Você está na página 1de 2

ATIVIDADES DOUTRINÁRIAS E DE DESENVOLVIMENTO NOS TERREIROS

A opção religiosa pela UMBANDA quase sempre é precedida de muitas manifestações


de preconceito, de ignorância e de intolerância. Em todos os campos de nossa vida em
algum momento veremos pessoas se manifestando contra nossa opção ou querendo
entender PORQUE nos tornamos MACUMBEIROS.

A nossa trajetória espiritual é individual e intransferível e mesmo assim afeta direta e


indiretamente tantas pessoas e por isso acabamos tendo que nos justificar, nos defender,
tentar explicar essa opção, de foro tão intimo e que nos faz pensar em nosso livre
arbítrio. O criador nos manda a TERRA para sermos felizes e a busca pela
FELICIDADE é uma caminhada onde teremos nossos tropeços, erros, acertos, duvidas e
a UMBANDA não é diferente das outras religiões quando tem como objetivo levar o ser
humano ao seu AUTOCONHECIMENTO, as respostas espirituais de nossa origem e
nossa missão enquanto encarnados. Poderíamos simplesmente fechar a cara, abrir a
boca e dizer “SOU MACUMBEIRO, SOU UMBANDISTA, É UM ASSUNTO MEU E
ISSO NÃO LHE DIZ RESPEITO” e ainda assim não colaboraríamos em nada na
construção da tão sonhada IDENTIDADE UMBANDISTA. Outros não conseguem se
justificar e irão usar o mesmo expediente. Mas aí estão as duas questões importantes?

Porque temos de justificar nossa opção?


Porque as vezes não conseguimos justificá-la e ajudar na construção de uma identidade
Umbandista?

Porque nos faltam os ARGUMENTOS! Porque nos falta o DISCURSO POLÍTICO!

Somos considerados como RELIGIÃO há mais de 100 anos e nesses mais de 100 anos
somos perseguidos. Por sermos médiuns, por sermos uma religião que mescla
influências africanas, por nos pautarmos pela tolerância e pelo amor fraternal
incondicional sem preconceitos, por não segregarmos, por acolher a todos.
Representamos uma ameaça. Estamos adormecidos. Não reconhecemos a nossa força. E
a nossa força está na nossa organização, está no desenvolvimento e na doutrina de
nossos iniciantes, de nossos jovens para que amanhã, devidamente esclarecidos
tenhamos um panorama mais favorável.

Porém o desconhecimento de nossa filosofia, de nossos dogmas e da nossa religião


beneficia a muitos. Aos nossos inimigos reais, aos nossos perseguidores e aos FALSOS
UMBANDISTAS, AOS FALSOS SACERDOTES que se utilizam do saber que NÃO
TEM para prender na ignorância e na fé cega aqueles que amedrontados estão na
religião por entender que a MEDIUNIDADE É UM ESTIGMA, UMA DOENÇA, UM
PROBLEMA e somos obrigados a compartilhar de nossa energia numa casa de
Umbanda ou Candomblé sob a ameaça de nossos ZELADORES, ORIXÁS , GUIAS E
PROTETORES. Quantos em sua caminhada não ouviram de algum dirigente mal
intencionado a frase” VOCÊ TEM QUE BOTAR BRANCO OU ENTÃO SUA VIDA
NÃO VAI ANDAR, OU SEU GUIA VAI TE CASTIGAR” É preciso buscar pela
VERDADE.

A verdade LIBERTA e nos possibilita o poder de análise, o senso crítico e a escolha


pela direção correta. A necessidade do estudo religioso é um fato real e isso está latente
em todas as outras religiões, doutrinas e filosofias de vida como a Seicho No Ie, o
kardecismo, a Igreja católica, protestante, etc.

Será que só na Umbanda o estudo não é necessário?

Será que o umbandista tem maior capacidade religiosa, cultural, humana, social e
espiritual que as pessoas seguidoras de outras religiões por isso não lhe é necessário o
estudo religioso? Nossa crença por sua origem ancestral e tradição ORAL pauta se na
transmissão de conhecimento, na prática religiosa dentro do templo, vendo, vivendo e
aprendendo tudo. Porém o mundo mudou e a informação hoje está acessível a todos em
todos os níveis. Essa quantidade de informação apenas INFORMA, portanto não
FORMA ninguém e por isso não aceito a forma como EMPRESAS comercializam o
conhecimento espiritual via INTERNET e outros já oferecem CURSOS SUPERIORES
DE FORMAÇÃO DE PAIS DE SANTO. Precisamos repensar a religião como
PROCESSO como CAMINHADA na construção de um saber real e não VIRTUAL.
Por outro lado entendo que hoje só está na ignorância quem quer.

E VOCÊ? CONHECE SUA RELIGIÃO? ESTUDA SOBRE ELA?

Você também pode gostar