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APOLOGÉTICA
VOLUME IV
IGREJA MESSIÂNICA
IGREJA DA UNIFICAÇÃO
JUDAÍSMO
RACIONALISMO CRISTÃO
ORDEM ROSACRUZ
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[2002]
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I – ................................................................Definição 11
II – ............Os Principais Líderes da Igreja Messiânica 12
III – Igreja Messiânica Mundial (IMM)......................... 16
IV – Fonte de Autoridade............................................... 21
V – Doutrinas Básicas da IMM à Luz da Bíblia............ 24
VI – Locais Sagrados...................................................... 43
VII – Outras Atividades da IMM..................................... 45
IGREJA DA UNIFICAÇÃO
I – Introdução............................................................... 49
II – Frentes de Atividades............................................. 50
III – Origem Religiosa dos Unificacionistas................... 51
IV – História de Sun Myung Moon................................. 52
V – Princípio Divino..................................................... 57
VI – Principais Ensinamentos da Igreja da Unificação... 62
JUDAÍSMO
I – Introdução............................................................... 87
II – As Origens do Judaísmo......................................... 88
III – Um Povo Monoteísta.............................................. 89
IV – A Importância Crucial da Lei................................. 90
V– Os Dez Mandamentos na Perspectiva
do Povo Judeu......................................................... 92
VI – Os Momentos Mais Importantes
na Vida de um Judeu..............................................101
VII – Regras Alimentares (Kosher)..................................103
VIII – Ética Judaica...........................................................104
IX – .............................................Festividades Judaicas 105
X – Divisões no Judaísmo.............................................109
XI – ...............................................Estatísticas Judaicas 111
XII – Analisando as Doutrinas do Judaísmo....................112
RACIONALISMO CRISTÃO
I – Introdução...............................................................125
II – História...................................................................127
III – Conceitos Religiosos..............................................129
IV – Espíritos Enganadores............................................130
V – A Bíblia..................................................................132
VI – Deus........................................................................134
VII – Orar e Adorar..........................................................137
VIII – Perdão.....................................................................138
IX – Reencarnação..........................................................140
X – Jesus Cristo.............................................................143
XI – Milagres .................................................................146
XII – Classes de Espíritos................................................146
XIII – Céu e Inferno..........................................................150
ORDEM ROSACRUZ
I – ..............................................................Introdução 155
II – Origem da Ordem Rosacruz...................................156
III – Tipos de Rosacrucianismo no Brasil.......................158
IV – Tipo de Sociedade..................................................159
V – Benefícios de Pertencer à Ordem............................163
VI – ...................................................Membros Ilustres 165
VII – Crenças e Práticas da Ordem Rosacruz...................167
VIII – Publicações e Mercadorias......................................177
IX – Cerimônias e Práticas da Ordem.............................178
X – Organizações..........................................................179
XI – Alguns Conceitos Rosacruzes Sobre a Bíblia.........180
XII – Panteísmo...............................................................184
XIII – .................................................................Trindade 187
XIV – Ensimos Sobre Jesus Cristo....................................188
XV – A Reencarnação......................................................195
XVI – A Existência de Satanás..........................................197
XVII – A Era de Aquário....................................................199
XVIII – ..............................................................Conclusão 200
IGREJA MESSIÂNICA
I – DEFINIÇÃO
Os termos messias e messianismo, bem como o qualificativo messiânico, pertencem à linguagem
comum das religiões. O vocábulo Messias, pela Bíblia, significa ungido. Esta concepção se origina de Isaías,
cognominado o profeta messiânico, visto que em seu livro aparecem as profecias concernentes ao
nascimento de Jesus (Is 7.14; cf. Mt 1.21-23) e à glória que lhe seguiria (Is 9.6; cf. Ap 19.11-21). Israel, nos
dias de Jesus, esperava o seu Messias (hebraico) ou Cristo (grego) – aquele que os libertaria do jugo romano.
Não distinguia, porém, que antes de assumir o trono de Davi (Lc 1.31-33), Cristo passaria pela humilhação
(Is 53.4-6) e morreria pelos pecadores, judeus e gentios (Jo l.11-12), para finalmente assumir sua posição de
Senhor, acima de todo o principado, domínio e potestade (Ef 1.20-23).
Os vocábulos messias, messianismo e messiânico, na sua concepção genérica, devem ser distinguidos
do termo Messias, quando se referem a Jesus. Surgirão falsos messias ou cristos por ocasião da segunda
vinda do verdadeiro Messias (Mt 24.23-25). Aliás, a Igreja Messiânica Mundial prevê à sua maneira essa
possibilidade frustrante: No Cristianismo, parece ocorrer também tais coisas, porém, em outro sentido.
Trata-se da advertência sobre o aparecimento do anticristo ou falso salvador. É uma orientação que
apresenta pontos positivos e negativos porque, caso apareça o verdadeiro Salvador, será fácil confundi-lo
com o falso e muitas pessoas deixarão de ser salvas (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4).
Surge então uma pergunta importante: A Igreja Messiânica Mundial (IMM) tem algum relacionamento
com o Cristianismo? A resposta é: Não!!
II – OS PRINCIPAIS LÍDERES DA
IGREJA MESSIÂNICA
c) Quem sou eu?Não sou humano sendo humano; não sou Deus, sendo Deus. Eu crio o homem que
salva o homem, manifestando agora milagres como os de Cristo (“Igreja Messiânica Mundial”,
dezembro/1980).
d) Pode-se até orar a Meishu-Sama: Peço a Deus e a MeiShu-Sama que enviem um ramo de luz para
aliviar este sofrimento possibilitando que esta pessoa sirva na obra divina o mais rápido possível (Texto
Impresso nos Pedidos de Graças da IMM).2.1.2 – TOMANDO TÍTULOS EXCLUSIVOS DE CRISTO
Um pecado grave de Meishu-Sama é tomar para si títulos exclusivos de Jesus, tais como Salvador,
igualando-se a Ele quando se afirma: Não houve outro caso semelhante a não ser Cristo, que outorgou sua
força aos doze discípulos. Denomina-se a Fonte Principal para a Salvação e afirma que toda obra de salvação
é oriunda de Deus a Meishu-Sama.
b) Quando feita no nome de Jesus, ela se torna aceitável a Deus: E tudo quanto pedirdes em meu nome
eu o farei, para que o Pai seja glorificado no filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (Jo
14.13-14). E ainda: Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se
cumpra (Jo 16.24; cf.16.25-28).
c) Nada nos impede de dirigir a oração igualmente a Jesus, visto que Ele e o Pai são um: E
apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito (At 7.59); A igreja de
Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo
lugar invocam o nome do nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso (1 Co 1.2).
d) A resposta à oração pode ser condicional, daí a necessidade de harmonizarmos nossa vida aos
princípios da Palavra de Deus, dentre os quais se destaca a exclusividade da salvação: E em nenhum outro há
salvação, porque também debaixo do sol nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devemos
ser salvos (At 4.12).
a) Podemos dizer mesmo que é uma ultra-religião, até hoje inédita para a humanidade, e não é só
isso. O que defendemos não se restringe apenas à religião. Ela tem por objetivo dar a mais elevada diretriz
ao campo da medicina, da agricultura, da arte, da educação, da economia, da política, enfim a tudo quanto
diz respeito ao homem. Em suma, queremos colocar a teoria em prática de maneira que a fé seja
equivalente à vida cotidiana, adequando a teoria e uma autêntica realidade (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4, p.
40).
b) Conforme venho esclarecendo, a nossa Igreja Messiânica não é uma religião e, sim, A Religião. A
denominação adequada de acordo com o título deveria ser Empresa Construtora de um Novo Mundo. Mas
isso causaria a impressão de um cartaz de empresa construtora comum (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4, p.
40).
c) Logo virá o tempo em que a Igreja Messiânica Mundial será procurada pelo mundo inteiro. Ora,
uma vez que ela desenvolve uma obra tão grandiosa para a salvação da humanidade, acho até natural que
enfrente obstáculos de grandes dimensões (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4, p. 35).
d) A nossa igreja é realmente liberal. Todos os fiéis sabem que até achamos estes contatos muito
úteis, porque, através das pesquisas, estamos ampliando o nosso campo de conhecimentos.
Conseqüentemente, se acharem uma religião melhor que a Igreja Messiânica Mundial, poderão se converter
a ela a qualquer momento. Isso jamais constituirá um pecado para o Deus Verdadeiro. O importante é a
pessoa ser salva e tornar-se feliz (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4, p. 66).
Resposta Apologética:
a) Ultra-Religião/A Religião:
A afirmação pretensiosa de superioridade religiosa não constitui mérito, pois além de muitas outras
igrejas afirmarem o mesmo, religião não salva ninguém. A Igreja Cristã, na pessoa do seu fundador, Jesus
Cristo, tem uma prerrogativa incomparavelmente melhor – não pretende ser religiosa nem secular, mas
espiritual e viva. Se o termo é corretamente entendido, a Igreja Cristã é a única que pode ser chamada de
messiânica na confissão que faz do nome de Cristo: E Simão Pedro, respondendo disse: Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem aventurado és tu Simão Barjonas, porque tu não
revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.16-
18). Esta Igreja, vitoriosa desde o nascedouro, é a que professa o nome de Cristo e que, na prática,
experimenta seu senhorio único e absoluto.
b) O Fundamento da Igreja:
A Igreja de Cristo tem como fundamento o próprio Jesus:
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (1 Co
3.11). Não é questão de religião, denominação ou idelogia, porque Jesus está vivo ao passo que a IMM
fundamenta-se em Meishu-Sama, acerca de quem não se pode dizer o mesmo.
c) A Igreja liberal:
O que a IMM diz ser liberalismo pode muito bem ser um caminho sem volta. Em vez de ampliar o seu
campo de conhecimentos naquilo que é bom, o súdito expõe-se, sem um referencial válido e absoluto, ao
conhecimento de tudo quanto é maligno, pecaminoso, carnal, fútil, e destrutivo! Entrai pela porta estreita;
porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e
porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem (Mt 7.13-14).
3.5 – O ECUMENISMO
É preciso que surja uma religião universal, com a qual todas as demais possam unificar-se. Ela
deverá ter as características de uma Ultra-Religião e ser tão grandiosa que toda a humanidade possa crer
nela incondicionalmente. Não quero dizer que esta religião seja a Igreja Messiânica Mundial, mas a missão
da nossa Igreja é ensinar o meio e o processo pelo qual se realizará o mundo ideal, isto é, mostrar como
fazer o plano, o projeto para a construção desse mundo (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4, p. 6).
Resposta Apologética:
Enquanto os adeptos da IMM têm um raciocínio ecumênico, a Biblia enfatiza que:
Resposta Apologética:
5.I – PANTEÍSMO
Panteísmo é a doutrina que prega Deus como parte da natureza.
Deus é a fonte da vida. Tanto o corpo espiritual do homem quanto o material são partes dele. Deus e
o homem estão indissoluvelmente relacionados como o estão pai e filho (“Ensinamentos de Nidai-Sama”,
vol. 1, p. 58).
Não distinguir entre Deus e o homem – tanto o corpo espiritual do homem quanto o espiritual são
parte de Deus – é ensinar o panteísmo. Deus não é parte do homem; esta assertiva é que constitui o fundo
doutrinário do bramanismo, do budismo e das religiões da China e do Japão em geral. Logo, a IMM
identifica-se no seu ensino com tais religiões pagãs.
Resposta Apologética:
1. Deus é transcendental, único, inteiramente diferente de qualquer criatura, assim como o
carpinteiro é distinto do móvel que fabrica. Ao homem, cabe a pergunta: Onde estavas tu, quando eu
fundava a terra? (Jó 38.4).
2. Distinto do homem: Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que
preparaste; que é o homem para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? (S1 8.3-
4).
3. Separado do mundo: Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para
neles habitar (Is 40.22); Desde a antigüidade fundaste a terra; e os céus são obra de tuas mãos (Sl
102.25).
4. O Criador: No princípio criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1).
Por outro lado, enquanto a IMM ensina o panteísmo, admite também o politeísmo.
5.2 – POLITEÍSMO
Jeová, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu-ookami, Kunitatitoko-no-mioto, Cristo, Shaka,
Amida eKannon constituem o alvo de adoração de diversas religiões. Além desses que são os principais
poderíamos citar inúmeros outros, como Ikoto, Nyorai, Dayshi etc. Sem dúvida alguma, não levando em
conta Inari, Tengu, Ryujin etc., que pertencem a crenças inferiores, todas são divindades de alto nível
(“Alicerces do Paraíso”, vol. 4, p. 5).
Talvez não haja uma só pessoa que, ao dormir, não tenha sonhado. O sonho pode ser de vários tipos:
mensagens das divindades; aviso do Espírito Guardião; sonhos freqüentes com pessoas nas quais
pensamos; sonho que venha e se concretizar de forma contrária ou idêntica à que se sonhou (“Alicerces do
Paraíso”, vol. 4, p. 108).
Falar de divindades, crendo nelas, é admitir o politeísmo. E é assim que se pronuncia a IMM: As
pessoas geralmente tendem a cultuar as divindades da mesma forma porque pensam que todas são iguais.
Entretanto, precisamos saber que mesmo entre elas há classes hierárquicas: superior, média, inferior. Em
ordem decrescente essa hierarquia, iniciando pelo Altíssimo, vai até Ubussunagami, Tengu, Rvujin, Inari e
outros (“Alicerces do Paraíso”, vol. 4, p. 56).
Resposta Apologética:
a) Há um só Deus: Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos e em todos (Ef
4.6). O Cristianismo é uma religião por natureza monoteísta, ou seja, não admite a existência de outro
deus: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus... Há outra rocha além de
mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça (Is 44.6-8). Este Deus, eterno e auto-suficiente,
subsiste na forma de três pessoas – note que não são três divindades, mas um Deus Trino: o Pai, o
Filho e o Espírito Santo. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança, e domine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre o gado, e sobre toda a
terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra (Gn 1.26, destaques nossos).
b) Os deuses cultuados pelos homens, que não são o Deus verdadeiro, não são de fato deuses, são
artifícios ou invenções humanas. Não têm préstimo algum: Quem forma um deus a funde uma imagem
de escultura, que é de nenhum préstimo? (Is 44.10). São deuses forjados, ilegítimos, inoperantes: Mas,
quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses (Gl 4.8).
c) Tais divindades, o que torna a idolatria ainda mais abominável, são adotadas por demônios,
passando a personificá-los. A adoração que se presta a elas éconseqüentemente dirigida a demônios:
Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificio ao ídolo é alguma coisa? Antes digo
que as coisas que os gentios sacrificam a ídolos, as sacrificam aos demônios, e não a Deus (1 Co
10.19-20).
5.3 – JOHREI
Johrei é uma palavra de origem japonesa. Pronuncia-se djohrei e é formada de duas palavras: joh,
purificar; e rei, espírito ou corpo espiritual.
Alguns esclarecimentos que a IMM presta sobre esta prática:
Iniciamos nossa atividade religiosa com o nome de ‘Daí Nippon Kannon Kai’, mas o Johrei foi
proibido após um ano de fundação da Igreja. Depois, com permissão das autoridades, foi praticado como
método de tratamento, com os seguintes nomes: ‘Daí Nippon Kenko Kyokai’ (‘Associação de Saúde Daí
Nippon’). ‘Okadashiki Shiatsu Ryoho (‘Método de tratamento por meio de massagem no estilo Okada’).
‘Nippon Joka Ryoho’(‘Método terapêutico de purificação Nippon’) (“Igreja Messiânica Mundial”,
dezembro/1980, p.68).
O Johrei foi revelado por Deus, concretizado pelo mestre, e permitido aos fiéis da Igreja Messiânica
Mundial. O poder do Johrei emana do mundo de Deus, onde não se interpõe a ação da mente humana nem
a força do homem. O Johrei é a luz de Deus canalizada por Meishu-Sama para o ‘Okari’ (luz divina),
consagrada no Solo Sagrado por Kyoshu- Sama e irradiada através das mãos dos fiéis.
Exemplificando: pode-se supor Deus como a estação de rádio, o mestre um transmissor e o fiel o
receptor. Assim, se houver algo impedindo a onda eletromagnética, sua recepção será dificuldade; da
mesma forma se tiver interferência da força humana no Johrei, a luz será reduzida. O Johrei pertence ao
campo espiritual, inexplicável pela ciência atual; é o sagrado ato de purificação (“Igreja Messiânica
Mundial”, dezembro / 1980, p.63)
A IMM considera essa prática como a mais importante de todas:
A IMM é uma religião com poderes suficientes para eliminar os sofrimentos da humanidade. Sua
atuação é uma ‘Obra de Salvação’ ultra-religiosa. O johrei é um dos pontos mais importantes da doutrina
messiânica, podendo-se dizer que ele é a essência da mesma, o que melhor a caracteriza, não havendo nada
que lhe compare (“Alicerces do Paraíso”, vol. 5, p.69).
A prática do Johrei, em si, é baseada numa sessão de imposição de mãos na frente e nas costas da
pessoa. Para que tenha eficácia é preciso o amuleto (Ohikari).
Resposta Apologética:
Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na
presença de todos e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata
(At 19.19). Quando tiveram um encontro com o Deus Todo-Poderoso, por meio da pregação de Paulo,
o povo da cidade asiática de Éfeso, habituado a toda sorte de prática pagã, não teve nenhuma dúvida
ou dificuldade para queimar tudo quanto antes lhe impedira de conhecer a verdade. Haviam
encontrado a luz que lhes permitiria ver tudo claramente. Suas artes místicas, magias e mágicas já não
serviam para nada.
Toda prática ocultista é veementemente condenada nas Escrituras a vista como abominação para
Deus, pois fere sua intenção de que todos os homens o adorem em espírito e em verdade. Cegos à luz
verdadeira (cf. Jo 1.9), prendem-se a toda forma de engano a mentira, distanciando-se cada vez mais
do único Deus que pode salvá-los: Ao único Deus, Salvador nosso, por meio de Jesus Cristo, nosso
Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora, e para todo o
sempre (Jd 25).
Elimas, o encantador, que procurava a todo custo afastar da fé o procônsul Sérgio Paulo, foi não só
repreendido por Paulo, como ficou cego: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia,
inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? (At 13.10). Tudo quanto
serve para privar as pessoas de um encontro pessoal com o Deus vivo é pernicioso e atende a propósitos
diabólicos. Não é de admirar que o diabo valha-se de todos os meios ao seu alcance para manter os homens
afastados e cegos à verdade, pois se a conhecessem não mais lhe serviriam (cf. Jo 8.32).
5.5. – MÁCULAS
A origem das máculas é indicada da seguinte forma:
Causa das nuvens espirituais – As máculas ou nuvens espirituais podem ser herdadas dos
antepassados, trazidas de encarnações anteriores, originadas por pensamentos, palavras e atos de maldade
(máculas da atual encarnação), geradas pela ingestão de produtos nocivos (produtos cientificos,
medicinais, produtos incorporados à alimentação) os quais turvam o sangue (o sangue é o espírito
materializado). Quanto mais aumentam as máculas, mais baixo se torna o nível espiritual, e,
conseqüentemente, maior é a infelicidade da pessoa (“Apostila para Aula de Iniciação”, p. 6).
Resposta Apologética:
a) Tanto a primeira causa apontada quanto a segunda não se confirmam na Bíblia. Primeiramente,
está dito que a alma que pecar esta morrerá (Ez 18.4). O filho não leva o pecado do pai e vice-versa:
O filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho (Ez 18.20, 21).
Em segundo lugar, as Escrituras não dão base à doutrina da reencarnação, que é claramente espírita
e pagã. Esta doutrina apresenta-se como uma explicação lógica para o sofrimento humano, que ignora
a posição bíblica: Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram (Rm 5.12). A causa de
todos os males é o pecado e só há um remédio definitivo – A Bíblia nos conta que Deus providenciou
este remédio. Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem o seu
ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.1-2); De que se
queixa, pois o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados (Lm 3.39).
b) O efeito do pecado de Adão e sua descendência pode ser ilustrado pelo que acontece a uma
máquina delicada, usada indevidamente. O mecanismo desenvolverá problemas e, com o tempo,
deixará de funcionar. De modo idêntico, a criatura humana agiu contra a natureza (sua), alienando-se
da intenção original do Criador, e o resultado não foi outro: E à mulher disse: Multiplicarei
grandemente a tua dor, e a tua concepção; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu
marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz da tua mulher e comeste da
árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra pôr causa de ti; com dor
comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá, e comeras a erva do
campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado;
porquanto és pó e em pó te tornarás (Gn 3.16-19).
c) O mal do homem é o seu pecado, por cuja causa surgiram as doenças, a dor e o sofrimento. Os
alimentos podem até causar doenças, mas, por quê? Porque constituem o produto de uma terra enferma, sob
maldição. A boa intenção de Deus, entretanto, é pôr fim a esta situação calamitosa, eliminando de vez o
pecado. Quanta a isso, Ele mesmo tomou a iniciativa: Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões
por amor de mim, e dos teus pecados me não lembro (Is 43.25); Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há
Salvador (Is 43.11).
d) O meio (remédio falado antes) encontrado por Deus para a solução da problemática humana, tanto o
pecado quanto a morte, é Jesus Cristo: Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16); Porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).
e) Da parte do homem, torna-se mister o arrependimento e a aceitação de Jesus: Se vos não
arrependerdes, todos de igual modo perecereis (Lc 13.3); Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome (Jo 1.12).
Resposta Apologética:
Deus é o Criador da natureza e não parte dela: Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e
aqueles que nele habitam (Sl 24.1). Não discernir o Criador da criatura é tirar a glória que a Deus é
devida: Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em
semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis (Rm 1.22-23).
5. 7 – OFERENDAS A DEUS
Como a Igreja Messiânica Mundial traduz seu agradecimento ao deus panteísta?
Antes das orações que se entoam diante do altar, durante os cultos da Igreja Messiânica Mundial, são
colocadas pelos oficiantes as oferendas.
São respeitosamente portadas sobre potes de madeira crua chamados Sambo e, numa ordem
determinada pelo ritual, depositadas sobre o altar.
As oferendas são constituídas de frutas, verduras e legumes dos mais variados, bem como, entre
outros produtos alimentícios, não devem faltar o peixe, a água, o arroz e o sal. Cada produto representa um
símbolo e de modo geral se fazem presentes os alimentos providos do campo, da montanha e das águas.
Em síntese, esse ritual vem a ser nossa forma de humilde agradecimento, isto é, de seres humanos
para Deus que nos proveu com a Sua Santa Fartura. É uma forma materializada e visível de gratidão que
nos vai na alma, pelas abundantes bênçãos recebidas (“Recomendações para os Messiânicos”, pp.14-15).
Resposta Apologética:
Cultuar a terra é honrar mais a criação do que o Criador: Portanto, tendo conhecido a Deus, não o
glorificam como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração
insento se obscureceu (Rm 1.21).
5.8 – MILAGRES
A Igreja Messiânica Mundial afirma que os milagres provam que ela é a religião verdadeira:
Eis porque, nossa igreja surge incontáveis milagres: são curadas doenças consideradas incuráveis
pela medicina; são evitadas coisas que deveriam acontecer às pessoas como: perigos de desastres, de
incêndio e etc. Por conseguinte, quanto mais se manifesta o benefício material, mais prescisamos estar
conscientes de que, no centro dessa Religião, está presente o supremo Deus (“Alicerce do Paraíso”, vol.4,
p.55).
E continuando a Igreja Messiânica Mundial:
Tornando-se messiânica, ela compreenderá também que uma das grandes características de nossa
religião é a ocorrência de muitos milagres. Certamente a História das Religiões não registra nenhuma
outra em que eles sejam tão numerosos. Milagre, como já referimos, é benefício material, por isso não há
dúvida de que consideremos atingir o nosso objetivo; construir um mundo absolutamente isento de doença,
miséria e conflito (“Alicerce do Paraíso”, vol.4, p.19).
Procuram atestar a veracidade de seus milagres e de ser a IMM uma religião verdadeira – citando que
Cristo fazia também milagres:
E desde quando existem os mistérios chamados milagres? Temos registrados os milagres de Cristo,
os quais são muito conhecidos e dispensam comentários; no Japão, evidenciam-se entre outros, o de Nitiren
e os realizados pelos fundadores das igrejas Tenri-Kio, Oomoto Kio, Konko Kio, Hito no Miti (atualmente
igreja Perfect Liberty). Sabe-se que em vários outros lugares ocorrem pequenos milagres, mas o
interessante é que nas mais antigas e abalizadas religiões eles quase não ocorrem. É possível que, quando
seus fundadores estavam vivos, tenham realizados muitos milagres, mas com o passar do tempo se
extinguiram por completo ( “Alicerce do Paraíso”, vol.4, p.18).
Resposta Apologética:
a) Nem sempre os milagres provam a verdade de uma religião, sendo condenados pela Escritura
quando dela divergem, servindo de laços para o povo nas mãos de falsos líderes religiosos: Quando
profeta ou sonhador de sonhos levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, de que houver
falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as
palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para
saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma (Dt 13.1-3).
b) Jesus preveniu contra os falsos Cristos e falsos profetas que fariam sinais e prodígios, com
possibilidade de enganar até os escolhidos: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão
grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos (Mt 24.24). Sobre o
anticristo: A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de
mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade
para se salvarem (2 Ts 2.9-10).
Resposta Apologética:
a) O homem é um ser de natureza tríplice: corpo, alma, espírito.
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; a todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de Nosso Senhor e SalvadorJesus Cristo (1 Ts
5.23).
b) O espírito e a alma, embora distintos, são inseparáveis:
Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes,
e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos do coração (Hb 4.12).
c) A imagem de Deus no homem está no espírito e o espírito do homem se assemelha ao espírito de
Deus em muitos aspectos. Podemos ver a imagem de Deus no homem de três maneiras:
1) Na sua natureza moral: o senso do certo e do errado;
2) Na sua natureza estética: o amor à beleza;
3) Na sua natureza espiritual: o desejo de adorar e a capacidade de ter comunhão com Deus.d) O
espírito dos que morreram não acompanha os vivos para protegê-los, como se diz do espírito
guardião. A proteção dos que servem a Deus em verdade vem do próprio Deus: Aquele que habita
no esconderijo do Altíssimo, à sombra do onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu
Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei (Sl 91.1-2).
e)Esses espíritos guardiões são aqueles que se transfiguram em anjos de luz, mas a Bíblia dá a sua
verdadeira identidade: Então saiu um espírito, e se apresentou diante do Senhor, e disse: Eu o
induzirei. E o Senhor lhe disse: Com quê? E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de mentira na
boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás, e ainda prevalecerás; sai e faze assim (1
Rs 22.21-22).
5. 10 – PARAÍSO TERRESTRE
De vez em quando a IMM se lembra de Cristo para justificar seus ensinos e, falando do paraíso
terrestre, não fugiu à regra:
A começar por Cristo, todos os fundadores de religiões fizeram profecias sobre o fim do mundo, mas
isto, em verdade, significa o fim do mundo maligno e o advento de um mundo ideal, isento de doenças,
misérias e conflitos, o mundo de Verdade, Bom e Belo, o mundo de Miroku, reino dos céus etc. Os nomes
diferem, mas o significado é único (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4, p. 76).
Esse paraíso terrestre é parte da revelação dada a Meishu-Sama:
Disse Meishu-Sama: Deus estendeu a sua amorosa mão para salvar o homem, fortificando-o com sua
luz. Meishu-Sama foi iluminado sobre o Divino Plano, para realizar o mundo ideal com Verdade, Virtude e
Beleza, pois chegará o tempo para que a humanidade o concretize. A realização do paraíso da Terra foi
planejada por Deus desde os primórdios de sua criação, e o homem nasceu para cumprir seu plano.
Portanto, Meishu-Sama fundou a Igreja Messiânica Mundial com este propósito: a realização do céu na
Terra, com Verdade, Virtude e Beleza que trarão saúde, prosperidade e paz (“Igreja Messiânica Mundial” -
1971/1972, p. 13).
Resposta Apologética:
a) Para ver o Reino de Deus, é imprescindível nascer de novo (Jo 3.3), isto é, ser regenerado pelo
poder de Jesus, ouvindo e crendo no Evangelho: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo,
pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).
b) A verdade do Evangelho é comunicada interiormente pelo Espírito Santo, o qual atua mediante a
Palavra de Deus (Ef 6.17, 1 Pe 2.2), convencendo o homem do pecado (Jo 16.7-9), a fim de que, após
o arrependimento, se torne nova criatura e cidadão do céu: Assim que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17).
c) Jesus prometeu que a morada eterna dos que o receberam, se tornando em conseqüência filho de
Deus (Jo 1.12), é o céu: Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria
dito; vou preparar-vos lugar. E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo 14.2-3); Mas a nossa cidade está nos céus,
donde também esperamos o salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido,
para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as
coisas (Fp 3.20-21).
Resposta Apologética:
a) É devido e correto o respeito aos pais vivos:
Honra o teu pai, e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus
dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus (Dt 5.16). Ouve o teu pai, que te gerou, e
não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer (Pv 23.22).
b) Ensina ainda que os mortos bem-aventurados estão conscientes no céu (Ap 6.9-11; Fp 1.21-23; 2
Co 5.6-8) e os mortos impenitentes estão no Hades/Seol (inferno) em tormentos (Lc 16.22-25; 2 Pe 2.9) e
não se comunicam com os vivos: Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os
adivinhos, que chilreiam e murmuram entre os dentes – não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos
vivos interrogar-se-ão os mortos? À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra nunca
verão a alva (Is 8.19-20).
Quando alguém contribui financeiramente para a IMM, está eliminando suas máculas: A partir do
instante em que doamos dinheiro, espontaneamente gratos por todas as bênçãos recebidas, muitas das
nossas máculas serão eliminadas. Eu não gosto de falar em dinheiro, pois as pessoas não entendem o que
quero dizer. Mas nossos membros devem saber o que verdadeiramente pretendo (“Ensinamentos de Nidai-
Sama”, vol. 1, p. 68).
Continua a IMM esclarecendo que:
O dinheiro dado à causa de Deus é como tesouro guardado, mais seguro do que em qualquer cofre,
uma vez que é empregado com juros e devolvido na época adequada pelo caminho certo. Isso é realmente
notável. Deus nunca permite que seus Servos dedicados sofram privações financeiras, mesmo quando
passam por dificuldades. Assim funciona a lei do mundo (“Tornemo-nos Dignos de Amor”, vol. 2, p. 69).
Resposta Apologética:
a) O dinheiro dado à causa religiosa não pode apagar as máculas de ninguém, nem perdoar pecados
ou cancelar dívidas espirituais: Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas
riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele (pois a
redenção da nossa alma é caríssima e seus recursos se esgotam antes) (S149.6-8).
b) Assim, contribuir financeiramente para a IMM com este propósito – ser aliviado das máculas – é
jogar dinheiro fora: Porque gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho
naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se
deleite com a gordura (Is 55.2).
c) A redenção do homem foi concluída por Cristo no Calvário, e somos purificados unicamente
pelo seu sangue: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o
precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado (1 Pe 1.18-19); O sangue
de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7); ...àquele [Jesus] que nos ama, e em
seu sangue nos lavou de nossos pecados (Ap 1.5).
VI – LOCAIS SAGRADOS
6.I – LOCAIS SAGRADOS SEGUNDO A IMM
A Igreja considera como Sagrados:
Local de Nascimento do Fundador: Em Assakussi, Tóquio, a lápide Luz do Oriente assinala, para as
gerações futuras, o local onde nasceu Meishu-Sama.
Local de Recebimento da Revelação: Com a lápide da revelação de Deus foi feita a consagração
perpétua do local onde o fundador recebeu a Revelação de Transição da noite para o dia, no cume do Monte
Nicoguiri, situado no Estado de Tiba.
Tossan-so (Solar da montanha do leste): Residência do fundador, em Atami, que também serviu às
primeiras atividades de difusão de nossa fé, em termos de organização.
Fujimi-Tei (A casa da Contemplação do Monte Fuji): Construída por Meishu-Sama em 1936, com
área de 50m2, como anexo do Hozan-So, situado em Tamagawa, Tóquio, o qual, naquela época, era o centro
da obra divina.
No Fujimi-Tei, ele se dedicava principalmente a escrever imagens da Luz Divina e Ohikari. Em
dezembro de 1974, foi trazido para o Solo Sagrado de Hakone (“Igreja Messiânica Mundial”,
dezembro/1980, p. 127).
Resposta Apologética:
Locais Sagrados segundo a Bíblia:
Os verdadeiros adoradores são aqueles que adoram a Deus em espírito e em verdade. Sua adoração
não se restringe a locais denominados sagrados, pois, sendo Deus onipotente, está em todo o lugar –
muito mais importante é o modo como adoramos:
Nosso pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhes Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém,
adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem
dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e
em verdade; porque o Pai procura tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os adoram o
adorem em espírito e em verdade ( Jo 4.20-24)
II – FRENTES DE ATIVIDADE
Algumas frentes de atividades brasileiras da Igreja da Unificação:
1. Movimento Lar-Igreja
2. ABEL – Associação Internacional de Beleza
3. AIACA – Associação Internacional de Assistência Cultural ao Agricultor
4. AIC – Associação Internacional Cultural
5. AMASA – Associação Mundial de Assistência a Amizade
6. ASSINUR – Associação Internacional para a Unidade das Religiões
7. AULA – Associação Pró-Unidade Latino-Americana
8. AUSP – Associação da Unificação do Povo para a Salvação da Pátria
9. CARP – Colegiado Acadêmico para a Reflexão de Princípios
10. CAUSA – Confederação de Associações para a Unidade das Soc. das Américas
11. ICF – Fundação Cultural Internacional
12. ICUS – Conferência Internacional para a Unidade das Ciências
13. IFVOC – Conferência Internacional para a Vitória sobre o Comunismo
14. IOWC – Cruzada Internacional para Um Só Mundo
15. UNEESP – União Estudantil para o Estudo dos Princípios
Publicam as revistas Mundo Unificado e Família Mundial e os jornais Folha do Brasil e Tribuna
Universitária (ligada ao CARP).
III – ORIGEM RELIGIOSA DOS UNIFICACIONISTAS
V – PRINCÍPIO DIVINO
Na Igreja da Unificação os escritos e ensinamentos de Moon têm prioridade sobre a Bíblia. E a Bíblia
usada na Igreja da Unificação? Sim.
Mas até que ponto ela constitui fonte de autoridade? Até que a missão de Moon junto às igrejas
evangélicas esteja cumprida. Citam a Bíblia para provar que o livro “Princípio Divino” possa ser aceito.
Depois, podem dispensar a Bíblia, pois embora a Bíblia seja um livro de texto que ensina a verdade, não é a
própria verdade.
Talvez desagrade a crentes religiosos, especialmente cristãos, aprenderem que deve surgir uma nova
expressão da verdade. Acreditam que a Bíblia que agora têm é perfeita e absoluta em si mesma. A verdade,
logicamente, é única, eterna, imutável e absoluta. A Bíblia, porém, não é a própria verdade, senão um livro
de texto que ensina a verdade. Naturalmente, a qualidade do ensinamento e o método e a amplitude da
verdade dada devem variar de acordo com cada idade, pois a verdade é dada a povos de épocas diferentes,
cujos níveis espirituais e intelectuais são diferentes. Portanto, não devemos considerar o livro de texto como
absoluto em todos os detalhes (cf. Parte 1, Capítulo III, Seção V) (“Princípio Divino”, Sun Myung Moon,
Editora Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, la Edição 1978, p. 7).
Por que os moonistas estudam a Bíblia?
Nós estudamos a Bíblia para confirmar nossa crença através do conhecimento da verdade (“Princípio
Divino”, Sun Myung Moon, Editora Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo
Mundial, 1a Edição 1978, p. 6).
A que deve ser comparada a Bíblia? O que se deve fazer quando aparece Uma luz mais brilhante?
A escritura pode ser comparada a uma lâmpada que alumia a verdade. Sua missão é espalhar a luz
da verdade. Quando uma luz mais brilhante aparece, extingue-se a missão da antiga. Todas as religiões de
hoje falharam em conduzir a presente geração do vale escuro da morte para o brilho da vida, de forma que
deve agora surgir uma nova verdade, que possa espalhar uma nova luz (“Princípio Divino”, Sun Myung
Moon, Editora Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, 1a Edição 1978, p.
7).
A Bíblia é mais categórica em afirmar ser a verdade última: Havendo Deus antigamente falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho (Hb
1.1), que por sua vez afirmou em João 14.6 ser a verdade imutável, confira: Disse-lhes Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Em João 1.9 se lê que: Ali estava a luz
verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Jesus diz: Examinai as Escrituras, porque vós
cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam (Jo 5.39). A Bíblia é, pois, suficiente (2 Tm
3.16-17). A própria Bíblia se chama a palavra fiel; 1 Timóteo 1.15 diz: Esta é uma palavra fiel, e digna de
toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
A Bíblia proíbe o juramento – Lv 5.4; Tg 5.12; mormente quando tal juramento é contrário às normas
bíblicas de salvação. Como alguém pode conscientemente jurar cumprirei a vontade do Pai (Moon)
(Finalidade da criação), e a responsabilidade dada a mim (para autoperfeifão)?
Autoperfeição, ou perfeição por esforço pessoal, é contrária ao plano da salvação (Ef 2.8-10) a nossas
obras de justiça nada valem (Is 64.6). Daí, porque Paulo afirmava: Posso todas as coisas em Cristo que me
fortalece (Fp 4.13).
a) Nega o nascimento virginal de Jesus: A teologia da unificação ensina da forma mais blasfema como
se deu o nascimento de Jesus:
Assim que a jovem ouve que tinha sido escolhida para dar à luz ao Filho de Deus, ela “foi apressada
e entrou na casa de Zacarias” (Lc 1.39-40). Ao se entregar ao velho sacerdote, Maria provara ser
verdadeiramente uma serva do Senhor. Tal atitude de entrega completa, muito longe de ser considerada
imoral no mundo antigo, revelava o mais elevado grau de dedicação espiritual. Ao se unir com o sacerdote,
Maria “achou graça diante de Deus” (Lc 1.30). E conclui o Dr. Weatherhead: a união do sacerdote
Zacarias – como nos rituais do tradicional matrimônio sagrado – com Maria, a jovem absolutamente
devota, dará a solução que endossa a evidência fornecida pelas Escrituras, em se rejeitando a hipótese do
parto virginal (“Teologia da Unificação”, p. 235).
Tal ensino acima contraria abertamente o que está escrito em Mateus 1.18-20, 25 e Lucas 1.34-35.
b) Nega a suficiência da obra redentora de Cristo na cruz: Moon e seus seguidores ensinam que o
segundo Adão – Jesus Cristo – foi enviado para completar aquilo que o primeiro Adão não conseguiu, isto é,
levantar na terra uma família perfeita centralizada em Deus por intermédio do casamento e da procriação (Gn
1.26-28). Em outras palavras, o segundo Adão deveria casar-se com uma segunda Eva e produzir uma raça
perfeita e isto aconteceria se Jesus se tivesse casado. Mas tal não aconteceu por causa da morte de Jesus na
cruz, que não era o propósito de Deus e isso se deu por ter Ele sido traído por João Batista. Logo a redenção
na cruz não pode ser completa e assim Jesus só pôde realizar uma parte da redenção da queda espiritual, mas
não a redenção da queda física.
Como tem sido vasto o número de cristãos, durante os 2000 anos de história cristã, que tinham plena
confiança de terem sido completamente salvos pelo sangue da crucificação de Jesus! (“Princípio Divino”,
Sun Myung Moon, Editora Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, 1a
edição, 1978, p. 11).
Biblicamente podemos afirmar que podemos ser completamente salvos pelo sangue de Jesus (Mt
26.26-28; 1 Pe 1.18-19; 2.24; Ap 1.5; 5.9-10; 1 Jo 1.7-9; 2.12).
Não foi a morte de cruz originalmente predestinada por Deus, como ensina o “Princípio Divino”, em
sua página 112.
Se a crucificação de Jesus originalmente tivesse sido a predestinação de Deus, como poderia ele ter
orado, até três vezes, para que o cálice da morte passasse dele? (Mt26.39). De fato, ele orou assim
desesperadamente porque ele sabia muito bem que a história de aflição seria prolongada até a época do
Senhor do Segundo Advento, se a descrença do povo viesse a impedir a realização do Reino do Céu na
Terra, que Deus tinha se esforçado tanto por estabelecer (“Princípio Divino”, Sun Myung Moon, Editora
Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo As profecias do Antigo Testamento
predisseram a crucificação de Jesus como lemos em Isaías 53.4-6,12 comparado com Lc 22.37; Mt 20.28; At
2.23. Principalmente esta última diz: A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de
Deus, prendestes, o crucificastes e matastes pelas mãos dos injustos. Jesus orou para que o cálice da morte
passasse dele e nisso mostrou apenas a humildade que possuía.
Se Jesus quisesse, conforme suas próprias palavras a Pedro, poderia evitar ser morto, pois teria a seu
dispor mais de 12 legiões de anjos (Mt 26.51-54), mas como se cumpririam as Escrituras? A crucificação de
Jesus não foi resultado de um erro no plano de Deus, mas foi o cumprimento de tudo que Deus planejou (At
2.23). Uma das palavras de Jesus na cruz foi Está consumado (Jo 19.30). O que diz Moon a respeito?
Em outro lugar, quando Jesus pronunciou suas últimas palavras na cruz, dizendo: “Está consumado”
(Jo 19.30), ele não queria dizer que a finalidade total da providência da salvação tinha sido atingida
através da cruz. Sabendo que a descrença do povo já era, àquela altura, inalterável, Jesus escolheu o
caminho da cruz afim de estabelecer pelo menos o fundamento da providência da salvação espiritual,
deixando a providência da salvação fisica para o tempo do Segundo Advento. Portanto, com as palavras
“está consumado”Jesus queria dizer que ele havia terminado o estabelecimento da base para a providência
da salvação espiritual através da cruz, que era a providência secundária da salvação (“Princípio Divino”,
Sun Myung Moon, Editora Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, 1a
edição, 1978, p. 116).
A Bíblia desconhece qualquer conceito de redenção parcial em termos de corpo e espírito (1 Co 6.19-
20; Hb 7.25; 10.14). O plano de Deus centraliza-se na cruz (1 Co 1.18-25).
c) Nega a ressurreição física de Jesus: Os seguidores de Moon crêem que Jesus ressuscitou como
espírito glorificado e porque ressuscitou espiritualmente só pode realizar a salvação espiritual e não a
salvação física.
Devemos, a seguir, considerar a interpretação do “Princípio Divino” quanto à maneira da
ressurreição. Como a maioria dos protestantes liberais, os unificacionistas crêem que a ressurreição de
Jesus foi espiritual, e não física. A ressurreição da carne contradiz nossa perspectiva científica moderna
(“Teologia da Unificação”, p. 204).
Continua o livro da “Teologia da Unificação”:
Os quatro evangelhos, entretanto, inserem as histórias do sepulcro vazio. Estas não sugeririam que,
Jesus ressuscitou fisicamente?Aqueles que insistem na ressurreição física fiam-se tenazmente à tradição do
sepulcro vazio (“Teologia da Unificação”, p. 205).
Não se pejam os moonistas de afirmar que o sepulcro vazio, como declara Lc 24.3, não passa de uma
lenda:
Muitos estudiosos do Novo Testamento consideram lenda o sepulcro vazio. Como exemplo, tomemos
o estudo realizado por Guignebert. Ele afìrma que as fontes do Novo Testamento são “um mosaico
artificialmente composto de fragmentos contraditórios” (“Teologia da Unificação”, p. 205).
Perdido e sem saber como negar a ressurreição física de Jesus, Moon declara uma hipótese:
Talvez Jesus fora retirado da cruz antes da morte. Essa estranha idéia assume três formas. Os
cristãos docetas acreditavam que, sendo divino, Jesus não poderia sofrer ou morrer. Assim, ele apenas
pareceu ser crucificado, ou alguém tomou seu lugar na cruz; por exemplo, Simão de Cirene. Essa é uma
visão antiga, e disseminada na Arábia; parece que Maomé deu crédito a ela (“Teologia da Unificação”, p.
207).
Outra hipótese inventada pelos moonistas:
Outra possibilidade é que José de Arimatéia tenha reconsiderado sua opinião, quanto a ter o cadáver
de um criminoso e condenado no sepulcro de sua família, e desse modo, transferiu o corpo sem notificar aos
discípulos (“Teologia da Unificação”, p. 207).
A ressurreição de Jesus é doutrina fundamental do Evangelho (1 Co 15.14-17) e se Ele não ressuscitou
corporalmente, estamos todos perdidos.
Entretanto, podemos afirmar, à luz da Bíblia, que Cristo ressuscitou corporalmente.
1) A promessa de Jesus que iria ressuscitar corporalmente – Jo 2.19-22;
2) O túmulo vazio – Lc 24.1-3;
3) As aparições de Jesus durante 40 dias após a sua ressurreição – Lc 24.36-39; Jo 20.19, 25-28;
4) O testemunho dos anjos a respeito – Lc 24.4-6;
5) Quarenta anos depois de ressuscitado apareceu a João na Ilha de Patmos – Ap 1.17-19.
d) Nega a deidade absoluta de Jesus:
Da mesma maneira, Jesus, sendo um só corpo com Deus, pode ser chamado um segundo Deus
(imagem de Deus), mas de modo algum pode ser o próprio Deus. É verdade que aquele que vê a Jesus vê a
Deus (Jo 14.9-10); mas ele não disse isto para indicar que ele era o próprio Deus (“Princípio Divino”, Sun
Myung Moon, Editora Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, 1a edição,
1978, p. 159).
JUDAÍSMO
I – Introdução
O termo judaísmo deriva-se da palavra Judá. Para todos os propósitos práticos, pois Judá tornou-se a
nação de Israel. E então os termos judeu a israelita tornaram-se intercambiáveis. Isto posto, o termo
judaísmo vem a designar tudo quanto diz respeito a Israel. A história judaica, a sociedade judaica, a sua
forma específica de governo (teocracia), e as crenças e costumes religiosos fazem parte do que se chama
judaísmo. Dentro do próprio judaísmo desenvolveu-se todo um conjunto de idéias filosóficas, embora o
judaísmo não fosse especificamente, uma filosofia.
Com um grupo de fiéis espalhados pelo mundo todo e sempre na berlinda de movimentos históricos
dramáticos, o judaísmo é berço das mais importantes tradições religiosas: Cristianismo e o Islamismo. Pela
primeira vez na História revela-se e constitui seu próprio povo, falando com ele por intermédio de líderes e
profetas, cujas palavras ecoam vivas e atuais. Cinco deles têm importância fundamental: Abraão, que
obedeceu à ordem de deixar tudo e partir para a Terra Prometida: ora, o Senhor disse a Abraão: Sai-te da
tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei (Gênesis 12.1), tornando-se
assim Pai do povo Escolhido; os patriarcas Isaac e Jacó (este pai das 12 tribos de Israel); Moisés,
instrumento da aliança feita no monte Sinai, que introduziu a lei, e Davi.
II – AS ORIGENS DO JUDAÍSMO
Historicamente, o judaísmo veio à existência quando foi firmado o pacto abraâmico. Desde o começo
o judaísmo foi uma religião revelada e não uma religião natural ou filosófica.
Acredita-se ser descendente de uma tribo que viveu em Canaã, englobando atualmente a maior parte
de Israel, Jordânia e Síria. Os judeus crêem ser descendentes de Abraão ao qual Deus fez uma aliança e
prometeu-lhe uma terra da qual jorrasse leite e mel. Embora os judeus jamais tenham sido, em todo registro
histórico, os únicos donos do território, a terra permanece crucial para sua auto-representação.
A partir do chamado de Abraão, para ser o pai de uma nação particular, (a Palestina), a qual constituíra
a Terra Prometida, Deus revelou uma mensagem na História que se destinava a tornar-se aplicável
universalmente a todas as nações e todos os povos.
Vemos em Deuteronômio 26.5 que a nação de Israel formada pelo povo judeu veio a ser grande e
poderosa. Então testificarás perante o Senhor teu Deus, e dirás: Arameu, prestes a perecer, foi meu pai, e
desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente, porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa,
e numerosa.
Cumprindo-se assim a promessa de Deusa Abraão (Gênesis 12.1), na origem do judaísmo, de que dele
sairia uma grande nação.
5.1 – A TORÁ
Nenhuma palavra na religião judaica é tão indefinível e, ainda assim, tão indispensável quanto a
palavra Torá. Ela tem sido, durante todas as épocas, a soma e a substância do estudo e da erudição judaicas.
Para que os judeus cresçam piedosos, considera-se essencial que saibam os 613 preceitos da Torá, a lei
judaica que, segundo o livro do Êxodo, foi dada a Moisés por Deus. Desde tempos antigos, os judeus são
notáveis por sua educação. Todos sabiam ler e escrever (pelo menos os homens), e o ensino começava cedo.
Atualmente, a maioria dos jovens judeus não vai tão longe na educação religiosa, mas a tradição de respeito
pelo aprendizado se mantém. A maioria dos judeus espera educar-se no mínimo até o nível superior.
São os pais que, principalmente, têm o dever de ensinar a Torah aos filhos. Todo Israel, tanto os ricos
como os pobres, devia ocupar-se da Torah e estudá-la durante toda a vida. Para essa atividade, o dia
privilegiado é o sábado.
A Torá é tradicionalmente escrita em pergaminhos que são mantidos na sinagoga em um móvel
chamado Arca. Quando não estão em uso, os pergaminhos são enrolados e cobertos. Durante o serviço na
sinagoga os pergaminhos da Torá são cerimoniosamente erguidos, e a congregação, em pé, declara: Esta é,
pois, a lei que Moisés propôs aos filhos de Israel (Êxodo 4.44).
A Torá é composta pelos cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis (Bereshith), Êxodo (Shemoth),
Levítico (Wayyiqra), Números (Bemiddar), e Deuteronômio (Debarim).
Para o Cristianismo, a Torá desempenhou um importante papel. O próprio Jesus disse: Não cuideis
que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir (Mateus 5.17). Este texto nos mostra
que Cristo reinterpretou a lei radicalmente, a qual se cumpriu em sua própria pessoa. Esta interpretação foi
seu ensino de que a mera observância externa não estava de acordo com o sentido real da lei. Deus
tencionava que sua palavra fosse guardada no coração de seu povo. Jesus considerava a ira e o ódio atitudes
tão pecaminosas quanto o homicídio (Mt 5.21), ou a concupiscência tão condenável quanto o adultério (Mt
5.27). Cristo classificou a Lei oral como tradição de homens (Mc 7.8-13). Os religiosos profissionais, tais
como os escribas e fariseus, erigiram um muro ao redor da Torá, como os escribas, e fariseus, inacessível às
pessoas comuns.
5.2 – A CABALA
A Cabala é o nome dado ao conhecimento judaico místico, originalmente transmitido de forma oral. O
misticismo gnóstico já se fazia presente na Haggadah (livro que narra o Exodo e apresenta a ordem de Sêder
– as bênçãos, símbolos, orações e principalmente a exposição rabínica do tema) (“Enciclopédia de Bíblia
Teologia e Filosofia”; RN. Champlin, Ph.D – J.M. Bentes; Volume 3 – Editora Candeia, p. 615).
As pessoas buscavam a presença de Deus. Essa presença substituía toda a erudição e todo o esforço
humanos. A alma humana entraria assim em harmonia a união com o Ser divino. As pessoas andavam atrás
da perfeição, da santidade e da autopurificação, como maneiras de chegarem à presença de Deus. O
instrumento usado para isso era a Cabala que, naturalmente, incorporava muitas idéias pagãs, no campo dos
conceitos, como a adivinhação. A cabala era usada como a Bíblia do misticismo.
A especulação cabalística conheceu seu clímax nos séculos 16 e 17. Muitos estudiosos acreditavam
estar vivendo os dias finais e saudaram a chegada do autoproclamado Messias, Shabbetazi Zevi. O mundo
judaico vivia em estado de excitação, com sua chegada. Mas em 1666 ele foi decapitado pelos turcos ao lhe
ser dada a escolha: a morte ou a conversão ao islã. Escolhendo o islã, caiu em desgraça.
Para isto nos serve a advertência do apóstolo Paulo em sua carta aos Colossenses: Tende cuidado,
para que, ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo (Cl 2.8).
5.3 – TALMUDE
Além da Torá escrita, os judeus também tinham regras e mandamentos transmitidos oralmente.
Segundo a tradição judaica, no monte Moisés recebeu não apenas a Lei Escrita de Deus, mas ainda a Lei
Falada.
Depois que os judeus se dispersaram pelo mundo, decidiram registrar estes ensinamentos para que não
se perdessem. Esse material se chama Talmude, a palavra hebraica que significa estudo. Ele contém regras,
preceitos morais, comentários e opiniões legais, mas também histórias e lendas. É bem sabido que o Talmude
não é, em si, um livro de ensinamentos, e sim um texto usado pelos rabinos para orientação dos fiéis em
determinadas situações.
5.4 – O TABERNÁCULO
Deus deu instruções detalhadas para a construção do Tabernáculo ou tenda do Senhor (posteriormente
o Templo).
Por todo o Antigo Testamento o derramamento de sangue para remissão de pecados era fundamental
para aceitação diante de Deus (Lv 17.11). O capítulo seis de Levítico mostra detalhadamente a necessidade
do sumo sacerdote de entrar nos Santos dos Santos uma vez por ano para oferecer uma oferta pelo seu
próprio pecado. Depois, eram selecionados dois bodes. Fazia-se o sorteio, um seria separado como oferta e o
outro como emissário. O significado do Tabernáculo continuou no Cristianismo, mas com uma importante
diferença. A atividade do templo foi incorporada na pessoa de Jesus (Jo 2.18-21). O Livro de Hebreus
apresenta uma extensa argumentação para que os judeus reconhecessem Cristo como o Sumo Sacerdote.
No momento da morte de Jesus, a cortina que separava o Santo dos Santos rasgou-se ao meio (Mt
27.51). Os cristãos interpretam este evento como uma demonstração de que, através de Cristo, o Santo dos
Santos, acessível apenas ao sumo sacerdote uma vez por ano, não existe mais, o próprio Jesus tornou-se o
Santo dos Santos e o acesso não é mais exclusivo dos judeus. A promessa de Deus a Abraão, de que em sua
descendência todas as nações da Terra seriam benditas, agora se cumpre.
IX – FESTIVIDADES JUDAICAS
9. 1 – AS FESTAS DA PEREGRINAÇÃO
Três vezes no ano me celebrareis festa (Êx 23.14). Quando o templo ainda estava em pé, os judeus
faziam peregrinação a Jerusalém para fazer oferendas nas três festas: Pessach, Shavuot e Sucot. Os que
viviam fora de Israel tinham de vender parte de sua colheita e enviar o dinheiro para comprar oferendas e
ajudar a cuidar do Templo e dos sacerdotes. Agora que não há mais Templo, os judeus celebram essas festas
em casa e na sinagoga.
X – DIVISÕES NO JUDAÍSMO
Como resultado de sua história de dispersão e exílio, há comunidades judaicas na maioria dos países.
Ao longo dos séculos, costumes diferentes se desenvolveram em diferentes comunidades, e embora os judeus
tenham um forte sentimento de serem um só povo, há também muitas divisões entre eles.
XI – ESTATÍSTICAS JUDAICAS
De acordo com as estatísticas feitas em 1999, existem aproximadamente 18 milhões de judeus no
mundo. Esse número se divide da seguinte maneira:
África................................................320. 000
Ásia................................................5.375. 000
Europa............................................1.460. 000
América Latina..............................1.050. 000
América do Norte...........................6.900. 000
Oceania................................................95.000
Ex-União Soviética........................2.200. 000
(“Dicionário e Religiões, Crenças e Ocultismo”; George e A. Mather & Larry A. Nichols; Editora
Vida, pp. 254-255).
Resposta Apologética:
A Bíblia nos diz: Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a
morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram (Rm 5.12).
Deixando-nos claro que herdamos a culpa, por causa do pecado de Adão. Disse Davi: Eis que em
iniquidade fui formado, eem peca do me concebeu minha mãe (Sl 51.5). Deixando-nos claro que
herdamos uma natureza pecaminosa.
A teoria de que a certeza que a redenção do pecado está em poder do pecador, dá base para a
salvação através da justiça própria a partir das obras, o profeta Isaías nos diz: Mas nós somos como o
imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia, e todos nós murchamos como a folha, e
as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam (Is 64.6). Como vimos, embora do ponto de vista
do judaísmo, as pessoas possam ser capazes de fazer o bem, o profeta Isaías afirma que todas as
nossas justiças, são como trapo da imundícia.
Resposta Apologética:
Com poucas exceções, geralmente se acredita entre os judeus que os cristãos crêem em três deuses
diferentes. Essa impressão surgiu devido à fé cristã na Doutrina Bíblica da Trindade: crença num
único Deus eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O objetivo desta
matéria é mostrar que a Doutrina Bíblica da Trindade não deveria ser estranha aos judeus que
conhecem e compreendem e crêem nas Escrituras do Antigo Testamento, mas também faz parte do
contexto dos escritos de Moisés e dos profetas.
Uma das razões por que os judeus deixaram de estar familiarizados com a doutrina do Deus Trino
se encontra nos ensinamentos de Moisés Maimônides. Ele compilou os artigos de fé do judaísmo, que
os judeus aceitaram e incorporaram em sua liturgia. Um desses artigos é: Creio com perfeita fé que o
Criador (abençoado seja Seu nome) é um ser único (hebraico: yachid). Isso tem sido repetido
diariamente pelos judeus em suas orações, desde o século doze, a época em que viveu Moisés
Maimônides. Essa expressão yachid – único é absolutamente oposta à Palavra de Deus, a qual ensina
enfaticamente que Deus não é um Yachid, isto é, único no sentido de unidade absoluta e, sim, Achad,
cuja significação é unido no sentido de unidade composta.
Em Deuteronômio 6.4, Deus apresentou a seu povo um princípio que certamente é superior ao de
Moisés Maimônides, visto que é originário do próprio Deus. Lemos nessa passagem: Ouve, Israel, o
Senhor nosso Deus é o único Senhor. A palavra único no texto hebraico é achad – unido (unidade
composta) e não yachid, conforme a interpretação de Moisés Maimônides.
Yachid – unido (unidade composta) e Achad – único (unidade absoluta).
Desejamos agora acompanhar essas duas palavras yachid e achad, em suas ocorrências no Antigo
Testamento, verificando em que contexto e sentido são empregadas, a fim de nos certificarmos de seu
verdadeiro significado.
Em Gênesis 1.13 lemos: ... E foi a tarde e manhã, o dia primeiro. No texto hebraico primeiro é
achad, o que subentende que a tarde e manhã ou ainda o dia e noite — duas coisas – são chamadas
como se fossem uma só, mostrando assim claramente que o termo achad não significa único (unidade
absoluta), mas sim unido (unidade composta). Novamente em Gênesis 2.24 lemos: Portanto deixará o
homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne. Aqui
também verificamos o uso da palavra achad, que fornece outra prova que significa unido (unidade
composta), pois se refere a duas pessoas.
YACHID nas Sagradas Escrituras.
Vejamos, agora, onde a expressão yachid- único (unidade absoluta), pode ser encontrada. Em
Gênesis 22.2, lemos: E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e... Aqui
encontramos a palavra yachid. O mesmo termo é repetido no versículo 12 desse capítulo: ... e não me
negaste o teu filho, o teu único filho. No Salmo 25.16: Olha para mim, e tem piedade de mim, porque
estou solitário e aflito, a palavra é outra vez aplicada a uma só pessoa, e também em Jeremias 6.26,
onde lemos: ... pranteia como por um filho único ...A palavra único é aqui expressa pelo hebraico
yachid. Essa palavra aparece ainda com o mesmo significado em Zacarias 12.10: ... e olharão para
mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigénito ...
E assim concluímos que Moisés Maimônides, apesar de sua grande sabedoria e erudição, incorreu
num sério erro ao prescrever para os judeus uma confissão de fé na qual é dito que Deus é yachid-
único (unidade absoluta), afirmação essa absolutamente oposta à Palavra do Deus vivo, que declara
que Deus é achad – unido (unidade composta). E os judeus, seguindo fielmente o chamado segundo
Moisés, mais uma vez demonstram suas antigas tendências em interpretar a Palavra de Deus de
maneira que lhes convém. O Espírito Santo declarou acerca deles por intermédio do profeta Jeremias,
dizendo: ...pois torceis as palavras do Deus vivo, do Senhor dos Exércitos, o vosso Deus (Jr 23.36).
12.3 – SÁBADO
O povo judeu foi orientado por Deus em Êxodo 20.10: Mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor teu
Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem o
teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Eryeh Kaplan diz: Dentro do judaísmo
existe uma porção de atividades que não se pode fazer no Sábado, entre elas estão: Transportar, queimar,
extinguir, fazer acabamento, escrever, apagar, cozinhar, lavar, costurar, rasgar, amarrar, desamarrar,
moldar, orar, plantar, segar, colher, debulhar, joeirar, escolher, peneirar, moer, amassar, pentear, fear,
tingir, fazer ponto em série, urdir trama, tecer, desembaraçar, construir, demolir, pegar em armadilha,
cortar, abater, esfolar, curtir o couro, amaciar o couro e marcar (“Shabat dia de Eternidade”, Eryeh Kaplan,
Editora Maayanot, 1a edição, pp. 39-40).
Declaram que o Sábado é o motivo de sua sobrevivência, Sem o Shabat, o judeu teria desaparecido.
Foi dito que assim como o judeu manteve o Shabat, o Shabat manteve o judeu (“Shabat dia de Eternidade”,
Eryeh Kaplan, Editora Maayanot, 1a edição, p. 9).
Resposta Apologética:
O Sábado da Lei, como sombra das coisas vindouras, prefigurava Cristo. Como relata Paulo em sua
epístola aos Colossenses. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos
dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é
Cristo (Colossenses 2.16-17).
Jesus condena claramente o cerimonialismo no dia do Sábado. Acusado pelos judeus de violação
do Sábado, Jesus afirmou que: Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não
sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do homem até do Sábado é Senhor (Mt 12.7-
8).
Todo este cerimonialismo a tradição resulta de não terem recebido o Messias que é Jesus.
12.4 – MESSIAS
A palavra grega Christos significa Messias, e usar qualquer um dos dois termos para Jesus é uma
confirmação da fé cristã e um anátema a tudo que é sagrado no judaísmo (“Bem-vindo ao Judaísmo Retorno
e Conversão”, Maurice Lamm, Editora a Livraria Sêfer LTDA., 1a edição, p. 278).
Para as pessoas que vêm de um ambiente onde se assume sem discutir que Jesus é o Próprio Deus,
ou, pelo menos, um profeta, é necessário afirmar que, no judaísmo Jesus não é Deus nem faz parte da
Divindade, não é profeta e definitivamente, não é o Messias (Mesmo livro citado pp. 276 e 277).
Resposta Apologética:
O messianismo manteve vivas as esperanças de Israel e garantiu sua existência até a época de
Cristo. A esperança de Israel, entretanto, fixava-se na restauração da nação. A libertação do povo
podia ser compreendida por três formas diferentes: terrena, segundo as leis da história humana;
sobrenatural, numa terra milagrosamente transformada; transcendente, com a ressurreição dos mortos
e realizada no céu.
Ao que vemos, os judeus não entenderam as profecias que apontavam para o Messias, dentre elas:
Jesus seria a semente da mulher em Gênesis 3.15; o descendente de Abraão, Isaque e Jacó que iria
finalmente abençoar todas as nações (Gn 12.2-3; 22.18); o profeta semelhante a Moisés (Dt 18.15);
seria crucificado (Sl 22); o menino de Deus que teria um reino eterno (Is 9.6-7); que seria transpassado
e moído pelas nossas transgressões para que fôssemos curados pelas suas pisaduras; sobre quem o
Senhor fez cair a iniqüidade de toda humanidade (Is 53); o Renovo justo, o Rei sábio, que será
chamado Senhor justiça Nossa (Jr 23.5-6); seria morto o Ungido depois de 483 anos (Dn 9.24-27);
reinará sobre Israel, nascido em Belém Efrata (Mq 5.2).
As evidências nas Escrituras hebraicas provam que Jesus é o Messias. Deste modo, todas estas
profecias, e muitas outras não mencionadas, mostram, de maneira que não deixa dúvida, que o
Messias de Israel já veio.
Em Levítico 17.11, lemos que: sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados. Então
onde está o sangue? Os judeus tinham o templo de Salomão, os sacerdotes, os sacrifícios, mas tudo isto
desapareceu. Por quê? A razão é que o Messias já veio ao mundo, e se tornou, ao mesmo tempo o
tabernáculo (Ap 21.3), o sacerdote (Hb 10.21), e o sacrifício (Ef 5.2). Através do sangue imaculado do
Messias de Israel, Deus providenciou o meio de perdoar os pecados dos judeus e da humanidade inteira.
Hoje, o lugar onde era o templo está ocupado por uma mesquita muçulmana,e não temos mais
sacerdotes, nem apresentamos sacrifícios de animais.
No evangelho de João se lê que veio para o que era seu, e os seus não o receberam (Jo 1.11). Em outra
passagem Jesus faz uma advertência quanto a sua aceitação: Quem me rejeitar a mim,e não receber as
minhas palavras, já tem quem o julgue, a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia (João
12.48). E para aquele que o aceitasse, o apóstolo João diz: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome (João 1.12).
Sendo assim, a maior dádiva de Deus a Israel, foi rejeitada.
Na cruz do calvário o Messias morreu uma vez por todos os pecados da humanidade e ali consumou
para sempre a obra redentora predita nas escrituras do Antigo Testamento (Hb 10.4-31; 9.23-28; Ap 1.7-
8,18).
RACIONALISMO CRISTÃO
I – INTRODUÇÃO
Racionalismo Cristão (RC) é um grupo religioso formado do espiritismo kardecista no Brasil.
Enquanto no espiritismo kardecista se dá lugar ao curandeirismo, o RC se distingue dele pela não aceitação
de qualquer tipo de manifestação sobrenatural no campo das chamadas curas psíquicas. Afirma que não
admite o sobrenatural nem o misticismo. De certo modo, o RC não passa de um espiritismo com as práticas e
ensinos fundamentais do kardecismo, apenas com nova nomenclatura.
Auto definindo-se, assim declara: Ao Racionalismo Cristão cabe uma grande e sublime missão, ainda
que bem árdua e por muitos não compreendida: restabelecer a Verdade e reimplantar os magníficos
ensinamentos de Jesus na Terra (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª edição,1976).
Tentando justificar o título de cristão, freqüentemente se vale do nome de Cristo para dar consistência
de se tratar de um grupo religioso autenticamente cristão. Então lemos mais: O Racionalismo Cristão explica
que Cristo não foi um milagreiro; mas apenas utilizou as leis naturais e imutáveis que regem o Universo (“O
Que É o Racionalismo Cristão”, folheto).
Justificando o título Racionalismo, assim explica a razão desse vocábulo ao lado da palavra Cristão,
dizendo: Sempre ensinamos no Racionalismo Cristão que ninguém deve agir na vida sem antes raciocinar,
mesmo nas coisas mais insignificantes, nem tomar resoluções, por menores que sejam, sem submeter o
assunto e análise do raciocínio (“O Que É o Racionalismo Cristão”, folheto).
Diz mais: Ele assenta seus princípios não na fé; mas no raciocínio, no entendimento racional da vida,
procurando emancipar a criatura humana do fanatismo, preconceitos e superstições (“O Que É o
Racionalismo Cristão”, folheto).
No estudo do RC iremos verificar a procedência das palavras de Paulo, quando afirma: Ora o homem
natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendé-
las, porque elas se discernem espiritualmente (1 Co 2.14). Quando o homem natural usa o seu raciocínio
para entender as coisas espirituais, estas lhe parecem loucura e então os absurdos surgem como no seu ensino
básico de serem Força e Matéria os dois únicos princípios de que se compõe o Universo. Dois únicos
princípios – afirmam – Força e Matéria (espírito e corpo), excluindo de suas cogitações a idéia na existência
de Deus como o Criador dessa força e matéria (Gn 1.1). A propósito diz o mesmo Paulo em Rm 1.22:
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.II – HISTÓRIA
Em 1910, Luiz José de Mattos a Luiz Alves Thomaz, portugueses e comerciantes bem-sucedidos,
radicados em Santos, verificando ser a doutrina espírita, praticada no Brasil, mal compreendida e deturpada,
resolveram fundar um Centro para estudo e prática do espiritismo, alugando para tal fim, um sobrado à rua
Amador Bueno, 190, em Santos.
Assim, em 26 de janeiro de 1910, na referida casa, realizou-se a primeira reunião para elaborar o
Estatuto, eleger diretoria e escolher o nome que deveriam dar ao Centro, o qual ficou sendo Centro Espírita
Amor e Caridade. Em virtude do crescimento da obra, Luiz de Mattos e Luiz Alves Thomaz resolveram
construir uma sede própria e no dia 21 de junho de 1912 deu-se a inauguração. A data de 21 de junho fora
escolhida adredemente para a inauguração por ser o dia da desencarnação do patrono São Luiz Gonzaga.
Em 1916, todos os Centros praticantes da Doutrina Racionalista Cristã se filiaram ao Centro Redentor
do Rio de Janeiro, presidido por Luiz de Mattos. A palavra racional foi introduzida em 3 de fevereiro de
1946, por obra de Antônio do Nascimento Cottas, tomando a designação atual de Racionalismo Cristão.
Como afirmam, o berço do Racionalismo Cristão se deu na cidade de Santos.OBRAS BÁSICAS
Indicam como obras básicas para todos aqueles que quiserem familiarizar-se com as doutrinas do
Racionalismo Cristão os livros:
“RACIONALISMO CRISTÃO”
“PRÁTICA DO RACIONALISMO CRISTÃO”
“A VIDA FORA DA MATÉRIA”
“CARTAS DOUTRINÁRIAS”
“ESCOLA ESPIRITUALIZADORA”
III – CONCEITOS RELIGIOSOS
Seguindo a mesma linha de raciocínio do espiritismo kardecista, nega sua condição de religião ou seita
religiosa.
Por não ser religião, mas escola espiritualizadora, não possui esta doutrina deuses nem adoradores
(“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30a edição, l976, p. 63).
A Doutrina Racionalista Cristã, portanto, é apenas uma filosofia de cunho espiritualista, sem
nenhuma conotação de caráter religioso, místico e sobrenatural. Nela não há lugar para mistérios, nem
dogmas, nem milagres, pois tudo no universo, tudo na vida, tem explicação racional e científica (“O Que É o
Racionalismo Cristão”, folheto).
Para amenizar suas declarações atrevidas, entretanto, afirma que ensina a respeitar todas as religiões,
bem como a maneira de pensar dos semelhantes.
Procura, porém, alertar que ter qualquer sentimento religioso, não passa de tolice.
Afirma que o RC ajuda as pessoas a se desfazer e libertar, à luz da razão, de seculares erros,
preconceitos, crenças e crendices, fanatismos e sectarismos religiosos (“O Que É o Racionalismo Cristão”,
folheto).
Quando vamos considerar os conceitos religiosos dos espíritas racionalistas, não devemos estranhar
suas declarações absurdas e até blasfemas, sabendo de quem parte esses ensinos. Os espíritas racionalistas
explicam a origem dos seus ensinos.
IV – ESPÍRITOS ENGANOSOS
Falando sobre as 17 classes de espíritos que fazem sua evolução aqui na terra, considerada por eles um
mundo escola, dizem: Milhões de outros, de igual categoria, embora não encarnando, se dedicam –
principalmente por intermédio das Casas Racionalistas Cristãs – a auxiliar astralmente o progresso dos
seus semelhantes menos evoluídos, encarnados neste planeta.(“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª
edição,1976, p. 75). Se milhões desses espíritos se dedicam, por meio das casas racionalistas cristãs e
auxiliar astralmente o progresso de seus semelhantes, o que podemos esperar desses milhões de espíritos? O
que eles podem fazer em se tratando de quem são? Os racionalistas cristãos não ignoram a natureza desses
milhões de espíritos. Dizem deles: A perversidade com que podem agir os espíritos do astral inferior, é
quase ilimitada. (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª edição, 1976, p. 122). Informam mais deles:
Como os espíritos do astral inferior não ignoram que todos os seres possuem mediunidade intuitiva, dela se
aproveitam para incutir no mental das mesmas idéias absurdas e disparatadas. (“Racionalismo Cristão”.
Centro Redentor, 30ª edição,1976, p.123).
Ora, nós sabemos, à luz da Bíblia, que nossa luta espiritual não é contra o sangue e a carne, mas contra
as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais: Porque não temos de lutar contra a carne e o sangue,
mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6.12). Na análise dos ensinos desse grupo religioso,
verificaremos que se tratam de sutis ensinos de demônios apontados por Paulo em 1 Tm 4.1: Mas o Espírito
expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores,
e a doutrinas de demônios.
Considerando que o RC se propõe restabelecer os magníficos ensinamentos de Jesus na Terra é lógico
admitir que precisamos examinar onde se encontram esses magnificos ensinamentos para confrontá-los com
os ensinamentos do RC para sabermos se realmente procede essa afirmação. Nada melhor para isso do que
examinarmos a Bíblia onde se acham, fidedignamente, os ensinamentos de Jesus. E, sem dúvida nenhuma,
esses ensinamentos estão exarados nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. O próprio Jesus se
referiu a esses ensinos dizendo: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus
discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertard (Jo 8.31-32). Permanecer nos ensinos de
Jesus, registrados na Bíblia, é conhecer a verdade que liberta. Enquanto falam dos magníficos ensinos de
Jesus e, como dissemos, eles se encontram na Bíblia, na parte denominada Novo Testamento, os RC falam
da Bíblia com desdém, com escárnio como se ela tivesse sido adulterada e não merecesse o menor crédito.
Que incoerência! Falam dos magníficos ensinos de Jesus e ao mesmo tempo repelem o livro no qual esses
ensinos se encontram. Jesus ordenou que ensinassemos o que Ele ensinou (Mt 28.19-20).
V – A BÍBLIA
RACIONALISMO CRISTÃO
Na Bíblia, todos o sabem, foram alterados diversos textos originais, com o fim de favorecer a um
vantajoso sistema capaz de propiciar fundos suficientes para o sustento da legião sacerdotal, mantenedora
do sistema. Para provar a alteração de textos originais é citado o seguinte: Durante muitos séculos... as seitas
religiosas que introduziram na Bíblia este versículo repleto de malícia: Bem-aventurados os pobres de
espírito, porque dos tais é o reino dos céus (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30a edição,1976, p.
59-60). Para provar que a Bíblia não é repelida simplesmente porque se alega textos originais alterados, fala-
se da Bíblia nos seguintes termos: Veja-se como esta revelação da vida (os ensinos racionais), transmitida
ao conhecimento humano, é diferente da que as seitas sectaristas apresentam, cheia de incoerências,
absurdos e contradições, porque baseada nas sandices bíblicas... (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor,
30a edição, 1976, p. 163).
Resposta Apologética:
Quem diria, o texto de Mt 5.3 é espúrio! Alguém já leu algo de Mt 5.3 ser um texto espúrio? Qual o
erudito no grego que apontou esse texto como espúrio? E uma afirmação própria de alguém que
desconhece inteiramente do que está falando. É realmente um versículo repleto de malícia? Ser pobre
de espírito significa ser cônscio de sua necessidade espiritual e não como interpretam os espíritas
racionalistas. Enquanto afirmam que esse texto é espúrio, perguntam: Por que Jesus, o Cristo,
ensinava: ‘Não as faças que as pagas?’ Alguém que conheça a Bíblia já leu isso alguma vez, Jesus
dizendo: Não as faças que as pagas? Os racionalistas cristãos deviam pelo menos ler uma vez a Bíblia
antes de começarem a falar dela. Falam do que não entendem. Deviam ser mais cristãos e menos
racionalistas. Que incoerências registra a Bíblia? Quais são os absurdos e contradições? Sandices
bíblicas onde na Bíblia? Ao contrário dessas afirmações absurdas e não provadas, devemos ter
presente o que diz Hb 4.12: Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que
qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, e apta para discernir
os pensamentos a propósitos do coração.
Da forma como Jesus se dirigiu aos seus contemporâneos dizendo: Errais, não conhecendo as
Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22.29), nós podemos dizer para os racionalistas que eles falam
da Bíblia sem conhecê-la. Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus
lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são
preceitos dos homens (Mt 15.8-9). Se fosse preceito dos homens os ensinos dos racionalistas ainda não
seriam tão perniciosos, mas podemos ir um pouco além a dizermos que se tratam de ensinos de
demônios.
VI – DEUS
RACIONALISMO CRISTÃO
Na Bíblia, no Velho Testamento – livro sagrado e intocável para tantos adoradores – existem várias
referências ao deus de temperamento iracundo e vingativo da época. Esse vergonhoso sentimento,
especialmente em um deus, nada mais é do que o reflexo do sentimento do próprio povo que o imaginou.
(“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30a edição, 1976, p. 53).
Continuando nas suas afirmações arrogantes, atrevidas, blasfemas, entendem que manifestar crença na
existência de um único Deus verdadeiro não passa de atraso espiritual: Os que hoje rendem culto a um deus
abstrato, acharão – ao cabo de tantas encarnações quantas precisarem para atingir o necessário
esclarecimento – tão tolo esse culto quanto ridículo os civilizados entendem, agora, ser a idéia, que também
já alimentaram, de adorar deuses representados por elementos da natureza ou animais inferiores. E, por
fim, chegam ao cúmulo da blasfêmia em falar de Deus como o hipotético deus pai. (“Racionalismo Cristão”.
Centro Redentor, 30a edição, 1976, pp. 55, 75).
O Racionalismo Cristão substituiu a palavra deus por termos mais condizentes e adequados à
realidade, tais como Força Universal, Força Criadora ou Grande Foco, do qual fazemos parte integrante
como partículas em evolução, possuindo, em estado latente, todos os atributos, poderes e dons dessa Força,
dessa Inteligência Universal. O Grande Foco ou Força Universal ocupa todo o Espaço infinito, não existindo
um só ponto no Universo que não acuse a sua presença vital, inteligente e criadora. Assim, o Racionalismo
Cristão, evidentemente, não admite a idéia de Deus como terceiro elemento no Universo, além de Força e
Matéria. (“O Que É o Racionalismo Cristão”, folheto).
Resposta Apologética:
O racionalismo considera um atraso intelectual a crença na existência de um Deus pessoal. Cabem
muito bem aqui as palavras bíblicas de Paulo: Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. Deveriam eles
antes de escrever tais absurdos, ler Is 45.9: Ai aquele que contende com o seu Criador! O caco entre
outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens
mãos? Se não bastar tal texto bíblico pode ser lido Dn 4.35: Não há quem possa estorvar a sua mão, e
lhe diga: Que fazes? Se crer num Deus pessoal é atraso intelectual, por que lemos o contrário na
Bíblia, que o ateísmo sim é um atraso mental? Lemos no Sl 14.1: Disse o néscio no seu coração: Não
há Deus. Dizendo que O Racionalismo Cristão... assenta seus princípios não na ‘fé’ mas no
raciocínio se coloca ele totalmente contra o modo pelo qual podemos declarar nossa crença na
existência de Deus. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe (a Deus); porque é necessário que aquele
que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). Pior
do que os demônios é a crença dos espíritas racionalistas, porque, enquanto os demônios crêem que
Deus existe a estremecem na sua presença (Tg 2.19), os adeptos desse grupo religioso zombam da
crença na existência de um Deus pessoal e transcendente ao próprio universo criado por Ele. Paulo não
era assim tão atrasado intelectualmente e, no entanto, cria que Deus é o Criador do Universo e que
dependemos dele até para a nossa respiração (At 17.24-31).
Os racionalistas cristãos chegaram muito tarde para fazer afirmação tão absurda da inexistência de um
Deus pessoal. Há uma crença universal na existência de Deus, que não pode ser desprezada. Paulo se refere a
essa crença universal na existência de Deus em Rm 1.19-21,28.
A personalidade de Deus é contrária ao panteísmo ensinado pelo espiritismo racionalista que fala de
Deus como o Grande Foco, Força Universal que ocupa o Espaço infinito. Esse conceito é também
denominado monista panteísta. Ao contrário, Deus é um ser que revela autoconsciência ao dizer: EU SOU O
QUE SOU. Em Êx 3.14 se lê: Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos
filhos de Israel. EU SOU me enviou a vós outros.
Resposta Apologética:
Quanta altivez religiosa: um homem, adorador do Deus vivo e verdadeiro e tido na linguagem de
Jesus como aquele a quem Deus procura para adorá-lo em espírito e em verdade, é considerado pelos
racionalistas como um farrapo mental. Diz o profeta Jeremias: Assim diz o Senhor: Maldito o homem
que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Bendito o varão
que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor (Jr 17.5,7). Não se pode negar que essa altivez
religiosa dos espíritas é resultante do engano do seu coração: Enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? (Jr 17. 9).
Os racionalistas são, repetimos, mais racionalistas do que cristãos. Que tipo de cristianismo é esse
que ensina a não adorar nem orar? Jesus ensinou sobre a necessidade de orar, sempre orar e nunca
desanimar (Lc 18.1). Com isso contou várias parábolas, destacando por fim: E eu vos digo a vós:
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque qualquer que pede recebe; e
quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á (Lc 11.9-10).
VIII – PERDÃO
RACIONALISMO CRISTÃO
Não existem perdões no plano espiritual nem deuses para perdoar.
Dentre os maisgraves erros das religiões, ocupa lugar de destacado relevo o perdão para as faltas e,
até mesmo, para os crimes cometidos por seus adeptos.
A mística do perdão para os crimes, falcatruas e prevaricações, não tem qualquer sentido na vida
espiritual (“Racionalismo Cristão Responde”, pp. 174, 60, 136).
Resposta Apologética:
E conhecido de todos o episódio registrado em Jo 8.11-12 quando Jesus perguntou à mulher
pecadora: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém
Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais. Como dizer que
seguem os magníficos ensinos de Jesus e não ter lido na Bíblia esse perdão tão magnânimo de Jesus ao
dizer à mulher, nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais. Será que os espíritas
racionalistas não leram as palavras da Oração Dominical que ensina a pedir: E perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores? (Mt 6.12). Será que o Racionalismo é mais
racional do que cristão? Parece que sim. Estava Jesus errado, gravissimamente errado ao conceder
perdão à mulher pecadora? Estava errado quando ensinou a orarmos e pedirmos perdão a Deus? Grave
erro cometido por Jesus? E não foi essa a única ocasião em que Jesus outorgou perdão a alguém. Outra
vez, sofreu até um protesto silencioso dos escribas a fariseus presentes, que julgaram, como os
racionalistas, estar Jesus blasfemando ao declarar perdão a quem lhe procurara para apenas receber
cura do corpo. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus
pecados . ...Ora para que saibais que o filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados
(disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa (Mc 2.5,10-11).
IX – REENCARNAÇÃO
RACIONALISMO CRISTÃO
Por que negar a reencarnação?
Por que as religiões ocidentais tanto se empenham, tanto se obstinam em negar a reencarnação?... A
resposta é fácil: reencarnação e salvação são idéias que se atritam, que se agridem, que se chocam, porque
antagônicas e irredutivelmente inconciliáveis. Ora, no conceito de salvação – intimamente ligado aos
favores do perdão – está, precisamente, a base em que se apóiam essas religiões... Quando o indivíduo se
convencer de que se praticar o mal, terá, inapelavelmente, de resgatá-lo; que numa encarnação se prepara
para a encarnação seguinte... que não poderá contar com o auxílio de ninguém para libertá-lo das
conseqüências das faltas que cometer e que terá de resgatar com ações elevadas – qualquer que seja o
número de encarnações para isso necessárias – por certo pensará mais detidamente, antes de praticar um
ato indigno.
O espírito, quando encarna, isola-se do seu passado, esquecendo-se, por completo, das anteriores
encarnações (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª edição, 1976, pp. 62, 64, 94).
Resposta Apologética:
Uma das assertivas da doutrina reencarnacionista é que, para haver justiça, deve o homem resgatar
as suas próprias faltas da existência em que vive e das existências anteriores. Ora, como isso pode dar-
se se como ponto principal deve ele esquecer-se do seu passado, ou melhor dizendo, das anteriores
encarnações? Que tipo de melhora pode ele obter se todo o passado de erros está esquecido? Em que
ele falhou para melhorar nesta vida? Quando Jesus perdoava aos pecadores, eles sabiam do que
estavam se arrependendo e conseqüentemente abandonando seus erros passados. Paulo confessa seus
erros do tempo da sua ignorância dizendo que tinha sido blasfemo, perseguidor e opressor, mas tinha
alcançado misericórdia e afirmava então que não vivia mais para si, mas vivia para Cristo, chegando a
ponto de recomendar que o imitassem porque por sua vez imitava a Cristo (1 Tm 1.13; Gl 2.20;1 Co
11.1). Pedro, quando negou Jesus, chorou amargamente (Mt 26.75). Como podem melhorar os tidos
como reencarnados se não têm a mínima lembrança dos feitos da vida anterior ou anteriores? Melhorar
no quê? Arrepender-se dos pecados da vida atual ou dos pecados das vidas anteriores? Quem rege a lei
do carma para impor castigo ou recompensa se Deus não existe? Quem determina o que está certo ou
errado desta vida e das vidas anteriores?
Até que enfim descobriram que, na verdade, reencarnação e salvação não se conciliam. Conceitos
que se atritam, que se agridem. Concordamos plenamente com essa distinção entre reencarnação e
salvação. Mas que soberba espiritual a dos espíritas racionalistas! Pensam em resgatar as próprias
faltas! Com quê? Com dinheiro ou com obras virtuosas mais sofrimentos? Se for com dinheiro é inútil
porque a riqueza de qualquer mortal acabaria antes, dado que o resgate de uma alma é caríssimo (Sl
49.6-8). Se for com obras meritórias, então o negócio complica, porque nossas obras de justiça são
como trapos de menstruação (Is 64.6). O conceito de reencarnação fala de salvação por esforços
pessoais, tais como: boas obras e sofrimentos. É salvação obtida pelo homem, se não numa
encarnação, em várias encarnações, e pensam ser isso possível para se atingir o estado de espírito
puro. Agora, salvação no conceito bíblico não é fruto de esforço próprio. É favor imerecido de Deus
como se lê em Ef 2.8-10. E por quê? Porque o homem é incapaz de, por esforços próprios, conseguir a
sua salvação (Tt 2.11-13). Jesus, explicando sua missão à terra, afirmou que não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). Afirmou na casa de Zaqueu que veio
buscar e salvar o que estava perdido (Lc 19.10). Ao instituir a Ceia e distribuir o cálice mencionou que
o cálice era o seu sangue derramado para remissão de pecados (Mt 26.26-28). Toda a pessoa que
recebe o perdão de Deus, pela sua fé na pessoa de Jesus Cristo, não continua no pecado. Os conselhos
bíblicos nesse sentido são muito freqüentes (2 Co 5.17; Ef 4.17-32; 5.3-16). Ora, a Bíblia fala de
regeneração, que é a mudança das disposições íntimas da alma dentro de uma só existência (Jo 3.3,5) e
não de reencarnação. Diz a Bíblia que o homem só passa por esta existência uma única vez e depois
disso o juízo (Hb 9.27; Ec 12.7).
X – JESUS CRISTO
RACIONALISMO CRISTÃO
Grandes espíritos, movidos por ideais reformadores, baixaram à Terra, encarnando, com enorme
sacrifício, para ver se conseguiam a desbrutalização da mente humana que se deixara empolgar pelo
sentimento do gozo e dos prazeres apenas materiais. Esses valorosos espíritos, porém, além de não haverem
sido compreendidos, acabaram divinizados pela massa ignara, como aconteceu com Jesus, Buda, Confúcio
e Maomé.
Negar a Jesus o valor, o mérito de haver conquistado a sua evolução espiritual à custa de grandes
lutas, de trabalhos, de sofrimentos, de desencarnações e reencarnações, atribuírem as qualidades, a
nobreza, os altos atributos que possui esse grande espírito ao privilégio de uma suposta filiação divina, é
erro grave que cometem, além de demonstração de lamentável ignorância relativamente à vida espiritual.
No Brasil, e em muitos outros países, adora-se a Jesus. Não há, entretanto, qualquer diferença, entre
tais adoradores e os outros que se voltam para Buda, Confúcio e Maomé.
Nenhum adorador é capaz de dissociar a idéia de adorar da de pedir. A razão é óbvia: adorar e pedir
são duas muletas iguais, para uma só invalidez mental (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª
edição, 1976, pp. 56-57, 74).
Resposta Apologética:
O que de cristão existe no racionalismo? Sem dúvida, de cristão só tem o nome, pois não é
possível, à luz da Bíblia igualar fundadores de religião como Buda (budismo), Confúcio
(confucionismo) Maomé (islamismo) com a pessoa augusta e divina de Jesus Cristo. O evangelho de
João começa com estas palavras: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.1;1.14). É ignorância, segundo os espíritas racionalistas,
admitir que Jesus tinha filiação divina. No entanto, por duas vezes o Pai, do céu, proferiu palavras de
reconhecimento de Jesus como Seu Filho, sendo uma no batismo de Jesus, quando disse: Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.17) e outra no Monte da Transfiguração, quando repetiu as
mesmas palavras (Mt 17.5). Como ousam os racionalistas afirmar que crer na filiação divina de Jesus
não passa de demonstração de lamentável ignoráncia espiritual?
Termina João o seu evangelho e dá a razão de tê-lo escrito: Jesus, pois, operou também em
presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém,
foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais
vida em seu nome (Jo 20.31-32). Isso é ignorância? Como vemos, Jesus não era simplesmente um
grande espírito que baixou à Terra. Ele existia na condição de Deus (Fp 2.6) e se humilhou tomando a
forma de servo e achado na forma de servo foi até à morte e morte de cruz (Fp 2.7-8) para salvar a
humanidade pela sua morte (Mt 20.28).
Suas reivindicações o tornaram distinto de todos os demais reformadores religiosos. Declarou ser o
caminho, a verdade e a vida, fora de quem ninguém entrará no céu (Jo 14.6). Durante sua vida terrena
recebeu adoração de certas pessoas na condição de Deus homem e não como homem simplesmente (Jo
20.28), inclusive dos seus discípulos sem que em qualquer ocasião os tivesse repreendido por tal
atitude (Mt 14.33; 28.9,17; Jo 9.35-38). Como racionalmente alguém pode dizer que adorar e pedir
são duas muletas iguais para uma só invalidez mental? Adorar e orar são duas práticas que todos os
seres humanos devem prestar a Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Uns hoje o fazem voluntariamente, outros,
como os racionalistas, um dia terão de prostrar-se aos pés de Jesus para isso fazer, embora hoje
entendam ser muletas por causa da invalidez mental de quem assim o faz.
XI – MILAGRES
RACIONALISMO CRISTÃO
Os deuses mitológicos também fizeram milagres, na imaginação fantasiosa dos adoradores, e daí a
autoridade e o prestígio que tiveram junto aos seus fiéis. Não há diferença sensível, por isso, entre os deuses
milagreiros da mitologia, e os não menos milagreiros das variadas religiões atuais (“Racionalismo Cristão”.
Centro Redentor, 30ª edição, 1976, p. 59).
Resposta Apologética:
Admitir a existência de instituições religiosas falsas que fabricam milagres por intermédio de
vários médiuns, que, a um só tempo, encarnam o Dr. Fritz fazendo curas espirituais e iludindo os
incautos, isso é bem notório entre os brasileiros. Não negamos que isso realmente dá muito prestígio
aos espíritas, notadamente em Uberaba onde Chico Xavier tem uma grande clientela que vem receber
suas mensagens psicografadas como se fossem de parentes mortos. Isso é um milagre falso. Isso –
repetimos – não passa de imaginação fantasiosa dos adeptos do espiritismo kardecista. Paralelamente
também se ouve muito falar dos milagres dos orixás dos cultos afro-brasileiros nos centros de terreiro.
Como é a entidade mitológica conhecida como Iemanjá dos cultos de Umbanda, rivalizando no culto
que se presta a ela, a Virgem Maria dos católicos. Isso traz um prestígio enorme para os pais-de-santo
e mães-de-santo espalhados por todo esse Brasil. Concordamos plenamente com essa crítica
racionalista. Mas admitir que só existam falsos milagres e não existam verdadeiros não concordamos.
Jesus, durante o seu ministério, realizou curas milagrosas em coxos, cegos, mancos, leprosos e até
ressuscitou mortos como a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, Lázaro, sepultado há quatro dias
(Mt 11.3-6; 9.18,25; Lc 7.11-15; Jo 11.40-45). E não podemos esquecer-nos de que Jesus é eterno,
sendo o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8), podendo, pois, realizar por intermédio dos seus
mensageiros milagres iguais (Mc 16.17; 1 Co 12.7-11).
Resposta Apologética:
De onde tiraram esse ensino antibíblico os intitulados racionalistas cristãos? Simplesmente
afirmam suas extravagantes teorias, sem qualquer prova da suposta existência de mundos
materializados, opacos, brancos, diáfanos e de luz puríssima. Dizem que a terra é um mundo escola
que abriga espíritos até a 17ª classe. Pura fantasia! O que na verdade existe é o mundo material e o
mundo espiritual. O mundo espiritual é habitado por espíritos criados por Deus no momento da
concepção do ser humano, que constitui o mundo material (Zc 12.1; 2 Co 4.16-18). Os espíritos
humanos ao deixarem o corpo ou vão para o céu se forem cristãos (Fp 1.21-23) ou irão para o Hades
se forem perdidos (Lc 16.22-25). Fora isso, existem outros espíritos que são os anjos. Uns
permaneceram fiéis a Deus e são seus agentes secretos para ajudar aos que hão de herdar a salvação
(Hb 1.14). Outros se tornaram desobedientes e acompanharam a Satanás na sua rebelião contra Deus e
são habitantes das regiões atmosféricas e tentam os homens como espíritos demoníacos, contra os
quais devemos ter cuidado (Is 14.12-14; Ap 12.3; 2 Co 11.11-14). Fora isso, é tagarelice dos espíritas
racionalistas.
ORDEM ROSACRUZ
I – Introdução
Origem remota, rituais ocultos, superdesenvolvimento mental, são alguns dos assuntos que fascinam
os iniciados no rosacrucianismo.
Segundo a própria Ordem, sua finalidade é estudar, testar e ensinar as leis de Deus. Dando
características da Ordem, assim é definida sua finalidade:
Finalidade da Ordem – A finalidade da Ordem é estudar, testar e ensinar as leis de Deus e da
natureza capazes de tornar nossos membros mestres do sagrado templo (o corpo físico) e obreiros do divino
laboratório (os reinos da natureza). Isto nos permite prestar auxílio mais eficaz aos que ainda não
conhecem aquelas leis e que precisam de assistência. Todo iniciado tem o dever de servir, considerando
imperativo estudar e praticar as leis ensinadas em nossa Ordem, aplicando-as sempre que oportuno.1
Dizem ainda:
O objetivo maior dos Rosacruzes sempre foi ajudar a toda a humanidade a evoluir ao mais alto grau
de perfeição terrena, e prestar auxílio a toda criatura, para a glória de Deus e o bem-estar da humanidade.2
Será que realmente os ensinos Rosacruzes estão em conformidade com a Palavra de Deus? Deve o
cristão fazer parte desta sociedade secreta?
2. I – NA AMÉRICA
A Ordem Rosacruz veio para a América em 1694, por intermédio dos ensinos de JOHANN KELPIUS
(1673-1708), estudioso do hermetismo tradicional. Segundo os ciclos, a ordem emudeceu em 1801. Silêncio
provavelmente causado pela intolerância religiosa. De qualquer forma, 108 anos depois, em 1909, seus
descendentes voltaram a colocar a Ordem na ativa em São José, Califórnia, hoje central dos Rosacruzes.
2.2 – NO BRASIL
No Brasil, a primeira loja foi organizada em 1956 e, prevalecendo o ciclo de 108 anos, deverá estar
ativa até 2064. Hoje, os Rosacruzes brasileiros somam 180 mil membros, 60 mil dos quais paulistas. A Loja
central de Curitiba, no bairro do Bacacheri, pelas normas da Ordem, centraliza os Rosacruzes de língua
portuguesa.
III – TIPOS DE ROSACRUCIANISMO NO BRASIL
Atualmente os Rosacruzes estão muito divididos e possuem cerca de cem templos centrais em todo o
mundo. O ramo mais poderoso do rosacrucianismo é a AMORC, cuja sede, o Templo Supremo da América
do Norte e Sul, está localizado no Parque Rosacruz em São José, na Califórnia.
No Brasil, existem várias organizações Rosacruzes. Os títulos das entidades rosacrucianas no país são:
• Antiga Mística Ordem Rosacruz (AMORC) — fundada em 1915 pelo ocultista H. Spencer Lewis,
em Nova York (EUA).
• Fraternidade Rosacruz — fundada por Max Heindel, em 1907, Oceanside, na Califórnia (EUA).
• Fraternitas Rosae Crucis — P B. Randolph, em 1868, R. S. Clymer, Quakerstown, PA (EUA).
• Lectorium Rosincrucianum/Áurea — fundada em 1971 por J. Van Rijckborgh, em Haarlem, na
Holanda.
• Igreja Expectante — fundada em 1919, por A. R. Costet de Mascheville, em Guarapari, no Estado
do Espírito Santo.
• Fraternitas Rosicruciana Antiqua.
Suas revistas e suas monografias de estudo por correspondência têm uma grande circulação em todo o
mundo. Qualquer pessoa que deseja se tornar Rosacruz poderá fazê-lo, tornando-se um aluno por
correspondência, pagando mensalmente o envio das lições.
IV – TIPO DE SOCIEDADE
Usando artifícios lingüísticos, a Ordem Rosacruz procura negar a sua condição de sociedade religiosa.
Teima em afirmar que se trata de uma fraternidade de homens e mulheres sem conotação religiosa.
Os Rosacruzes identificam-se como sociedade fraternal, interessada em pesquisar e exaurir as
possibilidades de vida do homem na terra e fora dela, segundo eles, por meio da utilização sábia e racional de
sua herança milenar de conhecimento esotérico (interior) e das faculdades mentais e intelectuais que
possuem. Eles procuram sempre ressaltar, publicamente, que a Ordem Rosacruz não é uma religião, é apenas
uma entidade de serviço, mesmo possuindo templos, altares, rituais, velas, incenso, vestes apropriadas para
as cerimônias, batismo de crianças, cerimônias fúnebres e doutrinas religiosas. Declaram:
Já disseram que o trabalho Rosacruz se torna uma religião para alguns de seus membros. Isto é
verdade desde que com isto não se queira dizer que a Ordem se transforme em igreja. Aos Rosacruzes se
pede que freqüentem as suas respectivas igrejas, e que cooperem no bom trabalho que estão realizando; ao
mesmo tempo, porém, os ensinamentos de AMORC podem se tornar a religião de uma pessoa, seja ela
metodista, presbiteriana, protestante episcopal, católica romana ou de qualquer outra seita.3
O interesse da Ordem é que a pessoa continue firme nos estudos iniciados, admitindo que alguém
possa ser fiel aos seus ensinos e fiel à sua religião:
Separa o estudante, os ensinamentos Rosacruzes tiverem se tornado sua religião, deixe que eles
permaneçam assim, como coisa pessoal, apenas seus, e não permita que um gesto ou uma palavra de sua
parte possa sugerir a alguém que prefere permanecer afastado das igrejas devido aos seus estudos
Rosacruzes. Poderá ser leal a ambos; auxiliar a ambos e, ao mesmo tempo, servir a Deus e prestar maior
auxílio a humanidade através desses dois canais.4
Ademais, os Rosacruzes afirmam que não constituem uma sociedade religiosa cristã:
Se a Ordem Rosacruz fosse uma organização puramente cristã, isto significaria que em todas as
terras onde outras religiões fossem aceitas, os Rosacruzes teriam de ser cristãos. Esta não é a verdade.5
Finalmente, a Ordem Rosacruz confessa sua condição de sociedade religiosa, declarando que o seu
membro é tolerante em sua religião:
Religião – O conhecimento de Deus e de Suas manifestações suscita real devoção religiosa da parte
dos Rosacruzes, e o místico é sempre um sincero estudante de teologia básica. Todavia, além de se associar
a igrejas sectárias a fim de auxiliá-las na importante obra que estão realizando, o Rosacruz é liberal e
tolerante em sua religião e vê Deus em tudo e em cada uma de Suas criaturas.
Resposta Apologética:
Como vemos, embora negando e depois afirmando, os Rosacruzes confessam ser uma religião, mas
destacam que não se trata de uma religião cristã.
A Bíblia ensina que não existe possibilidade de alguém servir a dois senhores (Mt 6.24) e que não
devemos nos colocar debaixo de um jugo desigual com os infiéis (2 Co 6.14-17), notoriamente uma
sociedade ocultista.
O ensino de que toda crença é aceitável a Deus se for praticada com sinceridade não está correto,
pois nas Escrituras encontramos que Deus não aceita qualquer tipo de adoração: em Gênesis 4.3-7
vemos dois irmãos, Abel e Caim, oferecendo culto a Deus. O oferecimento de Caim foi rejeitado e o
de Abel foi aceito.
No Antigo Testamento, encontramos Deus exigindo adoração exclusiva:
Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra (Êx
20.3-5).
E no Novo Testamento as palavras de Jesus foram: E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento (Mt 22.37).
Só existe um meio aceitável de adorar a Deus (Jo 4.23-24; 14.6) e os demais são inconvenientes e
impróprios (Mt 7.13-14).
Esses benefícios oferecidos pela Ordem são alcançados por intermédio de poderes ligados ao
ocultismo, entendidos como resultado do desenvolvimento mental.
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que existem duas manifestações de curas ou milagres: os realizados pelo poder de
Deus (At 14.3) e os realizados pelo poder do diabo (Êx 7.10-22; 8.7).
Jesus ensinou que nos últimos tempos surgiriam falsos profetas e falsos cristos e fariam grandes sinais
e prodígios: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se
possível fora, enganariam até os escolhidos (Mt 24.24), veja também Ap 19.20.
Esses milagres não devem ser aceitos (Dt 13.3; 2 Ts 2.10-11), pois não procedem de Deus. Os
milagres realizados sob o poder de Deus servem para glorificá-lo e para a conversão de pecadores (Hb 2.4;
At 19.11-12).
O homem não tem poderes latentes que possam ser desenvolvidos por exercícios mentais, como
procura ensinar a Ordem Rosacruz (Sl 39.5; Jr 17.5; Is 2.22; Sl 103.14-16).
VI – MEMBROS ILUSTRES
A Ordem Rosacruz abusa de nomes famosos da História para dar credibilidade aos seus ensinos e
assim afirmar que sua história está repleta de grandes nomes da civilização ocidental. Entre eles: Sólon,
Heráclito de Éfeso, Parmênides, Sócrates, Platão, Aristóteles da Trácia, Epícuro, Cícero e Sêneca.
No período cristão, citam-se os nomes de Tomás de Aquino, Dante Alighieri, Paracelso, Giordano
Bruno, Sir Francis Bacon (foi chefe supremo da Ordem, na Inglaterra), René Descartes, Spinoza e Isaac
Newton, além da grande maioria de alquimistas da Idade Média.
Na História moderna, Benjamin Franklin, Thomaz Jefferson, Goethe, John Dalton, Honoré de Balzac e
Debussy.
Resposta Apologética:
Os Rosacruzes se vangloriam de ter em seu rol de membros pessoas consideradas ilustres na
História, contudo o apóstolo Paulo era um doutor da lei e, quando no judaísmo, havia estudado aos pés
do sábio Gamaliel. Depois de se tornar cristão, não se envergonhava do Evangelho de Cristo (Rm
1.16-17), ao contrário, admitindo até que não eram muitos os poderosos segundo a carne que haviam
aceitado a fé cristã. Então, declara em 1 Co 1.18: Porque a palavra da cruz é loucura para os que
perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a
sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligéncia dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está a
escrita? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste
mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve
a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.18, 21).
Como podemos ver quão diferente é a linguagem de Paulo daquela empregada pelos Rosacruzes!
Fazem declarações de pessoas de renome para ressaltar o suposto conhecimento secreto revelado a tais
pessoas consideradas ilustres neste mundo, por meio dos seus ensinos secretos; quando Cristo, o próprio
Evangelho, veio e viveu entre os humildes e sua mensagem é aceita e compreendida por todos os homens
sinceros de coração (Mt 11.25).
Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de
alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo (2 Co 11.3).
Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5.2).
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que o juramento é proibido: Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis;
nem pelo céu; porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo dos seus pés; nem por
Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar
um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disso
é de procedência maligna (Mt 5.34-37).
Também em Tiago 5.12, o apóstolo proíbe o juramento, e em Levítico 5.4, o Senhor adverte que
aquele que jurar sem saber o que está jurando, será considerado culpado.
O segredo, organizado ou sistemático, é condenado (Mt 10.26-27; Jo 18.20).
Satanás é o príncipe das trevas, e as trevas são o refúgio do pecado (Jo 3.20-21; Ef 5.8-11).
Resposta Apologética:
Em nossos dias, tem sido grande o interesse do público por magia, ocultismo, psicologia e
desenvolvimento mental. Assim, é grande o fascínio que a Ordem Rosacruz exerce sobre seus
iniciados. O ambiente de mistério que envolve seus rituais e práticas tem fascinado seus adeptos, que
dificilmente deixam a ordem por quaisquer razões que sejam.
No entanto, a Bíblia nos adverte que o ocultismo é contrário aos desígnios de Deus e é por Ele
condenado (Dt 18.9-12).
Em Cl 2.8, vemos um conselho do apóstolo Paulo, a fim de ficarmos alerta contra as filosofias e
vãs sutilezas. E em Ef 6.11-18, vemos os recursos que temos em Deus para resistir firmes na nossa
luta que não é contra a carne e o sangue.7.3 – ASTROLOGIA
A Ordem Rosacruz admite a astrologia, declarando:
Os astrólogos afirmam que alguns minutos de diferença na hora do nascimento implicam em grande
alteração na personalidade e caráter do indivíduo. A verdade é que em cada cinco ou sete minutos, pelo
menos, ocorrem determinadas alterações planetárias que nos afetam e que a cada sete minutos todo o corpo
se altera ligeiramente em sua composição química e astral. O sangue faz um circuito completo através do
corpo em aproximadamente sete minutos e, em sete minutos, milhares de células do corpo se desgastam,
deixam de cumprir sua finalidade, morrem, por assim dizer, de morte natural e são substituídas por
milhares de células novas. 13
Os Rosacruzes alegam, sem base, que a ciência da astrologia era aceita e que o Antigo Testamento
admite a influência dos astros sobre as pessoas, ao dizer:
Há tantas outras referências em toda a Bíblia cristã às estrelas e planetas, e sobre o seu efeito em
certos indivíduos, e em certos acontecimentos, que não se pode deixar de ver que a ciência da astrologia era
aceita e compreendida de modo geral, até mesmo, durante o período cristão. Sendo assim, é surpreendente
que em nenhuma parte do Velho Testamento haja referência à ciência da astrologia como parte das regras e
leis que governam a natureza e o homem. Isso demonstra de um modo claro que ela foi deliberadamente
eliminada e suprimida por aqueles que tinham alguma finalidade especial para assim o fazer. l4
A astrologia é praticada através dos chamados horóscopos (hora + exame), constituindo-se num dos
principais elementos com que se envolve a Ordem Rosacruz:
Há uma parte da astrologia que é de fato interessante: É a parte inicial simples que possibilita ao
indivíduo ler o caráter ou as tendências e capacidades de outro indivíduo. A pessoa não precisa ser um
grande conhecedor, nem ter longa prática para que possa ler o caráter de outro indivíduo através de um
horóscopo cuidadosamente elaborado, mas quando se trata de interpretar o futuro, ou a tentativa de prever
acontecimentos futuros, mesmo superficialmente, quanto mais detalhadamente, então se incorre em sérias
dificuldades, e é este aspecto da astrologia que veementemente condenamos, a menos que seja praticado
pelos muito poucos ‘experts’ da América ou Europa. Espero que nenhum de nossos membros chegue a nos
pedir que lhe revelemos quem são eles.15
Resposta Apologética:
A Bíblia afirma que o universo foi criado para manifestar a existência e a glória de Deus: Os céus
declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos (Sl 19.1). Veja também Jó
9.7-9; 38.4-7.
As constelações receberam os nomes dos deuses antigos e essa prática implica idolatria (2 Rs 23.5;
Is 47.13; Jr 10.2-3) que foi condenada pelo Senhor e destituída pelos reis fiéis a Deus.
O raciocínio de que os astros exercem influência sobre a vida das pessoas é completamente
estranho à própria Bíblia, pois o que encontramos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, são
condenações a essa prática (Dt 4.19; At 13.6-8; 19.19; 14.8-15).
A Ordem Rosacruz ensina como pronunciar as palavras mágicas a fim de surtirem melhor efeito
protetor a elevação energética:
O uso da palavra mathrem constitui um apelo às hostes cósmicas e ao poder cósmico protetor,
enquanto que a palavra ambetta cria imediatamente uma influência protetora à sua volta. Por exemplo, em
muitos casos de acidente, a pessoa que usou a palavra ambetta foi a única que saiu ilesa do mesmo. Em
determinado caso em que um automóvel se precipitou de uma montanha, a pessoa que usou a palavra
ambetta saiu do carro sem qualquer ferimento, depois de ele tombar.17 (Destaque nosso)
Outra palavra que também tem efeito energético é RAMA:
O modo de pronunciar essa palavra sagrada e fazer com que ambas as letras A soem como o A, em
padre ou casa – em outras palavras, como se a palavra RAMA fosse pronunciada: RAA-MAA, e demorada
como: RAAAAAAAAAAAAAAAA-MAAAAAAAAAAAAAAAA. Quanto mais demorada puder ser a sílaba,
tanto melhor será o resultado. Muita prática deve ser devotada à pronunciação lenta e demorada de
RAAAAAAAAAAAAAAAA-MAAAAAAAAAAAAAAAA.18
Para justificar toda essa onda de ocultismo com palavras mágicas, afirmam os Rosacruzes que Jesus
proferiu como últimas palavras na cruz, a palavra RA-MA:
As últimas palavras proferidas pelo Mestre Jesus, na Cruz, foram RA-MA. A maravilhosa palavra
MATHRA é uma combinação de essência positiva masculina (RA) e da essência feminina, negativa (MA);
TH representa o poder emanado da combinação de RA e MA.19
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que podemos até ser tolerantes com as diversas práticas ocultistas, por exemplo, o
uso de palavras mágicas, mas não podemos negar que tais práticas sejam demoníacas e mais ligadas
ao charlatanismo do que à realidade (Is 2.6; At 8.9-10).
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências (2 Tm 3.3-4).
As últimas palavras de Jesus na cruz foram: Está consumado, conforme mostra João 19.30. De
onde os Rosacruzes tiraram essa idéia de Rama?
Resposta Apologética:
O Senhor Jesus disse: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8.32), e em outro lugar
Ele afirma: Disse-lhe Jesus: eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim (Jo 14.6), chamando a si mesmo de A Verdade. Ele próprio é a Verdade que pode libertar. O que
os Rosacruzes precisam é conhecer a Jesus, para que possam conhecer a verdade, e uma vez
conhecendo-o, a sabedoria também pode ser encontrada, pois Tiago afirma: E, se algum de vós tem
falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á
dada (Tg 1.5).
Resposta Apologética:
De acordo com a Palavra de Deus, a cruz foi o instrumento de tortura usado pelos romanos para
executar a sentença de morte do Senhor Jesus.
Quando o apóstolo Paulo se refere à palavra da cruz em 1 Co 1.18, está querendo dizer que a morte
de Cristo, o Evangelho, é loucura para os que se perdem.
O homem não é um ser divino, embora criado à imagem e semelhança de Deus. O homem é uma
criatura (Gn 1.26-27), enquanto que Deus é o criador (Gn 1.1). Querer ser divino à semelhança de
Deus foi o pecado de Satanás, que o lançou para fora da presença de Deus (Is 14.12-17).
O homem é homem e Deus é Deus. Os dois não podem ser confundidos (Is 31.3; Ez 28.2,9).
X – ORGANIZAÇÕES
A Ordem Rosacruz é subdividida da seguinte forma:
a) Grande Loja – órgão central sob o qual se congregam as lojas;
b) Loja – grupo de estudantes;
c) Capítulo – um mínimo de 40 membros ativos;
d) Pronao – é o menor grupo que pode ser organizado e deve ter um mínimo de 30 membros. Sua
categoria deve ser elevada logo que o número de seus membros atinja o mínimo estabelecido para Capítulo
ou Loja.25
a) Sobre o Dilúvio – o relato do Dilúvio registrado em Gn 6.13 a 7.1-24 é dito como se originado de
informações colhidas em conclaves da G. F. B. como se lê abaixo:
A história do grande dilúvio que sobreveio para destruir todas as pessoas más do mundo originou-se
com os conclaves da G.F.B. da Grande Loja Branca, e foi levada às diferentes terras pelos representantes
da organização, que tinham que modificar a história para se adaptar à religião, e aos ensinamentos
filosóficos e místicos de suas tribos e povos individuais. 26
b) Sobre o Sonho de Jacó em Betel – o relato bíblico de Gn 28.10-22 é contestado e é tido como
originário do costume pagão de adoração da forma fálica – altares de pedra arredondada erigidos ao lado das
estradas e desertos:
Verificará no fim da história, conforme apresentada no capítulo vinte e oito do Gênese, que após,
Jacó despertar, cedo pela manhã, apanhou a pedra que tinha usado como travesseiro e erigiu-se como um
pilar, derramando óleo sobre ela e chamando ao local de Beth-el. Era uma prática comum para as
comunidades e distritos que veneravam a forma fálica de adoração, o erigir ao lado das estradas ou
deserto, altares que consistiam de uma pedra arredondada, perpendicularmente erigida numa base, também
de pedra. Esse era o símbolo da forma fálica de adoração. A história está repleta de descobertas de tais
altares simbólicos antigos. E encontramos muitas referências a eles em vários escritos místicos. Os
israelitas estavam especialmente acostumados a erigir tais pedras perpendiculares e as chamavam de baety-
li, que é uma palavra pouco diferente de Beth-el. 27
c) Sobre a Voz de Deus Ouvida Junto à Sarça Ardente é: o registro de Ex 3.1-4 é contestado e é dito
que a voz de Deus não se fez ouvir:
Nos registros de G.F.B. nada consta referentemente a uma voz vinda da sarça ou de qualquer
particular e, realmente, pode-se perfeitamente deduzir que foi a pequena voz interior, e não qualquer outra
exterior, que transmitiu a mensagem inspirada a Moisés. De conformidade com os escritos da G.F.B., essa
mensagem inspirada determinava que Moisés em vez de demonstrar a sua exuberância e determinação em
auxiliar a sua tribo, matando a quem pudesse maltratar seu povo, deveria despender essa energia, conduzindo
o seu povo para uma terra mais próspera.28
d) Sobre o Jardim do Éden o relato bíblico de Gn 2.4-17 não é aceito como realidade histórica, mas
deve ser tido como uma alegoria:
Assim, no alvorecer da evolução do Homem, encontramos o homem e a mulher em um lugar
alegoricamente chamado Éden – o Jardim do Éden. De certo modo, devemos interpretar esse jardim como
sendo um lugar representando tudo que Deus criou e tudo que precedeu ao Homem no processo dessa
evolução física. O Homem ali representava o padrão mais elevado de vida criada e evoluída. Ao seu redor
estavam todas as coisas das quais ele provinha – plantas, (flores, animais, terra, fogo, água, ar, sol e lua.
Era, realmente, um Jardim, se tomarmos o significado da palavra Jardim em seu verdadeiro sentido. Era
como um museu, um anfiteatro. A palavra Éden é de origem hebraica significando Deleite, um local de
sonhos, de retrospecção e introspecção agradáveis.
Devemos, portanto, considerar o Jardim do Éden como uma condição e não um lugar, pois onde quer
que o Homem tenha, inicialmente, se tornado consciente de seu Eu Divino mais elevado, devemos
considerar a Terra ao seu redor, as coisas viventes, o mundo de criação material, como um verdadeiro
jardim ou museu de Deleite. Ele ali estava como a perfeição de tudo e, dizem-nos, foi criado para o
primeiro Homem, uma mulher. 29
Resposta Apologética:
A Bíblia é muito clara nessas passagens:
a. Dilúvio, Gn 6.13 – 7.24: o Dilúvio foi real e um instrumento de Deus para aplicar juízo sobre a
humanidade pervertida e corrupta (Gn 6.5-7).
b. O sonho de Jacó, Gn 28.10-22: o sonho foi a forma que Deus usou para fazer aliança com Jacó,
assim como havia feito com Abraão e Isaque. Ao despertar, Jacó usou a pedra que usara como
travesseiro como altar onde derramou óleo e adorou ao Deus verdadeiro que lhe falara no sonho, e não
prestou uma adoração da forma fálica como pretende dar a entender a Ordem Rosacruz.
c. A voz de Deus na Sarça Ardente, Ex 3.1-4: pode-se notar claramente no versículo 4: Bradou
Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés.
Não há outra forma de interpretação, senão que Deus realmente falou com Moisés nessa passagem.
d. O Jardim do Éden, Gn 2.4-17 – o versículo 8 diz: E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden,
do lado oriental; e pôs nele o homem que tinha formado. O texto é claro demonstrando que se trata de
um lugar criado por Deus e não uma condição, um estado de espírito como os Rosacruzes ensinam.
Como Deus plantaria uma condição?
XII – PANTEÍSMO
A Ordem Rosacruz fala sobre Deus de vários modos, mas que ao fim revelam um deus panteísta. Este
termo é formado por duas palavras gregas Pan e Théos. Pan significa tudo e Théos, Deus: Tudo é Deus.
A Mente Universal, como inteligência, está presente em todas as células do nosso ser e é acessível
como infinita sabedoria. Entretanto, a Mente Cósmica não contém em si mesma todos os detalhes próprios
do conhecimento e da experiência do homem; antes, é uma forma transcendental de consciência.30
E prossegue com outras informações:
Para o místico, a consciência de Deus se estende a todas as coisas, e nelas penetra. A palavra
Cósmico é usada permutavelmente com Deus para significar o princípio universal e unificador da
consciência de Deus.31
Como lemos anteriormente, dizem que a palavra Cósmico é usada permutavelmente com Deus para
significar o princípio universal e, em seguida, que esse Cósmico é Deus impessoal:
O Cósmico deve ser considerado impessoal. Somente o raciocínio primitivo atribui ao Infinito,
características semelhantes às do homem, como sexo ou personalidade. Constitui falha humana, comumente
expressada, a mente finita do homem tentar abarcar o Infinito com as suas próprias características
limitadas.32
Como a Ordem Rosacruz entende que Deus é algo impessoal, não pode aceitar que Deus ouça a oração
de alguém, e assim afirma:
Deus, em Sua misericórdia, recusa-se a atender às nossas súplicas, por saber dos infortúnios que nos
adviriam se Ele pudesse revogar e de fato revogasse Suas próprias leis, para atender as nossas preces, por
mais angustiante que seja nossa necessidade, do ponto de vista humano.33
Resposta Apologética:
Vemos na Palavra de Deus que No princípio criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1), e que os
atributos invisíveis de Deus podem ser claramente entendidos pela sua própria criação (Rm 1.20-23).
Quando Deus criou o universo, trouxe à existência algo muito diferente de Si mesmo (Hb 11.3),
pois Deus é um ser pessoal. E essa personalidade podemos ver nas características de pessoa que lhe
são atribuídas (Jr 10.10):
a. É capaz de expressar ira – Ex 32.9-10;
b. É misericordioso – Jn 3.10;
c. Possui vontade – 2 Pe 3.9;
d. É dotado de intelecto – Is 48.17;
e. Ele é o Deus vivo, ou seja, é um Ser racional que tem consciência de Si mesmo.
A Bíblia ainda afirma que Deus responde às nossas orações (Lc 18.1) e Tiago nos incentiva à
oração (Tg 4.2).
E verdade que Deus não prometeu que nos concederia tudo o que pedíssemos, mas prometeu
satisfazer a todas as nossas necessidades (Fp 4.19).
A Ordem Rosacruz tem uma forma peculiar de se referir a Deus, afirmando:
Como Rosacruzes, falamos do ‘Deus do nosso coração’ – afirmação muito oportuna a lúcida. O
indivíduo só se aproximará dessa onipotência infinita à medida que puder, psíquica e
emocionalmente, a ela responder.34
E acrescenta que o homem está permanentemente criando seu Deus:
Em certo sentido, podemos dizer que o homem está permanentemente criando seu Deus, ou seja, está
mentalmente visualizando a Divindade, ou a Suprema Inteligência, num conceito progressivamente
superior. 35
Demonstrando assim que o Deus em que crê é completamente impessoal e muito distante do Deus da
Bíblia, pois seu deus é o deus de seu coração, seja lá qual for. Qualquer que seja a crença do adepto se
encaixa nos padrões de adoração dos Rosacruzes.
XIII – TRINDADE
A Ordem Rosacruz admite a Trindade da seguinte forma:
Os místicos compreendiam muito bem o que, Jesus quis dizer por Sagrada Trindade ou por “Pai,
Filho e Espírito Santo”. Eles conheciam a lei do triângulo e como a Divindade pode ser representada pelo
símbolo do triângulo ou pelos três. Eles não puderam compreender, contudo, outras características da
religião cristã adicionadas a ela séculos depois.36
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que Deus é uma Trindade constituída de três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o
Espírito Santo (Mt 28.19; 2 Co 13.13; Gn 1.26; 3.22).
Deus é chamado de Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo em Efésios 1.3, e como tal reconhece Jesus
como seu Filho (Mt 3.17), que por sua vez reconhece a Deus como seu Pai (Mt 11.27).
Jesus falou do Espírito Santo como outro Consolador, que seria enviado pelo Pai e procede do Pai
(Jo 14.16, 26; 16. 7-9, 3-14; 15.26).
Admitindo-se que Jesus é uma pessoa, falou ele de outra pessoa, o Espírito Santo, que nos faria
lembrar das suas palavras durante sua ausência física na terra.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos encenará
todas as coisas, e vos faro lembrar de tudo quanto vos tenho dito (At 14.26).
XIV – ENSINOS SOBRE JESUS CRISTO
O ensino da Ordem Rosacruz sobre a pessoa de Jesus é variado e esdrúxulo, emitindo conceitos que
jamais poderiam ser aceitos por um cristão ortodoxo conhecedor das doutrinas fundamentais da Bíblia. A
Bíblia registra a pergunta de Jesus aos seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do homem? (Mt 16.13).
Os discípulos deram a resposta que ouviam do povo. Vamos agora expor o que os rosacrucianos ensinam
sobre Jesus e o confronto com a Bíblia.
A Ordem Rosacruz ensina que:
a) Jesus foi a culminação da evolução de outros grandes iluminados:
Jesus foi, inquestionavelmente, a culminação da evolução de centenas dos grandes místicos e seres
inspirados dos séculos anteriores.37
Resposta Apologética:
Jesus não pode ser comparado a qualquer outro líder religioso, pois colocava ênfase em Si mesmo,
Ele é o próprio Deus (Jo 1.1; 10.30), e o caminho para a salvação dos pecadores (Mt 16.13-16; Jo
14.6). Ao passo que os outros enfatizavam os próprios ensinos (Mt 7.28-29).
Jesus comprovou sua autoridade fazendo afirmações tão fantásticas que causaram protestos dos
seus circunstantes. Quando contestado, operava milagres para confirmar sua autoridade divina (Mc
2.5-7).
Resposta Apologética:
Jesus nunca se retirou da Palestina nem foi estudar em escolas místicas:
1. Não permitiu que seus discípulos saíssem fora do povo judeu (Mt 10.5-6), pois a Bíblia diz que
Ele veio para o seu povo (Jo 1.11);
2. Era conhecido como o filho do carpinteiro da cidade de Nazaré, onde fora criado (Lc 2.52; 4.16-
18; Mc 6.1-4);
Resposta Apologética:
Jesus é o único Salvador e fora dele não há salvação (At 4.12); logo, aguardar um novo Salvador
mundial é aguardar um anticristo e não o Cristo (1 Jo 2.18).
Resposta Apologética:
Jesus não nasceu da Irmandade Essênia, e nunca se juntou a eles, pois revelou, durante o seu
ministério, atitudes e ensinos contrários à forma de viver dos essênios:
a) Quanto ao legalismo:
1. Os essênios eram ferrenhos no seu legalismo de guardar o sábado;
2. Jesus se mostrou tolerante quanto à guarda do dia (Mt 12.1-10).
b) Quanto ao ascetismo:
1. Os essênios viviam asceticamente, fazendo restrições no comer;
2. Jesus não se afastava do povo, nem restrições quanto à comida – Mt 11.19; 15.17-20.
Resposta Apologética:
A salvação é um dom de Deus, não sendo obtida por intermédio de méritos pessoais (Rm 3.24; Ef 2.8-
9; Tt 3.4-7).
Jesus expiou nossos pecados na cruz a nos declara justificados diante de Deus (Rm 3.25-26; 1 Jo 1.7-
9).
h) Jesus não falou Eu Sou o Caminho no sentido pessoal, mas no sentido de uma escola mística:
‘EU SOU O CAMINHO.’ E naturalmente, temos esta outra maravilhosa e iluminadora declaração do
Grande Mestre, falando desta vez como CRISTO RESSUSCITADO, uma declaração que só pode ser
compreendida num sentido místico, e nunca num sentido literal. Estas são as palavras: ‘Eu sou O
CAMINHO, a Verdade, a Vida ninguém chega a meu Pai se não por meu intermédio’. Sabemos bastante
acerca do Grande Mestre para saber que Ele não pronunciou esta frase no sentido pessoal, e que Ele não
estava falando como Jesus, o Homem, ou como um Líder Divino, mas como um Mensageiro Divino que
falava para aqueles que compreendiam porque ERA ELE O CAMINHO.
Naqueles dias O CAMINHO era uma escola mística, esotérica e secreta que aqueles que guiavam aos
outros n’O CAMINHO eram perseguidos; a encontramos um acontecimento interessante a esse respeito.44
Resposta Apologética:
Jesus falou: Eu sou o caminho em sentido pessoal e não no sentido de indicar uma escola mística.
Ele queria assim dizer que Ele é o único meio de salvação providenciado por Deus, Ele é o caminho
para a salvação (Jo 14.6; 10.9; 1 Co 3.11).
i) Jesus não morreu na cruz, mas foi retirado e viveu muitos anos depois desse acontecimento:
É interessante chamarmos a atenção para o fato de que, em nenhuma passagem dos Evangelhos de
Mateus, Marcos, Lucas e João, existe a declaração positiva, feita com base na observação pessoal desses
discípulos, de que Jesus morreu na cruz, ou que estava morto quando o removeram a colocaram no
sepulcro. Em João XIX:33 encontra-se a declaração de que os soldados acreditaram que Jesus estava
morto, mas São João não faz uma declaração positiva e, quando menciona o golpe de lança, não nos dá
motivos para crer que isto teria causado mais do que um ferimento superficial; por outro lado, o fato de que
teriam fluído sangue e água indicaria que Jesus ainda estava vivo.45
j) Depois de retirado vivo da cruz, viveu Jesus muitos anos como Mestre no Mosteiro do Carmelo:
Os antigos registros da Grande Fraternidade Branca e outros documentos que constam dos arquivos
Rosacruzes demonstram claramente que, depois que Jesus retirou-se para o mosteiro do Carmelo, viveu por
muitos anos, realizando reuniões secretas com Seus Apóstolos e devotando-se, pela meditação e pela prece,
à formulação de doutrinas e ensinamentos para serem divulgados pelos Apóstolos.46
1) Como Mestre, Jesus aparecia uma vez por semana nas reuniões do mosteiro do Carmelo:
Segundo os registros, Jesus só comparecia uma vez por semana, para ter com os Apóstolos, a isto se
dava sempre num sábado, quando celebrava uma cerimônia de natureza misteriosa, na qual todos os que
não se encontravam realizando um trabalho missionário fora dali participavam de uma Festa Simbólica.
Nos outros dias da semana, havia reuniões para instrução dos Apóstolos em seu trabalho, presididas por
vários Sumos Sacerdotes do mosteiro.47
Resposta Apologética:
Jesus morreu por nós, sendo comprovada sua morte pelos próprios soldados romanos (Jo 19.30-42;
Rm 5.8;1 Co 15.1-6).
Não devemos ir além do que está escrito. Portanto, o ensino de que Jesus se tornou Mestre no mosteiro
do Carmelo não tem apoio bíblico (1 Co 4.6).
Negar a expiação pela morte de Cristo é estar mancomunado com o diabo (Mt 16.21-23).
m) Depois de todos esses ensinamentos estapafúrdios sobre Jesus, ainda declaram os Rosacruzes:
É certo que, se todos os cristãos estivessem, completamente, treinados ou familiarizados com ospuros
ensinamentos de Cristo, tanto no seu sentido místico como religioso, não existiriam as várias denominações
cristãs que temos hoje, nem a rivalidade e a oposição que podem ser encontradas nessas várias
denominações da mesma escola de pensamento.48
Resposta Apologética:
Falar em ensinos puros sem apoio bíblico é ensinar
doutrinas de demônios (1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1).
Resposta Apologética:
Nenhum cristão ortodoxo deve filiar-se à Ordem Rosacruz (2 Co 6.11-17; Cl 2.8-9).
XV – A REENCARNAÇÃO
A Ordem Rosacruz se orgulha do seu ensino sobre a reencarnação e assim declara:
Existem no mundo poucas escolas de ocultismo que têm ensinado esta lei muito sagrada e secreta. A
Ordem Rosacruz é a única das escolas metafísicas ou ocultistas, em todos os tempos, que ensinaram ao
mundo ocidental, esta lei em versão original, correta e completa.
E se a pessoa vier a morrer antes dos 144 anos de idade? O ensino dado pela Ordem Rosacruz é o
seguinte:
Se uma pessoa vive somente 80 anos neste plano terrestre e, em seguida, eleva-se a uma vida mais
alta pela transição, a fuma e a personalidade da referida pessoa permanecem no plano cósmico psíquico
cerca de 64 anos antes de se reencarnar, afim de completar o ciclo de 144 anos. Por outro lado, uma pessoa
cuja vida neste plano terreno atingiu os 60 anos, há de esperar, no plano cósmico psíquico, 84 anos para
encarnar outra vez. A criança que passa para o plano cósmico aos quatro anos de idade teria de
permanecer no mesmo 140 anos, aguardando a reencarnação.51
Resposta Apologética:
Um cristão não pode acreditar na reencarnação quando analisa o ensino do Novo Testamento, pois
Jesus ensinou a unicidade da vida terrestre ao declarar que o homem rico morreu e foi para o inferno,
ao passo que Lázaro morreu e foi para o seio de Abraão (Lc 16.22-26).
O Senhor ensinou também a existência de um lugar definitivo para o perdido (Mt 25.41) e de um
lugar definitivo para o salvo (Mt 25.34-36), a redenção por sua morte na cruz e não por esforços
humanos (Mt 20.28; 26.26-28; Lc 19.1-10; Jo 3.16, 36) e a ressurreição do corpo (Jo 5.28-29).
Além dos ensinos do próprio Jesus, a Bíblia ainda declara que o homem morre uma só vez, vindo
depois disso o juízo (Hb 9.27).
Paulo afirmou que o cristão, ao morrer o corpo, vai estar com Cristo no céu (2 Co 5.6-8; Fp 1.21-
23). O corpo aguarda a ressurreição.
João viu o cavaleiro chamado Morte e o Hades seguia-o (Ap 6.8).
Todos os que aceitam Jesus se tornam filhos de Deus e não se perdem (Jo 1.12), mas vão para o céu
(Jo 14.2-3).
A reencarnação se opõe ao ensino bíblico da salvação, pois afirma que a salvação se alcança por
obras (Rm 4.4-5; Ef 2.8-9).
Jesus deixou claro que a teoria do carma não é verdadeira (Jo 9.1-3).
Resposta Apologética:
A Bíblia é clara em seu ensino sobre o diabo. Ensina que um dos anjos da mais alta ordem
chamava-se Lúcifer e que decidiu ser igual a Deus e por isso foi desalojado da sua posição (Is 14.12-
14).
O diabo passou a lutar contra Deus e tentou no Éden nossos primeiros pais que cederam à sua
tentação (Gn 3.1-5, 9-19), e assim por meio de Adão o pecado entrou no homem, causando os males
que hoje são visto no mundo inteiro (Rm 5.12; Jo 8.44).
O diabo vive ao nosso derredor buscando a quem possa tragar (1 Pe 5.8) e os demônios possuem os
corpos das pessoas para se manifestar (Mc 1.23-27; 5.1-16).
Jesus deu poder aos seus seguidores de expulsarem demônios (Mc 16.17; At 19.12-13).
Paulo afirmou que nos últimos dias surgiriam doutrinas de demônios. A negação de Satanás, como um
ser pessoal, e de seus demônios, deixa a pessoa vulnerável às insídias do diabo (1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1-3; 2 Co
11.13-15).
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que realmente haverá uma nova era, a era do reinado de Cristo, e esta era será
precedida pelo reinado do anticristo (1 Jo 2.18; Lc 1.32, 33).
Quando disserem: há paz e segurança, como apregoa o Movimento Nova Era surgirá repentina
destruição (1 Ts 5.3).
O cavaleiro do cavalo branco, supostamente o Cristo, quando na verdade é o anticristo, traz consigo
uma comitiva macabra, seguindo-se do segundo cavalo (o vermelho) que tirará a paz da terra trazendo
a guerra, o terceiro cavalo (preto) que trará a fome e o quarto cavalo (amarelo) trazendo a morte (Ap
6.1-8).
Jesus aparece para desfazer as obras do anticristo e do falso profeta, vencendo-os e trazendo paz
permanente por mil anos (Ap 19.11-21; 20.1-6).
As pessoas que confiam na astrologia serão decepcionadas e ficarão frustradas quando tais coisas
acontecerem (Is 47.12-15).
XVIII – CONCLUSÃO
Considerando que os Rosacruzes ensinam que nenhum membro de sua sociedade religiosa fechará seu
coração e mente contra qualquer doutrina, princípio ou lei até que os tenha estudado suficiente, então
certamente, diante da evidência inquestionável de que um cristão não pode ser ao mesmo tempo membro da
Ordem e cristão autêntico, esperamos que eventuais cristãos, que tenham se filiado a ela, se afastem o mais
depressa possível, por considerar a Ordem incompatível com os ensinos de Cristo.
Cabe aqui o aviso de Paulo:
Tendo cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofia e vãs sutilezas, segundo a
tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo (Cl 2.8).NOTAS
1 Manual Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 201.
2 ManualRosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 67.
3 Monografia de Postulante, nº 2, p. 3.
4 Monografia do Templo, 12º grau, nº 61, p. 4.
5 Monografia do Templo, 12º grau, nº 102, p. 2.
6 Manual Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7ª edição, 1981, p. 233.
7 Dicionário da Maçonaria, Joaquim Gervásio de Figueiredo, 4ª edição, 1989/1990, pp.433,434.
8 Manual do Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 195.
9 Monografia de Iniciação.
10 Perguntas e Respostas Rosacruzes, H. Spencer Lewis, 2a edição, 1983, AMORC, p. 186.
11 Manual Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 235.
12 O Caos das Seitas, J. K. Van Baalen, 8a edição, 1986. Ed.Batista Regular, p. 87.
13 Monografia do 12º grau, nº 42, p.l.
14 Monografia do Templo, 10º grau, nº 18, p. 5.
15 Fórum Rosacruz, vol. XIV, abril 1983, nº 2, p. 42.
16 Monografia do Templo, 12º grau, nº 206, p. 3.
17 Monografia do Templo, 12º grau, nº 172, p. 2.
18 Monografia do Templo, 9º grau, nº 7, p. 4.
19 96/M-30/S.
20 Adito número Um, p. 6.
21Adito número Um, p. 6.
22 Manual Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 235.
23 Manual Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 89.
24 Monografia de Neófito, 2º grau, nº 1, p. 6.
25 Manual Rosacruz, 7a edição, 1981, pp. 208,209.
26 Sumário da Monografia, 10-G/M-15.
27 Monografia do Templo, 10º grau, nº 21, p. 3.
28 Monografia do Templo, 10º grau, nº 22, p. 5.
29 Monografia do Templo, 9º grau, nº 1, p. 4.
30 Manual Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 212.
31 Fórum Rosacruz, julho de 1979, p. 59.
32 Fórum Rosacruz, julho de 1979, p. 70.
33 Manual Rosacruz, H. Spencer Lewis, 7a edição, 1981, p. 227.
34 Mesmo livro citado, p. 55.
35 Monografia do Templo, 12º grau, nº 102, p. 3.
36 Monografia do Templo, 11º grau, nº 34, p. 4.
37 Fórum Rosacruz, julho de 1980, p. 55.
38 Monografia do Templo, 10º grau, nº 29, p. 5.
39 Discurso Vinte a Três, Série III, p. 2.
40 Monografia do Templo, 12º grau, nº 188, p. 4.
41 Monografia do Templo, 12º grau, nº 30, p. 6.
42 Monografia do Templo, 10º grau, nº 33, p. 6.
43 Discurso Suplementar, Série III, Discurso Vinte a Quatro, p. 4.
44 Monografia do Templo, 9º grau, nº 23, p. 3.
45 Vida Mística de Jesus, 1a edição, 1985, p. 249.
46 A Vida Mística de Jesus, 1a edição, 1985, p. 266.
47 A Vida Mística de Jesus, 1a edição, 1985, p. 267.
48 Monografia do Templo, 10º grau, nº 24, p. 2.
49 Monografia do Templo, 12º grau, nº 158, p. 4.
50 Monografia de Neófito, 2º grau, nº 12, p. 4.
51 Monografia de Neófito, 2º grau, nº 12, p. 6.
52 Monografia do Templo, 10º grau, nº 52, p. 3.
53 Monografia do Templo, 11º grau, nº 33, p. 1.
54 Monografia do Templo, 10º grau, nº 46, p. 3.
55 Fórum Rosacruz, janeiro de 1983, p. 15.