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A presente pesquisa busca discutir acerca do Ensino da História Local nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental da escola pública municipal. Nossa preocupação surgiu a partir da discussão do
Ensino de História Local no Curso de Especialização em História Local pela Universidade Estadual
da Paraíba, no ano de 2021. Propomos analisar as concepções de professores dos anos iniciais sobre
conceitos, currículos e metodologias da História Local. A pesquisa vislumbra uma reflexão do fazer
docente para uma educação cidadã e crítica, voltada para emancipação dos alunos, considerando-
os como sujeitos históricos. Para tanto, a pesquisa é de abordagem qualitativa, com uso de um
formulário online do tipo google forms para coleta dos dados, organizado com questões abertas e
fechadas sobre o perfil dos pesquisados e suas percepções sobre a temática em tela. Acreditamos
que o ensino de história local se caracteriza como emancipador, problematizante e significativo
quando se alicerça nas concepções da Educação que, percebe os educandos como sujeitos
históricos. Defendemos a relevância social da presente pesquisa, por ser uma tentativa de
problematizar a prática pedagógica no Ensino de História Local. A pesquisa despertou a
possibilidade de trabalhar a História Local nos Anos Iniciais com a realidade mais próxima das
relações sociais que se estabelecem entre educador, educando, sociedade e o meio em que vivem e
atuam. Nessa perspectiva, o ensino-aprendizagem da História Local configura-se como um espaço-
tempo de reflexão crítica acerca da realidade social e, sobretudo, referência para o processo de
construção das identidades destes sujeitos e de seus grupos de pertença.
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa busca discutir acerca do Ensino da História Local nos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental da escola pública municipal. Nossa preocupação surgiu a partir da
discussão do Ensino de História Local no Curso de Especialização em História Local pela
Universidade Estadual da Paraíba, no ano de 2021. Propomos analisar as concepções de
professores dos anos iniciais sobre conceitos, currículos e metodologias da História Local.
Pensar, compreender o Ensino da História Local nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental é um convite para a aprendizagem histórica, pois possibilita uma ação educativa,
um trabalho com a realidade e as relações, que são firmadas entre professores, alunos, sociedade
e o ambiente que habitam e atuam.
A História Local no cenário atual assume um papel de destaque para formação dessa
aprendizagem histórica para vida dos alunos. Dessa forma a sua materialização,
desenvolvimento para o ensino nos anos iniciais do ensino Fundamental se faz necessária, por
que proporciona uma compreensão do contexto social em que o aluno está inserido, permitindo
identificar o passado sempre atual e vivo nos mais diversos espaços de sociabilidade como:
família, escola, comunidade e trabalho. Esses saberes e fazeres dão a permissão para o
desenvolvimento do conhecimento histórico na vida das crianças, dos alunos, pois é efetivado
uma conexão, articulação entre a realidade próxima, vivida em seu entorno, seu cotidiano capaz
de relacionar esses conhecimentos com prática educativa que é disseminada na sala de aula.
A pesquisa vislumbra uma reflexão do fazer docente para uma educação cidadã e crítica,
voltada para emancipação dos alunos, considerando-os como sujeitos históricos. Para tanto, a
pesquisa é de abordagem qualitativa, com uso de um formulário online do tipo google forms
para coleta dos dados, organizado com questões abertas e fechadas sobre o perfil dos
pesquisados e suas percepções sobre a temática em tela.
Acreditamos que o ensino de história local se caracteriza como emancipador,
problematizante e significativo quando se alicerça nas concepções da Educação que, percebe
os educandos como sujeitos históricos. Defendemos a relevância social da presente pesquisa,
por ser uma tentativa de problematizar a prática pedagógica no Ensino da História Local.
Portanto, a pesquisa despertou a possibilidade de trabalhar a História Local nos Anos
Iniciais com a realidade mais próxima das relações sociais que se estabelecem entre educador,
educando, sociedade e o meio em que vivem e atuam. Nessa perspectiva, o ensino-
aprendizagem da História Local configura-se como um espaço-tempo de reflexão crítica acerca
da realidade social e, sobretudo, referência para o processo de construção das identidades destes
sujeitos e de seus grupos de pertença.
1. HISTÓRIA LOCAL: CONCEITOS
Pensar a história local é ter uma consciência crítica da sua importância no processo
formativo da cidadania de um povo. É o despertar de novas mentalidades reconhecendo o seu
potencial educativo para a construção de saberes e fazeres basilares para o reconhecimento da
sua importância na perpetuação da história, no nosso caso em estudo a história local que
defendendo enquanto história que tem valor.
Por isso, a História Local nos habilita a interpretar a nossa sociedade e sua produção,
enquanto sujeitos produtores de cultura que precisa ter a sua difusão. É através dessa
perpetuação que conseguiremos relacionar os sentidos e os modos de vida, os saberes passados
pela tradição oral de geração a geração. Portanto, a História Local uma vez desenvolvida
propocionará a compreensão de que todo ser humano possúi uma existência própria, em criar,
inventar, produzir, recriar sua história, e ela nunca será sozinha, isolada, e sim concectada com
diversas instâncias históricas.
Diante dessa importância constatamos que a História Local assume várias perspectiva de
construção, e da qual assumumimos neste estudo é da perspectiva problematizadora da
realidade
Nesse sentido, devemos ter os cuidados para não haver o reducionismo, a simplificação
dessa história que por sua vez acaba se tornando uma constante nas nossas escolas. Cabe a
escola através dos seus professores organizar um trabalho de tal forma que seja colocada em
prática uma articulação entre os saberes, os conhecimentos, os conteúdos da história local e da
temática abordada em sala, com os conteúdos da História Regional, Nacional e Geral.
Esta articulação é a chave para que a história local seja assimilada, compreendida,
entendida historicamente, e sua abordagem possa dar seguimento nas duas direções principais:
partir do local para as relações mais amplas, ou partir do tema amplo para especificidades do
local.
A primeira direção consideramos ser mais viável para os Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, cujas diretrizes em geral abordam a especificidade local – o que faz Conteúdo,
Metodologia e Avaliação do Ensino de História sentido, e permite a associação mais complexa
dessa dimensão com outros saberes, que não somente o histórico.
A segunda direção parece ser mais fácil de ser contemplada, tratando-se dos Anos
Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, uma vez que os livros didáticos abordam o
panorama geral.
Nesse caso, o professor pode elaborar didaticamente subsídios para o desenvolvimento
do tema no âmbito local, oferecendo uma nova dimensão para a compreensão da História.
Embora a história local seja uma interessante proposta para problematização e abordagem do
ensino de História, em geral essa dimensão é ignorada pelas coleções de livros didáticos, isso
porque elas são feitas para uso em âmbito nacional, com poucas exceções.
Em especial nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a questão do local, da
organização do espaço, do reconhecimento das mudanças e permanências que envolvem a
criança são temas muito profícuos para a problematização e a aprendizagem da História. Nesse
caso, os documentos iconográficos são potencialmente estimuladores da curiosidade e do
interesse dos alunos, uma vez que podem ilustrar realidades muito diferentes daquela à qual
eles estão acostumados, porque no curto tempo de vivência deles “sempre foi assim”.
Pode-se inclusive partir do presente como referência para a compreensão do passado.
Essa proposição está coerente com o defendido por Bittencourt (2004) para o ensino de História
nos Anos Iniciais. Além de destacar a superação da abordagem que valorizava a memorização
pela prioridade às noções de tempo e aos conceitos históricos mais próximos da realidade
vivenciada pelas crianças, ela indica a relevância de trabalhar o âmbito local:
Novamente, propõe-se a escola e suas fontes como um exemplo de como poderia ser
estabelecido esse vínculo com a história local.
De acordo com o documento do PCN (1997) fica claro que a preocupação dos estudos,
práticas da história local é prover conexões que levem os alunos a desenvolver múltiplas
capacidades no tocante a compreensão das diversas relações, sejam elas sociais, econômicas
dentro do seu próprio contexto de vida, reconhecendo outros tempos presentes dentro de suas
experiências cotidianas.
Por isso, se faz necessário refletir sobre a significação do componente curricular de
história no currículo da Educação Básica, em especial nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Assim, ainda reportamos ao PCN (1997) ampliamos a nossa compreensão frente uma
perspectiva de que a história no currículo
O componente curricular história dar uma contribuição para formar sujeitos críticos com
uma consciência histórica, que habilita os alunos a exercer a sua cidadania ao ponto de serem
capazes de transformar sua realidade social. É um componente curricular que ver o aluno como
um ser ativo.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta parte do trabalho consiste em descrever o método utilizado para coleta e análise dos
dados, o tipo de pesquisa e seus participantes. É uma pesquisa qualitativa, em que a metodologia
de investigação consiste em enfatizar “ a descrição, a indução, a teoria fundamentada e o estudo
das percepções pessoais” (BOGDAN; BIKLEN, 1994, p.11) do tipo estudo de caso, que
segundo os mesmos autores “ consiste na observação detalhada de um contexto, ou indivíduo,
de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico”. (p.82).
O universo da pesquisa se constitui de 6(seis) professores que atuam nos anos iniciais
do Ensino Fundamental em seis escolas públicas municipais de Alagoa Grande – Paraíba.
Tendo em vista as condições apresentadas pelo estudo de caso, utilizamos para coleta
de dado um formulário online do tipo Google Forms composto de 16(dezessete) questões do
tipo abertas e fechadas. Na organização do formulário abordamos 4(quatro) questões sobre o
perfil dos professores (sexo, turma que leciona, formação acadêmica e tempo de magistério).
As outras 12(doze) questões foram direcionadas ao objeto de estudo da pesquisa, “O Ensino de
História Local nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental”.
As questões abertas, proporcionou aos participantes, respostas mais descontraídas,
distante de qualquer indício de persuasão. O formulário foi elaborado com as seguintes
questões:
• Concepção sobre História e História Local;
• Visão sobre o estudo da História Local na Academia;
• Visão sobre a importância da História e História Local nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental;
• Concepção dos conteúdos, materiais e metodologias utilizados em sala de aula no
trabalho com a História e História Local com seus alunos;
• Visão pessoal sobre as contribuições da História Local para a formação cidadã dos
alunos e as dificuldades encontradas na prática pedagógica;
Quanto a análise dos dados, realizamos por meio da técnica de Análise de Conteúdo,
que de acordo com Bardin (2004, p.13) “aparece como um conjunto de técnicas de análise de
comunicação, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das
mensagens”.
Assim sendo, iniciamos identificando os formulários de cada professor (a) com a
¨nomenclatura P para professor (a), seguindo de um número natural, ou seja, P1, P2, P3, P4, P5
colaboradores do estudo elencando todas as respostas e analisando-as.
Portanto, com base nos autores construímos a caminhada metodológica, a qual nos
propiciou conhecimento acerca da opinião dos professores sobre a importância do Ensino de
História Local nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
A pesquisa que ora foi desenvolvida, especialmente pelo tema escolhido para ser
estudado, foi compreendido por nós de uma forma significativa no intuito de dar uma
contribuição para os estudos da História Local no tocante o seu ensino nos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
Os dados coletados por meio do formulário online já descritos na metodologia, nos deu
a oportunidade de obter importantes dados que nos deram condições de traçar o perfil dos
professores, sujeitos de nosso estudo.
O perfil dos nossos docentes pesquisados se enquadra na maioria do sexo feminino.
Esses dados reforçam a assertiva de que a maioria dos professores que se encontram lecionando
nos anos inicias do Ensino Fundamental são do sexo feminino.
No que se refere o ano/série em que os professores atuam, três professores lecionam no
1º ano e três professores no 5º ano. Já no que diz respeito à formação acadêmica todos
afirmaram ser especialistas, e dentro desses professores um dele tem mestrado.
Com base no tempo que os professores lecionam, percebemos que a grande maioria, ou
seja, 5, se enquadram de 20 a 25 anos de profissão, e 1, entre 10 a 15 anos. Sobre essas
informações os professores da referida pesquisa possuem uma grande vivência em sala de aula,
traduzindo a consolidação da formação adquirida.
4.1. O QUE FALAM OS PROFESSORES?
[...] a história local tem sido indicada como necessária para o ensino por
possibilitar a compreensão do entorno do aluno, identificando o passado
sempre presente nos vários espaços de convivência – escola, casa,
comunidade, trabalho e lazer –, e igualmente por situar os problemas
significativos da história presente (BITTENCOURT, 2004, p. 168).
Portanto, fica comprovado que os professores alvo da pesquisa possui uma compreensão
satisfatória do que venha ser a História Local. Cabe a cada um poder desenvolvê-la nas suas
práticas pedagógicas de forma a levar seus alunos a aquisição de saberes e fazeres necessários
a vida cidadã.
Diante das respostas dos professores sobre a importância da História Local nos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental, percebemos que as visões dos docentes sobre esse aspecto
giram em torno de uma significação para vida dos alunos, pois eles apresentam que a História
Local precisa ser trabalhada para manter viva a História do lugar em que eles estão inseridos.
Outra visão é abordar a História Local na perspectiva da valorização das pessoas que
fizeram história no município. Os professores também apresentaram suas percepções da
importância da História local no tocante aos alunos a se reconhecerem enquanto pertencentes
ao lugar. Isso implica o desenvolvimento do sentimento de pertencimento.
Portanto, refletir sobre a importância da História Local nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental via os professores é reafirmar a significação desse conhecimento para a vida local
dos alunos, pois proporciona o reconhecimento do patrimônio local, oportunizando a
valorização de histórias pelos seus habitantes. Assim, de acordo com os professores a História
Local proporcionar bases para a compreensão do lugar do aluno no seu espaço de convivência.
Mediante a visão dos professores sobre a importância da História Local nos reportamos
a Gadotti (1994) que afirma que a História Local é importante, pois evidencia a participação
dos atores envolvidos no ato educativo. Alunos, professores, escola, as comunidades
evidenciam-se suas participações sociais. Assim, Gadotti (1994) reforça que “ a História Local
valoriza a experiência cotidiana” (GADOTTI, 1994, p.152).
Com relação a questão sobre se os professores trabalham a História Local nas suas salas
de aula, obtivemos como respostas uma afirmação que todos trabalham essa temática. Diante
das respostas dos docentes concluímos que o trabalho da História Local acontece, isso denota
que existe um espaço na sala de aula da sua materialização. Consideramos importante a posição
dos professores sobre essa questão, pois acreditamos que os mesmos consideram a sua
materialização durante o exercício da sua docência em prover desenvolvimento dos seus alunos
sobre esse conhecimento que aqui estamos a discutir: A História Local na sala de aula.
6. Quais conteúdos foram trabalhados sobre o componente curricular História e História Local
no último bimestre?
P1. Os festejos juninos e folclore
P2. Emancipação Política, História de Margarida Maria Alves, Jackson do Pandeiro.
P3. A história da nossa cidade.
P4. Independência, cultura, saberes e viveres. Religiosidade.
P5. Ás vésperas da Independência, Desigualdades, A História do seu município (Emancipação)
P6. Emancipação Política de Alagoa Grande, Vida e obra de Margarida Maria Alves e Jackson do
Pandeiro.
Fonte: Formulário Online Elaborado pelo pesquisador e respondido pelos professores
Os professores quando indagados sobre quais materiais utilizam nas aulas de História
Local, percebe-se uma diversidade de recursos materiais. Dessa forma, constata-se que é a
atribuição dos professores fazer a ampliação da aprendizagem e do conhecimento histórico dos
alunos a partir de várias fontes e materiais didáticos.
Segundo os PCNS (1998) destacam que:
Os alunos têm acesso a inúmeras informações, imagens e explicações no
convívio social e familiar, nos festejos de caráter local, regional, nacional e
mundial. Nas convivências entre as gerações, nas fotos e lembranças dos
antepassados e de outros tempos, crianças e jovens socializam-se, aprendem
regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o futuro e questionam o
tempo. Rádio, livros, enciclopédias, jornais, revistas, televisão, cinema, vídeo
e computadores também difundem personagens, fatos, datas, cenários e
costumes que instigam meninos e meninas a pensarem sobre diferentes
contextos e vivências humanas. (PCNS, 1998, p.37)
8. Quais as metodologias você utiliza para com o trabalho da História e História Local na sala
de aula?
P1. Diálogo, pesquisa junto a família, vídeos relacionados ao tema abordado.
P2. Apresentação de vídeo aula, atividades impressas, textos bibliográficos
P3. Palestras, aula informativa com roda de conversa, vídeos informativos.
P4. Visita ao lócus da sua vivência, mesa focal com os alunos, aula expositiva dialogada, produção
textual.
P5. Atividades escritas explicativas, discussões, trabalhos escritos e apresentações.
P6. Leitura de imagens, entrevista, produção de linha do tempo, uso do livro didático, filme,
músicas, dentre outras.
Fonte: Formulário Online Elaborado pelo pesquisador e respondido pelos professores
De acordo com as metodologias utilizadas pelos professores para com o trabalho da
História e História Local na sala de aula, percebe-se uma grande variedade de estratégias usadas
pelos docentes dentro das suas práticas pedagógicas no desenvolvimento do assunto em tela.
Dessa forma, na sua maioria relataram usar: diálogo, discussão, roda de conversas, uso de vídeo,
entrevista, pesquisadentre outras. Para essa questão fica comprovado que os professores se
apropriam de várias metodologias para que os conteúdos da História e História Local possam
ser melhor assimilados pelos alunos.
Sabemos da importância do uso das metodologias para o fazer pedagógico do professor.
É através desses instrumentos metodológicos que o professor tem a oportunidade de traduzir
em ações práticas situações de aprendizagens que levem os alunos a aprender. Assim, sabemos
que utilizar essas metodologias poderão alcançar os seus objetivos, e assim construir resultados
sobre sua atuação docente em prol dos saberes e fazeres atinentes a História e História Local
9. Você se sente preparado para trabalhar o com a História Local com seus alunos?
P1. Não.
P2. Sim.
P3. Sim.
P4.Sim.
P5. Não.
P6. Sim.
Fonte: Formulário Online Elaborado pelo pesquisador e respondido pelos professores
Com relação a questão sobre se o professor sente preparado para trabalhar com a
História local com seus alunos, dos (6) seis professores, (4) quatro afirmaram se sentirem
preparados e (2) professores afirmaram que não. Diante desses resultados ficam comprovados
que os professores na sua maioria externam serem detentores de uma preparação. Logo, implica
dizer que os mesmos apresentam uma familiaridade com o objeto de conhecimento ao ponto de
traduzi-los em sala de aulas através de situações de aprendizagens, e mais ainda por serem
professores dos anos iniciais que defendendo um trabalho com esses públicos desde o seu
ingresso na escola.
10. Você teve na sua formação acadêmica alguma informação, conteúdos sobre o Ensino da
História Local?
P1. Não.
P2. Não.
P3. Não.
P4. Não.
P5. Não.
P6. Não.
Fonte: Formulário Online Elaborado pelo pesquisador e respondido pelos professores
11. Quais as dificuldades você encontra no Ensino da Historia Local na sala de aula?
P1. Ausência de material
P2. Não vejo dificuldades.
P3. Falta de equipamentos tecnológicos
P4. Rejeição por parte de alguns docentes, porque para eles não é interessante uma vez que eles
convivem. Eles querem algo novo diferente do que já conhece.
P5. Conhecimento com propriedade da História Local. Até porque trabalho em uma comunidade,
onde não conheço a história dela.
P6.Como toda área de conhecimento é infinita, as dificuldades sempre vão aparecer. Uma delas que
atribuo que é comum a todos que quer trabalhar a História Local na sala de aula, é a ausência de
material. A falta de um livro que fale, trabalhe, discute a História Local. Considero entraves, mas
tenho a consciência que mesmo com essa lacuna de material é possível trabalhar com a História
Local na sala de aula desde que haja um planejamento, uma organização. Penso se a escola enquanto
comunidade houver uma parceria entre todos os professores com certeza essas dificuldades serão
minimizadas, pois em conjunto conseguiremos criar estratégias, meios para a disseminação da
História Local de forma que ela tenha seu espaço no currículo escolar.
Fonte: Formulário Online Elaborado pelo pesquisador e respondido pelos professores
CONCLUSÃO
Portanto, esse estudo buscou dar uma contribuição para os docentes se desligarem de
uma prática docente prescritiva, dando abertura para a construção de uma prática pedagógica
significativa destinada aos alunos pautada em um comprometimento com uma formação
alicerçada na intenção primeira de formação de sujeitos que possa ler o mundo começando pelo
seu sob as lentes do pertencimento.
Por isso, com uma visão crítica, consciente, fraterna, justa, inclusiva capaz de construir,
entender, materializar a importância da história local nos anos iniciais se faz necessário o
desenvolvimento da formação identitária dos alunos como seres produtores de fazeres e saberes
históricos, pois cada um compõe a sua história e nela devemos nos reconhecê-las.
Neste sentido, refletir sobre o Ensino de História Local nos anos iniciais do ensino
fundamental é viver momentos de valorização de elos de pertencimentos locais e regionais
capazes de nos fazer reconhecer-se no tempo e espaço como sujeitos desta história e neste lugar,
portanto, capazes de falar, escrever sobre nossa História local!
Nessa perspectiva, compreendemos que adotar a História Local como concepção
teórico-metodológica no fazer pedagógico dos professores requer uma série de cuidados, pois
sua simples utilização, sem uma preocupação reflexivo do docente, não haverá garantia da
contextualização nem tampouco a significação dos conteúdos. Por isso, é preciso que aconteça
a dialogicidade com os alunos primando seus conhecimentos, mas com o propósito de buscar a
apropriação dos saberes escolares pelos educandos. Na nossa visão, a prática do diálogo é a
principal chave para a aproximar a Histórica Local com a educação que é disseminada na escola.
Portanto, a pesquisa despertou a possibilidade de trabalhar a História Local nos Anos
Iniciais com a realidade mais próxima das relações sociais que se estabelecem entre educador,
educando, sociedade e o meio em que vivem e atuam. Nessa perspectiva, o ensino-
aprendizagem da História Local configura-se como um espaço-tempo de reflexão crítica acerca
da realidade social e, sobretudo, referência para o processo de construção das identidades destes
sujeitos e de seus grupos que pertencem.
O estudo proporcionou aos professores um momento de reflexão sobre o seu fazer
pedagógico reconhecendo a importância da História Local através das suas concepções,
currículos e metodologias. Logo, este estudo não se esgota aqui e deixa aberto novos estudos
para a construir de novos conhecimentos da História Local, pois sabemos que a História precisa
continuar e mais ainda quando esta História precisa começar deste os anos iniciais da Educação
Básica.
REFERÊNCIAS