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Aspectos quantitativos das soluções

Antes de aplicar as fórmulas que permitem calcular as relações matemáticas das solução, é
fundamental compreender a definição de tais compostos. Pode-se dizer, em termos químicos,
que as soluções são todas aquelas misturas homogêneas. Ou seja, a expressão nomeia as
substâncias em que não é possível diferenciar o soluto e o solvente, mesmo com o uso de
microscópio eletrônico. Por sua vez, as misturas heterogêneas são aquelas em que se
consegue identificar as fases, isto é, o local de cada uma das substâncias puras presentes. O
soluto é a substância que geralmente aparece em menor quantidade na mistura e que é
dissolvida no solvente. Por sua vez, o solvente é responsável por diluir o soluto da reação. As
soluções acontecem entre elementos em qualquer estado físicos, com diferentes graus de
miscibilidade, concentração e solubilidade. Essas são algumas das características que as
fórmulas apresentadas a seguir pretendem quantificar.

• As soluções são misturas homogêneas, onde


não se vê as fases de solvente e soluto;
• Essas misturas são compostas por diferentes
concentrações de solvente e soluto;
• A química conta com fórmulas que permitem
quantificar essas características.
As concentrações das misturas
Nos laboratório de química, as soluções costumam
ser preparadas a partir da dissolução de uma
determinada massa de um soluto em certa
quantidade de um soluto que tenha propriedades
compatíveis. Como regra geral, fica estabelecido que substâncias polares são eficientes em dissolver
outras substâncias polares, enquanto solutos apolares são solúveis em solventes apolares. Outro
fator importante a ser observado são as ligações intermoleculares presentes nas substâncias, pois
elas também influenciam na solubilidade.
Dessa forma, o conhecimento acerca das quantidades de solvente, soluto e do total da solução,
propicia que sejam estabelecidas algumas relações matemáticas, chamadas de concentrações das
soluções. A química ocupa-se de chegar a esses valores para avaliar numericamente as
especificidades das diferentes misturas. As possíveis concentrações das soluções são representadas
pelas seguintes fórmulas:
• Concentração comum (c)
Chama-se assim a relação entre a massa do soluto e o volume da solução, que é expressa pela
seguinte fórmula:
C = massa do soluto / volume da solução
C = m1 / V
A unidade de medida resultante é g/L
• Densidade da solução (d)
É a unidade que indica a relação entre a massa da solução e o seu volume, portanto:
d = massa da solução / volume da solução
d=m/V
A unidade de medida resultante é g/L
• Título (t) porcentagem em massa e ppm/ppb
Esse é tipo de concentração que relaciona a massa de soluto e a massa da solução. Ela é uma
das fórmulas mais usadas pelas indústrias farmacêuticas e químicas. Para se descobrir o título
de uma mistura, aplica-se a fórmula abaixo:
t = massa do soluto / massa do soluto + massa solvente
t = m1 / m1 + m2
t = m1 / m2
• Partes por milhão (ppm) e partes por bilhão (ppb)
Nos dias atuais, é bastante recorrente que se empregue a unidade partes por milhão, ou ppm, e
também partes por bilhão, representada por ppb. Ambas as medidas são extremamente úteis
para indicar concentrações muito pequenas, sobretudo no caso de poluentes do ar, da água e
da terra.
ppm: esta unidade expressa, em gramas, a quantidade de soluto encontrado em 1 000 000 (10
x10 (exp) 6) gramas de uma determinada solução.
ppb: esta unidade expressa, em gramas, a quantidade de soluto presente em 1 000 000 000
(10x10 (exp 90) gramas de uma determinada solução.
Ou seja,
• Uma solução que tenha 20 ppm contém 20g de soluto em 106 g de solução;
• Uma solução que tenha 5 ppb contém 5 g de soluto em 109 g de solução.
Os dois termos são usados com frequência para descrever soluções muito diluídas,
especialmente nas misturas em que a massa da solução tem valor próximo à massa do
solvente.
• Concentração em mol/L ou concentração molar ou molaridade (m)
É a relação estabelecida entre número de mol do soluto e o volume da solução, que é dado em
litros pela fórmula assim escrita:
m = nº de soluto / volume da solução (L)
m = n1 / V (L) ou m = m1 / M1.V(L)
Diluição de Soluções
A diluição de soluções ocorre quando acrescentamos solvente (geralmente a água) a alguma
solução, com isso o volume da solução aumenta e sua concentração diminui, porém a massa do
soluto permanece inalterada. Isso é feito, por exemplo, quando diluímos um produto de limpeza antes
de usá-lo.
Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias​. Como, por exemplo, uma

solução de sal (soluto) dissolvida em água (solvente).


Principalmente em laboratórios químicos e em indústrias, esse processo é muito importante, porque
o químico precisa preparar soluções com concentrações conhecidas. Além disso, em atividades
experimentais são utilizadas soluções com concentrações bem baixas, assim, uma amostra da
solução concentrada é diluída até a concentração desejada.
No dia a dia, várias vezes, até sem perceber, realizamos
o processo de diluição de soluções. Por exemplo, a
embalagem de produtos de limpeza e higiene doméstica,
como desinfetantes, orienta que eles sejam diluídos
antes de sua utilização. Alguns fabricantes sugerem nos
rótulos do produto que ele seja diluído em água na
proporção de 1 para 3, ou seja, para cada parte do
produto, devem-se acrescentar 3 partes de água. Isso é feito, pois o produto é muito concentrado e
forte, podendo danificar o local onde será aplicado se não for diluído da maneira certa. Por outro
lado, se diluir mais do que deveria, pode-se perder dinheiro, porque o produto não atingirá o
resultado desejado.Outro exemplo é ao fazermos sucos. Os rótulos de muitos sucos concentrados
indicam que um copo desse suco deve ser diluído ou misturado a 5 copos de água. Assim, o suco
fica “mais fraco”, isto é, menos concentrado.
Imagine que se diluiu um suco desses em 3 L de água. Se a concentração inicial do suco era de
40g/L, significa que tinha uma massa de 40 g para cada litro do solvente. Mas como teremos 3 L, a
massa será dividida por 3 e a concentração será então de aproximadamente 13, 33 g/L, ou 13
gramas para cada litro de solução. Porém, na solução inteira ainda permanece a massa do soluto de
40g.
O cálculo dessa nova concentração pode ser feito da seguinte maneira:

Onde os índices i e f representam, respectivamente, os valores iniciais e finais. Como o valor de m1


não mudou, podemos igualar as equações:
C​i​ . v​i​ = C​f​ . v​f
Substituindo os valores que temos, de acordo com o exemplo anterior, observe:
Solução inicial:
C​i​: 40g/L
m1: 40g
v​i​: 1L
Solução final:
C​f​: ?
m1: 40g
v​f​: 3L
C​i​ . v​i​ = C​f​ . v​f
(40 g/L) . (1 L) = C​f​ . 3L
C​f​ = 40 g /L
3
C​f​ = 13,333 g/L
O mesmo raciocínio é válido também para a concentração molar (M) e para a porcentagem em
massa de soluto ou título (T):
M​i​ . v​i​ = M​f​ . v​f e ​T​i​ . v​i​ = T​f​ . v​f

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