Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Projeto de Tanque
de Armazenamento Atmosférico
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 02 CONTEC - Subcomissão Autora.
Caldeiraria As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
Sumário
1 Escopo................................................................................................................................................. 7
3 Termos e Definições............................................................................................................................ 9
4 Tipos de Tanque................................................................................................................................ 10
6.1 Diâmetro............................................................................................................................... 11
7.4.1 Temperatura................................................................................................................. 12
2
-PÚBLICO-
9 Projeto do Costado............................................................................................................................ 16
9.2 Espessuras........................................................................................................................... 16
10.3 Material............................................................................................................................... 19
3
-PÚBLICO-
13 Bocais .............................................................................................................................................. 28
13.3 Material............................................................................................................................... 29
14 Bocas de Visita................................................................................................................................ 30
15 Portas de Limpeza........................................................................................................................... 31
16 Dreno de Fundo............................................................................................................................... 32
4
-PÚBLICO-
22 Amostrador de Costado................................................................................................................... 35
28.1 Equalização de Potencial Elétrico entre o Teto Flutuante Externo e o Costado ............... 42
29 Misturadores.................................................................................................................................... 43
30 Sistema de Aquecimento................................................................................................................. 43
5
-PÚBLICO-
Anexo B - Figuras.................................................................................................................................. 50
Figuras
Figura B.1 - Disposição Típica do Fundo com Chapas Anulares ......................................................... 50
Figura B.6 - Suporte para Teto Duplo ou Flutuador de Teto Pontão .................................................... 55
Figura B.7 - Suporte para Teto Tipo Pontão (Lençol Central) .............................................................. 56
Figura B.10 - Bacia de Captação para Dreno Primário do Teto Flutuante Externo Quando não
Utilizada a Drenagem Multiponto ................................................................................. 60
Figura B.11 - Boca de Visita de Cada Compartimento Estanque (para Teto Pontão e Duplo) ............ 61
Tabelas
Tabela A.2 - Taxas Anuais de Corrosão para Aço-Carbono (mm por ano).......................................... 47
Tabela A.4 - Espessura Mínima Estrutural de Montagem das Chapas do Costado em Função do
Diâmetro do Tanque ........................................................................................................ 48
6
-PÚBLICO-
1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condições para o projeto mecânico de tanque de superfície, para
armazenamento atmosférico de petróleo, seus derivados líquidos e outros produtos líquidos utilizados
pela PETROBRAS, tais como: álcool, biodiesel, produtos químicos, água e outros.
1.2 Esta Norma complementa a API STD 650. As condições não fixadas por esta Norma devem estar
em conformidade com a API STD 650.
1.3 Esses tanques são metálicos, de fabricação e montagem soldada, cilíndrico-verticais, de um dos
seguintes tipos:
1.4 Os tanques são usados para serviços não refrigerados, armazenando produto na temperatura
ambiente ou produto aquecido até a temperatura máxima de 260 °C.
1.5 A pressão interna deve ser aproximadamente igual à atmosférica no topo do tanque. Admite-se
uma pequena pressão manométrica interna de até 18,0 kPa (2,5 psi), superior à atmosférica, para
tanque projetado conforme a API STD 650, “Annex” F e de até 6,9 kPa (1,0 psi), inferior à
atmosférica, para tanque projetado conforme a API STD 650, “Annex” V.
1.6 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
7
-PÚBLICO-
ABNT NBR 11888 - Bobinas e Chapas Finas a Frio e a Quente de Aço-Carbono e Aço de
Baixa Liga e Alta Resistência - Requisitos Gerais;
ABNT NBR 11889 - Bobinas e Chapas Grossas de Aço-Carbono e de Aço de Baixa Liga e
Alta Resistência - Requisitos;
ISO 28300 - Petroleum, Petrochemical and Natural Gas Industries - Venting of Atmospheric
and Low-Pressure Storage Tanks;
API STD 620 - Design and Construction of Large Welded, Low-Pressure Storage Tanks;
ASME B 1.1 - Unified Inch Screw Threads (UN and UNR Thread Form);
ASME B 16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings (NPS 1/2 Throught NPS 24 Metric/Inch
Standard);
ASME B 16.47 - Large Diameter Steel Flanges NPS 26 Throught NPS 60 Metric/Inch
Standard;
ASME B 18.2.1 - Square, Hex, Heavy Hex, and Askew Head Bolts and Hex, Heavy Hex,
Hex Flange, Lobed Head, and Lag Screws (Inch Series);
ASME B 18.2.2 - Nuts for General Applications: Machine Screw Nuts, Hex, Square, Hex
Flange, and Coupling Nuts (Inch Series);
8
-PÚBLICO-
ASME BPVC Section VIII, Division 1 - Division 1 - Rules for Construction of Pressure
Vessels;
ASTM A6/A6M - Standard Specification for General Requirements for Rolled Structural Steel
Bars, Plates, Shapes, and Sheet Piling;
ASTM A20/A20M - Standard Specification for General Requirements for Steel Plates for
Pressure Vessels;
BSI BS EN 14015 - Specification for the Design and Manufacture of Site Built, Vertical,
Cylindrical, Flat-Bottomed, above Ground, Welded, Steel Tanks for the Storage of Liquids at
Ambient Temperature and Above;
3 Termos e Definições
3.1
altura nominal do tanque
distância entre a face superior da chapa do fundo e o topo da cantoneira de reforço do último anel do
costado, medida junto ao lado externo do costado
3.2
diâmetro nominal do tanque
diâmetro interno do anel inferior do costado quando todas as chapas tiverem uma linha de centro
comum, ou diâmetro interno do tanque quando as chapas tiverem a face interna comum
3.3
capacidade ou volume nominal
volume determinado a partir do diâmetro e altura nominal do tanque
3.4
espessura nominal de chapa
espessura pela qual a chapa é denominada após a laminação, em conformidade com a sua
especificação
3.5
folha de dados
documento padronizado pela PETROBRAS N-1541
3.6
requisição de material
documento padronizado pela PETROBRAS N-2091
3.7
apresentação de projeto
conjunto de documentos padronizados pela PETROBRAS N-1958
9
-PÚBLICO-
4 Tipos de Tanque
A seleção do tipo de tanque de armazenamento, em função do produto, deve ser feita através de um
estudo adequado, levando em consideração: condições e requisitos ambientais, segurança
operacional, custo do tanque, perdas operacionais e qualidade exigida no produto armazenado,
conforme Tabela A.1.
A base e a fundação do tanque devem ser projetadas de modo que o recalque absoluto e o recalque
diferencial obedeçam a valores máximos, aceitáveis pelo equipamento, conforme as prescrições
desta Seção. O tipo de base deve ser conforme o 5.1 e o recalque da base, conforme o 5.2. A base
de tanque deve atender a PETROBRAS N-1822.
5.2.1 Os recalques máximos aceitáveis, durante o teste hidrostático, na periferia da base (sob o
costado do tanque) são:
5.2.2 O recalque diferencial, após o teste hidrostático, entre qualquer ponto da periferia da base (sob
o costado do tanque) e um ponto interno a 1 150 mm de distância (medida ao longo do raio), deve
ser, no máximo, 70 mm.
5.2.3 Para tanques com fundo com caimento do centro para a periferia, após o teste hidrostático, a
declividade entre o centro e a periferia do tanque deve ser, no mínimo, a estabelecida no projeto para
o fundo.
5.2.4 Para tanques com fundo com caimento da periferia para o centro, devem ser obedecidos os
5.2.4.1 e 5.2.4.2.
5.2.4.2 Durante o teste hidrostático o recalque diferencial máximo admissível (Δ), entre qualquer
ponto da periferia e o centro do tanque, deve ser de:
10
-PÚBLICO-
D
Δ≤
A
Onde:
Δ é o recalque diferencial máximo admissível (em mm);
D é o diâmetro nominal do tanque (em mm);
A é 250 (para tanques com caimento para o centro de até 2 %, inclusive) e 450 (para
tanques com caimento para o centro de 2 % até 4 %).
6 Dimensões do Tanque
6.1 Diâmetro
6.1.2 Para a fixação do diâmetro do tanque o projetista deve levar em conta, além do aspecto
econômico, o espaçamento mínimo entre tanques, de acordo com a ABNT NBR 17505-2.
6.2 Altura
A altura do tanque deve levar em consideração a largura comercial das chapas e ser compatível com
a carga admissível do terreno.
6.3.1 As sobre-espessuras de corrosão dos anéis do costado devem ser obtidas em função das
taxas anuais de corrosão dadas na Tabela A.2, exceto quando especificados valores diferentes nas
Folhas de Dados ou nos 6.3.3 e 6.3.4.
6.3.2 A vida útil do tanque, prevista para a determinação da sobre-espessura de corrosão, deve ser
de, no mínimo, 20 anos.
6.3.3 Para os tanques de teto flutuante (interno e externo), em que o costado seja revestido
internamente, a sobre-espessura de corrosão de cada anel do costado deve ser o maior valor entre o
calculado com a metade da taxa anual de corrosão especificada na Tabela A.2 e 1 mm, ou como
determinado pelo projeto básico do equipamento.
6.3.4 Para os tanques de teto fixo, com o costado revestido internamente, deve-se usar
sobre-espessura de corrosão nos anéis do costado igual a 1 mm.
11
-PÚBLICO-
6.3.6 Para os componentes internos não revestidos da estrutura de sustentação de tanques de teto
fixo, em contato com o líquido armazenado, deve-se usar sobre-espessura de corrosão definida pela
taxa anual de corrosão mais crítica do anel do costado, conforme Tabela A.2, na espessura desses
componentes.
6.3.7 Para fundo e teto não se adota, usualmente, sobre-espessura de corrosão. Quando necessária
proteção, usar um sistema adequado de revestimento interno.
6.3.8 Proteção catódica para o fundo deve ser utilizada quando especificada pelo projeto básico.
A temperatura mínima de projeto é a temperatura de projeto de metal e deve ser igual ao menor dos
seguintes valores:
A pressão de projeto é a pressão máxima de operação no espaço vapor para tanques de teto fixo.
NOTA 1 Esta pressão de projeto é utilizada para o dimensionamento dos dispositivos de alívio do
teto e nos cálculos relativos ao “Annex” F da API STD 650.
NOTA 2 Esta pressão não é aplicável para tanques sem teto, com teto flutuante externo ou com
cobertura geodésica.
NOTA 3 Esta pressão somente deve ser adicionada à altura de líquido, utilizada no cálculo das
espessuras do costado dos tanques, quando requerido pelo “Annex” F da API STD 650.
O vácuo de projeto é o vácuo máximo de operação no espaço vapor para tanques de teto fixo.
7.4.1 Temperatura
A temperatura do produto armazenado deve ser no máximo igual a 260 °C. Acima de 93 °C o tanque
deve atender aos requisitos adicionais do “Annex” M da API STD 650. A temperatura de projeto de
metal deve atender aos requisitos da API STD 650.
12
-PÚBLICO-
7.4.2 Pressão
A pressão de projeto do tanque está limitada ao peso das chapas do teto por unidade de área. Para
chapas de 4,75 mm a pressão manométrica de projeto é de 0,363 kPa (37 mm de coluna de água).
Admite-se pressões manométricas de projeto mais elevadas, até 18,0 kPa (2,5 psi), desde que seja
aplicada a API STD 650, “Annex” F.
NOTA Para valores de pressão de projeto maiores do que o limite especificado pelo “Annex” F da
API STD 650, os tanques devem ser calculados conforme a API STD 620.
7.4.2.2 Vácuo
O vácuo de projeto do tanque está limitado a 0,25 kPa (25,4 mm de coluna de água). Admite-se
vácuos de projeto mais elevados, até 6,9 kPa (1,0 psi), desde que seja aplicada a API STD 650,
“Annex” V.
7.5.1.2 A temperatura máxima de armazenamento do produto deve ser inferior à sua temperatura
inicial de ebulição na pressão atmosférica do local de armazenamento.
7.5.1.3 A temperatura de superfície líquida sob a chaparia central do teto tipo pontão deve ser
sempre calculada para a condição de máxima radiação solar na região. Essa temperatura deve ser
inferior à temperatura inicial de ebulição do produto na pressão dada pelo peso do teto.
7.5.1.4 A temperatura de projeto de metal deve atender aos requisitos da API STD 650.
7.5.2.1 Devem ser atendidos os requisitos de pressão e temperatura do 7.4, aplicáveis ao tanque de
teto fixo.
7.5.2.2 A temperatura máxima de armazenamento do produto deve ser inferior à sua temperatura
inicial de ebulição na pressão atmosférica do local de armazenamento.
13
-PÚBLICO-
8 Projeto do Fundo
8.1.1 Os tanques devem ter um dos seguintes tipos de fundo, a critério da PETROBRAS:
a) fundo plano;
b) fundo cônico com declividade para a periferia de, no mínimo, 1:120;
c) fundo cônico com declividade para o centro de, no mínimo, 1:100 e, no máximo, 1:25.
NOTA 1 Para os tanques com diâmetro menor ou igual a 6 m: é recomendado o uso de fundo plano.
[Prática Recomendada]
NOTA 2 Para os tanques com diâmetro acima de 6 m: é recomendado o uso do fundo descrito em
8.1.1 b). [Prática Recomendada]
NOTA 3 Para os tanques com diâmetro acima de 6 m: o uso de fundo plano só é permitido quando
definido no projeto básico.
8.1.2 Os tanques para Gasolina de Aviação (GAV) e Querosene de Aviação (QAV) devem ter fundo
cônico com declividade para o centro de 1:25.
8.1.3 O Projeto Básico, para outros produtos que requeiram controle rigoroso da qualidade, deve
indicar a utilização da declividade para o centro e seu respectivo valor.
8.2.1 Todas as chapas do fundo devem ser de aço-carbono ASTM A 283 Gr. C ou ASTM A 36.
NOTA 1 A especificação de material das chapas anulares deve ser igual à das chapas do primeiro
anel do costado.
NOTA 2 A utilização de outros materiais é permitida, quando especificado pelo projeto básico, após
análise técnico-econômica.
8.2.2 O contorno do fundo pode ser feito com chapas anulares (“annular plates”), de acordo com a
Figura B.1, ou com chapas recortadas (“sketch plates”), de acordo com a Figura B.2. O arranjo com
chapas anulares é obrigatório para os tanques com diâmetro superior a 15 m, sendo as espessuras
dessas chapas calculadas pela API STD 650 e com os valores mínimos da Tabela A.3.
8.2.3 As chapas do fundo devem ter espessura mínima de 6,30 mm e largura mínima de 1 800 mm
(com exceção das chapas anulares). Nas chapas recortadas, que tenham um lado retangular, essa
largura também deve ser observada. Para as chapas anulares a largura deve ser calculada segundo
a API STD 650, com um valor mínimo de 750 mm para qualquer diâmetro de tanque. Nas
sobreposições de 3 chapas de fundo, deve ser obedecida uma distância mínima de 300 mm:
a) entre si;
b) a partir do costado do tanque;
c) a partir da junta de topo da chapa anular;
d) a partir da solda da chapa anular com as chapas centrais do fundo.
8.2.4 Se for adotada sobre-espessura de corrosão para o fundo, esta deve ser adicionada às
espessuras mínimas indicadas na Tabela A.3 e no 8.2.3.
14
-PÚBLICO-
O diâmetro do fundo deve atender os requisitos da API STD 650. Para a disposição com chapas
anulares, adicionalmente, atender à Figura B.1.
8.4.1 As juntas soldadas das chapas centrais entre si, bem como das chapas centrais com as chapas
recortadas, devem ser por junta sobreposta com transpasse mínimo de 5 vezes a espessura nominal
da chapa, após a soldagem.
8.4.2 As juntas soldadas entre as chapas centrais e as chapas anulares devem ser por junta
sobreposta que garanta um transpasse mínimo de 60 mm, após a soldagem. Estas soldas devem ser
devidamente adoçadas após a sua realização.
8.4.3 As chapas anulares são sempre ligadas entre si por solda de topo. Essa solda de topo deve ser
feita por um só lado (com o uso de um cobre-junta), ou pelos 2 lados. Em qualquer caso, os detalhes
de chanfros e aberturas da raiz mínimos devem ser como mostra a Figura B.1.
8.4.4 Todas as sobreposições devem ser feitas no sentido da melhor drenagem e, no caso de não
serem usadas as chapas anulares, deve ser discriminado que as linhas de sobreposição fiquem
perpendiculares à linha de solda da chapa de soleira da porta de limpeza.
8.4.5 Recomenda-se que todas as soldas do fundo, quando executadas com processo de soldagem
manual, sejam realizadas no mínimo em 2 passes. [Prática Recomendada]
8.4.6 Na sobreposição de 3 chapas deve ser feito o arredondamento do canto da chapa superposta
conforme as Figuras B.1 e B.2.
8.4.7 A solda interna da ligação do costado ao fundo (solda do rodo) deve ser devidamente adoçada,
após a sua realização, para evitar presença de concentrador de tensões.
8.4.8 A sequência de soldagem a ser utilizada deve ter como objetivo minimizar as deformações
decorrentes das contrações das juntas soldadas.
8.4.9 Para tanques com fundo com caimento da periferia para o centro deve-se efetuar ensaio por
partículas magnéticas, conforme PETROBRAS N-1598, antes da pintura do fundo e do teste
hidrostático, nas seguintes soldas:
NOTA 1 O ensaio por partículas magnéticas pode ser substituído pelo ensaio por meio de líquido
penetrante, conforme PETROBRAS N-1596 ou “Alternating Current Field Measurement”
(ACFM), conforme artigo 15 do ASME BPVC Section V.
NOTA 2 Os requisitos do 8.4.9 devem constar no desenho de conjunto do tanque.
8.4.10 As soldas no fundo de tanque montado na fábrica devem seguir a API STD 650 “Annex” J.
15
-PÚBLICO-
9 Projeto do Costado
Exceto quando indicado em contrário na Folha de Dados, o critério de projeto a ser adotado no
cálculo das espessuras do costado deve ser definido de acordo com a sequência abaixo:
a) API STD 650 “Annex” A, método do ponto fixo de projeto, com eficiência de junta (E)
igual a 0,85;
b) caso a espessura calculada pelo critério anterior for superior a 13,0 mm (SI) ou
0,5” (USC), adotar para o cálculo a API STD 650 corpo de norma e método do ponto
variável de projeto.
9.2 Espessuras
9.2.2 As extensões do costado, quando existentes, também estão sujeitas à Tabela A.4 de
espessuras mínimas.
9.2.3 Pode ser adotada uma espessura nominal menor que o valor calculado, quando a diferença
entre esses 2 valores for inferior ao menor valor entre:
a) 0,1 mm;
b) 1 % da espessura nominal a ser adotada.
9.2.4 A espessura mínima requerida menos à sobre-espessura para corrosão não deve ser menor do
que 2,54 mm para as chapas de qualquer anel do costado.
9.2.5 Devem ser adotadas para as espessuras nominais de chapas finas as espessuras da
ABNT NBR 11888 e para chapas grossas as espessuras da ABNT NBR 11889. Em casos
excepcionais, desde que previamente aprovados pela PETROBRAS, pode-se adotar outros valores.
9.2.6 As cargas localizadas aplicadas ao costado dos tanques, tais como as causadas pelas
plataformas, passadiços e suportes de tubulação, devem ser distribuídas por meio de perfis
estruturais laminados, nervuras de chapas ou outros elementos, preferencialmente em plano
horizontal, e não devem ser consideradas no cálculo das espessuras do costado.
16
-PÚBLICO-
9.3.1 A escolha do material para o costado está subordinada à temperatura de projeto e à espessura
nominal, e é feita de acordo com a API STD 650.
NOTA 1 É recomendado não se utilizar aços com limite de resistência superior a 481 MPa
(49 kgf/mm2 = 69 800 psi). [Prática Recomendada]
NOTA 2 As chapas devem estar dentro das tolerâncias dimensionais e de deformação previstas nas
ASTM A6/A6M e ASTM A20/A20M, conforme aplicável.
NOTA 3 O uso de materiais diferentes da API STD 650 e dos citados nesta Norma, devem ser
analisados e aprovados pela PETROBRAS.
O alinhamento das chapas do costado deve ser pela face interna ou pela linha de centro, sendo que
para os tanques de teto flutuante o alinhamento tem que ser obrigatoriamente pela face interna.
Todos os costados de tanques devem ter uma cantoneira de reforço na parte superior do costado,
conforme indicado na API STD 650. Essa cantoneira de reforço deve ser soldada de topo na chapa
superior do costado. Deve ter a aba voltada para o lado interno nos tanques de teto fixo e nos
tanques de teto fixo com flutuante interno. Nos tanques de teto flutuante externo, essa cantoneira
deve ter a aba voltada para o lado externo.
NOTA Em montagens não convencionais, como por exemplo, o método de macaqueamento, o não
atendimento da Tabela A.5 deve ser aprovado pela PETROBRAS.
9.8.1 Todas as soldas nas chapas do costado e nas seções da cantoneira de topo do costado devem
ser de topo, pelos 2 lados, com fusão e penetração total.
NOTA 1 É permitida solda em um só passe na soldagem das juntas verticais do costado por
processo automático.
17
-PÚBLICO-
NOTA 2 Na solda do costado com o fundo (rodo ou rodapé) é permitida falta de penetração
conforme API STD 650.
9.8.2 A sequência de soldagem a ser utilizada deve ter como objetivo minimizar as deformações
decorrentes das contrações das juntas soldadas.
9.9.1 As juntas verticais de 2 anéis adjacentes não podem ser alinhadas e devem estar afastadas,
sempre que possível, de pelo menos 1/3 do comprimento de cada chapa. O espaçamento entre as
soldas verticais de anéis adjacentes deve ser, no mínimo, de 5 vezes a espessura da chapa mais
espessa da região considerada, conforme API STD 650. As juntas verticais não devem também se
acumular em uma mesma região do costado do tanque, como mostrado na Figura B.4.
9.9.2 O requisito de distância mínima entre as soldas verticais do costado deve ser também atendido
entre as soldas verticais do primeiro anel do costado e as soldas das chapas anulares do fundo.
9.10.1 Deve ser verificada a necessidade de ancoragem do tanque, conforme API STD 650, nos
seguintes casos:
NOTA 1 Para o cálculo das cargas, devido ao vento, usar ABNT NBR 6123.
NOTA 2 Quando requerido, os chumbadores, devem ser dimensionados conforme API STD 650.
10.1.1 Recomenda-se que todo teto fixo seja cônico. [Prática Recomendada]
10.1.2 Recomenda-se que todo teto fixo seja autoportante até 6m de diâmetro.
[Prática Recomendada]
10.1.3 Outros tanques devem ter o teto suportado, com estruturas de sustentação em treliça ou
colunas.
10.1.4 É aceitável o uso de teto fixo tipo domo em alumínio, conforme API STD 650 “Annex” G,
quando justificável economicamente, não se aplicando os itens desta Norma específicos para outros
tipos de teto.
18
-PÚBLICO-
Todos os tetos cônicos devem ter uma declividade do centro para a periferia de, no mínimo, 1:16,
devendo esse valor mínimo ser adotado sempre que possível. A declividade máxima permitida é de
1:6.
10.3 Material
10.3.1 O material do teto deve ser o aço-carbono ASTM A 1011 Gr 33, ASTM A 283 Gr. C ou
ASTM A 36, com espessura mínima de 4,75 mm e largura mínima de 1 500 mm.
10.4.1 As ligações entre as chapas do teto devem ser feitas com junta sobreposta, com um cordão
de solda externo ao teto, com transpasse mínimo após a soldagem igual ao menor valor entre:
10.4.2 A sobreposição deve ser feita no sentido da melhor drenagem das águas pluviais. Onde
houver sobreposição de 3 chapas devem ser observados os arredondamentos dos cantos das
chapas como mostra o detalhe da Figura B.2.
10.4.3 A sequência de soldagem a ser utilizada deve ter como objetivo minimizar as deformações
decorrentes das contrações das juntas soldadas.
10.5.1 Sempre que possível, deve ser prevista uma ligação de baixa resistência mecânica entre teto
e costado. Tal ligação deve obedecer à API STD 650 para ser considerada fraca, não havendo, nesse
caso, necessidade de dispositivos de emergência para proteção contra sobrepressão.
No projeto deve ser levado em consideração o peso próprio do teto mais uma sobrecarga de
981 N/m2 (100 kgf/m2).
19
-PÚBLICO-
10.7.1 A estrutura de sustentação de teto fixo deve ser projetada para o seu peso próprio, o das
chapas do teto e a sobrecarga conforme definida no 10.6. Todos os perfis devem ter espessura de
alma igual ou maior que 6,35 mm.
10.7.2 As colunas devem ser tubulares ou feitas de perfis compostos e devem ser dimensionadas
como exigido pela API STD 650. No caso de teto fixo com teto flutuante interno as colunas devem ser
tubulares.
10.7.3 As colunas devem ser firmemente soldadas sobre sapatas de perfis. Para colunas feitas de
perfis compostos, a sapata deve ser de perfis em forma de H. Na região de apoio das sapatas, devem
ser soldadas ao fundo, em toda a periferia, chapas de reforço de 19 mm de espessura, da mesma
especificação do material do fundo. As sapatas devem ser guiadas por cantoneiras soldadas às
chapas de reforço do fundo.
10.7.4 O material da estrutura de sustentação deve ser de aço-carbono, conforme API STD 650.
10.7.5 Deve ser observado no projeto que a função da estrutura é basicamente de sustentação das
chapas do teto e, portanto, deve ser minimizado qualquer esforço devido a:
10.7.6 As ligações das vigas radiais com o costado devem ser sempre aparafusadas com furos
oblongos. As ligações das vigas radiais com a coroa central não devem ser soldadas.
10.7.7 Qualquer viga só pode ter uma de suas extremidades fixada de forma engastada.
10.7.8 As ligações aparafusadas devem ser sempre com a adoção de furos oblongos, em pontos
onde se tenha os efeitos listados no 10.7.5.
10.7.9 Nas ligações aparafusadas devem ser levados em conta todos os deslocamentos possíveis
de viga, de modo que os parafusos não fiquem submetidos a esforços de cisalhamento, nem sejam
elementos de apoio das vigas.
10.7.10 Quando for necessário emendar perfis, para a fabricação de vigas e colunas, estas emendas
devem ser soldadas e detalhadas no projeto.
10.7.12 Usar nos cálculos estruturais as tensões admissíveis e cargas críticas definidas na
API STD 650. As flechas nas vigas radiais e transversais devem ser limitadas ao valor de L/200, onde
L é o vão da viga.
20
-PÚBLICO-
10.7.13 No caso de um tanque com teto flutuante interno, o projeto do suporte das vigas radiais no
costado deve ser realizado de modo a permitir que o teto flutuante interno tenha o máximo de
movimentação para cima.
NOTA Os 2 tipos de teto flutuante externo devem utilizar o selo PW, padronizado pela
PETROBRAS N-1742.
11.1.2 Os tetos flutuantes até 20 m de diâmetro devem ser do tipo duplo e acima de 20 m devem ser
do tipo pontão. Acima de 35 m o teto tipo pontão deve ter o seu lençol central devidamente reforçado,
com a finalidade de evitar deformações provenientes da soldagem e do efeito do vento.
11.1.3 Os reforços dos tetos tipo pontão devem ser feitos a critério do projetista e o projeto a ser
adotado deve ter sido anteriormente utilizado a contento em outros tanques construídos. O projetista
deve apresentar uma relação de tanques construídos de acordo com o projeto proposto, contendo
dimensões, produto armazenado, nome do responsável, local e data de entrada em operação de
cada tanque.
Os tetos duplos devem apresentar uma declividade mínima para o centro de 1:64, no lençol superior,
para garantir a drenagem. Essa declividade também é exigida na parte superior do flutuador periférico
dos tetos tipo pontão.
11.3.1 O material do teto deve ser o aço-carbono ASTM A 1011 Gr. 33, ASTM A 283 Gr. C ou
ASTM A 36, com espessura mínima de 4,75 mm e largura mínima de 1 500 mm.
11.3.2 Para chapas de espessura igual ou superior a 6,30 mm deve ser usado o material
ASTM A 283 Gr. C ou ASTM A 36, com largura mínima de 2 440 mm.
11.4.1 A ligação entre as chapas do teto deve ser feita com junta sobreposta, de transpasse mínimo
igual ao menor valor entre:
21
-PÚBLICO-
11.4.2 A sobreposição deve ser feita no sentido do melhor escoamento das águas pluviais. Onde
houver sobreposição de 3 chapas, deve ser observado o arredondamento dos cantos das chapas
como mostra o detalhe 1 das Figuras B.1 e B.2.
11.4.3 A sequência de soldagem a ser utilizada deve ter como objetivo minimizar as deformações
decorrentes das contrações das juntas soldadas.
11.4.4 Todos os compartimentos internos do teto devem ser estanques e as anteparas (chapas que
servem de divisórias entre um compartimento e outro) devem ser soldadas em todas as bordas
(inferior, superior e laterais), garantindo a estanqueidade do compartimento, conforme Figura B.5.
11.5 Flutuabilidade
11.5.1 O projeto de tetos flutuantes externos deve atender aos requisitos de flutuabilidade para as
seguintes condições analisadas separadamente:
a) 1a condição:
— teto com carga de água equivalente a uma altura pluviométrica de 250 mm sobre toda
a área do tanque, estando o teto flutuando em produto com densidade 0,7 ou a do
próprio produto na temperatura máxima de armazenamento, levando-se em
consideração a menor densidade;
NOTA 1 Para os tetos flutuantes duplos, esta carga está limitada à altura externa do dreno de
emergência.
NOTA 2 O nível máximo de flutuação não deve ultrapassar a altura correspondente a 80 % do
volume do compartimento mais externo para ambos os tipos de teto flutuante.
b) 2a condição:
— para o teto tipo pontão: 2 compartimentos contíguos mais críticos e lençol central
inundados, como se estivessem furados, flutuando em produto de densidade 0,7 ou a
do próprio produto na temperatura máxima de armazenamento, levando-se em
consideração a menor densidade;
— para o teto duplo: 2 compartimentos contíguos mais críticos inundados, como se
estivessem furados, flutuando em produto de densidade 0,7 ou a do próprio produto
na temperatura máxima de armazenamento, levando-se em consideração a menor
densidade.
NOTA 1 A definição dos compartimentos mais críticos deve ser feita através de memória de cálculo.
NOTA 2 O ângulo de inclinação do teto não deve ultrapassar a 50 % daquele que provocaria o
emperramento do teto na guia anti-rotacional.
NOTA 3 O nível máximo de flutuação não deve ultrapassar a altura correspondente a 80 % do
volume do compartimento mais externo para ambos os tipos de teto flutuante.
11.5.2 Para verificação do projeto do teto flutuante deve ser executado o teste de flutuabilidade
descrito na PETROBRAS N-271, comprovando que o teto é capaz de se movimentar livremente
dentro do tanque e sem sofrer deformação permanente.
11.5.3 Os níveis de flutuação do teto para as condições de operação normal (densidade do produto),
teste hidrostático (densidade = 1) e teste de flutuabilidade (densidade considerada no 11.5.1) devem
ser indicados no desenho de conjunto geral do equipamento.
11.5.4 A fixação do lençol central com o flutuador periférico deve ser feita de tal forma a minimizar
tensões na solda entre essas partes, acúmulo de água de chuva na parte superior e acúmulo de gás
na parte inferior do teto.
22
-PÚBLICO-
O teto deve ser dimensionado para uma sobrecarga de 981 N/m2 (100 kgf/m2), com o teto apoiado
nas pernas de sustentação.
Suporte para o teto é o conjunto constituído de: pernas de sustentação, camisas e demais
componentes conforme Figuras B.6 e B.7. A suportação do teto na condição de manutenção é feita
através da perna de sustentação e na condição de operação através da camisa.
11.7.1 Os tetos flutuantes devem ter 2 posições de repouso, conseguidas por suportes ajustáveis,
pela parte superior do teto: uma de manutenção, que garanta uma altura livre (pé-direito) de, no
mínimo, 2 000 mm em qualquer região do fundo; e outra de operação, a mais baixa possível,
compatível com os acessórios do teto, do costado e do fundo, para maximizar o volume útil do tanque
e permitir a drenagem adequada do teto.
11.7.2 Devem ser previstas folgas nos comprimentos das pernas de sustentação e camisas, de
modo que estes componentes, após o teste hidrostático, tenham seus comprimentos reajustados
para compensar recalques e garantir apoio simultâneo no fundo: das pernas de sustentação na
condição de manutenção e das camisas na condição de operação. Ver Figuras B.6 e B.7.
11.7.4 Cada suporte deve apoiar-se em uma chapa circular de, no mínimo, 9,50 mm de espessura e
350 mm de diâmetro, soldada em toda a volta ao fundo, na região de apoio do suporte, de modo a
distribuir a carga do teto sobre o fundo. As pernas devem ser fechadas na extremidade inferior, para
evitar a entrada de produto.
11.7.5 Na região dos compartimentos estanques, as camisas das pernas de sustentação devem ser
fixadas nas chapas divisórias,e nas chapas (superiores e inferiores) do teto. As chapas superiores e
inferiores do teto devem ser reforçadas para evitar trincas por fadiga. Ver Figura B.6.
11.7.6 No lençol central de chapas do teto pontão a região de fixação das camisas das pernas de
sustentação deve ser reforçada de modo a garantir a resistência à fadiga, de acordo com a
Figura B.7.
11.7.7 Os suportes do teto devem ter comprimento suficiente, acima do lençol inferior do teto, para
impedir a passagem do produto para cima do teto, ou seja, a extremidade superior dos suportes deve
estar acima do nível alcançado pelo produto considerando-se as deformações que ocorrem devido ao
acúmulo de água em uma determinada região do teto, fora das bacias de drenagem. Deve ser
considerada ainda a altura máxima correspondente à precipitação pluviométrica de 250 mm sobre a
área do tanque.
11.7.8 O prolongamento das camisas das pernas de sustentação, abaixo da superfície inferior do
teto, deve ser o necessário para manter a condição de operação e a estanqueidade à passagem de
gases que porventura se acumulem sob as deformações do teto, nas condições normais de
operação.
23
-PÚBLICO-
11.7.9 O material dos suportes do teto deve ser de aço-carbono, conforme API STD 650.
O teto flutuante deve ser projetado de maneira que possa ser movimentado o máximo possível,
considerando o transbordamento do produto, sem que haja interferência com qualquer acessório do
tanque. Na possibilidade do selo do teto operar abaixo do limite superior da boca de visita do costado
ou da porta de limpeza, é obrigatória a colocação de chapa guia de vedação para evitar a passagem
de vapor para a parte superior do teto.
O espaçamento entre o costado do tanque e o costado do teto flutuante externo deve ser de 200 mm,
com tolerância de ± 12 mm, na posição em que o teto é montado.
O uso de dique vertical de contenção de espuma, quando definido pelo projeto básico, deve atender o
NFPA 11, com as características descritas nos 11.10.1 a 11.10.5.
11.10.2 O dique deve se estender, no mínimo, 51 mm (2”) acima da altura do sistema de selagem
montado e deve ser projetado para não interferir com qualquer parte do tanque.
11.10.3 O dique deve ser fixado numa distância de, no mínimo, 300 mm e, no máximo, 600 mm do
costado do tanque.
11.10.4 O dique deve ser desmontável para permitir a manutenção e a inspeção do sistema de
selagem.
11.10.5 O dique deve possuir, em sua base, recortes retangulares para drenagem de, no máximo,
10 mm de altura. Estes recortes devem ser projetados considerando uma área de 278 mm2 para cada
1 m2 de área da coroa circular formada pelo dique.
12.1.1 O teto flutuante interno deve ser de um dos tipos definidos no “Annex” H da API STD 650.
12.1.2 O sistema de selagem deve ser de um dos tipos definidos no “Annex” H da API STD 650 e
submetidos à prévia aprovação da PETROBRAS.
24
-PÚBLICO-
O material das chapas do teto deve ser em aço-carbono, alumínio ou aço inoxidável e as suas
especificações conforme definido no “Annex” H da API STD 650. O uso de materiais e especificações
alternativas deve ser submetido à prévia aprovação da PETROBRAS.
12.4.1 A ligação entre as chapas do teto deve ser feita com junta sobreposta, de transpasse mínimo
igual ao menor valor entre:
12.4.2 Na sobreposição de 3 chapas, deve ser observado o arredondamento dos cantos das chapas
como mostra o detalhe das Figuras B.1 e B.2.
12.4.3 A sequência de soldagem a ser utilizada deve ter como objetivo minimizar as deformações
decorrentes das contrações das juntas soldadas.
12.4.4 Todos os compartimentos internos do teto devem ser estanques e as anteparas (chapas que
servem de divisórias entre um compartimento e outro) devem ser soldadas em todas as bordas
(inferior, superior e laterais), garantindo a estanqueidade do compartimento, conforme Figura B.5.
12.5 Flutuabilidade
12.5.1 O projeto do teto flutuante interno deve atender aos requisitos de flutuabilidade conforme
“Annex” H da API STD 650.
12.5.2 O projeto do teto flutuante interno de aço-carbono deve atender aos requisitos de
flutuabilidade para a seguinte condição: dois compartimentos contíguos mais críticos e lençol central
inundados, como se estivessem furados, flutuando em produto de densidade 0,7 ou a do próprio
produto na temperatura máxima de armazenamento, levando-se em consideração a menor
densidade.
NOTA 1 A definição dos compartimentos mais críticos deve ser feita através de memória de cálculo.
NOTA 2 O ângulo de inclinação do teto não deve ultrapassar a 50 % daquele que provocaria o
emperramento do teto na guia anti-rotacional.
12.5.3 Para verificação do projeto do teto deve ser executado o teste de flutuabilidade descrito na
PETROBRAS N-271, comprovando que o teto é capaz de se movimentar livremente dentro do tanque
e sem sofrer deformação permanente.
25
-PÚBLICO-
12.5.4 Os níveis de flutuação do teto para as condições de operação normal (densidade do produto),
teste hidrostático (densidade = 1) e teste de flutuabilidade (densidade considerada no 12.5.2) devem
ser indicados no desenho de conjunto geral do equipamento.
12.5.5 A fixação do lençol central com o flutuador periférico deve ser feita de tal forma a minimizar
tensões na solda entre essas partes e o acúmulo de gás na parte inferior do teto.
O teto deve ser dimensionado para uma sobrecarga de 981 N/m2 (100 kgf/m2), com o teto apoiado
nas pernas de sustentação.
Suporte para o teto é o conjunto constituído de: pernas de sustentação, camisas e demais
componentes conforme Figuras B.6 e B.7. A suportação do teto na condição de manutenção é feita
através da perna de sustentação e na condição de operação através da camisa.
12.7.1 Os tetos flutuantes devem ter 2 posições de repouso, conseguidas por suportes ajustáveis,
pela parte superior do teto: uma de manutenção, que garanta uma altura livre (pé-direito) de, no
mínimo, 2 000 mm em qualquer região do fundo; e outra de operação, a mais baixa possível,
compatível com os acessórios do teto, do costado e do fundo, para maximizar o volume útil do
tanque.
12.7.2 Devem ser previstas folgas nos comprimentos das pernas de sustentação e camisas, de
modo que estes componentes, após o teste hidrostático, tenham seus comprimentos reajustados
para compensar recalques e garantir apoio simultâneo no fundo: das pernas de sustentação na
condição de manutenção e das camisas na condição de operação. Ver Figuras B.6 e B.7.
12.7.4 Cada suporte deve apoiar-se em uma chapa circular de, no mínimo, 9,50 mm de espessura e
350 mm de diâmetro, soldada em toda a volta ao fundo, na região de apoio do suporte, de modo a
distribuir a carga do teto sobre o fundo. As pernas devem ser fechadas na extremidade inferior, para
evitar a entrada de produto.
12.7.5 Na região dos compartimentos estanques, as camisas das pernas de sustentação devem ser
fixadas nas chapas divisórias,e nas chapas (superiores e inferiores) do teto. As chapas superiores e
inferiores do teto devem ser reforçadas para evitar trincas por fadiga. Ver Figura B.6.
12.7.6 No lençol central de chapas do teto a região de fixação das camisas das pernas de
sustentação deve ser reforçada de modo a garantir a resistência à fadiga, de acordo com a
Figura B.7.
12.7.7 Os suportes do teto devem ter comprimento suficiente, acima do lençol inferior do teto, para
impedir a passagem do produto para cima do teto, ou seja, a extremidade superior dos suportes deve
estar acima do nível máximo de produto na periferia do teto, nas condições de projeto.
26
-PÚBLICO-
12.7.8 O prolongamento das camisas das pernas de sustentação, abaixo da superfície inferior do
teto, deve ser o necessário para manter a condição de operação e a estanqueidade à passagem de
gases que porventura se acumulem sob as deformações do teto, nas condições normais de
operação.
12.7.9 O material dos suportes do teto deve ser de aço-carbono, conforme API STD 650.
O teto flutuante interno deve ser projetado de maneira que possa ser movimentado o máximo
possível, sem que haja interferência com qualquer acessório ou componente do tanque. Na
possibilidade do selo do teto operar abaixo do limite superior da boca de visita do costado ou da porta
de limpeza, é obrigatória a colocação de chapa guia de vedação para evitar a passagem de vapor
para a parte superior do teto.
O espaçamento entre o costado do tanque e o costado do teto flutuante interno deve atender aos
requisitos do sistema de selagem utilizado.
12.10.1 O sistema de prevenção contra transbordamento de produto deve ser definido pelo projeto
básico, atendendo o “Annex” H da API STD 650 e API RP 2350.
12.10.2 O uso de extravasores só é permitido quando especificado no projeto básico e deve atender
aos seguintes requisitos:
O uso de dique vertical de contenção de espuma quando definido pelo projeto básico deve atender o
“Annex” H da API STD 650 e a NFPA 11. Para teto flutuante interno construído em
aço-carbono deve ser prevista a colocação de um dique vertical de contenção de espuma, com as
características descritas nos 12.11.1 a 12.11.5.
12.11.2 O dique deve se estender, no mínimo, 51 mm (2”) acima da altura do sistema de selagem
montado e deve ser projetado para não interferir com qualquer parte do teto fixo do tanque nem com
sua estrutura de sustentação, caso existente, durante o funcionamento do teto flutuante interno.
12.11.3 O dique deve ser fixado numa distância de, no mínimo, 300 mm e, no máximo, 600 mm do
costado do tanque.
27
-PÚBLICO-
12.11.4 O dique deve ser desmontável para permitir a manutenção e a inspeção do sistema de
selagem.
12.11.5 O dique deve possuir, em sua base, recortes retangulares de, no máximo, 10 mm de altura
para drenagem do líquido proveniente do combate a incêndio. Estes recortes devem ser projetados
considerando uma área de 278 mm2 para cada 1 m2 de área da coroa circular formada pelo dique.
13 Bocais
13.1.1 A quantidade, diâmetro nominal, tipo de face de flange e classe de pressão de cada bocal
devem ser conforme indicado na Folha de Dados.
13.1.2 Os tanques de GAV e QAV devem possuir bocais independentes para entrada e saída do
produto.
NOTA As espessuras dos pescoços dos bocais devem atender ao valor mínimo especificado na
API STD 650.
13.2.1 Os flanges com diâmetro nominal até 24”, inclusive, devem estar de acordo com a
ASME B 16.5 e os flanges maiores que 24”, devem estar de acordo com a ASME B 16.47. O tipo e o
acabamento das faces dos flanges devem estar de acordo com a especificação de tubulação
aplicável, salvo indicação de outra forma na Folha de Dados.
13.2.2 Os flanges devem ser do tipo “de pescoço” ou “sobreposto”, de classe de pressão 150, ou da
classe de pressão da tubulação interligada, a que for maior.
13.2.3 O bocal de entrada e saída do produto para tanque de petróleo deve ser conforme a
Figura B.8, podendo esse tipo de bocal ser usado para outros produtos, com ou sem a bacia, quando
constar na Folha de Dados.
13.2.4 Para os bocais de vapor e de condensado, o tipo selecionado é a Figura “Special Flange” da
API STD 650, com a extremidade interna preparada para solda de topo. Os demais bocais devem ser
conforme a Figura “Single Flange”, desde que na Folha de Dados não tenha indicação específica em
contrário.
13.2.5 Para derivado escuro, é recomendado que seja previsto um bocal para entrada e saída do
produto com um prolongamento interno do tubo de movimentação de carga até 1/3 do diâmetro do
tanque, visando minimizar a formação de borra. [Prática Recomendada]
28
-PÚBLICO-
13.3 Material
13.3.1 Flange
Os flanges e luvas devem ser de aço forjado ASTM A 105. Para diâmetros de 16” e acima, admite-se
os flanges de chapa ASTM A 285 Gr. C, ASTM A 515 Gr. 60/70 ou ASTM A 516 Gr. 60/70, desde que
devidamente calculados de acordo com “Appendix” 2 do ASME BPVC Section VIII, Division 1.
13.3.2 Pescoço
13.3.2.1 Para diâmetro menor ou igual a 10”, usar tubos de uma das especificações:
13.3.2.2 Para diâmetro maior que 10” usar uma das seguintes opções:
Os parafusos e estojos devem ser de aço ASTM A 193 Gr. B7, dimensões conforme ASME B 18.2.1
e classe de ajuste 2A da ASME B 1.1.
13.3.4 Porca
As porcas devem ser de aço ASTM A 194-2H, dimensões conforme ASME B 18.2.2 e classe de
ajuste 2B da ASME B 1.1.
13.3.5 Revestimentos
O uso de revestimento em porcas, parafusos e estojos deve ser de acordo com a Folha de Dados.
13.4.1 A orientação dos bocais deve ser estabelecida de forma que não haja interferência do bocal,
nem do reforço, com as juntas soldadas do costado.
13.4.3 Deve haver espaço suficiente para manuseio de chaves para o aperto dos parafusos dos
flanges, principalmente para os bocais não radiais.
29
-PÚBLICO-
13.4.4 A distância entre as linhas de centro dos bocais adjacentes deve ser de, no mínimo, uma vez
e meia a média dos diâmetros externos dos bocais.
13.4.5 No caso em que várias tubulações paralelas são ligadas ao tanque, a linha central do conjunto
deve ser locada radialmente em relação ao tanque, sendo os bocais orientados paralelamente à linha
de centro do conjunto.
13.4.6 O bocal de saída de produto deve ser do tipo baixo (“low type”), de acordo com a
API STD 650, exceto quando indicado de outra forma na Folha de Dados.
13.4.7 Os bocais de câmara de espuma devem estar de acordo com a PETROBRAS N-1203.
13.4.8 A locação dos bocais dos tanques de teto flutuante deve levar em consideração a posição de
operação do teto de tal forma que não haja interferência com a movimentação do teto.
14 Bocas de Visita
A quantidade e diâmetro das bocas de visita devem estar de acordo com a Tabela A.6 em função do
diâmetro do tanque, exceto quando indicado em contrário na Folha de Dados. Quando o tanque tiver
mais de uma boca de visita, elas devem ser localizadas igualmente espaçadas ao longo da
circunferência do tanque, sendo admitidos os deslocamentos necessários para evitar interferências
com juntas soldadas ou componentes do costado do tanque.
14.2.1 A orientação das bocas de visita do costado deve estar na direção dos ventos predominantes
no local, para facilitar o arejamento do tanque, sendo admitidos os deslocamentos necessários para
evitar interferências com juntas soldadas ou componentes do costado do tanque.
14.2.2 As bocas de visita devem ser construídas de chapas da mesma especificação usada no
costado. Os parafusos e porcas devem ser respectivamente: material ASTM A 307 Gr. B (ou
ASTM A 193 Gr. B7) e ASTM A 194 Gr. 2H, dimensões conforme ASME B 18.2.1 e B 18.2.2 e
classes de ajuste 2A e 2B da ASME B 1.1.
14.2.3 A sobre-espessura de corrosão especificada para o primeiro anel do costado deve ser
considerada em todas as partes da boca de visita em contato com o produto.
14.3.1 As bocas de visita do teto devem ser locadas evitando interferência com vigas ou com juntas
soldadas do teto.
30
-PÚBLICO-
14.3.2 As bocas de visita devem ser sempre do tipo reforçada, conforme API STD 650, e fabricadas
em aço-carbono ou aço inoxidável, de acordo com o material do teto. Os materiais dos parafusos e
das porcas devem ser idênticos aos especificados para as bocas de visita do costado. Quando for
especificado sobre-espessura de corrosão no teto, todas as partes da boca de visita em contato com
o vapor do produto devem ser acrescidas daquele valor.
14.3.3 Nos tanques de teto fixo, as bocas de visita no teto devem ficar igualmente espaçadas ao
longo de uma circunferência próxima à periferia do teto, com quantidade e tamanho conforme
Tabela A.6.
14.3.4 Nos tanques de teto flutuante de aço-carbono deve haver bocas de visita no teto para acesso
ao interior do tanque, com quantidade e tamanho conforme Tabela A.6; igualmente espaçadas ao
longo de uma circunferência definida pelo projeto do tanque. Pelo menos uma das bocas de visita
deve ser locada próximo à porta de limpeza do costado.
NOTA Para teto flutuante externo, sem escada articulada no teto, e para teto flutuante interno, uma
das bocas de visita deve ser dotada de dispositivo que permita sua abertura pela parte
interna do tanque, para permitir o acesso inicial à parte superior do teto durante a
manutenção do tanque.
14.3.5 Cada compartimento do teto flutuante deve possuir, no mínimo, uma boca de visita de
600 mm (24”) para acesso ao seu interior, conforme Figura B.11. Para compartimentos com
comprimento circunferencial superior a 5 m, medido no anel externo; ou com largura superior a 5 m,
medida na direção radial, devem ser colocadas, pelo menos, duas bocas de visita.
NOTA As bóias do disco central do teto tipo pontão Buoyroof®1) dispensam boca de visita.
15 Portas de Limpeza
15.1 Devem ser usadas somente as portas de limpeza soldadas rente ao fundo (“flush type”),
conforme a API STD 650.
15.2 Quando houver duas ou mais portas de limpeza, duas delas devem ser diametralmente opostas
e orientadas na direção dos ventos predominantes. No caso de haver apenas uma, deve haver uma
boca de visita diametralmente oposta a ela e as duas devem ser orientadas na direção dos ventos
predominantes.
15.3 A sobre-espessura de corrosão especificada para o primeiro anel do costado deve ser
considerada em todas as partes da porta de limpeza em contato com o produto.
15.4 A quantidade e dimensões das portas de limpeza devem ser como especificado na Tabela A.6,
exceto quando a Folha de Dados do tanque determinar diferentemente.
15.5 Recomenda-se utilizar um dispositivo (turco) para facilitar a movimentação da tampa da porta
de limpeza. [Prática Recomendada]
1)
Buoyroof® É marca registrada da empresa Pitt-Des Moines, Inc. (PDM), que fabrica as bóias do disco central
do teto tipo pontão Buoyroof. Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um
endosso por parte da PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que
conduzam aos mesmos resultados.
31
-PÚBLICO-
16 Dreno de Fundo
16.1.1 Os tanques com fundo com caimento do centro para a periferia devem ter drenos de fundo, do
tipo dreno com bacia (ver API STD 650), conforme a Tabela A.7. Os drenos devem ficar igualmente
espaçados ao longo da periferia do tanque.
16.1.2 Em tanques de derivados de petróleo e álcool, admite-se que um dos drenos de bacia
funcione como bocal de saída secundário para esvaziamento total do tanque; nesse caso, o dreno
deve ser locado próximo ao bocal de saída do produto conforme a Figura B.12 e ter diâmetro
conforme a Tabela A.8.
16.2.1 Os tanques com fundo com caimento da periferia para o centro devem ter um dreno no centro
do fundo, do tipo dreno com bacia (ver API STD 650).
16.2.3 Em tanques de derivados de petróleo e álcool, admite-se que o dreno funcione como bocal de
saída secundário para esvaziamento total do tanque. Nesse caso, o bocal do dreno deve ser locado
próximo ao bocal de saída do produto, aproximadamente 1 m, e ter diâmetro conforme a Tabela A.8.
17.1 Todos os tanques devem ter a sua própria escada de acesso (escada helicoidal junto ao
costado) com corrimão, mesmo quando interligado a outros tanques vizinhos por passadiços, que
deve terminar em uma plataforma sobre o costado. São exceção a essa regra os tanques para óleos
lubrificantes, água e outros produtos não perigosos quando, em grupo, estiverem interligados por
passadiços.
NOTA Para tanques com até 6 m de altura recomenda-se escada vertical, tipo marinheiro,
conforme PETROBRAS N-279. [Prática Recomendada]
17.2 Cada lance de escada deve ter, no máximo, 8 000 mm de altura, com plataforma intermediária
de 1 000 mm de comprimento mínimo.
17.3 As escadas e as plataformas devem ter, no mínimo, 800 mm de largura útil, e devem ser
confeccionadas com piso metálico antiderrapante. O corrimão e o guarda-corpo devem atender à
PETROBRAS N-279.
32
-PÚBLICO-
17.4 A plataforma de chegada no topo do costado, no caso dos tanques de teto fixo, deve ser
apoiada diretamente no último anel do costado; no caso dos tanques de teto flutuante, ela deve ser
suportada em chapa de extensão do costado e se projetar por cima do teto. Em ambos os casos essa
plataforma deve ter dimensões suficientes para permitir com facilidade e segurança o acesso à
escotilha de medição e ao instrumento de medição de nível, para serviços de operação, inspeção e
manutenção.
17.5 Nos tanques de teto fixo, em cada lado da plataforma de topo, deve haver um guarda-corpo
soldado no costado com, no mínimo, 3 m de comprimento e conforme PETROBRAS N-279.
17.6 Deve haver guarda-corpo em todo o contorno do teto dos tanques de teto fixo nos seguintes
casos:
17.7 Para os tanques de teto fixo, junto aos bocais de teto que necessitem de acesso de operador,
bem como junto às bocas de visita do teto, deve haver um guarda-corpo soldado no costado com, no
mínimo, 3 m de comprimento, centrado no acessório e conforme PETROBRAS N-279.
18.1 Quando se tem um grupo de tanques próximos, a critério da PETROBRAS, admite-se adotar
passadiços para facilitar o acesso ao teto dos tanques. Estes passadiços devem ter largura mínima
de 800 mm, guarda-corpo em ambos os lados, piso de chapa antiderrapante e atender a
PETROBRAS N-279.
18.2 Esses passadiços devem ser apoiados e articulados em um tanque e simplesmente apoiados
no outro.
19.1 A escada de acesso ao teto flutuante externo deve ser do tipo articulado na plataforma de topo
do costado, rolante sobre trilhos fixos no teto flutuante e possuir corrimãos intermediários. A largura
útil entre os corrimãos intermediários deve ser de no mínimo, 600 mm. Os corrimãos intermediários
devem ter 650 mm de altura e os corrimãos superiores devem ter 1 100 mm de altura. As demais
dimensões devem atender a API STD 650. Essa escada deve fazer um ângulo máximo de 50° com o
teto, estando o teto na posição mais baixa possível.
19.3 As rodas da escada devem ter mancais de metal não oxidável para evitar que a corrosão
dificulte os movimentos da escada.
19.4 Todas as soldas devem ser contínuas, não se admitindo soldas intermitentes devido aos
problemas de corrosão.
33
-PÚBLICO-
19.5 Nos casos em que a escada for confeccionada em alumínio as partes em contato com o
aço-carbono devem ser feitas em aço inoxidável.
20.1 Os tanques de teto flutuante externo e os tanques sem teto devem ter sempre um anel de
contraventamento a 1 m do topo da cantoneira de reforço do costado, com largura mínima, em toda
sua extensão, de 600 mm, para servir também como passadiço. O dimensionamento do anel de
contraventamento deve ser conforme a API STD 650.
20.3 Todo contraventamento deve ser dimensionado utilizando a velocidade máxima de vento local
de 100 km/h, ou valor superior caso haja histórico no local de construção do tanque.
20.5 A abertura no contraventamento, para passagem da escada helicoidal, deve ser sempre
reforçada, conforme as exigências da API STD 650.
20.6 Todas as soldas de ângulo devem ser contínuas, e as soldas de topo, de união das diversas
seções do contraventamento, devem ser de penetração total.
20.7 Todo contraventamento deve apresentar aberturas de drenagem que garantam total
escoamento de água de chuva.
21.1.1 Todos os tanques com diâmetro acima de 10 m devem ter, no mínimo, 2 escotilhas de
medição no teto, diametralmente opostas e o mais distante possível dos misturadores e do bocal de
entrada e saída de produto. Nos tanques de teto fixo uma delas deve ficar próxima à plataforma de
chegada da escada, e nos tanques de teto flutuante externo uma delas deve ficar na plataforma de
topo do costado, sobre o teto, na guia anti-rotacional. No caso de teto flutuante interno deve ser
colocada uma única escotilha de medição posicionada na guia anti-rotacional.
21.1.2 Os tanques com diâmetro igual ou inferior a 10 m devem ter uma escotilha situada próxima à
plataforma de topo do costado.
34
-PÚBLICO-
21.1.3 As escotilhas de medição devem ter um pescoço acima da chapa do teto, com
aproximadamente 1 000 mm de altura, e devem ter a tampa articulada de material à prova de
centelhas (eixo, porcas e contrapinos de material não ferroso) e de emperramento (devido à
oxidação). Além de não permitirem a fuga de gases, a extremidade do pescoço deve também ser
protegida com junta ou metalizada com material à prova de centelhamento.
21.1.4 Sempre que a escotilha de medição também for utilizada para coleta de amostra, deve ser de
diâmetro nominal mínimo de 8”.
21.1.5 Em tanques projetados de acordo com a API STD 650, “Annex” F (tanques de pequena
pressão interna), as escotilhas de medição devem ter tampa compatível com a pressão de projeto do
tanque.
21.1.6 Para tanques com diâmetro inferior a 4 m, permite-se o uso de visores de nível no costado, de
modo a abranger toda a altura do tanque.
21.1.7 Em tanque de teto flutuante externo ou interno, admite-se que a coluna guia anti-rotacional
seja usada para escotilha de medição e de coleta de amostra, desde que se façam furos ao longo de
todo seu comprimento em contato com o produto para se ter representatividade da amostra.
Uma mesa de medição nivelada deve ser instalada sob todas as escotilhas de medição, junto ao
fundo do tanque, o mais baixo possível, para servir de referencial fixo na medição do volume
estocado. O material da mesa deve ser similar ao do componente do tanque a que esteja ligada, para
evitar corrosão. A mesa de medição deve ser fixada ao costado ou ao fundo, a critério da
PETROBRAS.
22 Amostrador de Costado
23.1 Para líquidos que tendem a deixar muitos sedimentos no fundo, ou para líquidos com qualidade
rigorosamente controlada, devem ser empregados dispositivos ligados ao bocal de sucção do tanque
a fim de permitir a retirada do líquido na sua própria superfície.
23.2 Nos tanques para QAV é obrigatória a colocação do sistema de sucção flutuante.
23.3 O material da bóia e do cabo recolhedor deve ser em aço inoxidável AISI-304.
24.1 Todos os tanques com teto flutuante externo ou interno, de qualquer diâmetro, devem ter uma
única coluna guia anti-rotacional para o teto flutuante.
35
-PÚBLICO-
24.2 Admite-se que a coluna guia anti-rotacional seja usada para escotilha de medição e de coleta
de amostra, conforme 21.1.7. Quando o sistema de medição utilizar telemedição, a coluna guia
anti-rotacional deve ser modificada para acomodar os bocais necessários.
24.3 Para a guia anti-rotacional de aço-carbono deve ser adotada a maior sobre-espessura de
corrosão especificada para o costado do tanque. No caso da guia anti-rotacional ser usada como
coluna de medição, a sobre-espessura deve ser considerada também no lado interno.
24.4 O projeto da passagem da guia anti-rotacional pelo teto flutuante deve considerar os possíveis
movimentos do teto (radial e de rotação com relação a guia); e contemplar um sistema de vedação
desta região.
24.6 As partes móveis do conjunto guia anti-rotacional, regiões de possível contato metal contra
metal, tais como: roletes, chapas de vedação etc., devem ser de metais não ferrosos para prevenção
contra centelhamento.
a) drenos primários;
b) drenos auxiliares;
c) drenos de emergência, somente para teto duplo.
25.2.1 Os drenos primários são usados para drenar a água que se acumula sobre o teto flutuante,
durante a operação do teto, podendo ser do tipo dreno articulado ou dreno flexível, ambos com bacia
de captação no teto.
25.2.1.1.1 O dreno articulado deve ser constituído de tubos metálicos rígidos, juntas articuladas e
mangote junto ao bocal do costado, conforme a Figura B.14.
25.2.1.1.2 O dreno articulado deve ser projetado de forma a absorver o movimento radial do teto em
qualquer direção de ± 200 mm.
25.2.1.1.3 As juntas articuladas devem ser desmontáveis da tubulação e podem ser dos tipos:
a) giratória;
b) rotulada.
36
-PÚBLICO-
NOTA 1 O fornecedor do dreno articulado deve apresentar um projeto detalhado que demonstre o
atendimento dos itens acima descritos.
NOTA 2 Outros projetos de dreno articulado podem ser aceitos a critério da PETROBRAS.
O fornecedor do dreno deve apresentar projeto detalhado que demonstre o atendimento no mínimo
aos requisitos apresentados em 25.2.1.2.1 a 25.2.1.2.9.
25.2.1.2.1 Deve ter dimensões e rigidez que garantam a conformação geométrica em curva definida
em todo o seu curso de trabalho (teto na cota mínima até a cota máxima), com o produto em repouso
ou em movimentação (tanque enchendo, esvaziando e com misturadores ligados), propiciando o seu
perfeito funcionamento sem interferência com outros acessórios internos do tanque (ex.: pernas,
suportes, anodos) e impedindo a formação de pontos de estagnação (sifão) de água de chuva no seu
interior.
25.2.1.2.2 Deve ser confeccionado em uma peça única com alma de aço inoxidável AISI 304
(estrutura anticolapso) ou em material com características de resistência mecânica e à corrosão
superiores ao AISI 304. A alma de aço deve ser contínua, ou seja, não possuir emendas quaisquer.
25.2.1.2.3 Deve possuir continuidade elétrica, para garantir a equalização de potencial elétrico entre
o teto e o costado do tanque. A continuidade elétrica deve ser atestada através de certificados de
medições realizadas em laboratórios credenciados.
25.2.1.2.4 As superfícies, externa e interna, do dreno flexível devem suportar uma temperatura de
100 ºC, ser revestidas em poliamida 11 e resistir ao produto armazenado (considerando a presença
de compostos de enxofre e água de formação). A resina poliamida 11 deve ser certificada pelo
fabricante para esta aplicação.
25.2.1.2.5 A camada de resina deve possuir espessura de projeto adequada de modo a resistir às
solicitações do serviço (ex.: abrasão, tração na subida, compressão na descida, torção etc.) e aos
produtos com os quais estiver em contato durante todo o período de campanha, sendo inclusive
impermeável de modo a impedir que o óleo contamine a água drenada e vice-versa.
37
-PÚBLICO-
25.2.1.2.7 Deve possuir resistência à pressão externa mínima de teste hidrostático de 392 kPa
(4,0 kgf/cm2) e à pressão interna mínima de 350 kPa (3,6 kgf/cm²).
25.2.1.2.8 A flutuabilidade do dreno deve ser controlada através da espessura e do seu material
construtivo, não sendo aceito o uso de acessórios para este fim.
25.2.1.2.9 Deve ser considerado no projeto do dreno que o mesmo encontra-se submetido a
esforços alternados com no mínimo de 7500 ciclos, para avaliação da resistência à fadiga.
25.2.2 Deve sempre ser prevista, por segurança, uma válvula de retenção junto a cada bacia de
captação no teto, com fácil acesso para inspeção e manutenção, a fim de se evitar vazamento de
produto para cima do teto. A válvula de retenção deve ser de material resistente à corrosão, não
podendo ser pintada ou revestida.
25.2.3 Todo tanque deve ter dreno primário. Os tanques acima de 20 m de diâmetro devem possuir,
no mínimo, 2 drenos primários. Um dreno primário deve ser localizado no centro geométrico do teto,
ou tão próximo quanto possível do centro.
NOTA 1 Para tanques com diâmetro entre 20 e 36m, considerando o espaço disponível para a
instalação dos drenos primários, principalmente quando utilizado o dreno do tipo flexível e
drenagem multiponto (item 25.2.9), é permitida a utilização conjunta de drenos primários
articulados e flexíveis no mesmo tanque.
NOTA 2 No caso dos tanques com teto tipo pontão, com diâmetros superiores a 36 m, sem
flutuadores sob a escada, deve existir mais um dreno primário localizado na região média
dos trilhos da escada rolante, para drenar a depressão causada pelo peso concentrado da
escada.
25.2.4 No caso de tetos que impeçam a instalação de dreno primário central, o número de drenos
primários deve ser aumentado, a critério do projeto.
25.2.5 As saídas dos drenos no costado devem ficar afastadas do acesso à escada helicoidal e dos
bocais de produto.
25.2.6 O diâmetro mínimo do dreno deve ser de Ø 4”. Para o dimensionamento dos drenos,
considerar a precipitação pluviométrica máxima local definida pelo projeto básico.
NOTA Para tanques com diâmetros maiores que 36m recomendam-se drenos de Ø 6” no mínimo.
[Prática Recomendada]
25.2.7 No caso dos tanques com teto tipo pontão, cada dreno deve ter capacidade para impedir, na
sua região de atuação, uma acumulação de água de chuva de:
25.2.8 No caso do tanque com teto duplo o nível máximo de acúmulo de água de chuva deve ser
definido pelo projetista do equipamento, em função do projeto do dreno de emergência.
38
-PÚBLICO-
25.2.9 Deve ser usada a drenagem multiponto em teto pontão de tanques com diâmetro nominal
igual ou maior do que 25 m com, pelo menos, 4 pontos de captação, além da bacia de captação
central, onde está localizada a válvula de retenção e a conexão do sistema de drenagem. Cada ponto
de captação deve ser constituído por um captador piramidal, conforme a Figura B.9, interligado à
referida bacia de captação, através de tubulação de Ø 4” SCH. 40, com uma declividade adequada
entre cada captador e a bacia de captação.
25.2.10 Quando não for utilizada a drenagem multiponto, a bacia de captação de cada dreno
primário do teto deve ser conforme a Figura B-10.
Esses drenos são usados durante a construção e montagem e por ocasião das manutenções quando
o teto estiver apoiado, devendo ser tamponados por bujões ao final da sua utilização. Deve haver
pelo menos um dreno auxiliar para cada dreno primário, locados tão próximos quanto possível de
cada dreno primário.
Os drenos de emergência devem ser dimensionados de acordo com a API STD 650 e atender no
mínimo aos requisitos de drenagem do dreno primário.
26.1.1 Para os tanques de teto fixo e para os de teto flutuante, quando apoiados, devem ser usados
dispositivos de proteção contra a sobre e subpressão interna.
26.1.2 Para os tanques de teto flutuante tipo pontão, na condição de flutuando no produto, deve ser
previsto dispositivo para alívio de gases e vapores sob o teto.
26.1.5 Outras circunstâncias que possam ocasionar sobre ou subpressão interna, decorrentes de
falhas de equipamento e/ou erros operacionais, devem ser consideradas conforme ISO 28300.
39
-PÚBLICO-
Nos tanques de teto fixo devem ser utilizados os seguintes tipos de dispositivos para a condição
normal de operação, selecionados conforme abaixo:
NOTA 1 Válvula de alívio de pressão e vácuo com corta-chama deve ser utilizada quando o tanque
for projetado conforme “Annex” F do API STD 650.
NOTA 2 Respiro aberto com corta-chama é permitido como alternativa à válvula de pressão e vácuo
com corta-chama, para tanques de armazenamento de petróleo instalados em áreas de
produção, com capacidade igual ou inferior a 477 m3 (3000 bbl).
NOTA 3 Respiro aberto sem corta-chama deve ser utilizado quando o risco de colapso do tanque, por
entupimento do dispositivo de proteção, for maior que o risco de retrocesso de chama.
Neste caso se enquadram tanques que armazenam produtos ultra-viscosos aquecidos acima
do seu ponto de fulgor e líquidos que provoquem condensação de vapores, polimerização ou
qualquer outro efeito que seja capaz de bloquear as passagens existentes no dispositivo de
proteção.
26.2.2.1 Os bocais para instalação dos respiros abertos ou válvulas de pressão e vácuo não devem
ter qualquer prolongamento interno, devendo facear a chapa do teto internamente.
26.2.2.2 Os respiros abertos e as válvulas de pressão e vácuo devem ser instalados sobre bocais
flangeados e tão próximo quanto possível do centro do teto.
26.2.2.3 O material utilizado nas válvulas de pressão e vácuo e nos respiros abertos deve ser
compatível com o produto armazenado.
26.2.2.4 As telas dos respiros abertos e das válvulas de pressão e vácuo devem ser de aço
inoxidável tipo AISI 304 com malha de abertura de 19 mm de forma a impedir a entrada de pequenos
animais e evitar a possibilidade de obstrução do dispositivo pelo produto armazenado.
26.2.2.5 O respiro aberto e a válvula de pressão e vácuo devem ser dimensionados como
especificado na ISO 28300 e atender a pressão e o vácuo de projeto indicados nas folhas de dados
do equipamento.
NOTA Os valores de calibração (pressão e vácuo) devem ser fornecidos pelo fabricante do
dispositivo.
40
-PÚBLICO-
26.2.2.6 No caso de válvula de pressão e vácuo com corta-chama, a válvula deve estar posicionada
entre o tanque e o corta-chama.
Nos tanques de teto fixo são utilizados dispositivos de emergência, conforme a ISO 28300, nos
seguintes casos.
Nos tanques de teto flutuante externo ou interno são usados os seguintes dispositivos de proteção
contra sobre ou subpressão interna:
26.4.1.1 A quantidade e o diâmetro dos respiros automáticos devem ser calculados atendendo,
simultaneamente, as seguintes considerações:
26.4.1.2 Os respiros automáticos devem ser dimensionados de tal forma a permitir sua abertura
antes do teto flutuante atingir a altura de manutenção. Na posição de manutenção, a distância mínima
entre a extremidade superior da camisa e sua tampa deve ser o valor do diâmetro da camisa.
26.4.1.3 As pernas dos respiros automáticos devem apoiar-se sobre chapas de reforço, com
6,30 mm de espessura, soldadas ao fundo, em toda a volta, na região de apoio da perna.
26.4.1.4 A camisa dos respiros automáticos deve ter um comprimento externo tal que a entrada de ar
fique acima do nível máximo alcançado pelo líquido na periferia do teto, e também, no caso de teto
flutuante externo, acima do nível de água correspondente à altura pluviométrica de 250 mm sobre
toda a área do tanque. A camisa dos respiros automáticos do teto flutuante não deve ter qualquer
prolongamento interno, e o respiro automático deve ser instalado nos pontos mais altos do teto
quando apoiado.
41
-PÚBLICO-
26.4.2.1 O teto flutuante externo ou interno tipo pontão deve ter dispositivos de alívio de pressão
para evitar possíveis danos ao teto causados por pressões anormalmente altas de gases sob o teto.
Esses dispositivos devem ser conforme Figura B.13 e colocados no lençol central próximo ao pontão
e uniformemente distribuídos. A quantidade deve ser a seguinte, de acordo com o diâmetro do
tanque:
a) diâmetro até 35 m: 4;
b) diâmetro entre 35 m e 50 m: 6;
c) diâmetro entre 50 m e 75 m: 8;
d) diâmetro acima de 75 m: 10.
NOTA As tampas desses dispositivos devem iniciar a abertura com uma pressão interna
equivalente ao valor do peso do lençol central por unidade de área.
26.4.2.2 O teto flutuante externo tipo duplo deve ter um dispositivo de alívio de pressão colocado o
mais próximo possível do centro do teto conforme Figura B.13.
A proteção do tanque deve ser conforme o “Annex” H da API STD 650. Projeto alternativo deve ser
devidamente justificado pelo projeto básico e aprovado pela PETROBRAS.
27.2 Uma alternativa para proteção contra incêndio de tanques de teto fixo é pressurizá-lo com gás
inerte (normalmente o nitrogênio). Neste caso o tanque deve ser calculado pelo “Annex” F da
API STD 650.
27.3 As câmaras de espuma devem ter plataformas fixas para acesso, inspeção e manutenção.
28 Proteção Elétrica
Os tanques devem ser aterrados para escoamento das correntes de descarga atmosférica, bem
como para evitar elevações de potencial que possam causar centelhamento para a terra, conforme
ABNT NBR 5419.
A equalização de potencial elétrico entre teto flutuante externo e o costado deve ser conforme a
ABNT NBR 5419.
A equalização de potencial elétrico para teto flutuante interno deve ser conforme a API STD 650.
42
-PÚBLICO-
29 Misturadores
29.1 Os misturadores devem ser do tipo mecânico (com hélice) ou de jato (bico ejetor estático ou
giratório).
NOTA Outros tipos de misturadores podem ser utilizados desde que aprovados pela
PETROBRAS.
29.2 Deve ser verificada a necessidade de reforço no tanque para absorver o peso e a vibração dos
misturadores.
29.3 Para tanques de teto flutuante, o bocal do misturador deve ser instalado o mais baixo possível,
compatível com o diâmetro da hélice e com as instruções do fabricante.
29.4 Os misturadores devem ser locados o mais afastado possível dos dispositivos de medição de
nível.
29.5 A posição relativa dos misturadores deve ser definida em conjunto com o fabricante dos
misturadores.
30 Sistema de Aquecimento
O sistema de aquecimento, se indicado pelo projeto, deve ser por meio de serpentinas (horizontais)
ou por meio de elementos compactos (aquecedores horizontais ou verticais). O aquecimento pode
ser feito por vapor, fluido térmico ou resistência elétrica.
NOTA Outros tipos de sistemas de aquecimento podem ser utilizados desde que aprovados pela
PETROBRAS.
30.1 O sistema de aquecimento deve ser projetado atendendo às condições do 30.1.1 ao 30.1.7.
30.1.1 O sistema deve ter flexibilidade suficiente para absorver as dilatações dos tubos.
30.1.2 O valor adotado para o coeficiente global de transferência de calor deve ser justificado na
memória de cálculo e os fatores de incrustação (“fouling factors”), considerados no cálculo, não
devem ser inferiores aos estabelecidos pela TEMA.
30.1.4 Considerar a transferência de calor por convecção natural, mesmo quando há misturadores
no tanque.
43
-PÚBLICO-
30.1.5 Os tubos das serpentinas devem ser lisos. Tubos aletados ou pinados só podem ser usados
quando definido no projeto térmico, para produtos sem tendência a coqueamento.
30.1.6 As serpentinas devem ser colocadas o mais baixo possível para permitir que o produto que
fica em contato com o fundo participe da homogeneização da temperatura.
30.1.7 Para produtos que tendem a se solidificar à temperatura ambiente, deve ser usada serpentina
de aquecimento na bacia de drenagem.
30.3 As ligações internas da tubulação de aquecimento devem ser com solda de topo para diâmetros
maiores ou iguais a 2” e com solda de encaixe para diâmetros menores.
30.4 Os componentes devem ser projetados de tal forma que tenham acesso ao interior do tanque
através das bocas de visita e/ou das portas de limpeza.
a) tubos: ASTM A 106 Gr. A/B, API 5L Gr. A/B, ASTM A 179 ou ASTM A 214;
b) acessórios de tubulação: ASTM A 105 até diâmetros de 1 1/2” e ASTM A 234 - WPB a
partir de 2”;
c) suportes: ASTM A 36;
d) aletas: chapa de aço com espessura mínima MSG-19 ou em alumínio se especificado
pelo projeto básico.
30.7 A sobre-espessura de corrosão especificada para o primeiro anel do costado deve ser
considerada na tubulação, elementos compactos e suportes do sistema de aquecimento.
30.8 Todo o sistema deve ter como pontos fixos apenas os bocais no costado do tanque. Os
elementos compactos e toda a tubulação devem ser simplesmente apoiados no fundo do tanque. Os
suportes dos tubos devem ter largura suficiente para acomodar os movimentos de dilatação e
batentes nos extremos para evitar que os tubos possam cair dos suportes. Não são permitidos
grampos, abraçadeiras ou outros recursos semelhantes para fixação dos tubos aos suportes. Os
suportes devem ser construídos com chapas e/ou perfis com espessura mínima de 6,30 mm e
soldados ao fundo com cordões de solda contínua.
30.9 O sistema de aquecimento deve ter, no mínimo, dois circuitos independentes, exceto se
indicado de outra forma no projeto básico.
30.10 O sistema de aquecimento a vapor deve ter declividade constante no sentido do escoamento.
44
-PÚBLICO-
30.11 O projeto do sistema de aquecimento deve evitar a interferência entre os seus componentes e
os acessórios internos do tanque, tais como: colunas de sustentação do teto, pernas de teto flutuante,
dispositivos de drenagem, misturadores, sucção flutuante etc.; e deixar livre a região situada sob as
escotilhas de medição e trajeto das bóias de medidores de nível.
30.12 O sistema de aquecimento deve possuir, na região de contato com cada suporte, uma chapa
de desgaste de, no mínimo, 3 mm de espessura, soldada integralmente na parte inferior dos tubos,
com comprimento suficiente para atender a dilatação térmica do sistema de aquecimento.
O isolamento térmico para alta temperatura deve estar de acordo com as PETROBRAS N-250
e N-550.
32 Placa de Identificação
Todo tanque deve ter uma placa de identificação, de aço inoxidável, fixada no costado, junto ao início
da escada de acesso ao teto do tanque, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a) identificação do tanque;
b) serviço;
c) norma de projeto (com indicação da edição e “addendum”);
d) ano de término da montagem;
e) capacidade nominal;
f) diâmetro nominal;
g) altura nominal;
h) densidade de projeto;
i) temperatura de projeto;
j) pressão de projeto;
k) nome do projetista;
l) nome do fabricante;
m) nome do montador.
45
-PÚBLICO-
Anexo A - Tabelas
Álcool etílico anidro. — tanque atmosférico de teto fixo com teto flutuante interno.
a) nafta pesada;
b) querosene;
c) óleo diesel classe III;
d) resíduo de vácuo;
— tanque atmosférico de teto fixo.
e) diesel do FCC (“cycle-oil”);
f) óleo combustível;
g) resíduos (“slop”);
h) óleo lubrificante;
i) “flushing-oil”;
j) asfalto e cimento asfáltico;
k) lastro de navio.
46
-PÚBLICO-
Tabela A.2 - Taxas Anuais de Corrosão para Aço-Carbono (mm por ano)
47
-PÚBLICO-
Bocas de visita
Diâmetro Teto flutuante Portas de limpeza
do tanque Costado Teto fixo interno e
(m) externo
Dimensão Dimensão Dimensão Dimensões
Qt. Qt. Qt. Qt.
mm (in) mm (in) mm (in) mm (in)
D≤ 6 1 600 (24) 1 600 (24) 1 900 (36) 1 600 x 600 (24 x 24)
6 < D ≤ 10 1 600 (24) 1 600 (24) 1 900 (36) 1 600 x 600 (24 x 24)
10 < D ≤ 18 1 600 (24) 2 600 (24) 2 900 (36) 1 900 x 1200 (36 x 48)
18 < D ≤ 27 2 600 (24) 2 600 (24) 2 900 (36) 1 1200 x 1200 (48 x 48)
27 < D ≤ 43 4 600 (24) 2 600 (24) 4 900 (36) 2 1200 x 1200 (48 x 48)
43 < D ≤ 55 5 600 (24) 3 600 (24) 5 900 (36) 2 1200 x 1200 (48 x 48)
55 < D ≤ 90 6 600 (24) 4 600 (24) 6 900 (36) 3 1200 x 1200 (48 x 48)
D > 90 2) 600 (24) 2) 600 (24) 2) 900 (36) 2) 1200 x 1200 (48 x 48)
NOTA 1 As dimensões são nominais; para as demais dimensões seguir a API STD 650.
NOTA 2 Para tanque com diâmetro acima de 90 m, a quantidade de bocas de visita e
portas de limpeza deve ser definida no projeto básico.
NOTA 3 As bocas de visita do teto flutuante (interno ou externo) são para acesso ao interior
do tanque.
48
-PÚBLICO-
49
-PÚBLICO-
Ø C F H
A B D E (Ver Nota 4) G (Ver Nota 4)
Bocal
NOTA 1 As dimensões "A" e "B" são baseadas no API STD 650 bocal tipo baixo ( "Low Type").
NOTA 2 O valor de "C" tabelado é função da área de passagem mínima requerida e portanto deve ser considerado como valor mínimo.
NOTA 3 A altura "K" da bacia é determinada pela fórmula a seguir que considera a possibilidade de existência de um nível de água de
até 250 mm acima do ponto mais alto do fundo com uma declividade de 1:120.
K= Ø Tanque + 250
240
NOTA 4 Os valores de "F" e "H" podem receber alterações em função do valor de "C" adotado.
NOTA 5 Dimensões em milímetros, salvo indicação em contrário.
58
-PÚBLICO-
312,5
330
NOTA 9 Este dispositivo não pode ser utilizado quando for adotada a
drenagem multiponto.
Corte "A-A"
125 175
300
Ø 400
Junta de borracha Ø 270
Ver Nota 2 Bacia
Vista meio corte
100
70
3
TIG
2
B B
20
Bóia Ver Detalhe "B"
Ø 220
Ø 300
Corte "B-B"
C C
Ver Detalhe "A"
Ø 280
A A Tampa
Vista meio corte
0
5
28
Ø
60
°
20
Anel
AISI - 304
Detalhe - "B"
Detalhe - "A"
Detalhe do encaixe da chapa 310
Figura B.10 - Bacia de Captação para Dreno Primário do Teto Flutuante Externo Quando não Utilizada a TÍTULO:
Bacia de Captação para Dreno Primário do Teto Flutuante
Drenagem Multiponto Externo Quando não Utilizada a Drenagem Multiponto
FORMULÁRIO PERTENCENTE À PETROBRAS N-270 REV. F
60
-PÚBLICO-
45
50
140
1/2''
5
Tubo 4" sch 40
Chapa 1/8"
AISI-304
Ver Nota 3
600
587
1/4''
Ø273
750
Ø113
Ø107
2
250 Detalhe "A"
150
Ø 114
1/4''
Ø 350
63
-PÚBLICO-
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A, B e C
Não existe índice de revisões.
REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
IR 1/1