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QUAL A MINHA IDENTIDADE EM DEUS?

Falar em identidade é o mesmo que falar em se conhecer, pois identidade, no sentido


original, é o conjunto de características que nos distinguem de outras pessoas, de
objetos, permitindo assim a nossa individualização, diferença. Todo ser humano possui
uma identidade, querendo ou não, entendendo ou não, conhecendo qual é essa
identidade ou não. 
É através da identidade, que temos o reconhecimento de quem somos. Enquanto
indivíduos. Somos identificados como uma pessoa através do nome, do dia em que
nascemos, do sexo que temos, dos nossos pais, dos nossos avós, da impressão digital, e
de todo o conjunto de caracteres particulares que pertencem somente a nós.
Mas será mesmo que entendemos de identidade além de tudo isso?! O mundo em que
vivemos é tão confuso no quesito identidade que pessoas trocam de nome, de sexo,
deserdam seus pais...
 O que está acontecendo nesse mundo onde as pessoas parecem perdidas na sua
identidade, ocultando-se ou querendo mostrar o que não são?!
 Por que ser fake, palavra em inglês que denota alguém falso que se passa por
outro ou cria um personagem mentiroso, que não existe, para simular uma
identidade irreal?
 Por que pessoas até na intimidade se mostram ser um personagem inexistente e
não expressam sua real identidade?
Por tudo isso e muito mais, abordaremos a vida de Maria Madalena, uma mulher que
teve sua identidade restaurada após conhecer Jesus. Ela se tornou uma discípula fiel e
que passou a acompanhar o Mestre em quase todas as Suas jornadas, inclusive no
momento da crucificação.
 Maria Madalena – quem foi essa mulher
“E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia,
pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas
mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria,
chamada Madalena, da qual saíram sete demônios” (Lucas 8:1,2)
Além de sabermos o que está registrado em Lucas 8:2, que Maria Madalena foi a
mulher de quem Jesus expulsou sete demônios, pressupomos que, por causa do seu
nome, ela seja da cidade de Magdala, que ficava ao sudoeste do Mar da Galileia. Mas o
fato é que essa mulher foi citada na Bíblia por 12 vezes, tornando-a a mulher que mais
aparece no Novo Testamento. Isso porque quando Deus restaura a nossa identidade e
passamos a nos conhecer de verdade, não importa quanto endemoninhadas fomos, mas a
libertação pela qual passamos. 
Tudo o que sabemos sobre o seu passado é que Jesus a encontrou escrava de sete
demônios, e que Ele a libertou para que tivesse uma identidade marcante, transformada
de uma maneira tão surpreendente, de forma que abandonou tudo para ser seguidora de
Cristo. E não apenas isso, mas passou a segui-lo.
 Maria Madalena – discípula de Jesus 
Maria Madalena, como discípula de Jesus, foi uma mulher surpreendentemente forte,
determinada, resoluta e presente. Saiu de Magdala, uma aldeia de pescadores na costa
oeste do mar da Galileia, próxima a Tiberíades para seguir o Mestre por todas as cidades
em que andava, por todas as aldeias em que entrava. Onde Jesus estivesse pregando e
anunciando o Evangelho do Reino de Deus, ali estava ela. Nem se importava se os 12
discípulos de Jesus gostavam ou não, ela O acompanhava com algumas das mulheres
que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades, como vimos acima
em João 8:1,2. 
Como discípula de Jesus, segui-lo tornou-se uma prioridade. Ela era muito grata por
tamanha libertação que recebera do Mestre, não O abandonando mais a partir daquele
momento. E não apenas em momentos de alegria, quando O ouvia ministrar, mas até
mesmo na caminhada para a Cruz (Marcos 15:40,41).
Como deve ter sido um momento de terrível dor para ela, como discípula, presenciar
aquela trajetória de sofrimento de um Homem que só havia feito o bem para ela e para
tantos! Ela ficou tão triste com a morte de Jesus, que a Bíblia registra em Marcos 15:47,
que Maria Madalena ficou observando tudo até o final para saber onde colocariam o
corpo de Jesus. Ela presenciou cada momento de angústia que o Mestre viveu. 
 Maria Madalena – uma mulher obediente
(Lucas 23:55,56)
De uma mulher endemoninhada, contemplamos agora uma mulher cordata, que sabia
esperar e obedecer às Leis de Deus. Uma mulher que não se confundia na sua
identidade. Em meio ao sofrimento e à dor, a Bíblia diz que Maria Madalena voltou
com as outras mulheres para preparar as especiarias e os unguentos, como era costume
do povo, mas respeitou o Sábado para repousar, de acordo com a Lei, de acordo com o
mandamento. Como podemos aprender com ela, com seu exemplo, com sua nova forma
de viver.
Sabemos que uma pessoa endemoninhada é atormentada, aflita, não mede
consequências nas suas atitudes, mas sabemos também que uma pessoa que tem sua
identidade mudada por Deus, através de Jesus, deixa as aflições para trás, e passa a
confiar totalmente nos planos e desígnios do Senhor. 
E Maria Madalena esperou chegar a madrugada de Domingo para ir até o sepulcro, na
intenção de aplicar as especiarias e os unguentos no corpo de Jesus. O que ela não sabia
era que seu serviço ao Mestre, mesmo após a Sua morte, daria a ela a alegria de ser uma
testemunha fiel da Sua ressurreição, na verdade, a primeira testemunha da ressurreição
de Cristo, como descrito nos quatro Evangelhos (Mateus 28:1-10 / Marcos 16:1-10 /
Lucas 24:1-10 / João 20:1-18).
Como podemos ver de acordo com a Palavra de Deus, Maria foi uma mulher de
identidade transformada ao ser liberta por Jesus, foi uma mulher discípula de Jesus –
seguidora de todos os Seus caminhos em vida e após a morte, e não apenas isso, mas
também na Ressureição, fez história ao lado do Mestre e é a única mulher que tem a sua
história contada em todos os Evangelhos. 
Em nenhum momento, abandonou o Senhor, nem mesmo ao ouvir a sentença de morte
declarada por Pilatos, e, ao contrário de Pedro, não negou Jesus, preferiu, apesar da dor,
presenciar Sua crucificação, a forma como foi espancado pelos soldados, humilhado e
cuspido pela multidão, e até à crucificação ela foi seguindo... Não havia nada que ela
pudesse fazer para evitar aquele momento, mas sua dedicação em todos os momentos
pelos quais Jesus passou, com certeza fazia parte da sua identidade restaurada,
reformada, de uma discípula fiel e que não abandona o seu líder em nenhum momento.
 Maria Madalena – anunciadora de Boas-novas
Quem não queria ser Maria Madalena após a libertação? Não podemos dimensionar o
quanto essa mulher teve a sua identidade transformada por Cristo, mas podemos
concluir que a mudança pela qual passou foi, antes de tudo, surpreendente para ela
mesma. 
Nada que Maria fazia era para impressionar as pessoas, ela só queria uma coisa: Estar
perto daquele que a libertou, aproveitar cada momento com Jesus em vida e acompanhar
seus últimos momentos até a morte. Com certeza, ela cria na sua ressurreição, assim
como os discípulos, mas, ao contrário deles, não ficou em depressão nem desacreditada.
Tanto que, por estar no lugar certo e na hora certa, tornou-se a primeira testemunha da
ressurreição de Jesus, e não apenas isso, tornou-se também uma escolhida para anunciar
aos discípulos que Ele havia ressuscitado.
Maria Madalena foi uma mulher excepcional naquela época, se tornou uma Apóstola
cheia do Espírito Santo, afinal, alguém tão dedicada em acompanhar o Mestre, com
certeza, estava também à espera da descida do Espírito Santo. E, penso, sinceramente,
que ela, com outras mulheres que também acompanharam o ministério de Jesus, estava
reunida com os Apóstolos quando receberam o Espírito Santo. Afinal, a Bíblia registra
que ela estava entre as mulheres que viram Jesus ascender aos Céus e prometer o
Consolador (Atos 1:12-14).
Sei que se permitirmos que nossa identidade seja restaurada e abrirmos o nosso coração
para a Reforma que Deus tem para nós, podemos viver a mesma experiência de Maria
Madalena em ser um canal de Deus para anunciar as 
Boas-novas de Cristo.

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