidade de forma sincera e
espontânea, configurando uma narrativa subjetiva.
(B) zomba com sarcasmo de si próprio, pois
reconhece que não é rico: passa por dificuldades.
(C) conversa diretamente com o leitor, incluindo-o
como seu interlocutor na narrativa.
(D) ironiza a fragilidade da condição do
protagonista, que ainda não se equilibrou na vida.
(E) expressa seu pessimismo, já que a riqueza de
seu interlocutor não existe sem a pobreza.
Questão 8
De acordo com o narrador,
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(A) os momentos felizes são mais raros que os
tristes.
(B) os erros do passado não afetam o presente.
(C) cada instante vivido deve ser festejado.
(D) a existência é marcada por antagonismos.
(E) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
2018
(A) beber era o meio pelo qual o homem tentava
livrar-se da timidez.
(B) a timidez é a maneira como alguns se
escondem das relações sociais.
(C) havia apenas um homem bebendo na roda e,
por isso, ele destoava.
(D) a bebida facilita as relações amistosas entre os
homens na roda.
(E) o homem tímido, ao rir, provocou também o
riso dos demais.

Questão 2

Considere o poema de Augusto Massi para “Deslocado na roda

responder às questões ​01 ​e​ 02​. rapidamente corta
o riso pela raiz.”
Homem rindo
A expressão “cortar pela raiz” equivale a
A roda de amigos
sacudida por uma (A) interromper decididamente.
rajada de risos. (B) interromper cuidadosamente.
(C) interromper furiosamente.
Me concentro num
(D) interromper improvisadamente.
homem tímido que
sorri por dentro. (E) interromper inteiramente.
Leia o trecho do romance Iracema, de José de
Alencar, para responder às questões de ​03 ​a​ 05​.
Deslocado na roda
rapidamente corta Além, muito além daquela serra, que ainda azula
o riso pela raiz. no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os
Mas o riso retorna. cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
Coceira furiosa nos longos que seu talhe de palmeira.
orifícios do nariz. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem
a baunilha recendia no bosque como seu hálito
perfumado.
Bebe graça no gargalo
Mais rápida que a corça selvagem, a morena
rola rala racha o bico
ri até ficar sem graça. virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde
campeava sua guerreira tribo, da grande nação
tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava
A rodada de amigos apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as
explode às gargalhadas: primeiras águas.
o tímido é sua cachaça.
Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um
claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra
(Negativo, 1991.)
da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite.
Questão 1 Os ramos da acácia silvestre esparziam flores
sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem
No contexto do poema, o sentido expresso pelo os pássaros ameigavam o canto.
último verso é: Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a
roreja, como à doce mangaba que corou em
manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das
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penas do gará as flechas de seu arco, e concerta
com o sabiá da mata, pousado no galho próximo,
o canto agreste.
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca
junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e
de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o
uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus
perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da
juçara com que tece a renda, e as tintas de que
matiza o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta.
Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra;
sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um
guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum
mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco
das areias que bordam o mar; nos olhos o azul
triste das águas profundas. Ignotas armas e
tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A
flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue
borbulham na face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz
da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro
aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é
símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d’alma
que da ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto,
não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e
a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da
mágoa que causara.
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e
compassiva o sangue que gotejava. Depois
Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste
ao desconhecido, guardando consigo a ponta
farpada.
(Iracema, 2006.)
Questão 3
O romance Iracema, que se inicia com o encontro
entre Iracema e Martim, configura
(A) a descrição dos fatos históricos, como eles
realmente aconteceram, de modo a documentar a
formação do povo brasileiro.
(B) um elogio a uma suposta superioridade da
civilização europeia sobre a ingenuidade rústica do
indígena americano.
​2015-2019
(C) um mito de fundação de uma nova raça
mestiça, fruto da união do índio americano e do
branco europeu.
(D) uma tese segundo a qual brancos e índios
deveriam se manter em comunidades separadas a
fim de preservar sua pureza étnica.
(E) uma perspectiva sombria para o futuro da
nação que surgia, decorrente da aproximação
entre o branco europeu e o índio americano.
Questão 4
O trecho selecionado, assim como o romance,
descreve a personagem Iracema de modo
(A) contraditório, elogiando suas características
físicas, mas desconfiando da sinceridade de seus
propósitos.
(B) infantil, atribuindo a ela características de uma
menina imatura, que não se preocupa em se
comportar adequadamente como uma mulher
adulta.
(C) crítico, reprovando sua tendência a não agir e
a evitar o confronto, em um estado de permanente
passividade.
(D) idealizado, retratando uma mulher bela, forte e
correta, em comunhão com o ambiente em que
vive.
(E) superficial, fixando-se em sua aparência, sem
focalizar seus valores ou seus estados de espírito.
Questão 5
“Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica” (5o
parágrafo) No contexto em que está inserida, a
frase é equivalente a
(A) A floresta banhava o corpo de Iracema sob a
sombra da oiticica.
(B) A sombra da oiticica banhava o corpo de
Iracema.
(C) A floresta banhava o corpo da sombra da
oiticica.
(D) A sombra da oiticica banhava o corpo da
floresta.
(E) Iracema banhava seu corpo sob a sombra da
oiticica.
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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​
Questão 6
Leia o comentário (adaptado) do crítico Sânzio de
Azevedo, publicado em 2006:
“Identificação da poesia com a escultura; correção
métrica e gramatical; ausência de sentimentalismo
(mas não de sentimento); ‘mot juste’, a palavra
exata; gosto pelos poemas descritivos e/ou
narrativos; uso do alexandrino (o que nem sempre
foi seguido); apreço pela rima (raros poemas em
versos brancos); predileção pela forma fixa
(soneto, balada etc); presença da mitologia
greco-latina; história grega ou romana; exotismo,
focalizando o mundo oriental; tudo isso constitui o
conjunto das principais características desse
movimento.”
O texto refere-se ao
(A) Arcadismo.
(B) Realismo.
(C) Modernismo.
(D) Barroco.
(E) Parnasianismo.
Leia o texto de Jorge Coli para responder às
questões ​07 ​e​ 08​.
Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um
sem-número de tratados de estética debruçou-se
sobre o problema, procurando situá-lo, procurando
definir o conceito. Mas, se buscamos uma
resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos:
elas são divergentes, contraditórias, além de
frequentemente se pretenderem exclusivas,
propondo-se como solução única. Desse ponto de
vista, a empresa é desencorajadora.
Entretanto, se pedirmos a qualquer pessoa que
possua um mínimo contato com a cultura para nos
citar alguns exemplos de obras de arte ou de
artistas, ficaremos certamente satisfeitos. Todos
sabemos que a Mona Lisa, que a Nona Sinfonia
de Beethoven, que a Divina Comédia, que
Guernica de Picasso ou o Davi de Michelangelo
são, indiscutivelmente, obras de arte. Assim,
mesmo sem possuirmos uma definição clara e
lógica do conceito, somos capazes de identificar
​2015-2019
algumas produções da cultura em que vivemos
como “arte”.
É possível dizer, então, que arte são certas
manifestações da atividade humana diante das
quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa
cultura possui uma noção que denomina
solidamente algumas de suas atividades e as
privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se
não conseguimos saber o que a arte é, pelo
menos sabemos quais coisas correspondem a
essa ideia e como devemos nos comportar diante
delas.
(O que é arte, 2010. Adaptado.)
Questão 7
Assinale a alternativa que expressa, com correção
gramatical, a ideia central do texto.
(A) Embora não tenhamos uma definição clara
sobre o que seja arte, todos sabemos enumerar
objetos que normalmente são classificados como
obras de arte.
(B) Na medida em que não temos uma definição
clara sobre o que seja arte, não sabemos
enumerar objetos que normalmente são
classificados como obras de arte.
(C) Todos sabemos enumerar objetos que
normalmente são classificados como obras de arte
porque não temos uma definição clara sobre o que
seja arte.
(D) Assim como não sabemos enumerar objetos
que normalmente são classificados como obras de
arte, não temos uma definição clara sobre o que
seja arte.
(E) Como não temos uma definição clara sobre o
que seja arte, todos sabemos enumerar objetos
que normalmente são classificados como obras de
arte.
Questão 8
“arte são certas manifestações ​da atividade
humana diante das quais nosso sentimento é
admirativo” (3o parágrafo)
Os dois segmentos sublinhados podem ser
substituídos, com correção gramatical, por:
(A) do espírito humano – em frente dos quais.
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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​
(B) da sensibilidade humana – perante às quais.
(C) do espírito humano – perante as quais.
(D) da sensibilidade humana – em frente as quais.
(E) do espírito humano – perante aos quais.
2019
Considere a tirinha de André Dahmer para
responder às questões ​01 ​e ​02​.
Questão 1
A tirinha expressa de maneira ácida a ideia de que
(A) as populações mais pobres estão sujeitas à
violência policial.
(B) a violência policial contra a população é
justificável em determinados casos.
(C) os bancos deveriam dar atendimento
preferencial aos idosos.
(D) as filas dos bancos devem ser respeitadas a
fim de garantir os direitos sociais a todos.
(E) a polícia deveria tratar os idosos como trata os
jovens.
​2015-2019
​Questão 2
A palavra “só”, no primeiro quadrinho, foi utilizada
no mesmo sentido da palavra sublinhada em
(A) A capa é o que faz com que um livro seja
isolado do mundo.
(B) Foi sozinho à biblioteca e voltou acompanhado
de dois livros.
(C) A boa literatura não apenas diverte, ela
também instrui.
(D) Diferente dos livros impressos, um livro
manuscrito é um objeto único.
(E) Um bom poema recompensa de modo ímpar o
leitor que se esforça para entendê-lo.
Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice
Lispector, para responder às questões de ​03 ​a​ 06​.
De dia usava saia e blusa, de noite dormia de
combinação. Uma colega de quarto não sabia
como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E
como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha
medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente​1​,
embora a pele do rosto entre as manchas tivesse
um leve brilho de opala. Mas não importava.
Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.
E assim se passava o tempo para a moça esta.
Assoava o nariz na barra da combinação. Não
tinha aquela coisa delicada que se chama
encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu
autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso
dizer assim: “que é que você me pede chorando
que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não
sabia que ela era o que era, assim como um
cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se
sentir infeliz. A única coisa que queria era viver.
Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe,
achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela
pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz.
Então era. Antes de nascer ela era uma ideia?
Antes de nascer ela era morta? E depois de
nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de
melancia.
(A hora da estrela, 1998.)
1​
iridescente: colorido como o arco-íris.
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Questão 3
No fim do primeiro parágrafo, a expressão “café
frio” é equivalente a
(A) simples.
(B) desagradável.
(C) desinteressante.
(D) superficial.
(E) pobre.
Questão 4
No segundo parágrafo, a referência a um cachorro
serve para afirmar que a personagem tinha
(A) dificuldades em se comunicar.
(B) pouca experiência na vida.
(C) pouca educação formal.
(D) dificuldades com temas complexos.
(E) pouca consciência de si mesma.
Questão 5
Em ​A hora da​ ​estrela​, a história é contada
(A) por um personagem nomeado, que, conforme
narra, faz questionamentos sobre a existência
humana e o processo de escrita.
(B) por um narrador em terceira pessoa, que
mantém a objetividade, enunciando os fatos como
uma matéria bruta, sem comentários nem
digressões.
(C) por um narrador em primeira pessoa, que
relata, em um tempo posterior aos fatos, as
memórias de quando interagiu com a personagem.
(D) pela própria protagonista, que narra os fatos
de modo tumultuado, tecendo frequentes
comentários sobre a própria escrita.
(E) pela própria protagonista, que se coloca como
narradora em terceira pessoa da própria vida,
como se observasse tudo a partir de um ponto de
vista externo aos fatos.
Questão 6
O termo sublinhado introduz uma oração com
sentido de concessão em:
​2015-2019
(A) “Essa moça não sabia que ela era o que era,
assim como um cachorro não sabe que é
cachorro.” (2o parágrafo)
(B) “Nada nela era iridescente, ​embora a pele do
rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de
opala.” (1o parágrafo)
(C) “Uma colega de quarto não sabia como
avisar-lhe ​que seu cheiro era murrinhento.” (1o
parágrafo)
(D) “Quem sabe, achava ​que havia uma
gloriazinha em viver.” (2o parágrafo)
(E) “E como não sabia, ficou por isso mesmo, ​pois
tinha medo de ofendê-la.” (1o parágrafo)
Leia o texto de João Vicente Ganzarolli de Oliveira
para responder às questões ​07 e
​ ​ 08​.
No sentido amplo, a arte é uma atividade
produtora, responsável pela criação de seres que,
sem a intervenção humana, não existiriam.
Entendendo dessa forma, são frutos da arte tanto
um moteto​1 de Palestrina quanto um automóvel;
uma ferramenta pré-histórica e um computador.
Como a arte, também a natureza é geradora.
Nelas temos duas fontes de existência das
criaturas; ambas insurgem- -se contra o nada.
Como diz Étienne Gilson, “A missão do artista é
enriquecer o mundo com novos seres. O artista
sente um impulso irresistível de violentar o nada”.
(A humanização da arte, 2006. Adaptado.)
1​
moteto: tipo de composição musical medieval.
Questão 7
Segundo o conceito amplo de arte exposto no
texto,
(A) um automóvel é um objeto de arte na medida
em que é composto de materiais da natureza.
(B) a arte é a capacidade que a natureza tem de
ocupar o nada com novos objetos.
(C) a natureza produz objetos artísticos, ainda que
sem a participação do ser humano.
(D) uma diferença entre arte e natureza é que a
produção do objeto de arte depende da
participação humana.
(E) um computador é um objeto de arte porque
pode ser utilizado pelo ser humano.
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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​ ​2015-2019

Questão 8

O predicativo do sujeito é o termo que qualifica

(ou caracteriza) o sujeito da oração. O termo
sublinhado exerce a função de predicativo do
sujeito em:

(A) “Nelas temos ​duas fontes de existência de

criaturas​”.

(B) “​a arte​ é uma atividade produtora”.

(C) “ambas insurgem-se ​contra o nada​”.

(D) “O artista sente um impulso ​irresistível de
violentar
o nada”.
(E) “São ​frutos da arte tanto um moteto de
Palestrina
quanto um automóvel”.

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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​
Resolução-Língua portuguesa e
literatura
2015
Questão 1
Letra B​. No primeiro parágrafo, o uso dos dois
pontos revela que a seguir virá um esclarecimento
do que foi citado, ou seja, do termo “colcha de
retalhos”. O uso do termo é por uma característica
visualmente alusiva entre a colcha e os
entrecortados de floresta. Portanto, pelo uso da
alusão, verifica-se a exposição de um modelo de
ocupação de terras. O segundo parágrafo inicia
com “O efeito prático desse modelo”, ou seja, sem
vantagens e detalhes, ele objetiva apresentar o
modelo através de seu resultado real e total e que
é nocivo por diminuir ou até eliminar as riquezas
do ambiente. Já no terceiro parágrafo, à medida
em que um efeito é citado, ele é seguido por sua
causa (como o modelo interferiu). Como exemplo:
“a oferta de água, ao não proteger os cursos por
inteiro”.
Questão 2
Letra B​. O quarto parágrafo aborda sobre o novo
Código Florestal e relata que ele “abre excelentes
oportunidades para mudanças”; e apresenta uma
sugestão: “fosse estimulada a recuperação e a
união desses fragmentos de florestas”.
Questão 3
Letra A​. Na letra B ;na letra C o verbo “surge” não
concorda em número com o sujeito “algumas
mudanças no cenário rural”; na letra D, a locução
verbal “fosse estimulada” não está (seu verbo
auxiliar) flexionada corretamente para concordar
com “a recuperação e a união dos fragmentos de
florestas”; na letra E, o “fosse” refere-se a “as
porções de terras”, mas não concorda em número
com as mesma.
Questão 4
Letra C​. O humor é ocorre pelo uso do termo
“gafe” que quer dizer: ato impensado, desastrado,
um despropósito. Porque o texto descreve como “a
​2015-2019
maior bacia hidrográfica do mundo e a única que
não legou nenhuma civilização importante para a
história da humanidade”. Portanto, uma “gafe
geológica”.
Questão 5
Letra E​. Desde o início ocorre a caracterização
real do rio Amazonas, ou seja, uma descrição de
como é esse rio.
Questão 6
Letra D. ​Com a leitura entende-se que, apesar de
ser a maior, é a exceção, é única, quanto ao
legado civilizatório que, nessa planície, não existe.
A ideia é de oposição entre tamanho (vantagem) e
a não civilização (desperdício de vantagem).
Questão 7
Letra D​. O enredo começa com a seca alastrada
no Ceará e é escancarado no início da história:
Dona Inácia rezando, na esperança de que
viesse a chuva. Ela e Conceição, sua neta, se
mudam para Fortaleza por conta da seca. Mas é
com o trecho “Enfim caiu a primeira chuva de
dezembro” que o longo período de estiagem é
cessado.
​ Questão 8
Letra A​. Liberdade: característica central do
movimento modernista nas diferentes
manifestações artísticas. O senso de pesquisa
sobre novas práticas ou modelos de expressão
artística foi uma característica da primeira fase:
poema-piada, poema-minuto, incorporação do
humor em poesia.
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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​
2016
Questão 1
Letra B
O autor inicia apresentando a tecnologia e logo
ressalta uma aplicação interessante a ser
considerada: “Se esse mosquito for o ​Anopheles
gambiae,​ principal responsável pela transmissão
da malária na África, estaremos poupando
centenas de milhares de bebês a cada ano”. No
parágrafo seguinte, ele questiona possibilidades
e, no último parágrafo, ele conclui: “mas é
importante providenciar antes protocolos de
segurança que reduzam a chance de nos
tornarmos vítimas do muito que não sabemos”.
Questão 2
​Letra A​. Identifica-se o agente da passiva
(quem ou o que executa a ação de um verbo e
que vem sempre depois de preposição), “por
outra espécie”, que é o sujeito na ativa; a
locução verbal “seria tomado” para verbo
transitivo “tomaria”; o sujeito da passiva passa a
objeto direto: “o nicho ecológico por ele
ocupado”. Ex. Outra espécie não tomaria o nicho
ecológico ocupado por ele?
Questão 3
​Letra B​. As alternativas C, D e E são
incoerentes com a mensagem original. Na
alternativa A, não há concordância entre os
termos “libera” e “indivíduos”.
Questão 4
​Letra D . Atraente: ”Escondia muitas coisas:
seus pensamentos, suas ideias, seu humor e
mesmo uma boa parte do corpo, que eu nunca
deixei de admirar”; habilidades para a execução
de tarefas domésticas: “(...)para trocar uma
lâmpada, consertar uma torneira ou desentupir
um ralo”.
Questão 5
​Letra C. ​Apesar da diferença no tratamento que
é revelada no trecho “(...)ocasionalmente
​2015-2019
apanharem pancada, e nem todos gostavam de
apanhar pancada. Grande parte era apenas
repreendida”, o trecho “(...)o sentimento da
propriedade moderava a ação, porque dinheiro
também dói” revela que eram vistos como mera
mercadoria.
Questão 6
Letra C​. Recurso muito frequente em toda a obra
machadiana: a ironia. Óbvio que ninguém gosta de
apanhar e, portanto, o uso de “nem todos” revela
essa ironia.
Questão 7
Letra E​. Durante toda a estrofe percebemos a
ênfase dada ao trabalho de ensino: “cuidadosa
escola”, “Dão-lhe lições de ler, contar, de canto”,
porém o foco é, “Antes das Artes”, o “temor santo”
que é o “Catecismo da Crista Doutrina”.
Percebe-se a exaltação do trabalho evangelizador.
Questão 8
Letra D​.Em todo o excerto, verifica-se um ciclo de
descrição seguida de dissertação. Por exemplo: 1-
Descrição: À beira da estrada há uma comprida
fachada de solar, com grandes pináculos nos
extremos; 2- Dissertação: Se houvesse fantasmas
em Portugal, este sítio seria bom para assustar os
viajantes; 3- Descrição: luzes por trás das vidraças
partidas, talvez um estridor de dentes e correntes.
2017
Questão 1
Letra A​.As alternativas B e C estão incoerentes
com a informação original; já a alternativa D, o
termo “jovens portadores” não concorda em
número com o verbo “dispõe”. Na letra E, o verbo
não concorda em número com o sujeito.
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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​
Questão 2
Letra C​. O uso do “mas” revela uma situação
contrária da expectável. Ex. Médicos dizem, mas
muitas pessoas ainda vivem sem saber que estão
contaminadas. Ou seja: Mesmo que, apesar de,
embora “médicos digam”.
Questão 3
Letra E​. No trecho, o umbuzeiro foi enaltecido e
colocado como um refúgio do sertanejo: “E
reparte-as com o homem. [...] ​Alimenta-o e
mitiga-lhe a sede​. Abre-lhe o seio acariciador e
amigo, onde os ramos recurvos e entrelaçados
parecem de propósito feitos para a armação das
redes bamboantes . E ao chegarem os tempos
felizes ​dá-lhe os frutos de sabor esquisito para o
preparo da umbuzada tradicional”. Ele é dito como
fonte de subsistência.
Questão 4
Letra B​. O autor descreve o umbuzeiro com
muito apreço às características, mas é na sua
estratégia adaptativa que ele deposita ênfase ao
dizer que todo o conjunto se deve por:
“sustentando-se nas quadras miseráveis mercê da
energia vital que economiza nas estações
benéficas, das reservas guardadas em grande
cópia nas raízes”. Esse trecho revela uma
característica inerente à flora da região seca.
Questão 5
(B) em ​Os sertões​, a árvore está relacionada à
caracterização da vida árdua do sertanejo; em
“Umbuzeiro da saudade”, a árvore está
associada à lembrança do ser amado.
Os sertões é escrito pelo pré-modernista Euclides
da Cunha. O tema principal da obra é a ​Guerra de
Canudos​, um verdadeiro retrato do Brasil no fim do
século XIX, a qual discutiu problemas que
transcendem o conflito que ocorreu no interior da
Bahia. Nessa obra, a árvore representa a vida
àrdua no sertão.
Umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte e de
copa larga, originária dos chapadões semiáridos
do Nordeste brasileiro, que se destaca por
fornecer sombra e aconchego. As características
dessa árvore, bem como o texto apresentado,
remetem à saudade do ser amado.
​2015-2019
X (A) em ​Os sertões​, ​a árvore serve de consolo
para os sertanejos​; em “Umbuzeiro da saudade”, a
árvore ocasiona a ​discórdia entre os amantes​.
X (C) em ​Os sertões​, a árvore é apresentada como
um símbolo do sertão; em “Umbuzeiro da
saudade”, a árvore compõe um cenário
característico ​da cidade grande​.
X (D) em ​Os sertões​, a árvore está vinculada a
uma circunstância de trabalho; em “Umbuzeiro da
saudade”, a árvore funciona ​como pano de fundo
para uma história de amor bem sucedida​.
X (E) em ​Os sertões​, a árvore é descrita como se
fosse uma pessoa; em “Umbuzeiro da saudade”, a
árvore representa a seca que fez o eu lírico
abandonar sua cidade natal​.
Questão 6
(A) apresentar o umbuzeiro como se fosse um
amigo próximo do eu lírico, cuja identidade se
associa ao meio rural.
X (B) ​ridicularizar o modo como o homem do meio
rural se comunica​, o que pode ser considerado um
tipo de preconceito.
X (C) insinuar a ​origem urbana do interlocutor ​do
eu lírico, sugerindo ​distanciamento em relação ao
meio rural​.
X (D) ​mostrar que o eu lírico não conhece a
pronúncia culta da palavra​, por ter sido criado no
meio rural.
X (E) evidenciar que o ​eu lírico não sabe se
comunicar bem em língua
Questão 7
(C) conversa diretamente com o leitor,
incluindo-o como seu interlocutor na narrativa.
Vocativo é o termo da oração por meio do qual
chama-se o interlocutor.
Ex.: (ó) querido estudante, não desista!
X (A) expõe sua intimidade de forma sincera e
espontânea, configurando uma ​narrativa subjetiva.
X (B) ​zomba com sarcasmo de si próprio​, pois
reconhece que não é rico: passa por dificuldades.
X (D) ​ironiza a fragilidade da condição do
protagonista​, que ainda não se equilibrou na vida.
X (E) ​expressa seu pessimismo​, já que a riqueza
de seu interlocutor não existe sem a pobreza.
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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​
Questão 8
(D) a existência é marcada por antagonismos.
O trecho trata sobre circunstâncias opostas que
resultam o equilíbrio. (esse objetivo invalida as
outras alternativas).
X (A) os momentos felizes são mais raros que os
tristes.
X​ (B) os erros do passado não afetam o presente.
X​ (C) cada instante vivido deve ser festejado.
X​ (E) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
2018
Questão 1
(E) o homem tímido, ao rir, provocou também o
riso dos demais.
No contexto do poema, o sentido expresso pelo
ÚLTIMO VERSO​ é
“O tímido é sua cachaça”
X (A) beber era o meio pelo qual o homem ​tentava
livrar-se da timidez.
X (B) a timidez é a maneira como alguns se
escondem das relações sociais. (Não é o sentido
do último verso).
X (C) ​havia apenas um homem bebendo na roda
e, por isso, ​ele destoava​.
X (D) a bebida facilita as relações amistosas entre
os homens na roda. (Não é o sentido do último
verso).
Questão 2
(E) interromper inteiramente.
“Cortar pela raiz” é uma expressão popular que
significa bloquear por completo a continuação de
algo.
X​ (A) interromper ​decididamente​.
X​ (B) interromper ​cuidadosamente​.
X​ (C) interromper ​furiosamente​.
X​ (D) interromper ​improvisadamente​.
​2015-2019
Questão 3
(C) um mito de fundação de uma nova raça
mestiça, fruto da união do índio americano e do
branco europeu.
O romance Iracema, que se inicia com o encontro
entre Iracema e Martim, configura
X (A) ​a descrição dos fatos históricos, como eles
realmente aconteceram​, de modo a documentar a
formação do povo brasileiro.
X (B) ​um elogio a uma suposta superioridade da
civilização europeia ​sobre a ingenuidade rústica do
indígena americano.
X (D) uma tese segundo a qual brancos e índios
deveriam se manter em comunidades separadas a
fim de ​preservar sua pureza étnica​.
X (E) uma ​perspectiva sombria para o futuro da
nação que surgia​, decorrente da aproximação
entre o branco europeu e o índio americano.
Questão 4
(D) idealizado, retratando uma mulher bela,
forte e correta, em comunhão com o ambiente
em que vive.
X (A) contraditório, elogiando suas características
físicas, mas ​desconfiando da sinceridade de seus
propósitos​.
X (B) ​infantil, atribuindo a ela características de
uma menina imatura​, que não se preocupa em se
comportar adequadamente como uma mulher
adulta.
X (C) crítico, ​reprovando sua tendência a não agir
e a evitar o confronto​, em um estado de
permanente passividade​.
X (E) superficial, fixando-se em sua aparência,
sem focalizar seus valores ou seus estados de
espírito.
Questão 5
(B) A sombra da oiticica banhava o corpo de
Iracema.
A sombra da oiticica = sujeito
Banhava-lhe = Banhava Iracema
O corpo = objeto direto
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UEA-MACRO: CONHECIMENTOS GERAIS ​ ​2015-2019

“Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica” (5o
parágrafo) No contexto em que está inserida, a
frase é equivalente a
X ​(A) ​A floresta ​banhava o corpo de Iracema sob a
sombra da oiticica.
X (C) A floresta banhava o ​corpo da sombra da
oiticica​.
X (D) A sombra da oiticica banhava ​o corpo da
floresta​.
X (E) Iracema banhava seu corpo ​sob a sombra da
oiticica​.
(C) Todos sabemos enumerar objetos que
normalmente são classificados como obras de arte
porque ​não temos uma definição clara sobre o que
seja arte. (​causa​).
(D) ​Assim como ​não sabemos enumerar objetos
que normalmente são classificados como obras de
arte, não temos uma definição clara sobre o que
seja arte. (​comparativa​).
(E) ​Como não temos uma definição clara sobre o
que seja arte, todos sabemos enumerar objetos
que normalmente são classificados como obras de
arte. (​causa​).

Questão 6
(E) Parnasianismo.
Características: Vocabulário culto, preferências
por temas descritivos, referências a elementos da
mitologia grega e latina, objetivismo, apego à
tradição clássica.
Questão 8
(C) do espírito humano – perante as quais.
“arte são certas manifestações ​da atividade
humana ​diante das quais nosso sentimento é
admirativo”

X​ (A) Arcadismo. ​ os​ quais.

X​ (A) do espírito humano – em frente d
Características: Valorização da vida no campo, X ​(B) da sensibilidade humana – perante ​às ​quais
crítica à vida urbana, uso de pseudônimo, X ​(D) da sensibilidade humana ​– em frente ​as
linguagem simples, ​carpe diem​ (aproveite o dia). quais.
X​ (B) Realismo. X​ (E) do espírito humano – perante ​aos​ quais.
Características: Objetivismo, universalismo,
contemporaneidade, detalhismo, veracidade,
denúncia das injustiças sociais. 2019
X​ (C) Modernismo.
Características: Síntese, humor, nacionalismo, Questão 1
subjetivismo, urbanismo, cotidiano. (A) as populações mais pobres estão sujeitas à
X​ (D) Barroco. violência policial.
Características: Cultismo, exagero de ideias, É uma questão de interpretação, a tirinha traz a
complexidade de sentimentos, abundância de ideia de que parte da população idosa NÃO é
figuras de linguagem, linguagem rebuscada. pobre, o que traz certa “proteção” contra violência
policial.
Questão 7
(A) Embora não tenhamos uma definição clara X (B) a violência policial contra a população é
sobre o que seja arte, todos sabemos enumerar justificável em determinados casos.
objetos que normalmente são classificados X ​(C) os bancos deveriam dar atendimento
como obras de arte. preferencial aos idosos.
Embora = concessão, ressalva; (condiz com a X (D) as filas dos bancos devem ser respeitadas a
fim de garantir os direitos sociais a todos.
ideia do texto).
X (E) a polícia deveria tratar os idosos como trata
X (B) ​Na medida em que ​não temos uma definição os jovens.
clara sobre o que seja arte, não sabemos
enumerar objetos que normalmente são Questão 2
classificados como obras de arte. (C) A boa literatura não apenas diverte, ela
(​proporcionalidade​). também instrui.
O sentido da palavra “só” é de “apenas”
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X (A) A capa é o que faz com que um livro seja
isolado​ do mundo.
X (B) Foi ​sozinho à biblioteca e voltou
acompanhado de dois livros.
X (D) Diferente dos livros impressos, um livro
manuscrito é um ​objeto único​.
X (E) Um bom poema recompensa ​de modo ímpar
o leitor que se esforça para entendê-lo.
Questão 3
(C) desinteressante.
“Café frio” é algo sem graça, que não traz
interesse (de acordo com o texto)
X ​(A) simples.
X​ (B) desagradável.
X​ (D) superficial.
X ​(E) pobre.
Questão 4
(E) pouca consciência de si mesma.
Essa moça não sabia que ela era o que era,
assim como um cachorro não sabe que é
cachorro.
(Essa parte do texto confirma a alternativa E como
verdadeira).
X​ (A) dificuldades em se comunicar.
X​ (B) pouca experiência na vida.
X​ (C) pouca educação formal.
X​ (D) dificuldades com temas complexos.
Questão 5
(A) por um personagem nomeado, que,
conforme narra, faz questionamentos sobre a
existência humana e o processo de escrita.
Em ​A hora da​ ​estrela,​ a história é contada
X (B) por um narrador em terceira pessoa, que
mantém a objetividade, ​enunciando os fatos como
uma matéria bruta, sem comentários nem
digressões.
X ​(C) por um narrador em primeira pessoa, que
relata, em um tempo posterior aos fatos, ​as
memórias de quando interagiu com a personagem.
X (D) ​pela própria protagonista​, que narra os fatos
de modo tumultuado, tecendo frequentes
comentários sobre a própria escrita.
X ​(E) ​pela própria protagonista​, que se coloca
como narradora em terceira pessoa da própria
vida, como se observasse tudo a partir de um
ponto de vista externo aos fatos.
​2015-2019
Questão 6
(B) “Nada nela era iridescente, ​embora a pele
do rosto entre as manchas tivesse um leve
brilho de opala.” (1o parágrafo)
Embora = conjunção concessiva
X (A) “Essa moça não sabia que ela era o que era,
assim como ​um cachorro não sabe que é
cachorro.” (2o parágrafo)
X (C) “Uma colega de quarto não sabia como
avisar-lhe ​que seu cheiro era murrinhento.” (1o
parágrafo)
X (D) “Quem sabe, achava ​que havia uma
gloriazinha em viver.” (2o parágrafo)
X (E) “E como não sabia, ficou por isso mesmo,
pois​ tinha medo de ofendê-la.” (1o parágrafo)
Questão 7
(D) uma diferença entre arte e natureza é que a
produção do objeto de arte depende da
participação humana.
Interpretação do texto.
X (A) um automóvel é um objeto de arte na medida
em que é composto de materiais da natureza.
X (B) a arte é a capacidade que a natureza tem de
ocupar o nada com novos objetos.
X (C) a natureza produz objetos artísticos, ainda
que sem a participação do ser humano.
X (E) um computador é um objeto de arte porque
pode ser utilizado pelo ser humano.
Questão 8
(E) “São ​frutos da arte tanto um moteto de
Palestrina quanto um automóvel”.
X (A) “Nelas ​temos duas fontes de existência de
criaturas​”.
X​ (B) “​a arte​ é uma atividade produtora”.
X​ (C) “ambas insurgem-se ​contra o nada​”.
X (D) “O artista sente um impulso ​irresistível de
violentar o nada”.
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