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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - DCET


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

JOÃO LUCAS COLARES


KAIO CÉSAR DE AQUINO ROSA
PABLO MIRANDA MACEDO

A APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA LED NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA COMO


FORMA DE PROVAR SUA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: UM ESTUDO DE
CASO NO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP

MACAPÁ
2021
JOÃO LUCAS COLARES

KAIO CÉSAR DE AQUINO ROSA

PABLO MIRANDA MACEDO

TÍTULOA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA LED NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA


COMO FORMA DE PROVAR SUA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: UM ESTUDO
DE CASO NO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP

Pré-projeto de Trabalho de Conclusão


de Curso, apresentado ao Curso de
Engenharia Elétrica da UNIFAP, como
requisito parcial para conclusão da
disciplina TCC I.

Orientador: Dr.José Reinaldo Cardoso


Nery

MACAPÁ
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 5

3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 5

3.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 5

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 5

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 6

4.1 CONCEITOS DE ILUMINAÇÃO ................................................................. 6

4.1.1 Luz ............................................................................................................ 6

4.1.2 Fluxo luminoso ....................................................................................... 6

4.1.3 Intensidade luminosa ............................................................................. 6

4.1.4 Iluminância .............................................................................................. 7

4.1.5 luminância ............................................................................................... 7

4.1.6 Eficiência luminosa ................................................................................ 7

4.1.7 Curva de distribuição luminosa (CDL) ................................................ 8

4.1.8 Temperatura de cor ................................................................................ 8

4.1.9 Índice de reprodução de cor ................................................................. 8

4.1.10 Vida média, mediana e útil .................................................................. 9

4.2 COMPONENTES DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA .................. 9

4.2.1 Relés fotoelétricos ................................................................................. 9

4.2.2 Reatores................................................................................................. 10

4.2.3 Luminárias ............................................................................................. 10


3

4.2.4 Lâmpadas de vapor de sódio.............................................................. 11

4.2.5 Lâmpadas a vapor de mercúrio .......................................................... 11

4.2.6 Lâmpadas a vapor metálico ................................................................ 12

4.3 TECNOLOGIA LED ................................................................................... 12

4.3.1 Os diodos semicondutores ................................................................. 12

4.3.2 Construção de cores com LED ........................................................... 13

4.3.3 Vantagens do uso do LED ................................................................... 14

5 METODOLOGIA .............................................................................................. 15

5.1 ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP......................... 15

5.2 ETAPAS DA REALIZAÇÃO DO PROJETO. ............................................ 16

6 RESULTADOS ESPERADOS ou (RESULTADOS PRELIMINARES) ......... 17

7 CRONOGRAMA............................................................................................... 17

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 19
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1 INTRODUÇÃO

A discussão a respeito do consumo de energia elétrica vem ganhando a


atenção do país. Com o aumento do preço das tarifas, torna-se necessário o
fortalecimento e o incentivo ao desenvolvimento e a aplicação de tecnologias
que visem a eficiência energética, assim como técnicas e soluções que forneçam
economia. Atualmente, essa eficiência energética foi percebida principalmente
nas lâmpadas LED, pois quando comparadas com as lâmpadas fluorescentes,
até então predominantes, apresentam maior tempo de vida útil e maior
luminosidade, compensando assim o seu elevado custo.

Em âmbito público, o melhor local para se implementar esse tipo de


projeto seria justamente na iluminação pública, pois gera impactos positivos
tanto na economia do município, quanto no modo de vida dos indivíduos que lá
residem. A iluminação pública provou ter bastante relevância no cotidiano da
civilização moderna, possuindo um papel fundamental na qualidade de vida e na
segurança para as cidades. Ela contribui diretamente com o bem-estar dos
cidadãos, possibilitando atividades noturnas como trabalho, estudo e atividades
culturais, e ainda tem participação na redução de acidentes de trânsito e evita
indiretamente ações criminosas.

Tendo essa consequência em mente, foi realizada uma análise quanto a


qualidade e disponibilidade da iluminação pública no Bairro Paraíso, no
município de Santana. Além de se encontrar em um estado precário, apresentou
diversas discordâncias quanto à norma e ambientes que se quer possuem
iluminação. Tudo isso afeta o cotidiano dos moradores e trabalhadores que
frequentam as vias, resultando em desconforto, inacessibilidade de algumas
áreas e ainda contribui fortemente para aumento da criminalidade.

Somando todos esses fatores, tornou-se adequado a elaboração de um


projeto-piloto para a implementação de um sistema de iluminação LED, com o
intuito de adequar e melhorar o perfil luminotécnico de algumas vias principais
do bairro, visando satisfazer tanto as normas que a regulamentam quanto os
indivíduos que necessitam dela diariamente para executar com êxito suas
atividades noturnas.
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2 JUSTIFICATIVA

A iluminação pública é um elemento de grande importância para os


centros urbanos, pois está relacionada diretamente com segurança, uma vez
que afeta negativamente os índices de criminalidade, além de proporcionar uma
melhora nas vias públicas para garantir um melhor tráfego de veículos e
pedestres, assim permitindo aos habitantes desfrutar plenamente do espaço
público no período noturno.

É nítida a deficiência da iluminação pública na região selecionada. As vias


principais contam com lâmpadas antigas, algumas já danificadas, enquanto as
ruas menores apresentam pouca ou nenhuma iluminação. Surge então a
urgência de um sistema que possa suprir a necessidade social e econômica de
uma iluminação pública de qualidade, o que pode ser aplicado através da
implementação da tecnologia LED.deve apresentar as razões do que será
abordado ao longo do TCC,ressaltando a importância e a relevância do tema
proposto.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho visa propor um projeto-piloto para a substituição das atuais


lâmpadas de iluminação pública pelas de LEDs, como forma de provar sua
eficiência energética, analisando os ganhos com economia de energia e
qualidade na iluminação.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Examinar o Programa de Eficiência Energética da Eletrobrás Procel Reluz


e a norma técnica brasileira do procedimento de implementação da
iluminação pública.
• Coletar dados em campo, para a construção do projeto piloto substituindo
as atuais lâmpadas pelas de LEDs.
• Analisaros benefícios econômicos e luminotécnicos da substituição.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 CONCEITOS DE ILUMINAÇÃO

4.1.1 Luz

De acordo com o Manual luminotécnico prático (OSRAM, 2000) Uma fonte


de radiação emite ondas eletromagnéticas. Elas possuem diferentes
comprimentos, e o olho humano é sensível a somente alguns. Portanto,
podemos definir luz como a radiação eletromagnética capaz de produzir uma
sensação visual.

A porção do espectro eletromagnético capaz de ser detectado pela visão


humana é denominado espectro visível, o qual é uma sucessão contínua de
irradiação magnética e elétrica a qual pode ser caracterizada pela sua frequência
ou comprimento da onda. A luz visível abrange a região do espectro
eletromagnético de 380 nanômetros (violeta) até 770 nanômetros (vermelho) de
comprimento da onda, onde cada frequência da luz visível é associada uma cor
(PROCEL, 2011).

4.1.2 Fluxo luminoso

Representa a potência total da luz de uma fonte percebida pelo olho


humano, dentro dos limites de comprimento de onda de 380 nm a 780 nm. A
unidade de fluxo luminoso é o lúmen (lm). Tem como definição: Uma fonte de luz
monocromática que emite uma potência óptica de (1/683) watt a 555 nm tem um
fluxo luminoso de 1 lúmen (lm)(SCHUBERT, 2006).

Pode ser considerado também um dado final de um projeto de iluminação,


pois ele representa na sua totalidade, o nível de iluminação desejado de acordo
com o tipo de lâmpada utilizado para efetuar a iluminação artificial.

4.1.3 Intensidade luminosa

É a intensidade de um fluxo luminoso, percebido pelo olho humano,


emitida por uma fonte óptica em uma determinada direção. Sua unidade é
expressa em candela (cd), que é uma unidade base do Sistema Internacional de
Unidades (SI). A definição de uma intensidade luminosa de 1 cd é definida por:
a potência óptica emitida por uma luz monocromática de 1/683 w com um
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comprimento de onda de 555 nm, dentro de um ângulo sólido de 1 esterradiano


possui uma intensidade luminosa de 1 candela (cd) (SCHUBERT, 2006).

4.1.4 Iluminância

De acordo com Filho (2017), a iluminância tem por definição o fluxo


luminoso que incide em uma determinada superfície por unidade de área. Tem
como unidade de medida o lux. Assim, se uma superfície plana de 1m2 é
iluminada perpendicularmente por uma fonte de luz cujo fluxo luminoso é de 1
lúmen, apresenta iluminância de 1 lux.

Segundo Costa (2006) a iluminância permite o uso de critérios de acordo


com a atividade em cada ambiente, pois no que em determinado ambiente irá
parecer pouco iluminado, em outro pode se tornar bastante significativo ou
mesmo exagerado.

Qualquer projeto de iluminação pública necessariamente precisa atender


os critérios regidos pela NBR 5101 que é referência sobre iluminação pública.

4.1.5 luminância

Os raios de luz não podem ser vistos, a menos que sejam refletidos em
uma superfície, e então passar a sensação de claridade aos nossos olhos. Essa
sensação de claridade é chamada de Luminância.

Segundo Viana, et al. (2012) a luminância de uma superfície é definida


como uma medida da luminosidade refletida pela superfície que é percebida por
um observador. Tem por unidade o candela por metro quadrado - cd/m2.

4.1.6Eficiência luminosa

De acordo com Costa (2006) Eficiência luminosa é definida como a


relação entre o fluxo luminoso total emitido por uma fonte e a potência
consumida, sua unidade é o lúmen por Watt (lm/W).

Essa grandeza é de grande importância, uma vez que a conservação de


energia é um objetivo nos sistemas de energia elétrica, pois “Quanto maior a
eficiência luminosa de uma lâmpada e equipamentos, menor seu consumo de
energia.” Procel (2011, p. 11).
8

4.1.7 Curva de distribuição luminosa (CDL)

De acordo com o manual luminotécnico prático (OSRAM, 2000) a curva


de distribuição luminosa é a representação espacial da intensidade luminosa de
uma lâmpada refletora ou de uma luminária em determinada superfície. É
apresentada em coordenadas polares (cd/1000 lm) e representa todos os planos
onde a luminária se encontra, dos quais os mais utilizados são o transversal (0º
- 180º) e o longitudinal (90º - 270º).

Através do estudo destas curvas é possível analisar a forma da


distribuição de luz da lâmpada ou luminária, sendo assim, um importante item
para o desenvolvimento de um projeto de iluminação. Segundo Moreira (1999,
p. 160)”é necessário conhecer as curvas fotométricas da luminária empregada.
A distribuição apropriada das intensidades luminosas das luminárias é um dos
fatores essenciais da iluminação eficiente das vias.”

4.1.8Temperatura de cor

Temperatura de cor é a grandeza que classifica a tonalidade de cor da luz


emitida pela lâmpada ou luminária para o ambiente. A sua unidade de medida é
o Kelvin (K). As definições de luz “quente” ou “fria” não se referem ao calor físico
da lâmpada, mas sim a sua tonalidade, quanto mais alta a temperatura de cor,
mais clara é a tonalidade de cor da luz. Luzes com tonalidades mais suaves
tornam-se mais aconchegantes e relaxantes; luzes mais claras, por outro lado,
são mais estimulantes. (PROCEL, 2011).

4.1.9 Índice de reprodução de cor

“O Índice de Reprodução de Cor é a medida de correspondência entre a


cor das superfícies e sua aparência sob uma fonte de referência.” OSRAM (2000,
p. 06). Em outras palavras, representa a capacidade de reprodução da cor de
um objeto diante de uma fonte de luz.

Convencionalmente, o IRC varia entre 0 e 100% e de acordo com a fonte


luminosa do ambiente a que se destina. Quanto mais alto o IRC, melhor é a
fidelidade das cores, sendo assim, uma fonte de luz com IRC de 100% faz com
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que todas as cores sejam representadas perfeitamente, por outro lado, quanto
menor o IRC, menor o rendimento das cores da superfície iluminada.

4.1.10 Vida média, mediana e útil

A vida de uma lâmpada é uma grandeza medida em horas, que está


relacionada com o tempo que uma lâmpada permanece acessa. É definido por
critérios preestabelecidos por normas técnicas, através do teste de um grande
lote, sob condições controladas e de acordo com as normas pertinentes.
(PROCEL, 2011).

Vida média:É a média aritmética do tempo de duração de cada lâmpada


ensaiada

Vida mediana:

É o número de horas resultantes, onde 50% das lâmpadas ensaiadas


ainda permanecem acesas.

Vida útil:

É o número de horas decorrido quando se atinge 70% da quantidade de


luz inicial devido à depreciação do fluxo luminoso de cada lâmpada, somado ao
efeito das respectivas queimas ocorridas no período, ou seja, 30% de redução
na quantidade de luz inicial.

4.2 COMPONENTES DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

4.2.1 Relés fotoelétricos

Também conhecido como fotocélula, “ele desempenha as funções de um


fotocontrolador, ou seja, um dispositivo que controla o acendimento e
desligamento da lâmpada de acordo com o nível de luz presente no ambiente”
Rosito (2009, p. 20), essa característica é dada pelo fato de que “possui sensores
que identificam a presença de luz natural, fazendo a devida diminuição ou até
mesmo bloqueio da luz artificial através de dimmers controlados
automaticamente" (PROCEL, 2011, p. 28).

Dessa forma, uma das principais funções do relé é ligar e desligar luzes
que devem estar ligadas somente a noite.
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Rosito (2009) afirma que a lâmpada somente deverá ser acionada quando
houver necessidade de iluminação artificial no local, uma vez que a iluminação
pública é ao ar livre, a lâmpada somente será acionada no final do dia, e deve
ser imediatamente apagada ao amanhecer, quando a luz natural é o suficiente
para garantir o trânsito seguro de veículos e pedestres.

4.2.2 Reatores

Os reatores são equipamentos auxiliares necessários para o acendimento


de lâmpadas de descarga. Segundo o procel (2011, p. 27) “Tem por finalidade
provocar um aumento de tensão durante a ignição e uma redução na intensidade
da corrente, durante o funcionamento da lâmpada.”

Sua aplicação ocorre, pois após o acendimento da lâmpada de descarga,


gera uma grande queda da impedância, que atinge valores muito baixos. Logo,
para limitar a corrente de alimentação, é utilizado um reator. (COPEL, 2012)

Os reatores podem ser classificados em dois tipos: Os magnéticos,que


fazem parte da primeira geração de reatores, “Geralmente compostos de núcleo
de ferro, bobinas de cobre e capacitores para correção do fator de potência.”
procel (2011, p. 27); e os eletrônicos que são as versões mais modernas,
“Trabalham em alta frequência (20 kHz a 50 kHz), sendo mais eficientes que os
eletromagnéticos na conversão de potência elétrica em potência luminosa.”
procel (2011, p. 27).

4.2.3 Luminárias

De acordo com Procel (2011, p. 16), uma luminária é um dispositivo que


recebe uma fonte de luz (lâmpada) e modifica a distribuição espacial do fluxo
luminoso que gera. Conforme Rosito (2009, p.18) “Inicialmente concebidas para
abrigara lâmpada das intempéries e evitar o direcionamento da luz para o céu,
tornaram-se um dos mais importantes elementos do sistema de iluminação
pública eficiente”, pois além de protegerem a lâmpada e seus componentes,
promovem a distribuição do fluxo luminoso adequado para cada ambiente.
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4.2.4 Lâmpadas de vapor de sódio

As lâmpadas de sódio de alta pressão eram consideradas as mais


eficientes antes do surgimento das lâmpadas LED. Com sua vida útil oscilando
entre 16000 a 32000 horas e eficiência luminosa de 140 lm/W, elas facilmente
sucederam as de baixa pressão, principalmente nas áreas de iluminação pública
interna e externa, sendo própria para iluminação de túneis, vias públicas,
fachadas e estacionamentos.

O tubo de descarga é colocado dentro de um bulbo externo onde é


produzido o vácuo entre eles visando diminuir a perda de calor externo, além de
aumentar a pressão no tubo de descarga e a eficiência luminosa da lâmpada.
(VIANA et. al. 2012).

Devido às radiações de banda quente, estas lâmpadas apresentam o


aspecto de luz branco dourada, porém permitem a visualização de todas as
cores, porque reproduzem todo o espectro.

Segundo a Procel, até 2012 todos os projetos que envolviam a


modernização do sistema de iluminação pública foram realizados executando a
substituição das lâmpadas incandescentes, mistas e a vapor de mercúrio pelas
lâmpadas a vapor de sódio ou a vapor metálico, visando além de reduzir o
consumo de energia elétrica, melhorar as condições de segurança nas vias
públicas, bem como a qualidade de vida nas cidades.

4.2.5 Lâmpadas a vapor de mercúrio

As lâmpadas de vapor de mercúrio ainda são encontradas hoje em


iluminação de ruas e fábricas por causa do baixo custo de investimento. Mas,
devido à sua eficiência baixa, as lâmpadas de vapor de mercúrio consomem
muito mais energia elétrica para alcançar uma determinada quantidade de luz do
que outras lâmpadas como as de iodetos metálicos ou de sódio de alta pressão.

Consta basicamente de um bulbo de vidro, que contém em seu interior


um tubo de descarga feito de quartzo para suportar altas temperaturas.
Possui em seu interior argônio e mercúrio que, quando vaporizado,
produzirá o efeito luminoso. Em cada uma de suas extremidades
possui um eletrodo principal de tungstênio. Junto a um dos eletrodos
principais existe um eletrodo auxiliar ligado em série com um resistor
de partida que se localiza na parte externa do tubo de descarga. No
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interior do bulbo externo é colocado gás inerte para estabilizar a


lâmpada mantendo-a em temperatura constante. (VIANA et. al. 2012).

De acordo com Rosito (2009), foi amplamente utilizada para a iluminação


de ruas e praças. Seu funcionamento depende de um reator apresentando
eficiência de até 55 Im/W e vida útil de aproximadamente 15000 horas. A luz
produzida por essa lâmpada é branca azulada, com um índice de reprodução de
cores na faixa dos55%. Possui alta depreciação ao longo da vida, muitas vezes,
permanecendo acesa emitindo um fluxo luminoso extremamente baixo
comparado ao fluxo inicial.

4.2.6 Lâmpadas a vapor metálico

Pode ser classificada como um tipo particular de lâmpada de vapor de


mercúrio, diferenciando-se pelo acréscimo de misturas de metais no tubo de
descarga da lâmpada, sendo estes responsáveis pelo aperfeiçoamento
significativo na emissão de cores através do fluxo luminoso da lâmpada.

Assim como as demais lâmpadas de descarga a alta pressão, a luz é


produzida a partir da descarga elétrica em uma atmosfera contendo
uma combinação de iodetos metálicos, produzindo uma luz
extremamente branca e brilhante, com eficiência de até 100 Im/W.
(ROSITO, 2009)

Esta lâmpada opera em conjunto com um reator, que produzirá picos de


alta tensão para ignição. De acordo com Elektro, apresenta uma vida útil
mediana de aproximadamente 15000 horas com 30% de depreciação do fluxo
luminoso no período. São indicadas particularmente para aplicação em áreas de
pátios de estacionamento, quadras esportivas, campos de futebol e galpões
destinados a produtos de exposição (FILHO, 2017).

4.3 TECNOLOGIA LED

4.3.1 Os diodos semicondutores

Os LEDs (Light EmittingDiodes), ou diodos emissores de luz, são


dispositivos eletrônicos semicondutores compostos de dois materiais diferentes
com uma junção do tipo P-N que permite que a corrente flua facilmente em
umadireção (polarização direta), mas apenas permite que uma corrente
desprezível flua na direção oposta (polarização reversa).
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É possível alterar as características de um material semicondutor ao


realizar a introdução de certos átomos de impurezas no material
aproximadamente puro. Esse processo é chamado de dopagem e dá
origem aos materiais de tipo n e aos materiais de tipo p. O diodo
semicondutor é formado pela junção de dois materiais construídos a
partir da mesma base Ge (germânio) ou Si (silício), um material do tipo
p e um material do tipo n, assim tem-se a junção p-n.(RAMOS, 2016,
p. 15).

Quando materiais do tipo P e N estão juntos, os elétrons do lado n


preenchem as lacunas do lado p, criando uma zona eletricamente neutra
chamada região de depleção entre os dois lados. Quando a junção PN é
polarizada diretamente, as lacunas do material do tipo P e os elétrons do tipo N
deslocam-se em direção à região de depleção, que é a área de transição entre
os materiais P e N. Essa recombinação gera energia que é liberada sob a forma
de fótons de luz. (NOGUEIRA, 2013).

4.3.2 Construção de cores com LED

A cor do LED é essencialmente monocromática e é definida pelo


comprimento de onda da radiação emitida, como resultado, depende dos níveis
de energia dos materiais usados, ou seja, da dopagem e do tipo de material.
Segundo Marteleto (2011) a dopagem do cristal pode ser feita com gálio (Ga),
alumínio (Al), arsênio (Ar), zinco (Zn), fósforo (P), índio (Ln) e nitrogênio (N),
onde a alteração ou relação da mistura desses elementos altera o comprimento
de onda de luz emitida.

Para efeito de estudo de iluminação, os valores importantes de


comprimento de onda são os compreendidos entre 380 e 760 nm, uma vez que
este é o limite compreendido pelo olho humano (luz visível).

Os LEDs mais aplicados em iluminação são os de luz branca, os PC-LEDs


(PhosphorconvertedLEDs), que, conforme explica Rodrigues (2019) podem ser
divididos em dois grupos: LEDs de alto brilho, também conhecidos como HB-
LEDs (High BrightnessLEDs), que operam com baixos níveis de potencias, com
correntes nominais típicas de 20 mA; E os LEDs de alta potência HP-LEDs (High
Power LEDs), que trabalham em níveis de potência mais elevados, com
correntes nominais típicas de 300 mA até 1,5A. Os HP-LEDs possuem maior
fluxo luminosoe eficácia luminosa, sendo mais eficaz do que os HB-LEDs, sendo
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os mais indicados para aplicação em iluminação pública. (apud RODRIGUES et


al, 2011; SCHUCH et al., 2011).

Existem basicamente duas formas de se gerar luz branca utilizando LED:


utilizando um arranjo de cores primárias (RGB), e a outra é através de LEDs
azuis revestidos com uma camada de fósforo amarelo (PC-LEDs).

4.3.3 Vantagens do uso do LED

A popularização do LED tem como uma das principais causas a economia


de consumo, seja para iluminação residencial ou para empresas de grande porte.
Embora apresente um custo elevado em relação às demais, esse investimento
compensa rapidamente através da redução do consumo de eletricidade.

Lâmpadas de LED equivalentes a 60 W da incandescente e a 15 W da


fluorescente necessitam apenas de 8 Watts para emitir luz, refletindo num gasto
bem menor que as demais, cerca de 1.000 kWh (ENERGIA LIMPA, 2009).

Sua emissão de calor é praticamente inexistente, o que auxilia na


economia energética. Creder (2016) afirma que LED é uma lâmpada que possui
uma eficiência grande no quesito iluminação, gerando menos calor,
principalmente devido à sua produção que contém um dissipador de calor de
alumínio.

Quando se tratando da questão ambiental, a preferência pelo uso das


lâmpadas LED se torna ainda mais necessárias, visto que mercúrio e chumbo,
componentes presentes nas lâmpadas fluorescentes, são extremamente tóxicos
e prejudiciais à saúde. Em caso de descarte inapropriado, as lâmpadas
fluorescentes podem contaminar o ar, o solo e os lençóis freáticos, oque pode
ser evitado com a aquisição das lâmpadas LEDs.

As LEDs, por não possuírem materiais tóxicos em sua composição,


não necessitam de um cuidado específico em seu descarte. Além de
não emanarem radiação ultravioleta e infravermelha, são mais
resistentes em questões de quebra, e quando se quebram seu
revestimento especial as impedem de se espalhar, de acordo com o
INMETRO. (PEREIRA, CARVELLI, 2018)
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5 METODOLOGIA

Nesta seção será apresentada a metodologia aplicada ao estudo de caso


para o desenvolvimento de um projeto luminotécnico visando a substituição das
luminárias convencionais em alguns trechos do sistema de iluminação pública
do município de Santana-AP, utilizando luminárias LEDs.

5.1 ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP.

A cidade de Santana é um município brasileiro que fica localizada no


estado do Amapá. Possui 1.541,224 km²de área territorial, onde vivem 123.096
habitantes (IBGE, 2020).

Figura 12: A: município de Santana. B: Bairros paraíso e central

Fonte: Adaptado de google maps.

Para o estudo, foram selecionadas vias principais da cidade de Santana,


as quais foram divididas em trechos que compreendem a um trecho das ruas
Presidente Tancredo Neves e Presidente Deodoro da Fonseca (Paralelas entre
si), além de alguns trechos das Avenidas 7 de Setembro, Castelo Branco e
Avenida Santana, além de um pequeno trecho da Rua Juscelino Kubitschek (que
compreende a área de acesso ao Posto de Saúde Maria Tadeu) e a rua
Garrastazu Medici, que dá acesso à Praça do Paraiso.

Na imagem abaixo podemos ver um mapa detalhado da zona em que será


realizado o projeto.
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Figura 13: Trecho do bairro Paraíso onde será realizado o projeto

Fonte: Adaptado de Google Maps.

Estes trechos da cidade se destacam pelo alto tráfego de pessoas, devido


à presença de farmácias, comércios, a Praça do Paraíso, a Prefeitura de
Santana, o Campo de Futebol da AERPA, o Posto de Saúde Maria Tadeu e
igrejas, além de ser uma área com grande movimento de trabalhadores e
pessoas que buscam realizar atividade física.

5.2ETAPAS DA REALIZAÇÃO DO PROJETO.

Para a construção do projeto serão utilizados dois métodos: pesquisa


bibliográfica, a pesquisa bibliográfica que consiste na pesquisa de material
teórico para embasamento sobre o assunto de interesse a partir de publicações
já existentes com respaldo cientifico e tecnológico como documentos, artigos,
livros etc. E o método do estudo de caso que é uma técnica que visa analisar
determinada situação dentro do seu contexto real, como por exemplo situações
ou problemas do cotidiano de uma sociedade.

No primeiro momento será realizada a pesquisa para nortear a construção


de um projeto piloto com a utilização de Leds, coletando informações a respeito
das normas técnicas e procedimentos para a realização do projeto, coleta de
dados, software para realização de simulações e conhecimento teórico sobre
iluminação pública.
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Em seguida serão realizadas atividades em campo, onde serão


levantadas as características das vias em questão, a sua classificação e o tipo
de iluminação adequado de acordo com a NBR 5101. Será realizada também a
avaliação do sistema anterior através da construção de malhas de inspeção e
coleta de dados.

Após a coleta de dados serão realizadas as simulações utilizando o


software de iluminação DIALux, empregando LED para o novo sistema de
iluminação,a definição das características dos novos materiais que irão substituir
o sistema anterior, além da realização do cálculo de viabilidade econômica entre
o sistema atual e o sistema proposto.

6 RESULTADOS ESPERADOS ou (RESULTADOS PRELIMINARES)

Este trabalho está sendo realizado com o intuito de analisar as condições


do atual sistema de iluminação nos trechos especificados, avaliando os apectos
de iluminação das vias públicas, visando comprovar a viabilidade econômica da
implementação da tecnologia LED no local. Junto a isso, evidenciar as melhorias
na qualidade da iluminação com LED em relação ao sistema anterior, garantindo
uma redução no consumo de energia e mantendo a qualidade da iluminação
local, gerando conforto e segurança para a população nas vias durante o período
noturno.

7 CRONOGRAMA

O cronograma é a representação gráfica do tempo que será utilizado para


a confecção de um trabalho ou projeto. As atividades a serem cumpridas devem
constar no cronograma. Serve para ajudar no controle do andamento do
trabalho.

ANO
18

ATIVIDADES MESES

Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Pesquisa Bibliográfica X

Coleta de Dados (se for o X X


caso)

Processamento dos dados X X


ou Simulação
Computacional

Análise dos Resultados X X X

Redação do TCC X X

Defesa do TCC X
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BIBLIOGRAFIA

COSTA, G. J. C. Iluminação econômica: cálculo e avaliação. 4. ed. Porto


Alegre: EDIPUCRS, 2006. 561 p.
COPEL, Manual de iluminação pública. Curitiba. 2012.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 16. ed. LTC, 2016.
FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais. 9. ed. LTC, 2017
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE: Cidades e
estados. 2020. Disponível em: < www.ibge.gov.br/cidades-e-
estados/ap/santana.html?> acesso em 20, abril, 2021.
MAGGI, Thiago. Estudo e implementação de uma luminária de iluminação
pública a base de LEDs. 2013. 243 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Elétrica) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2013.
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