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Nome: Lucas Gabriel de Sousa Barbosa

RA: D99FCI-0

Turma: DR5B42

Professora: Marla Macário

Trabalho: Peça Judicial


Ao Juízo de Direito da 10ª Vara Cível do Estado de São Paulo declaro que faço essa petição ou
peça para defender meu cliente formalmente de uma acusação feita de Ana Paula a Marcelo
sobre o seguinte fato ocorrido que Ana Paula foi atingida por Marcelo em cheio, lhe gerando
danos materiais significativos no seguinte evento ocorrido

Nº do processo: 0000000000

Marcos, devidamente qualificado nos autos, por meio do seu advogado constituído
(procuração anexa), com endereço profissional em CNPJ 3333/3333 e endereço eletrônico ,
vem a presença de vossa excelência, com fulcro nos artigos 335 e 336 e seguintes do Código de
Processo Civil (CPC), apresentar:

CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO

as fatos e direitos opostos por Júlia, também qualificada nos autos do presente processo.

I - DA TEMPESTIVIDADE

 A presente peça processual é tempestiva. O prazo para apresentação da contestação é o de


15 (quinze) dias a partir da juntada do AR relativo à carta de citação, ou seja, o prazo final para
a prática do ato seria o dia 25/02/2019, restando a peça tempestiva.

II - PRELIMINARMENTE

II.I DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA

 Aponta a parte autora o valor de R$ 2.000,00 como valor da causa. Acontece que esse valor
não respeita os ditames legais. Conforme o art. 292, CPC, as ações indenizatórias devem ter
por valor da causa o importe que se coloca pretendente.

 Ora, o montante pleiteado pela parte autora é o de R$ 56.000,00, valor este que, segundo
aduz, foi utilizado no conserto do veículo. Assim, o valor da causa indicado pela parte autora
deveria ser o de R$ 56.000,00 ,devendo o juiz decidir a respeito, impondo a complementação
das custas, nos termos do art. 337, III, CPC.
III - DOS FATOS

 Alega a parte autora que dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade de São Paulo, quando se
envolveu em acidente de trânsito com o veículo do réu. Em decorrência do acidente, sofreu
danos materiais no valor de R$ 56.000,00, valor que foi utilizado para consertar o automóvel.

 Segue aduzindo que o acidente foi provocado por culpa do réu, pois estaria dirigindo acima
da velocidade permitida. Pleiteando, no mérito, a indenização pelos danos materiais sofridos.

 Deu a causa o valor de R$ 2.000,00 e informou não desejar audiência de conciliação, por ter
tentado acordo extrajudicial, sendo infrutífero.

 Conforme se verá, inexiste qualquer direito a ser reparado à autora. A mesma se encontrava
embriagada no momento do acidente, tendo, inclusive, avançado o sinal vermelho.

IV - DO DIREITO

 Sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu em nenhum momento praticou ação
voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e,
consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não houve afronta, portanto, aos artigos
186 c/c 925 do Código Civil.

 Ao contrário, toda responsabilidade cabe a parte autora que, conforme documentos
apresentados, ele esteve completamente embriagada no momento do acidente, pondo
pedestres e outros motoristas em risco, avançando sinais vermelhos.

 Caso assim não se entenda, é necessário levantar a responsabilidade concorrente entre as


partes. A culpa é fator determinante no momento de se determinar o valor indenizatório.

 O CC permite ''reduzir, equitativamente, a indenização'' quando houver excessiva


desproporção entre a culpa e o dano (art. 944, parágrafo único, CC). Sendo estabelecido ainda
que: ''se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com o do autor do dano''
(art. 945, CC).

 Ora, apesar do réu exceder o limite de velocidade em 5% , esse valor é ínfimo, não sendo o
motivo preponderante para o acontecimento do acidente. Pelos motivos aduzidos,
improcedentes os pleitos autorais. Caso reste configurado como responsabilidade civil,
imperioso implicar que a mesma seja concorrente.

V - DA RECONVENÇÃO

 Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa com a ação
principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do art. 343, CPC.

 Decorrente do mesmo fato, pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos
materiais sofridos no valor de R$ 30.000,00, importe utilizado para o conserto do veículo
ocasionado pelo acidente (documento em anexo).
 Restando claro o dever indenizatório do reconvindo, ante a prática de ato ilícito pela sua
negligência ao dirigir embriagada, atravessando sinais vermelhos, tudo nos termos dos
artigos . 944 do Código Civil.

Atribui-se ao valor da causa o importe de R$ 30.000,00.

VI - DOS PEDIDOS:

A) Requer o acolhimento da preliminar, intimando a parte autora à complementar aos custos


do acidente.

B) No mérito, requer a total improcedência dos pleitos autorais.

C) Subsidiariamente, requer a procedência parcial em razão da responsabilidade concorrente.

D) Quanto a reconvenção, requer a procedência do pedido reconvencional, para condenação


da autora-reconvinda ao pagamento da indenização no valor de R$30.000,00.

E) No final, requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios.

F) Pleiteia provar o alegado por todos os meios em direito admitido, em especial com a
juntada das notas fiscais e comprovantes de pagamento dos R$30.000,00 e juntada do boletim
de ocorrência.

Goiânia, 29/04/2021

Lucas Gabriel de Sousa Barbosa, OAB: 999999

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