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Escola estadual Fernando Soares Lyra

Bruna Roberta Alves Cerqueira

Comunidades Indígenas de Pernambuco

Comunidades Quilombolas de Pernambuco

Cabo

05, Maio, 2023


Escola estadual Fernando Soares Lyra

Bruna Roberta Alves Cerqueira

Pesquisa apresentada à disciplina Eletiva: pluralidade cultural no cotidiano do


universo imortal solicitada pelo professor Cláudio Santos para a obtenção de
nota do II bimestre da turma 2° C, turno manhã

Cabo

05, Maio, 2023


Comunidades Indígenas

Quando os primeiros europeus chegaram ao território brasileiro, no


início do século XVI, vários grupos indígenas ocupavam a região
Nordeste. Prevalecem ainda diversas comunidades Indígenas
espalhadas pelo Brasil. Os registros mostram suas trajetórias ao
longo dos anos, contribuindo ainda mais para a história do povo.
Após terem passado por uma série de mudanças ambientais e
culturais, esses índios conseguiram sobreviver e, apesar de terem
estabelecido contato com os não-índios, alguns ainda conservam,
ainda que precariamente, traços da sua tradição. Dos grupos que
povoaram Pernambuco, salvo alguns sobreviventes, pouco se sabe.
O fato dos índios não possuírem uma linguagem escrita, dificultou
muito a transmissão das informações.

Existem legalmente em Pernambuco, sete grupos indígenas: os


Fulni-ô, em Águas Belas; os Pankararu, nos municípios de
Petrolândia e Tacaratu; os Xucuru, em Pesqueira; os Kambiwá, em
Ibimirim, Inajá e Floresta; os Kapinawá, em Buíque: os Atikum, em
Carnaubeira da Penha e os Truká, em Cabrobó. Esses Três últimos
grupos foram identificados mais recentemente e Pernambuco é o
quarto Estado do Brasil em número de indígenas

O índio teve uma grande influência na formação étnica, na cultura,


nos costumes e na língua portuguesa falada no Brasil. Em
Pernambuco, palavras como Gravatá, Caruaru, Garanhuns e
bairros do Recife com Parnamirim e Capunga, estão associados a
antigos locais de moradia indígena. Atualmente, os principais
problemas enfrentados pelos grupos indígenas pernambucanos são
os conflitos entre facções rivais da tribo Xucuru; a influência do
tráfico de drogas entre os Truká e a invasão de terras pertencentes
aos Fulni-ô. Pernambuco é o quarto Estado do Brasil em número de
indígenas.

Por isso tudo, vemos a trajetória desses povos e suas significativas


mudança no cotidiano pernambucano. Cabe então as políticas
públicas e educação Brasileira aprimorar a conscientização dos
seus espaços, os seus direitos e o devido respeito merecido na
sociedade.
Curiosidade: Tuxá; Pipipã; Pankara. São as três comunidades que não são citadas
como legalmente identificadas.

Comunidades Quilombolas

Ainda no Brasil mais tarde, os portugueses trouxeram escravizados


os negros, e grande foi esse período até a então abolição, com tudo
não vivam livre e por isso se refugiavam por entre as matas,
tornando-se a comunidade de quilombo.
O processo de invisibilidade gerado pela ausência de políticas
públicas de reparação da população negra no pós-abolição, durante
o século XX, tornaram os habitantes das comunidades
remanescentes de quilombo uma parte invisível da sociedade
brasileira, fazendo-os em fim sofrerem com as consequências da
escravidão. Nos territórios dos sertões de Pernambuco, muitas das
comunidades remanescentes tiveram origens por meio de fluxos
migratórios, em três momentos distintos.
O primeiro esteve relacionado às comunidades quilombolas que já
existiam no pós-abolição; o segundo relaciona-se às consequências
da relação de trabalho de semiescravidão, que africanos e
descendentes ainda mantinham com seus antigos proprietários, os
quais mesmo na condição de libertos tinham seus diretos cerceados
pelos patrões, sobretudo às suas manifestações culturais. No
terceiro mostra haver uma ligação do processo migratório em
decorrência da dispersão da população que habitava o arraial de
Belo Monte, ao final da guerra de Canudos, composta por
afrodescendentes ex-escravizados, brancos pobres e descendentes
indígenas.
Entre os anos 1970 e 1980, como parte das estratégias da luta do
Movimento Negro brasileiro, as comunidades remanescentes de
quilombo foram incluídas na pauta política e jurídica em contexto
nacional. O termo quilombo adquiriu novo significado diferenciando-
se daquele que o atrelava ao passado escravista. O auge dessa
luta ocorreu com a Constituição Federal de 1988, que trouxe pela
primeira vez em texto constitucional o reconhecimento das
comunidades remanescentes de quilombo. O atual conceito, além
das comunidades rurais, passaria a incorporar também as
comunidades concentradas nas áreas urbanas, as quais mesmo
com o fim da escravidão brasileira não desapareceram do cenário
das cidades. Considerados antigos redutos de resistência escrava e
assim chamados por estarem localizados próximos das cidades, os
quilombos urbanos constituíram verdadeiras comunidades
clandestinas.
Dado o exposto, o descaso as comunidades remanescentes de
quilombo que foram desmerecidos até mesmo em seus territórios
de refúgio, também foram durante muito tempo silenciados. Cabe
então as Instituições escolares e políticas públicas conceder
espaços de reprodução de pensamentos homogeneizantes, divulgar
e respeitar os processos históricos de resistência e trajetória de luta
dessa população afrodescendente.

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