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Instituição de Ensino: _________________________________________________

Componente Curricular: Ensino Religioso Período de 22/03 a 26/03


Professor (a): _________________________________Turma: 9º ano __________
Estudante: _________________________________________________________

Material de Estudo 07 – Unidade Temática: Crenças Religiosas e Filosofias de Vida - Princípios e Valores Éticos

DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO

Olá estudante! Você sabia que a sugestão de um Dia Mundial da Religião, ou Dia
Internacional da Religião, foi dada pela chamada Assembleia Espiritual Nacional
no ano de 1949? Esse tipo de assembleia foi criado pela fé bahá'í, uma religião
fundada por Bahá'u'lláh, no século XIX.

Bahá'u'lláh era um líder religioso persa que vivia na região que hoje
pertence ao Irã, que, à época, estava sob domínio do Império Otomano.

Essa assembleia dos bahá’í que foi realizada nos Estados Unidos definiu que
o terceiro domingo do mês de janeiro seria dedicado ao Dia Mundial da Religião.

O Dia Mundial da Religião, conforme sua proposta original é comemorada no terceiro domingo do mês de
janeiro. Sendo assim, é uma data móvel que, no ano de 2020, foi comemorada no dia 19 de janeiro, e, no ano
de 2021, no dia 17 de janeiro. 

No Brasil, eventualmente, a comemoração pode coincidir com o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que acontece no
dia 21 de janeiro.
Fé Bahá’í
Os bahá’í foram os criadores do Dia Mundial da Religião, portanto, é importante sabermos um pouco sobre essa religião. A fé bahá’í é
uma religião monoteísta que surgiu na região da Pérsia, no século XIX, por influência da mensagem religiosa de Bahá'u'lláh. Esse
líder religioso era um seguidor de outro importante líder da época – Bab.

O Santuário de Bab, localizado em Haifa, Israel, é a sede mundial dos Bahá’í e é um importante local de peregrinação para os fiéis dessa fé.

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Como se julgava um profeta que sucedia os grandes profetas das principais religiões do mundo, desde o hinduísmo e o judaísmo até
o cristianismo e o islamismo, Bahá'u'lláh tinha como certa sua missão de criar uma “religião mundial” que congregasse todas as
outras religiões. Os bahá’í, seus discípulos, tentaram levar a cabo esse projeto. O Dia da Religião é, portanto, um dos esforços para
pôr esse projeto em prática.
Os bahá’í acreditam que a unidade entre as religiões, com destaque para seus elementos em comum, pode levar a humanidade à paz
mundial, pois desvincularia as religiões de seus supostos preconceitos contra as outras religiões.
Dessa forma, os bahá’í organizam-se em assembléias pelo mundo inteiro. São dois níveis de organização: as assembléias nacionais
e as locais. No Brasil, a comunidade bahá’í começou a deitar raízes em 1921 com a chegada, no litoral baiano, de Leonora Holsapple,
conhecida como Leonora Armstrong, que fazia parte dos bahá’í dos EUA. Por conta disso, um dos principais redutos dos bahá’í no
Brasil é Salvador, local que abriga cerca de 400 bahá’í.
No mundo, aponta-se a existência de milhões de bahá’í espalhados por diferentes países. A sede da fé bahá’í está localizada em
Haifa, que fica no Estado de Israel. A sede dos bahá’í fica em Haifa porque é lá que estão os restos mortais de Bab, o profeta que foi
o antecessor de Bahá'u'lláh.

Símbolos Fé Bahá’í
Dia Mundial da Religião
O Dia Mundial da Religião é uma ferramenta dos bahá’í para combater a intolerância religiosa e promover a paz mundial.
Dentro da visão da fé bahá’í, o Dia Mundial da Religião é uma ferramenta que busca a harmonia entre as diversas religiões. Como os
bahá’í acreditam que toda a experiência religiosa da humanidade deriva de um único deus, o Dia Mundial da Religião é uma
oportunidade de celebrar todas as religiões existentes. Pelo fato de os bahá’í estarem espalhados por diversos locais do mundo, o Dia
Mundial da Religião é comemorado em diversos continentes.
É parte da proposta dos bahá’í combater todo tipo de intolerância religiosa que exista. O debate e o convívio harmonioso entre as
religiões, na ótica bahá’í, seriam passos importantes para a paz mundial. O ecumenismo pretendido pelos bahá’í assemelha-se a
outras tentativas de se congregar as religiões do mundo, como as da Organização das Nações Unidas (ONU), um exemplo de
instituição supranacional.
Ocorre que esse tipo de universalização das particularidades religiosas, em grande parte, fere os pressupostos salvacionistas de cada
religião. O cristianismo, por exemplo, prega a conversão de todos à sua fé, o islamismo exige do fiel a sua submissão, e por aí vai.
Sendo assim, o anseio por um universalismo religioso pode comprometer as especificidades culturais e tradicionais de cada religião.
Existem críticas a esse tipo de projeto, mas o Dia Mundial da Religião pode ser uma grande oportunidade para meditar e discutir
sobre a situação das tradições religiosas no mundo globalizado. Pode ser uma ferramenta para combater a intolerância religiosa,
tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo.
A importância desse tipo de debate é crucial quando percebemos que a intolerância religiosa no Brasil tem crescido nos últimos anos,
sobretudo em 2019, quando inúmeros ataques contra grupos praticantes de religiões de matriz africana foram realizados. É
extremamente importante reforçar a importância do convívio pacífico e harmonioso entre as pessoas, independentemente de suas
religiões.

Esclarecendo: intolerância religiosa é o ato de discriminar, É um diálogo que se desenvolve com o


ofender e opor-se a religiões, liturgias e cultos, ou ofender, aprofundamento e a promoção dos valores
discriminar, agredir pessoas por conta de suas práticas humanos, compartilhados na vida e na
reflexão. Aprofundam-se temas como
religiosas e crenças. Aprenderemos mais sobre Intolerância
“laicismo e fé” ou de atualidade; realizam-se
Religiosa nas aulas futuras. iniciativas sociais e culturais ou ações de
solidariedade.
Atualmente existem grupos de dialogo entre
pessoas que crêem e pessoas que não fazem
referência a uma fé religiosa não só na Itália, Filosofia de vida é uma expressão que
mas em outros países da Europa e na serve para descrever um conjunto de
América do Sul. ideias e atitudes que fazem parte da
vida de um indivíduo ou grupo de
Participam pessoas unidas pelo desejo pessoas.
de colaborar para que a família humana
se componha na fraternidade.
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Pessoas de convicções não religiosas

A história
No final dos anos setenta, com a difusão do Movimento, a abertura para com pessoas sem uma fé religiosa, como agnósticos,
indiferentes e ateus, amadureceu ao ponto de exprimir-se em um diálogo com uma fisionomia própria, já que a unidade é também
respeito profundo pelo homem, pela sua dignidade, identidade, cultura, pelas suas necessidades e por aquilo em que acredita. Por
este motivo surgiu o “Centro internacional para o diálogo com pessoas de convicções não religiosas”, em 1978. Em 1992 foi
organizado, no Centro Mariápolis de Castelgandolfo (Roma), o primeiro congresso internacional, que desde então repete-se
periodicamente. Em Loppiano, em 1995 houve o primeiro encontro com Chiara Lubich, e em 1998, em Castelgandolfo, o segundo.
Chiara Lubich (1920-2008) foi fundadora do Movimento dos Focolares difundido em 182 países e portador da espiritualidade da
unidade. O objetivo é contribuir para a atuação da oração de Jesus: “Para que todos sejam uma coisa só” (Jo 17,21).
Em dezembro de 2003 Chiara introduziu os cursos de aprofundamento, conduzidos em colaboração, nos quais são apresentados
alguns pontos da espiritualidade do Movimento (por exemplo, a escolha de Deus Amor, fazer a vontade de Deus, a arte de amar e o
amor recíproco) e temas correspondentes, de caráter leigo (a escolha dos valores e a escuta da consciência, a cultura da partilha,
reciprocidade e solidariedade), potencializando os valores de cada pessoa e “afinando” a consciência.
O fundamento
É um diálogo de abrangência máxima, não pode ser setorial ou reservado apenas a alguns momentos ou ocasiões, porque nasce de
uma abertura ao outro que se enraíza no íntimo do pensamento e do modo de agir. Dialogar, partindo de posições diferentes, só é
possível se das duas partes existe:
– a consciência da própria identidade;
– o total respeito pelo outro e pela sua cultura;
– a reciprocidade de quem sabe que possui muito a dar e também a receber;
– a inesgotável paciência de escutar para compreender e confrontar-se com as razões do outro, consideradas sempre e de qualquer
modo, um enriquecimento;
– a consciência que as convicções do outro tem dignidade plena, tanto quanto as nossas.
Noticiário
“Diálogo entre amigos” é um noticiário traduzido em cinco línguas, que favorece o intercâmbio de experiências e reflexões.

«Unir as nossas forças, de quem não está particularmente interessado na fé e de quem crê, porque é por demais belo e
necessário o ideal de uma humanidade livre e igual, irmanada pelo respeito e o amor mútuo»  Chiara Lubich

Leia o texto novamente e registre em seu caderno sua opinião sobre a


afirmação:
“Os bahá’í acreditam que a unidade entre as religiões, com destaque para seus
elementos em comum, pode levar a humanidade à paz mundial, pois
desvincularia as religiões de seus supostos preconceitos contra as outras
religiões.”

REFERÊNCIAS
https://mundoeducacao.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-mundial-religiao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-mundial-religiao.htm
https://www.pensandoensinoreligioso.com.br/2017/02/fe-baha-pela-paz-e-unidade-no-mundo.html
https://tmrwedition.com/2017/05/28/the-bahai-and-the-future-of-faith/
https://www.focolare.org/pt/em-dialogo/persone-di-convinzioni-non-religiose/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/intolerancia-religiosa.htm

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