13/05/2021 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

U F S
S I G A A

E 13/05/2021 13:25
Portal do Docente

V A E

DADOS DA AÇÃO DE EXTENSÃO

Código: PJ081-2021
O QUE PODE UM CINECLUBE NA ESCOLA?:EXPERIÊNCIAS DO OLHAR PARA
Título:
INFANTILAR A EDUCAÇÃO NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO - CODAP/UFS
EDITAL N° 01 PIAEX/UFS DE 19 DE FEVEREIRO DE 2021 - RENOVAÇÃO DE PROJETOS
Edital
DE EXTENSÃO EM 2021
Programa PROGRAMA ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Ano: 2021
Período: 30/04/2021 a 30/09/2021
Tipo: PROJETO
Situação: EM EXECUÇÃO
Abrangência: LOCAL
Unidade Proponente: DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA / UFS
Unidade
-
Orçamentária:
Outras Unidades COLÉGIO DE APLICAÇÃO / UFS
Envolvidas: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM CINEMA / UFS
Área temática: EDUCAÇÃO
Linha de Extensão: EDUCAÇÃO BÁSICA
Área do CNPq: Ciências Humanas
Fonte de FINANCIAMENTO INTERNO (EDITAL N° 01 PIAEX/UFS DE 19 DE FEVEREIRO DE 2021
Financiamento: - RENOVAÇÃO DE PROJETOS DE EXTENSÃO EM 2021)
Convênio: NÃO
Renovação: SIM
Nº Bolsas Solicitadas: 3
Nº Bolsas Concedidas: 2
Nº Discentes
10
Envolvidos:
Público Real Atendido: Não informado
Público Alvo Interno: Discentes CODAP, Docentes, Servidores Técnicos Administrativos
Total Público Alvo
150 pessoas
Interno:
Público Alvo Externo: Escolares da Rede Pública
Total Público Alvo
25 pessoas
Externo:
Público Total
175 pessoas
Estimado:
Tipo de Cadastro: SUBMISSÂO DE NOVA PROPOSTA
Locais de Realização
Estado Município Bairro Espaço Realização Link Localizador

Sergipe São Cristóvão Rosa Elze Colégio de Aplicação

Contato
Coordenação: MARCOS RIBEIRO DE MELO
E-mail: marcos_demelo@hotmail.com
Telefone:
Detalhes da Ação
Justificativa:
O cinema, geralmente, adentra as salas de escolas e universidades, por uma via instrumental que propõe usos
didáticos das imagens em movimento. Filmes para ilustrar e exemplificar conteúdos programáticos, filmes para
entreter, filmes para manter os alunos quietos e calados. A nossa aposta, ao contrário disto ou pelo menos não
https://www.sigaa.ufs.br/sigaa/extensao/Atividade/lista_minhas_atividades.jsf 1/3
13/05/2021 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
só isso, vincula-se aquilo que o cinema tem de mais rico e generoso: o de acolher os processos criativos e a
criação subjetiva. O cinema como forma de criação e descobertas, o cinema como invenção de si e de outras
formas de habitar o mundo. “Cinema na escola é a força do imprevisível, a descoberta do mundo sem a
funcionalidade que se quer em uma pontuação qualquer, sem a centralidade do empreendedorismo ou do todos
contra todos.” (MIGLIORIN, 2019, p. 146). Pensamos, com Badiou (2015, p. 31), que o cinema “é a criação de
novas ideias sobre o que é a ideia”. Percebemos a força do cinema em infantilar as imagens e com as imagens,
num exercício de produção de políticas imagéticas minoritárias, fazendo vazar a tela, escapando às suas
capturas molares, criando outros sentidos. Que cinema seria esse? Um cinema que busca pensar com as
imagens menos como representação de um mundo e “mais como afecções intensidades, rupturas nos modos
amansados de ver, perceber, produzir imagens no pensamento e na arte” (WUNDER, 2016, p. 14). Cavar uma
outra temporalidade em nossa relação com a imagem, eis a força de um cineclube na escola. Gostamos de
pensar, com a ajuda de Sibilia (2012), sobre a crise contemporânea da escola diante da constatação de que ela
e o professor, frente às lógicas mercantil e informacional, perderam sua solidez, sua temporalidade regular de
conhecimentos hierarquizados em séries e níveis, convivendo de modo, muitas vezes nada harmonioso, com as
subjetividades midiáticas que somos, submetidas a um fluxo de informações constantes que entorpecem nossa
sensorialidade. Banalização e saturação de imagens e palavras que “em vez de ancorar experiências com seu
peso capaz de marcar corpos e subjetividades, elas patinam ou deslizam sem se prender a nada, como opiniões
intercambiáveis que se somam à maré e desaparecem, em vez e lhes dar espessura fazendo-a se deter ou
interrompendo seu devir. Em seu excesso sem densidade, tanto imagens como as palavras se mostram
impotentes para desacelerar esse fluxo ou para lhe dar coesão: não conseguem se condensar em diálogo nem
em pensamento.” (SIBILIA, 2012, p. 86). Neste contexto, no entanto, tomamos a direção proposta por Dussel
(2017) de que a escola deve ser considerada como uma montagem provisória e instável, de artefatos, pessoas
e ideias e que sua continuidade, seu modelo, não é um dado imutável. Se (re)tomamos a etimologia da palavra
escola, apontam Masschelein e Simons (2017), nos deparamos com sua inscrição num tempo tornado livre e
não produtivo, características muito distintas da escola contemporânea, lugar de ordem e regras, local “ da
transmissão de determinados saberes considerados essenciais para a formação das crianças e dos
adolescentes”(FRESQUET, 2013, p. 45). Pensamos com Kastrup (2001, p. 19) que “toda aprendizagem começa
com a invenção de problemas” e, portanto, há uma potência no entremeio educação e arte, aqui em específico
a arte cinematográfica. A experiência estética nos desloca e nos força a pensar (KASTRUP, 2010), pois
“provocam fissuras no supostamente natural e nos falsos permanentes/estáveis. Fissuras ciscos, que podem vir
a se abrir e provocar a abertura de tantas outras, para direções inesperadas” (ZANELLA, 2013, p. 45). Nesse
sentido, experiências estéticas com certas narrativas cinematográficas ampliam as possibilidades de atuação da
Psicologia em espaços educacionais, pois para além da imagem que informa, comunica e é palavra de ordem,
pode-se apostar em imagens que movimentam o pensamento e criam outros mundos e a nós mesmos. Trata-se
de aspecto importante na relação que pode ser desenvolvida no processo de aprendizagem de estudantes de
graduação em Psicologia.
Resumo:
Este projeto de extensão dá continuidade às ações do Cineclube do Colégio de Aplicação (CINECODAP),
iniciadas de maneira remota no ano de 2020. O projeto foi gestado a partir das demandas da comunidade
escolar, dos estudos e pesquisas do “Grupo Balbucios: gaguejar uma infância” (CNPq/UFS) e de intervenções
realizadas pelo “Programa Interdisciplinar de Cinema e Educação” (NICE/PPGCINE/UFS) junto a escolas públicas
em Sergipe. Por cineclube compreendemos, para além de uma associação de apreciadores do cinema para fins
de estudo e debates, com gestão democrática e sem fins lucrativos, um movimento de transver o mundo com
imagens. Transver o mundo tal qual o movimento do artista em seu processo de criação “que se funda no ver,
rever, transver – olhar para todas as direções, para o visível e invisível; rememorar, imaginar e projetar
cenários (des) conhecidos e (im)possíveis; vê-los e transvê-los, para além do que o olho físico permite [...]”
(ZANELLA, 2013, p. 39). Não submetidos à força de uma “imagem justa” mas, como afirma Deleuze (2013), ao
falar sobre a fórmula de Godard em seus filmes e programas de TV, com a força do “justo uma imagem”.
“Imagens justas” são sempre imagens conformes às significações dominantes, ou seja, às imagens, ideias e
palavras de ordem. “Justo uma imagem” ou “justo uma ideia” dizem respeito à gagueira das ideias, das
imagens e do mundo. Trata-se de ser estrangeiro à própria língua, de ser estrangeiro às imagens que nos
capturam num movimento incessante. Deste modo, com este projeto, pretendemos dar continuidade às
atividades cineclubistas que, para além da exibição e debate de obras fílmicas, envolvem a produção de
experiências artístico-imagéticas com discentes do Colégio de Aplicação e escolares da rede pública do entorno
da universidade, como também a catalogação das produções imagéticas realizadas pela escola, para a criação
de um acervo digital em colaboração com o Centro de Pesquisa Documentação e Memória (CEMDAP/UFS) do
Colégio de Aplicação.
Metodologia:
Diante da pandemia do COVID-19 e da impossibilidade de retorno às atividades presenciais, executaremos este
projeto de forma remota, utilizando recursos como as redes sociais, e-mail, video chamadas (Google Meet),
além das plataformas de conteúdos audiovisuais como YouTube, Videocamp e Vimeo, entre outras. A realização
do projeto se estabelecerá a partir dos seguintes procedimentos metodológicos: 1) produção de oficinas com
experiências artístico-imagéticas tendo como inspiração os dispositivos propostos pelos "Cadernos do Inventar"
(MIGLIORIN et al, 2016); 2) catalogação de experiências fílmicas em atividades realizadas na escola para a
criação de um acervo digital em colaboração com o Centro de Pesquisa Documentação e Memória
(CEMDAP/UFS) do Colégio de Aplicação.; 3) exibição das narrativas fílmicas produzidas pela escola em sessões
com a criação de espaço de discussão, troca e acolhimento de sensações, pensamentos e afetações sobre as
obras assistidas.
Referências:
BADIOU, Alain. O cinema como experimentação filosófica. In: YOEL, Gerardo (org). Pensar o cinema: imagem,
ética e filosofia. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p. 31-82DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34,
2013. DUSSEL, Inés. Sobre a precariedade da escola. In: LARROSA, Jorge (orgs.). Elogio da escola. Belo
Horizonte: Autêntica, 2017, p. 87-111 FRESQUET, Adriana. Cinema e educação: reflexões e experiências com
professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

https://www.sigaa.ufs.br/sigaa/extensao/Atividade/lista_minhas_atividades.jsf 2/3
13/05/2021 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
MASSCHELEIN, Jan; SIMONS, Maarten. Em defesa da escola: uma questão pública. Belo Horizonte: Autêntica,
2017. MIGLIORIN, César et al. Cadernos do inventar: cinema, educação e direitos humanos. Niterói: EDG,
2016. MIGLIORIN, César; PIPANO, Isaac. Cinema de brincar. Belo Horizonte: Relicário, 2019. SIBILIA, Paula.
Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012. ZANELLA, Andréa
Vieira. Perguntar, registrar, escrever: inquietações metodológicas. Porto Alegre: Sulina/Editora UFRGS,
2013.WUNDER, Alik. Das imagens que movem o pensar. In: SCARELI, Giovana; FERNANDES, Priscila Correia
(orgs.). O que te move a pesquisar?: ensaios e experimentações com cinema, educação e cartografias. Porto
Alegre: Sulina, 2016, p. 12-31.
Membros da Equipe
Nome Categoria Função Departamento Início Fim
MARIA BEATRIZ COORDENADOR(A)
DOCENTE DCOS 30/04/2021 30/09/2021
COLUCCI PEDAGOGICO(A)/TUTOR(A)
DANIELA MELO DA
SERVIDOR COLABORADOR (A) CODAP 30/04/2021 30/09/2021
SILVA CARVALHO
MARCOS RIBEIRO DE
DOCENTE COORDENADOR(A) DPS 30/04/2021 30/09/2021
MELO
DAGOBERTO DE
DOCENTE COORDENADOR(A) ADJUNTO(A) CODAP 30/04/2021 30/09/2021
OLIVEIRA MACHADO
Discentes com Planos de Trabalho
Nome Vínculo Situação Início Fim
201900046632 - CYNTIA MIKELVIA SOARES TOMAZ BOLSISTA PIAEX ATIVO 30/04/2021 30/09/2021
201900046712 - HUGO VINICIUS SANTANA BATISTA VOLUNTÁRIO ATIVO 30/04/2021 30/09/2021
201700049263 - JOSE THIAGO DANTAS COSTA BOLSISTA PIAEX ATIVO 30/04/2021 30/09/2021
201700049272 - JUDIE LORENA SANTANA CANEZ VOLUNTÁRIO ATIVO 30/04/2021 30/09/2021
201800132030 - MILENA NASCIMENTO MODESTO VOLUNTÁRIO ATIVO 30/04/2021 30/09/2021
202000037505 - MONYCE ARAUJO DA SILVA VOLUNTÁRIO ATIVO 30/04/2021 30/09/2021
Ações das quais o PROJETO faz parte
Objetivos / Resultados Esperados
Objetivos Gerais Quantitativos Qualitativos
Reunir e catalogar as Criar e alimentar o acervo digital de
produções fílmicas realizadas Criar 01 acervo digital com as experiências experiências fílmicas produzidas no
nos anos anteriores pelas fílmicas produzidas no Colégio de Colégio de Aplicação; Valorizar os
diversas disciplinas do Aplicação saberes produzidos pela
Colégio de Aplicação comunidade escolar
Fomentar e apoiar a
Realizar 05 oficinas de produção de
produção de experiências
experiências imagéticas com discentes do Fomentar acesso a experiências
imagéticas com discentes do
Colégio de Aplicação e escolares da Rede estéticas e à produção imagética
Colégio de Aplicação e
Pública do entorno da universidade.
Escolares da Rede Pública
Produzir saberes por meio da Realizar 10 exibições e debates das
exibição e debate das experiências fílmicas produzidas no Fomentar debates que ampliem a
experiências fílmicas de CODAP, envolvendo 150 participantes compreensão em torno da cultura
alunos e professores do internos e 25 participantes externos ao cinematográfica.
CODAP longo da execução do projeto.
Cronograma
Descrição das ativadades desenvolvidas Período
Catalogação das experiências fílmicas produzidas no Colégio de Aplicação 30/04/2021 a 30/09/2021
Oficinas de produção de experiências imagéticas 30/04/2021 a 30/09/2021
Exibição e debate de experiências fílmicas produzidas pelo CODAP 30/04/2021 a 30/09/2021
Arquivos
Descrição Arquivo
projeto
Lista de departamentos envolvidos na autorização da proposta
Autorização Data Análise Autorizado
COLÉGIO DE APLICAÇÃO 15/03/2021 10:48:44 SIM
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA NÃO ANALISADO
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 14/03/2021 09:18:15 SIM

SIGAA | Copyright © 2006-2021 - Superintendência de Informática - UFRN - bigua3

https://www.sigaa.ufs.br/sigaa/extensao/Atividade/lista_minhas_atividades.jsf 3/3