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Livro Eletrônico

Aula 00

Conhecimentos EspecÃ-ficos p/ PETROBRAS (Técnico de LogÃ-stica de Transporte -


Operação)

Professor: Aristócrates Carvalho

Aula Demonstrativa
Conhecimentos Específicos para PETROBRÁS
Técnico em Logística de Transporte - OPERAÇÃO
Prof. Aristócrates Carvalho

AULA 00 (DEMONSTRATIVA)

Olá, meus amigos!

Meu nome é Aristócrates Carvalho e vocês não imaginam como é


boa a sensação de estar iniciando este curso da disciplina “Conhecimentos
específicos para Técnico em Logística de Transporte Júnior -
OPERAÇÃO” para o concurso da PETROBRÁS - 2014.

Um projeto deveras audacioso, eis que cuidaremos de uma


disciplina singular e ainda desconhecida da maioria dos candidatos, o que
pode torná-la um valioso diferencial no seu concurso.

O concurso da PETROBRÁS pode ser a oportunidade da sua vida.


Confira mais sobre este assunto lendo o artigo de nossa autoria
denominado “Concurso da PETROBRÁS: Um oásis em meio ao
deserto”, disponível no link:

(https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/concurso-da-
petrobras-um-oasis-em-meio-ao-deserto/)

Diante desse quadro promissor, aceitamos o desafio e não


economizaremos suor e energia para lhes proporcionar um material bem
didático, objetivo e repleto de questões e informações relevantes para a sua
prova.

“Ari, quanta falta de educação. Apresente-se melhor para os


seus alunos”. 

Pois bem pessoal. Sou professor atuante desde o ano de 2011 em


cursos presenciais e à distância de grande respaldo nos estados do
Pernambuco, Ceará e Piauí (Eu vou Passar, Estratégia Concursos e Aprova
Concursos).

Recentemente concluímos o curso da disciplina “Transportes


Aquaviários” para o concurso da Agência Nacional de Transportes
Aquaviários –ANTAQ, um curso que, modestamente, foi bastante exitoso.

Vale lembrar que o curso acima guarda muitas relações com o seu.
Sendo assim, informo que a disciplina específica do seu concurso já tem
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sido trabalhada por nós desde Julho/2014. Entretanto, buscarei, ao


máximo, adaptar o material à realidade da banca organizadora do seu
concurso (CESGRANRIO).

A nossa formação em Logística e Ciências Jurídicas dará enorme


suporte científico para a confecção deste material, além de pesquisas
aprofundadas em livros especializados sobre o tema.

Tenham em mente que nada, absolutamente nada nessa vida, é


adquirido sem o mínimo de esforço e garra.

Por fim, vale lembrar que esta é uma AULA DEMONSTRATIVA. Na


próxima aula divulgaremos uma complementação a este material, de forma
que não restem dúvidas sobre o tema.

O nosso curso terá um total de 03 (três) aulas e será estruturado


conforme o quadro a seguir:

Aulas Tópicos abordados Data


Aula 00 Movimentação de cargas e produtos perigosos: 22/09
produtos perigosos, explosivos, gases, líquidos
inflamáveis, sólidos ou substâncias inflamáveis,
substâncias oxidantes, substâncias tóxicas,
infectantes e irritantes, substâncias radioativas,
corrosivos, substâncias perigosas diversas, legislação
de transporte terrestre de produtos perigosos
Aula 01 Prevenção de incêndios: conceito de fogo, triângulo 29/09
de fogo, formas de ignição, classificação de
incêndios, tipos de aparelhos extintores, agentes
extintores, escolha, manuseio e aplicação dos
agentes extintores.
Aula 02 Equipamentos de transporte e movimentação de 06/10
cargas: carretas, caminhões, guindastes,
guindautos, empilhadeiras, tratores, escavadeiras,
pórticos rolantes, pontes rolantes, guinchos, talhas.
Noções de sistema de transporte aquaviário e aéreo.
Aula 03 Manutenção básica: eletricidade básica, motores de 13/10
combustão interna, lubrificantes e lubrificação,
sistemas hidráulicos e pneumáticos, direção
defensiva, acidente evitável ou não evitável,
colisões, estabilidade do veículo, ultrapassagem.

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OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS

Cargas perigosas são quaisquer cargas que, por serem explosivas,


como os gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes,
venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes, possam
representar riscos aos trabalhadores, as instalações físicas e ao meio
ambiente em geral.

É pré-requisito essencial para a segurança do transporte e do


manuseio de Cargas Perigosas a sua apropriada identificação,
acondicionamento, etiquetagem, empacotamento e documentação. Isso se
aplica à operações na área do porto propriamente dita ou nas áreas de
jurisdição do mesmo.

Uma carga perigosa pode ser conceituada, segundo a Norma


Regulamentadora nº 29, como todo produto químico, natural ou sintetizado,
que apresente riscos à integridade das pessoas e à natureza, seja
diretamente ou através de impactos poluidores ao meio ambiente natural,
independentemente da embalagem utilizada para o seu acondicionamento.

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IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS

Conforme o manual de produtos perigosos do Departamento de


Estradas e Rodagens de São Paulo, a identificação de produtos perigosos
para o transporte é realizada por meio da simbologia de risco, composta por
um painel de segurança, de cor alaranjada, e um rótulo de risco. Estas
informações obedecem aos padrões técnicos definidos na legislação do
transporte de produtos perigosos.

As informações inseridas no painel de segurança e no rótulo de


risco, conforme determina a legislação, abrangem o Número de Risco e o
Número da ONU, no Painel de Segurança, e o Símbolo de Risco e a
Classe/Subclasse de Risco no Rótulo de Risco, conforme pode ser observado
na Figura a seguir:

O veículo que transporta produtos perigosos, conforme a legislação


vigente deve fixar a sua sinalização na frente (painel de segurança, do lado
esquerdo do motorista), na traseira (painel de segurança, do lado esquerdo
do motorista) e nas laterais (painel de segurança e o rótulo indicativo da
classe ou subclasse de risco) colocados do centro para a traseira, em local
visível.

Quando a unidade de transporte a granel trafegar vazia, sem ter


sido descontaminada, está sujeita às mesmas prescrições que a unidade de
transporte carregada devendo portanto, estar identificada com os rótulos de
risco e os painéis de segurança.

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O conhecimento de alguns conceitos sobre produtos químicos é


essencial para que as equipes de resposta às emergências químicas possam
atuar de forma segura.

Todas as substâncias são tóxicas. Não há nenhuma que não seja


tóxica. A dose estabelece a diferença entre um tóxico e um medicamento.
Esta afirmação ainda é muito importante para aqueles que realizam o
atendimento a acidentes com produtos perigosos, pois deixa claro que toda
e qualquer substância pode ser perigosa ao homem sob condições
excessivas de uso ou contato.

Não há, portanto uma substância que seja absolutamente segura e


que não ofereça algum tipo de risco. Mesmo os produtos que não são
classificados pela ONU como perigosos para o transporte rodoviário,
apresentam riscos ao homem e ao meio ambiente. Ainda que esse risco
seja menor do que os produtos classificados como perigosos da ONU, esse
risco existe e, portanto não deve ser desprezado.

Esse é o primeiro, e um dos principais conceitos a ser respeitado


nas emergências químicas.

O segundo conceito importante diz respeito à forma como a


contaminação por um produto químico pode ocorrer. Há três principais vias
de intoxicação com produtos químicos: inalação, absorção cutânea e
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ingestão. Nas emergências químicas, a inalação é a principal via de


intoxicação, seguida pela absorção cutânea (contato com a pele) e pela
ingestão.

CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE CARGAS


PERIGOSAS

Com o objetivo de facilitar a identificação, a IMO listou os produtos


ou artigos mais comumente transportados através de seus nomes técnicos.
Cada nome (propper shipping name) corresponde a um número que
designa determinada substância ou artigo, precedido das letras UN (United
Nations) – Nações Unidas, por exemplo: UN 3356 – gerador de oxigênio,
químico.

A IMO/ONU classifica as cargas perigosas em nove classes distintas


cujos números aparecem na parte inferior dos rótulos de risco, de acordo
também com a norma NBR 7500 da ABNT e conforme o Anexo V da NR-29,
cujas características analisamos a seguir:

Classe 1 – Explosivos

Os produtos explosivos podem ser definidos como toda substância


sólida ou líquida (ou mistura de substâncias) que, por si mesma, através de
reação química, seja capaz de produzir gás a temperatura, pressão e
velocidade tais que possa causar danos à sua volta.

O fenômeno pode ser entendido como a expansão dos gases


liberados durante a reação a altíssimas velocidades provocando o
deslocamento do ar em torno do local da explosão, o que gera um aumento

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da pressão acima da pressão atmosférica normal. Esta sobre pressão pode


atingir valores elevados, acarretando danos destrutivos a prédios e pessoas.

A explosão é um fenômeno instantâneo sendo necessária a tomada


de medidas preventivas para que não ocorra o desencadeamento do
processo. Cabe ao operador portuário fazer uma programação para que as
cargas desta classe sejam as primeiras a desembarcarem e as últimas a
embarcarem a fim de que elas permaneçam o menor tempo possível nos
portos.

As áreas operacionais devem ser muito bem sinalizadas, com


indicativo de “proibido fumar” e proibindo o acesso de pessoas que não
estejam trabalhando. A equipe de emergência deve ficar de plantão durante
todo o tempo.

A Resolução ANTT nº 420/04 divide esta classe em seis subclasses


de risco:

Subclasse 1.1 - Substâncias e artigos com risco de explosão


em massa

Exemplo: TNT, fulminato de mercúrio.

Estas substâncias geram fortes explosões, conhecidas por


detonação.

Subclasse 1.2 - Substâncias e artigos com risco de projeção,


mas sem risco de explosão em massa

Exemplo: Granadas.

Estas substâncias geram pequenas explosões, conhecidas por


deflagração.

Subclasse 1.3 - Substâncias e artigos com risco de fogo e


com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem
risco de explosão em massa

Exemplo: artigos pirotécnicos.

Subclasse 1.4 - Substâncias e artigos que não apresentam


risco significativo
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Exemplo: dispositivos iniciadores.

Subclasse 1.5 - Substâncias muito insensíveis, com risco de


explosão em massa

Exemplo: Explosivos de demolição.

Subclasse 1.6 - Artigos extremamente insensíveis, sem risco


de explosão em massa

Exemplo: não há exemplos de produtos dessa subclasse na


Resolução nº 420 da ANTT.

Nas operações com explosivos devem ser observados os seguintes


critérios:

a) limitar a permanência de explosivos nos portos ao tempo mínimo


necessário;

b) evitar a exposição dos explosivos aos raios solares;

c) manipular em separado as distintas divisões de explosivos, salvo


nos casos de comprovada compatibilidade;

d) adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões no local


de operação, incluindo proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de
ignição ou de calor;

e) impedir o abastecimento de combustíveis na embarcação,


durante essas operações;

f) proibir a operação com explosivos sob condições atmosféricas


adversas à carga;

g) utilizar somente aparelhos e equipamentos cujas especificações


sejam adequadas ao risco;

h) estabelecer zona de silêncio na área de manipulação - proibição


do uso de transmissor de rádio, telefone celular e radar - exceto por
permissão de pessoa responsável;

i) proibir a realização de trabalhos de reparos nas embarcações


atracadas, carregadas com explosivos ou em outras, a menos de 40 m
(quarenta metros) dessa embarcação; e

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j) determinar que os explosivos sejam as últimas cargas a embarcar


e as primeiras a desembarcar.

Classe 2 – Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos


sob pressão ou altamente refrigerados.

Uma das características dos gases é uma grande taxa de expansão


na mudança de estado líquido para o gasoso, o que leva o produto a ocupar
volumes muito superiores aos que ele ocupava no recipiente. O cloro, por
exemplo, tem uma taxa de expansão de 457 vezes. Devido à rapidez de sua
expansão e às suas características altamente tóxicas, este produto se
reveste de grande risco para os trabalhadores.

As densidades dos gases devem ser levadas em conta, pois poderão


indicar a possibilidade de sua acumulação ao nível do solo, caso sejam mais
densos do que o ar.

Os gases podem ser transportados sob diferentes aspectos físicos:


Comprimido, liquefeito, liquefeito refrigerado e em solução (comprimido
dissolvido em um solvente).

De acordo com a Resolução ANTT nº 420/04, a classe 2 apresenta


três subclasses de risco:

Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis

Exemplo: GLP, butano, propano.

Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos

Exemplo: oxigênio líquido refrigerado ou comprimido, nitrogênio


líquido refrigerado ou comprimido

Subclasse 2.3 - Gases tóxicos

Exemplo: cloro, amônia, sulfeto de hidrogênio.

Os gases podem ser agrupados em quatro categorias:

ƒ Comprimidos;

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ƒ Liquefeitos;

ƒ Dissolvidos;

ƒ Criogênicos.

As quatro categorias acima são bem diferentes entre si e necessitam


de ações distintas nas emergências.

Gases comprimidos

Para efeito de transporte, muitos os gases são comprimidos por


meio de aplicação de pressão, permanecendo no estado gasoso. Em caso de
vazamento, a liberação desses gases ocorre a uma enorme velocidade de
saída, portanto qualquer pessoa situada na frente do jato formado, sofrerá
forte impacto físico. Exemplos de gases comprimidos são: argônio,
hidrogênio e hélio.

Gases liquefeitos

São os gases que ao receberem a aplicação de pressão tornaram-se


líquidos. Exemplos de gases comprimidos (ou pressurizados) liquefeitos
são: GLP, cloro e amônia.

Muitos gases, como GLP e cloro, são mais densos do que o ar, ou
seja, após serem liberados para o ambiente, permanecem próximos ao solo,
situação essa de maior complexidade e risco já que próximo ao solo estão
as pessoas e as possíveis fontes de ignição.

Nos casos de incêndio, haverá sempre a possibilidade de ruptura


catastrófica dos vasos de pressão, com o conseqüente deslocamento do ar,
projeção de estilhaços e do produto envolvido e, portanto, nas condições de
incêndios, será necessário realizar um grande isolamento de área.

Gases dissolvidos

São os gases que se encontram dissolvidos sob pressão em um


solvente, como é o caso do acetileno, transportado dissolvido em acetona.

Gases criogênicos

São os gases que para serem liquefeitos devem ter sua temperatura
reduzida a valores inferiores à –150º C. Exemplos de gases criogênicos são:
nitrogênio líquido, oxigênio líquido, gás carbônico líquido. Devido a sua
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baixa temperatura, em caso de contato com esses materiais, serão geradas


gravíssimas queimaduras ao tecido humano. A baixa temperatura também
poderá causar o congelamento de outros materiais como ferro e aço,
tornando-os quebradiços e, portanto podendo gerar situações de risco.

Alguns aspectos devem ser levados em conta quando de uma


análise de contingência:

a) risco do produto;

b) quantidade vazada;

c) características físico-químicas (densidade, taxa de expansão,


etc.);

d) condições topográficas (ventilação, construções, etc);

e) núcleos habitacionais.

Classe 3 – Líquidos inflamáveis

Os líquidos são classificados como inflamáveis ou como combustíveis


pelos seus pontos de fulgor (flashpoint).

Ponto de fulgor de um líquido é a menor temperatura em que este


líquido produz vapores em quantidade suficiente para iniciar uma queima na
sua superfície. Algumas vezes, pode-se encontrar mais de um ponto de
fulgor para um mesmo líquido. Isto por causa da variação do tipo de teste e
também devido ao grau de pureza do produto químico. Por isso, o ponto de
fulgor não deve ser usado como uma linha demarcatória entre uma situação
segura ou insegura. Deve ser usado, sim, como uma linha guia.

Os inflamáveis pegam fogo facilmente nas temperaturas normais de


trabalho. Os combustíveis têm a característica de pegar fogo com
temperaturas acima da normal de trabalho. Existem diversos critérios
técnicos para se determinar se um líquido é inflamável ou combustível. O
WHMIS – Workplace Hazardous Material Information System, do Canadá,
define como líquidos inflamáveis os que possuem ponto de fulgor abaixo de
37,8 graus Celsius (100 graus F); e como combustíveis aqueles que
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possuem ponto de fulgor igual ou acima de 37,8 graus Celsius (100 graus
F) e abaixo de 93,3 graus Celsius (200 graus F).

Nas operações com as Classes 2 e 3 devem ser observados os


seguintes critérios:

a) adotar medidas de proteção contra incêndios e explosões,


incluindo especialmente a proibição de fumar, o controle de qualquer fonte
de ignição e de calor, os aterramentos elétricos necessários, bem como a
utilização dos equipamentos elétricos adequados à área classificada;

b) depositar os recipientes de gases em lugares arejados e


protegidos dos raios solares;

c) utilizar os capacetes protetores das válvulas dos cilindros durante


a movimentação a fim de protegê-las contra impacto ou tensão;

d) prevenir impactos e quedas dos recipientes nas plataformas do


cais, nos armazéns e porões;

e) segregar, em todas as etapas das operações, os gases, líquidos


inflamáveis e tóxicos dos produtos alimentícios e das demais classes
incompatíveis;

f) observar as seguintes recomendações nas operações com gases e


líquidos inflamáveis, sem prejuízo do disposto na NR-16 (Atividades e
Operações Perigosas) e NR-20 (Líquidos Combustíveis e Inflamáveis):

I. isolar a área a partir do ponto de descarga durante as operações;

II. manter a fiação e terminais elétricos com isolamento perfeito e


com os respectivos tampões, inclusive os instalados nos guindastes;

III. manter os guindastes totalmente travados, tanto no solo como


nas superestruturas;

IV. realizar inspeções visuais e testes periódicos nos mangotes,


mantendo-as em boas condições de uso operacional;

V. fiscalizar permanentemente a operação, paralisando-a sob


qualquer condição de anormalidade operacional;

VI. alojar, nos abrigos de material de combate a incêndio, os


equipamentos necessários ao controle de emergências;
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VII. instalar na área delimitada, durante a operação e em locais de


fácil visualização, placas em fundo branco, com os seguintes dizeres
pintados em vermelho refletivo: NÃO FUME - NO SMOKING; NÃO USE
LÂMPADAS DESPROTEGIDAS - NO OPEN LIGHTS;

g) manter os caminhões-tanques usados nas operações com


inflamáveis líquidos a granel em conformidade com legislação sobre
transporte de produtos perigosos.

h) gases inflamáveis ou tóxicos depositados em lugares ventilados e


protegidos contra as intempéries, sol e água do mar, longe de habitações e
fonte de ignição e calor sem controle;

Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à


combustão espontânea; substâncias que, em contato com a
água, emitem gases inflamáveis.

Esta classe abrange todos os sólidos que podem inflamar-se


facilmente na presença de uma fonte de ignição, em contato com o ar ou
com a água, e não atendem às características dos explosivos.

A Resolução ANTT nº 420/04 divide esta classe em três subclasses


de risco:

Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis, substâncias auto-


reagentes e explosivos sólidos insensibilizados

Os produtos desta subclasse podem se inflamar quando expostos a


chamas, calor, choque e atritos. Todos os cuidados relativos aos líquidos
inflamáveis se aplicam para os sólidos inflamáveis.

Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas à combustão


espontânea

Nesta subclasse estão agrupados os produtos que podem se


inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presença de uma fonte de
ignição.

Tais

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produtos são transportados, na sua maioria, em recipientes com


atmosferas inertes ou submersos em querosene ou água.

Nas operações com a Classe 4 devem ser observados os seguintes


critérios:

a) adotar medidas preventivas para controle não somente do risco


principal, como também dos riscos secundários, como toxidez e
corrosividade, encontrados em algumas substâncias desta classe;

b) adotar as práticas de segurança, relativas as cargas sólidas a


granel, que constam do suplemento ao código IMDG;

c) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões,


incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte
de ignição e de calor;

d) adotar medidas que impeçam o contato da água com substâncias


das subclasses 4.2 substâncias sujeitas a combustão espontânea e 4.3-
substâncias perigosas em contato com a água;

e) adotar medidas que evitem a fricção e impactos com a carga;

f) ventilar o local de operação que contém ou conteve substâncias


da classe 4, antes dos trabalhadores terem acesso ao mesmo. No caso de
concentração de gases, os trabalhadores que adentrem neste espaço devem
portar aparelhos de respiração autônoma, cintos de segurança com
dispositivos de engate, travamento e cabo de arrasto;

g) monitorar, antes e durante a operação de descarga de carvão ou


pré-reduzidos de ferro, a temperatura do porão e a presença de hidrogênio
ou outros gases no mesmo, para as providências devidas.

Classe 5 – Substâncias oxidantes; peróxidos


orgânicos.

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Substâncias que, embora não sendo necessariamente combustíveis,


podem, em geral, por liberação de oxigênio, causar a combustão de outros
materiais ou contribuir para isto.

Estas substâncias em sua maioria não são inflamáveis, porém como


reagem com grande variedade de materiais, produzindo oxigênio, podem
provocar a sua combustão. Se o produto for orgânico, a reação é violenta e
produz grande quantidade de calor, mesmo que o composto orgânico esteja
presente em pequenas quantidades, como: carvão vegetal, enxofre,
terebintina, etc.

Nunca se deve utilizar terra, serragem ou similares para conter


vazamentos ou absorver derrames, sendo mais indicado o uso de materiais
inertes como a areia.

Nas operações com a Classe 5 devem ser observados os seguintes


critérios:

a) adotar medidas de segurança contra os riscos específicos desta


classe e os secundários, como corrosão e toxidez, que ela possa apresentar;

b) adotar medidas que impossibilitem o contato das substâncias


dessa classe com os materiais ácidos, óxidos metálicos e aminas;

c) monitorar e controlar a temperatura externa, até seu limite


máximo, dos tanques que contenham peróxidos orgânicos;

d) adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões,


incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte
de ignição e de calor.

O armazenamento de produtos da classe 5 será feito em depósitos


específicos.

Antes de armazenar estes produtos, verificar se o local está limpo,


sem a presença de material combustível ou inflamável.

Durante o armazenamento, os peróxidos orgânicos devem ser


mantidos refrigerados e longe de qualquer fonte artificial de calor ou
ignição.

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Classe 6 – Substâncias Tóxicas; Substâncias


Infectantes.

As substâncias tóxicas (venenosas) são aquelas capazes de provocar


a morte, lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas, inaladas ou
se entrarem em contato com a pele.

A via respiratória é o caminho mais rápido destas substâncias


contaminarem o organismo humano, porque a maior parte se encontra
dispersas na atmosfera na forma de gases, vapores e poeiras e o volume
inalado durante a jornada de trabalho pode ser de 7500 litros a 15000 litros
(10 a 20 Kg de ar), dependendo do regime de trabalho.

As Substâncias infectantes são aquelas que contêm


microorganismos viáveis, incluindo bactérias, vírus, parasitas ou um
recombinante híbrido ou mutante, os quais provocam, ou há suspeita
razoável de que possam provocar, doenças em seres humanos ou em
animais.

Os produtos desta classe podem causar grandes impactos sobre a


vida aquática, devendo estar previstas nos locais de estocagem, bacias de
contenção para que o sistema de drenagem não possa conduzir estes
materiais aos corpos d’água.

Nas operações com a Classe 6 devem ser observados os seguintes


critérios:

a) segregar substâncias desta classe dos produtos alimentícios;

b) manipular cuidadosamente as cargas, especialmente aquelas


simultaneamente tóxicas e inflamáveis;

c) restringir o acesso à área operacional e circunvizinhas, somente


ao pessoal envolvido nas operações;

d) dispor de conjuntos adequados de EPC e EPI, para o caso de


avarias ou na movimentação de graneis da Classe 6 ;
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e) dispor, no local das operações, de sacos com areia limpa e seca


ou similares, para absorver e conter derramamentos;

f) proibir a participação de trabalhadores, na manipulação destas


cargas, principalmente as substâncias infectantes, quando portadores de
erupções, úlceras ou cortes na pele;

g) proibir comer, beber ou fumar na área operacional e nas


proximidades;

Classe 7 – Materiais Radioativos

Fazem parte desta classe os materiais ou produtos que emitem


radiações ionizantes.

Estes materiais sofrem desintegrações atômicas, produzindo


radiações alfa, beta e gama ou uma mistura deles.

Nas operações com a Classe 7 devem ser observados os seguintes


critérios:

a) exigir que as embarcações de bandeira (origem) estrangeira que


transportem materiais radioativos apresentem, para a admissão no porto, a
documentação fixada no "Regulamento para o Transporte com Segurança
de Materiais Radioativos", da Agência Internacional de Energia Atômica. No
caso de embarcações de bandeira brasileira, deverá ser atendida a "Norma
de Transporte de Materiais Radioativos" - Resolução da Comissão Nacional
de Energia Nuclear - CNEN 13/80 e Norma CNEN-NE 5.01/88 e alterações
posteriores;

b) obedecer às normas de segregação desses materiais, constantes


no IMDG, com as distâncias de afastamento aplicáveis;

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c) a autorização para a atracação de embarcação com carga da


Classe 7 – materiais radioativos, deve ser precedida de adoção de medidas
de segurança indicadas por pessoa competente em proteção radiológica.
Entende-se por pessoa competente, neste caso, o Supervisor de Proteção
Radiológica - SPR conforme a Norma 3.03 da CNEN e alterações
posteriores;

d) monitorar e controlar a exposição de trabalhadores às radiações


conforme critérios estabelecidos pela NE-3.01 e NE-5.01- Diretrizes Básicas
de Radioproteção da CNEN e alterações posteriores;

e) adotar medidas de segregação e isolamento com relação a


pessoas e outras cargas, estabelecendo uma zona de segurança para o
trabalho, por meio de placas de segurança, sinalização, cordas e
dispositivos luminosos, definidos pelo SPR, conforme o caso.

Classe 8 – Substâncias Corrosivas

Por definição, são enquadradas nesta classe as substâncias que


apresentam altas taxas de corrosão ao aço. Por conseguinte, podem
provocar danos severos aos tecidos humanos. Existem basicamente dois
grandes grupos de substâncias com estas propriedades: os ácidos e as
bases.

Algumas substâncias desta classe apresentam riscos subsidiários


devido ao seu alto poder oxidante e outros podem reagir violentamente com
a presença de água ou com compostos orgânicos. Em contato com metais,
reagem produzindo hidrogênio que é um gás inflamável. Em contato com os
tecidos humanos, pele e olhos, estes produtos podem causar severas
queimaduras, devendo ser utilizados equipamentos de proteção individual,
roupas de PVC, para o manuseio de produtos desta classe.

a) adotar medidas de segurança que impeçam o contato de


substâncias dessa classe com a água ou com temperatura elevada;

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b) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões,


incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte
de ignição e de calor;

c) dispor, no local das operações, de sacos com areia limpa e seca


ou similares, para absorver e conter eventuais derramamentos.

Nas operações com a Classe 8 devem ser observados os seguintes


critérios:

a) adotar medidas de segurança que impeçam o contato de


substâncias dessa classe com a água0 ou com temperatura elevada;

b) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões,


incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte
de ignição e de calor;

c) dispor, no local das operações, de sacos com areia limpa e seca


ou similares, para absorver e conter eventuais derramamentos.

Classe 9 – Substâncias perigosas diversas

Incluem-se nesta classe as substâncias e artigos que durante o


transporte apresentam um risco não abrangido por qualquer das outras
classes.

Geralmente os produtos desta classe são de risco baixo a moderado,


sendo incluídos os produtos com potencial de serem poluentes marinhos.

Nas operações com a Classe 9 devem ser observados os seguintes


critérios:

a) adotar medidas preventivas dos riscos dessas substâncias, que


podem ser inflamáveis, irritantes e, afora outros riscos, passíveis de uma
decomposição ou alteração durante o transporte;

b) rotular as embalagens e contêineres com o nome técnico dessas


substâncias, marcados de forma indelével;

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c) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões,


incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte
de ignição e de calor;

d) dispor, no local das operações, de sacos com areia limpa e seca


ou similares, para absorver e conter derramamentos; adotar medidas de
controle de aerodispersóides.

01. (CESGRANRIO-TLTJ-CONTROLE-2008) Substâncias e artigos


explosivos fazem parte do grupo enquadrado na Classe 1 e, dentre
esses, existem aqueles que

(A) apresentam risco de explosão em massa, isto é, afetam


virtualmente toda a carga de modo praticamente instantâneo.

(B) geram muita fumaça ao entrar em combustão, contaminando a


atmosfera com substâncias tóxicas e tornando-a irrespirável.

(C) oneram o processo de transporte devido aos requintes técnicos


exigidos pelas normas de segurança em cada operação.

(D) são pouco reativos, necessitando de grande quantidade de


energia de ignição para entrar em combustão, o que acontece
lentamente.

(E) têm comportamento de produtos que, embora não sejam


explosivos, entram em combustão e geram grande quantidade de
calor ao queimar.

COMENTÁRIOS:

Conforme visualizamos anteriormente, os produtos explosivos


podem ser definidos como toda substância sólida ou líquida (ou mistura de
substâncias) que, por si mesma, através de reação química, seja capaz de
produzir gás a temperatura, pressão e velocidade tais que possa causar

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danos à sua volta.

A questão exigiu o conhecimento das subclasses, mais


especificamente da subclasse 1.1 - Substâncias e artigos com risco
de explosão em massa.

Gabarito: A

02. (CESGRANRIO-TLTJ-OPERAÇÃO-2008) A competência para


atestar a adequação dos veículos e equipamentos destinados ao
transporte de produtos perigosos, segundo seus Regulamentos
Técnicos de Qualidade, no território nacional, é atribuição

(A) do Inmetro, através da ação da Polícia Rodoviária Federal.

(B) do Inmetro, através de seus Organismos de Inspeção


Acreditados.

(C) do Instituto Nacional do Petróleo em convênio com a


fiscalização de ICMS.

(D) da ANTT-Agência Nacional de Transportes Terrestres e das


Polícias Rodoviárias.

(E) das Polícias Rodoviárias, Federal e Estaduais, em convênio com


a ANTT.

COMENTÁRIOS:

Pessoal, é importante a leitura do DECRETO Nº 96.044, DE 18


DE MAIO DE 1988, prova o Regulamento para o Transporte Rodoviário
de Produtos Perigosos e dá outras providências.

A banca CESGRANRIO tem, ao longo dos anos, cobrado questões


que cobram exatamente esta norma. Fique atento, ok?

Bom. Segundo o art. 4º, § 1º do Decreto, o Instituto Nacional


de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, ou
entidade, por ele credenciada, atestará a adequação dos veículos e
equipamentos ao transporte de produto perigoso, nos termos dos seus
regulamentos técnicos.

Gabarito: B
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03. (CESGRANRIO-TLTJ-CONTROLE-2011) Do ponto de vista da


química, um produto é classificado como perigoso quando

(A) for considerado pela autoridade regional de trânsito como tal.

(B) entrar em ignição a temperatura ambiente.

(C) afetar, direta ou indiretamente, os seres humanos e o meio


ambiente.

(D) absorver umidade atmosférica tornando-se explosivo.

(E) produzir gases asfixiantes simples.

COMENTÁRIOS:

Uma carga perigosa pode ser conceituada, segundo a Norma


Regulamentadora nº 29, como todo produto químico, natural ou
sintetizado, que apresente riscos à integridade das pessoas e à
natureza, seja diretamente ou através de impactos poluidores ao
meio ambiente natural, independentemente da embalagem utilizada
para o seu acondicionamento.

A alternativa que mais se aproxima do conceito supracitado é a


letra C.

GABARITO: C

04. (CESGRANRIO-TLTJ-CONTROLE-2011) O transporte de


substâncias perigosas requer cuidados especiais, uma vez que,
dentre os sólidos inflamáveis, classificados como tais, há aqueles
que

(A) podem fragmentar-se, perdendo, assim, suas propriedades


físico-químicas.

(B) absorvem umidade e, com isso, têm seu volume aumentado.

(C) sofrem processo de sublimação, liquefazendo-se, pelo menos


em parte.

(D) podem, por atrito, causar fogo ou contribuir para o seu


surgimento.
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(E) reagem, agressivamente, com gases neutros, a temperatura


ambiente.

COMENTÁRIOS:

Mais uma questão que exige conhecimento aprofundado das


subclasses. É bom fixar bem esse tema, pois a banca adora cobrá-lo.

Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis, substâncias auto-


reagentes e explosivos sólidos insensibilizados

Os produtos desta subclasse podem se inflamar quando expostos a


chamas, calor, choque e atritos. Todos os cuidados relativos aos líquidos
inflamáveis se aplicam para os sólidos inflamáveis.

Gabarito: D

(CESPE/ANTAQ-2009/TRESTA) Julgue os itens seguintes relativos


a gestão portuária, meio ambiente e cargas perigosas.

05. As cargas perigosas são distribuídas em classes. As de classe 2


(gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão) devem
ser depositadas em lugares adequadamente ventilados e
protegidos contra intempéries, incidência de raios solares e água
do mar, longe de habitações e de qualquer fonte de ignição e calor
que não esteja sob controle.

Comentários:

Classe 2 – Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob


pressão ou altamente refrigerados.

Nas operações com as Classes 2 e 3 devem ser observados os


seguintes critérios:

(...)

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h) gases inflamáveis ou tóxicos depositados em lugares ventilados


e protegidos contra as intempéries, sol e água do mar, longe de
habitações e fonte de ignição e calor sem controle.

Gabarito: Correto

06. As cargas perigosas da classe 5 são as substâncias oxidantes e


peróxidos orgânicos. Durante o armazenamento, os peróxidos
orgânicos devem ser conservados a temperatura ambiente, em
locais cobertos, livres de insolação.

Comentários:

Classe 5 – Substâncias oxidantes; peróxidos orgânicos.

Nas operações com a Classe 5 devem ser observados os seguintes


critérios:

Durante o armazenamento, os peróxidos orgânicos devem ser


mantidos refrigerados e longe de qualquer fonte artificial de calor ou
ignição.

Portanto, o pecado da questão foi afirmar que os peróxidos


orgânicos devem ser conservados a temperatura ambiente.

Gabarito: Errado

07. A International Maritime Organization (IMO), organização


integrante da International Chamber of Shipping (ICS), é o
organismo responsável pela legislação internacional referente ao
aspecto político do transporte marítimo.

Comentários:

Pessoal, a International Maritime Organization – IMO é uma


agência da Organização das Nações Unidas – ONU especializada em

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assuntos técnicos, e não políticos, relativos ao transporte marítimo.

A IMO foi fundada em 1958, como Organização


Intergovernamental Consultiva Marítima – IMCO, adotou o nome atual em
1982. Possuem hoje representantes de 157 países membros, tendo suas
resoluções e recomendações aplicação em todo mundo. O lema desta
instituição tem sido “transporte marítimo seguro e oceanos limpos”. O
Brasil é membro da OMI desde 1963.

Visando ao cumprimento da sua missão, a IMO desenvolveu uma


série de códigos que servem como recomendação aos governos,
administrações, armadores, construtores de navios e comandantes, como
normas a serem aplicadas ao lidar com determinadas cargas.

Gabarito: Errado

08. (NCE-UFRJ/ANTT-2008/ESPECIALISTA) Um veículo com o


rótulo de risco abaixo estará transportando:

(A) uma substância infectante;

(B) uma substância que em contato com a água emite gás

inflamável;

(C) um gás tóxico;

(D) uma substância corrosiva;

(E) uma substância oxidante.

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Comentários:

A figura já nos indicou se tratar da Classe 8. É muito importante


associar cada número de classe às respectivas cargas. Serão pontos
valiosos, ok?

Sem a necessidade de maiores comentários, vamos relembrar os


conceitos:

Classe 1: Explosivo

Classe 2: Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob


pressão ou altamente refrigerados

Classe 3: Líquidos inflamáveis

Classe 4: Sólidos inflamáveis

Classe 5: Substâncias oxidantes

Classe 6: Substâncias tóxicas e infectantes

Classe 7: Materiais radioativos

Classe 8: Substâncias corrosivas

Classe 9: Substâncias perigosas diversas

Gabarito: D

(Prova: CESPE/ IBAMA-2013 – Analista Administrativo) Com


relação à administração de recursos materiais, julgue os itens
subsecutivos.

09. É vedado o transporte de cargas perigosas, como explosivos e


substâncias infecciosas, no modal aéreo.

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Comentários:

Por que não?

Seria uma grande retrocesso comercial limitarmos o transporte de


determinadas cargas a alguns modais considerando apenas o seu grau de
periculosidade envolvido. Para suprir essa demanda é que são criadas
normas e equipamentos capazes de tornar o transporte dessas cargas
mais seguro em qualquer tipo de transporte.

Gabarito: Errado ==0==

(CESPE/ANTAQ-2009/ERESTA-Curso de Formação) Com relação a


cargas perigosas no porto, julgue o item a seguir.

10. É importante que os portos disponibilizem, em suas zonas


primárias, uma área especial tanto para a segregação e
armazenagem de cargas perigosas quanto para reparos de
vazamentos em contêineres com carga IMO.

Comentários:

O manuseio de cargas perigosas ainda não é tratado


adequadamente. Muitos portos recebem cargas perigosas ou
potencialmente perigosas, mas não dispõem de procedimentos para
manuseá-las.

Em se tratando de cargas perigosas, é importante que os portos


que movimentam esse tipo de mercadoria disponibilizem em suas zonas
primárias uma área especial, tanto para segregação e armazenagem
quanto para reparos de vazamento em contêineres contendo “carga IMO”.

Gabarito: Correto

11. Cargas perigosas correspondem a cargas que, em virtude de


serem explosivas, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infectantes,
radioativas, corrosivas ou serem gases comprimidos ou liquefeitos
ou substâncias contaminantes, possam apresentar riscos à
tripulação, ao navio, às instalações portuárias ou ao ambiente

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aquático. Essas mercadorias, de acordo com a sua natureza, podem


ser transportadas embaladas ou a granel.

Comentários:

Verdade. A questão frisou muito bem que, de acordo com a sua


natureza, podem ser transportadas embaladas ou a granel.

Lembrem-se que todos os procedimentos previstos para o


manuseio das cargas perigosas devem ser estritamente observados.

Gabarito: Correto

Bom, este foi apenas um aperitivo do que teremos.

Na próxima aula concluiremos este conteúdo e iniciaremos


outros temas específicos para o seu concurso.

Um forte abraço a todo(a)s!

Bons estudos!

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

01. (CESGRANRIO-TLTJ-CONTROLE-2008) Substâncias e artigos


explosivos fazem parte do grupo enquadrado na Classe 1 e, dentre
esses, existem aqueles que

(A) apresentam risco de explosão em massa, isto é, afetam


virtualmente toda a carga de modo praticamente instantâneo.

(B) geram muita fumaça ao entrar em combustão, contaminando a


atmosfera com substâncias tóxicas e tornando-a irrespirável.

(C) oneram o processo de transporte devido aos requintes técnicos


exigidos pelas normas de segurança em cada operação.

(D) são pouco reativos, necessitando de grande quantidade de


energia de ignição para entrar em combustão, o que acontece
lentamente.

(E) têm comportamento de produtos que, embora não sejam


explosivos, entram em combustão e geram grande quantidade de
calor ao queimar.

02. (CESGRANRIO-TLTJ-OPERAÇÃO-2008) A competência para


atestar a adequação dos veículos e equipamentos destinados ao
transporte de produtos perigosos, segundo seus Regulamentos
Técnicos de Qualidade, no território nacional, é atribuição

(A) do Inmetro, através da ação da Polícia Rodoviária Federal.

(B) do Inmetro, através de seus Organismos de Inspeção


Acreditados.

(C) do Instituto Nacional do Petróleo em convênio com a


fiscalização de ICMS.

(D) da ANTT-Agência Nacional de Transportes Terrestres e das


Polícias Rodoviárias.

(E) das Polícias Rodoviárias, Federal e Estaduais, em convênio com


a ANTT.

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03. (CESGRANRIO-TLTJ-CONTROLE-2011) Do ponto de vista da


química, um produto é classificado como perigoso quando

(A) for considerado pela autoridade regional de trânsito como tal.

(B) entrar em ignição a temperatura ambiente.

(C) afetar, direta ou indiretamente, os seres humanos e o meio


ambiente.

(D) absorver umidade atmosférica tornando-se explosivo.

(E) produzir gases asfixiantes simples.

04. (CESGRANRIO-TLTJ-CONTROLE-2011) O transporte de


substâncias perigosas requer cuidados especiais, uma vez que,
dentre os sólidos inflamáveis, classificados como tais, há aqueles
que

(A) podem fragmentar-se, perdendo, assim, suas propriedades


físico-químicas.

(B) absorvem umidade e, com isso, têm seu volume aumentado.

(C) sofrem processo de sublimação, liquefazendo-se, pelo menos


em parte.

(D) podem, por atrito, causar fogo ou contribuir para o seu


surgimento.

(E) reagem, agressivamente, com gases neutros, a temperatura


ambiente.

(CESPE/ANTAQ-2009/TRESTA) Julgue os itens seguintes relativos a


gestão portuária, meio ambiente e cargas perigosas.

05. As cargas perigosas são distribuídas em classes. As de classe 2


(gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão) devem
ser depositadas em lugares adequadamente ventilados e protegidos
contra intempéries, incidência de raios solares e água do mar, longe

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de habitações e de qualquer fonte de ignição e calor que não esteja


sob controle.

06. As cargas perigosas da classe 5 são as substâncias oxidantes e


peróxidos orgânicos. Durante o armazenamento, os peróxidos
orgânicos devem ser conservados a temperatura ambiente, em
locais cobertos, livres de insolação.

07. A International Maritime Organization (IMO), organização


integrante da International Chamber of Shipping (ICS), é o
organismo responsável pela legislação internacional referente ao
aspecto político do transporte marítimo.

08. (NCE-UFRJ/ANTT-2008/ESPECIALISTA) Um veículo com o


rótulo de risco abaixo estará transportando:

(A) uma substância infectante;

(B) uma substância que em contato com a água emite gás

inflamável;

(C) um gás tóxico;

(D) uma substância corrosiva;

(E) uma substância oxidante.

(Prova: CESPE/ IBAMA-2013 – Analista Administrativo) Com relação


à administração de recursos materiais, julgue os itens subsecutivos.

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09. É vedado o transporte de cargas perigosas, como explosivos e


substâncias infecciosas, no modal aéreo.

(CESPE/ANTAQ-2009/ERESTA-Curso de Formação) Com relação a


cargas perigosas no porto, julgue o item a seguir.

10. É importante que os portos disponibilizem, em suas zonas


primárias, uma área especial tanto para a segregação e
armazenagem de cargas perigosas quanto para reparos de
vazamentos em contêineres com carga IMO.

11. Cargas perigosas correspondem a cargas que, em virtude de


serem explosivas, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infectantes,
radioativas, corrosivas ou serem gases comprimidos ou liquefeitos
ou substâncias contaminantes, possam apresentar riscos à
tripulação, ao navio, às instalações portuárias ou ao ambiente
aquático. Essas mercadorias, de acordo com a sua natureza, podem
ser transportadas embaladas ou a granel.

1-A 2-B 3-C 4-D 5-C

6-E 7-E 8-D 9-E 10-C

11-C

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