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Unidade III

ORIENTAÇÃO E PRÁTICA DE
PROJETOS DE ENSINO
FUNDAMENTAL

Profa. Eliana Chiavone Delchiaro


Começamos a reflexão com
Madalena Freire (2010)

Escolhas e práticas educativas


“A cada encontro: o imprevisível.
A cada interrupção da rotina: algo
inusitado.
A cada elemento novo: surpresas.
A cada elemento já parecidamente
conhecido: desconhecimento.
A cada encontro: um novo desafio,
mesmo que supostamente já vivido.
A cada tempo: novo parto, novo
compromisso.
(cont.)
Começamos a reflexão com
Madalena Freire (2010)

A cada conflito: nova faceta


insuspeitável.
A cada aula: descobrimento de terras
ainda não desbravejadas.
A cada aula uma aventura. A cada aula
uma revelação.
A cada aula uma perplexidade.
A cada aula um caminho na busca de
mim mesma.
A cada aula um nascimento com o
outro.”
Orientação de práticas e projetos de
História e Geografia

 Na unidade III, você não encontrará


planos de aula e nem tampouco projetos
prontinhos para serem usados.
 Coerentes com o que acreditamos, na
capacidade autora e autônoma do
professor, iremos apresentar sugestões
de propostas de atividades que, aliadas
ao fundamento de cada área, poderão se
constituir em repertório para a
organização da sua prática educativa.
 Apresentamos aqui pontos de partida,
propostas inspiradoras.
Autoria e autonomia

 O planejamento é uma ação intencional,


você poderá definir se para um
determinado conteúdo é mais
interessante um projeto, um estudo do
meio ou uma atividade sequenciada.
 Tudo vai depender do conteúdo a ser
desenvolvido e das relações que se
espera estabelecer.
Dimensão vertical do currículo

 A presente unidade pretende expor a


fundamentação dos eixos teóricos de
História e Geografia ao apresentar os
seus conteúdos, isso porque o professor
precisa conhecer a sua função e
aproximar o aluno do patrimônio
histórico construído pela humanidade.
 No entanto, esse conhecimento não
pode ser transmitido de forma imposta e
fragmentada.
O professor do Ensino Fundamental

Polivalente, cabe a ele:


 Fazer a interdisciplinaridade das áreas.
 Fazer suas opções metodológicas para
propiciar uma aprendizagem
significativa.
 Realizar a reflexão e o registro da prática
pedagógica.
Fundamentos da área de História e
Geografia e práticas do 1º
ao 5º ano do Ensino Fundamental
 O verdadeiro potencial do ensino de
História é aquele que permite ao aluno
sentir-se capaz de exercer a crítica, a
participação, a inclusão histórica, lendo
e interpretando criticamente o mundo em
que vive.
Preste atenção a essas questões

 O ensino de História que você teve


garantiu-lhe essa possibilidade?
 A História é uma disciplina trabalhada
nas escolas de forma viva e dinâmica?
 É possível ensinar História de forma
prazerosa e instigante?
O ensino de História de ontem

 Apresentação dos heróis, das datas


fundamentais e das “conquistas” da
sociedade brasileira.
 Os conteúdos são informados de
maneira hierárquica e linear.
 Grande ênfase na memorização.
 Os conflitos e os movimentos populares
não eram identificados nessa
abordagem.
 Uma história apresentada com
acontecimentos e fatos isolados e
estanques.
 A visão de um país rico pela beleza de
seus recursos naturais.
 Um conteúdo cívico, pouco reflexivo.
Karnal (2009, p. 21) nos esclarece:

 “Cada estudante precisa se perceber, de


fato, como sujeito histórico, e isso só se
aprende quando ele se dá conta dos
esforços que nossos antepassados
fizeram para chegarmos ao estágio
civilizatório em que nos encontramos.
Para o mal, mas também para o bem.”
Inclusão histórica

 Os alunos precisam perceber que as


relações do homem com o mundo são
mutáveis e condicionadas cultural e
historicamente, permitindo uma
reinterpretação do passado para uma
maior compreensão da origem
sócio-histórica dos conflitos do seu país
e do mundo em que vive.
 Assim, o aluno tomará consciência
temporal de sua própria vivência,
percebendo-se como um ser social;
sentindo-se um homem do seu tempo e
com possibilidades para escolher e
mudar a sua realidade.
O que é ensinar História?

 De acordo com a LDEBN 9394/96, o


ensino de História no Ensino
Fundamental, conforme expressa o
artigo 32 (incisos I, II, II, IV), diz que se
espera promover a formação básica do
cidadão, a compreensão do ambiente
natural e social, e dos valores em que se
fundamentam a sociedade, com
destaque à solidariedade humana, a
formação de atitudes e valores, o
fortalecimento de vínculos de família
(PENTEADO, 2009, p. 9).
Guia orientador

 Os Parâmetros Curriculares Nacionais


(2001), em seu quinto volume, trazem
contribuições importantes de natureza
metodológica e conceitual do ensino de
História que valem a pena serem
estudadas pelo professor em formação
inicial ou aqueles em exercício das
séries iniciais do Ensino Fundamental.
Alfabetização histórica

 A ênfase para o ensino de História será


para o conhecimento e a alfabetização, aqui
entendida como um processo que não se
esgota em si mesmo, que não depende da
alfabetização das técnicas de escrever e ler,
mas que se desdobra em leituras do
mundo, que lida com os produtos da
criação humana.
 Isso significa dizer que, ao estudar História
e Geografia, a criança deverá expressar-se,
ampliar seu vocabulário com as palavras
correspondentes aos conceitos trabalhados
no campo de conhecimentos das Ciências
Humanas, que é a “criação humana”, ou
seja, alfabetizar-se histórica e
geograficamente.
História é referência - Precisa ser
bem ensinada

 Assim, trabalhar conhecimentos


humanistas em História é humanizar o
homem, é percebê-lo na sua organização
social de produção e compreender suas
criações.
 O professor é quem adequará a
linguagem da construção histórica com a
do aluno para que este veja sentido e
consiga estabelecer conexões.
 Nunca podemos perder de vista seu
papel social de ser um mediador do
patrimônio cultural da humanidade com
o conhecimento e cultura do aluno,
levando este último ao progresso
intelectual e cultural.
Interatividade

Escolha a alternativa que não expressa o


ensino de História tradicional:
a) Os conteúdos são informados de
maneira hierárquica e linear.
b) Grande ênfase na memorização.
c) Uma história apresentada com
acontecimentos e fatos isolados e
estanques.
d) Conteúdo cívico, com ênfase nas
comemorações e pouco reflexivo.
e) Cada criança deve se perceber como um
sujeito histórico e, ao mesmo tempo, um
sujeito ativo do seu tempo.
Resposta

Escolha a alternativa que não expressa o


ensino de História tradicional:
a) Os conteúdos são informados de
maneira hierárquica e linear.
b) Grande ênfase na memorização.
c) Uma história apresentada com
acontecimentos e fatos isolados e
estanques.
d) Conteúdo cívico, com ênfase nas
comemorações e pouco reflexivo.
e) Cada criança deve se perceber como um
sujeito histórico e, ao mesmo tempo, um
sujeito ativo do seu tempo.
Orientações metodológicas para o
ensino de História e Geografia

1. Os conteúdos apresentados devem ser


considerados a partir da faixa etária da
criança, levando-se em consideração
seu desenvolvimento e sua capacidade
de abstração.
2. É importante para as duas disciplinas o
professor acreditar que a criança já traz
um conhecimento prévio, ela tem a sua
história, já possui referências históricas
e geográficas.
Princípios comuns a essas
disciplinas

“Próximo para o distante”


“Concreto para o abstrato”
“Parte para o todo”
“Passado e presente”
Estrutura básica conceitual

 Quadro conceitual elaborado por Heloísa


Dupas Penteado (2009), presente no livro
“Metodologia do Ensino de História e
Geografia”
Corpo conceitual

 Quadro conceitual elaborado por Heloísa


Dupas Penteado (2009), presente no livro
“Metodologia do Ensino de História e
Geografia”
Portanto, o ensino de História e
Geografia deverá ser orientado por:

1. Trabalhar em todas as séries, além dos


conhecimentos específicos, os
conceitos da estrutura conceitual básica,
ainda que em níveis diferentes.
2. Incidir sobre as dimensões de natureza e
cultura assumidas pelo tempo e pelo
espaço.
3. Organizar os conceitos específicos na
seguinte sequência: natureza, cultura,
espaço e tempo histórico.
Quadro elaborado por Ana Lucia Nemi e
João Carlos Martins, em “Didática de
História – o tempo vivido: uma outra
história”, p. 97
1º 2º 3º 4º 5º
ano ano ano ano ano

Tempo/
Espaço

Semelhança/
Diferença

Permanência
/Mudança
Progressiva ampliação do estudo
Cultura dos conceitos

Trabalho
Quadro inspirado em Ana Lucia Nemi e
João Carlos Martins, em “Didática de
História – o tempo vivido: uma outra
história”
1ª série 2ª série 3ª série 4ª série
Família e Bairro ontem e História do Tema:
história hoje estado: “Trabalho
pessoal “Composição escravo e
– Inclusão social do assalariado no
Escola atual e bairro/ estado” Brasil”
História município – – Recuo mais
ampliação longo no tempo, – Trabalho no
Comunidade da localização partindo dos Brasil hoje:
atual e História espacial e dias de hoje salários,
do recuo no – Análise dos legislação e
Fundamentos tempo grupos sociais e reivindicações
do bairro suas relações
– Município políticas e de – História do
– Localização ontem e hoje trabalho trabalho
espacial – Enfoque: no Brasil:
em casa, na índios, escravos e
escola e na portugueses, assalariados
comunidade negros,
imigrantes (séc.
XIX) e
migrantes (séc.
XX)
Reforçando

 A escola trabalha com a cultura, seja no


interior da sala de aula ou nos demais
ambientes escolares.
 Desta forma, a História e a Geografia são
uma construção social e histórica. Elas
são veículo de culturas, devem ser
analisadas com base no tipo de seleção
que pode ser feita, na construção desse
saber sistematizado.
 É importante ressaltar as preocupações
fundamentais apresentadas nos temas
transversais, relacionando-as com as
questões emergenciais para a conquista
da cidadania.
Primeiro ano: contribuições de
Fonseca (2010)

 Segundo a autora, o primeiro eixo


temático proposto pelo PCN é a “história
local e do cotidiano integrado aos temas
transversais, portanto possibilita estudar
as histórias de vida das crianças, a
construção das identidades e as
relações nos grupos sociais mais
próximos, como a família e a escola.
O desenvolvimento das noções de tempo
e espaço deve permear todo o processo
dos primeiros anos”. Todo cuidado é
necessário ao se abordar a temática das
famílias, visto que a organização das
famílias hoje mudou bastante.
Segundo ano: contribuições de
Fonseca (2010)

 O estudo das relações e vivências na


localidade da criança, os diversos
espaços sociais e históricos e também
modos de viver desenvolvem conceitos
como os de sujeito histórico, trabalho,
natureza e espaço, num processo
dinâmico, criativo e dialético.
Terceiro ano: contribuições de
Fonseca (2010)

 O desenvolvimento das noções de espaço


e tempo (sucessão, ordenação,
simultaneidade, mudanças, permanências)
e a expressão oral e escrita devem
combinar-se à construção de noções de
cidadania e participação dos alunos, para
que estes se sintam sujeitos da história e
do conhecimento.
 Para quem mora em São Paulo, ela sugere
pensar nos problemas da cidade e o que
pode ser ampliado para as cidades de
cada município brasileiro, ou seja, os
problemas locais, tais como meio
ambiente, trânsito, violência,
dificuldades encontradas nas
grandes metrópoles.
Quarto ano: contribuições de
Fonseca (2010)

 A autora sugere “explorar os diferentes


significados do trabalho em nossas
vidas: sua dimensão econômica, da
realização pessoal, política, cultural.”
Pode-se ampliar o foco não apenas no
trabalho local, mas em outras épocas da
história do Brasil. O trabalho infantil
pode ser explorado de forma crítica.
Quinto ano: contribuições de
Fonseca (2010)

 O tema das comunidades indígenas


destacado nos PCNs é obrigatório desde
2008 e pode ser incorporado como proposta
para as crianças conhecerem e investigarem
as formas de viver dos indígenas, trabalhar
os estereótipos, o tratamento das culturas e
o respeito à diversidade.
 Outra proposta presente como eixo temático
dos PCNs é a história das organizações
populacionais, em que se estudam os
movimentos, as contradições e as relações
sociais, políticas e econômicas a partir da
vivência da criança, ampliando-se as noções
até atender a diversidade do Brasil, os
processos históricos de conquistas,
ocupação e exploração do território.
 O vasto panorama apresentado deve ser
explorado com atividades que poderão
compor projetos, atividades
sequenciadas e situações significativas
e motivadoras de aprendizagem para o
desenvolvimento de seus futuros alunos.
Interatividade

Como tornar o ensino de História


interessante e significativo?
a) Decorando as datas comemorativas.
b) Interpretando e entendendo os fatos e os
acontecimentos ao longo do tempo.
c) Ensinando para a erudição.
d) Decorando características de cada
tempo histórico.
e) Não se preocupando com o que passou.
O importante é olhar para o futuro.
Resposta

Como tornar o ensino de História


interessante e significativo?
a) Decorando as datas comemorativas.
b) Interpretando e entendendo os fatos e os
acontecimentos ao longo do tempo.
c) Ensinando para a erudição.
d) Decorando características de cada
tempo histórico.
e) Não se preocupando com o que passou.
O importante é olhar para o futuro.
Segundo Kozel e Filizola (2010)

Em Geografia, a criança pode começar pela


compreensão da relação do homem com a
natureza, enfatizando os seguintes
aspectos:
1. Processo de trabalho, tempo, espaço,
transformação e produção de
necessidades.
2. Observação do mais próximo do aluno
ao mais distante.
3. Valorizar informações que os alunos
levam para a sala de aula.
4. Ponto inicial  vizinhança e separação/
ordem e sucessão/continuidade/escola/
ambiente/casa.
Segundo Kozel e Filizola (2010)

5. Maquete/mapas: apresentação de formas


planas (bidimensionais) da realidade
(tridimensional).
6. Mapas são fotografias da paisagem e
não contêm tudo que nela se vê. Traços,
cores e símbolos auxiliam nessa
construção.
7. Escala intuitiva do que é maior e do que
é menor.
8. Trabalhar com mapas envolve maior
grau de abstração.
9. Necessidade de partir de situações
concretas.
Segundo Kozel e Filizola (2010)

10. Pontos cardeais são conhecimentos


apropriados para serem aplicados no
trabalho com mapas.
11. Itinerários casa/escola e depois
conhecimentos sobre ocupação
humana, origens, construção e
organização dos espaços.
12. Tabelas e gráficos: representações da
realidade por meio de símbolos,
legendas e escalas.
Com relação aos conteúdos:

 Relação cidade, campo e


interdependência por meio do trabalho.
 Abordagem a partir dos próprios produtos
usados, para contextualizar.
 Local de produção, recursos necessários,
aspectos da modernidade, do espaço,
energia, mão de obra.
 Divisão do trabalho: remuneração, setores
de atividade, produtos
fabricados/produzidos por indústrias e
fornecidos para outras.
 Divisão técnica do trabalho.
 Trabalho artesanal e produção industrial.
 Espaço geográfico: integra aspectos da
dinâmica da sociedade e da dinâmica da
natureza.
Interdisciplinaridade

 Deve estar presente nas atividades e nos


projetos, pois existe interdependência
dos conteúdos de Geografia, História e
com os demais conteúdos.
 Para conseguir essa contextualização,
sugerem-se experiências de apropriação
e reflexão do contexto por meio de
observações, experiências, associação
de mapas e fotos ao texto, a
interdisciplinaridade e a prática social.
 Com a utilização adequada de diversos
recursos, é possível que ocorra um maior
aproveitamento no processo de ensino e
aprendizagem, maior participação e
interação do aluno com o professor.
Recursos pedagógicos

Textos escritos
 Um dos recursos muito utilizados são os
textos escritos, que exigem
compreensão e interpretação do aluno.
 É indispensável para o aluno saber ler e
analisar um texto, não apenas na
disciplina de Geografia, mas em todas as
outras. O objetivo da análise textual é
aprender a ler, habituar-se com os
termos técnicos, conceitos, identificar e
relacionar o raciocínio do autor, suas
bases e suas conclusões.
Recursos pedagógicos

Filmes
 Esse recurso pode ser utilizado na sala
de aula, abrindo horizontes e ampliando
a visão de mundo das crianças.
 Os filmes podem servir de mediação
para o desenvolvimento das noções de
tempo e de espaço na abordagem de
problemas sociais, econômicos e
geopolíticos, por isso devem ser
selecionados com objetividade e ligação
com os temas de estudo.
Recursos pedagógicos

Representações gráficas
 Nesse recurso se encaixam os desenhos, as
obras de arte, fotografias, histórias em
quadrinhos; diferenciam-se dos textos pela
dominância das figuras.
 O desenho pode ser trabalhado de diferentes
maneiras. Há vários tipos de desenhos que
podem ser trabalhados: o espontâneo, o de
trajetos, o de edificações, entre outros.
 A exploração da imagem é um recurso
valioso no ensino; uma maneira de explorar
esse recurso é pedir que os alunos tragam
fotos antigas, fotos de viagens e de passeios
a lugares diferentes para que analisem os
aspectos geográficos das imagens,
comparem informações e transformações.
Recursos pedagógicos

Mapas, plantas e maquetes


 Muito comum nas aulas de Geografia, os
mapas, na maioria das vezes, são
trabalhados como uma tarefa mecânica de
copiar e pintar, como uma simples
ilustração.
 Contudo, trata-se da construção gradual
de um conceito altamente elaborado e de
fundamental importância para a Geografia:
o conceito do espaço geográfico (KOZEL,
FILIZOLA, 1997, p. 82).
 O mapa e a planta são representações
planas da realidade. A criança precisa de
amadurecimento e informações sobre o
que está sendo representado.
Recursos pedagógicos

Pesquisa e estudo do meio


 Esse recurso desenvolve nos alunos a prática
de investigação, da reflexão e da crítica. A
pesquisa no âmbito escolar proporciona
ampliação e aprofundamento dos conteúdos
trabalhados em sala. Há a pesquisa
bibliográfica e a pesquisa de levantamento de
dados, como entrevista ou observação.
 O estudo do meio também é uma forma de
pesquisa, uma ligação entre a escola e a
sociedade: quando sai a campo para o estudo
do meio, o aluno retorna para a sala de aula
enriquecido e com novos conhecimentos a
serem discutidos. O objetivo desse recurso é
fazer com que os alunos comparem,
estabeleçam ligações, observem, examinem e
investiguem.
Proposição de expectativas de
aprendizagem: Ensino Fundamental
I da PMSP – vol. I, p. 79
ano o que
1º Lugar onde Espaços de vivências da criança.
vivemos Locais, objetos, seres humanos e
outros nas relações de
semelhanças e diferenças.
2º Modos de viver Modos de vida no cotidiano
doméstico e social: grupos de
pertencimento, horários e
rotinas; alimentação e saúde;
hábitos e contextos culturais.
Modos de vida animal e vegetal.

3º O que Objetos, costumes, normas,


compartilhamos serviços, espaços públicos e
recursos naturais.
Proposição de expectativas de
aprendizagem: Ensino Fundamental
I da PMSP – vol. I, p. 79
ANO O QUE

4º O que e como Produção, circulação e


produzimos conservação de objetos e
bens agrícolas, artesanais e
industriais.

Como nos Formas e meios de


comunicamos comunicação em diferentes
épocas e culturas.
5º Quem somos Construção de identidades
sociais e culturais e
comparações e
transformações do ser
humano do ponto de vista
biológico.
Viver na cidade
de São Paulo Ambientes e modos de vida
na cidade ao longo das
diferentes épocas.
Lembre-se: estágios são momentos
de observação, participação e
pesquisa
 O estágio também é um trabalho
acadêmico e você terá de realizar um
relatório com base nos registros e nas
reflexões realizadas.
 Durante as observações, você terá
dúvidas e questionamentos que devem
ser vistos como oportunidades de
aprendizagem, portanto, elas se tornam
campo de conhecimento e espaço de
formação docente.
 O estagiário é um futuro profissional em
aprendizagem, que se esforça na tarefa
de ensinar e aprender.
Estágios como possibilidades de
realizar projetos de pesquisa

A importância do diagnóstico da instituição


escolar em que está sendo feito o estágio
para a realização de um projeto
Para Libâneo (2001, p. 178):
 “Diagnóstico consiste no levantamento
de dados e informações para se ter uma
visão do conjunto de necessidades e
problemas da escola e facilitar a escolha
de alternativas de solução.”
O diagnóstico é parte integrante de um
planejamento.
Estágios como possibilidades de
realizar projetos de pesquisa

O planejamento obedece à seguinte lógica:


 Coleta de dados da escola com
informações.
 Análise e interpretação dos dados com
base nos objetivos da instituição.
 Tomada de decisões com base na
escolha de prioridades e as formas mais
eficazes de produzir mudanças da
instituição em função dos objetivos.
 Confronto entre a teoria estudada e a
prática observada  elaboração de um
projeto de intervenção.
 Socialização do projeto.
Interatividade

O ensino de Geografia não serve para:


a) Compreender um mapa.
b) Saber onde estamos.
c) Entender a realidade e transformá-la.
d) Decorar o nome das capitais dos estados
e acidentes geográficos.
e) Compreender a relação entre passado,
tempo e modificações na natureza.
Resposta

O ensino de Geografia não serve para:


a) Compreender um mapa.
b) Saber onde estamos.
c) Entender a realidade e transformá-la.
d) Decorar o nome das capitais dos estados
e acidentes geográficos.
e) Compreender a relação entre passado,
tempo e modificações na natureza.
Projetos de trabalho

 As propostas de projetos de trabalho em


História e Geografia são modelos
inspiradores para você, futuro
profissional da educação, como também
referencial para o confronto da realidade
observada nos estágios de participação.
 Não tem como ideia servir de receita,
mas como um ponto de partida para a
reflexão, pois acreditamos na autoria e
autonomia de cada educador, bem como
na singularidade de cada instituição
escolar.
Primeiro ano: linha do tempo

Assuntos significativos: medição e


contagem do tempo
 Criar um espaço na sala de aula para
registrar os acontecimentos importantes
do ano, seja por meio de cartazes de
cada mês, seja criando, desde o início do
ano, a linha do tempo da turma.
 O importante é estar sempre
realimentando esse espaço com
anotações e desenhos das crianças.
Primeiro ano: linha do tempo

 Estimular o grupo a tomar iniciativa de


fazer os registros. A cada situação nova,
o professor pode perguntar ao grupo se
é válido anotar no espaço da sala o
acontecimento.
 No decorrer da atividade, que deve ser
mantida por todo o ano, já será possível
perceber a passagem do tempo e a
satisfação de relembrar fatos vividos.
Primeiro ano: identidade

 A certidão de nascimento pode ser


utilizada para a confecção de uma
carteira de identidade.
Maquetes

Maquetes são construções em miniatura


usadas para representar objetos ou
elementos de um lugar. As maquetes são
representações tridimensionais
(comprimento, altura, largura).
 Diversos tipos de sucata (caixas de
fósforo, tampas de garrafa etc.); caixa de
papelão; tesoura; cola.
 Procedimentos: peça para os alunos
observarem com atenção a posição dos
objetos na sala de aula; comece a
montagem da maquete da sala de aula
com as sucatas trazidas pelos alunos.
Desenho de observação do espaço
escolar
Maquete da sala de aula
Segundo ano: o bairro e a
representação

 Para o segundo ano, já é possível pensar em


conhecer a comunidade onde a escola está
inserida, trabalhando características
históricas, culturais, abordando seu passado.
 Na revista Nova Escola nº 167, encontramos
um relato de um professor que chamou um
ex-condutor de bonde para contar sua
experiência na década de 1950 a 1960, no
litoral de Santos.
 Ele foi convidado pela direção da escola para
falar às crianças que pesquisavam os
primórdios do bairro, do Morro de São Bento,
onde vivem e por onde os bondes circulavam
antigamente. Ele possibilitou um relato oral,
fonte de conhecimento ao vivo para os
alunos, que puderam fazer perguntas e
conhecer mais sobre sua região.
Segundo ano: moradias

Durante três meses, a formadora Silvana


Augusto realizou um projeto envolvendo a
diversidade da natureza, a relação do homem
com a cultura e percepção de diferentes
moradias, no caso, as tendas dos beduínos.
Estas foram comparadas às moradias das
crianças, mas a professora utilizou contos,
pesquisas e ilustrações de diferentes
desertos, rochosos, arenosos e de cascalhos
para desenvolver o tema dos desertos árabes
e modos de viver, entre eles, as casas
(tendas). Vale a pena conhecer os mais
variados recursos e desdobramentos de
cada etapa desse trabalho.
 O projeto na íntegra faz parte da
Revista Avisa lá, nº 26.
Terceiro ano: conversar com a
classe sobre o modo como a terra é
utilizada no campo e na cidade
Relação cidade/campo
 Conversar com a classe sobre o modo
como a terra é utilizada no campo e na
cidade.
 Sugestão  Perguntar: qual é a atividade
principal do campo? Discutir, então, os
elementos necessários para a
agricultura: terra, ferramentas, adubos.
Terceiro ano

Transitando entre a cidade e o campo,


abordando temas como:
 ambiente;
 trabalho;
 profissões;
 família;
 comunidade;
 bairro e município;
 estado e país.
Terceiro ano

 Em relação às modificações na cidade e


no campo, realizar um levantamento
sobre as mais recentes. Ex.: abertura de
estrada, construção de prédio, reforma
de casa, instalação de semáforos,
asfaltamento de rua etc.
Terceiro ano

 Observação da disposição das gôndolas


de supermercado e dos produtos  o
macarrão sempre perto do queijo ralado,
dos molhos etc.
Terceiro ano

 Mapear o percurso dos produtos


consumidos: desenho do mapa do
caminho desde a matéria-prima até o
local de comercialização.
Quarto ano: local da produção

 Localizar no mapa a região de


procedência do produto, bem como as
estradas que ligam os locais de
procedência e destino.
Questões que podem ser abordadas
à agropecuária

 Tipo de terreno adequado à pastagem,


necessidade de água na região.
 Espécies de gado que existem, espaço
necessário.
 Energia utilizada na produção: elétrica,
força animal, máquinas utilizadas para a
produção.
 Modernização do campo, o desemprego e
a migração para os centros urbanos.
 Trabalho mecanizado requer menos mão
de obra, assim, as famílias se mudam para
a cidade procurando moradia e trabalho.
Quinto ano: divisão do trabalho –
estudo do trabalho espacial

Neste momento, o aluno já tem condições


de perceber que há diversas etapas de
produção, que podem ser realizadas em
unidades distantes:
 uma parte no campo;
 outra parte na cidade; ou
 em duas fábricas diferentes.
Quinto ano: divisão do trabalho –
estudo do trabalho social

 Um é o patrão, outro o dono da terra, das


máquinas ou do prédio.
 Outro é o empregado (que trabalha para
o patrão em troca do salário).
 Produção artesanal e produção
industrial.
Quinto ano: meio ambiente

 Pesquisa sobre a função das áreas


verdes para a sociedade (proteção
contra os ventos, raios solares e ruídos;
lazer; função paisagística etc.).
 Pesquisa sobre o tipo de vegetação que
existia em determinada área, atualmente
urbanizada.
 Pesquisa em arquivo da cidade: fotos
antigas a serem utilizadas como base de
discussão com a classe sobre as
transformações ocorridas.
 Escolha de uma obra de arte que retrate
a natureza, questionando a ideia de
natureza que o artista pretendia
transmitir.
Resumindo...

 A unidade III procurou articular os eixos


metodológicos das disciplinas de
História e Geografia às práticas
pedagógicas, com o objetivo de
subsidiar a autonomia do futuro
professor nas suas escolhas didáticas.
 Para tanto, foram apresentados os
conteúdos e temas de cada disciplina e
ainda sugestões de atividades.
 O ensino de História e Geografia tem
como proposta relacionar passado e
presente no tempo, no espaço e nas
relações de inclusão.
Interatividade

Arquitetos e paisagistas têm dado destaque


em seus projetos e realizações a temas como:
convivência das pessoas, espaço para
descanso e lazer etc. Qual alternativa explica
essa atual tendência?
a) Os espaços que nos circundam estão se
renovando.
b) A nova tendência se volta para a 3a idade.
c) Descanso e lazer, enquanto se trabalha, são
temas supérfluos.
d) Os espaços estão se humanizando a fim de
melhor atender as pessoas, já que o
homem os transforma.
e) As novas preocupações derivam
das novas profissões.
Resposta

Arquitetos e paisagistas têm dado destaque


em seus projetos e realizações a temas como:
convivência das pessoas, espaço para
descanso e lazer etc. Qual alternativa explica
essa atual tendência?
a) Os espaços que nos circundam estão se
renovando.
b) A nova tendência se volta para a 3a idade.
c) Descanso e lazer, enquanto se trabalha, são
temas supérfluos.
d) Os espaços estão se humanizando a fim de
melhor atender as pessoas, já que o
homem os transforma.
e) As novas preocupações derivam
das novas profissões.
ATÉ A PRÓXIMA!

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