Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RA: D99FCI-0
Turma: DR5B42
Nº do processo: 0000000000
Marcos, devidamente qualificado nos autos, por meio do seu advogado constituído
(procuração anexa), com endereço profissional em CNPJ 3333/3333 e endereço eletrônico ,
vem a presença de vossa excelência, com fulcro nos artigos 335 e 336 e seguintes do Código de
Processo Civil (CPC), apresentar:
as fatos e direitos opostos por Júlia, também qualificada nos autos do presente processo.
I - DA TEMPESTIVIDADE
II - PRELIMINARMENTE
Aponta a parte autora o valor de R$ 2.000,00 como valor da causa. Acontece que esse valor
não respeita os ditames legais. Conforme o art. 292, CPC, as ações indenizatórias devem ter
por valor da causa o importe que se coloca pretendente.
Ora, o montante pleiteado pela parte autora é o de R$ 56.000,00, valor este que, segundo
aduz, foi utilizado no conserto do veículo. Assim, o valor da causa indicado pela parte autora
deveria ser o de R$ 56.000,00 ,devendo o juiz decidir a respeito, impondo a complementação
das custas, nos termos do art. 337, III, CPC.
III - DOS FATOS
Alega a parte autora que dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade de São Paulo, quando se
envolveu em acidente de trânsito com o veículo do réu. Em decorrência do acidente, sofreu
danos materiais no valor de R$ 56.000,00, valor que foi utilizado para consertar o automóvel.
Segue aduzindo que o acidente foi provocado por culpa do réu, pois estaria dirigindo acima
da velocidade permitida. Pleiteando, no mérito, a indenização pelos danos materiais sofridos.
Deu a causa o valor de R$ 2.000,00 e informou não desejar audiência de conciliação, por ter
tentado acordo extrajudicial, sendo infrutífero.
Conforme se verá, inexiste qualquer direito a ser reparado à autora. A mesma se encontrava
embriagada no momento do acidente, tendo, inclusive, avançado o sinal vermelho.
IV - DO DIREITO
Sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu em nenhum momento praticou ação
voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e,
consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não houve afronta, portanto, aos artigos
186 c/c 925 do Código Civil.
Ao contrário, toda responsabilidade cabe a parte autora que, conforme documentos
apresentados, ele esteve completamente embriagada no momento do acidente, pondo
pedestres e outros motoristas em risco, avançando sinais vermelhos.
Ora, apesar do réu exceder o limite de velocidade em 5% , esse valor é ínfimo, não sendo o
motivo preponderante para o acontecimento do acidente. Pelos motivos aduzidos,
improcedentes os pleitos autorais. Caso reste configurado como responsabilidade civil,
imperioso implicar que a mesma seja concorrente.
V - DA RECONVENÇÃO
Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa com a ação
principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do art. 343, CPC.
Decorrente do mesmo fato, pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos
materiais sofridos no valor de R$ 30.000,00, importe utilizado para o conserto do veículo
ocasionado pelo acidente (documento em anexo).
Restando claro o dever indenizatório do reconvindo, ante a prática de ato ilícito pela sua
negligência ao dirigir embriagada, atravessando sinais vermelhos, tudo nos termos dos
artigos . 944 do Código Civil.
VI - DOS PEDIDOS:
F) Pleiteia provar o alegado por todos os meios em direito admitido, em especial com a
juntada das notas fiscais e comprovantes de pagamento dos R$30.000,00 e juntada do boletim
de ocorrência.
Goiânia, 29/04/2021