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César O. Lafuente
Guilherme Fischer
Rhamon Gylbertto Hennemann Ritter
Joinville-SC
Novembro de 2019
Resumo
Neste trabalho é apresentado o projeto de um conversor Fly Capacitor, para atingir este
objetivo é utilizado da técnica de projeto abordada em Bressan, Rech e Batschauer (2019)
através dos ábacos de projeto, além disso é realizado testes do modelo através de simulação
utilizando o software PSIM.
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1 Conversor Fly Capacitor de 5 níveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 ESPECIFICAÇÕES E PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 Especificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Cálculo dos componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1
Introdução
1 Referências Bibliográficas
Vcc
Figura 3 – Sequência A de comutação com tensão de saída 4
.
Vcc
Figura 4 – Sequência B de comutação com tensão de saída 4
.
Vcc
Figura 5 – Sequência C de comutação com tensão de saída 4
.
Vcc
Figura 6 – Sequência D de comutação com tensão de saída 4
.
Vcc
(1.1)
m−1
Sendo que m é o número de níveis do conversor, no caso do conversor abordado
neste trabalho é igual a 5 níveis.
No total este conversor possui 16 estados topológicos possíveis, muitos deles redun-
dantes. Por meio de determinadas sequências de comutação dos interruptores é possível
ser obtidas as seguintes tensões de saída:
• + V2cc
• + V4cc
• 0
• − V2cc
• − V4cc
Capítulo 1. Referências Bibliográficas 5
2 Especificações e Projeto
2.1 Especificações
Para efeitos de simulação e validação dos cálculos descritos é utilizado um conversor
Fly Capacitor de 5 níveis com modulação PS monofásico.
As especificações de projeto estão descritas na Tabela 1.
Tabela 1 – Especificações de projeto
Po
So = (2.1)
Fp
223kW
So = = 262, 35kV A (2.2)
0, 85
Capítulo 2. Especificações e Projeto 7
m · V2cc
Vo = √ (2.3)
2
0, 9 · 3252V
Vo = √ 2 = 1034, 78V (2.4)
2
V o2
Zo = (2.5)
So
1034, 782
Zo = = 4, 08Ω (2.6)
262, 35kV A
R = F p · Zo (2.7)
R = 0, 85 · 4, 08Ω = 3, 47Ω (2.8)
XL
L= (2.11)
2 · π · fo
2, 151
L= = 6, 846mH (2.12)
2 · π · 50
Capítulo 2. Especificações e Projeto 8
Agora com estes componentes calculados é possível partir para o cálculo dos
capacitores de grampeamento.
Este método permite através do fator de correção do ângulo de Fase FA e do fator
de correção da frequência da portadora FC , o cálculo das capacitâncias de grampeamento.
Para isto utilizaremos os ábacos da Figura 7, considerando o ângulo Φ = 31, 79o , ma = 0,9
e fs = 1000 Hz.
Figura 7 – Ábacos para os fatores FA e FC para projeto dos capacitores de grampeamento.
F A = 1, 73 (2.13)
F C = 1, 45 · 10−4 (2.14)
√
2 · So
Ipk = (2.15)
Vo
√
2 · 262, 35kV A
Ipk = = 358, 55A (2.16)
1034, 78
Por fim, é definido como ondulação de tensão máxima nos capacitores (∆VCk ) como
sendo 50 V. Outro fator, seguindo valores comuns para a resistência série desta magnitude,
é escolhido como sendo REST R = 3mΩ.
Capítulo 2. Especificações e Projeto 9
Com todas estas variáveis definidas, é possível efetuar o cálculo das capacitâncias
de grampeamento seguindo a Equação 2.17.
Ipk · F A · F C
Ck = (2.17)
∆VCk − 2 · Ipk · REST R
358, 55A
Ck = 1, 73 · 1, 45 · 10−4 50V − 2 · 358, 55A · 3mΩ = 1, 879mF (2.18)
·
O último fator apresentado pelo artigo é o fator de correção de corrente (FI), com
ele através do angulo de defasagem e o índice de modulação, é possível, através do ábaco
da Figura 8 obter seu valor, portanto:
F I = 0, 376 (2.19)
(2.20)
Figura 8 – Ábacos para os fator de correção de corrente FI para projeto dos capacitores
de grampeamento.
Com o valor de FI, além da corrente de pico na carga Ipk , é calculado o valor da
corrente RMS de cada capacitor:
2.3 Simulação
Para a simulação deste conversor é utilizado o Software PSIM 9.1.1.
Capítulo 2. Especificações e Projeto 10
Fonte: Os Autores
Fonte: Os Autores
Para realizar modulação das comutações é utilizado a modulação Phase Shift, esta
modulação foi escolhida por ter a propriedade de balancear naturalmente as tensões dos
capacitores de grampeamento, dispensando um controle ativo de tensão nestes componentes.
Na Figura 11 é observado o circuito implementado para esta modulação, em que
consiste na geração de um sinal de tensão senoidal com frequência de 50 Hz, e índice de
modulação igual a m = 0,9.
Na Figura 12 é observado o resultado da modulação proposta, com a moduladora
senoidal e as 4 portadoras defasadas em 90o cada uma.
O sinal senoidal da portadora é comparado com cada sinal de moduladora, esta
comparação resulta em conduzir o interruptor S1 quando o sinal da portador for maior,
Capítulo 2. Especificações e Projeto 11
Fonte: Os Autores
Fonte: Os Autores
ou conduzir o interruptor S1x quando a portadora for menor, nunca os dois interruptores
estarão conduzindo simultaneamente para evitar o curto de braço.
Agora é medido os sinais de tensão e corrente na carga, para com isso seja possível
verificar se os parâmetros adotados em projeto são atendidos.
Na Figura 13 pode ser observado a tensão e corrente na carga. Na tensão é observado
os 5 níveis de tensão+ V2cc , + V4cc , 0, − V2cc e − V4cc , conforme descrito teoricamente. Outro fato
que vale a observação é o formato da tensão na carga, mesmo que pulsada, seu formato é
muito similar a forma de onda senoidal da moduladora. A corrente de carga não apresenta
a forma de onda pulsada em função da componente indutiva, se opondo as variações
rápidas de tensão e mantendo a corrente lisa.
Na Tabela 2 é possível ser observado a comparação entre os principais fatores
calculados e os obtidos através de simulação, nota-se que o erro é praticamente insignificante,
validando o procedimento adotado para o projeto.
Analisando as formas de onda de corrente para um capacitor de cada célula, observa-
Capítulo 2. Especificações e Projeto 12
Fonte: Os Autores
se que todos estão muito bem equilibrados em corrente, apresentando a mesma oscilação
para todos.
A tensão máxima de ondulação definida por cálculo é de ∆VCk como sendo 50 V.
Como pode ser observado na Figura 15 todas as células atendem este critério, a única que
normalmente apresenta problemas é a célula mais interna. Para contornar este desvio, no
projeto prático costuma-se a adotar para os capacitores internos valores muito maiores
que os especificados em cálculo.
Na Tabela 3 observa-se as ondulações máximas para cada capacitor de cada braço
verificadas.
Tabela 3 – Tabela de comparação entre os valores propostos para ondulação de tensão nos
capacitores de grampeamento com os obtidos através de simulação.
Descrição Variável Valor proposto e calculado Simulado VC1 ( Interno) Simulado VC2 ( Meio) Simulado VC3 ( Externo)
Variação máxima de tensão ∆VCk 50 V 40 V 37,5 V 33,91
fonte: Os Autores.
Capítulo 2. Especificações e Projeto 13
Fonte: Os Autores
Fonte: Os Autores
Como esperado pelo conversor, uma de suas mais valiosas características provou-se
válida, pois como é observado na Figura 16 a tensão nos interruptores foi grampeada em
Vcc
4
, ou seja, 813 V teoricamente ou 890,45 V simulados.
Na comparação com o NPC, pode ser citado o desbalanço de tensão e corrente
entre os componentes do NPC, o que não ocorre Fly capacitor, pois todas as tensões
de seus semicondutores e componentes são grampeados em função dos capacitores de
grampeamento. As correntes nos semicondutores também se encontram balanceadas no Fly
Capacitor como pode ser observado na Figura 17, melhorando a utilização dos componentes,
balanceando consequentemente perdas e dissipação de calor.
Outro fator interessante para a comparação a THD, tanto o NPC de 3 e 5 níveis
aprensentam baixas distorções harmônicas totais em baixos índices de modulação, porém
Capítulo 2. Especificações e Projeto 14
Fonte: Os Autores
Fonte: Os Autores
Fonte: Os Autores
16
Conclusões
Este tipo de conversor é amplamente aceitável e diversas aplicações que variam
desde média a alta potência devido a sua vantagem de grampeamento de tensão nos
semicondutores e o balanceamento natural das tensões. Porém com as não idealidade
presentes na prática, em sua implementação real é necessário um controle ativo das tensões
nos capacitores, este controle pode tornar o conversor um pouco mais complexo em sua
implementação. Outro fator que deve ser levado em consideração na hora do projeto é seu
requirido alto número de capacitores, estes que certamente irão degringolar a vida útil
do conversor. No mais, o conversor demonstrou-se de simples entendimento, mesmo com
a matemática rebuscada por tras do equacionamento do cálculo das capacitâncias para
o grampeamento de tensão, o método abordado em Bressan, Rech e Batschauer (2019)
mostrou-se muito eficiente e acertivo, apresentando erros praticamente insignificantes
quando comparados os cálculos com os resultados simulados.
17
Referências