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Os argumentos são elementos linguísticos que visam à persuasão. Argumentos não são verdadeiros ou falsos,
mas fortes ou fracos, conforme o seu poder de convencimento. Segundo Chaïm Perelman, no Direito não
prevalece a lógica formal, mas a lógica argumentativa, aquela em que não existe propriamente uma verdade
universal, não existe uma tese aceita por todos em qualquer circunstância, como na Física.
A verdade formal, sobretudo no processo civil, sobrepõe-se à verdade real: o que não está nos autos, não está no
mundo.
Algumas regras para a argumentação:
1. Procure distinguir as premissas das conclusões. É preciso saber, antes de começar, aonde você quer chegar.
2. Apresente suas ideias em uma ordem natural. Se o caso for simples, deixe suas conclusões para o final. Se for
complexo, antecipe-as, resumindo o caso já na introdução.
3. Seja concreto e conciso.
4. Evite linguagem agressiva. Não tente melhorar a sua argumentação distorcendo, menosprezando ou
ridicularizando o argumento da parte contrária.
5. Use termos consistentes. Devem haver conexões claras entre as premissas e a conclusão Por isso, é vital que
se utilize apenas um conjunto de termos para cada ideia. Exemplo:
Se você estuda outras culturas, você percebe a variedade dos costumes humanos. Se você entende a diversidade
das práticas sociais, você passa a questionar os seus próprios costumes. Se você adquire dúvidas acerca do
modo como você faz as coisas, você se torna mais tolerante. Por isso, se aumentar os seus conhecimentos em
antropologia, você certamente aceitará os hábitos de outras pessoas com mais tolerância.
Se você estuda outras culturas, você percebe a variedade dos costumes humanos. Se você percebe a variedade
dos costumes humanos, você passa a questionar os seus próprios costumes. Se você questiona os seus
costumes, você se torna mais tolerante. Por isso, se você estudar outras culturas, você será mais tolerante.
6. Evite termos equívocos. Fixe um significado para cada termo que utilizar.
A importância da Argumentação
Ao se observar a convivência em sociedade há de se perceber a dificuldade encontrada na relação entre os
cidadãos.
Fato este comprovado em se observar a busca lauta a Justiça, tanto em causas de menor importância, como
assuntos que poderiam e deveriam ser mais bem conversados, até um bom entendimento.
Registre-se a isto, não indignação, mas ausência completa de uma argumentação efetiva que leve a um
entendimento e, não a uma lide.
Pergunta-se então, qual seria um caminho alternativo e confiável?
Argumentação mais clara, objetiva e sem ataques frontais.
O que seria então a Argumentação?
O escritor Antônio Suarez Abreu assim explica:
“Argumentar é arte de convencer e persuadir”.
O argumentador utiliza das informações de maneira lúcida e coerente, conseguindo trazer, o aparente oponente
para seu lado, ou seja, concordar e compartilhar de sua ideia.
Observando o autor já citado, continua descrevendo a Argumentação:
“Etimologicamente, significa vencer junto com o outro (com + vencer) e não contra o outro.”
Laureando esta perspectiva, Argumentar em uma análise livre, é arte de, administrar informação, convencendo o
outro de determinada coisa no plano das ideias.
Avançando no mundo jurídico, interesse maior deste artigo, encontramos no distinto autor, Victor Gabriel
Rodrígues, a importância desta chamada arte, para o mundo do Direito:
“No Direito, nada se faz sem explicação. Não se formula um pedido a um juiz sem que se explique o porquê dele,
caso contrário diz-se que o pedido é desarrazoado. Da mesma forma, nenhum juiz pode proferir uma decisão sem
explicar os motivos dela, e para isso constrói raciocínio argumentativo. Sem argumentação, o Direito é inerte e
inoperante”.
Isto se dá porque no Direito há duas lides e duas teses a serem defendidas.
Qual a verdadeira? Qual a falsa?
Entremos nesta questão a seguir.