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Nos termos do artº 12º, nº 2, “desde que não contrariem as normas (indicadas no nº 1)
e não sejam contrários aos princípios da boa fé, serão atendíveis os usos da profissão do
trabalhador e das empresas, salvo se outra coisa for convencionada por escrito”.
É duvidoso que devam incluir-se os usos da profissão e das empresas entre as fontes de
Direito do Trabalho. Aliás, o nº 2 do artº 12º diz apenas que, verificadas certas
condições, eles são atendíveis. Esta expressão parece ter o sentido de os usos poderem
constituir regalias que certa prática habitual confirmou e de constituírem um elemento
de integração relativamente a aspectos não previstos na lei, nos instrumentos de
regulamentação colectiva ou no contrato individual.
B. De base administrativa:
a) Portarias de extensão (PE)
b) Portarias de regulamentação de trabalho (PRT).
Os regulamentos internos (RI), os usos e o contrato individual (CI) não são fontes de
direito, embora deles resultem direitos e obrigações que, se forem num sentido mais
favorável ao trabalhador, prevalecerão tais cláusulas mesmo sobre as fontes de direito.
O nº 1 do artº 13º da LCT dispõe que “as fontes de direito superiores prevalecem
sempre sobre as inferiores, salvo na parte em que estas, sem oposição daquelas,
estabelecem tratamento mais favorável para o trabalhador”.
As normas de direito do trabalho podem ser de três tipos: dispositivas ou supletivas, as
que podem ser afastadas por fontes de direito inferiores (por exemplo, a norma do nº 1
do artº 92º da LCT, sobre o lugar em que deve ser satisfeita a retribuição); imperativas
absolutas, as que não podem ser alteradas por fontes de direito inferiores (por exemplo,
a norma do artº 21 do DL 874/76, sobre os dias feriados); imperativas relativas, as que
podem ser alteradas por fontes inferiores apenas na medida em que estabeleçam
melhores garantias para o trabalhador.
As normas deste último tipo constituem a regra deste ramo do direito.
Nos termos do nº 1 do artº 13º, cada caso concreto é regulado pelas normas aplicáveis
que estabeleçam tratamento mais favorável para o trabalhador, salvo quando exista
norma hierarquicamente superior que veicule imperativo absoluto.