Fones de Ouvido para Djs o Guia

FONES DE OUVIDO PARA DJS
- TUDO O QUE VOCE PRECISA SABER ANTES DE COMPRAR O SEU -
Desenvolvido por Hermes Pons /YELLOW.ART.BR /YELLOWARTBR /YELLOW.ART.BR

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FONES DE OUVIDO PARA DJS - TUDO O QUE VOCE PRECISA SABER ANTES DE COMPRAR O SEU
Sumário
In t ro d uçã o 03
Pra começar: a anatomia de um fone para DJs 05
É fechado? 05
É robusto? 06
É leve? 06
É confortável? 06
Drivers grandes 07
Tamanho/espessura dos cabos 07
Impedância 08
Potência 09
Gama de frequência 09
Pesquise antes 10
Testando 11
Dicas e sugestões de quem usa 12
Pioneer HDJ-1000 12
Technics RP-DJ 1210/1200 13
Sennheiser HD25 II 15
Pioneer HDJ-C70 17
Beats Pro 21
Conclusão 22
Sobre o autor 23
/YELLOW.ART.BR /YELLOWARTBR /YELLOW.ART.BR

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Eu me lembro do primeiro par de fones profissionais

que tive - era um Stanton Pro 2000, preto e amarelo,
ainda com aquela logo clássica da fábrica. Apesar de
ser um fone simples pros padrões de hoje, resolveu
lindamente a minha vida por alguns anos até pifar.
Mas, antes de eu ter dinheiro pra comprar esses fo-

nes, tive que me virar com outros não tão bons e
que, quase sempre, torravam em poucos meses. Eu
era um moleque de 18 anos, autodidata, sem grana,
num tempo em que a informação era pouca, tudo era
difícil de achar e caro - pelo menos a parte do “difícil
de achar” mudou...
Hoje, opções e lugares pra comprar bons equipamen-

tos não faltam, mas, talvez pelo excesso de informa-
ção e propaganda, uma tarefa relativamente simples,
como escolher um bom fone de ouvido que atenda
às suas necessidades e tenha uma boa relação custo-
-benefício, pode ser uma tarefa complicada - se você
for iniciante, então, fica um pouquinho pior.

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Daqueles fones preto e amarelo até o meu atual, alguns outros passaram
pela minha cabeça e ouvidos, então acho que posso dizer uma coisa ou
duas sobre eles. A primeira e mais importante delas é que, se você não
souber usar, eles vão te deixar surdo, e isso não é uma figura de lingua-
gem. Não caia na besteira de pensar “ah, mas isso não vai acontecer co-
migo” - se você não tomar cuidado, vai, sim.
Entenda isso como a primeira dica: escolha um fone bom e adequado,

e você não vai sobrecarregar seus ouvidos, nem gastar dinheiro à toa -
lembra daqueles não tão bons que eu disse antes? Eu comprei tantos que
eram ruins ou bons, mas inadequados, que, somando os valores, eu po-
deria ter investido num par muito melhor.
E é pra te ajudar a escolher que esse guia foi pensado. Ele não é um tra-
tado, até porque a escolha de um equipamento tão pessoal vai mesmo de
cada um. O que eu quero te passar aqui são algumas coisas que você
precisa saber pra fazer uma boa escolha e, quem sabe, arrumar um com-
panheiro de anos. O meu fone atual (um Technics RP-DJ 1200) já está
comigo há quase uma década e, tirando as cicatrizes e as almofadas, que
foram trocadas, ele ainda é o mesmo. Se eu soubesse antes tudo que eu
vou contar aqui, talvez ele estivesse comigo há mais tempo. Boa leitura!

V
Entenda: Fones profissionais são bem diferentes de fones de uso comum

Isso vai ficar mais claro durante a leitura, mas é bom que você saiba já - assim como não dá pra
tocar numa festa com aquele equipamento de som da sua casa, por mais potente que seja, um fone
de uso no dia a dia não chega nem perto de um fone profissional. E você já vai entender porque.
Pra começar: a anatomia de um fone para DJs

Tenha em mente que fones são ferramentas e que elas são
projetadas para fins específicos - talvez você até consiga
apertar um parafuso com um martelo, mas além de eu te dar
os parabéns pelo empenho, acho pouco provável que fique
bom. Com os fones não é diferente - então, antes de comprar
aquele lindão que você viu na loja ou na internet, veja se ele
tem essas características:
É fechado? - existem três tipos básicos de fones - abertos,

semiabertos e fechados. Para a atividade de DJ, fones fecha-
dos são melhores porque isolam melhor o som ambiente, ao
mesmo tempo em que deixam o som mais encorpado - eu vou
explicar isso melhor adiante. Mais isolamento = mais qualida-
de de som = menos volume para monitorar = tímpanos sau-
dáveis e agradecidos.
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É robusto - a vida de um fone para DJ é dura - ele é jogado de

lá pra cá, é torcido, puxado, cai da cabeça, enfrenta calor, umi-
dade, frio... Não é uma vida invejável. Pense no seu fone como
se fosse comprar um jipe. Se tiver articulações no arco para
que você possa deixar um ouvido livre, melhor - em alguns
modelos, essa articulação é trocada por uma espécie de folga
entre o arco e as conchas, então o importante aqui é que você
não tenha que torcer demais ele.
É leve - isso é bem pessoal, mas, por experiência, posso te

garantir que fones pesados só são suportáveis num período
curto de tempo - a parte boa é que a maioria dos modelos fa-
bricados hoje são bem leves. Mesmo assim, leve o peso em
consideração.
É confortável - além do peso, existem muitos, muitos formatos de fones. Alguns são lindos, mas
terrivelmente desconfortáveis. Se tiver a oportunidade de testar, fique um tempo com ele na cabeça
e veja como ele se comporta - se é muito justo, vai te incomodar depois de um tempo - se for muito
folgado, vai cair o tempo todo. Teste todas as regulagens possíveis e veja o que se encaixa melhor
em você. Ah, uma dica extra aqui: veja se ele fica confortável no pescoço também - ele não vai pas-
sar o tempo todo na sua cabeça.

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Drivers grandes - driver é como chamamos os alto-falantes dentro do fone - eles se parecem com
os de caixas de som, mas têm características próprias. Bons fones possuem drivers com, no mínimo,
40 mm de diâmetro. Quanto maior, mais fidelidade de som.
Tamanho/espessura dos cabos - o ideal de um fone profissional de DJ é que ele tenha um cabo em
apenas um dos lados - isso vai facilitar muito a sua movimentação enquanto toca, pode acreditar - e
que o cabo seja espiralado ou, se for liso, que tenha um bom comprimento. Isso evita que você puxe,
acidentalmente, o fone ou até mesmo o mixer. Outra coisa importante: o plugue deve ser um P10
estéreo ou um P2 estéreo com adaptador de rosca para P10, também conhecido como unimatch. Se o
cabo tiver alguma conexão que permita sua troca, melhor ainda.
Até aqui, eu falei das características físicas - pode parecer bobagem, mas elas são tão importantes
quanto a parte em que vamos entrar agora e que, imagino, deve ser a mais esperada por você: como
deve ser o som de um bom fone. Bora conhecer um pouco da parte mecânica/eletrônica também?
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Impedância
Impedância é uma coisa difícil de se explicar sem equações e jargões técnicos, então vou simplificar
dividindo em fones com alta e com baixa impedância.
Fones com baixa impedância, com menos de 25 ohms, por exemplo, precisam de pouca energia
para entregar altos níveis de áudio - e costumam funcionar bem com equipamentos que têm pouca
amplificação, como players portáteis e smartphones. Eles também costumam entregar uma quali-
dade melhor de áudio, mas tem um problema: ao contrário dos equipamentos novos, que têm uma
proteção para fones de baixa impedância, os mais antigos são cruéis: espete um fone desses em um
mixer mais velho, coloque o volume no máximo e você saberá porque eu torrava um fone a cada três
semanas ou um mês.
Fones com impedância alta já não sofrem

desse tipo de problema - os modelos para
discotecagem, normalmente, estão entre 25 e
70 ohms, mas existem modelos com até 300
ohms. Desvantagem: quanto mais alta a im-
pedância, menos volume e qualidade de som.
Isso geralmente é compensado com isola-
mento - os fones fechados, lembra? - e mais
potência, e é disso que vou tratar agora.

V
Potência
A potência de um fone de ouvido é medida em milliwatts (mW): quanto maior a potência, mais volu-
me e menos distorção. Fones de DJ profissionais costumam ter de 1500 a 3500 mW. A partir de 3000
mW, você, dificilmente, vai perceber algum tipo de distorção no som. Outra medida de potência im-
portante em fones é a sensibilidade em decibéis (dB). De novo, quanto mais sensível, melhor, mas
como a maioria dos modelos passa dos 100 dB, use com cuidado para não ter que trocar os fones por
aparelhos de surdez no futuro.
Gama de frequência
Os drivers de um fone profissional são o que chamamos de full-range: eles atuam em todas as frequ-
ências, que são medidas em hertz (Hz), então tem uma regra simples de seguir e que pode te ajudar:
quanto mais perto o limite mais baixo estiver de 20 Hz, melhor, assim como o limite mais alto deve
estar mais perto de 20.000 Hz, também- a maioria dos humanos não ouve nada abaixo nem acima
desses valores. Fones que respondem mais que isso, como de 5 Hz a 35.000 Hz, costumam ser bem
mais caros - então cuide para não gastar uma grana em um fone que o seu cão ou gato vai aproveitar
melhor que você.

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Quase lá!
Uma vez que você tenha entendido o que expliquei até agora, você já deve ter sacado que a chave
para uma boa escolha é o equilíbrio, mas eu ainda tenho umas dicas pra você.
Pesquise antes - aqui vale tudo: pedir pra testar o fone de um amigo que já tenha um modelo do
seu interesse, entrar em fóruns e blogs de música, fuçar as especificações técnicas em sites de fabri-
cantes ou lojas - agora você já sabe o que buscar. Depois, separe alguns modelos que gostaria de
testar. Pra facilitar, decida quanto você quer ou pode investir e, dentro dessa faixa de valor, defina,
no máximo, três modelos - mais do que isso pode te deixar indeciso e tornar a busca frustrante.
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Testando - sempre que puder, teste os fones

em um mixer ou uma fonte de áudio que per-
mita equalização - se você puder usar sua pró-
pria fonte, melhor, mas tenha o cuidado de usar
arquivos de áudio com boa qualidade. Escolha
uma faixa que você conheça bem e sabe como
soa e ouça com a equalização f lat, ou seja, com
todos os knobs na posição de 12 h e tome cui-
dado com a entrada do sinal no fone - se o si-
nal tá no vermelho, é claro que o som vai ficar
distorcido. O som tem corpo, tem profundida-
de, cor? Está dentro do seu orçamento, ficou
confortável? Parabéns, você achou o seu com-
panheiro de discotecagem! Não se esqueça de
uma coisa:
Leve suas preferências em conta! Cada um

gosta de um tipo diferente de monitoramento na
hora de tocar - tem gente que prefere um fone
bem f lat, com todas as frequências falando no
mesmo nível, outros preferem um grave mais
gordo, então sinta o que é melhor pra você.
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Dicas e sugestões de quem usa

Pra fechar o assunto, conversei com alguns amigos que são profissionais do ramo e pedi para que
eles falassem sobre as suas escolhas e o porquê de cada uma delas, pra deixar como sugestão.
Quem sabe o seu primeiro (ou próximo) fone não está aí?
Pioneer HDJ-1000
Anderson Noise (Hypno Artist Agency)
“Meu fone favorito é o Pioneer HDJ-1000. Gosto muito
do som dele, é um fone durável, o único problema é
que, às vezes, ele trava enquanto toco e preciso rodar
ele no ouvido.”
Anderson Noise é DJ, produtor e um dos pio-

neiros da cena underground no Brasil. Tem o
suporte de nomes como Carl Cox, e seu selo
Noise Music completou 15 anos em 2015.
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Technics RP-DJ 1210/1200

Rogerio Animal (Kiddaz.FM Agency - Berlin)
“Sou suspeito em falar desse fone, o RP-DJ1210 é ótimo.
No quesito durabilidade, é incrível e o áudio tem um gra-
ve excepcional, nítido. Suas conchas são relativamente
pequenas, este fone é do tipo que fica por cima da ore-
lha do DJ e não acomoda a orelha dentro da concha.
Outro ponto positivo é a estrutura de plástico dele, que
tem um ótimo caimento, o ajuste das hastes e um reves-
timento superior de couro de qualidade.
Se você prefere um fone bem fixo, confortável e justo à
sua cabeça, ele é o modelo certo!
Eu recomendo e não tenho nenhuma reclamação.”
Rogerio Animal atua como DJ desde 1989 e suas músicas entraram em mais de 15 cds,
mixados por Adam Beyer e Chris Liebing, dentre outros. Já realizou 5 tours na Europa e
2 na Argentina. Em março último, retornou de sua última tour européia, passando por
Hannover, Nürnberg e Berlim, onde tocou no renomado Tresor Club e, em dezembro, re-
tornou ao conceituado Club Bahrein, em Buenos Aires. Residente trimestral do radioshow
alemão “Viva la Electronica”, hoje considerado o 5º mais ouvido em todo mundo.
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V
Kaká Franco
“Gosto muito do fone Technics RP-DJ 1200 preto - ça, o fato dele ser mais leve auxilia bastante
a diferença entre o modelo preto e o prata é que e, também por usar praticamente apenas um
o primeiro tem o cabo liso. Eu sempre me atrapa- lado, esse giro para trás ou para frente faz com
lhei com fones com cabos espiralados, sempre me que eu possa posicioná-lo melhor.
enroscava na mesa, talvez pela forma que uso ou Para um bom isolamento, recomendo que use
danço, e o cabo liso resolveu o meu desconforto. ele bem posicionado na cabeça - torto, ele
Outro fator importante é que esse Technics, como não adere tão bem à orelha e acaba perdendo
alguns modelos da Sennheiser, podem ser arti- bastante esse isolamento. É super resistente e
culados para trás, diferentemente de outros que também pode durar a vida inteira, desde que
giram um dos lados ou os dois lados para fora, fa- cuide ao guardá-lo na case e também do vo-
cilitando pra quem usa-o pendurado no pescoço. lume e plugs - sempre tome muito cuidado ao
Esse diferencial fez com que muitos DJs que usa- plugar e desplugar do mixer.
vam modelos antigos migrassem para ele, pois Costumo ligar meu fone com apenas uma mú-
aqueles não eram projetados para deixar uma ore- sica na pré-escuta, isso aumenta muito a vida
lha de fora durante a mixagem, e, portanto, fica- útil do fone por não forçar o alto-falante com
vam tortos ou não tinham um ajuste confortável. duas músicas simultâneas.”
Como uso ele quase que todo o tempo na cabe-
Kaká Franco é DJ desde 2001 e instrutor de discotecagem com vinil da Yellow. Toca com
frequência em diversos clubs pelo Brasil e foi um dos DJs locais que se apresentou no
Boiler Room em Curitiba.
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Sennheiser HD25-II
Paolo Mojo (Glide Talents & Label)
“Meu fone favorito é o Sennheiser HD 25-II. Gosto
dele pela qualidade de som, mais particularmente
pela resposta f lat que ele me dá, tanto em estúdio
quanto no dia a dia. E eu gosto da sua construção
modular também - se um componente se vai, eu
posso repor apenas aquela parte e não preciso
trocar o fone todo.”
O inglês Paolo Mojo é DJ e um dos produtores mais versáteis da atualidade,

com várias tracks no top 100 do Beatport em diversas categorias. Já se apre-
sentou em clubs como Warung, Ministry Of Sound (UK) e Womb (Tokyo).
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Rodrigo Carreira (Triade Brazil)

“À primeira vista, o fone parece frágil, Pontos positivos:
por ser construido inteiramente de plás- É leve e durável;
tico, ser leve e possuir um cabo relativa- Tem uma ótima qualidade sonora, é equilibrado, com
mente fino. Mas, quando você o coloca uma boa resposta em todas as faixas de frequência;
à prova, percebe que tudo é muito bem É totalmente desmontável e todas as peças de reposi-
pensado - o plástico não é nada frágil e ção são fáceis de se encontrar.
dura muito bem com um uso adequado
e normal. A qualidade do som é muito Pontos negativos:
boa, tem uma boa resposta em todas as O cabo é relativamente fino e curto, mas existe um mo-
faixas de frequência, possuindo um óti- delo com cabo espiralado;
mo equilíbrio entre um fone de estúdio Os earpads (almofadas) tendem a se deteriorar facilmen-
e um fone para DJ. te com o uso frequente e o suor;
Por ser importado da Alemanha, chega com um valor
muito alto aqui no Brasil.”
Rodrigo Carreira é DJ e produtor, e já se apresentou em países como Alemanha, Inglaterra

e Japão, além de clubs e festivais brasileiros como Tribaltech, XXXperience, Universo Para-
lello, Solaris, Trancendence, Tranceformation, Earthdance, Chemical Music, Planeta Atlântida,
Soul Vision,, Virada Cultural (São Paulo), Warung, Danghai, Bielle , Fiction, Clash, Deputama-
dre, além do Club Vibe, onde foi o primeiro residente. Também é o responsável pelos selos
Synk Records e Yagi Records, dando suporte e lançando artistas nacionais e internacionais.
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Pioneer HDJ-C70
Marco Element (DM7 Bookings)
“Meu primeiro headphone foi um Pioneer HDJ-2000 e eu ado-
rava ele. Entretanto, após um ano, a almofada começou a des-
cascar, e foi extremamente caro trocar a mesma. Sua qualidade
de som era excepcional, e uma coisa que ajudava muito era
que ele dobrava para guardar, economizando espaço. Mas, na-
quela época, as vacas eram ainda mais magras do que hoje...
Então, troquei e acabei pegando o AIAIAI TMA-1 no seu lan-
çamento. Fiquei tocando com ele por um bom tempo e tive 3
modelos diferentes do headphone. Há um ano atrás, ainda es-
tava utilizando o AIAIAI e, infelizmente tive o famoso problema
de quebra do headband, como muitos usuários.
A empresa sofreu muito com a constante quebra dos headbands
pelos usuários e também em casos em que o alto-falante tes-
tourava facilmente, quando o volume do mixer estava alto de-
mais ao encaixar o fone. Ao que tudo indica, essa situação foi
resolvida em suas últimas versões, em que vários testes foram
reproduzidos em uma campanha de mídia bem grande da em-
presa, indicando a solução do problema.
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V
Apesar de ser um fone de estúdio, eu estava utili-

zando o Young Guru para tocar durante o final de
semana. O fone é incrivelmente confortável, cobrin-
do toda parte da orelha sem apertar a cabeça, al-
mofada de um material parecido com couro/veludo,
cabo com cobertura em tecido e o conector em L,
o que ajuda - e muito - evitar desastres quando co-
nectado ao mixer e, com certeza, é um dos modelos
mais bonitos do mercado.
Todavia, o Young Guru é um fone MUITO caro e ex-
tremamente sensível, e foi então que decidi deixar o
mesmo onde é seu devido lugar - o estúdio. Como o
revestimento das almofadas do fone são em veludo,
AIAIAI
o contato constante com o suor no uso diário não é
Young Guru
lá muito agradável. E ele é extremamente sensível ao
Mas tenho que tirar o chapéu, porque o suporte dia a dia nos clubs e, principalemente, nas open air.
deles foi superatencioso e pontual, e eles me deram Então, resolvi pesquisar novamente para compra de
a oportunidade de pegar um headphone novo. Foi um fone para essas situações de trabalho mais in-
então que decidi pedir a substituição do TMA-1 tensas e acabei ficando em dúvida entre três mode-
pela versão de estúdio Young Guru, carro chefe da los: o novo Pioneer HDJ-C70, Sennheiser HD 25
AIAIAI. Aluminium e o Nocs NS900.
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V
A Sennheiser lançou há pouco a versão especial Alu-

Sennheiser minium, que recebeu um update em seus speakers,
HD-25 Aluminium além do corpo todo em alumínio, o que o torna ainda
mais indestrutível. Isso é nota dez! Mas a mobilidade
reduzida dele ainda é a mesma e os graves ainda
não são OS GRAVES como dos outros fones. Então
fui aos outros pontos...
O Nocs é um fone muito bacana. Ele tem sua head-
band completamente f lexível e tem uma qualidade
de speakers sensacional. Além do que, você pode
Nocs NS900 travar a altura dos speakers, fazendo com que ele fi-
que completamente fixo ao ajuste da sua cabeça sem
ficar subindo e descendo como todos os outros fones
do mercado com regulagem. Embora o fabricante
Todos são excelentes headphones e são mais ou pareça desconhecido, a empresa tem uma tarimba
menos da mesma faixa de preço. Embora mui- gigante em meio aos profissionais do ramo, com uma
ta gente ache o Sennheiser o rei dos headphones reputação de excelência em seus produtos.
desse porte, eu acho ele f lat demais e estava pro- Mas, como ainda não tinha um em mãos para teste,
curando algo que me atendesse melhor nesse sen- resolvi não arriscar bancar a importação, já que ia
tido, além da mobilidade reduzida. sair meio salgado com os impostos daqui…
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V
Foi então que eu finalmente acabei escolhendo o C70 da Pioneer, por algumas razões:
A Pioneer é a líder de mercado quando o assunto é DJs, isso é indiscutível. Os speakers são excelen-
tes. Com o grave característico dos produtos da Pioneer, o fone vem com os dois tipos de fios, liso e
o espiral, além do material do fio ser uma espécie de borracha sintética bem bacana, o que evita ser
danificado. Com design bem minimalista, ele é do mesmo tamanho do Sennheiser e Nocs e, além de
ter um isolamento melhor que os dois concorrentes para mim, ele trouxe consigo a parte fundamental
que acabou se perdendo ao longo dos tempos com a Technics.
A cabeça dele é giratória, o que facilita muito ajustar para que fique um lado no ouvido e outro ajustado
acima da cabeça fora da orelha para ouvir os monitores, sem precisar ficar equilibrando ele no ombro.
Hoje, estou utilizando ele e realmente recomendo para todos que procuram mobilidade, qualidade e um
preço razoavelmente justo em um produto desse tipo, principalmente em meio a essa crise maluca da
moeda brasileira.”
Marco Lisa a.k.a. ELEMENT iniciou sua jornada pela e-music em 1996. Seu nome figura
desde 2011 no TOP 1 de Psytrance Brasil do site TopDeejays.com. Sua Fanpage oficial no Face-
book é uma das maiores do Brasil, com quase 200.000 membros. Se apresentou nos maio-
res eventos e festivais do país, como XXXPerience, Universo Paralello, Soulvision, Kaballah,
Respect, AHO, Terra em Transe, Virada Cultural Paulista, Electrance, Chemical Music Festival,
Alien Trip, Earthdance SP, além de se tornar o único residente oficial da Tribaltech, um dos
eventos mais conceituados do Brasil.
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V
Pontos Positivos:
Beats Pro O grave dele é muito bom, aguenta bastante volume antes de
distorcer; É um fone muito confortável de se usar e o acabamento
Gabriel Rocca (Glide Talents & Label) é muito bom; Pode ser uma ótima referência quando se produz
Já experimentei uma grande variedade de fo- musica eletrônica, principalmente quando se usa baixos gordos
nes de ouvido. Hoje em dia, no estúdio, uso o e graves!
Beats Pro pra escutar minhas produções.
Quando comprei, foi apenas para ouvir mú- Pontos Negativos:
sica, mas acabei me acostumando e come- É um fone grande e pesado para
cei a usá-lo no estúdio. O fone tem um gra- tocar em DJ sets e levar para clubs,
ve muito bom, sem perder os highs como a pois ocupa espaço e custa caro -
maioria dos fones mais graves, no estilo “DJ se você esquecer, é prejuízo na
Headphones”. certa; Por ser um fone que não é
Meu fone antigo é um Sennheiser HD-25 da f lat, a resposta de ter um grave a
primeira geração e estava bem gasto, preci- mais pode enganar muito no mo-
sando ser trocado. mento de fazer a mix;
O conector do cabo do fone é ex-
clusivo da Beats, então, se o cabo
quebrar, a reposição é cara.
Gabriel Rocca é engenheiro de áudio, DJ e produtor, proprietário do Babylon Studio, em São Paulo,
e o nome à frente dos projetos Audio X e do duo Stupidizko.
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V
Como você deve ter percebido, a es-

colha de um fone leva em conta uma
quantidade boa de fatores técnicos e
outros bem pessoais. O importante
é que você analise todos os pontos
muito bem antes de fazer a sua es-
colha. Se fizer tudo direitinho, você
terá um companheiro de ano.
A família Yellow e eu esperamos que

este texto seja útil pra você e que sua
leitura tenha sido tão divertida quan-
to foi para nós fazê-lo. Obrigado!
22

V
Sobre o autor - Hermes Pons

DJ, autodidata, iniciou sua carreira aos 18 anos. Começou sua
carreira como residente do Orb Club, um pioneiros da música
eletrônica no Paraná; além do Orb foi residente dos clubs Elektra,
Birinites, James, Vox e Soviet.
Em 1998, criou o grupo Beat Dada com Alex Pons e Jorge
Falcon, cujos singles resultaram em duas indicações na Escolha
da Audiência do Prêmio Fun da Gazeta do Povo. Foi um dos
fundadores da cooperativa de música eletrônica Zootek. No
mesmo ano abre o show do grupo alemão Atari Teenage Riot.
Foi professor de discotecagem junto com os DJ Jeff Bass e
Rodrigo Gorky no SESC da Esquina em 2003. Acumulou
passagens pelos clubs Rave, Legends, Bali Hai, Mediterrânea,
Cabaret Pagliacci, Circus, Wonka, Roxy, Retrô, Kubrick,
La Lupe, V.U., Bar Code, JPL Café, Lique e Taj. Foi nomeado
embaixador do Rio Music Conference Regional Sul em 2014.
Seu podcast “The Friendly Hooligan Show” atingiu
recentemente o 1º lugar no chart de UK Garage, 3º no de Disco
House e 6º no de Indie Dance na plataforma digital de música
Mixcloud.
23

YELLOW
.ART.BR
RUA MARECHAL DEODORO . 344 . 2 ANDAR
CENTRO . CURITIBA . PR
[41] 3363.0113
/YELLOW.ART.BR
/YELLOWARTBR
/YELLOW.ART.BR

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Mas, antes de eu ter dinheiro pra comprar esses fo-

Hoje, opções e lugares pra comprar bons equipamen-

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Entenda isso como a primeira dica: escolha um fone bom e adequado,

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Entenda: Fones profissionais são bem diferentes de fones de uso comum

Pra começar: a anatomia de um fone para DJs

É fechado? - existem três tipos básicos de fones - abertos,

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É robusto - a vida de um fone para DJ é dura - ele é jogado de

É leve - isso é bem pessoal, mas, por experiência, posso te

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Fones com impedância alta já não sofrem

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Testando - sempre que puder, teste os fones

Leve suas preferências em conta! Cada um

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Dicas e sugestões de quem usa

Anderson Noise é DJ, produtor e um dos pio-

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Technics RP-DJ 1210/1200

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O inglês Paolo Mojo é DJ e um dos produtores mais versáteis da atualidade,

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Rodrigo Carreira (Triade Brazil)

Rodrigo Carreira é DJ e produtor, e já se apresentou em países como Alemanha, Inglaterra

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Apesar de ser um fone de estúdio, eu estava utili-

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A Sennheiser lançou há pouco a versão especial Alu-

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Como você deve ter percebido, a es-

A família Yellow e eu esperamos que

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Sobre o autor - Hermes Pons

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