Ver artigo principal: Morte (personificação) A morte como uma entidade sensível é um conceito que existe em muitas sociedades desde o início da história. A morte também é representada por uma figura mitológica em várias culturas. Na iconografia ocidental, ela é, usualmente, representada como uma figura esquelética vestida de manta negra com capuz e portando uma foice/gadanha. É representada nas cartas do tarô e frequentemente ilustrada na literatura e nas artes. A associação da imagem com o ceifador está relacionada ao trigo, que na Bíblia simboliza a vida. Em inglês, é geralmente dado, à morte, o nome de Grim Reaper (literalmente, "ceifeiro sombrio"). Também é dado o nome de Anjo da Morte (em hebraico: מַ לְ אַ ְך הַ מָּ וֶת, Malach HaMavet), decorrente da Bíblia. A morte também é uma figura mitológica que tem existido na mitologia e na cultura popular desde o surgimento dos contadores de histórias. Na mitologia grega, Tânato seria a divindade que personificava a morte, e Hades, o deus do mundo da morte. O ceifador também aparece nas cartas de tarô e em vários trabalhos televisivos e cinematográficos. Uma das formas dessa personificação é um grande personagem da série Discworld de Terry Pratchett. Grande parte dos romances da série centra-se nela como personagem principal. Em alguns casos, essa personificação da morte é realmente capaz de causar a morte da vítima,[14] gerando histórias de que ela pode ser subornada, enganada, ou iludida, a fim de manter uma vida. Outras crenças consideram que o espectro da morte é apenas um psicopompo e serve para cortar os laços antigos entre a alma e o corpo e para orientar o falecido ao outro mundo, sem ter qualquer controle sobre o fato da morte da vítima.
Santa Muerte: uma personificação da morte segundo a cultura popular mexicana.
A morte, em muitas línguas, é personificada na forma masculina (como no inglês), enquanto em outros ela é percebida como uma personagem feminina (por exemplo, em línguas eslavas e neolatinas). A série Supernatural apresentou uma visão nova da morte, onde um dos cavaleiros do Apocalipse, juntamente com a morte em sua personificação humana, discutem com o personagem principal sobre sua origem. Durante o diálogo, ela afirma ser mais velha do que Deus, estar acima dos céus e da terra, existir em outros planetas e levar a vida para o abismo há muito tempo. Os mexicanos personificam a morte na figura da Santa Muerte, uma deusa resultante do sincretismo entre as mitologias católica e mesoamericanas. No direito Ver artigo principal: pena de morte As Ordenações Filipinas - conjunto de leis que servia de base para o direito português na época do Brasil Colônia, previa a "morte natural" em duas versões: "natural cruel" e "natural atroz". Na "morte cruel", o corpo do condenado era objeto de vingança e, por isso, devia ser torturado vivo. A finalidade era prolongar o sofrimento da vítima. [15] No caso da condenação por "morte natural atroz", a vítima teria ainda seus bens confiscados e a família seria atingida até a geração dos netos. Essa punição era considerada mais branda que a da "morte natural cruel" e o condenado podia ser esquartejado depois de morto. Em ambos os casos, era ressaltado o "caráter pedagógico" da degradação do cadáver. Era a "pedagogia do domínio" pelo medo, "aprendida" por todos que presenciavam o "espetáculo".[16] Exemplo conhecido de sentenciado com a "morte natural cruel" é a de um dos inconfidentes. A essa pena, Tiradentes foi condenado em 1792. No final do século XVIII, o direito português previa a "morte natural para sempre": proibia o sepultamento do cadáver, que teria as partes do corpo expostas até a decomposição completa. [16]". Na ciência A morte, no ramo das ciências, é estudada pela tanatologia. Nesse sentido, são estudados causas, circunstâncias, fenômenos e repercussões jurídico- sociais, sendo amplamente utilizados na medicina legal. No Brasil, o diagnóstico da morte é regido pela resolução 1.480/97 do Conselho Federal de Medicina. A morte também é estudada em outros ramos da ciência, notadamente os relacionados a tratar doenças e traumatismos, evitando que eles ocorram. No mesmo sentido, algumas das estatísticas mundialmente utilizadas para ações governamentais de prevenção são as taxas de mortalidade. Alguns estudos da ciência abordam as experiências de quase- morte no sentido de entender os fenômenos correlacionados na quase-morte.