Pesquisa apresentada à disciplina Eletiva: pluralidade cultural no cotidiano do
universo imortal solicitada pelo professor Cláudio Santos para a obtenção de nota do II bimestre da turma 2° C, turno manhã
Cabo
05, Maio, 2023
Comunidades Indígenas
Quando os primeiros europeus chegaram ao território brasileiro, no
início do século XVI, vários grupos indígenas ocupavam a região Nordeste. Prevalecem ainda diversas comunidades Indígenas espalhadas pelo Brasil. Os registros mostram suas trajetórias ao longo dos anos, contribuindo ainda mais para a história do povo. Após terem passado por uma série de mudanças ambientais e culturais, esses índios conseguiram sobreviver e, apesar de terem estabelecido contato com os não-índios, alguns ainda conservam, ainda que precariamente, traços da sua tradição. Dos grupos que povoaram Pernambuco, salvo alguns sobreviventes, pouco se sabe. O fato dos índios não possuírem uma linguagem escrita, dificultou muito a transmissão das informações.
Existem legalmente em Pernambuco, sete grupos indígenas: os
Fulni-ô, em Águas Belas; os Pankararu, nos municípios de Petrolândia e Tacaratu; os Xucuru, em Pesqueira; os Kambiwá, em Ibimirim, Inajá e Floresta; os Kapinawá, em Buíque: os Atikum, em Carnaubeira da Penha e os Truká, em Cabrobó. Esses Três últimos grupos foram identificados mais recentemente e Pernambuco é o quarto Estado do Brasil em número de indígenas
O índio teve uma grande influência na formação étnica, na cultura,
nos costumes e na língua portuguesa falada no Brasil. Em Pernambuco, palavras como Gravatá, Caruaru, Garanhuns e bairros do Recife com Parnamirim e Capunga, estão associados a antigos locais de moradia indígena. Atualmente, os principais problemas enfrentados pelos grupos indígenas pernambucanos são os conflitos entre facções rivais da tribo Xucuru; a influência do tráfico de drogas entre os Truká e a invasão de terras pertencentes aos Fulni-ô. Pernambuco é o quarto Estado do Brasil em número de indígenas.
Por isso tudo, vemos a trajetória desses povos e suas significativas
mudança no cotidiano pernambucano. Cabe então as políticas públicas e educação Brasileira aprimorar a conscientização dos seus espaços, os seus direitos e o devido respeito merecido na sociedade. Curiosidade: Tuxá; Pipipã; Pankara. São as três comunidades que não são citadas como legalmente identificadas.
Comunidades Quilombolas
Ainda no Brasil mais tarde, os portugueses trouxeram escravizados
os negros, e grande foi esse período até a então abolição, com tudo não vivam livre e por isso se refugiavam por entre as matas, tornando-se a comunidade de quilombo. O processo de invisibilidade gerado pela ausência de políticas públicas de reparação da população negra no pós-abolição, durante o século XX, tornaram os habitantes das comunidades remanescentes de quilombo uma parte invisível da sociedade brasileira, fazendo-os em fim sofrerem com as consequências da escravidão. Nos territórios dos sertões de Pernambuco, muitas das comunidades remanescentes tiveram origens por meio de fluxos migratórios, em três momentos distintos. O primeiro esteve relacionado às comunidades quilombolas que já existiam no pós-abolição; o segundo relaciona-se às consequências da relação de trabalho de semiescravidão, que africanos e descendentes ainda mantinham com seus antigos proprietários, os quais mesmo na condição de libertos tinham seus diretos cerceados pelos patrões, sobretudo às suas manifestações culturais. No terceiro mostra haver uma ligação do processo migratório em decorrência da dispersão da população que habitava o arraial de Belo Monte, ao final da guerra de Canudos, composta por afrodescendentes ex-escravizados, brancos pobres e descendentes indígenas. Entre os anos 1970 e 1980, como parte das estratégias da luta do Movimento Negro brasileiro, as comunidades remanescentes de quilombo foram incluídas na pauta política e jurídica em contexto nacional. O termo quilombo adquiriu novo significado diferenciando- se daquele que o atrelava ao passado escravista. O auge dessa luta ocorreu com a Constituição Federal de 1988, que trouxe pela primeira vez em texto constitucional o reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombo. O atual conceito, além das comunidades rurais, passaria a incorporar também as comunidades concentradas nas áreas urbanas, as quais mesmo com o fim da escravidão brasileira não desapareceram do cenário das cidades. Considerados antigos redutos de resistência escrava e assim chamados por estarem localizados próximos das cidades, os quilombos urbanos constituíram verdadeiras comunidades clandestinas. Dado o exposto, o descaso as comunidades remanescentes de quilombo que foram desmerecidos até mesmo em seus territórios de refúgio, também foram durante muito tempo silenciados. Cabe então as Instituições escolares e políticas públicas conceder espaços de reprodução de pensamentos homogeneizantes, divulgar e respeitar os processos históricos de resistência e trajetória de luta dessa população afrodescendente.