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PM-AL

POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS

LEGISLAÇÃO PERTINENTE AO POLICIAL


MILITAR DE ALAGOAS
LEI N. 5.346/1992 – ARTS. 22 A 39

Livro Eletrônico
DANIEL MESQUITA

Sócio do escritório D’Almeida Cordeiro & Mes-


quita Advogados. Procurador do Distrito Fede-
ral. Mestre em “Constituição e Sociedade” pelo
Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP.
Pós-graduado em Direito Público. Bacharel em
Direito pela Universidade Federal de Brasília.
Professor de Direito Administrativo II e III do
IDP. Professor de cursos preparatórios para
concursos desde 2012. Cargos e ocupações an-
teriores: Técnico Judiciário do Superior Tribunal
de Justiça; Analista Judiciário – Área Judiciária
do Tribunal Superior Eleitoral; Procurador Fe-
deral. Membro de bancas examinadoras de di-
versos concursos (entre 2008 e 2011). Coautor
dos livros: Direito Administrativo – 4001 ques-
tões comentadas, Ed. Método, 2013 (1ª edição)
e 2016 (2ª edição); Direito Constitucional –
4001 questões comentadas, Ed. Método, 2014;
Direito Administrativo, Série Advocacia Pública,
Volume 3, Ed. Método. Autor de diversos artigos
jurídicos.

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LEGISLAÇÃO PERTINENTE AO POLICIAL MILITAR DE ALAGOAS
Lei n. 5.346/1992 – Arts. 22 a 39
Prof. Daniel Mesquita

SUMÁRIO
Aula 2........................................................................................................4
Introdução.................................................................................................4
Direitos e Prerrogativas................................................................................4
Deveres e Obrigações................................................................................ 14
Ética dos Militares...................................................................................... 21
Resumo.................................................................................................... 30
Questões de Concurso................................................................................ 39
Gabarito................................................................................................... 44
Gabarito Comentado.................................................................................. 45

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AULA 2
Legislação pertinente ao Policial Militar de Alagoas

Introdução

Caro(a) aluno(a), na aula de hoje, dando sequência ao nosso estudo sobre o

Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas, vamos estudar os seguintes

temas:

• direitos e prerrogativas dos militares;

• deveres e obrigações; e

• ética militar.

Não se esqueça de ler, com atenção, os artigos do Estatuto, pois a memorização

é bem importante para a sua prova! Vamos aos trabalhos!

Direitos e Prerrogativas

Sobre os direitos e prerrogativas dos militares, o estatuto determina que esses:

(...) são constituídos pelas honras, dignidade e distinção devida aos graus hierárquicos
e cargos exercidos.

Veja, mais uma vez, a importância da hierarquia que, ao ordenar os militares

em distintas e verticalizadas posições, garante distintos direitos e distintas prerro-

gativas, com o fim de prestigiar o militar de maior autoridade e garantir, por outro

lado, a manutenção da ordem e da disciplina, ao se conceder esse status de dife-

renciação.

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Nesse sentido, o estatuto regula quais são os direitos e prerrogativas dos mili-

tares, enumerando-se, primeiramente, a plenitude da patente dos oficiais com as

prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, na ativa e na inatividade.

Como sabemos, a patente é o título que cada oficial carrega, e é por meio dele

que descobrimos a importância de um posto, observando a quantidade de símbolos

que uma insígnia – que fica costurada no uniforme do militar – tem.

Ou seja, é o direito de o oficial valer-se de sua posição hierárquica, simbo-

lizada na patente, gozando todas as vantagens e cumprindo todos os deveres

compatíveis com a sua posição dentro da hierarquia da instituição, garantindo-se,

nessa toada, o uso dos títulos e designação hierárquica correspondente ao posto

ou graduação; o uso dos uniformes, insígnias e distintivos da corporação, de forma

privativa, quando na ativa; e honras, tratamento e sinais de respeito que lhes se-

jam assegurados em leis ou regulamentos.

Também sobre a especialidade concedida ao militar, o estatuto traz como ga-

rantia o processo e julgamento pela justiça militar estadual, nos crimes militares

definidos em lei. CUIDADO: há exceção para essa regra.

Isso porque, segundo a Constituição Federal, art. 125, e art. 9º do Código Penal

Militar, a depender da natureza do crime, tratando-se de crimes dolosos contra a

vida, a justiça militar estadual não será capaz de julgá-los, cabendo a instauração

de tribuna do júri “responsável por julgar crimes dolosos contra a vida. Neste tipo

de tribunal, cabe a um colegiado de populares – os jurados sorteados para compor

o conselho de sentença – declarar se o crime em questão aconteceu e se o réu é

culpado ou inocente”1 ou remessa à justiça militar da união, em determinados ca-

sos.
1
Fonte: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/81520-cnj-servico-entenda-como-funciona-o-tribu-
nal-do-juri

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Veja:

Constituição Federal

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos


nesta Constituição. (...)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal com-
petente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das
praças;

Código Penal Militar

Art. 9º (...) § 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e
cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por
militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da
União, se praticados no contexto:
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da Re-
pública ou pelo Ministro de Estado da Defesa;
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo
que não beligerante; ou
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem
ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da
Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais:
a) Lei n. 7.565, de 19 de dezembro de 1986 – Código Brasileiro de Aeronáutica;
b) Lei Complementar n. 97, de 9 de junho de 1999;
c) Decreto-Lei n. 1.002, de 21 de outubro de 1969 – Código de Processo Penal Militar; e
d) Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.

Também temos, como direito e prerrogativa, a prisão especial, em quartel da

corporação, à disposição da autoridade judiciária competente, quando sujeito à pri-

são antes da condenação irrecorrível; o cumprimento de pena privativa de liberda-

de em unidade da própria corporação ou presídio militar, nos casos de condenação

que não lhe implique na perda do posto ou da graduação, cujo comandante, chefe

ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou detido.

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Também nessa seara de especialidade do direito militar e do tratamento di-

ferenciado em relação aos civis, o estatuto prevê, como direito, a assistência de

oficial, quando praça, e de oficial de posto superior ao seu, se sujeito à prisão em

flagrante, circunstância em que permanecerá na repartição competente da polícia

judiciária, somente o tempo necessário à lavratura do auto respectivo, sendo, ime-

diatamente após, conduzido à autoridade policial militar mais próxima, mediante

escolta da própria corporação.

Além disso, concede-se o direito do porte de arma para oficiais conforme le-

gislação federal e do porte de arma para as praças conforme legislação federal e

restrições imposta pela corporação, como forma de o militar ter instrumento para

garantir a ordem e a segurança da sociedade.

Veja que, para o oficial, o porte de arma é automaticamente concedido, dado

seu elevado status na hierarquia da corporação, enquanto, para as praças, pode

haver restrições. Esse direito, ademais, não quer dizer que o militar possa livre-

mente ter a sua arma, devendo enfrentar uma série de procedimentos específicos

da corporação para tanto.

Também temos especificada pela norma a questão da remuneração do militar,

composta pelo soldo (parcela relativa ao posto e graduação) e por adicionais e

gratificações, que variam de acordo com a habilitação obtida ao longo da carreira,

o exercício de atividades especiais e outras situações. Cada uma das parcelas que

compõem a remuneração tem uma função específica no estímulo ao desenvolvi-

mento de sua carreira na instituição.

Por isso, o estatuto também determina, como forma de alcançar a justa remu-

neração, a revisão periódica da remuneração dos inativos na mesma proporção e

na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos militares em ativi-

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dade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens

posteriormente concedidas aos servidores da ativa, inclusive quando decorrentes

da reclassificação de cargo ou função ocupada, em que se deu a transferência para

reserva remunerada ou reforma.

Além disso, o Estatuto determina o direito à percepção da remuneração do pos-

to ou graduação imediatamente superior, quando da sua transferência para inati-

vidade, que contar vinte e cinco (25) anos de efetivo serviço, se do sexo feminino

e trinta (30) anos se do sexo masculino, sendo que, caso seja ocupante do último

posto da hierarquia da corporação, terá seu soldo aumentado de dois décimos.

Da mesma forma, determina-se a percepção correspondente ao seu grau hie-

rárquico, calculada com base no soldo integral, quando não contando vinte e cinco

(25) anos, se do sexo feminino, ou trinta (30), se do sexo masculino, for transferido

para reserva remunerada, ex officio, por ter atingido a idade limite de permanência

no serviço ativo, no seu posto ou graduação.

Dentro desse contexto de remuneração, prevê-se, ainda, a concessão de déci-

mo terceiro salário com base na remuneração integral, devida no mês de dezem-

bro; salário-família para os seus dependentes, conforme legislação própria, que é

um benefício concedido ao militar que possuir, entre outros requisitos,“filho(s) de

qualquer condição com menos de 14 anos de idade, ou filho(s) inválido(s) de qual-

quer idade e ter remuneração mensal abaixo do valor limite para recebimento do

salário-família”2.

Ainda nessa seara de justa remuneração, o estatuto prevê, como direito, a

eventual promoção do militar, por meio da qual se dá a ascensão hierárquica na Po-

lícia Militar, pelos critérios de antiguidade, em virtude do tempo de serviço no posto

ou na graduação, e de merecimento, de cunho subjetivo, com base no conjunto de


2
Fonte: https://www.inss.gov.br/beneficios/salario-familia/

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qualidades e atributos pessoais do militar que revelam, em tese, que ele é o mais

apto para exercer as funções do posto ou graduação para o qual está concorrendo.

Além disso, há previsão do direito de pensão por morte correspondente ao total

da remuneração do policial militar ativo ou inativo, que pode ser concedido à viúva

do militar e/ou aos seus filhos, seguindo os trâmites de lei específica.

Como forma de garantir a qualidade de vida do militar, ademais, o estatuto pre-

vê adicional de remuneração para as atividades insalubres, penosas ou perigosas,

conforme dispuser a legislação própria; férias anuais remuneradas com vantagem,

de pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal; a possibilidade de

transferência voluntária para a reserva remunerada aos trinta (30) anos de serviço,

se do sexo masculino e vinte e cinco (25) anos, se do sexo feminino.

Ainda nesse tocante de melhorar a vida do militar, o Estatuto concede o direito

à licença à maternidade; licença à paternidade, e à assistência médico-hospitalar

para si e seus dependentes, assim entendida como um conjunto de atividades re-

lacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo

serviços profissionais médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem como o for-

necimento e aplicação de meios, cuidados e demais atos médicos e paramédicos

necessários etc.

Veja, aqui, que muitos dos direitos sociais previstos pela Constituição são

concedidos aos militares. Lembre-se, nesse sentido, que o artigo 6º da Lei Magna

determina que “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,

a moradia, o lazer, a Segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e

à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. instituí-

dos para garantir que o indivíduo exerça e usufrua de seus direitos fundamentais,

vivendo uma vida digna.

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Também se destaca, ademais, a previsão estabilidade para as praças com mais

de dez (10) anos de efetivo serviço. Mas, afinal, o que seria essa estabilidade? É a

segurança que o policial militar tem de que não será dispensado, a não ser após o

devido processo disciplinar. Veja que não se trata de um simples privilégio, mas

de uma garantia do Estado Democrático de Direito. Isso porque os servidores

públicos são funcionários do Estado, não dos governos (os funcionários dos gover-

nos são os chamados “cargos de confiança”).

Por isso, eles têm de transcender os governos e os interesses políticos, ideoló-

gicos e eleitorais que os caracterizam. Eles têm de estar para além dos governos,

para manter estável o Estado apesar da transitoriedade dos governos e da possibi-

lidade frequente de alternância político-ideológica desses. Sem estabilidade, cada

funcionário público estaria sujeito às disposições políticas, ideológicas e eleitorais

dos governos, e já não haveria um Estado estável para preservar o regime demo-

crático e garantir a possibilidade da alternância dos governos.

Além disso, o Estatuto prevê a assistência jurídica integral e gratuita por parte

do Estado, quando indiciado ou processado nos crimes ocorridos em atos de servi-

ço.

O licenciamento voluntário e a demissão também são direitos. Veja que a de-

missão não é apenas uma penalidade! Afinal, o servidor tem o direito de não querer

mais servir à instituição e desligar-se dela permanentemente.

Por fim, o Estatuto esclarece que os professores civis contratados para ministra-

rem aulas nos cursos realizados no Centro de Ensino e Instrução da Polícia Militar,

além dos direitos previstos em outras legislações, terão as seguintes honras, go-

zando as prerrogativas inerentes às respectivas posições hierárquicas:

• coronel, quando lecionar no curso superior de polícia;

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• major, quando lecionar no curso de aperfeiçoamento de oficiais;

• capitão, quando lecionar nos cursos de formação, adaptação e habilitação

para oficiais;

• primeiro tenente, quando lecionar nos demais cursos ou estágios.

Memorize tais disposições:

TÍTULO IV

DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS, DEVERES E OBRIGAÇÕES E ÉTICA

DOS MILITARES

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS

Art. 30. Os direitos e prerrogativas dos militares são constituídos pelas honras,

dignidade e distinção devida aos graus hierárquicos e cargos exercidos.

§ 1º São direitos e prerrogativas dos militares:

I – plenitude da patente dos oficiais com as prerrogativas, direitos e deveres a

elas inerentes, na ativa e na inatividade;

II – uso dos títulos e designação hierárquica correspondente ao posto ou gra-

duação;

III – uso dos uniformes, insígnias e distintivos da Corporação, de forma privati-

va, quando na ativa;

IV – processo e julgamento pela justiça militar estadual, nos crimes militares

definidos em lei;

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V – honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis

ou regulamentos;

VI – prisão especial, em quartel da Corporação, a disposição da autoridade judi-

ciária competente, quando sujeito à prisão antes da condenação irrecorrível;

VII – cumprimento de pena privativa de liberdade em unidade da própria Corpo-

ração ou presídio militar, nos casos de condenação que não lhe implique na perda

do posto ou da graduação, cujo comandante, chefe ou diretor tenha precedência

hierárquica sobre o preso ou detido;

VIII – assistência de oficial, quando praça, e de oficial de posto superior ao seu,

se sujeito a prisão em flagrante, circunstância em que permanecerá na reparti-

ção competente da polícia judiciária, somente o tempo necessário à lavratura do

auto respectivo, sendo, imediatamente após, conduzido a autoridade policial militar

mais próxima, mediante escolta da própria Corporação;

IX – porte de arma para oficiais conforme legislação federal;

X – porte de arma para as praças conforme legislação federal e restrições im-

posta pela Corporação;

XI – transferência voluntária para a reserva remunerada aos trinta (30) anos de

serviço, se do sexo masculino e vinte e cinco (25) anos, se do sexo feminino;

XII – estabilidade para as praças com mais de dez (10) anos de efetivo serviço;

XIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral, devida no mês

de dezembro;

XIV – salário-família para os seus dependentes, conforme legislação própria;

XV – férias anuais remuneradas com vantagem, de pelo menos, um terço a mais

do que a remuneração normal;

XVI – licença à maternidade;

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XVII – licença à paternidade;

XVIII – assistência jurídica integral e gratuita por parte do Estado, quando indi-

ciado ou processado nos crimes ocorridos em atos de serviço;

XIX – revisão periódica da remuneração dos inativos na mesma proporção e na

mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos militares em atividade,

sendo também estendido aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posterior-

mente concedidas aos servidores da ativa, inclusive quando decorrentes da reclas-

sificação de cargo ou função ocupada, em que se deu a transferência para reserva

remunerada ou reforma;

XX – percepção de remuneração;

XXI – promoção;

XXII – pensão por morte correspondente ao total da remuneração do policial

militar ativo ou inativo;

XXIII – demissão ou licenciamento voluntário;

XXIV – adicional de remuneração para as atividades insalubres, penosas ou pe-

rigosas, conforme dispuser a legislação própria;

XXV – a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim enten-

dida como um conjunto de atividades relacionadas com a prevenção, conservação

ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos, farmacêuti-

cos e odontológicos, bem como o fornecimento e aplicação de meios, cuidados e

demais atos médicos e paramédicos necessários;

XXVI – percepção da remuneração do posto ou graduação imediatamente su-

perior, quando da sua transferência para inatividade contar vinte e cinco (25) anos

de efetivo serviço, se do sexo feminino e trinta (30) anos se do sexo masculino.

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Caso seja ocupante do último posto da hierarquia da Corporação, terá seu soldo

aumentado de dois décimos.

XXVII – percepção correspondente ao seu grau hierárquico, calculada com base

no soldo integral, quando não contando vinte e cinco (25) anos, se do sexo femini-

no, ou trinta (30), se do sexo masculino, for transferido para reserva remunerada,

ex officio, por ter atingido a idade limite de permanência no serviço ativo, no seu

posto ou graduação.

§ 2º Os professores civis contratados para ministrarem aulas nos cursos reali-

zados no Centro de Ensino e Instrução da Polícia Militar, além dos direitos previstos

em outras legislações, terão as seguintes honras:

I – de coronel, quando lecionar no curso superior de polícia;

II – de major, quando lecionar no curso de aperfeiçoamento de oficiais;

III – de capitão, quando lecionar nos cursos de formação, adaptação e habilita-

ção para oficiais;

IV – de primeiro tenente, quando lecionar nos demais cursos ou estágios.

Deveres e Obrigações

O outro lado da moeda dos direitos é, como não poderia deixar de ser, a previ-

são de deveres a serem cumpridos pelos militares, “emanados de vínculos racionais

e morais que os ligam à comunidade e a segurança”.

Como já mencionamos na aula passada, a profissão militar caracteriza-se por

exigir do indivíduo inúmeros sacrifícios, inclusive o da própria vida em benefício da

pátria. Essa peculiaridade dos militares os conduz a valorizar certos princípios que

lhes são imprescindíveis, existindo deveres peculiares a essa carreira, que emanam

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de um conjunto de vínculos morais e jurídicos que ligam o militar à instituição à

qual pertence.

Destaca-se, dentre os primeiros mencionados pelo Estatuto, a dedicação inte-

gral ao serviço policial militar e a fidelidade a instituição a que pertence, mesmo

com o risco da própria vida, ideias essas que remontam ao patriotismo, como fala-

mos na aula passada, pregado como valor de todo o Exército Brasileiro e os órgãos

a ele vinculados.

O patriotismo, lembrando, “pode ser entendido como o amor incondicional à

Pátria. Esse amor impele o militar a estar pronto a defender sua soberania, inte-

gridade territorial, unidade nacional e paz social. 2. Caracteriza-se pela vontade

inabalável do cumprimento do dever militar, mesmo que isto prescinda o sacrifício

da sua própria vida. 3. Pode ser resumido pelo lema: “Servir à Pátria”.3

Outro dever é o culto aos símbolos nacionais e estaduais, sendo que, como

vimos na aula passada, “o culto aos símbolos nacionais, aos valores e tradições

históricas, à História-Pátria, em especial a militar, aos heróis nacionais e chefes

militares do passado. 2. Deve ser exteriorizado com a participação em solenidades

cívico-militares, nas comemorações de datas históricas, no culto aos patronos e

heróis, na preservação da memória militar e, sempre que oportuno, na divulgação

dos valores cívicos. 3. No culto desse valor, os militares são importantes vetores de

disseminação da cultura nacional no seio da sociedade brasileira”.4

Vale a pena lembrar, neste ponto, que os Símbolos Nacionais são:

• a Bandeira Nacional, cujo culto se dá mediante honras e sinais de respeito

prestados nas solenidades; pelo cerimonial de Guarda-Bandeira; pela posição


3
Fontes: http://www.eb.mil.br/valores-militares

4
Fontes: http://www.eb.mil.br/valores-militares

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de destaque nos desfiles militares; o seu hasteamento diário nas Organiza-

ções Militares e até mesmo o modo de guardá-la quando não estiver em uso;

• o Hino Nacional, a ser cantado com postura pelos militares;

• Armas Nacionais; e

• Selo Nacional.

Em respeito à disciplina e à hierarquia, temos como deveres a adoção da probi-

dade e lealdade em todas as circunstâncias, isso é, com integridade, honestidade,

sinceridade, franqueza, sem enganar seus superiores, pares ou subordinados; o

respeito da própria disciplina e respeito à hierarquia, de forma consciente, e do

rigoroso cumprimento das obrigações e ordens.

Por fim, temos ainda o dever de tratar o subordinado com dignidade e urbani-

dade, consoante o qual cabe ao militar superior buscar, sempre, o trato do subordi-

nado com bondade, dignidade, urbanidade, justiça e educação, sem comprometer,

porém, a disciplina e a hierarquia.

Dessa forma, busca-se o exercício da liderança que não se paute na coação, não

por paternalismo, mas sim por competência profissional, aliada à firmeza de pro-

pósitos e à serenidade nas atitudes, sabendo o militar hierarquicamente superior

que é um exemplo pessoal aos subordinados, incentivando à prática de atitudes

corretas por parte de cada um.

Seguindo, o Estatuto determina que o cidadão, após o ingresso e conclusão do

curso de formação ou adaptação, prestará compromisso de honra, na forma regu-

lamentar, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e deveres

institucionais e manifestará sua disposição de bem cumpri-los, compromisso esse

que terá caráter solene e será prestado a Bandeira Nacional.

O aspirante e o oficial ao primeiro posto também prestam compromisso, caben-

do ao primeiro prestá-lo no dia da declaração e de acordo com o cerimonial cons-

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tante no regulamento do Estabelecimento de Ensino, e, ao segundo, em solenidade

especialmente programada para esse fim.

Na sequência, o Estatuto traz algumas previsões gerais sobre a violação dos

deveres e das obrigações militares, que se dá por meio da prática de crime, de

contravenção e de transgressão disciplinar, sendo que a violação é mais grave

quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a comete e, se houver

concurso de crime militar e de transgressão disciplinar, será considerada a violação

mais grave para os fins disciplinares cabíveis.

Além disso, o estatuto esclarece que a inobservância dos deveres especificados

nas leis e regulamentos ou a falta de exatidão no cumprimento desses acarretará

para o policial militar responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar

ou penal, de conformidade com a legislação específica ou peculiar.

Sobre as transgressões disciplinares, o estatuto esclarece que elas são espe-

cificadas no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas, que

estudaremos na sequência do nosso curso. Esse regulamento estabelece as normas

para a aplicação e amplitude das punições disciplinares.

Apesar de o regulamento tratar com especificidade das transgressões, desde já

o estatuto esclarece que as punições disciplinares de detenção ou prisão não pode-

rão ultrapassar trinta (30) dias, e que ao cadete que cometer transgressão discipli-

nar aplica-se, além das sanções disciplinares previstas no regulamento disciplinar

da Polícia Militar, as existentes nos regimentos internos dos estabelecimentos de

ensino onde estiver matriculado.

Por fim, nesse ponto, o estatuto prevê a instituição dos Conselhos de Justi-

ficação e Disciplina, ao qual o oficial presumivelmente incapaz de permanecer

como militar do Estado da ativa será submetido à avaliação e eventual procedi-

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mento administrativo disciplinar. Submetido, o militar será afastado do exercício de

suas funções, automaticamente, a critério da autoridade competente, sendo que o

Conselho de Justificação também poderá ser aplicado aos oficiais da reserva.

O aspirante a oficial e as praças com estabilidade assegurada, por sua vez, se

presumivelmente incapazes de permanecer na ativa, serão submetidos a Conselho

de Disciplina, também aplicável à praça da reserva na forma da legislação peculiar.

Além disso, serão afastados da atividade que estiverem exercendo.

Memorize:

CAPÍTULO II

DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES

Art. 31. São deveres dos militares aqueles emanados de vínculos racionais e

morais que os ligam à comunidade e a segurança, compreendendo essencialmente:

I – dedicação integral ao serviço policial militar;

II – fidelidade a instituição a que pertence, mesmo com o risco da própria vida;

III – culto aos símbolos nacionais e estaduais;

IV – probidade e lealdade em todas as circunstâncias;

V – disciplina e respeito a hierarquia;

VI – rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;

VII – tratar o subordinado com dignidade e urbanidade.

Art. 32. O cidadão, após o ingresso e conclusão do curso de formação ou adap-

tação, prestará compromisso de honra, na forma regulamentar, no qual afirmará a

sua aceitação consciente das obrigações e deveres institucionais e manifestará sua

disposição de bem cumpri-los.

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§ 1º O compromisso a que se refere o caput deste artigo, terá caráter solene e

será prestado a Bandeira Nacional.

§ 2º O compromisso do aspirante a oficial será prestado no dia da declaração

e de acordo com o cerimonial constante no regulamento do Estabelecimento de

Ensino.

§ 3º O compromisso de oficial ao primeiro posto será prestado em solenidade

especialmente programada para este fim.

CAPÍTULO III

DA VIOLAÇÃO, DOS DEVERES E DAS OBRIGAÇÕES

Art. 33. Constituirão violação dos deveres e das obrigações militares: a prática

de crime, de contravenção e de transgressão disciplinar.

§ 1º A violação dos deveres e das obrigações militares é tão grave quanto mais

elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.

§ 2º No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar, será considera-

da a violação mais grave.

Art. 34. A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou

na falta de exatidão no cumprimento dos mesmos, acarretará para o policial militar

responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, de conformidade com

a legislação específica ou peculiar.

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SEÇÃO I

DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

Art. 35. As transgressões disciplinares são especificadas no regulamento disci-

plinar da Polícia Militar do estado de Alagoas.

§ 1º O regulamento disciplinar da Polícia Militar estabelecerá as normas para a

aplicação e amplitude das punições disciplinares.

§ 2º As punições disciplinares de detenção ou prisão não poderão ultrapassar

a trinta (30) dias.

Art. 36. Ao cadete que cometer transgressão disciplinar, aplica-se, além das

sanções disciplinares previstas no regulamento disciplinar da Polícia Militar, as exis-

tentes nos Regimentos Internos dos Estabelecimentos de Ensino onde estiver ma-

triculado.

SEÇÃO II

DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA

Art. 37. O oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como policial militar

da ativa, será submetido a Conselho de Justificação na forma da legislação peculiar.

§ 1º O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, será afastado do

exercício de suas funções, automaticamente, a critério da autoridade competente.

§ 2º O Conselho de Justificação também poderá ser aplicado aos oficiais da re-

serva.

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Art. 38. O aspirante a oficial e as praças com estabilidade assegurada, presu-

mivelmente incapaz de permanecer na ativa, serão submetidos a Conselho de Dis-

ciplina na forma da legislação peculiar.

§ 1º O aspirante a oficial ou a praça com estabilidade assegurada, ao ser sub-

metido a Conselho de Disciplina, será afastada da atividade que estiver exercendo.

§ 2º O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado a praça da reserva

Ética dos Militares

Também temos disposições sobre a ética militar. Antes de começarmos a estu-

dá-las, porém, temos uma pergunta a ser respondida: mas, afinal, o que é ética?

Em que pesem todas as possíveis discussões filosóficas sobre o tema, vamos ter

em mente algumas definições:

• Dicionário Aurélio Buarque de Holanda: estudo do juízo de apreciação que se

refere à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem

e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo abso-

luto.

• Caldas Aulete: ética é a ciência da moral;

• Adolfo Sánchez Vázquez: ética é a teoria ou ciência do comportamento moral

dos homens em sociedade.

Para os fins de estudo desta aula, é importante lembrar também que a ética é

desenhada em várias acepções, sendo uma delas a chamada “ética da responsabi-

lidade”, usada para julgar ações de grupo ou de um indivíduo em nome e por conta

do grupo. Ela representa o conjunto de normas e valores que orientam as decisões

a serem tomadas, conforme as suas possíveis consequências. Se as consequências

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são boas, o comportamento do político ou do representante foi bom. Por outro lado,

se os resultados dos atos do representante foram nefastos, não se poderá colocar

a culpa em outros, mas na ação do próprio agente público.

Nesse sentido, entra a ética profissional, que trata de um conjunto de normas

que formam a consciência do grupo coletivo, “elaboradas com o objetivo de prote-

ger os profissionais, as pessoas que dependem deles5”, para que todos procedam

bem, não prejudiquem uns aos outros e mantenham a boa condução das ativida-

des.

Assim, o estatuto define a ética militar como “o sentimento do dever, pundonor

militar e do decoro da classe, imposta a cada integrante da Polícia Militar, pela con-

duta moral e profissional irrepreensíveis”, devendo-se levar em conta, também, a

honra pessoal do militar. E o que isso quer dizer? Vejamos:

• sentimento do dever – refere-se ao exercício, com autoridade e eficiência,

das funções que lhe couberem em decorrência do cargo, ao cumprimento das

leis, regulamentos e ordens e à dedicação integral ao serviço;

• honra pessoal – refere-se à conduta como pessoa, à sua boa reputação e ao

respeito de que é merecedor no seio da comunidade. É o sentimento de dig-

nidade própria, como o apreço e o respeito que o militar se torna merecedor

perante seus superiores, pares e subordinados;

• pundonor militar – refere-se ao indivíduo como militar e está intimamente

relacionado à honra pessoal. É o esforço do militar para pautar sua conduta

como a de um profissional correto, em serviço ou fora dele. O militar deve

manter alto padrão de comportamento ético, que se refletirá no seu desem-

penho perante a instituição a que serve e no grau de respeito que lhe é de-

vido; e
5
OLIVEIRA, Antônio Roberto. Ética profissional. Belém: IFPA; Santa Maria: UFSM, 2012, p. 53.

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• decoro da classe – refere-se aos valores moral e social da instituição e à sua

imagem ante a sociedade. Representa o conceito social dos militares.

Para se concretizar a ética militar, o estatuto determina a observância de alguns

preceitos éticos, sendo os primeiros deles o de amar a verdade e a responsabili-

dade como fundamento da dignidade pessoal e o de exercer com autorida-

de, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do

cargo, dos quais podemos extrair a ideia de que o agente militar deve prestar uma

atividade rápida, eficaz e coerente com as necessidades do público-alvo do serviço

prestado, adotando o caminho menos oneroso e mais célere, para a obtenção do

resultado, empregando todas as suas energias em benefício do serviço e res-

peitando a todos, colegas e usuários do serviço da polícia militar.

IMPORTANTE: o estatuto, como não poderia deixar de ser, traz como um dos

pilares éticos o respeito à dignidade da pessoa humana. Dignidade, com efeito,

nos remete a tudo aquilo que é nobre, elevado, mas também se refere a um senti-

mento de respeito, de modo a deixar claro o que se espera de um servidor militar.

Quando o código dispõe que esses devem observar a dignidade, isso significa

dizer que devem sempre se lembrar de que estão lidando com seres humanos, se-

jam eles colegas de trabalho, superiores ou subalternos, ou ainda os usuários do

serviço público. Todos eles devem ser considerados como dignos de respeito, isso

é, de um tratamento igualitário e humanitário, sem discriminação ou quaisquer

ofensas a seus direitos, respeitando à diversidade e repudiando-se a discriminação

e o preconceito.

Por isso, inclusive, um dos preceitos éticos é o de, por um lado, cumprir e fazer

cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens da autoridade

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competente, e, por outro, ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na

apreciação do mérito dos subordinados. O militar também deve manter sem-

pre a disciplina, respeitando as autoridades civis e cumprir seus deveres de

cidadão.

Também há o preceito de zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual,

físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da

missão comum, eis que um valor militar é o aprimoramento técnico-profissional,

visando-se a:

1. Um exército moderno, operativo e eficiente exige de seus integrantes, cada vez mais,
uma elevada capacitação profissional. 2. Além de cumprir os programas institucionais
de formação específica e aperfeiçoamento constante – realizados na própria Instituição,
nas demais Forças Armadas, outros exércitos ou em instituições civis – o militar, por ini-
ciativa própria, deve buscar seu continuado aprimoramento técnico-profissional. 3. Esse
aprimoramento contempla as áreas cognitiva, psicomotora e afetiva e é sedimentada
com o exercício profissional de suas atribuições. 6

Ainda, temos o preceito de praticar permanentemente a camaradagem e

desenvolver o espírito de cooperação, ressaltado o espírito de corpo, orgulho

do militar do Estado pela organização onde serve:

(...) orgulho inato aos homens de farda por integrar o Exército Brasileiro [aqui lemos a
Polícia Militar], atuando em uma de suas Organizações Militares, exercendo suas ativi-
dades profissionais, por meio de suas competências, junto aos seus superiores, pares e
subordinados. Deve ser entendido como um “orgulho coletivo”, uma “vontade coletiva”.
2. O espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem entre seus
integrantes e se exterioriza por meio de: canções militares, gritos de guerra e lemas
evocativos; uso de distintivos e condecorações regulamentares; irretocável apresenta-
ção e, em especial, do culto de valores e tradições.7

6
Fontes: http://www.eb.mil.br/valores-militares

7
Fontes: http://www.eb.mil.br/valores-militares

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Além disso, o estatuto traz diversas normas que nos remetem à ideia de deco-

ro. A necessidade de se observar o decoro nos remete a uma conduta respeitosa,

no sentido de observância de normas morais, referentes ao órgão como um todo.

Remete-nos a conceitos como pudor, decência, recato no comportamento ou ainda

boas maneiras. Portanto, sempre se deve ter cuidado com as atitudes, mantendo,

por exemplo, adequação com linguajar empregado ou com as vestimentas utiliza-

das.

É por isso que o estatuto tem como preceitos: ser discreto nas atitudes, ma-

neiras e linguagem escrita e falada; proceder de maneira ilibada na vida

pública e na particular; observar as normas de boa educação; garantir a

assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família

modelar; conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo

que não prejudique os princípios da disciplina, respeito e decoro policial

militar.

Também temos preceitos que tocam a ideia de impessoalidade e da morali-

dade, princípios que regem toda a Administração Pública consoante o art. 37 da

CF/1988, e segundo o qual deve sempre se visar à objetividade das atividades

realizadas pelo órgão e seus agentes, buscando sempre a satisfação do interesse

público, afastando-se, portanto, interesses individuais e marcas pessoais dos atos

praticados, bem como ao agir de forma ética, atendendo aos valores sociais ade-

quados e aos padrões objetivos de conduta desejáveis de um indivíduo que faça

parte da Administração Pública.

Nesse sentido, tem-se as seguintes previsões: abster-se de fazer uso do pos-

to ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza

ou para negócios particulares ou de terceiros; na inatividade, do uso das

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designações hierárquicas, quando: a) em atividades político-partidárias;

b) em atividades industriais; c) em atividades comerciais; d) para discutir

ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou

militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se de-

vidamente autorizado; e) no exercício de função de natureza não policial

militar, mesmo oficiais.

Além disso, tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa, relativa à se-

gurança nacional ou pública. Trata-se do dever de sigilo, que consiste em guardar

segredo em relação a fatos e matérias de que o militar tenha ou tenha tido conhe-

cimento, em virtude do exercício das suas funções, para garantir a efetividade das

medidas tomadas pela instituição, em prol da ordem e da segurança.

Por fim, determina-se como preceito ético também o de zelar pelo bom nome

da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes.

Apenas para sintetizarmos alguns dos primordiais valores, deveres e preceitos

ético-militares:

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Memorize as normas expressas do estatuto sobre esse tema:

CAPÍTULO IV

DA ÉTICA POLICIAL MILITAR

Art. 39. A ética policial militar é estabelecida através do sentimento do dever,

pundonor militar e do decoro da classe, imposta a cada integrante da Polícia Militar,

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pela conduta moral e profissional irrepreensíveis com observância dos seguintes

preceitos:

I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pes-

soal;

II – exercer com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couber

em decorrência do cargo;

III – respeitar a dignidade da pessoa humana;

IV – cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens

da autoridade competente;

V – ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos

subordinados;

VI – zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e também do subordi-

nado, tendo em vista o cumprimento da missão comum;

VII – empregar toda energia em benefício do serviço;

VIII – praticar permanentemente a camaradagem e desenvolver o espírito de

cooperação;

IX – ser discreto nas atitudes, maneiras e linguagem escrita e falada;

X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa, relativa

à segurança nacional ou pública;

XI – respeitar as autoridades civis;

XII – cumprir seus deveres de cidadão;

XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;

XIV – observar as normas de boa educação;

XV – garantir a assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe

de família modelar;

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XVI – conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não

prejudique os princípios da disciplina, respeito e decoro policial militar;

XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades

pessoais de qualquer natureza ou para negócios particulares ou de terceiros;

XVIII – abster-se na inatividade do uso das designações hierárquicas, quando:

a) em atividades político-partidárias;

b) em atividades industriais;

c) em atividades comerciais;

d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos

políticos ou militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se

devidamente autorizado;

e) no exercício de função de natureza não policial militar, mesmo oficiais.

IX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes.

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RESUMO

Vamos, agora, lembrar dos principais pontos aprendidos na aula de hoje. Con-

fira.

Direitos e prerrogativas

Sobre os direitos e prerrogativas dos militares, aprendemos que estatuto de-

termina que esses “são constituídos pelas honras, dignidade e distinção devida aos

graus hierárquicos e cargos exercidos”, vendo novamente a importância da hierar-

quia que, ao ordenar os militares em distintas e verticalizadas posições, garante

distintos direitos e distintas prerrogativas, com o fim de prestigiar o militar de

maior autoridade e garantir, por outro lado, a manutenção da ordem e da disciplina,

ao se conceder esse status de diferenciação.

Nesse sentido, aprendemos também que o estatuto regula quais são os direitos

e prerrogativas dos militares, enumerando-se, primeiramente, a plenitude da pa-

tente dos oficiais com as prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, na ativa

e na inatividade. Como vimos, a patente é o título que cada oficial carrega, e é por

meio dele que descobrimos a importância de um posto, observando a quantidade

de símbolos que uma insígnia – que fica costurada no uniforme do militar – tem. Ou

seja, é o direito de o oficial valer-se de sua posição hierárquica, simbolizada na pa-

tente, gozando todas as vantagens e cumprindo todos os deveres compatíveis com

a sua posição dentro da hierarquia da instituição, garantindo-se, nessa toada, o uso

dos títulos e designação hierárquica correspondente ao posto ou graduação; o uso

dos uniformes, insígnias e distintivos da corporação, de forma privativa, quando na

ativa; e honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em

leis ou regulamentos.

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Também sobre a especialidade concedida ao militar, o estatuto traz como ga-

rantia o processo e julgamento pela justiça militar estadual, nos crimes militares

definidos em lei, salvo exceção constitucional; a prisão especial, em quartel da cor-

poração, à disposição da autoridade judiciária competente, quando sujeito à prisão

antes da condenação irrecorrível; o cumprimento de pena privativa de liberdade

em unidade da própria corporação ou presídio militar, nos casos de condenação que

não lhe implique na perda do posto ou da graduação, cujo comandante, chefe ou

diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou detido; e também a assis-

tência de oficial, quando praça, e de oficial de posto superior ao seu, se sujeito à

prisão em flagrante, circunstância em que permanecerá na repartição competente

da polícia judiciária, somente o tempo necessário à lavratura do auto respectivo,

sendo, imediatamente após, conduzido à autoridade policial militar mais próxima,

mediante escolta da própria Corporação.

Além disso, concede-se o direito do porte de arma para oficiais conforme le-

gislação federal e do porte de arma para as praças conforme legislação federal e

restrições imposta pela corporação, como forma de o militar ter instrumento para

garantir a ordem e a segurança da sociedade. Também temos especificado pela

norma a questão da remuneração do militar, composta pelo soldo (parcela relativa

ao posto e graduação) e por adicionais e gratificações, que variam de acordo com a

habilitação obtida ao longo da carreira, o exercício de atividades especiais e outras

situações. Cada uma das parcelas que compõem a remuneração tem uma função

específica no estímulo ao desenvolvimento de sua carreira na instituição.

Por isso, vimos também que o estatuto determina a revisão periódica da remu-

neração dos inativos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se mo-

dificar a remuneração dos militares em atividade, sendo também estendidos aos

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inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servi-

dores da ativa, inclusive quando decorrentes da reclassificação de cargo ou função

ocupada, em que se deu a transferência para reserva remunerada ou reforma.

Além disso, o estatuto determina o direito percepção da remuneração do posto

ou graduação imediatamente superior, quando da sua transferência para inativida-

de contar vinte e cinco (25) anos de efetivo serviço, se do sexo feminino e trinta

(30) anos se do sexo masculino, sendo que, caso seja ocupante do último posto da

hierarquia da corporação, terá seu soldo aumentado de dois décimos. Da mesma

forma, determina-se a percepção correspondente ao seu grau hierárquico, calcu-

lada com base no soldo integral, quando não contando vinte e cinco (25) anos, se

do sexo feminino, ou trinta (30), se do sexo masculino, for transferido para reserva

remunerada, ex officio, por ter atingido a idade limite de permanência no serviço

ativo, no seu posto ou graduação.

Dentro desse contexto de remuneração, prevê-se, ainda, a concessão de décimo

terceiro salário com base na remuneração integral, devida no mês de dezembro;

salário-família para os seus dependentes, conforme legislação própria; promoção;

pensão por morte correspondente ao total da remuneração do policial militar ativo

ou inativo; adicional de remuneração para as atividades insalubres, penosas ou

perigosas, conforme dispuser a legislação própria etc.

Como forma de garantir a qualidade de vida do militar, ademais, o estatuto

prevê férias anuais remuneradas com vantagem, de pelo menos, um terço a mais

do que a remuneração normal; a possibilidade de transferência voluntária para a

reserva remunerada aos trinta (30) anos de serviço, se do sexo masculino e vinte

e cinco (25) anos, se do sexo feminino; licença à maternidade; licença à paterni-

dade, a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida

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como um conjunto de atividades relacionadas com a prevenção, conservação ou

recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos, farmacêuticos e

odontológicos, bem como o fornecimento e aplicação de meios, cuidados e demais

atos médicos e paramédicos necessários etc.

Também se destaca a previsão estabilidade para as praças com mais de dez (10)

anos de efetivo serviço. Além disso, é direito o licenciamento voluntário e a demissão, por meio do

qual o servidor tem o direito de não querer mais servir à instituição e desligar-se dela permanentemente.

Deveres e obrigações

Sobre os deveres a serem cumpridos pelos militares, aprendemos que são defi-

nidos, pelo Estatuto, como “emanados de vínculos racionais e morais que os ligam

à comunidade e a segurança” destacando-se, entre os primeiros mencionados pelas

normas estatutárias, a dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelidade

à instituição a que pertence, mesmo com o risco da própria vida, ideias essas que

remontam ao patriotismo, pregado como valor de todo o Exército Brasileiro e os

órgãos a ele vinculados, o amor incondicional à pátria, pela vontade inabalável do

cumprimento do dever militar, mesmo que isso prescinda o sacrifício da sua própria

vida. Outro dever é o culto aos símbolos nacionais e estaduais, importantes vetores

de disseminação da cultura nacional no seio da sociedade brasileira, como a Ban-

deira Nacional, cujo culto se dá mediante honras e sinais de respeito prestados nas

solenidades; pelo cerimonial de Guarda-Bandeira; pela posição de destaque nos

desfiles militares; o seu hasteamento diário nas Organizações Militares e até mes-

mo o modo de guardá-la quando não estiver em uso; Hino Nacional, a ser cantado

com postura pelos militares; Armas Nacionais; e Selo Nacional.

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Além disso, vimos que, em respeito à disciplina e à hierarquia, temos como

deveres a adoção da probidade e lealdade em todas as circunstâncias, isso é, com

integridade, honestidade, sinceridade, franqueza, sem enganar seus superiores,

pares ou subordinados; o respeito da própria disciplina e respeito à hierarquia, de

forma consciente, e do rigoroso cumprimento das obrigações e ordens.

Por fim, aprendemos, ainda, sobre o dever de tratar o subordinado com dig-

nidade e urbanidade, consoante o qual cabe ao militar superior buscar, sempre,

o trato do subordinado com bondade, dignidade, urbanidade, justiça e educação,

sem comprometer, porém, a disciplina e a hierarquia, cabendo ao superior buscar

o exercício da liderança que não se paute na coação, e também não por paterna-

lismo, mas sim por competência profissional, aliada à firmeza de propósitos e à

serenidade nas atitudes, sabendo o militar hierarquicamente superior que é um

exemplo pessoal aos subordinados, incentivando à prática de atitudes corretas por

parte de cada um.

Seguindo, o estatuto determina que o cidadão, após o ingresso e conclusão do

curso de formação ou adaptação, prestará compromisso de honra, na forma regu-

lamentar, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e deveres

institucionais e manifestará sua disposição de bem cumpri-los, compromisso esse

que terá caráter solene e será prestado à Bandeira Nacional. O aspirante e o oficial

ao primeiro posto também prestam compromisso, cabendo ao primeiro prestá-lo

no dia da declaração e de acordo com o cerimonial constante no regulamento do

estabelecimento de ensino, e, ao segundo, em solenidade especialmente progra-

mada para esse fim.

Na sequência, o estatuto apresenta algumas previsões gerais sobre a violação

dos deveres e das obrigações militares, que se dá por meio da prática de crime,

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de contravenção e de transgressão disciplinar, sendo que a violação é mais grave

quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a comete e, se houver con-

curso de crime militar e de transgressão disciplinar, será considerada a violação

mais grave para os fins disciplinares cabíveis. Além disso, o estatuto esclarece que

a inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou na falta de

exatidão no cumprimento desses acarretará para o policial militar responsabilidade

funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, em conformidade com a legislação es-

pecífica ou peculiar.

Sobre as transgressões disciplinares, o estatuto esclarece que elas são especi-

ficadas no regulamento disciplinar da Polícia Militar do estado de Alagoas, norma

que estudaremos na sequência do nosso curso e que estabelece as normas para a

aplicação e amplitude das punições disciplinares. Apesar de o regulamento tratar

com especificidade das transgressões, o estatuto estabelece que as punições dis-

ciplinares de detenção ou prisão não poderão ultrapassar trinta (30) dias, e que

ao cadete que cometer transgressão disciplinar, aplica-se, além das sanções dis-

ciplinares previstas no regulamento disciplinar da Polícia Militar, as existentes nos

Regimentos internos dos estabelecimentos de ensino onde estiver matriculado.

Por fim, nesse ponto, o estatuto prevê a instituição dos Conselhos de Justifica-

ção e Disciplina, ao qual o oficial presumivelmente incapaz de permanecer como

militar do Estado da ativa será submetido para avaliação e eventual procedimen-

to administrativo disciplinar. Submetido, o militar será afastado do exercício de

suas funções, automaticamente, a critério da autoridade competente, sendo que

o Conselho de Justificação também poderá ser aplicado aos oficiais da reserva. O

aspirante a oficial e as praças com estabilidade assegurada, por sua vez, se pre-

sumivelmente incapaz de permanecer na ativa, serão submetidos a Conselho de

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Disciplina, também aplicável à praça da reserva na forma da legislação peculiar e

serão afastados da atividade que estiver exercendo.

Ética militar

O estatuto define a ética militar como “o sentimento do dever, pundonor militar

e do decoro da classe, imposta a cada integrante da Polícia Militar, pela conduta

moral e profissional irrepreensíveis”.

Para se concretizar essa ética, o estatuto determina a observância de alguns

preceitos éticos, sendo os primeiros deles o de amar a verdade e a responsabi-

lidade como fundamento da dignidade pessoal e o de exercer com autoridade,

eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do cargo, dos

quais podemos extrair a ideia de que o agente militar deve prestar uma atividade

rápida, eficaz e coerente com as necessidades do público-alvo do serviço prestado,

adotando o caminho menos oneroso e mais célere, para a obtenção do resultado,

empregando todas as suas energias em benefício do serviço e respeitando a todos,

colegas e usuários do serviço da polícia militar.

O estatuto, como não poderia deixar de ser, traz como um dos pilares éticos o

respeito à dignidade da pessoa humana. Dignidade, com efeito, nos remete a tudo

aquilo que é nobre, elevado, mas também se refere a um sentimento de respeito,

de modo a deixar claro o que se espera de um servidor militar. Quando o código

dispõe que esses devem observar a dignidade, significa dizer que devem sempre se

lembrar de que estão lidando com seres humanos, sejam eles, colegas de trabalho,

superiores ou subalternos, ou ainda os usuários do serviço público, e que todos

eles devem ser considerados como dignos de respeito, isso é, de um tratamento

igualitário e humanitário, sem discriminação ou quaisquer ofensas a seus direitos,

respeitando à diversidade e repudiando-se a discriminação e o preconceito.

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Por isso, inclusive, um dos preceitos éticos é o de, por um lado, cumprir e fazer

cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens da autoridade compe-

tente, e, por outro, ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do

mérito dos subordinados. O militar deve manter sempre a disciplina, respeitando

as autoridades civis e cumprir seus deveres de cidadão. Também há o preceito de

zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e, também, pelo dos subordina-

dos, tendo em vista o cumprimento da missão comum. Ainda, temos o preceito de

praticar permanentemente a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação,

ressaltado o espírito de corpo, que “reflete o grau de coesão da tropa e de camara-

dagem entre seus integrantes e se exterioriza por meio de: canções militares, gritos

de guerra e lemas evocativos; uso de distintivos e condecorações regulamentares;

irretocável apresentação e, em especial, do culto de valores e tradições”.8

Além disso, o estatuto traz diversas normas que nos remetem à ideia de deco-

ro. A necessidade de se observar o decoro nos remete a uma conduta respeitosa,

no sentido de observância de normas morais, referentes ao órgão como um todo.

Remete-nos a conceitos como pudor, decência, recato no comportamento ou ainda

boas maneiras. Portanto, sempre se deve ter cuidado com as atitudes, mantendo,

por exemplo, adequação com linguajar empregado ou com as vestimentas utiliza-

das.

É por isso que o estatuto tem como preceitos: ser discreto nas atitudes, ma-

neiras e linguagem escrita e falada; proceder de maneira ilibada na vida pública e

na particular; observar as normas de boa educação; garantir a assistência moral

e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar; conduzir-se,

mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não prejudique os princípios

da disciplina, respeito e decoro policial militar.


8
Fonte: http://www.eb.mil.br/valores-militares

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Também temos preceitos que tocam a ideia de impessoalidade e da moralidade,

princípios que regem toda a Administração Pública consoante o art. 37 da CF/1988,

e segundo o qual deve sempre se visar à objetividade das atividades realizadas

pelo órgão e seus agentes, buscando sempre a satisfação do interesse público,

afastando-se, portanto, interesses individuais e marcas pessoais dos atos pratica-

dos, bem como ao agir de forma ética, atendendo aos valores sociais adequados

e aos padrões objetivos de conduta desejáveis de um indivíduo que faça parte da

Administração Pública.

Nesse sentido, tem-se as seguintes previsões: abster-se de (i) tratar, fora do

âmbito apropriado, de matéria sigilosa, relativa à segurança nacional ou pública;

(ii) fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer

natureza ou para negócios particulares ou de terceiros; na inatividade, do uso das

designações hierárquicas, quando: a) em atividades político-partidárias; b) em ati-

vidades industriais; c) em atividades comerciais; d) para discutir ou provocar dis-

cussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares, excetuando-se

os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e) no exercício

de função de natureza não policial militar, mesmo oficiais. Por fim, determina-se

como preceito ético também o de zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada

um dos seus integrantes.

Encerrando nossa aula, como de costume, vamos avaliar algumas questões co-

mentadas sobre o que aprendemos hoje.

Até a próxima!

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CESPE/2017) Julgue o item que se segue, relativo à ética e cidadania.

A disciplina policial militar, que tem como uma de suas manifestações essenciais

o respeito à ética policial militar, consiste em rigorosa observância e cumprimento

integral de normas, leis e regulamentos por parte de todos e de cada um dos com-

ponentes do organismo policial militar.

2. (CESPE/2017) Julgue o item que se segue, relativo à ética e cidadania.

Atenderá ao decoro da classe o integrante da polícia militar que contribuir para a

assistência moral e material do seu lar, além de se comportar de maneira a dar

exemplo de conduta moral e profissional irrepreensíveis na sua vida familiar e na

social.

3. (CESPE/2017) Com base no Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alago-

as, julgue o item a seguir:

A carreira de oficial da Polícia Militar do Estado de Alagoas é privativa de brasileiro

nato.

4. (CESPE/2017) Com base no Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alago-

as, julgue o item a seguir:

A graduação é grau hierárquico exclusivo dos oficiais, sendo conferido pelo chefe

do Poder Executivo.

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5. (CESPE/2017) Acerca do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,

julgue o item subsequente.

Os militares são processados e julgados pela justiça militar estadual, independen-

temente da natureza do crime por eles praticado.

6. (CESPE/2017) Acerca do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,

julgue o item subsequente:

Os alunos dos cursos de formação militar, em todos os níveis, e os alunos dos cur-

sos de adaptação de oficiais, quando procedentes do meio civil, são considerados

militares da ativa.

7. (CESPE/2017) Acerca do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,

julgue o item subsequente:

Os integrantes das polícias militares constituem uma categoria especial de servido-

res públicos.

8. (CESPE/2017) Julgue o próximo item, relativo ao disposto no Estatuto dos Poli-

ciais Militares do Estado de Alagoas e nas legislações estaduais que trata dos crité-

rios e das condições de acesso na hierarquia militar.

Considera-se mais antigo, para fins de promoção, o militar que tenha obtido, ao

final do curso de formação complementar de praça, maior grau de aproveitamento

intelectual em relação aos demais militares da sua turma.

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9. (CESPE/2017) Julgue o próximo item, relativo ao disposto no Estatuto dos Po-

liciais Militares do Estado de Alagoas e nas legislações estaduais que tratam dos

critérios e das condições de acesso na hierarquia militar:

O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é privativo a brasileiro nato, sem

distinção de raça, sexo, cor ou credo religioso, e ocorre por meio de matrícula ou

nomeação depois de aprovação em concurso público, desde que observadas as

condições determinadas no regulamento da corporação.

10. (CESPE/2017) A respeito da legislação sobre os critérios e as condições que

asseguram o acesso na hierarquia militar, julgue o próximo item:

São critérios para a promoção o merecimento intelectual e a antiguidade.

11. (CESPE/2017) Julgue o próximo item, com base no disposto no Estatuto dos

Policiais Militares do Estado de Alagoas e nas legislações estaduais que trata dos

critérios e das condições de acesso na hierarquia militar:

O policial militar deve obedecer com rapidez às ordens determinadas por autorida-

de competente e, quando uma ordem parecer obscura, estará isento de responsa-

bilidade pelo excesso ou abuso que cometer no seu cumprimento.

12. (CESPE/2012) A PM-AL:

a) Consiste em uma instituição nacional permanente, organizada com base nos

princípios da hierarquia e da disciplina.

b) Exerce com exclusividade as atividades de defesa civil.

c) Subordina-se administrativa e operacionalmente ao governador do estado de

Alagoas.

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d) É força auxiliar e reserva da Polícia Civil do Estado de Alagoas e da Polícia Fe-

deral.

e) É responsável por realizar as atividades de polícia ostensiva e de apuração das

infrações penais contra a ordem social em sua jurisdição.

13. (CESPE/2012) Com base no Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Ala-

goas, assinale a opção correta acerca das condições de atividade e inatividade dos

policiais militares.

a) Os policiais militares da reserva remunerada podem ser convocados e designa-

dos para a realização de serviço especificado, continuando, nesse caso, na inativi-

dade.

b) Os alunos matriculados nos cursos de formação de policiais militares, em todos

os níveis, são considerados policiais militares na ativa, ao passo que os alunos pro-

cedentes do meio civil matriculados nos cursos de adaptação de oficiais são consi-

derados componentes da reserva remunerada, passando a integrar a ativa apenas

após a conclusão do curso.

c) Os policiais militares reformados podem ser convocados e designados para a

realização de serviço específico, continuando, nesse caso, a integrar a reserva re-

munerada.

d) Os policiais militares da reserva remunerada podem ser convocados e designa-

dos para a realização de serviço especificado, passando, nesse caso, a ser conside-

rados policiais na ativa.

e) Os policiais militares reformados podem ser convocados e designados para a re-

alização de serviço especificado, passando, nesse caso, a ser considerados policiais

na ativa.

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14. (CESPE/2012) Se Pedro for brasileiro nato, João for brasileiro naturalizado e

Ana, estrangeira, de acordo com o Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Ala-

goas,

a) João e Ana podem ser aspirantes a oficial da Polícia Militar.

b) Pedro, João e Ana podem ser soldados da Polícia Militar.

c) Pedro e João podem ser sargentos da Polícia Militar.

d) Pedro, João e Ana podem ser tenentes da Polícia Militar.

e) Pedro e Ana podem ser cabos da Polícia Militar.

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GABARITO

1. C

2. C

3. C

4. E

5. E

6. C

7. C

8. C

9. E

10. C

11. E

12. c

13. d

14. c

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GABARITO COMENTADO

1. (CESPE/2017) Julgue o item que se segue, relativo à ética e cidadania.

A disciplina policial militar, que tem como uma de suas manifestações essenciais

o respeito à ética policial militar, consiste em rigorosa observância e cumprimento

integral de normas, leis e regulamentos por parte de todos e de cada um dos com-

ponentes do organismo policial militar.

Certo.

Como discutimos na aula passada, a hierarquia e a disciplina são os verdadeiros

pilares constitucionais das instituições militares. A disciplina é conceituada justa-

mente como a obediência às regras, aos superiores, a regulamentos, sendo enu-

merada, como aprendemos hoje, entre os preceitos éticos e como fundamento de

outros, como a adoção da probidade e lealdade em todas as circunstâncias, isso

é, integridade, honestidade, sinceridade, franqueza, sem enganar seus superiores,

pares ou subordinados; o respeito da própria disciplina e respeito à hierarquia, de

forma consciente, e do rigoroso cumprimento das obrigações e ordens.

2. (CESPE/2017) Julgue o item que se segue, relativo à ética e cidadania.

Atenderá ao decoro da classe o integrante da polícia militar que contribuir para a

assistência moral e material do seu lar, além de se comportar de maneira a dar

exemplo de conduta moral e profissional irrepreensíveis na sua vida familiar e na

social.

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Certo.

Aprendemos hoje que o estatuto define a ética militar como “o sentimento do de-

ver, pundonor militar e do decoro da classe, imposta a cada integrante da Polícia

Militar, pela conduta moral e profissional irrepreensíveis”, sendo que esse decoro se

refere aos valores moral e social da instituição e à sua imagem ante a sociedade,

representando o conceito social dos militares. Como discutimos, a necessidade de

se observar o decoro nos remete a uma conduta respeitosa, no sentido de obser-

vância de normas morais, referentes ao órgão como um todo. Remete-nos a con-

ceitos como pudor, decência, recato no comportamento ou ainda boas maneiras.

Portanto, sempre se deve ter cuidado com as atitudes, mantendo, por exemplo,

adequação com o linguajar empregado ou com as vestimentas utilizadas.

É por isso que o estatuto tem como preceitos: ser discreto nas atitudes, maneiras e

linguagem escrita e falada; proceder de maneira ilibada na vida pública e na parti-

cular; observar as normas de boa educação; garantir a assistência moral e material

ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar; conduzir-se, mesmo fora

do serviço ou na inatividade, de modo que não prejudique os princípios da discipli-

na, respeito e decoro policial militar.

3. (CESPE/2017) Com base no Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alago-

as, julgue o item a seguir:

A carreira de oficial da Polícia Militar do Estado de Alagoas é privativa de brasileiro

nato.

Certo.

Aprendemos na aula passada que, nos termos do estatuto (art. 5º, § 2º), a carreira

de oficial da Polícia Militar é privativa de brasileiro nato, de fato. E o que isso quer

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dizer? Você se lembra? Como falamos na aula passada, a nacionalidade é dividida

em duas espécies: a originária e a derivada, sendo que a primeira não depende

de manifestação de vontade do indivíduo, enquanto a segunda depende de prévia

aceitação do país em questão. No Brasil, adotamos, em regra, o critério de terri-

torialidade para conceder a nacionalidade originária, tendo o Brasil optado pelo

territorial. Isso quer dizer que, em regra, os nascidos em terras brasileiras serão

considerados brasileiros natos – a exceção se dá quando ambos os pais são estran-

geiros e, pelo menos um, estiver a serviço de seu país de origem.

Isso não quer dizer, porém, que as pessoas nascidas em outros territórios não po-

derão ser brasileiros natos. Existem dois casos nesse sentido: quando um dos pais

for brasileiro e estiver no exterior a serviço do país, o filho é brasileiro nato. Ainda,

se os pais forem brasileiros, estiverem no exterior, mas registrarem o filho em re-

partição brasileira competente, como o Consulado, o filho será brasileiro nato – e,

mesmo não registrado, se vier a residir em território brasileiro e for maior de 18

(dezoito) anos, pode optar por confirmar sua nacionalidade como brasileiro nato.

E a nacionalidade derivada? Dá-se por meio da naturalização, que pode ser ordiná-

ria e ou extraordinária. Conforme a nossa Constituição, o estrangeiro de qualquer

país, residente há 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, podem requerer

a naturalização no Brasil, sendo essa a modalidade extraordinária. A ordinária, por

sua vez, exige somente um ano de residência ininterrupta e idoneidade moral para

quem for de países de língua portuguesa. Veja o que dispõe a Constituição Federal:

Art. 12. São brasileiros:


I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Fe-
derativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requei-
ram a nacionalidade brasileira
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos nesta Constituição.

4. (CESPE/2017) Com base no Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alago-

as, julgue o item a seguir:

A graduação é grau hierárquico exclusivo dos oficiais, sendo conferido pelo chefe

do Poder Executivo.

Errado.

Lembre-se:
Art. 6º Para efeito deste estatuto serão obedecidas as seguintes conceituações:
(...)
IV – Posto – é o grau hierárquico privativo do oficial, conferido por ato do Chefe do Poder
Executivo;
V – Graduação – é o grau hierárquico privativo das praças, conferido por ato do Coman-
dante Geral;

5. (CESPE/2017) Acerca do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,

julgue o item subsequente.

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Os militares são processados e julgados pela justiça militar estadual, independen-

temente da natureza do crime por eles praticado.

Errado.

Como aprendemos hoje, em tese, os militares são processados e julgados pela jus-

tiça militar estadual, em respeito aos seus direitos e prerrogativas (art. 30, § 1º,

inciso IV).

Contudo, essa prerrogativa não é concedida, independentemente da natureza do

crime cometido! Lembre-se que, conforme o art. 9º do Código Penal militar, a de-

pender da natureza do crime, tratando-se de crimes dolosos contra a vida, a justiça

militar estadual não será capaz de julgá-los, cabendo a instauração de tribuna do

júri ou remessa à justiça militar da união, em determinados casos:

Constituição Federal
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos
nesta Constituição. (...)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal com-
petente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das
praças;

Código Penal Militar

Art. 9º (...) § 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e
cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por
militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da
União, se praticados no contexto:
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da Re-
pública ou pelo Ministro de Estado da Defesa;
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo
que não beligerante; ou

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III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem


ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da
Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais:
a) Lei n. 7.565, de 19 de dezembro de 1986 – Código Brasileiro de Aeronáutica;
b) Lei Complementar n. 97, de 9 de junho de 1999;
c) Decreto-Lei n. 1.002, de 21 de outubro de 1969 – Código de Processo Penal Militar; e
d) Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.

6. (CESPE/2017) Acerca do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,

julgue o item subsequente:

Os alunos dos cursos de formação militar, em todos os níveis, e os alunos dos cur-

sos de adaptação de oficiais, quando procedentes do meio civil, são considerados

militares da ativa.

Certo.

Como aprendemos na aula passada, segundo o Estatuto, em seu artigo 3º, § 1º,

“a”, são considerados militares na ativa, aqueles que, em regular exercício da fun-

ção, se enquadrem como militares de carreira; alunos dos cursos de formação poli-

cial militar, em todos os níveis, e alunos dos cursos de adaptação de oficiais, quan-

do procedentes do meio civil; e ainda os militares da reserva remunerada, quando

convocados e designados para serviço especificado.

7. (CESPE/2017) Acerca do Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas,

julgue o item subsequente:

Os integrantes das polícias militares constituem uma categoria especial de servido-

res públicos.

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Certo.

Lembre-se:
Art. 3º Os integrantes da Polícia Militar do Estado de Alagoas, em razão da destinação
constitucional da Corporação e em decorrências das leis vigentes, quer do sexo masculi-
no ou feminino, constituem uma categoria especial de servidores públicos, denominados
“militares”.

8. (CESPE/2017) Julgue o próximo item, relativo ao disposto no Estatuto dos Poli-

ciais Militares do Estado de Alagoas e nas legislações estaduais que trata dos crité-

rios e das condições de acesso na hierarquia militar.

Considera-se mais antigo, para fins de promoção, o militar que tenha obtido, ao

final do curso de formação complementar de praça, maior grau de aproveitamento

intelectual em relação aos demais militares da sua turma.

Certo.

Na aula de hoje, aprendemos que o Estatuto prevê, como direito, a eventual pro-

moção do militar, por meio da qual se dá a ascensão hierárquica na Polícia Militar,

pelos critérios de antiguidade, em virtude do tempo de serviço no posto ou na

graduação, e de merecimento, de cunho subjetivo, com base no conjunto de quali-

dades e atributos pessoais do militar que revelam, em tese, que ele é o mais apto

para exercer as funções do posto ou graduação para o qual está concorrendo.

Na aula passada, ao estudarmos sobre a antiguidade, vimos que ela é contada a

partir da data da publicação do ato da respectiva promoção, declaração, nomeação

ou inclusão e, caso haja identidade nessa data, observar-se-ão alguns critérios es-

pecíficos, entre os quais se inclui, no caso de conclusão de curso de formação na

mesma data, o maior grau intelectual no final do curso, sendo o mais antigo aquele

que o obtiver.

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9. (CESPE/2017) Julgue o próximo item, relativo ao disposto no Estatuto dos Po-

liciais Militares do Estado de Alagoas e nas legislações estaduais que tratam dos

critérios e das condições de acesso na hierarquia militar:

O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é privativo a brasileiro nato, sem

distinção de raça, sexo, cor ou credo religioso, e ocorre por meio de matrícula ou

nomeação depois de aprovação em concurso público, desde que observadas as

condições determinadas no regulamento da corporação.

Errado.

Lembre-se:

Art. 5º A carreira policial militar é caracterizada pela atividade continuada e devotada


às finalidades da Corporação.
§ 1º A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa.
§ 2º É privativa de brasileiro nato a carreira de oficial da Polícia Militar.
Art. 7º O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é facultado a todos os brasi-
leiros, sem distinção de raça, sexo, cor ou credo religioso, mediante matrícula ou nome-
ação, após aprovação em concurso público de prova ou provas e títulos, observadas as
condições prescritas em regulamentos da Corporação.

Cuidado com as pegadinhas! Todos os brasileiros, natos e naturalizados, podem

fazer parte da Polícia Militar, sendo privativo apenas o cargo de oficial! Assim, item

errado.

10. (CESPE/2017) A respeito da legislação sobre os critérios e as condições que

asseguram o acesso na hierarquia militar, julgue o próximo item:

São critérios para a promoção o merecimento intelectual e a antiguidade.

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Certo.

Como vimos hoje, a eventual promoção do militar, por meio da qual se dá a ascen-

são hierárquica na Polícia Militar, direito previsto pelo estatuto, obedece critérios

de antiguidade, em virtude do tempo de serviço no posto ou na graduação, e de

merecimento, de cunho subjetivo, com base no conjunto de qualidades e atributos

pessoais do militar que revelam, em tese, que ele é o mais apto para exercer as

funções do posto ou graduação para o qual está concorrendo. Assim, certo o item.

11. (CESPE/2017) Julgue o próximo item, com base no disposto no Estatuto dos

Policiais Militares do Estado de Alagoas e nas legislações estaduais que trata dos

critérios e das condições de acesso na hierarquia militar:

O policial militar deve obedecer com rapidez às ordens determinadas por autorida-

de competente e, quando uma ordem parecer obscura, estará isento de responsa-

bilidade pelo excesso ou abuso que cometer no seu cumprimento.

Errado.

Como já discutimos na aula passada, cabe ao militar do Estado a responsabilidade

integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar,

de modo que o executante responde pelas omissões, erros e excessos que cometer.

Como o militar possui uma situação específica, sendo responsável pela manutenção

da ordem pública ou pela defesa do Estado, exige-se que sua conduta seja disci-

plinada e precisa, preceitos éticos como vimos hoje, razão pela qual, “em certos

casos a obediência deve ser absoluta e não relativa, como acontece no sistema

militar, em que não cabe ao subordinado a análise da legalidade da ordem”.9


9
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal: Parte Geral. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 199,
p. 436.

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Assim, em determinadas situações, a obediência à ordem não se configura como

mero erro do subordinado, mas como coação moral irresistível. Ocorrendo tal hipó-

tese não há de se analisar se o executor conhecia ou não a ilegalidade da ordem,

pois o ato foi contrário à sua vontade. Além disso, a culpabilidade do subordinado

militar pode ser excluída pela coação irresistível. Por exemplo, o agente militar

sabe que a ordem é manifestamente ilegal, mas é coagido a cumpri-la, aplicando-

-se a regra geral do Código Penal que vimos. Contudo, sem a coação, se a ordem

do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há ex-

cesso nos atos ou na forma da execução, pune-se também o subordinado. Por isso

mesmo, o estatuto estabelece que, na emissão e no cumprimento de uma ordem,

cabe ao militar a inteira responsabilidade pelas consequências da ordem, devendo

o subordinado solicitar todos os esclarecimentos necessários à compreensão da

ordem, cumprindo ao militar que a emitiu atender à solicitação, justamente para

evitar essa situação, razão pela qual está errado o item.

12. (CESPE/2012) A PM-AL:

a) Consiste em uma instituição nacional permanente, organizada com base nos

princípios da hierarquia e da disciplina.

b) Exerce com exclusividade as atividades de defesa civil.

c) Subordina-se administrativa e operacionalmente ao governador do estado de

Alagoas.

d) É força auxiliar e reserva da Polícia Civil do Estado de Alagoas e da Polícia Fe-

deral.

e) É responsável por realizar as atividades de polícia ostensiva e de apuração das

infrações penais contra a ordem social em sua jurisdição.

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Letra c.

Certa. Lembre-se:

Art. 2º A Polícia Militar do Estado de Alagoas, Força Auxiliar e reserva do Exército, é


uma instituição permanente, organizada com base na hierarquia e na disciplina, su-
bordinada administrativa e operacionalmente ao Governador do Estado, incumbida das
atividades de polícia ostensiva e da preservação da ordem pública.
Parágrafo único. A Polícia Militar, para fins de defesa interna, subordina-se diretamente
ao Exército Brasileiro e deverá estar adestrada para desempenhar os misteres pertinen-
tes a missão supra.

a) Errada. Em que pese o Estatuto conceituar a PM-AL como “instituição perma-

nente, organizada com base na hierarquia e na disciplina” (art. 2º), ela é estadual,

e não nacional.

b) Errada. A PM é “incumbida das atividades de polícia ostensiva e da preservação

da ordem pública”, de defesa militar, inclusive, não só civil.

d) Errada. Não sendo subordinada à Polícia Civil, tampouco à Federal, mas sim ao

Exército Brasileiro, desempenhando a missão desta instituição.

e) Errada. Não tem competência para apurar infrações penais.

13. (CESPE/2012) Com base no Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Ala-

goas, assinale a opção correta acerca das condições de atividade e inatividade dos

policiais militares.

a) Os policiais militares da reserva remunerada podem ser convocados e designa-

dos para a realização de serviço especificado, continuando, nesse caso, na inativi-

dade.

b) Os alunos matriculados nos cursos de formação de policiais militares, em todos

os níveis, são considerados policiais militares na ativa, ao passo que os alunos pro-

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cedentes do meio civil matriculados nos cursos de adaptação de oficiais são consi-

derados componentes da reserva remunerada, passando a integrar a ativa apenas

após a conclusão do curso.

c) Os policiais militares reformados podem ser convocados e designados para a

realização de serviço específico, continuando, nesse caso, a integrar a reserva re-

munerada.

d) Os policiais militares da reserva remunerada podem ser convocados e designa-

dos para a realização de serviço especificado, passando, nesse caso, a ser conside-

rados policiais na ativa.

e) Os policiais militares reformados podem ser convocados e designados para a re-

alização de serviço especificado, passando, nesse caso, a ser considerados policiais

na ativa.

Letra d.

Lembre-se:
Art. 3º Os integrantes da Polícia Militar do Estado de Alagoas, em razão da destinação
constitucional da Corporação e em decorrências das leis vigentes, quer do sexo masculi-
no ou feminino, constituem uma categoria especial de servidores públicos, denominados
“militares”.
§ 1º Os militares posicionam-se em uma das seguintes condições:
a) na ativa
I – os militares de carreira;
II – os alunos dos cursos de formação policial militar, em todos os níveis, e os alunos
dos cursos de adaptação de oficiais, quando procedentes do meio civil;
III – os componentes da reserva remunerada, quando convocados e designados para
serviço especificado.
b) na inatividade
I – quando transferido para reserva remunerada, permanecem percebendo remune-
ração do Estado, porém sujeitos à prestação de serviço ativo, mediante convocação e
designação:
II – reformados, quando tendo passado por uma ou duas situações anteriores, ativa e
reserva remunerada, estão dispensados definitivamente da prestação de serviço ativo,
continuando a perceber remuneração do Estado.

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§ 2º São militares de carreira aqueles que, oriundo do meio civil, concluam cursos de
formação policial militar, em todos os níveis, ou de adaptação de oficiais, permanecendo
no serviço policial militar.
§ 3º São militares temporários aqueles que, oriundo do meio civil, são matriculados,
após concurso público, para frequentarem curso de formação policial militar ou de adap-
tação de oficiais.

14. (CESPE/2012) Se Pedro for brasileiro nato, João for brasileiro naturalizado e

Ana, estrangeira, de acordo com o Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Ala-

goas,

a) João e Ana podem ser aspirantes a oficial da Polícia Militar.

b) Pedro, João e Ana podem ser soldados da Polícia Militar.

c) Pedro e João podem ser sargentos da Polícia Militar.

d) Pedro, João e Ana podem ser tenentes da Polícia Militar.

e) Pedro e Ana podem ser cabos da Polícia Militar.

Letra c.

Lembre-se de que apenas os cargos de oficiais são privativos de brasileiro nato,

mas todos os cargos devem ser ocupados por brasileiros, ainda que naturalizados:

Art. 5º A carreira policial militar é caracterizada pela atividade continuada e devotada


às finalidades da Corporação.
§ 1º A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa.
§ 2º É privativa de brasileiro nato a carreira de oficial da Polícia Militar.
Art. 7º O ingresso na Polícia Militar do Estado de Alagoas é facultado a todos os bra-
sileiros, sem distinção de raça, sexo, cor ou credo religioso, mediante matrícula ou no-
meação, após aprovação em concurso público de prova ou provas e títulos, observadas
as condições prescritas em regulamentos da Corporação.

Ou seja, Ana não pode ocupar cargo algum na PM de Alagoas, enquanto Pedro pode

ocupar todos os cargos, e João, apenas as graduações de praça. Assim, a única

hipótese possível é a de que Pedro e João podem ser sargentos da corporação.

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