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Imagine-se em uma situação onde suas despesas estão cada vez mais crescentes
frente às suas receitas. Em simples palavras, que as suas necessidades estão crescentes,
enquanto a capacidade de provê-las se mantém basicamente a mesma. Que tipo de contas
você deixaria para pagar depois? Ou ainda, que tipo de gastos você excluiria
definitivamente de seu orçamento pessoal?
1
Disponível em:
<http://apps.fortaleza.ce.gov.br/diariooficial/download-diario.php?objectId=workspace://SpacesStore/786
409db-867f-40af-8d4f-b2a6d3c02bb7;1.0&numero=15922>. Acesso em 02 jan 2017.
2
Disponível em:
<http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/online/prefeitura-paga-pelo-menos-r-2-4-
milhoes-para-atracoes-do-reveillon-de-fortaleza-1.1679840>. Acesso em 02 jan 2017. O jornal local
informou que as atrações ainda não constavam daquela publicação.
conomia
O economista Henry Hazlitt, em sua obra mais notória, o livro intitulado E
numa única lição, leciona no capítulo 4 que obras públicas significam impostos.
Parafraseando o autor, gastos públicos significam impostos.
Em outras palavras, não são apenas as obras públicas referidas por Henry Hazlitt4
que significam impostos. Os gastos públicos, de qualquer natureza, significam impostos e
serão pagos por você, contribuinte.
3
Discurso apresentado em Conferência do Partido Conservador em 1983. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=WPrIGhyPSsE>. Acesso em 02 jan 2017.
4
HAZLITT, Henry. Economia numa única lição. Tradução de Leônidas Gontijo de Carvalho. São
Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.
Enquanto as próprias instituições têm impulsionado um crescente aumento do
tamanho do estado, curiosamente as prioridades dos gastos públicos enfrentam
inexplicáveis situações como a exposta. Por seu turno, o cidadão individual enfrenta, cada
vez mais com o agravamento de crises econômicas, a mesma dificuldade de ter despesas
que superam as suas receitas. Com uma única diferença: o cidadão não pode criar
impostos e, por tal motivo, enfrenta cada vez mais as conseqüências nefastas de uma
política de gastos sem controle.
É necessário dizer que a citação acima, do autor Henry Hazlitt (2010, p. 38) se
aplica plenamente à falta de prioridade na utilização de recursos públicos, destinando
vultuosas quantias para o reveillon, ao mesmo tempo que contradita os principais
argumentos sustentados por quem se diz a favor das grandes despesas com festas
bancadas pelo dinheiro dos contribuintes e pagadores de impostos. No caso do reveillon, o
argumento é similar: “cria empregos na rede hoteleira” e o investimento se reverte na forma
de tributos arrecadados.
O primeiro argumento já foi devidamente enfrentado na citação das lições de Henry
Hazlitt. O segundo, de que o investimento se reverte na forma de tributos é bastante ilógico,
mas mereceu mesmo enfrentamento por parte do autor.
Gel Sui.