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Trabalho de Eletrônica de Potência III

Sistemas de Backup - No Breaks

Componentes:
Adriano Borges
Alessandro Lage Ribeiro
Bruno Vinícius
Daniel Cerqueira
Fabiano Augusto N. de Carvalho
Marcelo Vivas
O que é um No-Break
No Breaks (ou UPS: Uninterruptive Power Supply, como são conhecidos
internacionalmente) são a forma ideal de proteção elétrica de
computadores. Os no breaks são indicados para proteger e manter ligados
um computador ou uma rede de computadores, bem como centrais
telefônicas, sistemas de telecomunicações e equipamentos que
necessitam do fornecimento de energia elétrica durante certos períodos de
tempo, quando ocorrem falhas na rede de distribuição elétrica. Com eles,
os usuários podem salvar e fechar os arquivos em utilização.
A função básica do No Break é impedir o desligamento do micro ou
periférico em caso de queda de energia. Isto vale não só para os casos de
black-out total, mas é especialmente importante para proteger os
equipamentos contra os efeitos "flicker" (microdesligamentos, que
acontecem em frações de segundos e podem causar danos à máquina).
Quando a energia se interrompe, o No Break aciona suas baterias e
garante um tempo de funcionamento extra. Esse tempo é, em geral, da
ordem de 15 minutos, um prazo suficiente para que o usuário proceda ao
fechamento dos arquivos e desligue por completo todo o equipamento.
Os No Breaks variam de acordo com a capacidade de trabalho e a
potência de duração de suas baterias (autonomia). Há alguns mais caros,
com mais de duas horas de duração, utilizados em servidores de rede.
Outros, direcionados ao usuário doméstico, têm preços bem acessíveis,
garantindo a energia por algum tempo (o mínimo é de 10 minutos), o
suficiente para salvar e fechar todos os arquivos abertos.
Existem ainda alguns No Breaks com baterias externas adicionais que
podem atingir até duas ou quatro ou mais horas de autonomia. Neste caso,
o usuário pode simplesmente fechar o arquivo ou até continuar
trabalhando. Outra vantagem deste tipo de No Break, é a possibilidade de
funcionar também, como um pequeno gerador de energia. Ou seja, mesmo
sem energia na rede, o usuário pode ligar o seu micro com o apoio deste
equipamento.
Muitos modelos de No Break, já vem com filtro de linha (protege o micro de
variações rápidas de energia), integrados, garantido ainda mais
segurança. Com preços bastante razoáveis, esse equipamento pode
significar maior vida útil para seu PC, além de economizar manutenção.
Funcionamento
O No Break (literalmente "sem parada"), mantém o seu equipamento
ligado se a energia da rede pública for interrompida. Ele tem uma bateria
(ou várias), além de um circuito elétrico que identifica a interrupção de
energia e começa a alimentar automaticamente o micro com a corrente
elétrica acumulada na bateria.

Genericamente temos:

Dentro do No Break existe a Chave de Transferência, que é uma chave


interna ao nobreak responsável por duas funcões: 1-Conectar a rede
elétrica às cargas quando a rede elétrica está em condição satisfatória; 2-
Conectar o conjunto baterias-inversor às cargas quando ocorrer alguma
anormalidade no fornecimento de energia elétrica.

Existem também:

Inversor: Circuito interno ao nobreak que transforma a tensão das


baterias(DC) em tensão alternada (AC), sendo esta última do mesmo tipo
da fornecida pela rede elétrica.
Retificador: Dispositivo com a função de transformar a tensão alternada
(AC) da rede elétrica em tensão contínua (DC) para alimentar o inversor.
Quando ocorre uma falha no consumo de energia, A Chave de
Transferência é acionada, há um Tempo de Transferência - Tempo
necessário para que a chave de transferência mude a conexão rede
elétrica-cargas para o conjunto baterias-inversor-cargas, e a partir daí as
baterias passam a alimentar o micro.
Existe também o BY PASS - Sistema de proteção que em caso de "pane"
do nobreak, alimenta as cargas diretamente com a energia da rede
elétrica.

Tipos de No Breaks
Existem dois tipos básicos de no breaks: off-line e on-line. Ambos
mantêm os equipamentos em funcionamento sem interrupção. A diferença
está na forma como a energia chega à máquina.
Os aparelhos do modo off-line, também conhecidos como short-breaks,
possuem tecnologia utilizada mundialmente, e surgiram com o objetivo de
diminuir os custos de produção. Nesse caso, as baterias (dos shorts-
breaks mais avançados) levam, em média, dois milessegundos para
assumir o controle da energia. Contudo o usuário não perde a sua base de
dados, pois o sistema passa a interpretar a falta de energia após nove
milessegundos.
No caso do no break on-line, as baterias ficam carregadas em regime de
flutuação, ou seja, a energia necessariamente passa pela bateria para
entrar no computador; o tempo de transferência ou tempo de comutação é
igual a zero. O no break assume a energia elétrica imediatamente na hora
da queda. Eles são recomendados para aplicações mais críticas, como
servidores de rede, sistemas de telecomunicações, equipamentos
hospitalares e outros.

Tecnologia Off-line

No-Break Standby

Os nobreaks off line stand by, também conhecidos no Brasil com


Shortbreak, desempenham as seguintes funções:
Com rede elétrica normal, esta tensão é transmitida diretamente as cargas,
sem as funções de condicionamento de energia (estabilizador e filtro);
Quando ocorrer "queda" de rede ou quando a tensão da rede elétrica
estiver "baixa", a chave de transferência do nobreak é acionada permitindo
que as baterias forneçam energia as cargas através do invensor;
Esta concepção de nobreak, como não possui a função de estabilizador
quando ocorre uma variação da tensão da rede elétrica o nobreak entra
em operação bateria, quando deveria na verdade estabilizar a tensão de
saída, protegendo as cargas sem utilizar a energia das baterias;
Quando a energia está disponível ela passa pelos circuito de filtragem e
estabilização disponibilizando uma energia "limpa" na saída. Ao mesmo tempo o
carregador está ativo e carregando a bateria (azul), porém o inversor está desligado.
Quando há falta da energia o inversor é ativado e passa a alimentar a saída
(vermelho)

Vantagens : Alto MTBF devido amínima quantidade de componentes


eletrônicos e o inversor permanecer desligado até a falha da energia.
Baixo consumo de energia. Melhor aproveitamento da bateria devido a sua
utilização apenas quando há uma falha na energia elétrica (aumentando
sua vida útil)
Desvantagens : Não possui proteção contra distorção harmônica.
Aplicável somente em equipamentos com fonte chaveada. Forma de onda
retangular com controle de largura de pulso.
Outras características : Tempo de transferência para entrar em modo
bateria, ou seja, tempo para ativar o inversor (de 4 a 8ms). Usado em PCs
e mercado Soho.

No-Break Linha Interativa (Line Interactive)


Os nobreaks LINE INTERACTIVE possuem as características descritas
abaixo:
Com a rede elétrica variando ao redor do valor nominal, a tensão de saída
é controlada e protegida contra interferências (EMI e EFI) e surtos de
tensão através de circuitos eletrônicos especialmente dimensionados;
Em falha de rede, a tensão de saída é interrompida por um tempo inferior a
4 milésimos de segundo, que é o tempo suficiente para o acionamento do
inversor que trabalha em paralelo. Esse procedimento é muito mais rápido
que o utilizado em equipamentos com chave de transferência (nobreaks
STAND BY ou como são conhecidos no Brasil, Shortbreak);
Os nobreaks com Tecnologia LINE INTERACTIVE, como possuem
estabilizador interno, corrigem o nível de tensão fornecido as cargas a um
valor adequado sem a necessidade de entrar freqüentemente em
operação bateria, não descarregando as baterias desnecessariamente;
Os nobreaks LINE INTERACTIVE estão se tornando populares devido a
sua excelente relação custo/benefício.
Quando a energia está disponível ela passa pelos circuitos de filtragem,
inversão e estabilização disponibilizando uma energia "limpa" na saída.
Nesse momento a bateria está sendo carregada pelo inversor (azul), que
fica sempre ativo. Quando há falta da energia o inversor inverte o sentido
de operação e passa a alimentar a saída (vermelho).

Vantagens : Alto MTBF devido a mínima quantidade de componentes


eletrônicos. Baixo consumo de energia. Melhor aproveitamento da bateria
devido a sua utilização apenas quando há uma falha na energia elétrica
(aumentando sua vida útil)

Desvantagens : Tempo de autonomia médio. Normalmente apresenta a


possibilidade de obtenção de maior tempo de autonomia através de
módulos de bateria externas. Não possui proteção contra distorção
harmônica. Aplicável somente em equipamentos com fonte chaveada.
Forma de onda senoidal por aproximação - Retangular PWM (Controle de
Largura e Pulso)

Outras características : Tempo de transferência para entrar em modo


bateria, ou seja, tempo para inverter o sentido de operação do inversor (de
2 a 4ms). Usados em PCs, periféricos, estações de rede de pequeno e
médio porte e mercado Soho.

Tecnologia On-line

No-Break On-Line Simples Conversão


A forma de transmissão da energia elétrica é a alternada, ou seja, inicia no
valor de tensão zero sobe até um valor de pico
positivo ( varia por região, pode ser 220 ou 110 Volts ) e desce até um
valor de pico negativo, alternando-se assim infinitamente.
Só que as baterias instaladas no No Break, só armazenam energia na
forma contínua (como a energia das pilhas), que
apresentam um valor de tensão fixo e sem variação.
Assim, a energia elétrica alternada entra no INVERSOR, que a converte
para a forma de energia elétrica contínua de modo que possa ser
armazenada pela BATERIA. A BATERIA descarrega sua energia no outro
INVERSOR que faz a conversão de energia elétrica contínua para
alternada, passando a alimentar o microcomputador. Nesse processo, a
BATERIA nunca fica sem carga, já que toda energia que ela fornece é
recarregada em seguida. No momento em que temos falta no fornecimento
de energia elétrica, o computador recebe de modo automático a energia
armazenada na BATERIA do No Break.
Quando a energia está disponível ela passa pelos circuito de filtragem e
inversor. O inversor carrega a bateria e utiliza a energia da bateria para
disponibilizar uma energia "limpa" na saída (azul e vermelho). Quando há
falta da energia o inversor simplesmente mantém a alimentação da saída
ativa via bateria (vermelho).

Vantagens : Não tem tempo de transferência e pode ser utilizado em


cargas com fontes lineares. Possibilita ótimos níveis de regulação sem um
circuito de estabilização na saída.
Proteção contra 8 dos 9 problemas mais comuns da rede elétrica. Bom
MTBF. Não há restrições quanto ao tipo de carga que pode ser ligada a
sua saída. Pode ser usado para um ou mais micros, tornando-se uma boa
opção para segurança centralizada. Forma de onda senoidal pura.
Possibilidade de obtenção de maior tempo de autonomia através de
módulos de bateria externas. Apresenta menor distorção harmônica na
saída do que os nobreaks do tipo line-interactive.

Desvantagens: Não possui proteção contra distorção harmônica da rede


de entrada. Custo de aquisição mais elevado do que o de topologias
apresentadas anteriormente. Tempo de autonomia médio.
Outras características : Possui maior utilização da bateria, diminuindo
sua vida útil. Usados em PCs, periféricos, servidores, provedores, missões
críticas.

No-Break On-Line Dupla Conversão

Funcionamento : O retificador esta permanentemente alimentando a


bateria, que alimenta o inversor. O conjunto bateria/inversor é responsável
pela alimentação da saída (azul e vermelho). Quando há falta de energia o
conjunto bateria/inversor continua a fornecer energia independente da
entrada (vermelho).

Vantagens : Não tem tempo de transferência e pode ser utilizado em


cargas com fontes lineares. Possibilita ótimos níveis de regulação sem um
circuito de estabilização na saída. Proteção contra todos os problemas
provenientes da rede elétrica. Bom MTBF. Indicado para todos os tipos de
equipamentos eletrônicos. Tempo de transferência zero. A regulação de
saída não gera ruído. Possui By-Pass automático e manual, garantindo
assim a possibilidade de manutenção mesmo com as cargas alimentadas,
o que diminui o MTTR (tempo médio entre reparos).

Desvantagens : Tempo de autonomia elevado. Ainda assim, há a


possibilidade de obtenção de maior tempo de autonomia através de
módulos de bateria externas. Ideal para condições em que ocorrem falta
de rede por muito tempo. Forma de onda senoidal pura. Custo de
aquisição elevado. Necessidade de um espaço superior ao das topologias
anteriores para a locação do nobreak.

Outras características : Possui maior utilização da bateria, diminuindo a


vida útil e diminuindo o MTBF. Alta distorção harmonica na entrada e baixo
rendimento (alto consumo da energia). Usados em PCs, periféricos,
provedores, servidores, redes de grande porte com alimentação
centralizada, datacenters e missões críticas

No Breaks Inteligentes (ou microprocessados)


Os No Breaks podem ser convencionais (só com dispositivos eletrônicos)
ou inteligentes, isto é, com um processador embutido (chip). Os
convencionais resolvem perfeitamente o problema dos usuários de micros
isolados, mas para usuários de rede, o ideal é um No Break com
processador.
Para isto, existem os no breaks inteligentes, que alimentam os sistemas e
enviam mensagens aos usuários (ocorrências de falhas no fornecimento
de energia, o tempo de utilização ainda disponível, etc.), podendo inclusive
providenciar o fechamento dos arquivos, desligar o computador e se
desligar automaticamente. No reestabelecimento da energia comercial, o
aparelho se ligará automaticamente e retornará a situação de trabalho que
foi interrompida.
Há No Breaks para servidores de rede que possuem dois módulos de
bateria externa, e suportam um servidor de 300 VA por até 24 horas.
Considerações (na hora de comprar um no break)
Potência Máxima fornecida, varia de 300 até 3000 VA, (ou mais, para uso
profissional). Este item é de suma importância pois o consumo da carga
não deve ser superior a 90% da potência do Nobreak, caso contrário o
transformador do aparelho poderá aquecer e pegar fogo.
Autonomia (Tempo de carga), determina qual vai ser o período que o(s)
equipamento(s) ligados a saída do no break permaneceram energizados,
geralmente varia de 15 minutos a 2 horas dependendo do tipo e
quantidade de baterias e preço do nobreak.
Tolerância das tensões de entrada e saída, geralmente menor que 10%,
exemplo: ±3,0%
Tensão de entrada, os mais indicados são os no breaks bivolt, pois podem
trabalhar indistintamente, com voltagens de 110, 127 e 220 V. No caso do
Brasil isto é muito importante, pois essas diferentes tensões nominais
convivem, muitas vezes, num mesmo bairro e até num mesmo prédio.
Tensão de saída, normalmente é 115 volts.
Número de tomadas de saída de tensão, recomenda-se quatro ou mais.
Tomadas de proteção telefônica, os modelos novos já vem com esta
opção.
Estabilizador e Filtro de Linha embutidos, verifique se existem. Só assim
pode-se evitar oscilações e picos de energia e ruídos de radiointerferência
e interferências eletro-magnéticas. Além disso, pequenas oscilações e
distúrbios na corrente (imperceptíveis na maioria dos casos) podem travar
o sistema e até danificar equipamentos.
Rendimento, todo aparelho para funcionar consome energia, este valor
deve ser o mais baixo possível, exemplo: maior que 95 %. ou seja, ele
consome 5 % de energia para funcionar, e fornece 95 % de trabalho.
Tempo de resposta (milisegundos), é o tempo que o nobreak levará para
perceber a queda da tensão na entrada, acionando a bateria que
alimentará o inversor, depende da tecnologia, Quanto menor melhor (isso
só vale para no breaks off-line).
Assistência Técnica, é interessante o usuário se informar com sua
revenda, para verificar se determinada marca de No Break já foi
efetivamente testada no mercado. Seja como for, ele deve procurar
equipamentos de fabricantes que possuam rede de assistência técnica em
todo o território nacional e, em especial, próxima de seu endereço.
Microprocessamento, este recurso permite que o nobreak se comunique
através da interface serial com o microcomputador usando um software de
controle que monitora a situação da rede tomando decisões, como desligar
um servidor de rede.
Outras características, Regulagem eletrônica, Painel digital, Voltímetro
eletrônico embutido, grau de aterramento e isolamento, controle remoto, é
obvio que quanto mais moderno o no break, maior o preço.

Como dimensionar a Potência do No Break


Desde que a maioria dos no breaks são usados para proteção de
computadores, tudo que você precisa saber é a quantia total de VA (volt-
ampere) do hardware que você quer conectar ao no break. Em casos
raros, onde o no break irá proteger um equipamento que não seja um
computador (ou impressora) serão necessárias informações adicionais
com o fabricante do no break.
Para determinar a capacidade do no break que você precisa, siga estes
passos simples:
1. Liste todo equipamento a ser protegido pelo no break.
2. Obtenha o valor da voltagem e da amperagem de cada parte do
sistema.
3. Multiplique a voltagem e a amperagem de cada peça e coloque o
resultado como “VA”. Alguns equipamentos, como um computador, podem
ser marcados com nível de consumo de energia medido em watts. Para
converter Watts para VA, simplesmente divida por 0.70 (para um fator de
energia = 0.7) ou multiplique por 1.43.
4. Totalize os valores de "VA" e coloque o resultado no "Subtotal".
5. Multiplique o subtotal encontrado no passo 4 por 0.25 e use o resultado
como “Fator de Expansão”. Este cálculo permite futuras expansões.
Sistemas modernos são fabricados para expansão e este passo é
recomendado para permitir expansões. Recomenda-se que você some 5%
a cada ano como expansão, para cinco anos, 25%. Seus planos de
expansão podem requerer uma capacidade maior de no break no futuro.
6. Adicione o “Fator de Expansão” ao “subtotal” para obter o “VA
necessário”.
7. Agora escolha o no break apropriado com VA um pouco acima do valor
“VA necessário” que você encontrou no passo 6.
Custo
Enquanto o preço do No Break mais robusto equivale ao de um micro, o
Short Break (No Break doméstico) varia de R$ 200,00 a R$ 300,00.
Deve-se considerar ainda que o preço varia de acordo com a necessidade
do usuário, isto é, para um usuário comum, um No Break pode estar na
faixa estipulada acima, já para empresas que necessitam proteger vários
micros ligados por um período considerável de tempo, o preço pode variar
de R$ 500,00 até o custo do próprio micro.
O No Break on-line é o mais seguro de todos os No Breaks, devido a este
fato, se dá ao luxo de custar mais, está na faixa de US$1000 por 1000VA.
Deve-se levar em consideração o real valor da informação a ser protegida
ao adquiri-lo.
De acordo com um levantamento feito com diversos fabricantes nacionais,
de cada dez servidores vendidos, três utilizam no breaks; nos Estados
Unidos, de cada 10, nove usam o equipamento. O aumento da escala de
produção e a queda dos custos dos componentes são fatores que
legitimam reduções significantes no custo dos no breaks.

Capacidade de carga e tempo de uso

Duas das características mais importantes em um No-Break são:


capacidade de carga e tempo de funcionamento.
É importante entender bem as diferenças entre elas, visto as importantes
funções que as mesmas desempenham no dimensionamento do No-
Break.
O tempo de funcionamento de um No-Break informa o tempo em minutos
no qual o No-Break será capaz de fornecer energia da bateria para uma
carga dada. Assim, há como se prever o período que o sistema poderá
trabalhar com o auxílio das baterias. Lembrando que, quanto maior a
capacidade da bateria, maior será o período de autonomia.
Carga Tempo de funcionamento
(VA) (min)
100 49
200 22
300 14
400 9,3
500 7,2
600 5,8

VERDADES E MENTIRAS SOBRE OS ESTABILIZADORES E OS NO -


BREAKS

Sobre o problemas com modems queimados, nós podemos perceber que enquanto
as pessoas confiam nos sistemas de proteção dos fabricantes de estabilizadores e
no-breaks, os mesmos acabam sendo ineficazes durante tempestades, provocando a
perda de vários equipamentos que estavam a eles ligados.
Mais difícil se torna quando vemos algum periférico do nosso micro sendo
danificado e não podemos fazer nada, a não ser confiar nos nossos estabilizadores
e no-breaks.
Na realidade, não há nenhuma proteção totalmente segura contra raios, o que se
consegue é apenas reduzir o potencial de risco. Qualquer que seja o componente
eletrônico empregado na proteção, sempre demora um determinado tempo para
reagir, deixando passar um pouco (ou muito) da energia excedente.

Vejamos, por exemplo, o caso de um fusível, o componente mais simples (e um


dos mais usados, por seu baixo custo e facilidade de substituição pelo próprio
usuário):
Possui um filamento que se aquece com a elevação da corrente acima dos níveis
para o qual foi projetado, vaporizando-se e interrompendo a passagem de corrente.

Mas, a velocidade das ondas eletromagnéticas é de cerca de 300.000 Km por


segundo e ainda que ele se queime em apenas alguns milésimos de segundo, esse
tempo para o raio já é uma eternidade.

Some-se a isso a quantidade de energia descomunal das descargas atmosféricas, e


você verá que não é muito difícil torrar o seu equipamento. Além disso, há o
fenômeno do arco voltaico. Dependendo da diferença de potencial elétrico (tensão,
"voltagem") existente entre dois pontos separados entre si a energia elétrica pode
"saltar" de um para o outro, atravessando o espaço e materiais isolantes. O próprio
raio é, na verdade, um gigantesco arco voltaico entre a nuvem e a terra.

Isso significa concluir que mesmo estando o interruptor do micro desligado, é


possível ocorrer uma descarga tão forte que atravesse o interruptor como se ele
inexistisse e chegue aos delicados circuitos eletrônicos. Isso também vale para o
modem, que possue um relay (espécie de interruptor magnético comandado pelos
circuitos eletrônicos)que o liga e desliga da rede telefônica (pela qual também pode
vir o raio).

Não basta desconectar-se da internet durante a tempestade. É altamente


recomendável desconectar o fio do modem da tomada, desligar o micro, e desligá-
lo também da tomada.

A quase totalidade dos raios é detida pelos dispostitivos de segurança das


companhias elétricas e telefônicas, que se espalham pelos postes, no "padrão" da
sua casa, nas centrais telefônicas, etc. Quando um raio atinge um fio de energia
elétrica, por exemplo, em cada poste os dispositivos de segurança tentam desviar
para a terra o máximo da energia possível. O que não conseguem drenar, fica por
conta do dispositivo seguinte.

Em sua casa, a mesma coisa: primeiro, o disjuntor. Depois o seu estabilizador de


tensão. Falhando estes, a fonte de alimentação tentará barrar o pico de energia (por
isso geralmente é a primeira a queimar). Depois, alguns diodos zener e capacitores
da placa mãe ainda tentarão salvar ao menos o microprocessador...
Quanto mais longe da sua casa o raio cair, maiores as chances dele ser contido
antes de causar estragos. Mas, como saber aonde ele vai cair? Como prever a sua
magnitude? Então, o melhor conselho é realmente não confiar. Os fabricantes de
no-break, na propaganda apregoam que seus equipamentos protegem contra raios.
Mas, qual desses fabricantes garante trocar o seu micro se ele queimar?
Paradoxalmente (gostaram desta?), até o próprio no-break está sujeito a queimar,
no caso de raios. Isso eles não informam nos manuais.

É como os bancos: alardeiam a total segurança das transações bancárias na internet


e nos caixas eletrônicos, mas impõe limites de valor aos saques. Por que será?

Uma questão importante é ligar o seu micro a uma rede provida de aterramento
adequado. Isso melhora consideravelmente a ação dos sistemas de proteção, que
tem um lugar para onde desviar o excesso de energia que estão tentando bloquear.

O terra funciona como o cano "ladrão" da caixa-d'água. Se a vazão do "ladrão" for


igual ou maior que a água que entra, o problema poderá ser resolvido. Se for
menor, ao menos diminuirá a quantidade de água que transbordará da caixa,
diminuindo os danos.

Outro problema durante as tempestades (algumas vezes até sem tempestade


alguma), para quem não tem no-break, é o fornecimento de energia ser cortado e
retornar subitamente, às vezes várias vezes sucessivamente. Tanto a rede de
energia elétrica quanto o seu estabilizador, a fonte de alimentação do seu micro,
possuem mecanismos para estabilizar a tensão, os quais demoram um certo tempo
para atuar. Quando a energia volta, ocorre um período de desequilíbrio e sempre
ocorre uma elevação momentânea da tensão, que é perigosa.
Alguns micros modernos com fonte ATX tem uma opção no Setup que impede o
religamento se a energia for cortada (o religamento só pode ser feito
manualmente), sendo conveniente ativar essa função. Como se tudo isso não
bastasse, durante as tempestades ocorrem surtos de tensão, os quais podem fazer a
cabeça de leitura dos discos rígidos, que trabalham flutuando sobre a superfície
magnética, baterem contra esta, causando os chamados "bad sectors" - setores ruins
Áreas onde não é mais possível gravar dados. Poderá ser fatal para o HD, se o dano
for na trilha zero, onde ficam áreas vitais (FAT, setor de boot, tabela de partição),
cujo dano poderá impedir até a inicialização do sistema operacional.
Conclusão:
Após o estudo feito sobre No-Breaks, constatamos a eficiência dos No-
Breaks, no sentido de se garantir a integridade e funcionalidade de
equipamentos eletrônicos e/ou sistemas.
Porém, é necessário que seja feito um estudo, que indicará qual topologia
deve ser aplicada.

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