Você está na página 1de 4

Artes na Educação

Influências das artes no


desenvolvimento humano
O interesse que o ser humano tem por artes vem de tempos remotos da
história. Em manifestações representativas, usando a linguagem visual em
seus desenhos rupestres, nas fabricações de instrumentos, vestimentas e
artefatos.

Nesse período a manifestação artística surgiu de uma necessidade de se


expressar, de se comunicar. A estética tinha seu valor em segundo plano. O
que era priorizado era a finalidade do desenho, da construção das
ferramentas.

A Evolução do conceito de artes


Com a evolução do ser humano, a arte passou a ganhar outro status: servia
também à representação do belo e dos sentimentos que as pessoas queriam
passar com as cores, os sons e os materiais utilizados.

Passou a retratar não só beleza e gostos, mas a identidade cultural de povos


em todo o mundo nas diversas gerações.

Embora tenha havido divisão entre os que valorizam a linguagem artística e


os que as desqualificam, as artes têm sido matérias de estudo para identificar
sua importância no desenvolvimento do indivíduo por completo, em
educação.

Legislação referente a educação das


artes
Década de 70 e 80 – influência do militarismo e
herança tecnicista
Na década de 70 foi inserida a Educação Artística nas escolas. Ainda sob
influência militar e herdeira dos princípios tecnicistas dos anos 80, a
educação artísticas tinha um caráter mais recreativo.

Na educação infantil e no ensino fundamental ( na época jardim de infância e


1º grau) alguns trabalhos manuais desenvolvidos em temas de datas
comemorativas ( dia das mães, páscoa, festa junina, Natal), usando
ilustrações mimeografadas, papel e tinta. Música e artes não eram muito
difundidos nem incentivados.

Nesse período nas faculdades, professores artistas lutavam por desenvolver


e valorizar o ensino de Artes nas escolas públicas. Professores procuravam
se preparar para despertar esse valor aos alunos e aos outros professores.

Lei de Diretrizes e Bases 1996


Em 1996 com a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), tornou-se obrigatório a oferta de pelo menos quatro linguagens
artísticas na educação básica: teatro, música, artes visuais e dança.
Educação artística já era chamada de Artes.

Porém, as escolas não possuíam em sua maioria, condições de estrutura


para manter essa divisão e apesar dos esforços ainda não estava
funcionando.

Parâmetros Curriculares Nacionais (1997)


Em 1997 os Parâmetros Curriculares Nacionais, surgem como tentativas para
se estabelecer essa obrigatoriedade levando a disciplina de Artes para um
cenário de importância nacional, que há pouco tempo não tinha.

Os PCNs incentivaram a utilização da Abordagem Triangular da professora


Ana Mae Barbosa, citado aqui anteriormente.

lei 13278 de 2016


Esta lei coloca como obrigatórias as atividades de artes: Música, dança,
teatro e artes visuais. Essa lei deu um prazo de cinco anos para que os
professores estejam preparados para dar as aulas na educação básica
(educação infantil, ensino fundamental de 9 anos e ensino médio).

Muitos professores já se mantiveram otimistas, pois, a muito lutam por esse


espaço importante nos currículos educacionais. Ainda muitos pontos serão
acertados, mas o cenário é de otimismo.

BNCC
O documento que regulariza a Base Nacional Comum Curricular, foi
homologada dia 20 de Dezembro de 2017 pelo então ministro da Educação,
Mendonça Filho.

Traz como componentes obrigatórios, as linguagens de Artes Visuais,


Música, Dança e Teatro. Por meio dessas manifestações artísticas espera-se
desenvolver um ser humano consciente de si mesmo e de sua cultura.

Além disso, essas linguagens da arte proporciona momentos de


aprendizagem em relação a outras culturas, as diferenças sociais e o
desenvolvimento de sua criticidade sendo o aluno protagonista e criador
dessas linguagens artísticas também.

A BNCC propõe que se trabalhe as Artes em dimensões:

 Criação – o fazer artístico, apreender o que está em jogo durante o


processo.
 Crítica – Impressões que o sujeito tem e o leva a novas
compreensões.
 Estesia – Experiência sensível em um dos sujeitos em relação ao
espaço. Articula sensibilidade e percepção.
 Fruição – Promover sensibilização durante a prática artística.
 Reflexão – Processo de construir argumentos sobre as fruições.
Trabalha-se as linguagens em unidades temáticas, as artes integradas. A
proposta é desenvolver o indivíduo como ser critico, producente, capaz de
analisar, dialogar, concluir, discutir questões sociais, políticas e culturais.
Considerações finais
Os avanços da educação, em relação a área artística, parece ter começado.
Porém, ainda há muito que caminhar. Esforços somados, deverão fazer parte
do cotidiano educacional, pois toda a comunidade estará inserida no
processo.

O papel da arte na educação, finalmente começa ser notado pela população


em geral, assim poderão cobrar o cumprimento das obrigações em relação à
educação, no caso, de artes.

Todos tendo consciência da importância das Artes em nossas vidas,


poderemos trabalhar juntos para que essas regras sejam efetivamente
cumpridas, assim como a preparação dos professores e a adequação dos
colégios para receber a nova visão de trabalho das linguagens artísticas.

Que essa visão da Arte continue melhorando, que os indivíduos mais simples
possam ter acesso à diversidade artística aliada aos recursos tecnológicos e
científicos. Que suas escolas tratem com respeito essa disciplina, na sua
importância merecida.

Você também pode gostar