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Verbo

O verbo é a palavra mais variável da


Língua Portuguesa.
Definição

 Os verbos são palavras variáveis e exprimem ações,


estados, qualidades ou existência.

 Têm seis categorias: número, pessoa, tempo, modo, aspeto e


voz.
Conjugações

 Existem três tipos de conjugação:

1º Conjugação – verbos cuja vogal temática é –a.


pens – a – r
(radical)+ vogal temática + desinência
2º Conjugação – verbos cuja vogal temática é –e.
beb – e – r
(radical)+vogal temática+desinência

3º Conjugação – verbos cuja vogal temática é –i.


part – i – r
(radical)+vogal temática+desinência
Flexão dos verbos

 Quanto à flexão, os verbos podem classificar-se


em:

Verbos regulares – mantêm o radical em toda a sua


conjugação, ex.: cantar, partir, vender, etc.
Verbos irregulares – apresentam alteração de radical
ao longo da conjugação, ex.: estar, ser, pedir, etc.
Verbos defectivos – não se usam em certos tempos,
modos ou pessoas, ex.: chover, nevar, etc.
Esquema da conjugação verbal
Modos verbais

 Os modos são as diferentes formas que o verbo toma


de acordo com a atitude (de certeza, de desejo, de dúvida,
de mando, etc.) de quem fala em relação àquilo que
está a dizer.
 Modo indicativo – apresenta o facto como uma
realidade, uma certeza, ex.: Os alunos não faltaram às
aulas.

 Modo conjuntivo – apresenta o facto como um desejo,


uma possibilidade, uma dúvida ex.: Oxalá, os alunos
não faltem às aulas.
 Modo condicional – apresenta o facto como uma
hipótese, dependendo de uma condição, ex.: Se não
houvesse transportes, os alunos faltariam às aulas.

 Modo imperativo – apresenta o facto como uma ordem,


um conselho, um pedido, ex.: Por favor, vai às aulas.
Modo infinitivo – apresenta o facto de maneira
abstracta, ex.: Faltar às aulas acontece.
 Nota:
Nas frases negativas, o imperativo é
substituído pelo conjuntivo. O mesmo acontece
nas frases afirmativas, na linguagem familiar,
sempre que o imperativo não tem formas
próprias.
Ex.: Não faltem às aulas, por favor. / Venham às, meninos.
Conjugação perifrástica

 A conjugação perifrástica consiste na junção de um


verbo auxiliar e, geralmente, uma preposição a um verbo
principal, no infinitivo ou no gerúndio, para lhe conferir
novas significações.
 Os verbos auxiliares da conjugação
perifrástica que se utilizam com mais frequência são:
ir, vir, andar, dever, estar, ter, haver, começar, acabar, ficar,
continuar.
 Significações mais frequentes conferidas aos
verbos através da conjugação perifrástica:
 Duração do processo – andar a, estar a + infinitivo ou
estar/andar + gerúndio.
Exemplo: ando a ler um livro / estou lendo um
livro.
 Início do processo – começar a, + infinitivo.
Exemplo: comecei a ler um livro.

 Fim do processo – deixar de, + infinitivo, acabar de, estar a


+ infinitivo.
Exemplo: deixei de fumar; acabei de tomar banho;
estive a estudar.
 Necessidade ou obrigação – ter de + infinitivo.
Exemplo: tenho de trabalhar.

 Certeza – haver de + infinitivo.


Exemplo: havemos de conseguir.
 Intenção – estar para, haver de + infinitivo.
Exemplo: estive para telefonar; hei-de fazer.

 Simultaneidade – ir a, vir a, estar a + infinitivo.


Exemplo: Vinha a pensar em ti, quando te encontrei.
 Probabilidade ou dever – dever + infinitivo.
Exemplo: A minha mãe deve estar a chegar.

 Compromisso – ficar de + infinitivo.


Exemplo: Fiquei de lhe telefonar.
Conjugação pronominal

 A conjugação pronominal é uma forma especial de


conjugação em que as formas verbais são
acompanhadas de pronomes.
 Existem três tipos de conjugação pronominal:
conjugação pronominal / conjugação pronominal reflexa /
conjugação pronominal recíproca.
Conjugação pronominal

 Colocados os pronomes antes dos verbos, não se


alteram: Não o dou;
 Colocados os pronomes depois do verbo, as formas
o/a, os/as passam a lo/los, quando a forma verbal
termina em –r, -s,
-z (estas consoantes são suprimidas) – tu dá-lo – e
passam a –no/nos, na/nas, quando a forma verbal
termina em sílaba nasal: eles dão-no.
Conjugação pronominal reflexa

O sujeito pratica e sofre a acção, ou seja, a acção do


sujeito recai sobre ele próprio. O pronome aparece
como complemento directo.
 Utilizam-se os pronomes pessoais me, te, se, nos,
vos, se – eu distraio-me, tu distrais-te, ele distrai-se…
Conjugação pronominal recíproca

 Exprime reciprocidade na acção praticada, ou seja, a


acção de cada um dos sujeitos recai sobre ambos.
 Esta conjugação utiliza-se apenas no plural, com os
pronomes nos, vos e se – nós cumprimentamo-nos, vós
cumprimentais-vos…
Colocação do pronome junto do
verbo
 Geralmente, o pronome, qualquer pronome,
coloca-se depois do verbo, ligado a ele por um hífen
– Disse o meu número de telefone e ele escreveu-o.
 O pronome coloca-se antes do verbo, quando as
frases estão na forma negativa – Não te repito o aviso – ou
quando o verbo está no modo conjuntivo – Espero que me
escrevas.
Voz activa / voz passiva

 Os verbos podem ser conjugados em duas vozes: na


voz activa - indicando que o sujeito pratica a acção
expressa pelo verbo - e na voz passiva - indica que o
sujeito recebe a acção expressa pelo verbo.
Os alunos lêem livros nas aulas.
Livros são lidos pelos alunos nas aulas.
Conjugação do verbo na voz passiva

 Para conjugar o verbo na voz passiva, recorre-se ao


verbo “ser”, como auxiliar, conjugado no tempo e
modo do verbo na voz activa, acrescentando-lhe o
particípio passado do verbo principal.

Os alunos lêem livros nas aulas.


Livros são lidos pelos alunos nas aulas.

Nota: pelos alunos desempenha a função de agente da passiva.

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