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ABORDAGEM,

ÉTICA E
ANAMNESE
TERAPÊUTICA
ENSINO MULTIDISCIPLINAR EM TERAPIAS
NATURAIS, HOLÍSTICAS E COMPLEMENTARES

Todos os Direitos Reservados

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

A TERAPIA E A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA 6

TÉCNICAS 11

USANDO A MENTE PARA PROTEGER SEU CAMPO DE

ENERGIA 17

MODELO DE FICHA DE ANAMNESE TERAPÊUTICA 22

MODELO DE FICHA DE ANAMNESE TERAPÊUTICA 24

REFERÊNCIAS 26

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INTRODUÇÃO Na cultura anglo-saxônica, o termo aconselhamento (cou-
nseling) é utilizado para designar um conjunto de práticas
que são tão diversas quanto as que configuram as prá-
ticas de orientar, ajudar, informar, amparar, tratar. H.B
e A.C. English (1958) definem o aconselhamento como
“uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma ou-
tra a compreender e a resolver problemas aos quais ela
tem que enfrentar “.

Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento


predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a cren-
ça na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconheci-
mento de sua liberdade em determinar seus próprios
valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo
de vida.

O aconselhamento se desenvolveu, primeiramente, nos


Estados Unidos no princípio do século XX. Foi promovido
pelos líderes do movimento de reforma social que tinham
como objetivo reduzir as desigualdades e as injustiças li-
gadas à industrialização massiva.

A consideração da pessoa e à análise crítica do funcio-


namento da sociedade americana dão lugar à criação de
organizações caritativas e associações filantrópicas. Em
1908, Frank Parsons inaugura em Boston um dos primei-
ros centros de aconselhamento em instituições munici-
pais, o Centro de Orientação Juvenil. No mesmo momen-
to, o Movimento de Saúde Mental lançado por Cliddord
Beers estabelece em 1909 programas de aconselhamen-
to junto a serviços psiquiátricos. Nos anos 30, Carl Rogers
revoluciona a psicologia clínica, que até então estava cen-
tralizada exclusivamente sobre os testes de inteligência,
recolocando a pessoa no centro do dispositivo terapêu-
tico, inicializando uma das grandes correntes do aconse-
lhamento: a abordagem centrada na pessoa, desenvol-
vida em sua obra “Counseling and Psycotherapy“ (1942).

Já na França, o aconselhamento foi introduzido em 1928


sob a forma do Conselho de Orientação Profissional. Nos
anos 50, um novo método, o “case work”, surge no traba-
lho social. Esta ajuda psicológica individualizada se apoia
nos principais conceitos de Carl Rogers como o direito do
cliente de ser considerado e tratado como uma pessoa,
sua necessidade de ser respeitado, de não ser julgado
e de estabelecer ele mesmo suas escolhas. Em 1961, a
Associação Francesa dos Centros de Consulta Conjugal
(AFCCC) desenvolve em torno do psiquiatra e psicanalista
Jean Lemaire o aconselhamento junto a casais (conselho

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conjugal). Essa corrente do aconselhamento integra conceitos saídos da psicanálise, da
psicossociologia de grupos e de teóricos como Moreno, Rogers e Lewin.

A história mundial do aconselhamento é atravessada por múltiplas abordagens: cog-


nitivo-comportamental, existencial, psicanalítica, emocional, sistêmica, e, dessa forma,
o aconselhamento acaba dando lugar ao aparecimento de várias correntes teóricas,
clínicas e práticas.

O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas ve-
zes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconse-
lhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individuali-
dade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma
forma de individualismo, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência
à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela.
O indivíduo não é bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui
um potencial de evolução e de mudança. O aconselhador deve considerar o sentido
e os valores que o cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos,
pois quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isso pode chocar-se com as
opções filosóficas e ser uma causa de dificuldade (ex.: mudança de atitude diante do
trabalho, da família, da sexualidade e da morte).

Catherine Tourette-Turgis afirma que “o princípio de coerência do aconselhamento re-


side fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são causas de sofri-
mentos psicológicos e sociais, necessitando de uma conceitualização e que dispositivos
de apoio sejam colocados à disposição das pessoas que as vivem”. Para ela, o aconse-
lhamento é uma forma de “psicologia situacionista”, ou seja, a situação é causa do sin-
toma e não o inverso. Nesse sentido, o aconselhamento (forma de acompanhamento
psicológico e social) designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma rela-
ção, uma fazendo um apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de
tratar, resolver ou assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito. A expressão
“acompanhamento psicológico” seria insuficiente na medida em que os campos de apli-
cação desse aconselhamentose tratam, muitas vezes, de realidades sociais produtoras
de um conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos.

Assim, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda


para resolver problemas que não são oriundos necessariamente de problemáticas
profundas (do ponto de vista psicológico). Estes problemas podem estar ligados a
empecilhos, a um contexto específico com o qual é necessário adaptar-se ou sobrevi-
ver e pelos quais, geralmente, a sociedade não prepara (ex.: traumatismos de guerra,
prevenção da aids e desemprego) ou não assegura as funções de apoio adequadas de
forma imediata.

Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resu-


midos pela importância dada:

1 Aos métodos utilizados na relação de ajuda;

2 À crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;

3 À crença na transformação em um curto espaço de tempo;

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4 Ao estabelecimento de uma relação onde
A OMS recomenda
a autoridade é substituída pela empatia
e a realidade prevalece sobre o passado desde 1987 o
longínquo; aconselhamento
5 A um ambiente facilitador de mudança e como o método
de evolução pessoal (grupo, trabalho nas de ajuda e de
comunidades). prevenção mais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda des- apropriado em
de 1987 o aconselhamento como o método de ajuda, âmbito mundial
de apoio e de prevenção mais apropriado em âmbito
mundial para enfrentar as ameaças individuais, comu-
para enfrentar as
nitárias e coletivas geradas pela epidemia da infecção ameaças geradas
pelo HIV. Aliás, a prática do aconselhamento no campo pela epidemia da
da infecção pelo HIV representa hoje uma corrente pró- infecção pelo HIV.
pria.

Existem vários programas de aconselhamento e todos


privilegiam uma abordagem por situação e não uma
abordagem pela problemática individual profunda (do
ponto de vista psicológico ou psicopatológico). Tratam-
-se de serviços de acompanhamento ou de apoio às
pessoas confrontadas à uma situação difícil, como: uma
doença grave, um acidente, a perda de um próximo, um
estupro, a tortura, o álcool, a toxicomania, o suicídio, o
incesto, o terrorismo e a violência doméstica.

A TERAPIA E A A terapia holística e a psicoterapia holística são indica-


das para toda pessoa que deseja dar continuidade ao
PSICOTERAPIA seu desenvolvimento pessoal, melhorar a sua compre-
HOLÍSTICA ensão e encarar certas situações necessitando eventu-
almente de uma mudança em algum padrão energéti-
co, emocional ou mesmo mental que esteja interferindo
em sua vida física, alterando padrões sociais, seu bem-
-estar e sua qualidade de vida.

A Escuta
A escuta no aconselhamento se diferencia daquela que
nós experimentamos cotidianamente, pois é uma forma
de engajamento em relação ao outro, implicando estar

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sensível e atento a este.

Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o cliente


expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é
suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades,


como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções expri-
midas.

O que é a escuta?
A escuta em aconselhamento é uma prática que induz imediatamente a certo tipo
de relação entre o aconselhador e o cliente. Tal experiência de escuta é frequente-
mente a primeira vivida pelo cliente. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros
habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social, pela avaliação
e o diagnóstico em certos métodos psicológicos tradicionais.

Os níveis de escuta
1 O primeiro nível refere-se ao que é dito na relação. No entanto, se ficar-
mos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o terapeuta fica em
posição apenas de escutar uma história;

2 O segundo nível, definido por certos autores como uma atenção flu-
tuante, concerne não somente o que é dito, mas também o que existe
além das palavras, ou seja, o terapeuta fica atento também aos aspectos
não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e pa-
ralinguísticos (volume, tom, rapidez, expressão corpora) utilizados pelo
cliente/utente;

3 Além destes dois níveis de escuta, o aconselhador devetambém estar


atento ao que ele pensa, as suas próprias emoções, as suas próprias sen-
sações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do
que se passa na relação e o terapeuta pode utilizá-los como uma espécie
de caixa de ressonância do desenvolvimento da relação.

Perguntas que o profissional pode se fazer


• Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em
perigo?

• Por que sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em


mim sentimentos excessivos e perturbam minha escuta?

• Até onde eu posso escutar alguém me mantendo neutro?

Reflexões
• Frequentemente é difícil escutar o outro porque evito escutar o que se
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passa em mim mesmo;

• As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar


minha escuta.

Aceitação
A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação
implica que todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissio-
nal indicam à pessoa que alguém está tentando compreendê-la e aceitá-la completa-
mente.

A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem


antes de tudo a necessidade de ser aceita como ela é e como diz que se sente antes
de poder explorar a mudança. Frequentemente, em casos doença, a pessoa descobre
que a aceitação que acreditava ter conquistado de pessoas à sua volta, na verdade, não
era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre, confrontadas
com o luto do amor incondicional dos seus familiares. A confrontação de uma defici-
ência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de
pessoas que estão em volta e que têm dificuldades de se conformar ao sofrimento da
pessoa, mantendo- se distantes.

Como manifestar seu grau de aceitação? Auxiliando a pessoa a restaurar sua autoi-
magem e autoestima e a desenvolver uma maior aceitação de si mesma, pois fequen-
temente as pessoas são muito severas com si mesmas, quando, por exemplo, não se
autorizam a repousar ou se sentem culpadas por estarem doentes.

Perguntas que o profissional pode se fazer


• Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma re-
lação de conselho?

• Por que, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e


desaprovo totalmente outros?

• Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do


outro?

• Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço?

Reflexões
Posso me sentir ameaçado por certos comportamentos de uma pessoa e para isso é
importante que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta, para em segui-
da desenvolver minha aceitação para com ela.

Ausência de Julgamento
O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capaci-
dade do outro de se responsabilizar, já que o mantém na dependência deste. A relação

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de conselho deve se estabelecer sem julgamento de valor.

Perguntas que o profissional pode se fazer


• Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada?
• Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento?
• Por que o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julga-
mento negativo?

Reflexões
• É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos
outros;

• Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o


valor da pessoa; ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira,
atribuir-lhe um valor negativo.

Empatia
A empatia é uma forma de compreensão definida como a capacidade de perceber e
de compreender os sentimentos de outra pessoa. Diferentemente da simpatia ou da
antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta fazer a abstração de seu
próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para se centralizar
na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade.

A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

O QUE SE PASSA, NESTE INSTANTE, COM A PESSOA QUE ESTÁ DIANTE DE MIM?
Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a
qualidade desta está diretamente ligada à experiência do aconselhado e a qualidade
do laço terapêutico, independentemente da teoria ao qual o terapeuta se identifica.
Outros estudos (Mitchell, Bozarth, Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua
importância, mas não a consideram como determinante.

A adoção desta atitude é difícil em certas situações graves que nos forçam naturalmen-
te a nos sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós,
sentimentos como o da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confron-
tada com uma situação difícil precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu
lado que a ajude a enfrentar o que ela está vivendo e não uma pessoa que reaja por ela.
Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a pessoa a entrar em contato com
seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

Como manifestar sua empatia?

• Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante;

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• Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento;

• Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando


sem tentar transformá-lo, pois é por ela mesma que, em um segundo
momento, modificará seu ponto de vista da situação.

Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

• Aumento do nível de autoestima: é possível então compreender o que eu


sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar assim;

• Melhora da qualidade da comunicação: ele não me responde dizendo


que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o pé na
rua;

• Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas: é verdade


que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos.

Perguntas que o profissional pode se fazer


• Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compre-
ender o que ela sente e o que ela percebe?

• Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sen-


tindo ao mesmo tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de
avaliá-la?

Reflexões
• Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo;
• O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda con-
sideravelmente o outro a avançar na compreensão dele mesmo.

Congruência
A congruência pode ser definida como o estado de espírito do profissional de acon-
selhamento quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as
emoções e as reflexões suscitadas nele pelo cliente/utente.

Supõe, da parte do aconselhador, disponibilidade com relação às emoções e aceitação


destas. Na verdade, Rogers desenvolve a hipótese de que a mudança da pessoa é
facilitada quando o terapeuta é o que é; quando seus contatos com o cliente são au-
tênticos, sem máscara nem fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e
atitudes que invadem seu interior neste momento preciso.

A congruência do terapeuta vai, de certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional


oferece um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comporta-
mento do cliente numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do
aconselhador dão uma garantia que este não está colocando na relação suas próprias

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neuroses. Muitas vezes, isto favorece ao cliente entrar em contato com seus próprios
sentimentos.

Perguntas que os profissionais podem se fazer


• Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha ima-
gem?

• Como posso distinguir minhas próprias reações das dos outros?

• Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que
eu sou e me aceitar como tal?

Reflexões
• Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus
próprios sentimentos, posso então favorecer ao outro o crescimento e o
seu desenvolvimento;

TÉCNICAS Questão aberta


Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher in-
formações ou esclarecimentos sobre um ponto preciso.
Em princípio, as questões utilizadas pelo aconselhador
são questões abertas, ou seja, necessita de uma respos-
ta mais longa que um simples “sim”ou “não”. As ques-
tões abertas encorajam os clientes a compartilhar seus
pontos de vista com o aconselhador, responsabilizam o
cliente durante a entrevista e lhe permitem explorar por
ele mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os
comportamentos sem ser influenciado pelo universo de
referência do aconselhador.

O aconselhador, através de suas perguntas deve, es-


sencialmente, ser guiado pelo desejo de compreender
e ajudar e não pelo único desejo de ser informado. A
maneira de questionar é determinante, a forma e o tom
devem ser o mais distante possível de uma inquisição ou
um interrogatório.

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A melhor maneira de praticar uma técnica de questão aberta é a de focalizar as expres-
sões que são “lugar comum” e que aparecem durante a entrevista considerando que
tudo deve ser sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como “estou triste”,
é uma expressão “lugar comum” que necessita de ser descrita de maneira mais deta-
lhada porque cada pessoa tem sua própria definição da tristeza. É possível então, por
uma simples questão aberta, tentar focalizar mais precisamente o que a pessoa sente
realmente (seria possível me dizer o que sente exatamente quando está triste? No que
pensa nestes momentos? etc.).

Reformulação dos conteúdos


A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a
pessoa queria nos dizer, o que permite refocalizar a entrevista quando esta parece to-
mar várias direções ao mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou
de expressar constitui o primeiro nível na aprendizagem da escuta.

A reformulação tem os seguintes objetivos:

1 Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo


que ele compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo;

2 Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;

3 Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o


que ela disse de uma maneira mais concisa.

Bases do aconselhamento
Reformulação das emoções e dos sentimentos.

A reformulação das emoções e dos sentimentos consiste em tentar reformular as emo-


ções e os sentimentos que uma pessoa vive ou tenta nos explicar para ajudá-la a se
compreender melhor. Isto supõe que o profissional se concentra não unicamente no
que a pessoa diz, mas também na sua maneira de dizê-lo. As seis emoções de base são:

1 O medo (inquieta, desconfiada…);

2 A raiva (frustrada, agressiva…);

3 A tristeza (abatida, sofrida…);

4 O desgosto (decepcionada, indignada…);

5 A surpresa (perplexa, espantada…);

6 A alegria (satisfeita, contente…).

Existem mais de 200 termos para expressar os sentimentos. Por exemplo, diante de
uma retinite por citomegalovirus (CMV), os sentimentos habitualmente mais exprimi-
dos são: confusão, medo, injustiça, inquietação, pavor, impotência, desvalorização,
exasperação, perda, solidão, vulnerabilidade, vergonha, desespero, pânico, incapacida-

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de, desencorajamento, término, mas também realização, livre escolha, verdade, auten-
ticidade, infinito, nostalgia, saudade.

Como trabalhar os sentimentos negativos?


O profissional deve funcionar diante de um sentimento negativo, como um espelho
refletindo para a pessoa seu próprio ego, ajudando-a a ser capaz de se reorganizar, a
partir desta nova percepção. Quando a pessoa está sem coragem, pensou em suicídio,
se sente abatida pela doença, a tendência natural é de tentar desdramatizar a situação.
Na verdade, é preferível ajudar a pessoa a se deparar com seus sentimentos e conhe-
cê-los pelo o que eles são, para que ela possa lhes considerar e fazer alguma coisa
a partir disto. Podemos descobrir assim, nesta ocasião, que se esconde, atrás de um
sentimento negativo, um desejo positivo desconhecido da pessoa (ex.: no desencoraja-
mento se esconde uma raiva da qual se esconde um medo que, ele mesmo, permite a
expressão de um desejo que não ousava realizar).

Bases do aconselhamento: Esclarecimento


O esclarecimento consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a
entrevista. O esclarecimento tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de
verbalização do cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos. Exem-
plo: Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionado?

Bases do aconselhamento: Focalização


A focalização tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a reso-
lução de problemas. As funções da focalização:

• Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda;

• Encontrar a origem de um sentimento;

• Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema;

• Facilitar a resolução de problemas.

Perguntas que facilitam a focalização


• Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva?
• O que tem vontade de dizer para esta pessoa? Se ela estivesse aqui co-
nosco, o que lhe diria?

• Como poderia lhe dizer o que sente?

• Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir?

• O que deduz disto tudo?

• O que vai fazer depois de tudo que acabou de aprender sobre si mesmo?

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• Como vê a solução do seu problema?

• O que esta solução supõe?

• Como se sente diante deste novo problema?

Bases do aconselhamento: Confrontação


A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implica-
ção ou de contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer. A
confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar
e também da pessoa ou do grupo de progredir.

A confrontação é uma potente alavanca propulsora do crescimento das pessoas e do


grupo. Exemplo: a senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão, mas agora
a pouco estava dizendo que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que
poderíamos voltar a este sentimento e examinar os meios que tem para tomar esta
decisão?

Os silêncios
O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconse-
lhamento, com a exceção dos silêncios que acontecem no momento das primeiras en-
trevistas e que podem revelar o medo e o desconforto do cliente ou do aconselhador,
ligados ao encontro.

A maior parte dos aconselhadores ficam em silêncio quando este vem do cliente e in-
tervém em função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo
uma necessidade do cliente. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com
ela mesma. Será um momento de elaboração importante se puder ser vivido na pre-
sença de outra pessoa. Ele favoriza a autoconscientização e faz descobrir uma outra
forma de presença no mundo. Tipos de silêncio:

• A pausa depois da expressão de um sentimento;

• A passagem de um tema a um outro;

• A pausa contemplativa;

• A pausa dolorosa;

• De timidez;

• A necessidade de apoio;

• Depois da descoberta.

Premissas para um terapeuta


• Tem que mostrar amor, ser gentil e humilde. Antes de ser terapeuta de
terceiros deve ser de si próprio;

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• Tem o papel de difundir a luz;

• Deve estar sintonizado com o Universo, ter luz e estar na luz;

• O ego e arrogância são os inimigos número 1 do terapeuta;

• Deve entrar constantemente em expansão de consciência, ter o costume


de rezar a sua maneira, meditar, etc.;

• Manter sentimento de unidade com o Universo;

• Saber cuidar de todos os seus corpos (físico, emocional, mental e espiri-


tual);

• Estar consciente que é um ser humano em evolução;

• Ter uma missão.

Missão do terapeuta
• Passar amor e bons ensinamentos;
• Transmitir luz, conhecimento, paz;
• Canal regenerador de cura do planeta e do Universo;
• Ensinar amor;
• Buscar com suas atitudes o equilíbrio de todos os corpos seus e de todos
os seres vivos do planeta e do universo;

• Ensinar as pessoas a aprenderem a aprender, ou melhor, ajudar as pes-


soas a se ajudarem.

Qualidades pessoais de um terapeuta holístico


• Amigo, confidente, responsável, honesto, carismático, íntegro, sincero,
humilde, tolerante e paciente;

• Simples, amável, habilidoso, compreensível, leal, divulgador de informa-


ções, flexível, receptível, apresentável;

• Bondoso, sábio, carinhoso, amoroso, justo, alegre, criativo, sensível, dis-


ciplinador;

• Equilibrado, conciliador, conselheiro, organizado, líder, disciplinado, equi-


librador, coerente, autoconfiante, disponível, acessível.

Qualidades técnicas de um terapeuta holístico


• Utilizar o seu dia-a-dia em centro terapêutico como uma oportunidade
de melhoria, buscando cada vez mais melhores soluções para as neces-

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sidades dos consulentes;

• Estudar muito, se especializar nas técnicas que utiliza. Ler bastante, fazer
grupos de estudos, realizar trabalhos sociais, pesquisas, repassar infor-
mações, trocar experiências com colegas, levar dúvidas aos professores;

• Ter bom conhecimento sobre anatomia sutil, chakras, campos de ener-


gia, relação das partes do corpo físico com causas no mental e emocio-
nal, linguagem corporal e leitura de aura;

• Fazer constantes reciclagens, participar de seminários, congressos, sim-


pósios, ciclos de debates e outros;

• Sempre que possível publicar artigos sobre suas pesquisas e sua prática
diária como terapeuta;

• Respeitar a opinião de outros colegas da área terapêutica e manter a éti-


ca em todas as situações.

Energia pessoal
O nível de energia pessoal é a comunhão de diversos fatores do ser, envolvendo o físico,
o emocional, o mental e o espiritual. Um terapeuta deve apresentar ao seu consulente
um bom nível de energia e magnetismo pessoal. É muito comum ouvir relatos de pes-
soas decepcionadas com seus terapeutas, pois afirmam não encontrar no profissional
qualidades positivas como otimismo, alegria, ânimo e algo que as pessoas não sabem
descrever direito, mas que chamam de “energia”.

Pode-se considerar que a energia de uma pessoa é a soma das energias de seus di-
versos aspectos, por isso é importante que um terapeuta tenha uma especial atenção
para sempre manter o seu nível de energia elevado (padrão vibratório) e mesmo que
não possa ser detalhado especificamente o que é essa energia, está mais do que com-
provado que as pessoas sabem quando um terapeuta está ou não com o seu nível de
energia alto. Outro fator muito importante é que em um atendimento existe uma
fusão energética, das energias do utente com a do terapeuta, o que mostra a ne-
cessidade de tomar precauções, já que ambos estarão imersos em um determinado
padrão de energia criada pela união dos dois corpos energéticos (aura).

Portanto, mesmo que a energia pessoal do terapeuta esteja elevada, é necessário tomar
algumas providências para conseguir manter/aumentar o nível de energia. Faça uma
oração antes de começar os atendimentos. Acesse a sua crença pessoal, o seu Deus de
preferência pedindo luz e proteção. Faça mentalizações utilizando cores, deixe que elas
venham de forma natural, a intuição saberá a melhor cor para cada caso. Imagine essas
cores passando pelo seu corpo e pelo ambiente de trabalho; realize sua auto-defesa
psíquica pois lembre-se que quando estamos com o campo emocional e mental bem
protegidos, selamos a aura contra interferências espirituais. É muito comum, mesmo
depois de um atendimento que tudo ocorreu muito bem, as emoções e sentimentos
vividos pelo cliente/utente somatizem (impregnar) no ambiente de trabalho e na aura
do terapeuta. Após o término dos atendimentos, é recomendável realizar novamen-
te a autodefesa psíquica, limpeza energética pessoal e do ambiente usando as cores.

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USANDO A Cilindro de Luz
MENTE PARA Imaginar um cilindro de luz protegendo o seu campo
PROTEGER SEU áurico, deixando apenas um furo no topo, para receber
energia de Deus. O Cilindro deve conter a cor ou as co-
CAMPO DE res que sua mente intuir (figura 1).
ENERGIA
Pirâmide
Acima do Cilindro de Luz, imaginar uma pirâmide de luz,
com a cor ou as cores que sua mente intuir. A pirâmide
reforça a proteção e complementa a energia necessária
para equilíbrio e bem-estar. Essa defesa psíquica tam-
bém pode ser feita para um ambiente (figura 2).

Bolha dourada
Pode ser usada unicamente para proteger o campo ener-
gético. Também pode ser utilizado sobre o cilindro e pi-
Figura 1 Cilindro de Luz
râmide quando a sua mente intuir. Essa defesa psíquica
também deve ser feita para um ambiente (figura 3).

Uso das cores


• Nos ambientes: Mentalize uma
luz violeta intensa vinda do céu em forma
de turbilhão, passando por todos os am-
bientes do local, limpando e transmutando
toda a energia densa de cada móvel, objeto,
pessoa, no teto, parede, chão, etc. Visualize
agora uma luz branca, que traz energia e
Figura 2 Pirâmide
paz para os ambientes do local. Finalizan-
do, imagine que todo o local foi envolvido
por uma bolha dourada que protege con-
tra qualquer energia negativa;

• No terapeuta: Imagine uma luz


CORPO KETÉRICO
CORPO CELESTIAL violeta que entra pelo alto de sua cabeça
MODELO ETÉRICO
CORPO ASTRAL
e vai descendo pelo seu corpo, limpando e
CORPO MENTAL

CORPO EMOCIONAL
purificando cada célula, cada sentimento
CORPO ETÉRICO negativo. Deixe que essa luz flua da cabe-
ça aos pés e volte para a cabeça. Em segui-
da permita que uma luz branca se espalhe
por todo o seu corpo, trazendo energia e
paz. Finalmente visualize ou imagine uma
luz dourada selando sua proteção pessoal
Figura 3 Bolha Dourada
criando uma linda bolha ao redor do seu

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• corpo. Esse processo todo não precisa durar mais que 5 minutos.

• O uso de música é importante, porém deve ser neutra e de agrado do


cliente. Não se empolgue no volume e fique atento se seu cliente gosta
de música, não custa nada perguntar;

• Cuide com o silêncio, que é muito importante para a qualidade do traba-


lho terapêutico;

• Toda a preparação do local é muito importante, pois ajuda a pessoa a se


sentir importante, acolhida, contribuindo para que ela se solte na tera-
pia, motivando sua vontade de fazer mudanças e restabelecer-se.

Agenda
A agenda de trabalho de um terapeuta é muito importante, pois é um instrumento que
complementa a qualidade do trabalho e traz uma sistematização profissional que cer-
tamente é notada pelos clientes/utentes como uma qualidade.

A recomendação básica é que o terapeuta crie sua disciplina e suas regras de atendi-
mento. Estabeleça sempre os mesmos horários de atendimento evitando deixar de-
sorganizado. Determine os dias que vai atender o período e o número de pessoas no
máximo que serão atendidas. Tome cuidado com os horários, seja pontual, esse é um
grande problema em nossa cultura, tenha atenção e organização, além de trazer paz
para todos, agrega valor ao seu trabalho, notadamente visto pelo seu cliente/utente.

Evite entrar em um ciclo alucinante de atendimento, lembre-se que você poderá estar
colocando em jogo a qualidade de sua energia pessoal e isso pode ser muito prejudicial.

Ambiente de trabalho
O local escolhido para atendimentos deve ser cuidadosamente preparado, veja algu-
mas dicas básicas:

• Mantenha a higiene local, esse ambiente faz parte do seu cartão de visi-
tas;

• Caso tenha uma sala de espera, disponibilize água para beber e mante-
nha livros e revistas acessíveis. De preferência coloque assuntos que já
permitam a pessoa que será atendida a ir entrando no “clima”;

• É essencial que exista um banheiro acessível no local;

• É importante o terapeuta decorar o local de acordo com sua identidade


profissional e com as técnicas que usa no atendimento, um exemplo são
os cromoterapeutas que decoram suas salas com muitas cores;

• O uso de incenso deve ser analisado pois algumas pessoas têm alergia
ou não toleram essa prática;

• O uso de música é importante, porém deve ser neutra e de agrado do

17
corpo. Esse processo todo não precisa durar mais que 5 minutos.

• O uso de música é importante, porém deve ser neutra e de agrado do


cliente. Não se empolgue no volume e fique atento se seu cliente gosta
de música, não custa nada perguntar;

• Cuide com o silêncio, que é muito importante para a qualidade do traba-


lho terapêutico;

• Toda a preparação do local é muito importante, pois ajuda a pessoa a se


sentir importante, acolhida, contribuindo para que ela se solte na tera-
pia, motivando sua vontade de fazer mudanças e restabelecer-se.

Die que a energia dessas luzes realmente está promovendo a limpeza e, se você tem
dificuldade de visualizar, apenas imagine e confie que isso realmente estará acontecen-
do.

O segundo tratamento é mais físico, podendo ser usado pela casa toda e em qualquer
ocasião que julgar necessário. É uma fórmula muito eficiente utilizada por radiestesis-
tas. Os ingredientes são encontrados em qualquer farmácia de manipulação.

• Adquira uma garrafa de um litro, de álcool de cereais;

• Coloque dentro da mesma, duas colheres de sopa de amoníaco;

• Junte a isso, quatro tabletes de cânfora;

• Tampe e sacuda suavemente, até que os tabletes se dissolvam comple-


tamente;

• Adicione sete galhos de arruda;


• Deixe a mistura descansar por 24 horas; coloque um pouco da mistura em
um borrifador;

• Borrife as paredes, o assoalho, o teto. Dê atenção especial aos cantos e


locais de pouco ou difícil acesso, pois a energia negativa costuma se acu-
mular neles.

Braseiro
• Adquira um recipiente onde seja possível queimar sal grosso com álcool;
• Coloque sal grosso no fundo do recipiente;
• Deixe-o em algum local onde exista mais fluxo de pessoas;
• Deixe que durante todo o dia ele absorva as energias deletérias do am-
biente;

• Derrame álcool suficiente para cobrir o sal;

18
• Se desejar, coloque outros elementos que achares necessário, como in-
censo ou algumas pastilhas de cânfora. Pode-se acrescentar algumas er-
vas, como alecrim ou arruda, para amplificar os efeitos harmonizadores
e purificadores;

• Com um fósforo, acenda o álcool do recipiente. Tenha cuidado para que


o álcool não se derrame e para que o recipiente seja colocado de forma
a não danificar o piso da sala;

• Ao terminar, jogue os resíduos em água corrente e lave bem as mãos;

• Renove constantemente esse procedimento para que o ambiente se tor-


ne cada vez mais harmonioso. Essa é a fogueira da Nova Era.

Na sala de terapia
Procure inicialmente apresentarem-se, caso isto ainda não tenha ocorrido. Não esque-
ça de fazer um cadastro de seu cliente/utente com dados básicos e mais aqueles que
você achar convenientes para o trabalho.

Em um primeiro atendimento, é comum um nível de ansiedade alta no cliente, por


isso é recomendável que o terapeuta holístico tenha a habilidade para deixá-lo calmo.
Lembre-se que em um primeiro atendimento, o consulente também analisa muito o
terapeuta.

Algumas dicas básicas


Apresente-se e diga que tipo de técnicas utiliza, desmistifique qualquer falso conceito
que a pessoa possa ter, como associar com um processo religioso, por exemplo. Prefe-
rencialmente mostre-se neutro em relação a religiões.

Explique resumidamente que tipo de trabalho você faz como terapeuta holístico, faça
tudo calmamente e preste muita atenção nas expressões corporais do consulente. O
terapeuta holístico deve reagir imediatamente às expressões de seu consulente,
contornando, ajudando, orientando, tirando dúvidas, passando-lhe confiança cal-
mamente.

Esclareça que o trabalho do terapeuta é ajudar a pessoa a se ajudar, por isso é um tra-
balho em equipe, mas que se o consulente não fizer a parte dele, de nada adiantará.
Cuide para não tornar a sua apresentação inicial muito longa.

Pergunte ao consulente quais as coisas que ele gostaria de melhorar na vida, tenha
muito cuidado com a neurolinguística da conversa, palavras mal proferidas poderão
ser interpretadas de forma catastrófica, ainda mais quando a pessoa apresenta um
quadro emocional delicado, o que é muito comum.

Uma boa prática é pedir para que ele diga que nota de 0 a 10 ele daria para a vida na-
quele momento presente. Em 99% dos casos as notas dadas são abaixo de 9, então
faça a seguinte pergunta: o que falta para ser nota 10? Essas práticas simples podem
ajudar muito no processo terapêutico, pois naturalmente vão soltando as “máscaras”

19
do consulente que vai adquirindo confiança.

Deixe que a pessoa fale um pouco e fique atento, pois há pessoas que gostam de ou-
vir, outras gostam de falar e desabafar, também atente-se aos pequenos detalhes e
expressões para manter a harmonia da conversa. Evite fazer interrupções no relato do
consulente.

Mostre apoio e afeto nas dificuldades, principalmente quando houver catarses de


choro. Mostre- se afetuoso, mais cuide para não entrar na dor do consulente.

Se você tiver casos de consulentes que tiveram o mesmo desfio e encontraram solução,
cite exemplos, porém cuide com a ética e não exponha o nome de ninguém.

À medida que for recebendo as informações de seu cliente/utente, fique atento às per-
guntas que internamente você deverá fazer para poder em seguida oferecer suas
ferramentas terapêuticas. Faça perguntas, formule internamente sua proposta, mas
cuide para não ser incisivo demais.

Tome muito cuidado em relação às perguntas que não serão necessárias para o traba-
lho terapêutico. Aplique as técnicas que você conhece e utiliza, fique atento ao compor-
tamento do consulente. Seja bem claro nas explicações, evite qualquer dúvida e tenha
certeza de que a pessoa compreendeu tudo que foi falado.

Certifique-se que seu consulente está equilibrado emocionalmente e que pode ir em-
bora tranquilamente. Caso perceba algo errado, interfira sutilmente até que você per-
ceba estar tudo bem. Preste muita atenção na expressão corporal da pessoa após o
atendimento, isso lhe trará uma boa noção sobre a eficiência do atendimento, mas não
se esqueça que o terapeuta não é o grande responsável pela melhoria do consulente,
e sim apenas um instrumento para isso.

De acordo com as recomendações da técnica utilizada, agende uma nova data de aten-
dimento para retorno. Cuide com a periodicidade dos atendimentos, pois sendo muito
próximos uns dos outros podem criar dependência do consulente.

É importante que a pessoa seja estimulada a fazer a parte dela, ou seja, a “lição de casa”
e por isso avalie e veja a melhor data para a pessoa retornar. É muito importante ex-
plicar para pessoa o motivo pelo qual faz-se necessário os retornos aos atendimentos
terapêuticos. Lembre e deixe bem claro ao consulente que ele deve colaborar efetiva-
mente no processo terapêutico, pois a parte mais importante é a que ele desempenha.

20
MODELO DE FICHA DE ANAMNESE TERAPÊUTICA

Ficha de Anamnese Terapêutica

Data: __/__ /__

Nome:...........................................................................................................................................

Data de Nascimento:__/__ /__ Idade:.......... Signo:..........................Sexo:......................................

Estado Civil:........................................................................................................................................

Rua:..................................................................Bairro:..................................................

Cidade:......................................CEP:..............Tel.:(....).............Cel.:(....)...................

E-mail:................................................................................................................................

Formação:..................................................Profissão:..........................................................

Empresa Atual:......................................Filhos:..........Religião:...................................................

Motivo do atendimento terapêutico:......................................................................................

Já fez terapia antes?............Qual?.....................................Resultado satisfatório? ..............

Pratica exercícios físicos? .......................... Quais?....................................................................

É fumante?............ Está tomando algum tipo de medicamento?.............................................

Quais?................................................................................................................................................

Como funciona o aparelho digestivo?....................................................................................

Menstruação regular?........................... Tem cólica:............................... Menopausa:...........

Há quanto tempo?....................... Toma pílula:........... Outros:................................................

Obs.: olhar cor do rosto, veias dos olhos, cor e umidade da língua, pulso, olheiras, pos-
tura, se fica ansioso, nervoso):

......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

21
1– Marque com um (X) se você tiver algum dos problemas abaixo:

( )Artrite ( )Tendinite ( )Traumatismo

( )Tumor ( )Bursite ( )Nódulos

( )Escabiose ( )Fibromialgia ( )Câncer

( )Flebite ( )Dilatação da Aorta ( )Osteoporose

( )Artrose ( )Problemas Renais ( )Problemas Cardíacos

( ) Problemas Neurológicos ( )Problemas Menstruais ( )Hipertensão

( )Neurite ( )Tireoidismo ( )Alergia

( )Trombose ( )Anemia ( )Hepatite

Outros: .........................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

Conclusão: ...................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

2- Técnicas terapêuticas a serem aplicadas:

....................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

3– Periodicidade:

( ) Diária ( ) Semanal ( ) Quinzenal ( ) Mensal ( ) Outra

Obs.: .............................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

EU CONFIRMO SEREM VERDADEIRAS E DE MINHA INTEIRA RESPONSABILIDADES AS


INFORMAÇÕES POR MIM AQUI PRESTADAS.

Local: ...............................................

22
MODELO DE FICHA DE ANAMNESE TERAPÊUTICA

Considerações Gerais

Deverão ser anotadas neste campo todas as demais informações que se fizerem neces-
sárias quanto ao cliente/utente.

......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
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......................................................................................................................................................
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23
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......................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

Eu ............................................................................................................... declaro que não


possuo nenhuma das contra indicações abaixo, as quais impedem a realização da Re-
flexologia e ou Reflexoterapia, Tui-Ná e Massoterapia Ayurveda:

- Inflamações agudas do sistema venoso e linfático, trombose venosa profunda;

- Febres e enfermidades infecciosas agudas;

- Doenças em que está indicado qualquer tipo de intervenção cirúrgica;

- Gravidez com ameaça de aborto.

Local: ______________

Data:__/__ /__

Assinatura do cliente/utente:____________________________

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