Você está na página 1de 57

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho

Campus Abolicionista Joaquim Nabuco

Coordenação do Curso de Engenharia Mecânica

Isaires Kayla Farias de Luna Barbosa

João Alberto Martins Costa

Renan de Araújo Abreu

Projeto e dimensionamento completo de um sistema de refrigeração de uma


câmara frigorífica em Cruz do Espírito Santo/PB.

CABO DE SANTO AGOSTINHO / PERNAMBUCO

Setembro – 2020
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho

Campus Abolicionista Joaquim Nabuco

Coordenação do Curso de Engenharia Mecânica

Isaires Kayla Farias de Luna Barbosa

João Alberto Martins Costa

Renan de Araújo Abreu

Projeto e dimensionamento completo de um sistema de refrigeração de uma


câmara frigorífica em Cruz do Espírito Santo/PB.

Projeto apresentado à Unidade Acadêmica do


Cabo de santo Agostinho (UACSA), da
Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE), em cumprimento as exigências da
disciplina Ar-Condicionado e Refrigeração,
ministrada pelo Prof. Dr. Adriano da Silva
Marques.

CABO DE SANTO AGOSTINHO / PERNAMBUCO

Setembro – 2020
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Planta baixa. ........................................................................................................... 16


Figura 2 – Constituição da parede. .......................................................................................... 17
Figura 3 – Constituição da laje. ............................................................................................... 17
Figura 4 – Constituição do piso. .............................................................................................. 18
Figura 5 – Planta baixa com enumeração das paredes e diagramação do fluxo de calor. ....... 23
Figura 6 – Planta baixa com descrição e enumeração das lajes. ............................................. 26
Figura 7 – Organograma do orçamento. .................................................................................. 42
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Condutividade e condutância térmica dos materiais para construção das paredes e
da laje........................................................................................................................................ 18
Tabela 2 – Condutividade térmica dos materiais para construção do piso. ............................. 21
Tabela 3 – Parâmetros para o cálculo da transmissão de calor devido os produtos. ............... 33
Tabela 4 – Características técnicas das unidades evaporadoras escolhidas. ........................... 39
Tabela 5 – Valores dos serviços necessários. .......................................................................... 42
Tabela 6 – Valores dos materiais necessários.......................................................................... 43
Tabela 7 – Valores dos equipamentos necessários. ................................................................. 43
Tabela 8 – Valor total de construção das câmaras frigoríficas. ............................................... 44
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 9
1.1 Contextualização ........................................................................................................ 9
1.2 Objetivo geral ........................................................................................................... 11
1.3 Objetivo específico ................................................................................................... 11
2. METODOLOGIA .................................................................................................... 12
2.1 Dados de entrada ..................................................................................................... 12
2.1.1 Localização ................................................................................................................ 12
2.1.2 Condições climáticas da região .................................................................................. 12
2.1.3 Produtos a serem condicionados ................................................................................ 12
2.1.4 Características dos produtos ...................................................................................... 12
2.2 Dimensão das câmaras ............................................................................................ 16
2.3 Cálculo de carga térmica ......................................................................................... 18
2.3.1 Cálculo das resistências térmicas (R) e coeficiente global de transmissão (U) devido às
paredes, laje, piso e portas frigoríficas ..................................................................................... 18
2.3.2 Transmissão de calor através de superfícies opacas ........................................................ 23
2.3.3 Transmissão de calor devido as pessoas .......................................................................... 28
2.3.4 Transmissão de calor devido aos equipamentos .............................................................. 28
2.3.5 Transmissão de calor devido à iluminação ...................................................................... 29
2.3.6 Transmissão de calor devido à infiltração ....................................................................... 29
2.3.7 Transmissão de calor devido a ventilação ....................................................................... 31
2.3.8 Transmissão de calor devido aos alimentos .................................................................... 32
2.3.9 Carga térmica devido as embalagens............................................................................... 34
2.3.10 Carga térmica total ........................................................................................................ 36
2.4 Cálculo necessário para a seleção dos equipamentos ........................................... 37
2.4.1 Câmara 1 – carne bovina e suína ............................................................................... 37
2.4.2 Câmara 2 – filé de merluza ........................................................................................ 37
2.4.3 Câmara 3 – queijo coalho .......................................................................................... 38
2.4.4 Câmara 4 – tomate ..................................................................................................... 38
2.4.5 Área de trabalho ......................................................................................................... 38
3. Resultados e discussões ............................................................................................ 39
3.1 Seleção de equipamentos ......................................................................................... 39
3.1.1 Unidades evaporadoras .............................................................................................. 39
3.1.2 Unidade condensadora ............................................................................................... 40
3.2 Seleção das prateleiras ............................................................................................. 41
3.3 Estimativa de custo para construção das câmaras ............................................... 41
4. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 47
APÊNDICE ............................................................................................................................. 54
ANEXOS ................................................................................................................................. 56
9

1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

A forma de conservar os alimentos sempre foi uma preocupação para as sociedades mais
antigas, e ainda hoje, continua sendo para a sociedade moderna. Devido à imensa dificuldade
do homem pré-histórico de conseguir alimentos (coleta de grãos, caça, pesca, etc.), surgiu a
necessidade de conservar os alimentos que excediam o consumo diário. Como dizia o filósofo
Platão, “a necessidade é a mãe das invenções”, muitos métodos foram descobertos com o passar
do tempo, entre as mais antigas podemos citar: defumação, desidratação, e nas regiões mais
frias, o congelamento. Estes processos proporcionaram uma evolução na forma de vida das
pessoas, que saíram de uma cultura nômade, onde mudavam constantemente de região, para
uma cultura sedentária, passando a estabelecer moradia fixa por mais tempo, formando as
aldeias, e posteriormente o crescimento das cidades.

Na busca pelo conforto, com o objetivo de tornar o ambiente em que vive mais
confortável, o homem passou a utilizar adaptações com materiais disponíveis na natureza. Nos
locais quentes, buscaram a climatização através das correntes de ventos, direcionando-as. Já
nos climas frios, construindo cabanas, utilizando matéria orgânica como isolante térmico e
acendendo fogueiras.

Sistemas arcaicos de refrigeração de ambientes foram relatados na arquitetura das


civilizações antigas como a persa, egípcia e romana. Em diversas edificações foram encontrados
túneis de captação de ar, que direcionavam o ar exterior para o interior dos palácios com o
intuito de “refrescar” os recintos.

Além de buscar o conforto térmico, havia também a necessidade de conservar os


alimentos. Nem todos suportam ser conservados de qualquer forma e para cada alimento existe
uma maneira adequada. Para a maioria dos produtos, a refrigeração e o congelamento são os
métodos mais indicados. Estes processos, na forma natural, estavam disponíveis em apenas
algumas regiões do planeta, restrito apenas a regiões polares e algumas regiões subtropicais.

Em consequência de grandes perdas alimentícias, devido a meios arcaicos de


conservação, muitos cientistas realizaram experimentos que demonstravam a queda de
temperatura em certos fluídos quando submetidos a transformações físicas e químicas, e como
este fato poderia ser utilizado no processo de refrigeração. Mas foi o engenheiro mecânico
10

Willis Carrier que construiu a primeira unidade moderna de ar condicionado em 1902, em


Buffalo, nos EUA[1]. A invenção de Carrier proporcionou o surgimento de novos equipamentos
para as mais diversas finalidades: ar-condicionado para automóveis e casas, a construção de
geladeiras, frigoríficos, dentre outros.

Com o avanço da ciência, surgiram os primeiros equipamentos de refrigeração como


também os materiais isolantes térmicos, tornando possível a construção de espaços apropriados
para a refrigeração e o congelamento de alimentos, em locais, nos quais antes tal processo não
seria possível, como por exemplo, nas regiões tropicais, devido ao clima com temperatura
ambiente mais elevada.

Além da tecnologia hoje em dia disponível, outro fator importante a se levar em


consideração, é o projeto de construção do espaço refrigerado a ser reservado para estocagem
dos alimentos, ou seja, a câmara fria. Um projeto inapropriado, mal dimensionado, pode
acarretar prejuízos catastróficos como: desidratação dos alimentos, perda de peso, redução do
tempo de prateleira, aspecto visual insatisfatório do produto. Essas perdas geram aumento de
custo tanto para o produtor, quanto o consumidor, tornando ineficiente toda cadeia produtiva.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO),


entre um terço e um quarto dos alimentos produzidos anualmente para o consumo humano se
perde ou é desperdiçado. Isso equivale a cerca de 1,300 bilhões de toneladas de alimentos, o
que inclui 30% dos cereais, entre 40 e 50% das raízes, frutas, hortaliças e sementes oleaginosas,
20% de carnes e produtos lácteos e 35% dos peixes. A FAO calcula que esses alimentos seriam
suficientes para alimentar dois bilhões de pessoas.[2]

Para citar um exemplo, alimentos são perdidos quando são estragados ou derramados
antes de chegar ao produto final ou ao varejo. Por exemplo, laticínios, carne e peixe podem
estragar no trânsito devido ao transporte não refrigerado e às instalações de armazenamento
refrigerado inadequados. A FAO estima que 14% dos alimentos são perdidos dessa forma,
avaliados em US$ 400 bilhões anuais.[3]

O presente trabalho visa o desenvolvimento de uma câmara térmica frigorífica,


direcionada para a conservação de alimentos, levando em consideração as condições climáticas
ambientais do local onde o equipamento será instalado. Desta forma, apresenta-se como uma
possibilidade mais eficaz no armazenamento dos alimentos, contribuindo na otimização da
conservação, na redução de desperdícios, e consequentemente na redução de custos.
11

1.2 Objetivo Geral


O objetivo deste trabalho é elaborar um projeto de construção de uma câmara térmica
fria para um mercado, em Cruz do Espírito Santo/PB, com a finalidade de conservar alimentos
por meio de resfriamento ou congelamento, levando em consideração as condições climáticas
ambientais do local onde o equipamento será instalado e realizando a estimativa de custo para
construção e instalação.

1.3 Objetivo Específico


Os objetivos específicos deste trabalho são relacionados a seguir:

 Realizar levantamento bibliográfico, visando identificar os requisitos técnicos


necessários para construção de uma câmara fria;
 Avaliar as características dos produtos a serem conservados;
 Elaborar o layout da câmara térmica onde serão acondicionados os alimentos;
 Realizar os cálculos de carga térmica necessários para o projeto;
 Fazer seleção dos equipamentos e materiais necessários à construção do projeto;
 Construir o código computacional para utilização em futuras situações;
 Realizar a estimativa de custo.
12

2. METODOLOGIA

2.1 Dados de Entrada

2.1.1 Localização
A câmara frigorífica a ser projetada, ficará localizada em um mercado, situado no
município de Cruz do Espírito Santo, Região Metropolitana de João Pessoa, no estado da
Paraíba.Com latitude 7° 9′ Sul , longitude 35° 5′ Oeste e altitude de 20 metros, dados obtidos
de Departamento de Ciências Atmosféricas (UFCG)[4].

2.1.2 Condições Climáticas da Região


Ainda segundo dados coletados Departamento de Ciências Atmosféricas (UFCG),
mostram que Cruz do Espírito Santo apresenta um clima com temperatura média anual de
25,5°C, com média máxima de 31,5°C e média mínima de 19,6°C, possuindo uma umidade
relativa média máxima de 84,8%.[4]

2.1.3 Produtos a Serem Condicionados


Possuirá à disposição dois funcionários, e a instalação de uma serra fita com potência
de 1/3 de cv. Terá por finalidade acondicionar os seguintes itens:
 500 Kg/dia de carne bovina para congelamento;
 200 Kg/dia de carne suína para congelamento;
 300 Kg/dia de filé de peixe (merluza) para congelamento;
 300 Kg/dia de tomate para resfriamento;
 200 Kg/dia de queijo(tipo coalho) para resfriamento;

2.1.4 Características dos Produtos


As carnes, após abate passam por um processo de congelamento rápido, formando
cristais de gelo de pequenas dimensões em sua matriz, que têm a finalidade de conservá-las,
antes de serem transportados em caminhão frigorífico para os distribuidores finais. A
deficiência do congelamento, pode fazer com que cristais de gelo de maiores dimensões sejam
formados, degradando a qualidade do produto. Com o intuito de evitar tais perdas,
equipamentos robustos e bem dimensionados, são de extrema importância na conservação dos
alimentos.

Para conservação de produtos de origem animal como carne bovina e suína , as câmaras
para congelados nunca devem possuir temperatura interna superior a -18ºC[5], mantendo uma
13

circulação de ar suficiente em seu interior, a fim de torna a temperatura uniforme dentro do


ambiente.

Diferentemente das carnes, produtos como queijo e tomate, para serem conservados,
necessitam de refrigeração, onde exigem temperaturas bem superior à de congelamento da água
para preservar suas características. O tomate após colheita se encontra levemente aquecido,
devendo ser resfriado rapidamente em uma câmara de resfriamento, para evitar deterioração
precoce.

No caso do tomate, é recomendado a temperatura de estocagem entre 10°C e 13°C[6],


estendendo o tempo de vida entre 2 a 5 semanas. Para os derivados de leite, como os queijos
por exemplo, para uma grande variedade de tipos, é recomendado uma temperatura entre 4°C
e 15°C[7].

De posse destes dados, adotar-se-á neste projeto a temperatura padrão de -25°C para
congelamento das carnes bovina, suína e peixe, e 10°C para o resfriamento do queijo e dos
tomates.

2.1.4.1 Carne Bovina

A carne é um alimento proteico de alta qualidade não só por conter aminoácidos


essenciais, mas também pela proteína ser altamente digestível e facilmente absorvível8]. De
acordo com Machado esse item apresenta um grande potencial de crescimento no mercado,
podemos atentar a dois fatores interessantes que provocam esse crescimento: o aumento do
poder de consumo da população brasileira e o aumento da qualidade desse produto[9].

As características físico-químicas (pH final, cor, maciez e capacidade de retenção de


água) da carne determinam sua qualidade e aceitabilidade, sendo importante tanto para os
varejistas como para os consumidores[10].

O congelamento da carne é a forma de conservação, por longo prazo, que menos


deprecia o valor nutritivo e as qualidades organolépticas do produto natural. No Brasil, a
utilização do congelamento de carnes é uma prática frequente, que visa atender o processo de
distribuição interestadual e exportações de carnes[11].

As temperaturas utilizadas para congelar a carne são bem inferiores se comparadas com
a temperatura de resfriamento de outros produtos, a diferença essencial entre os dois métodos
é a formação de cristais de gelo no interior do alimento.
14

De acordo com Machado, o congelamento da carne se inicia pela cristalização da água


nos espaços extracelulares devido a menor concentração de solutos que no fluido intracelular.
Quando o congelamento é lento, a cristalização extracelular, que aumenta a concentração local
de solutos, provoca, por osmose, uma desidratação progressiva das células, e quando o
congelamento é rápido, a cristalização ocorre quase simultaneamente nos espaços
extracelulares e no interior das células. O deslocamento de água é pequeno e são produzidos
pequenos cristais de gelo, e, portanto, as modificações na textura são menores que no
congelamento lento[12].

A qualidade da carne congelada é afetada pelo tempo de estocagem e pela interação


entre tempo de estocagem e velocidade de congelamento, além disso o método de estocagem
entra como fator decisivo na qualidade do produto.[13]

2.1.4.2 Carne Suína

A carne suína dispara na frente da carne bovina, quando tratamos de estatística global
de consumo, e o principal mercado responsável pelo consumo desse produto é o mercado
externo[14]. A carne suína é a carne mais produzida e consumida no mundo, sendo a China o
maior produtor, seguida por União Europeia Estados Unidos e Brasil[15].

Hoje em dia, a questão do consumo da carne suína vem sendo explorada por ser uma
carne que tem uma grande aceitabilidade pelo público, por conta do sabor extremamente
agradável. No entanto, uma grande parte da população não a consome por receio de se
contaminar com alguma doença ou acreditando que a carne possui altos índices de gordura[16].

Assim como a carne bovina, a suína de boa qualidade deve apresentar características e
nutrientes como: aparência, cor, sabor, textura, suculência, proteína, pigmento e gordura intra
muscular, principalmente, aspectos higiênicos e sanitários e a capacidade da carne em reter
fluído durante a manipulação e processamento.

Um dos grandes problemas do consumo da carne suína e a rapidez com a qual ela se
deteriora. Atualmente, o congelamento, é a forma de conservação mais bem aceita. O
congelamento, de uma maneira geral, apresenta inúmeras vantagens sobre outros modos de
conservação dos alimentos, entre estes, podem ser citados manutenção da cor, do sabor e das
qualidades nutricionais, quando o congelamento é feito corretamente, bem como, quando o
processo de armazenagem segue todos os critérios necessários para que o produto mantenha
sua qualidade[17].
15

2.1.4.3 Filé de Peixe (Merluza)

No caso dos peixes, segundo a RIISPOA (Regulamento e Inspeção Industrial e Sanitário


de Produtos de origem Animal), entidade regulada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), entende-se por "congelado" o pescado tratado por processos
adequados de congelamento, em temperatura não superior a -25ºC. Atualmente, conforme
normatizações sanitárias, está convencionado a temperatura de congelamento, de forma rápida,
ideal, abaixo de -18ºC e aceitável abaixo de -15ºC[18].

2.1.4.4 Tomate

O tomate é um dos alimentos mais utilizados na mesa do brasileiro, e pode ser


encontrado de várias formas , que depende da sua aplicabilidade. O tomate é uma das hortaliças
mais plantadas e consumidas no Brasil, atrás da batata[19]. A maior participação da safra de
tomate pertence a região sudeste, seguida pela região nordeste[20].

Apesar do grande consumo da hortaliça, ela apresenta uma vida útil muito curta no pós
colheita, devido a problemas de desidratação, amolecimento excessivo e podridões que se
sucedem dessa fase[21]. No período pós-colheita as transformações são mais rápidas à medida
que aumenta a temperatura do tomate, sendo importante o manejo correto da temperatura nessa
fase , na maioria dos casos os tomates são rapidamente comercializados, não passando por um
processo de refrigeração. Esse alimento possui uma rápida desidratação e uma taxa de
amolecimento dos tecidos relativamente alta[22].

Neste trabalho trataremos do armazenamento de tomates para resfriamento, a


temperatura de armazenamento depende do estado de maturação no qual o produto é entregue
já que os tomates são altamente suscetíveis ao dano causado por baixas temperaturas[23].

2.1.4.5 Queijo Coalho

O queijo coalho é um produto tipicamente nordestino e amplamente consumido,


produzido principalmente pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e
Pernambuco[24]. É um queijo cuja tecnologia é relativamente simples e cuja fabricação não
exige equipamentos sofisticados.

Se tratando de um metodologia simples, existem vários métodos para a manufatura do


queijo coalho, e a falta de critérios de qualidade para a matéria-prima acaba por permitir a baixa
qualidade desses produtos. A maioria dos queijos Coalho é fabricada em pequenas fazendas
rurais e/ou em pequenas queijarias urbanas ou rurais[25]. As recomendações de armazenamento
16

do produto é estocar sob refrigeração, à temperatura de 10ºC a 12°C, até sua distribuição e
comercialização[26].

2.2 Dimensão das Câmaras

O espaço refrigerado será construído dentro do estabelecimento comercial, as paredes


norte e leste, e o teto, já existentes, restando construir a parede sul e as paredes que separam as
câmaras, podemos ver as dimensões na figura a seguir.

Figura 1 – Planta baixa.

Fonte – Preparado pelos autores (2020).

Para o cálculo da carga térmica, demonstrado no próximo item deste relatório, vamos
fazer algumas considerações iniciais, as paredes terão uma espessura de 15 cm de espessura, os
tijolos serão de blocos cerâmicos furados com dimensões de 9 cm de profundidade, 19 cm de
altura e 29 cm de comprimento, com um pé direito de 270 cm.

As paredes serão constituídas da seguinte forma: Reboco (2 cm) + Tijolo (9cm) + Filme
de alumínio para contenção do vapor de água + Isolamento de espuma de poliuretano (15 cm,
para temperaturas de -25 °C) + Tela de estuque para fixação do reboco + Reboco (2 cm) +
Acabamento final de forma opcional.
17

Figura 2 – Constituição da parede.

Fonte – Preparo pelos autores (2020).

A espuma de poliuretano se torna tóxica ao se degradar quando entra em contato com a


umidade, dessa forma, no projeto da construção, a PUR será recoberta com uma camada de
reboco assentado na tela de estuque, para evitar essa degradação e posterior toxicidade,
diminuindo o risco de contaminação dos produtos estocados.[27]

Para o acabamento final temos como opções: Azulejo cerâmico, cimento queimado ou
tinta epóxi, esta última utilizada para tornar as paredes impermeáveis.

A laje será constituídas da seguinte forma: Laje + Filme de alumínio para contenção do
vapor de água + Isolamento de espuma de poliuretano (15 cm para temperaturas de -25 °C) +
Tela de estuque para fixação do reboco + Reboco (2 cm) + Acabamento final de forma opcional.

Figura 3 – Constituição da laje.

Fonte – Preparado pelos autores (2020).


18

Quanto ao piso, veremos que será constituída da seguinte forma: Caixa de brita (20 cm)
+ Concreto Fino (10 cm) + Impermeabilizante + Filme de alumínio para contenção do vapor de
água + Isolamento de poliuretano (15 cm para temperaturas de -25°C) + Impermeabilizante
(Manta asfáltica) + Concreto armado (10 cm) + Acabamento final de forma opcional.

Figura 4 – Constituição do piso.

Fonte – Preparado pelos autores (2020).

As portas terão dimensões de 1,8 m de altura por 0,8 m de largura, com espessura de
10 cm e enchimento com espuma de poliuretano para isolamento térmico.

2.3 Cálculo de Carga Térmica

Nos cálculos da transferência de calor por condução será também considerado o fator
da insolação, ou seja, da transferência de calor por radiação.[28]

2.3.1 Cálculo das resistências térmicas (R) e Coeficiente Global de Transmissão (U) devido às
paredes, laje, piso e portas frigoríficas

2.3.1.1 Resistência térmica (R) e Coeficiente global de transmissão (U) devido às paredes

Tabela 1 – Condutividade e condutância térmica dos materiais para construção das paredes e da laje.

Material Condutividade (K) Condutância (C)



Reboco - 2,39 𝑘𝑐𝑎𝑙 ℎ⁄°𝐶. 𝑚2

Tijolo 0,62 𝑘𝑐𝑎𝑙 ℎ⁄°𝐶. 𝑚 -

Espuma de Poliuretano 0,0172 𝑘𝑐𝑎𝑙 ℎ⁄°𝐶. 𝑚 -
Fonte – Preparado pelos autores com base em (Hélio Creder, 2004).

A) Camada 1 – Filme de ar exterior


19

Assumimos a velocidade de 12 km/h para termos o pior cenário possível para essa
primeira camada:

1 1 2
𝑅1 = = = 0,0513 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
ℎ 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
19,5 °𝐶. 𝑚2

B) Camada 2 – Reboco – 2 cm

1 1 2
𝑅2 = = = 0,418 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐶 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
2,39 °𝐶. 𝑚2

C) Camada 3 – Tijolo – 9 cm

1∗𝐿 0,09 𝑚 2
𝑅3 = = = 0,145 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
0,62 °𝐶. 𝑚

D) Camada 4 – Filme de alumínio

A espessura desse filme é desprezível para este momento do cálculo, sendo assim,
vamos considerar apenas nos cálculos de radiação.

E) Camada 5 – Espuma de Poliuretano – 15 cm

1∗𝐿 0,15 𝑚 2
𝑅5 = = = 8,72 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄°𝐶. 𝑚
0,0172

F) Camada 6 – Tela de estuque

Esta camada é completamente desprezível devido a mínima espessura, assim como o


fato da tela ser apenas para fixação do reboco após a aplicação da espuma de poliuretano.

G) Camada 7 – Reboco – 2 cm

1 1 2
𝑅7 = = = 0,418 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐶 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
2,39 °𝐶. 𝑚2

H) Camada 8 – Filme de ar interior – Considerado parado

1 1 2
𝑅8 = = = 0,140 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
ℎ 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
7,13 °𝐶. 𝑚2

I) Resistência térmica total


20

𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅5 + 𝑅7 + 𝑅8

𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,0513 + 0,418 + 0,145 + 8,72 + 0,418 + 0,140

2
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 9,892 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

J) Coeficiente global de transmissão para a parede

1 1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
𝑈𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = 2 → 𝑈𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,101 °𝐶. 𝑚2
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 9,892 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙

2.3.1.2 Resistência térmica (R) e Coeficiente global de transmissão (U) devido à laje

A) Camada 1 – Filme de ar exterior

Assumimos a velocidade de 12 km/h para termos o pior cenário possível para essa
primeira camada:

1 1 2
𝑅1 = = = 0,0513 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
ℎ 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
19,5 °𝐶. 𝑚2

B) Camada 2 - Laje com tavelas cerâmicas


Consultando a literatura técnica, a resistência térmica de uma laje com tavelas cerâmicas
2 2
possuem resistência térmica de 𝑅2 = 0,363 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ → 𝑅2 = 0,3126 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑊 [29]

C) Camada 3 – Filme de alumínio

A espessura desse filme é desprezível para este momento do cálculo, sendo assim,
vamos considerar apenas nos cálculos de radiação.

D) Camada 4 – Espuma de Poliuretano – 15 cm

1∗𝐿 0,15 𝑚 2
𝑅4 = = = 8,72 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
0,0172 °𝐶. 𝑚

E) Camada 5 – Tela de estuque

Esta camada é completamente desprezível devido a mínima espessura, assim como o


fato da tela ser apenas para fixação do reboco após a aplicação da espuma de poliuretano.

F) Camada 6 – Reboco – 2 cm
21

1 1 2
𝑅6 = = = 0,418 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐶 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
2,39 °𝐶. 𝑚2

G) Camada 7 – Filme de ar interior – Considerado parado

1 1 2
𝑅7 = = = 0,140 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
ℎ 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
7,13 °𝐶. 𝑚2

H) Resistência térmica total

𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅4 + 𝑅6 + 𝑅7

2
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,0513 + 0,363 + 8,72 + 0,418 + 0,140 → 𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 9,69 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

I) Coeficiente global de transmissão para a laje

1 1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
𝑈𝐿𝑎𝑗𝑒 = = 2 → 𝑈𝐿𝑎𝑗𝑒 = 0,103 °𝐶. 𝑚2
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 9,69 °𝐶. 𝑚
⁄𝑘𝑐𝑎𝑙

2.3.1.3 Resistência térmica (R) e Coeficiente global de transmissão (U) devido ao piso

Tabela 2 – Condutividade térmica dos materiais para construção do piso.

Material Condutividade Térmica (K)


Brita 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
0,6 °𝐶. 𝑚
Concreto Fino 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
0,447 °𝐶. 𝑚
Espuma de Poliuretano 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
0,0172 °𝐶. 𝑚
Concreto Armado 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
1,51 °𝐶. 𝑚
Fonte – Adaptado da NBR-15220 (Tabela B-3).

A) Camada 1 – Filme de ar abaixo do piso

1 1 2
𝑅1 = = = 0,140 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
ℎ 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
7,13 °𝐶. 𝑚2

B) Camada 2 – Brita – L = 20 cm (Espessura)

1∗𝐿 0,2 𝑚 2
𝑅2 = = = 0,33 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄°𝐶. 𝑚
0,6
22

C) Camada 3 – Concreto fino – L = 10 cm (Espessura)

1∗𝐿 0,1 𝑚 2
𝑅3 = = = 0,224 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄°𝐶. 𝑚
0,447

D) Camada 4 – Impermeabilizante + Filme de alumínio

A espessura desse filme é desprezível para este momento do cálculo, sendo assim,
vamos considerar apenas nos cálculos de radiação.

E) Camada 5 – Espuma de Poliuretano – L = 15 cm (Espessura)

1∗𝐿 0,15 𝑚 2
𝑅5 = = = 8,72 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
0,0172 °𝐶. 𝑚

F) Camada 6 – Manta Asfáltica

Esta camada é completamente desprezível dada a sua espessura mínima, assim como o
fato de ser apenas para a impermeabilização do piso.

G) Camada 7 – Concreto Armado – L = 10 cm (Espessura)

1∗𝐿 0,10𝑚 2
𝑅7 = = = 0,066 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
1,51 °𝐶. 𝑚

H) Camada 8 – Filme de ar acima do piso

1 1 2
𝑅8 = = = 0,140 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
ℎ 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
7,13 °𝐶. 𝑚2

I) Resistência térmica total

𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅5 + 𝑅7 + 𝑅8

𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,140 + 0,33 + 0,224 + 8,72 + 0,066 + 0,140

2
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 9,62 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

J) Coeficiente global de transmissão

1 1
𝑈𝑃𝑖𝑠𝑜 = = 2
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 9,62 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙

23

𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
𝑈𝑃𝑖𝑠𝑜 = 0,104 °𝐶. 𝑚2

2.3.1.4 Resistência térmica (R) e Coeficiente global de transmissão (U) devido as portas

A) Espuma de poliuretano – L = 10 cm (Espessura)

1∗𝐿 0,10 𝑚 2
𝑅5 = = = 5,81 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐾 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
0,0172 °𝐶. 𝑚

B) Coeficiente global de transmissão

1 1
𝑈= = 2
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 5,81 °𝐶. 𝑚 ⁄𝑘𝑐𝑎𝑙

𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ⁄
𝑈𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = 0,172 °𝐶. 𝑚2

2.3.2 Transmissão de calor através de superfícies opacas


Nesta seção vamos considerar os efeitos de insolação, para facilitar os cálculos da
transmissão de calor, considerando os efeitos da insolação, nas paredes, vamos separá-las na
planta baixa, enumerando-as conforme a figura a seguir.

Figura 5 – Planta baixa com enumeração das paredes e diagramação do fluxo de calor.

Fonte – Preparado pelos autores (2020).


24

Iremos utilizar a seguinte equação para o cálculo da transmissão de calor nos pontos
acima determinados:

𝑄̇ = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

Onde:

𝑄̇ = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]


𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 [𝑚2 ]

𝑈 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑔𝑙𝑜𝑎𝑏𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ℎ⁄°𝐶. 𝑚2 ]

𝑡𝑒 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 [°𝐶]


𝑡𝑖 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 [°𝐶]
∆t = Acréscimo da radiação devido ao diferencial de temperatura, para paredes externas
, para as paredes internas este valor é igual a zero.[30]

2.3.2.1 Transmissão de calor devido às paredes e portas

A) Paredes 1, 2 e 3

𝑄̇1 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇1 = 5,4 . 0,101 . [(31,5 − (−25)) + 5,5] → 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟 𝑐𝑙𝑎𝑟𝑎, 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑜𝑒𝑠𝑡𝑒

𝑄̇1 = 33,8 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇2 = 𝑄̇3 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇2 = 𝑄̇3 = 5,4 . 0,101 . [(31,5 − (−25)) + 2,7] → 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟 𝑐𝑙𝑎𝑟𝑎, 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜𝑟𝑡𝑒

𝑄̇2 = 𝑄̇3 = 32,3 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

B) Paredes 4, 5 e 6

𝑄̇4 = 𝑄̇5 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇4 = 𝑄̇5 = 5,4 . 0,101 . [(31,5 − 10) + 2,7] → 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟 𝑐𝑙𝑎𝑟𝑎, 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜𝑟𝑡𝑒

𝑄̇4 = 𝑄̇5 = 13,2 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇6 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇6 = 5,4 . 0,101 . [(31,5 − 10)) + 5,5] → 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟 𝑐𝑙𝑎𝑟𝑎, 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑒𝑠𝑡𝑒
25

𝑄̇6 = 14,7 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

C) Parede 7 – Cor clara, lado leste

𝑄̇7 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇7 = 5,4 . 0,101 . [(31,5 − 22) + 5,5]

𝑄̇7 = 8,2 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

D) Parede 8 – Cor clara, lado sul

𝑄̇8 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇8 = 22,8 . 0,101 . [(31,5 − 22) + 0]

𝑄̇8 = 21,9 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

E) Parede 9 – Interna

𝑄̇9 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇9 = 5,4 . 0,101 . [(10 − (−25) + 0]

𝑄̇9 = 19,1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

F) Paredes 10 e 11 – Internas

𝑄̇10 = 𝑄̇11 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇10 = 𝑄̇11 = 3,96 . 0,101 . [(22 − 10) + 0]

𝑄̇10 = 𝑄̇11 = 4,8 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

G) Paredes 12 e 13 – Internas

𝑄̇12 = 𝑄̇13 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇12 = 𝑄̇13 = 3,96 . 0,101 . [(22 − (−25)) + 0]

𝑄̇12 = 𝑄̇13 = 18,8 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

H) Parede 14 – Cor clara, lado oeste com porta de acesso

𝑄̇14 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇14 = 3,51 . 0,101 . [(31,5 − 22) + 5,5]


26

𝑄̇14 = 5,32 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

I) Portas frigoríficas P1 e P2

𝑄̇𝑃1 = 𝑄̇𝑃2 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 )]

𝑄̇𝑃1 = 𝑄̇𝑃2 = 1,44 . 0,172 . [(22 − 10)]

𝑄̇𝑃1 = 𝑄̇𝑃2 = 2,97 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

J) Portas frigoríficas P3 e P4

𝑄̇𝑃3 = 𝑄̇𝑃4 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 )]

𝑄̇𝑃3 = 𝑄̇𝑃4 = 1,44 . 0,172 . [(22 − (−25))]

𝑄̇𝑃3 = 𝑄̇𝑃4 = 11,64 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

K) Carga total

14 4

𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 + 𝑃𝑜𝑟𝑡𝑎𝑠) = ∑ 𝑄̇ 𝑖 + ∑ 𝑄̇𝑃𝑖 → 𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 + 𝑃𝑜𝑟𝑡𝑎𝑠) = 270,44 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ


𝑖=1 𝑖=1

2.3.2.2 Transmissão de calor devido à laje

Para facilitar os cálculos da transmissão de calor por condução, considerando os efeitos


de insolação, na laje e no piso, vamos separar as áreas na planta baixa, enumerando-as conforme
mostrado na figura a seguir.

Figura 6 – Planta baixa com descrição e enumeração das lajes.


27

Fonte – Preparado pelos autores (2020).

A) Área A1 – Telhado de cor clara

𝑄̇𝐴1 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇𝐴1 = 8 . 0,103 . [(31,5 − (−25)) + 8,3]

𝑄̇𝐴1 = 53,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

B) Área A2 – Telhado de cor clara

𝑄̇𝐴2 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇𝐴2 = 8 . 0,103 . [(31,5 − 10) + 8,3]

𝑄̇𝐴2 = 24,6 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

C) Área A3 – Telhado de cor clara

𝑄̇𝐴3 = 𝐴 . 𝑈. [(𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 ) + ∆𝑡]

𝑄̇𝐴3 = 16 . 0,103 . [(31,5 − 22) + 8,3]

𝑄̇𝐴3 = 29,3 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

D) Carga total devido a laje


28

𝑄̇𝐿𝑎𝑗𝑒 = ∑ 𝑄̇𝑖 → 𝑄̇𝐿𝑎𝑗𝑒 = 107,3 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ


𝑖=1

2.3.2.3 Transmissão de calor devido ao piso

Considerando que a diferença de temperatura entre a parte inferior e superior do piso é


mesma da laje para as área A1, A2 ,A3, para o pior caso, e tendo em vista que os coeficientes
globais de transmissão possuem diferenças desprezíveis, (𝑈𝑙𝑎𝑗𝑒 = 𝑈𝑝𝑖𝑠𝑜 ), podemos considerar
que a transmissão de calor do piso é idêntica à da laje.

𝑄̇𝑃𝑖𝑠𝑜 = 𝑄̇𝐿𝑎𝑗𝑒 = 107,3 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.3 Transmissão de calor devido as pessoas


Cada funcionário presente no interior da câmara irá emitir calor sensível e latente para
o ambiente, tendo a sua intensidade variando dependendo de sua atividade, se está em repouso
ou em movimento. Estes valores são encontrados em função da temperatura do ambiente.[31]

Assumindo que os funcionários trabalharão com mais frequência na área de trabalho


exterior as câmaras frigoríficas, estando essa área refrigerada à 22°C, e em condições de
repouso, teremos, para cada funcionário, o valor total de 100 Kcal/h de calor fornecido para o
ambiente[32]. Sendo assim, para os dois funcionário, presentes no local, iremos ter a seguinte
carga térmica.

𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐹𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 = 2 . 100 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ → 𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐹𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 = 200 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ

𝑄̇𝐹𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 − 𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 = 144 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐹𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 − 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 56 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.4 Transmissão de calor devido aos equipamentos


A área de trabalho, condicionada a 22°C, possui uma serra-fita com capacidade de 1/3 cv de
potência. Para motores menores que 3 cv de potência, devemos multiplicar a potência por
1055W, ou 907,3 Kcal/h[33].

1
𝑄̇𝑆𝑒𝑟𝑟𝑎 𝐹𝑖𝑡𝑎 = . 907,3 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ → 𝑄̇𝑆𝑒𝑟𝑟𝑎 𝐹𝑖𝑡𝑎 = 302,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
3
29

2.3.5 Transmissão de calor devido à iluminação


Teremos 6 lâmpadas fluorescentes de 32W cada, devemos acrescentar 20% de potência
devido a cada reator.

𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 6. 32. 0,86 + 0,2. 32. 0,86 → 𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 198,1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.6 Transmissão de calor devido à infiltração


A construção possui quatro portas frigoríficas, cada qual com dimensões de 1,8 m de altura por
0,8 m de largura e uma entrada de acesso de 2,1 m de altura por 0,9 m de largura. Existe a
penetração de ar exterior, introduzindo calor ao interior da construção, a seguir vamos calcular
este calor introduzido.

2.3.6.1 Fluxo de calor sensível devido à infiltração

Tomando como base o método das frestas[34], podemos calcular as parcelas do calor
sensível e latente devido a infiltração. Assumindo que no vão de acesso está instalada uma
cortina de PVC com 2,1 m de altura e 0,9 m de largura, onde transitam dois funcionários, e
comparando a frequência de abertura das portas das câmaras frigoríficas com as de um
escritório, podemos obter os parâmetros necessários para os cálculos[35]. Assumimos, também,
que as portas frigoríficas tem vedação aproximadamente hermética.

𝑄̇𝑆𝑠𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 1,2 . 0,24 . ∀̇ . 𝑁 . (𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 )

Onde:

𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿 𝐼𝑁𝐹𝐼𝐿𝑇𝑅𝐴ÇÃ𝑂 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]


∀̇= 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 [𝑚3 ⁄ℎ. 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎]
𝑁 = 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑖𝑛𝑡𝑜
𝑡𝑒 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 [°𝐶]
𝑡𝑖 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 [°𝐶]

Assim:

𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿 𝐼𝑁𝐹𝐼𝐿𝑇𝑅𝐴ÇÃ𝑂 = 1,2 . 0,24 . ∀̇ . 𝑁 . (𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 )

𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿 𝐼𝑁𝐹𝐼𝐿𝑇𝑅𝐴ÇÃ𝑂 = 1,2 . 0,24 . 9 . 2 . (31,5 − 22)

𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿 𝐼𝑁𝐹𝐼𝐿𝑇𝑅𝐴ÇÃ𝑂 = 49,2 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.6.2 Fluxo de calor latente devido a infiltração


30

Para o cálculo do calor latente de infiltração, temos:

𝑄̇𝐿𝐴𝑇𝐸𝑁𝑇𝐸 𝐼𝑁𝐹𝐼𝐿𝑇𝑅𝐴ÇÃ𝑂 = 583 . ∀̇ . 𝑁 . (𝑈𝐸𝑒 − 𝑈𝐸𝑖 ). 𝛾

Onde:

𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿 𝐼𝑁𝐹𝐼𝐿𝑇𝑅𝐴ÇÃ𝑂 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]


∀̇= 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 [𝑚3 ⁄ℎ. 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎]
𝑁 = 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑖𝑛𝑡𝑜

𝑈𝐸𝑒 = 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝐴𝑟 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 [𝑘𝑔 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒⁄𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜]

𝑈𝐸𝑖 = 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝐴𝑟 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 [𝑘𝑔 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒⁄𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜]

𝛾 = 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑟 [𝑘𝑔⁄𝑚3 ]

583 kcal/h por kg de vapor condensado

Dados:

𝑁=2
∀̇= 9,0 𝑚3 ⁄ℎ
𝑈𝐸𝑒 = 0,023 𝑘𝑔 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒⁄𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜

𝑈𝐸𝑖 = 0,015 𝑘𝑔 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒⁄𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜

𝛾 = 1,2 𝑘𝑔⁄𝑚3

Os valores de umidade absoluta foram encontrados na carta psicrométrica, para uma


umidade relativa de 80%, devido ao ambiente refrigerado[36].

Assim:

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 583 . ∀̇ . 𝑁 . (𝑈𝐸𝑒 − 𝑈𝐸𝑖 ). 𝛾

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 583 .9 . 2 . (0,023 − 0,015). 1,2 → 𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 100,7 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

Para o calor total de infiltração, vamos ter o seguinte:

𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙−𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 + 𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 49,2 + 100,7


→ 𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙−𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 149,9 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
31

2.3.7 Transmissão de calor devido a ventilação

É a quantidade de ar exterior que deve ser fornecido ao recinto para a segurança dos
funcionários, o nível de oxigênio exigido por segurança é de 19,5%[37]. Este ar exterior que é
insuflado no recinto possui calor sensível e latente, devendo também entrar na carga térmica.

Dados:

𝑁º 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 (𝑁) = 2
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 (∀̇) = 13,0 𝑚3 ⁄ℎ[38]
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 (𝑡𝑒 ) = 31,5 °𝐶
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 (𝑡𝑖 ) = 22,0 °𝐶
𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝐴𝑟 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 (𝑈𝑒 ) = 0,023 𝑘𝑔 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒⁄𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝐴𝑟 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 (𝑈𝑖 ) = 0,015 𝑘𝑔 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒⁄𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑟 (𝛾) = 1,2 𝑘𝑔⁄𝑚3

583 kcal/h por kg de vapor condensado

Os valores de umidade absoluta foram encontrados na carta psicrométrica, para uma


umidade relativa de 80%, devido ao ambiente refrigerado[36].

O calor sensível será:

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 0,29 . 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 . (𝑡𝑒 − 𝑡𝑖 )

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 0,29. (2. 13). (31,5 − 22)

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 71,63 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

O calor latente será:

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 583 . 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 . (𝑈𝐸𝑒 − 𝑈𝐸𝑖 ). 𝛾

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 583 . (2. 13) . (0,023 − 0,015). 1,2

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 145,5 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

O calor total de ventilação será:


𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 217,14 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
32

2.3.8 Transmissão de calor devido aos alimentos

Para que sejam resfriados ou congelados, os alimentos precisam perder calor, sendo este
trabalho realizado pelos aparelhos de refrigeração. Ao reduzir a temperatura de certos alimentos
abaixo da temperatura de congelamento, teremos que considerar além do calor sensível, o calor
latente, devido ao fato dos mesmos possuírem água em sua constituição.

Assim teremos:

𝑄̇𝐶𝐴𝑅𝑁𝐸/𝑃𝐸𝐼𝑋𝐸 = 𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿_𝑇_𝐶𝑂𝑁𝐺 + 𝑄̇𝐿𝐴𝑇𝐸𝑁𝑇𝐸 + 𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿_𝑇_𝐷𝐸𝑆𝐸𝐽𝐴𝐷𝐴

𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿_𝑇_𝐶𝑂𝑁𝐺 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 )

𝑄̇𝑆𝐸𝑁𝑆Í𝑉𝐸𝐿_𝑇_𝐷𝐸𝑆𝐸𝐽𝐴𝐷𝐴 = 𝑚̇ . 𝑐2 . (𝑡𝐶 − 𝑡𝐹 )

𝑄̇𝐿𝐴𝑇𝐸𝑁𝑇𝐸 = 𝑚̇ . ℎ

Onde:

𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒−𝑃𝑒𝑖𝑥𝑒 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]


𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐶𝑜𝑛𝑔 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑡é 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]
𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝑅𝑒𝑠𝑓 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑡é 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]
𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑟 𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]
𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑡é 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑎 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]
𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]
𝑚̇ = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑔⁄ℎ]
𝑐1 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ. 𝑘𝑔. °𝐶]
𝑐2 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ. 𝑘𝑔. °𝐶]
ℎ = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑖𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ. 𝑘𝑔]
𝑡𝐼 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 [°𝐶]
𝑡𝐶 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [°𝐶]
𝑡𝐹 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑎 [°𝐶]

Frutas e hortaliças continuam o processo de metabolismo mesmo após sua colheita,


mantendo o processo de respiração celular com o intuito de se manterem vivas. Durante o
processo de respiração, há a liberação de calor conforme a seguinte reação.

𝐻𝑜𝑡𝑎𝑙𝑖ç𝑎(𝐶𝐻) + 𝑂2 = 𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂 + 𝑀𝐸𝑇𝐴𝐵𝑂𝐿𝐼𝑆𝑀𝑂 + 𝐶𝐴𝐿𝑂𝑅(𝑄̇𝑅 )


Assim teremos:
33

𝑄̇𝑅𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑚 . 𝐶𝑅

Onde:

𝑄̇𝑅𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎çã𝑜 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎çã𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]


𝑚 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 [𝑘𝑔]
𝐶𝑅 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎çã𝑜 [𝑚𝑊 ⁄𝑘𝑔]

Tabela 3 – Parâmetros para o cálculo da transmissão de calor devido os produtos.

C1 C2 h Cr
Produto tc [°C]
[𝒌𝒄𝒂𝒍⁄𝒉. 𝒌𝒈. °𝑪] [𝒌𝒄𝒂𝒍⁄𝒉. 𝒌𝒈. °𝑪] [𝒌𝒄𝒂𝒍⁄𝒉. 𝒌𝒈] [𝒎𝑾⁄𝒌𝒈]
Carne Bovina 0,84 0,51 56,6 -1,70 -
Carne Suína 0,85 0,53 58,0 -1,70 -
Filé de
0,90 0,51 64,0 -2,20 -
Merluza
Tomate 0,96 - - -0,60 78,10
Queijo Coalho 0,89 - - -1,20 -
Fonte – Adaptada de ASHRAE handook, 2014.

2.3.8.1 Fluxo de calor para congelar carne bovina

𝑄̇𝑆𝑠𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐶𝑜𝑛𝑔 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 ) = 20,83. 0,84. (31,5 − (−1,7)) = 580,9 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑚̇ . ℎ = 20,83. 56,6 = 1179,0 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗 = 𝑚̇ . 𝑐2 . (𝑡𝐶 − 𝑡𝐹 ) = 20,83. 0,51. (−1,7 − (−25)) = 247,5 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝐵𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 = 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐶𝑜𝑛𝑔 + 𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗

𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝐵𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 = 580,9 + 1179,0 + 247,5 → 𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝐵𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 = 2.007,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.8.2 Fluxo de calor para congelar carne suína

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐶𝑜𝑛𝑔 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 ) = 8,33. 0,85. (31,5 − (−1,7)) = 235,1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑚̇ . ℎ = 8,33. 58,0 = 483,1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗 = 𝑚̇ . 𝑐2 . (𝑡𝐶 − 𝑡𝐹 ) = 8,33. 0,53. (−1,7 − (−25)) = 102,9 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝑆𝑢í𝑛𝑎 = 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐶𝑜𝑛𝑔 + 𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗


34

𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝑆𝑢í𝑛𝑎 = 235,1 + 483,1 + 102,9 → 𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝑆𝑢í𝑛𝑎 = 821,1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.8.3 Fluxo de calor para congelar filé de merluza

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐶𝑜𝑛𝑔 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 ) = 12,5. 0,90. (31,5 − (−2,2)) = 379,1 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑚̇ . ℎ = 12,5. 64,0 = 800,0 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗 = 𝑚̇ . 𝑐2 . (𝑡𝐶 − 𝑡𝐹 ) = 12,5. 0,51. (−2,2 − (−25)) = 145,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐹𝑖𝑙é 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑙𝑢𝑧𝑎 = 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐶𝑜𝑛𝑔 + 𝑄̇𝐿𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗

𝑄̇𝐹𝑖𝑙é 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑙𝑢𝑧𝑎 = 379,1 + 800,0 + 145,4 → 𝑄̇𝐹𝑖𝑙é 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑙𝑢𝑧𝑎 = 1.324,5 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.8.4 Fluxo de calor para resfriar queijo coalho

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝑅𝑒𝑠𝑓 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 ) = 8,33. 0,89. (31,5 − 10) = 159,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝑄𝑢𝑒𝑖𝑗𝑜 𝐶𝑜𝑎𝑙ℎ𝑜 = 159,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.8.5 Fluxo de calor para resfriar tomate

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝑇−𝑅𝑒𝑠𝑓 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 ) = 12,5. 0,96. (31,5 − 10) = 258,0 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝑅𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑚 . 𝐶𝑅 = 12,5 . 79,1 = 988,75 𝑚𝑊 𝑜𝑢 1𝑊 𝑜𝑢 0,86 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

Q̇Tomate = Q̇Sensível−T−Resf + Q̇Respiração

𝑄̇𝑇𝑜𝑚𝑎𝑡𝑒 = 258,0 + 0,86 = 258,86 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.9 Carga térmica devido as embalagens

2.3.9.1 Filme de policloreto de vinila (PVC)

Tem a característica de permitir a transferência de CO2 e O2, protegem os produtos de


contato com micro-organismos externos, prologam o tempo de vida útil da prateleira. Possui
como propriedade, ser atóxico, inodoro, altamente transparente e brilhante[39].

Assumindo a área do filme PVC para embalar as proteínas como sendo o dobro da área
das bandejas de poliestireno expandido, teremos uma área total útil de 126,4 m2/dia. Para filme
com espessura de 17 micras (0,017mm) e densidade de 1400 kg/m3[40], teremos os seguintes
dados:
35

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 17𝑥10−6 . 126,4 = 2,51𝑥10−3 [𝑚3 ]


𝑚 = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑥 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 1400 . 2,15𝑥10−3 = 3,0 𝑘𝑔⁄𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑢 0,125 𝑘𝑔/ℎ
𝑐1 = 0,4 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄𝑘𝑔 . °𝐶
Dessa forma podemos calcular a carga térmica devido ao PVC presente nas embalagens
𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐹𝑖𝑙𝑚𝑒−𝑃𝑉𝐶 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 )

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐹𝑖𝑙𝑚𝑒−𝑃𝑉𝐶 = 0,125 . 0,4 . (31,5 − (−25))

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐹𝑖𝑙𝑚𝑒−𝑃𝑉𝐶 = 2,82 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

2.3.9.2 Bandeja de poliestireno

Utilizando bandeja com dimensões 26,7x21,6x2,2 cm conforme catálogo[41], com


capacidade de armazenamento de 1,5 L ou 1,5kg de carne/peixe/suíno/queijo, totalizando
1200kg/dia de proteína, para essa quantidade, são necessárias 800 bandejas/dia. As bandejas
são vendidas em fardos contendo 400 unidades, pesando 3,6 kg/fardo.
Ao total são necessários 7,2kg/dia de embalagem ou 0,3kg/h. A área útil da bandeja é
de 0,079 m2. Com 800 bandejas/dia termos uma área total de 63,2 m2/dia.
O calor específico do poliestireno espumado é de 1,42 kJ/kg.K ou 0,34kcal/kg.K[42].
O cálculo da carga térmica devido à bandeja de poliestireno é fornecida pela seguinte
equação:

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐵𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑗𝑎 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 )

Onde:

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚 = 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑡é 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑎 [𝑘𝑔⁄ℎ]


𝑚̇ = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑒𝑑 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]
𝑐1 = 𝐶𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ. 𝑘𝑔. °𝐶]
𝑡1 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 [°𝐶]
𝑡2 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑎 [°𝐶]

Dessa forma, vamos ter

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐵𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑗𝑎 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 )

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐵𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑗𝑎 = 0,3 . 0,34. (31,5 − (−25))

𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐵𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑗𝑎 = 5,76 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ


36

2.3.9.3 Caixote de papelão

Para transporte de frutas e hortaliças, é muito comum a utilização de caixotes de papelão.


Facilitam a estocagem, ajudam a proteger, transportar e conservar o aspecto visual do fruto,
sendo de material reciclável e reutilizável. Como característica, o papelão ondulado possui calor
específico de 0,30 kcal/kg.K[43] e uma densidade entre 30-90 kg/cm3[44]. Adotando o caixote
com dimensões de 28x48x22 cm, possuindo uma área útil de 0,47m2, o mesmo possui a
capacidade para transportar 15kg de tomate[45]. Para um total de 300kg/dia de tomate, são
necessários 20 caixotes, totalizando uma área total de 9,4 m2. Assumindo uma espessura de
5,0mm para o papelão, temos um volume total de 0,047 m3.

Teremos então:

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑥 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 90 𝑥 0,047 = 4,23 𝑘𝑔


𝑚̇ = 4,23 [𝑘𝑔⁄𝑑𝑖𝑎] 𝑜𝑢 0,18 [𝑘𝑔⁄ℎ]

Substituindo os valores na fórmula abaixo:

𝑄̇𝐶𝑎𝑖𝑥𝑜𝑡𝑒−𝑃𝑎𝑝𝑒𝑙ã𝑜 = 𝑚̇ . 𝑐1 . (𝑡𝐼 − 𝑡𝐶 )

𝑄̇𝐶𝑎𝑖𝑥𝑜𝑡𝑒−𝑃𝑎𝑝𝑒𝑙ã𝑜 = 0,18 . 0,3 . (31,5 − (−25))

𝑄̇𝐶𝑎𝑖𝑥𝑜𝑡𝑒−𝑃𝑎𝑝𝑒𝑙ã𝑜 = 3,05 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄̇𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 = 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐹𝑖𝑙𝑚𝑒−𝑃𝑉𝐶 + 𝑄̇𝑆𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙−𝐵𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑗𝑎 + 𝑄̇𝐶𝑎𝑖𝑥𝑜𝑡𝑒−𝑃𝑎𝑝𝑒𝑙ã𝑜


𝑄̇𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 = 2,82 + 5,76 + 3,05 = 11,63 [𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ]

2.3.10 Carga térmica total


𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑄̇𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠/𝑃𝑜𝑟𝑡𝑎𝑠 + 𝑄̇𝐿𝑎𝑗𝑒 + 𝑄̇𝑃𝑖𝑠𝑜 + 𝑄̇𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑄̇𝑀𝑜𝑡𝑜𝑟 + 𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜
+ 𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 + 𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 + 𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝐵𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 + 𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝑆𝑢í𝑛𝑎
+ 𝑄̇𝐹𝑖𝑙é 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑙𝑢𝑧𝑎 + 𝑄̇𝑄𝑢𝑒𝑖𝑗𝑜 𝐶𝑜𝑎𝑙ℎ𝑜 + 𝑄̇𝑇𝑜𝑚𝑎𝑡𝑒 + 𝑄̇𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠

𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 270,44 + 107,3 + 107,3 + 200 + 302,4 + 198,1 + 149,9 + 217,14 + 2.007,4
+ 821,1 + 1.324,5 + 159,4 + 258,0 + 11,63

𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 6.134,61 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ ≅ 9,5 ℎ𝑝

𝑄̇𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 [𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ]
𝑇𝑅 = (𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜)
3.024,0 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
37

6.134,61
𝑇𝑅 = → 𝑇𝑅 = 2,03
3.024,0

2.4 Cálculo necessário para a seleção dos equipamentos

Precisamos encontrar um sistema de resfriamento/congelamento que atenda a carga


térmica calculada. O sistema consiste de unidade condensadora e evaporadora. A unidade
condensadora pode ser única, que atenda a carga térmica total do projeto. Para cada câmara
individual, pode-se separar uma unidade evaporadora que funcionará em um regime que
forneça a temperatura desejada através de controle digital. Nos cálculos da carga térmica das
câmaras, não vamos considerar o fluxo de calor (𝑄̇ ) que por ventura saem das câmaras, afim de
não subdimensionar os evaporadores.

2.4.1 Câmara 1 – Carne bovina e suína

Revisando os cálculos da seção 2.5, podemos separar a quantidade de carga para cada
câmara. Considerando a carga devido às paredes, teto, piso, e portas, adicionando a carga das
carnes suína e bovina, teremos que selecionar um evaporador com a seguinte carga.

𝑄̇𝑇𝑒𝑡𝑜 𝑄̇𝑃𝑖𝑠𝑜
𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 1 = 𝑄̇1 + 𝑄̇2 + 𝑄̇9 + 𝑄̇13 + 𝑄̇𝑃4 + + + 𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝑆𝑢í𝑛𝑎 + 𝑄̇𝐶𝑎𝑟𝑛𝑒 𝐵𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎
2 2
+ 𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 (1 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎)

53,4 53,2
𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 1 = 33,8 + 32,8 + 19,1 + 18,8 + 11,64 + + + 821,0 + 2.007,4 + 33,0
2 2

𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 1 = 3.030,9 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑜𝑢 4,7ℎ𝑝

2.4.2 Câmara 2 – Filé de merluza

Considerando a carga devido às paredes, teto, piso, e portas, adicionando a carga do filé
de merluza, teremos que selecionar um evaporador com a seguinte carga.

𝑄̇𝑇𝑒𝑡𝑜 (𝐴1) 𝑄̇𝑃𝑖𝑠𝑜 (𝐴1)


𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 2 = 𝑄̇1 + 𝑄̇2 + 𝑄̇9 + 𝑄̇13 + 𝑄̇𝑃4 + + + 𝑄̇𝐹𝑖𝑙é 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑙𝑢𝑧𝑎
2 2
+ 𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 (1 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎)

53,4 53,2
𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 2 = 33,8 + 32,8 + 19,1 + 18,8 + 11,64 + + + 1.324,5 + 33,0
2 2

𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 2 = 1.526,9 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑜𝑢 2,4ℎ𝑝


38

2.4.3 Câmara 3 – Queijo coalho

Considerando a carga devido às paredes, teto, piso, e portas, adicionando a carga do


queijo coalho, teremos que selecionar um evaporador com a seguinte carga.

𝑄̇𝑇𝑒𝑡𝑜 (𝐴2) 𝑄̇𝑃𝑖𝑠𝑜 (𝐴2)


𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 3 = 𝑄̇5 + 𝑄̇6 + 𝑄̇10 + 𝑄̇𝑃1 + + + 𝑄̇𝑄𝑢𝑒𝑖𝑗𝑜 𝐶𝑜𝑎𝑙ℎ𝑜
2 2
+ 𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 (1 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎)

24,6 24,6
𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 3 = 13,2 + 14,7 + 4,8 + 2,97 + + + 159,4 + 33,0
2 2

𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 3 = 252,7 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑜𝑢 0,4 ℎ𝑝

2.4.4 Câmara 4 – Tomate

Considerando a carga devido às paredes, teto, piso, e portas, adicionando a carga do


tomate, teremos que selecionar um evaporador com a seguinte carga.

𝑄̇𝑇𝑒𝑡𝑜 (𝐴2) 𝑄̇𝑃𝑖𝑠𝑜 (𝐴2)


𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 4 = 𝑄̇4 + 𝑄̇6 + 𝑄̇11 + 𝑄̇𝑃2 + + + 𝑄̇𝑇𝑜𝑚𝑎𝑡𝑒
2 2
+ 𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 (1 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎)

24,6 24,6
𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 4 = 13,2 + 14,7 + 4,8 + 2,97 + + + 258,0 + 33,0
2 2

𝑄̇𝐶â𝑚𝑎𝑟𝑎 4 = 351,3 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑜𝑢 0,6ℎ𝑝

2.4.5 Área de trabalho

Considerando a carga devido às paredes, teto, piso, e portas, adicionando a carga dos
funcionários, teremos que selecionar um evaporador com a seguinte carga.

𝑄̇Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
= 𝑄̇7 + 𝑄̇8 + 𝑄̇14 + 𝑄̇𝑇𝑒𝑡𝑜(𝐴3) + 𝑄̇𝑃𝑖𝑠𝑜 (𝐴3) + 𝑄̇𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 + 𝑄̇𝑀𝑜𝑡𝑜𝑟 + 𝑄̇𝐼𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜
+ 𝑄̇𝑉𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 + 𝑄̇𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 (2 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎)

𝑄̇Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
= 8,2 + 21,9 + 5,32 + 29,3 + 29,3 + 200 + 302,4 + 189,83 + 131,1 + 66

𝑄̇Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 983,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑜𝑢 1,5 ℎ𝑝


39

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

De posse dos valores calculados da carga térmica, necessitamos encontrar um sistema


de resfriamento/congelamento que atenda aos requisitos. O sistema consiste de unidades
condensadoras e evaporadoras. Para o caso do dimensionamento das unidades condensadoras,
será necessário a escolha de duas unidades, uma com potência de 7,8 hp para os alimentos
congelados, e outra com potência de 2,75 hp para os alimentos resfriados, onde já está
adicionado o fator de segurança de 10% aos valores de carga térmica calculados. Para as
unidades evaporadoras, necessitaremos de 5 unidades com potência de operação entre
aproximadamente 300 e 3000kcal/h.

3.1 Seleção de Equipamentos

3.1.1 Unidades Evaporadoras

Tabela 4 – Características técnicas das unidades evaporadoras escolhidas.

Modelo do Temperatura de Capacidade de


Ventiladores Dimensões(m)
Evaporador Evaporação(°C) Evaporação(Kcal/h)

ELGIN VCMS 10 340 1 0,38x0,37x0,15


ELGIN FXBE 031 -25 2387 2 0,85x0,36x0,40
ELGIN FXBE 039 -25 2892 3 1,2x0,36x0,40
Fonte – Adaptada de ELGIN.

A tabela acima é um resumo do catálogo original, onde dentre os vários modelos de


evaporadores disponíveis, foram selecionados os que atendem ao à capacidade térmica
requerida para cada compartimento da câmara. A ELGIN foi selecionada por ser uma marca
conceituada no mercado de refrigeração, podendo atuar com o melhor suporte possível para o
projeto.

Para câmara 1, armazenando carnes bovina e suína, teremos um evaporador modelo


ELGIN FXBE 039, possuindo as seguintes características: temperatura de evaporação de -25°C,
capacidade de 2892 Kcal/h, com 3 ventiladores[46].

Para câmara 2, armazenando filé de merluza, e a área de trabalho, contendo a serra-fita,


teremos dois evaporadores modelo ELGIN FXBE 031, possuindo as seguintes características:
temperatura de evaporação de -25°C, capacidade de 2387 Kcal/h, com 2 ventiladores[46].
40

Para câmara 3 e 4, armazenando queijo coalho e tomate, respectivamente, teremos dois


evaporadores modelo ELGIN VCMS 0016 SLIM VISA COOLER, possuindo as seguintes
características: temperatura de evaporação de 10°C, capacidade de 340 Kcal/h, com 1
ventilador[47].

3.1.2 Unidade Condensadora

Para as câmaras de congelados será necessário uma unidade condensadora com potência
de 7,8 hp, já adicionados os 10% da margem de segurança, sendo assim, vamos utilizar o
modelo 45USMB4900TV, da marca ELGIN, com uma potência de 9,0 hp, que atende à
necessidade.

Características da unidade condensadora que será utilizada[48]:

 Desenvolvida para aplicações como câmaras de conservação, expositores e balcões,


ilhas de congelados, máquinas de sorvete e túneis para processos de congelados e
resfriados.
 Utilizam compressores scroll com alto rendimento frigorífico, baixos níveis de ruído e
consumo de energia.
 Aplicação Baixa estendida a Média (-30°C à 0°C)
 Para fluido refrigerante R-404a;
 Com os separadores de óleo e líquido;
 Com válvula de retenção;
 Compressor Scroll;
 Baixo nível de ruído;
 Baixo consumo de energia.
Para as câmaras de resfriados e a área de trabalho, será necessário uma unidade
condensadora com uma potência de 2,75, já adicionados a margem de segurança de 10%,
sendo assim vamos utilizar o modelo UCB 4300, da marca ELGIN, com uma potência de 3,0
hp, que atende à necessidade.

Características da unidade condensadora que será utilizada[49]:

 Desenvolvidas para utilização em expositores e balcões de congelados, máquinas de


sorvete, câmaras de congelados, túneis de congelamento e blast freezers;
 Baixo nível de ruído do sistema de condensação;
 Menor consumo em relação a outros modelos;
41

 Fácil acesso para manutenção;


 Utiliza o fluído refrigerante R404a.
 Com separador de líquidos, filtro secador, pressostato de alta/baixa pressão, tanque de
líquido, visor de líquido e válvula rotolock.

3.2 Seleção das prateleiras

Cada câmara vai contar com prateleiras que foram projetadas para suportar o peso dos
alimentos: 700 kg/dia de carne Suína e Bovina numa câmara, 300 kg/dia de Peixe, 300 kg/dia
de Tomate e 200 kg/dia de Queijo.

Para escolher essas prateleiras existem algumas regras de instalação na câmara fria.
Aqui referenciamos as câmaras através das normas para carnes, de acordo com o ministério da
agricultura: as pilhas de carne devem ser colocadas sobre os estrados, sem contato direto com
o piso, guardando o distanciamento mínimo de 0,30 m (trinta centímetros) das paredes, 0,40 m
(quarenta centímetros) das baterias de frio, 0,20 m (vinte centímetros) do teto e 0,10 m (dez
centímetros) do piso[50]. Para atender às normas contamos com a seguinte seleção:

Prateleira para câmara 01 – Estante de aço cromado aramado com 5 planos, suporta
cerca de 1000 kg, com dimensões de 1,82m de altura x 1,21 m de comprimento e 0,46m de
profundidade, vamos utilizar 2 unidades desta prateleira[51].

Prateleira para câmara 02 e 03 – Estante em aço inox com 4 planos, com dimensões de
1,8m de altura x 1m de comprimento x 0,3m de profundidade, vamos utilizar 4 unidades desta
prateleira[52].

Prateleira para câmara 4 – Estante plástica reforçada em PEAD, suporta 300kg, com
dimensões de 1,8m de altura x 0,9m de comprimento x 0,45m de profundidade, vamos utilizar
2 unidades desta prateleira[53].

3.3 Estimativa de custo para construção das câmaras


Considerando as seguintes premissas:

 A câmara frigorífica será construída no espaço de alvenaria já existente no próprio


estabelecimento comercial;
 Será erguida paredes divisórias de alvenaria para servir de compartimento aos produtos
selecionados;
 Paredes norte e leste do estabelecimento assim como a laje já existentes;
42

 Material isolante instalado durante construção;

Para o primeiro apuramento de gastos do projeto contamos com alguns sites


reconhecidos na Internet e do Governo. O apurado geral dos custos com a construção da câmara
pode ser divido em três vertentes:

Figura 7 – Organograma do orçamento.

Fonte – Preparado pelos autores (2020).

Na tabela abaixo podemos ver os preços orçados para os serviços necessários para a
construção das câmaras

Tabela 5 – Valores dos serviços necessários.

Tipo de Mão de Obra Valor[54] Fator Multiplicativo Valor Final

Construção da alvenaria R$ 35,00/m2 59 m2 R$ 2.065,00

Instalação do reboco R$ 35,00/m2 59 m2 R$ 2.065,00


Instalação de portas R$ 144,00/porta 4 R$ 576,00
Instalação de
R$ 48,00/m2 39 m2 R$ 1.872,00
piso(azulejo)
Pintura R$ 12,00/m2 59 m2 R$ 708,00

TOTAL - - R$ 7.286,00
Fonte – Preparada pelos autores (2020).

Obs1: área total de paredes a ser construída = 59,0 m2.

Obs2: área total do piso ser instalado = 39,0 m2.

Os gastos com materiais, que serão utilizados na construção das câmaras, podem ser
vistos na tabela abaixo:
43

Tabela 6 – Valores dos materiais necessários.

Material Valor Fator Multiplicativo Valor Final

Reboco R$ 51,00/m2[55] 59 m2 R$ 3.005,00

Milheiro de tijolo R$ 500/milheiro[56] 2,5 R$ 1.250,00


Piso de azulejo (Cerâmica
R$ 28,00/m2[55] 39 m2 R$ 1.092,00
Resinado)
Isolante poliuretano (15cm
R$ 200,00/m2[55] 65,0 m2 R$ 13.000,00
espessura p/ -25°C)
Porta frigorífica R$ 1.150,00[57] 4 R$ 4.600,00

Porta vai-e-vem R$ 1.298,00[58] 1 R$ 1.298,00

TOTAL - - R$ 24.245,00
Fonte – Preparada pelos autores (2020).

Vale ressaltar que 39 tijolos de 6 furos = 1,0 m2. Para 59,0 m2 de parede teremos 2300
tijolos, ou 2,5 milheiro.

Os gastos com os equipamentos necessários podem ser vistos na tabela abaixo:

Tabela 7 – Valores dos equipamentos necessários.

Equipamentos Valor Fator Multiplicativo Valor Final


Unidade condensadora 9,0 hp R$ 14.500,00[59] 1 R$ 14.500,00

Unidade condensadora 3,0 hp R$ 5.150,00[60] 1 R$ 5.150,00

Unidade evaporadora VCMS R$ 450,00[61] 2 R$ 900,00

Unidade evaporadora FXBE 031 R$ 1.400,00[62] 2 R$ 2.800,00

Unidade evaporadora FXBE 039 R$ 1.600,00[63] 1 R$ 1.600,00

Prateleira câmara 01 R$ 829,00[51] 2 R$ 1.658,00

Prateleira câmara 02 R$ 696,00[52] 2 R$ 1.392,00

Prateleira câmara 03 R$ 696,00[52] 2 R$ 1.392,00

Prateleira câmara 04 R$ 455,00[53] 2 R$ 910,00

TOTAL - - R$ 30.302,00
Fonte – Preparada pelos autores (2020).
44

Tabela 8 – Valor total de construção das câmaras frigoríficas.

Descrição Valores
Serviços necessários R$ 7.286,00
Materiais necessários R$ 24.245,00
Equipamentos necessários R$ 30.302,00
TOTAL R$ 61.833,00
Fonte – Preparada pelos autores (2020).

A este valor, ainda não adicionadas as lâmpadas e outros itens complementares, como
os sistemas de controle.

Para exemplo de comparação de valores, pesquisando o preço de câmaras pré-fabricadas


no mercado, encontramos diversos modelos, para produtos congelados e resfriados. Para
obedecer as premissas do projeto, seriam necessárias um total de 4 câmaras frias para
estocagem dos alimentos, sendo duas para produtos resfriados e duas para produtos congelados,
sendo importante ressaltar que, neste contexto das câmaras pré-fabricadas, não está incluso o
espaço reservado aos trabalhadores e a serra fita.

Uma câmara para produtos congelados, com dimensões de 2x2x2,4 m, com faixa de
temperatura de trabalho entre -18°C e 0°C, modelo Gallant 2C-DCP 2x2, com capacidade de
2300 kcal/h, ou seja , abaixo das especificações do projeto, custa em torno de R$ 22.600,00[64].
Para produtos resfriados, uma câmara fria com as mesmas dimensões, com faixa de temperatura
de trabalho entre 0°C e 10°C, modelo Gallant 2R-ECP 2x2, com capacidade de 2300kcal/h,
custa em torno de R$ 16.200,00[65].

Com posse desses valores, analisando o projeto com câmaras pré-fabricadas, sendo duas
câmaras para produtos resfriados e duas para produtos congelados, teríamos um custo total de
R$ 77.600,00 superando o valor do orçamento completo da câmara de alvenaria em 25,5%,
sendo que para esse contexto, seriam ainda necessárias algumas adaptações para atender as
necessidades dos alimentos que serão armazenados, como por exemplo o peixe, que necessita
de temperaturas inferiores a -18°C ao qual a câmara pré-fabricada não atenderia.
45

4. CONCLUSÕES
Diante da proposta de construção de uma câmara frigorífica em Cruz do Espírito
Santo/PB, para aportar carne suína, bovina, peixe, tomates e queijo, optamos por construir uma
câmara de alvenaria e provar que é viável a construção da câmara ao em vez de comprar uma
pronta.

Para realizar uma análise de carga térmica, é necessário a avaliação criteriosa sobre os
dados do projeto. Aspectos como quantidade e tipo dos produtos, finalidade, aspectos
climáticos da região onde será instalado a câmara frigorífica, tipos de materiais, dimensões, são
parâmetros de extrema importância para a obtenção de resultados satisfatórios. Dados como
temperatura média máxima e mínima, Umidade relativa, altitude, longitude, contribuem com
fatores que são extremamente relevantes durante os cálculos da carga térmica.

Cada produto tem a sua característica, e é com o intuito de conservá-la por uma
quantidade de tempo maior, que surge a necessidade da refrigeração e congelamento. Na
atualidade, estes processos são os mais utilizados na conservação de alimentos. Mas para que
haja a conservação, deve existir uma seleção criteriosa das condições as quais os alimentos
serão submetidos.

Após obtenção dos dados de entrada referentes as condições ambientais de Cruz do


Espírito Santo/PB, assim como a arrecadação dos dados referentes aos produtos que serão
acondicionados, quanto a sua quantidade e características, assim como a forma como serão
estocados, conseguimos realizar os cálculos de carga térmica necessários para obtenção da
estrutura que irá atender as necessidades do cliente final

Utilizando a metodologia citada, calculamos o valor da carga térmica necessária para


congelar as carnes e o peixe e resfriar os demais, selecionamos quatro câmaras, com uma área
de 2x2 m e um pé direito de 2,70 m, com um evaporador em cada câmara, mais um evaporador
na área de trabalho, com dois condensadores para suprir toda a carga térmica. Na câmara 01
vamos armazenar de 500 kg/dia carne bovina e de 200 kg/dia carne suína a uma temperatura de
-25 °C, na câmara 02 vamos armazenar de 300 kg/dia filé de merluza a uma temperatura de -
25 °C, decidimos por separar as carnes bovina e suína do filé de merluza devido a questões
sanitárias e de características de cada alimento, na câmara 03 armazenaremos os 300 kg/dia de
tomate a uma temperatura de 10 °C e, por fim, na câmara de número 04 vamos armazenar 200
kg/dia de queijo coalho a uma temperatura de 10 °C. Uma observação pertinente sobre o cálculo
da carga térmica é que o calor devido as embalagens dos produtos é praticamente irrisório,
46

assim como o calor de respiração do tomate, mas afim de termos o pior caso possível aqui
abordado, consideramos todos as variáveis possíveis no sistema.

Por questões de segurança trabalho em ambientes refrigerados[66], decidimos pela


construção de uma área de trabalho, que dará acesso as câmaras frigoríficas e que terá um
acondicionamento apenas visando o conforto térmico dos trabalhadores, levando em conta a
carga térmica liberada pela serra fita de 1/3 cv, retirando, dessa forma, os trabalhadores de uma
região de trabalho adversa a temperaturas muito baixas.

Optamos pela construção das câmaras e da área de trabalho em alvenaria, pois ao fazer
o orçamento do custo do projeto chegamos à conclusão que a em alvenaria teria um custo mais
baixo do que se utilizássemos câmaras pré-fabricadas, sem contar, levando em consideração o
fato de que tais câmaras só chegam até temperaturas de -18 °C o que não é suficiente para a
conservação de alguns dos produtos como o filé de merluza, que necessita de uma temperatura
de ao mesmo -20 °C.
47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] GANTZ, C. Refrigeration: A History. 1. ed. [S. l.]: McFarland, 2015. 280 p. v. Unico.

[2] BENÍTEZ, R. O. Perdas e desperdícios de alimentos na América Latina e no Caribe.


2020. Disponível em: http://www.fao.org/americas/noticias/ver/pt/c/239394/. Acesso em: 7 set.
2020.

[3] FAO lança plataforma para ajudar a acelerar ações de redução da perda e desperdício
de alimentos. 11 ago. 2020. Disponível em: http://www.fao.org/brasil/noticias/detail-
events/pt/c/1302182/. Acesso em: 7 set. 2020.

[4] Temperatura compensada mensal e anual da Paraíba. 2020. Disponível em:


http://www.dca.ufcg.edu.br/clima/dadospb.htm. Acesso em: 14 set. 2020.
[5] Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de origem animal. 29 mar. 2017. Disponível
em: https://alimentusconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2017/03/DECRETO-
N%C2%BA-9.013-DE-29-DE-MAR%C3%87O-DE-2017-1.pdf. Acesso em: 14 set. 2020
[6] RIISPOA. Regulamento, 29/03/1952. Regulamento da inspeção industrial e sanitária de
produtos de origem animal , Rio de Janeiro, 29 mar. 1952.
[7] ASHRAE. Refrigeration: ASHRAE Handbook. SI Edition. ed. Atlanta: ASHRAE, 2014.
926 p.
[8] ASHRAE. Refrigeration: ASHRAE Handbook. SI Edition. ed. Atlanta: ASHRAE, 2014.
926 p.
[9] BERLE, E.D. et al. Principles of Meat Science. 4 ed. Iowa: Kendall/Hunt Publishing
Company, 2001. 354 p.
[10] ZEN, S. A cadeia da carne bovina no Brasil. Professor da Esalq/USP; e-
mail:gscbarro@pacu.esalq.usp.br. Artigo publicado em 20/06/00. Disponível em:
http://www23.sede.embrapa.br:8080/aplic/rumos.nsf/f7c8b9aeabc42c8583256800005cfec7/d
2a63b479fd1e45d8325690400523d93?OpenDocument. Acesso em 17 set 2020.
[11] ROTA, E. L. et al. Influência da castração e da idade deabate sobre as características
subjetivas e instrumentais da carne de cordeiros Corriedale. R. Bras.de Zootec., v.35, n.6,
p.2397-2405, 2006.
[12] PARDI, M. C et al. Ciência, Higiene e Tecnologia da carne. 2ª ed. Goiânia: CEGRAF-
UFG/ Niterói: EDUFF, 2006. 624p.
[13] CHEFTEL, J.C et al. Introducción a la bioquímica y tecnología de losalimentos. v. 2.
Zaragoza, 1983. 404p.
48

[14] FAROUK, M. M. et al. Ultra-fast freezing and low storage temperaturesare not
necessary to maintain the functional properties of manufacturing beef. Meat Sci.,
v.66,p.171–179, 2003.
[15] FILHO, A.F.M. et al. Congelamento de carne suína a temperaturas criogênicas:
alterações de algumas características físico-químicas. Revista Brasileira de Produtos
Agroindustriais, Campina Grande, v. 4, ed. 1, p. 51-62, 2002. Disponível em:
http://www.deag.ufcg.edu.br/rbpa/rev41/Art418.pdf. Acesso em: 15 set. 2020.
[16] ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal. Disponível em: < http://www.
http://abpa-br.com.br> Acesso em 28 de junho de 2018.
[17] Roppa, L. 2006. Carne suína: mitos e verdades, Disponível em:
<http://www.abcs.org.br/attachments/0995.pdf>. Acesso em: 20 set 2020.
[18] FONTES, T.C.; LOPES, M.N.F. Congelamento de alimentos: técnicas e normas.
Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 1992. 68p.
[19] GAYET, J. P.et al. Tomate para Exportação: Procedimentos de Colheita e Pós colheita.
Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, Secretaria do
Desenvolvimento Rural, Programa de Apoio à Produção e Exportação de Frutas, Hortaliças,
Flores e Plantas Ornamentais - Brasília: EMBRAPA-SPI, 1995. 34p. (Série Publicações
Técnicas FRUPEX; 13.
[20] IBGE. Indicadores - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola: Estatística da
Produção Agrícola. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=72415. Acesso
em: 21 set. 2020.
[21] FERREIRA, S.M.R et al. Padrão de identidade e qualidade do tomate (Lycopersicon
esculentum Mill.) de mesa. Ciênc. Rural, v.34, p.329-335, 2004.
[22] KLUGE, R. A.; RODRIGUES, D. S.; MINAMI, K. Aquecimento intermitente de
tomates: efeito sobre injúrias pelo frio. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 16, n. 1,
p. 4-6, maio, 1998.
[23] JACKMAN, R.L. et al. Chilling injury. A review of qualityaspects. Journal of Food
Quality, Trumbull, v.11, n.4, p.253-278, 1988.
[24] NASSU, R. T. et al. Queijo de coalho. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica,
2006. 40p. Agroindústria Familiar. Disponível em:
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/11883/2/00077390.pdf. Acesso em: 21
set. 2020.
49

[25] ESCOBAR, C. A. M. et al. Avaliação dos pontos críticos na produção de queijo de coalho
em Pernambuco. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v. 56, n. 321,
p. 248-256, 2001.
[26] NASSU, R. T. et al. Queijo de coalho. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica,
2006. 40p. Agroindústria Familiar. Disponível em:
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/11883/2/00077390.pdf. Acesso em: 21
set. 2020.
[27] TECTERMICA. Tutorial técnico sobre como fazer o isolamento térmico tradicional
para câmara fria. Tutorial Técnico, [s. l.], 2020. Disponível em:
https://tectermica.com.br/assets/como-fazer-isolamento-termico-tradicional-camara-
fria_tutorial-tecnico.pdf. Acesso em: 7 set. 2020.
[28] CREDER.; H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª Edição. LTC – Livros Técnicos e
Científicos. Editora LTDA, 2012.
[29] CREMA, D.B.; PELISSER, F. Cálculo do desempenho térmico de lajes pré-moldadas com
tavelas cerâmicas e blocos de eps. UNESC, [s. l.], 2014. Disponível em:
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/2965/1/Daniel%20Barp%20Crema%20-%20Prof%20
Fernando%20Pelisser.pdf. Acesso em: 16 set. 2020
[30] CREDER.; H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª Edição. LTC – Livros Técnicos e
Científicos. Editora LTDA, 2012.
[31] CREDER.; H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª Edição. LTC – Livros Técnicos e
Científicos. Editora LTDA, 2012.
[32] CREDER.; H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª Edição. LTC – Livros Técnicos e
Científicos. Editora LTDA, 2012.
[33] CREDER.; H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª Edição. LTC – Livros Técnicos e
Científicos. Editora LTDA, 2012.
[34] CREDER.; H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª Edição. LTC – Livros Técnicos e
Científicos. Editora LTDA, 2012.

[35] CREDER.; H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª Edição. LTC – Livros Técnicos e


Científicos. Editora LTDA, 2012.

[36] Umidade Relativa Compensada Mensal e Anual da Paraíba. 2020. Disponível em:
http://www.dca.ufcg.edu.br/clima/dadospb.htm. Acesso em: 14 set. 2020.
50

[37] Segurança e saúde em espaços confinados. 22 dez. 2006. Disponível em:


https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-33.pdf. Acesso em: 14
set. 2020

[38] Instalações centrais de ar-condicionado para conforto. 04 ago. 2008. Disponível em:
https://www.refrigeracao.net/Legislacao/NBR6401.pdf. Acesso em: 14 set. 2020

[39] Ações de controle sanitário na área de alimentos. 19 mai. 1999. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RES_105_1999_COMP.pdf/35bc8b0b-
8efb-4a66-b852-0e2d60ccc455. Acesso em: 14 set. 2020

[40] ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220-2: Desempenho Térmico
de Edificações, Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica,
do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações. Rio de Janeiro,
2005.

[41] Ações de controle sanitário na área de alimentos. 19 mai. 1999. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RES_105_1999_COMP.pdf/35bc8b0b-
8efb-4a66-b852-0e2d60ccc455. Acesso em: 14 set. 2020

[42] ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220-2: Desempenho Térmico
de Edificações, Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica,
do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações. Rio de Janeiro,
2005.

[43] SANTOS, Clárisse de Ávila. Estudo da transferência de calor durante o congelamento


de cortes de aves em caixas de papelão ondulado. 2005. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Alimentos) - Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2005.

[44] GREEN, NETWORLD. Tipos de Caixas de Papelão [S.1], 2020. Disponível em:
http://www.green-networld.com/tips/cardboard.htm. Acesso em: 20 set, 2020

[45] ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Modelo ABNT 0432: Modelo de
Caixa de Papelão, Rio de Janeiro, 2005.

[46] ELGIN. Catalogo Unidades Evaporadoras FXB [S.1.], 2020. Disponível em:
https://www.elgin.com.br/assets/arquivos/imgCard_c09a2f21-4dea-4014-8fa5-
500680e61412_Evaporador%20FXB.pdf. Acesso em: 20 set, 2020
51

[47] ELGIN. Catalogo Unidades Evaporadoras VCM [S.1.], 2020. Disponível em:
https://www.elgin.com.br/assets/arquivos/imgCard_3af8b13c-d6a2-4fd4-a88d-
8b587f852faa_Evaporador%20VCM-julho-2020.pdf. Acesso em: 20 set, 2020

[48] ELGIN. Catalogo Unidades Condensadoras USMB [S.1.], 2020. Disponível em:
https://www.elgin.com.br/assets/arquivos/imgCard_3b157980-2395-43c1-a52a-
bda6e7becd99_Unidade%20Condensadora%20USMB.pdf. Acesso em: 20 set, 2020

[49] ELGIN. Catalogo Unidades Condensadoras UC [S.1.], 2020. Disponível em:


https://www.elgin.com.br/assets/arquivos/imgCard_b6966fdf-5d97-4acf-98ed-
cfdf394a9a8f_UC-agosto.pdf. Acesso em: 20 set, 2020

[50] Padronização dos métodos de elaboração de produtos de origem animal. 1 nov, 1995.
Disponível em: http://www3.servicos.ms.gov.br/iagro_ged/pdf/714_GED.pdf. Acesso em: 14
set. 2020
[51]MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Estante de Aço Organizadora 5 Prateleiras
Aramado com Rodas [S.1.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-
1487164587-estante-de-aco-organizadora-5-prateleiras-aramado-com-rodas-
JM?matt_tool=26177295&matt_word=&gclid=CjwKCAjwwab7BRBAEiwAapqpTGoBy4-
5W6dgrwwmNpryh3NScies56WRYncq7qgjmo0w_kDNqm6ZPhoCo0wQAvD_BwE. Acesso
em: 20 set, 2020

[52] MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Prateleira Estante Aço Inox [S.1.], 2020.
Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1454232487-prateleira-estante-aco-
inox-4-planos-lisa-100x030x180-
_JM?matt_tool=69265266&matt_word=&gclid=CjwKCAjwwab7BRBAEiwAapqpTKfd1CS
wBwcrUDOE8w0TeCnZE3orBwMrb7pfKBC5e_HsUysgKAyanhoCyK4QAvD_BwE.
Acesso em: 20 set, 2020

[53] MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Estante em Polietileno para Câmara Fria
60kg [S.1.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1659027377-
estante-em-polietileno-p-camara-fria-reforcada-60kg-plano-
_JM?matt_tool=26177295&matt_word=&gclid=CjwKCAjwwab7BRBAEiwAapqpTPCu5EU
VQdLBD1Y64YYoAvhqp2O524snTU3tXpoHxQcYC6hfYAaGHBoCp0gQAvD_BwE.
Acesso em: 20 set, 2020
52

[54] GET NINJAS. Orçamento de profissionais confiáveis [S.1.], 2020. Disponível em:
https://www.getninjas.com.br/guia/reformas-e-reparos/precos-de-servicos-em-recife/. Acesso
em 10 set. 2020

[55] GET NINJAS. Orçamento de profissionais confiáveis [S.1.], 2020. Disponível em:
https://www.getninjas.com.br/guia/reformas-e-reparos/precos-de-servicos-em-recife/. Acesso
em 10 set. 2020

[56] G1, GLOBO. Preço do milheiro de tijolos em Campina Grande [S.1.], 2020. Disponível
em: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2020/07/24/preco-do-milheiro-de-tijolos-tem-
diferenca-de-ate-r-200-em-campina-grande-dizprocon.ghtml. Acesso em 10 set. 2020

[57] MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Porta Frigorífica com Enchimento de


Espuma [S.1.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-869657278-
porta-frigorifica-cmara-fria-resfriados-180-x-080mts-
_JM?quantity=1#position=2&type=item&tracking_id=00594932-9f4b-4b60-9d96-
beb578703a9f. Acesso em: 20 set, 2020

[58] MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Porta ABS Vedação Ideal para Restaurantes
[S.1.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1503336353-porta-
abs-uma-folha-vedaco-ideal-para-restaurantes-90-x-210-
_JM?searchVariation=54386092062#searchVariation=54386092062&position=1&type=item
&tracking_id=37ed9f9a-13a7-4507-8de2-28d19fe3324a. Acesso em: 20 set, 2020

[59] BCM, INTERSERVICE. Unidade Condensadora 9 hp Elgin USCM R404a [S.1.], 2020.
Disponível em: https://bcminterservice.com.br/refrigeracao-
comercial/unidadescondensadoras/unidade-9hp-57304.html. Acesso em: 20 set, 2020

[60] MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Unidade Condensadora 3 hp Elgin UCB


4300 Trifásico 220v R404a [S.1.], 2020. Disponível em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1454755071-unidade-condensadora-3-hp-elgin-
ucb-4300-trifasico-220v-r404-
_JM?matt_tool=72431506&matt_word=&gclid=CjwKCAjwwab7BRBAEiwAapqpTLcP_zC
O3QRUkE0XSqS49Cvwf5PtpPU-oJet-t52EV8sybdeVkn9IRoCCYcQAvD_BwE. Acesso em:
20 set. 2020

[61] MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Forçador Evaporador Elgin VCMS 0016
Slim Visa Cooler [S.1.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-
53

1517551590-forcador-evaporador-elgin-vcms-0016-slim-visa-cooler-
_JM#position=38&type=item&tracking_id=3b7bdf30-4cdc-4ec2-95a8-6d2fdff425e2. Acesso
em: 20 set. 2020

[62] MERCADO LIVRE, MERCADO LIVRE. Forçador Evaporador Elgin Fxbe 031. [S.
l.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1584708890-forcador-
evaporador-elgin-fxbe-031-_JM#position=2&type=item&tracking_id=4e1d5250-3014-4eee-
bbb3-aae0c43457b2&gid=1&pid=1. Acesso em: 20 set. 2020

[63] MERCADO LIVRE. Forçador Evaporador Elgin Fxbe 039. [S. l.], 2020. Disponível
em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1517556145-forcador-evaporador-elgin-fxbe-
039-_JM#position=2&type=item&tracking_id=969d88d5-ef8c-4c00-92d3-15a9f9ea4c56.
Acesso em: 20 set. 2020

[64] MERCADO LIVRE. Câmara Fria Gallant 2x2 Congelado Piso Cond Danf 220v Mono.
[S. l.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1259522855-cmara-
fria-gallant-2x2-congelado-piso-cond-danf-220v-
mono_JM#position=1&type=item&tracking_id=27c5efd8-e34e-4bfa-b708-f6d1681f0a25.
Acesso em: 20 set. 2020.

[65] MERCADO LIVRE. Câmara Fria Gallant 2x2 Piso Pain Cond Elgin 220v mono. [S.
l.], 2020. Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1075402927-cmara-fria-
gallant-2x2-piso-pain-cond-elgin-220v-mono
_JM#position=11&type=item&tracking_id=6f5f05df-6309-4ab0-943a-c464993e73b2. Acesso
em: 20 set. 2020.

[66] Segurança e saúde do trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e


derivados. 18 abr. 2013. Disponível em:
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr36.htm. Acesso em: 20 set. 2020
54

APÊNDICE

A rotina de cálculos foi repassada para o um programa no Python, utilizando a IDLE


Pycharm onde os dados de entrada foram divididos em quatro tabelas e a partir das
considerações de projeto podemos obter o valor de carga térmica total do projeto.

Apêndice 1 – Dados de entrada.

Fonte – Preparado pelos autores (2020).

Apêndice 2 – Dados de entrada

Fonte – Preparado pelos autores (2020).


55

A rotina conta com mais de 460 linhas de código, assim sendo, a equipe optou por
apresentar uma parte do código e upar o arquivo completo em formato txt no link abaixo:
https://docs.google.com/document/d/1Jee1kGbUl8i-Kd3xtmh0NYscr4Br9HXTQ6gWZ0e-
Wls/edit?usp=sharing
56

ANEXOS

Anexo 1 – Modelo de evaporador ELGIN FXBE 039.

Fonte – ELGIN (2020).

Anexo 2 – Modelo de evaporador ELGIN FXBE 031.

Fonte – ELGIN (2020).

Anexo 3 – Modelo de evaporador ELGIN FXBE 031.

Fonte – ELGIN (2020).


57

Anexo 4 – Unidade condensadora modelo 45USMB4900TV que será utilizada.

Fonte – ELGIN (2020).

Anexo 5 – Unidade condensadora modelo UCB 4300 que será utilizada.

Fonte – ELGIN (2020).

Você também pode gostar