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São Paulo 01 de Fevereiro de 2019

Paz e bem! Me chamo Fernando Carreira


Camara Filho, fui sacerdote por seis anos, mas faz mais
ou menos um ano que conversei com meu bispo e deixei
a paróquia onde estava e tive o desejo de trilhar o
caminho do matrimônio.
Inicialmente fui monge, sendo ordenado sacerdote no
dia 24 de Novembro de 2012 no mosteiro Regina Pacis.
Depois fui para a diocese de santo Amaro e fiquei de
Agosto de 2018 até 27 de Dezembro de 2019 na paróquia
Nsra da Esperança, fiquei também dois meses na
paróquia Nsra Aparecida (tudo isto na diocese de Santo
Amaro).
Já no mosteiro iniciei a ter muitas crises de ansiedade,
pois os valores ali vividos, em muito, não batiam com os
que eu professava e nem mesmo com o que se espera de
um monge católico, por muitos anos tive medo de sair,
pensei também que muitas coisas eram para a nossa
formação, depois com o tempo a ficha foi caindo sobre o
mau-caratismo do fundador. Atualmente continuo com
meus tratamentos, estou namorando e gostaria de
suplicar a sua Santidade sua benção e a liberação das
obrigações sacerdotais com relação ao celibato.
Não me sentia bem nas funções sacerdotais,
talvez tenha faltado coragem para sair antes ou
discernimento.
Na diocese passei um ano com um padre
muito bom o qual me deu muitos exemplos, o Pe Marcelo
António da Silva, depois fui com um outro sacerdote, Pe
Francisco da Silveira, o qual muitas vezes pegava dinheiro
da paróquia para cobrir viagens pessoais, era bastante
arrogante e algumas vezes o peguei me observando nu
em meu quarto, tais atitudes, sobretudo a última me
chateou muito, pois um sacerdote deveria ser homem e
celibatário, então decidi sair e meu plano era sair e sumir
do mapa, não queria falar disto com ninguém e nem ter
que dar explicações a ninguém, recomeçar onde eu
pudesse ser eu mesmo.
Durante todo este período fiz acompanhamento
psicológico e psiquiátrico, paguei os profissionais mais
caros de SP, mas nada de resultados.
Hoje, me sinto muito feliz, acredito mesmo
que minha vocação seja à família, quero ter filho, quero
trabalhar etc.. Sempre me chamou muito a atenção o
amor que sempre tive pelos jovens e crianças, pensava eu
que deveria ser como Dom Bosco, mas agora sei que
minha vontade mesmo era de ser pai e isto cresce a cada
dia mais.
Suplico-lhe, Santo Padre, humildemente sua benção e a
liberação das obrigações sacerdotais, compreendendo
também o celibato.
Termino por fim, dizendo que aprendi muito na Igreja e
sou muito grato a Ela, continuo rezando pelos irmãos que
ficaram sacerdotes para que sejam santos.

Atenciosamente,

Fernando carreora Camara Filho.

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