POR OXFORD PORCELANAS

Ano 02 • Edição 04
Inverno 2015
coletivamag.com.br

IGOR
Rickli
Considerado um dos novos talentos da
televisão brasileira, o ator revela detalhes
de sua carreira na TV e no teatro. Ele ainda
compartilha as experiências de ser pai e
morar em uma casa no meio da floresta
2 COLETIVA MAG
OXFORD PORCELANAS 3
4 COLETIVA MAG
 C A RTA AO L EI TO R

M
Muito se ouve falar sobre a necessidade de economia dos
recursos naturais e a pergunta que surge é: o que estamos fa-
zendo efetivamente para isso? Essa responsabilidade não cabe
somente aos governos, ela deve ser compartilhada com empresas
e nós, cidadãos. Reduzir, reutilizar e reciclar, estas três palavras
definem o que é sustentabilidade.
1. Reduzir! Nós também podemos dar atenção especial à redu-
ção da quantidade de recursos não renováveis que consumimos.
Reduzir a fatura de energia elétrica ou de água não é, muitas
vezes, representativa do ponto de vista financeiro, mas pode
ser decisiva para o meio ambiente. No intuito de conscientizar seus colaboradores, a
Oxford Porcelanas instituiu um programa de premiação para aqueles que reduzem sua
conta de energia elétrica em casa. Outra ação interessante diz respeito ao desperdício
de alimentos no refeitório: ao final da refeição, o colaborador recebe uma pontuação
quando devolve o prato vazio, sem sobras.
2. Reutilizar! Use algo repetidamente antes de direcioná-lo para a reciclagem ou jogá-lo
fora. O reuso é uma ótima maneira de estender a vida útil dos objetos e economizar
recursos naturais. Leve sua sacola de pano ao supermercado em vez de utilizar sacola
de plástico. Dentro da empresa, incentivamos o uso de copos de cerâmica ou xícaras
de porcelana, substituindo assim os de plástico; em muitos casos também imprimimos
nos dois lados do papel, frente e verso. Estes são pequenos exemplos do que podemos
fazer no nosso dia a dia.
3. Reciclar! Transforme algo velho em algo novo. Por este processo, materiais que
seriam destinados ao lixo permanente podem ser reaproveitados. É um termo que tem
sido cada vez mais utilizado como alerta para a importância da preservação dos recur-
sos naturais e do meio ambiente.
Nesta edição da Coletiva Mag mostramos como a Oxford Porcelanas aplicou esses
conceitos de sustentabilidade no desenvolvimento de uma nova massa cerâmica. Você
confere tudo na matéria sobre inovação, no final da revista.
Novamente preparamos uma edição bem variada, recheada de matérias interessan-
tes, com destaque para a entrevista com o ator Igor Rickli, um novo talento que se
revela. Para quem gosta de viajar e comer bem, um gostoso roteiro gastronômico por
Bolonha, na Itália, e Belém do Pará, no norte do Brasil. A arte fica por conta do perfil
de Erica Mizutani e de sua obra criativa e colorida. Tudo isso e muito mais preparado
especialmente para você.

Boa Leitura!

IRINEU WEIHERMANN
Diretor Superintendente

OXFORD PORCELANAS 5
 EXPEDIENTE

QUER RECEBER A REVISTA?

CADASTRE-SE EM
WWW.COLETIVAMAG.COM.BR

A Coletiva Mag é uma publicação da

Oxford Porcelanas, editada pela Bespoke Content.
Esta revista não pode ser comercializada.

Capa: Igor Rickli, por Bruno Ryfer

GERENTE DE MARKETING Zaira da Silva

COORDENADORA DE MARKETING Claudineia Basilio

MÍDIAS SOCIAIS Bruno Grossl

DIREÇÃO GERAL Rafaela Wiele Anton

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO João Ricardo Zattar

EDITORA Andréa Fischer

REPORTAGEM Camile Magalhães

Elida Hack Ruivo
Francine Mirele da Silva
Gabriela Morateli
Karina Borguesan
Natália Trentini

FOTOGRAFIA Bruno Ryfer

Karla Rudnick
Raphael Günther
Dollar Photo Club

REVISÃO Thábata Mattar Ferraz

AGRADECIMENTOS Cíntia Kessler

IMPRESSÃO Gráfica Coan

TIRAGEM 15.000 exemplares

FALE CONOSCO contato@bespokecontent.com.br

6 COLETIVA MAG
 Colaboradores
LIA PASOLD
Produtora e decoradora, é
especialista em festas. Com um
apurado senso estético, cria
ambientes surpreendentemente
mágicos. Nesta edição, assina a
produção do clube da luluzinha
(Especial Receber).
BRUNO RYFER
Fotógrafo de casamentos e curio-
so desde que se entende por gen-
te, Bruno pensa que fotografando
com o coração é possível colocar
em imagens o sentimento mais
sincero das pessoas. Na missão de
descobrir e registrar os mundos
particulares de cada um, faz do
ofício a maior aventura.
CARLA LEMOS
Criadora do Modices, um dos
mais influentes blogs de moda
do Brasil, é reconhecida pelo seu
estilo super autêntico. Cursou as
faculdades de moda e publicidade,
foi stylist de globais e há sete anos
virou blogueira para falar de moda
de um jeito mais leve e divertido.
Assina a coluna “Tendências” da
Coletiva Mag.
ZANE CHIODINI
Desde criança adorava ficar
com a mãe e a avó no meio da
cozinha, ajudando a fazer
docinhos caseiros e pão para
assar em forno a lenha. Cresceu,
formou-se em Gastronomia e
hoje tem um restaurante, onde
cria suas próprias receitas, sempre
procurando o lado saudável dos
alimentos. É dela a reprodução
das receitas que ilustram a matéria
de Gastronomia.
RAPHAEL GÜNTHER
Tem suas principais inspirações no
fotojornalismo e na fotografia do-
cumental, onde vê as raízes da fo-
tografia como comunicação social
na sociedade moderna. Acredita
na publicidade realista e verdadei-
ra, que busca encantar e não iludir.
Algumas das belíssimas fotos desta
edição são de sua autoria.
KARLA RUDNICK
Farmacêutica por formação,
sempre admirou a fotografia. A
vontade de fotografar cresceu
quando virou mãe e rendeu não
só belos retratos da família, mas
virou sua profissão. Apaixonada
pelo que faz e pelo som do
obturador, foi ela que clicou as
imagens da matéria de Inovação
desta edição.
OXFORD PORCELANAS 7
 Sumário

20
CAPA
O ator Igor Rickli abre
o coração em uma
entrevista descontraída
e bem-humorada. Além
de falar sobre seus
principais trabalhos na
TV e no teatro, conta
como está sendo a
experiência de ser pai de
primeira viagem e revela
detalhes sobre a reforma
da casa abandonada no
meio da mata

8 COLETIVA MAG
10 ONLINE
Fotos e posts que foram
destaque nas redes sociais
da Oxford Porcelanas
12 EXPERIMENTE
A maior exposição já
dedicada a Miró e outros
programas culturais incríveis
14 NÃO VIVO SEM
A chef Manu Buffara abre a
sua despensa e conta o que
sempre tem por lá
16 INSPIRAÇÃO
Uma vitrine repleta de objetos
que expressam o amor pelos
pets. E ainda a delicadeza das
estampas maxiflorais
26 ESPECIAL RECEBER
Dicas para um café da
tarde perfeito entre amigas
regado a boa conversa
e muitas guloseimas
34 DO IT YOURSELF
Aprenda a fazer
aromatizadores de ambientes
com ingredientes naturais,
como frutas e ervas
40 VIAGEM
Turismo gastronômico:
os inesquecíveis sabores e
aromas de Belém do Pará
e Bolonha
46 GASTRONOMIA
Os chefs Vinicius Figueira
e André Vasconcelos revelam
os pratos que marcaram
sua infância
50 PERFIL
Erica Mizutani: a artista
plástica e ilustradora
paulista que vem causando
com seus criativos
e coloridos desenhos
54 TENDÊNCIAS
Chega de sofrer com o
salto alto! Os tênis estão
super na moda
56 COMPORTAMENTO
Reciclando com arte:
apaixone-se pelas bijoux
ecologicamente corretas de
Léo Begin e Raphael Fagiolo
58 BOA FORMA
Tudo sobre treinamento
funcional, a nova sensação
das academias
62 DECORAÇÃO
Uma árvore na sala? E que
tal uma horta na cozinha?
Projetos ousados que levam a
natureza para dentro de casa
68 INOVAÇÃO
Oxford Porcelanas
desenvolve massa cerâmica
sustentável que poupa
recursos naturais
70 FIM DE PAPO
Versátil e charmoso, o
ramequim é um curinga na
cozinha, servindo diversos
pratos e acompanhamentos
OXFORD PORCELANAS 9
 ONLINE

PARA COMER
COM OS OLHOS!
Uma comida conquista não apenas pelo sabor, mas por um conjunto de fatores que
inclui o cheiro e a aparência. É por isso que os chefs têm se aperfeiçoado tanto na apresentação
de seus pratos, afinal, a primeira impressão é a que fica. Mas muitos se esquecem que há
algo tão importante quanto a qualidade do que se cozinha: a decoração da mesa. É nela
que os convidados irão permanecer durante um bom tempo antes do cardápio ser servido.
Por isso a importância dela estar adequada à ocasião (mais descontraída, formal, romântica
etc.), da escolha da louça e dos talheres à toalha e demais elementos decorativos, como
vasos e guardanapos. Nesta edição selecionamos algumas fotos compartilhadas com a
#oxfordporcelanas que mostram um pouco desse universo de possibilidades e combinações.

@lardocecasa @criscbonomo
DESIGN PARA TODOS
Ver o mundo através do olhar
criativo da equipe de design
da Oxford Porcelanas. Essa
é a proposta do perfil
@oxfordesign. Acompanhe as
postagens e surpreenda-se.

@leticiacooking @maecasei

@oxfordporcelanas @oxfordporcelana

/oxfordporcelanas /oxfordporcelana

@mesaadami

10 COLETIVA MAG
Fotos: Divulgação/Internet

Receita
do leitor
Os drinks são uma boa forma de receber em
casa. A receita desta edição é do
@hindrigolorran, que ensina a fazer uma
limonada diferente unindo suco de morango
SABOR RUSSO
com limão siciliano. Além de saborosa, é super
Você sabe quais são os pratos
colorida. Seus convidados vão amar!
mais famosos na Rússia? A Oxford
Porcelanas publicou um post em
seu blog que conta tudo sobre
a gastronomia deste enigmático
país.Na foto, o Khachapuri, prato
muito apreciado pelos russos. A
iguaria teve origem na Geórgia,
que até o início da década de
1990, integrava a União Soviética
junto a Rússia.

PINK LEMONADE

Ingredientes

1 xícara de suco de limão siciliano

1 xícara de morangos frescos
4 colheres de sopa de açúcar
FLOR DE PAPEL (pode ser substituído por adoçante)
Seguindo a tendência do Do 6 cubos de gelo
it yourself (Faça você mesmo), 1 litro de água gelada
esse post mostra um passo a 1 ramo de hortelã
passo para você fazer um anel Rodelas de limão siciliano para decorar
de guardanapo em forma de
flor. A peça fica linda e pode ter Modo de Preparo
outros usos, decorando a casa
de forma original e criativa. Coloque o suco de limão em uma jarra e em
seguida acrescente a polpa de morango, batida
no liquidificador ou processador com um
pouco de água. Adicione a água gelada e adoce
com o açúcar. Acrescente os cubos de gelo e
Confira estes e outros posts acessando:
o ramo de hortelã. Para um toque de charme,
WWW.OXFORDPORCELANAS.COM.BR/BLOG
sirva na Garrafa de Água da Oxford Crystal e
acrescente algumas rodelas de limão siciliano.

OXFORD PORCELANAS 11
 EXPERIMENTE

GÊNIO DA PINTURA
O Brasil está tendo o privilégio de receber a maior exposição já dedicada a Joan Miró, talentoso pintor
e escultor espanhol que protagonizou as artes no século passado. São 112 obras, entre pinturas, esculturas,
desenhos, gravuras, objetos e fotografias pertencentes à Fundação Joan Miró, de Barcelona, e a coleções
particulares. A exposição está dividida em três blocos cronológicos que coincidem com momentos vitais
do artista: anos 30 e 40, na época da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial; anos 50 e
60, com destaque para as esculturas; e anos 70. Apenas duas cidades brasileiras estão programadas para
receber a mostra: em São Paulo ela fica em cartaz até 16 de agosto, na sede do Instituto Tomie Ohtake; e em
Florianópolis de 10 de setembro a 14 de novembro, no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC).
www.masc.sc.gov.br • www.institutotomieohtake.org.br

Cinema
HOMENAGEM A MARTIN SCORSESE
A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo é o
evento cinematográfico mais esperado pelos paulistanos
e um dos festivais de cinema mais importantes do país. O
evento reúne um grande número de filmes, com destaque
para os lançamentos nacionais e internacionais. Entre as
atrações da 39ª edição, que acontece de 22 de outubro a
4 de novembro, está a exibição de uma seleção de títulos
restaurados com financiamento da The Film Foundation
– organização sem fins lucrativos de Martin Scorsese – e
da World Cinema Project. A fundação coordenada pelo
cineasta norte-americano será homenageada pelos 25 anos
dedicados a preservar e proteger a história do cinema.
www.mostra.org

12 COLETIVA MAG
Fotos: Divulgação/Internet

Shows Internacionais
NOVEMBRO AO SOM DE ROCK´N´ROLL
Entre os shows internacionais mais esperados do ano no
Brasil está o da banda norte-americana Pearl Jam, que
passará por cinco cidades em novembro: Porto Alegre, na
Arena do Grêmio (11); São Paulo, no Estádio do Morumbi
(14); Brasília, no estádio nacional Mané Garrincha (17); Belo
Horizonte, no Mineirão (20); e Rio de Janeiro, no Maracanã
(22). Eles fazem parte da turnê do álbum “Lightning bolt”,
que também tem Chile, Argentina, México e Colômbia na
agenda da América Latina.
pearljam.com/tour

Festival Gastronômico
PETRÓPOLIS GOURMET
A culinária já é um forte atrativo turístico em diversas
cidades brasileiras, como Petrópolis (RJ), onde acontece
um dos mais importantes festivais gastronômicos do país,
o “Petrópolis Gourmet”. O evento, que este ano acontece
de 27 de novembro a 7 de dezembro, no centro histórico,
chega a 14ª edição com o tema “Do mar à serra”. Serão
56 restaurantes participantes, além de diversas atrações,
entre elas o Mercado Gourmet, onde os pratos e receitas
preferidos podem ser comprados pelos visitantes.
www.petropolisgourmet.com.br

Musical
A INESQUECÍVEL DIVA DA MÚSICA FRANCESA
Depois de emocionar a plateia com as apresentações realizadas em
março e maio no Brasil, “Piaf! O Show” retorna ao País em setembro.
Inspirado no filme vencedor do prêmio La Môme e grande sucesso em
todo o mundo, o espetáculo conta a incrível história de vida e carreira
da cantora francesa Edith Piaf através de suas canções de sucesso,
interpretadas pela voz da talentosa Anne Carrere. O show, que faz
parte da comemoração oficial do 100º aniversário de nascimento da
diva, leva o público a uma viagem pelas ruas de Montmartre dos anos
1930 e revive um dos seus concertos mais famosos, realizado nos
anos 1960 em Olympia, a mais antiga casa de espetáculos musicais
de Paris. Tudo isso no clima de “La Vie en Rose” e outros sucessos da
cantora. A turnê brasileira acontece de 5 a 19 de novembro e já tem
shows confirmados em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. A
agenda completa pode ser conferida no site oficial do espetáculo.
www.piaf-lespectacle.com

OXFORD PORCELANAS 13
 NÃO VIVO SEM

De
volta
às
origens
Alimentos frescos e
regionais não podem
faltar na despensa de
Manu Buffara, a brasileira
que é apaixonada pelos
produtos de sua terra

POR NATÁLIA TRENTINI

Foto: Rodolpho Pajuaba Photography

14 COLETIVA MAG
 1

Apontada como um dos principais nomes da nova geração da gas-

tronomia brasileira, a chef paranaense Manu Buffara integra a culinária
contemporânea ao garimpo de produtos locais para a construção de sua
identidade. No seu restaurante, o Manu Alma Gastronomia, localizado
em Curitiba, a jovem expoente se concentra em ressaltar o valor dos
alimentos frescos e o respeito ao que a terra oferece. Não existe cardápio
fixo, os pratos são baseados no que é encontrado de melhor naquele dia.
A dedicação em incorporar esse simples conceito de trabalhar com in-
gredientes comuns e tipicamente brasileiros, aliado a técnicas aprendidas
em grandes restaurantes internacionais, já lhe rendeu vários prêmios.
De uma cozinha em constante movimento, Manu elegeu os ingredientes
que servem de base para seus pratos e aqueles itens sem os quais ela não
consegue viver sem, a maioria deles vindos diretamente da horta que
ela mantém em sua chácara, dos produtores que encontra no caminho,
de feiras e comerciantes locais.
4

1 2 3 4 5

CERVEJA ARTESANAL LEITE FRESCO FEIJÃO CAFÉ FAZENDA ARROZ BRANCO

Gosto de valorizar as Uma senhora, que Não tenho um tipo de CALIFÓRNIA É um ingrediente bem
cervejarias locais, como tem quatro vacas, feijão preferido. Para Experimentei recen- básico, que comemos
a Bodebrown e a Way fornece leite para o mim, o tempero é o que temente esse café todos os dias. Preparo
Beer. Não gosto das meu restaurante. O importa. Não dá para Califórnia, produzido em tanto em casa quanto
muito fortes, prefiro as melhor leite é o que deixar muito aguado e é uma fazenda no interior no restaurante para as
IPA (Indian Pale Ale) e vem direto da vaca. importante que o gosto do Paraná, e achei muito refeições do staff, e da
APA (American Pale Ale). Acho que sinto isso do feijão fique bem bom, com uma acidez maneira mais comum
O que me chama atenção porque cresci na acentuado. Normalmente bem acentuada. Estou possível. Apenas uma
nelas são as notas fazenda. Com ele refogo alho e cebola e sempre explorando boa cebola dourada
cítricas, de ervas e de produzimos leite de gosto de utilizar coentro. outras fazendas, também e um bom tempo de
café. Tem que ser o mais coco, doce de leite, utilizo muito os cafés de cozimento para ficar
artesanal possível. bala de coco e várias Minas Gerais. Adoro um bem empapado, que
outras receitas. café coado ou mesmo nem arroz de vó.
um expresso.

OXFORD PORCELANAS 15
 INSPIR AÇÃO

PAIXÃO
ANIMAL
Chegar em casa e ser recepcionado pelo seu melhor amigo faz
você se esquecer dos problemas e do cansaço. O rabo abanando,
o latido ou o enrosco nas pernas seguido de um miado baixinho,
demonstrações de afeto que revelam a existência de um sentimento
puro e verdadeiro. Que amor é esse que une pessoas e animais?
A paixão pelos pets inspira a criação de uma grande variedade de
produtos com essa temática. Eles retratam o que há de melhor nessa
relação: alegria, diversão e companheirismo. Selecionamos alguns
objetos que você vai querer ter!
POR ELIDA HACK RUIVO
Foto: Carpintaria Estúdio

As canecas Tulipa, da Oxford Porcelanas, têm design prático

e divertidas decorações que homenageiam os cães e seus
donos. Os desenhos rodeiam toda a peça, criando diferentes
perspectivas dependendo do ângulo em que são vistos

16 COLETIVA MAG
Fotos: Divulgação/Internet

De cerâmica, o Adorno
Cão, da Westwing, conta
com um acabamento
impecável e confere a
Criada pelo designer
qualquer ambiente um
e artista plástico
toque de charme
Javier Mariscal, a
linha de almofadas
Beautiful Dogs é
irreverente e divertida

Da Tok&Stok, o pegador
de panela Bigmouth é
feito em silicone e suporta
altas temperaturas, sem
contar que deixa qualquer
O pôster “Gato cozinha mais alegre
Sardinha”, do
designer Rogério
Campos para a
Oppa, é uma ótima
opção para decorar
e presentear

OXFORD PORCELANAS 17
 INSPIR AÇÃO

FEMINILIDADE
À FLOR DA PELE
Tendência no mundo da moda, os
maxiflorais são muito utilizados na
decoração de interiores. Essa proposta
cria ambientes mais românticos e
delicados. Papéis de parede, almofadas,
toalhas ou mesmo cortinas com
flores em grandes proporções dão
um toque especial ao lar. Arranjos de
flores naturais ou artificiais também
enriquecem os espaços. Quando o
assunto é se vestir, escolha uma peça
com estampa maxifloral e combine
com outra básica para evitar o exagero,
pois ela cria volume. Que tal conhecer
algumas inspirações para introduzir essa
ideia na sua vida?
POR ELIDA HACK RUIVO

Foto: Carpintaria Estúdio

A Oxford se inspirou na natureza para criar a Linha

Shift Florata, assinada pelo designer egípcio Karim
Rashid. As enormes flores em tom azul dão um toque
de sofisticação e delicadeza à louça branca

18 COLETIVA MAG
Fotos: Divulgação/Internet

A coleção Frida, da Buddemeyer,

é ideal para aquecer os dias de
temperaturas amenas, além de trazer
um charme todo especial para o quarto

O conjunto de porta-copos
Amazing, da Etna, traz à mesa
praticidade e segurança, sem
abrir mão do estilo

As almofadas da
Westwing, feitas
em poliéster,
resultam em um
mix de cores
e estampas
que conferem
um toque de
delicadeza
ao ambiente

A cúpula para
abajur da linha
Floral Heather,
da Etna, é feita
em tecido 100%
algodão e
superfeminina

OXFORD PORCELANAS 19
 CAPA

20 COLETIVA MAG
 Beleza
de talento
O paranaense Igor Rickli vem provando que é
mais que um homem bonito. Além do sucesso
de seus últimos personagens na TV, sua atuação
no teatro vem rendendo elogios

POR FRANCINE MIRELE DA SILVA FOTOS BRUNO RYFER

OXFORD PORCELANAS 21
L
CAPA
Lindo, loiro e com olhos profundamente azuis. Não bas-
tasse uma beleza digna de provocar suspiros, Igor Rickli, 31
anos, ainda nasceu cheio de talento. Adora trabalhos ma-
nuais, canta, toca piano. Profissionalmente, transita entre
o teatro, o cinema e a televisão. “Sempre fui artista. Gosto
de arte e vivo fazendo aquilo que amo“, afirma.
Embora considere os palcos a sua casa, foi na televisão que
ganhou visibilidade, com a interpretação do arrogante Al-
berto, casado com Ester (Grazi Massafera) e vilão da novela
Flor do Caribe (2013), da Rede Globo. Este ano, foi convi-
dado para uma participação na novela Alto Astral. Ao lado
de Cláudia Raia, interpretou um sedutor rei árabe, digno
de enlouquecer as fãs. Mas o galã global já esta acostumado
com o assédio: “costumo me divertir com isso”, brinca.
E se a carreira vai bem, a vida pessoal não poderia estar me-
lhor. Ao lado da esposa Aline Wirley, 33 anos, cantora e ex-
-integrante do grupo Rouge, que ele carinhosamente chama
de “Pretinha”, Igor está curtindo as novidades trazidas pelo
filho Antônio, que nasceu em setembro de 2014. A chegada
do bebê “Caramelo“, que recebeu esse apelido dos pais por
causa dos olhos esverdeados e do cabelo loiro e crespinho,
mudou a vida e a rotina do casal, que está junto desde 2010.
Embora já morassem juntos, o casamento oficial aconte-
ceu em maio e foi uma surpresa para a noiva. Igor e o ator
e amigo Rafael Cardoso surpreenderam suas mulheres
com um casamento civil na casa deste, no Rio de Janeiro,
com direito a altar improvisado, véus e gravatas borboleta.
Aline e Mariana Bridi, esposa de Rafael, acharam que es-
tavam em um churrasco entre amigos, quando no meio da
festa entrou uma juíza de paz e celebrou a união dos casais.
“Respeito a ordem natural do momento e foi a hora de ofi-
cializar o que já era consagrado para nós”, conta Igor.
Para viver uma vida tranquila e que os aproximasse da
natureza e espiritualidade que buscam, o casal escolheu um
lugar encantador para viver. A casa fica em meio a Floresta
da Tijuca, no Rio de Janeiro, e esta história começou como
uma aventura. Quando compraram o imóvel, ele estava
abandonado há mais de 15 anos, as janelas e portas haviam
sido roubadas, não havia sequer energia elétrica. A reforma
durou bastante tempo e grande parte dela foi feita pelo pró-
prio casal, que é completamente apaixonado pelo local. Nas
horas vagas, dá para brincar com os cachorros, relaxar no
jardim de casa ou curtir o som do piano, tocado pelo ator.
Nesta entrevista exclusiva para a Coletiva Mag, Igor fala
mais sobre a experiência de ser pai, a construção do lar e as
emoções vividas em sua carreira.
22 COLETIVA MAG
“
SER PAI ESTÁ SENDO A
EXPERIÊNCIA MAIS PRAZEROSA
DA VIDA. COM MENOS DE
UM ANO O ANTÔNIO JÁ ME
ENSINOU MUITAS COISAS,
COMO A IMPORTÂNCIA DO
AMADURECIMENTO E A TER
MAIS PACIÊNCIA
Como está sendo a experiência de ser pai?
A mais prazerosa de todas na vida! Ser pai é o máximo!
Com menos de um ano o Antônio já me ensinou muitas coi-
sas, como a importância do amadurecimento e a ter mais
paciência. Muita paciência (risos).
Você sempre falou em ter mais filhos e até em adoção. Essas
ideias permanecem depois da chegada do Antônio?
Sem dúvida. Os planos de ter a casa cheia continuam.
Tem conseguido passar bastante tempo com ele?
Graças a Deus sim. A vida me deu uma trégua nesse mo-
mento pra poder curtir muito o nosso “Caramelo”.
Você e sua esposa Aline escolheram uma casa na Tijuca, no
Rio de Janeiro, para formar sua família. Como transforma-
ram o imóvel abandonado em um lar?
Foi com amor e dedicação. Trabalhando juntos e sempre com
muita alegria. Nós fizemos a reforma sozinhos e está ficando
a nossa cara, embora tenha muitas coisas que ainda quero
fazer. É o nosso santuário. Nosso objetivo era ficar perto da
floresta e aqui estamos. A natureza nos ensina tanta coisa.
Aqui nos sentimos realmente conectados ao universo.
E como imagina a sua casa daqui a alguns anos?
Com muitos lagos, flores e pequenos templos pra meditação.
Também não poderá faltar uma casa na árvore para o Antônio.
Muitos homens tem se aventurado na cozinha atualmente.
Você costuma cozinhar para a Aline?
Não! Eu só ajudo meu irmão, que gosta de cozinhar, mas
não tenho nenhuma vocação para a cozinha (risos).
Você nasceu em Ponta Grossa. Quais são as heranças que
carrega de sua vida no Paraná?
Aprendi muitos valores crescendo no Paraná, princi-
palmente por conta da família que Deus me deu, como a
simplicidade, a nobreza de espírito e a dignidade.
OXFORD PORCELANAS 23
 CAPA

“
É O NOSSO
SANTUÁRIO.
NOSSO OBJETIVO
ERA FICAR PERTO
DA FLORESTA E
AQUI ESTAMOS. A
NATUREZA NOS
ENSINA TANTA
COISA. AQUI
NOS SENTIMOS
REALMENTE
CONECTADOS AO
UNIVERSO
Sobre a casa na Barra da Tijuca
(RJ) onde mora com a esposa
Aline e o filho Antônio

24 COLETIVA MAG

O que mais gosta de fazer nas horas vagas?
De inventar coisas novas, estar com amigos, conversar
sobre a vida e espiritualidade.
Você escolheu o Rio de Janeiro para viver. Qual seu lugar
preferido na cidade maravilhosa?
Minha casa! Sem dúvida.
Você figura entre os galãs globais. O que faz para manter a
forma? É vaidoso?
Já fui muito mais vaidoso do que sou agora. Hoje, procuro
cuidar da alimentação e me exercitar diariamente. Busco
apenas ter um corpo limpo por dentro e me sentir bem ao
me olhar no espelho.
Em sua participação na recente novela Alto Astral você
interpretou um sedutor rei árabe. Se considera um sedu-
tor assumido?
Não sou mais. Digamos que aprendi a pauladas que “és
eternamente responsável por aquilo que cativas” (risos).
Seu trabalho como o vilão Alberto, em Flor do Caribe, foi o
que lhe deu mais visibilidade. Como foi ser antagonista em
uma novela da Globo?
Foi muito difícil lidar com o Alberto, em todos os sentidos.
Fui jogado de cara como antagonista da Globo, e isso foi
algo muito forte, teve seus tropeços. O que importa é que
no final das contas foi uma experiência fantástica.
Este também foi o trabalho que mais te emocionou?
Não. Foi interpretar Jesus, tanto na peça Paixão de Cris-
to de Nova Jerusalém quanto em Jesus Cristo Superstar,
da Broadway.
A carreira de Igor Rickli como
ator despontou depois que ele
viveu o vilão Alberto na novela
Flor do Caribe, em 2013
Como se sentiu interpretando o personagem espiritual
mais importante da história da humanidade?
Fiquei fascinado. Me senti muito honrado e com um rojão
pra segurar! Mas foi o máximo. Acho que foi o personagem
que mais me alegrou em fazer até agora.
Você tem trabalhos na TV, no cinema e no teatro. Onde se
sente mais “em casa”?
Em casa mesmo é no palco. Às vezes chego antes de todo o
elenco pra ficar deitado sozinho no palco. É uma sensação
única. Sinto como se estivesse quase que voltando para o
útero (risos).
No teatro, você ficou nu na peça “Hair”. Se sentiu cons-
trangido ou foi algo natural e tranquilo?
Fiquei no início, mas depois desencanei.
Você e a Aline são embaixadores no Brasil do projeto de
desenvolvimento social “Aldeias infantis”, que promove
ações para garantir o direito de crianças e adolescentes. O
que mais admiram nesse projeto?
Ele é a nossa cara e está muito alinhado com a nossa linha
de raciocínio, de cuidar do fortalecimento das famílias e
crianças e não simplesmente fazer assistencialismo.
Qual a coisa mais radical que já fez ou tem vontade de fazer?
Quero muito um dia parar de comer carne!
Você tem uma tatuagem com os dizeres Veni, vidi, vici
(vim, vi, venci). Já se considera um vencedor?
Sim, me sinto vencedor e merecedor de tudo o que tenho.
Acredito que cada um colhe aquilo que plantou. É por isso
que procuro colocar sementes boas por aí.
OXFORD PORCELANAS 25
 ESPECIAL RECEBER

CLUBE DA
luluzinha
Conversar via Whatsapp e Facebook facilita o
contato diário, é verdade, mas não substitui o
olho no olho. Modernidades e tecnologias à
parte, os encontros reais são a melhor forma
de cultivar e reforçar os laços de amizade.
Que tal preparar um super café da tarde para
receber as amigas em sua casa?

POR FRANCINE MIRELE DA SILVA PRODUÇÃO LIA PASOLD FOTOS RAPHAEL GÜNTHER

Para acomodar apenas quatro pessoas, as melhores amigas, era

necessário criar um ambiente confortável e que proporcionasse conversas
sem barreiras, por isso, praticamente tudo foi servido à mesa

26 COLETIVA MAG
 As antigas toalhinhas de crochê ganharam releitura e aparecem na
mesa fazendo sucesso como jogo americano. Na composição, o prato
inferior serve de sousplat, já que não será utilizado.

OXFORD PORCELANAS 27
 ESPECIAL RECEBER

Pães de queijo, empadas, quiches, torradas, cupcakes, docinhos etc. São muitas as opções
de comidas para servir em um café entre amigas. Os suportes de três andares podem ajudar
a acomodar as variedades, otimizando o espaço e conferindo mais elegância

P Pense em um sinônimo para a palavra amizade. Afeto,

ternura, companheirismo, dedicação. Ao mesmo tempo
em que faltaria espaço para traduzi-la, nenhum sinônimo
seria capaz de completá-la. Por isso, há muito tempo Mário
Quintana a descreveu como “um amor que nunca morre”.
Ele já sabia que o essencial é eterno.
Vivemos a explosão das relações virtuais, onde os encon-
tros são diários e instantâneos, mas superficiais. Assim, é
preciso dar atenção aos verdadeiros encontros da vida, ao
toque, ao olhar, ao bate-papo, tão importantes para forta-
lecer as mais puras relações.
As mulheres quando são amigas, costumam ser inseparáveis,
já que muitas vezes apenas uma mulher compreende a outra.
Por isso, nada melhor que os famosos “clubes da luluzinha”
para garantir a celebração de momentos alegres, únicos e espe-
ciais. Seja um encontro com poucas ou com muitas, ele sempre
promete um bate-papo intermitente, e muitas vezes simultâ-
neo! Na pauta, vale o que vier: conselhos, desabafos, família,
trabalho, e quase tudo acaba regado a muita, mas muita risada.
Para receber as amigas, a sensibilidade da anfitriã é im-
prescindível, demonstrando seu amor pelas convidadas,
por meio do cuidado com os detalhes, do cardápio, da mú-
sica, da ambientação. Exercitando a criatividade, é possível
aproveitar muita coisa que se tem em casa.
As convidadas também podem contribuir com o encontro,
levando quitutes feitos por elas – que vão adorar receber
elogios! –, um playlist exclusivo e até fotos antigas, que
trarão a recordação dos bons momentos da vida.
Para o Especial Receber desta edição, a produtora e deco-
radora Lia Pasold criou um ambiente emocional: feminino,
aconchegante e que transborda carinho e atenção com as
convidadas. Sinta-se abraçada!

28 COLETIVA MAG
 RECEBENDO COM CONFORTO

Para quem pensa que no clube da luluzinha sempre

cabe mais um, é bom ter atenção aos preparativos.
É importante acomodar todas as convidadas com
conforto, já que esse tipo de encontro costuma durar
bastante tempo. O ideal é manter a mesa posta,
demonstrando cuidado e elegância. Os lugares, por
exemplo, podem estar marcados com plaquinhas de
identificação com o nome da convidada em algum
dos quitutes. Para servir mais pessoas, o ideal é seguir
o sistema de buffet, com uma mesa de apoio.

Presente em vários tons, o rosa

resgata o universo feminino,
dosado com o verde e suas nuances
e detalhes em azul, em uma
harmoniosa combinação de flores

OXFORD PORCELANAS 29
 ESPECIAL RECEBER

1 2

1. Por se tratar de um café muito íntimo, foram escolhidas porções individuais para cada convidada,
como os bolinhos, dispostos em redomas de vidro 2. Os lugares à mesa foram personalizados,
montados com diferentes composições, intercalando pratos, xícaras e até os guardanapos em cores
variadas 3. Alguns chás são saborosos, coloridos e possuem um aroma capaz de se espalhar pelo
ambiente. O limão siciliano, por exemplo, além de contribuir com o sabor da bebida, dá um toque de
beleza único. Os detalhes em dourado das louças conferem elegância à mesa.

30 COLETIVA MAG
Mesmo em um encontro
para poucas pessoas, é
ideal ter variedade de
opções para apreciar,
seja no recheio dos
quitutes, em diferentes
patês ou chás. Para não
ocupar muito espaço,
eles podem ser servidos
em ramequins, bowls ou
até em taças no estilo
Maria Antonieta, que
são baixas e largas

TOQUE DE SOFISTICAÇÃO

Sempre de olho nas tendências,

a Oxford Porcelanas resgatou um
clássico do universo das bebidas:
as taças estilo vintage, também
conhecidas como Maria Antonieta.
Extravagante e apaixonada por
champanhe, conta-se que esta
rainha francesa do século XVIII
mandou fazer taças com o molde
dos seus seios para que a corte
brindasse em sua honra. Até a
década de 1960, era comum beber
champanhe nessa taça, também
chamada de coupe. E o jeito de
servir era bem interessante: o
garçom montava uma pirâmide
e começava a despejar a bebida
na taça do topo, para que ela
escorresse para as demais.

OXFORD PORCELANAS 31
 ESPECIAL RECEBER

FIQUE ATENTA
AO CARDÁPIO!

Na hora de escolher o
cardápio, a sugestão
é prestar atenção em
alguns detalhes, como as
preferências do grupo e se
há algum motivo especial
para o encontro. Neste caso,
o chá e o café podem ser
substituídos por espumante,
por exemplo. Os quitutes
servidos em temperatura
ambiente funcionam
bem em qualquer época
do ano, pois dispensam
cuidados especiais. Caso a
opção seja servir à mesa, é
melhor optar por porções
individuais em refratários
que ocupem pouco espaço.

Com criatividade, é possível montar cenários interessantes,

como este que, empilhando pratos e xícaras, serve de vaso
para os arranjos de flores e abrigo para os quitutes

32 COLETIVA MAG
1 2

1. A escolha do copo de cristal com lapidação se deu pela elegância de suas linhas delicadas
e femininas, mas que não roubam a cena dos demais utensílios utilizados, que variam em
materiais, cores e transparência 2 e 3. A mesa ganhou uma volumetria interessante, com as
diferentes alturas dos refratários, redomas, taças e arranjos, tomando o cuidado de deixar os
itens mais altos na cabeceira, para não bloquear a visão das convidadas.

OXFORD PORCELANAS 33
 DO IT YOUR SELF

Despertando
os sentidos
Além de deixar a
casa perfumada,
aromatizadores de
ambiente provocam
sensação de bem-
estar. Para fugir
dos tradicionais
industrializados, que
tal fazer um caseiro
combinando frutas,
ervas, especiarias e
essências naturais?

POR ELIDA HACK RUIVO

FOTOS RAPHAEL GÜNTHER

34 COLETIVA MAG
O
Os aromas são capazes de provocar emoções.
Há registros do uso de aromatizadores em diversas
culturas antigas. No Egito, por exemplo, certos
aromas eram utilizados na mumificação para
atrair o divino, afastar pragas e maus odores. A
civilização grega explorava os atributos curativos
dos óleos essenciais. Em casa, os aromatizadores
de ambiente ajudam a criar uma identidade pró-
pria e tornam os espaços mais acolhedores.
A bióloga e aromaterapeuta Sheila Medeiros
ensina a escolher o aroma perfeito. Segundo ela,
o curinga é a lavanda francesa, que vai bem em
qualquer ambiente. “Aposte nos cítricos no in-
verno, como o limão siciliano, e nos refrescantes
na primavera e no verão, como o hortelã”, indica.
Entre os óleos essenciais (extraídos das plantas),
Sheila destaca o uso de laranja doce para quartos
de bebês, capim-limão para locais de estudo e
canela para o quarto do casal.
Embora as propriedades terapêuticas não sejam
asseguradas com o uso de essências (obtidas de
forma sintética) ou de aromatizadores naturais,
VOCÊ VAI PRECISAR DE:
1. 3 limões sicilianos 2. 10 ramos de alecrim
3. Gotas de óleo essencial de baunilha (a gosto) 4. 650ml de água
1. Separe os ingredientes e corte
o limão siciliano em finas rodelas.
segundo afirma Sheila, os aromas exalados no ar
despertam várias sensações positivas: bem-estar,
limpeza, aconchego e muitas outras, dependendo
dos ingredientes escolhidos.
Uma desvantagem dos aromatizadores naturais
é a menor durabilidade, quando comparados aos
industrializados, mas existem algumas formas de
prolongá-la. Uma delas é colocando o recipiente
sobre a base de um aparelho de fondue de cerâ-
mica e aquecendo a mistura com uma vela. Isso
acontece porque o calor potencializa os aromas.
Desta forma, além de poder utilizar mais tempo,
fica super charmoso. Outra maneira é armazená-lo
na geladeira (dura cerca de duas semanas) ou até
congelar (por em média um mês) para utilizar em
uma ocasião futura.
Depois dessas dicas, é hora de colocar a mão na
massa e preparar o seu próprio difusor aromático.
A gente ensina você a fazer, de forma bem prática,
um aromatizador de ambientes 100% natural.
Uma boa forma de receber os amigos em casa,
transbordando carinho!
OXFORD PORCELANAS 35
 DO IT YOUR SELF

3 4

2. Coloque as rodelas de limão, o alecrim, o óleo essencial

de baunilha e a água em uma panela e aqueça ao ponto
de ebulição. Em seguida, diminua o fogo e deixe cozinhar
lentamente. Quanto mais tempo, mais aroma será exalado.
3. Com a ajuda de um garfo, ou de um pegador, acomode as
rodelas de limão e os ramos de alecrim no recipiente.
4. Transfira todo o líquido da panela para o recipiente de sua
escolha e pronto! Agora é só acomodá-lo no ambiente de sua
preferência. Lembre-se que vidros de geleia e outros tipos de
potes podem servir como difusores. Use a sua criatividade!

36 COLETIVA MAG
MIL E UM AROMAS

As possibilidades são infinitas.

Teste as combinações que mais
lhe agradam! Aqui vão algumas
sugestões para você experimentar.
Refrescante: limão, tomilho,
hortelã e essência de menta
Amadeirado: ramos de pinheiro
ou cedro, louro e noz-moscada
Adocicado: grapefruit, gengibre
e essência de amêndoa
Aromático: laranja, canela,
cravo e anis

OXFORD PORCELANAS 37
38 COLETIVA MAG
OXFORD PORCELANAS 39
 VIAGEM

40 COLETIVA MAG
 Foto: Acervo Remanso do Bosque
JOIAS
culinárias
Turismo gastronômico desponta, oferecendo
roteiros especializados que proporcionam
experimentar os sabores e os aromas que
encantam chefs de todo o mundo

POR CAMILE MAGALHÃES

Tapioca na folha de
bananeira, uma das
muitas iguarias de Belém
do Pará, no Brasil. Na
página ao lado, vista aérea
de Bolonha, tesouro da
gastronomia italiana

OXFORD PORCELANAS 41
 VIAGEM

Foto: Diana Figueroa

Não são apenas as belas paisagens e a cultu-
ra que fazem a diferença na hora de decidir um
destino turístico. Aromas e sabores, cardápios e
temperos têm atraído cada vez mais visitantes e
popularizado o turismo gastronômico no Brasil
e no exterior. Esse crescimento do setor é com-
provado por números. A pesquisa de hábitos de
consumo do turismo brasileiro realizada pelo
Ministério do Turismo em 2009 apontou que a
gastronomia obteve a sexta melhor colocação,
com 5,8% das respostas dos clientes quanto ao
aspecto positivo de suas viagens, superando,
inclusive, os atributos de história, artes, museus e
estrutura de hospedagem. “Estes dados demons-
tram que a gastronomia passou a ter um papel de
destaque como motivador turístico dos diversos
destinos. A valorização bem como a criação de
roteiros e atrativos, como os festivais, tiveram um
papel fundamental nesta mudança. Cada vez mais
turistas motivam suas viagens pela atratividade
da culinária e isso permite concluir que o turismo
gastronômico está, sim, em crescimento”, analisa
o diretor executivo da Associação Brasileira de
Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Gerais,
Lucas Pêgo Oliveira Pereira.
Outra pesquisa sobre a demanda turística rea-
lizada pela Secretaria de Estado de Turismo de
Minas Gerais, em 2014, aponta que a gastronomia
exerce um fundamental papel no turismo do
estado. Estes dados, inclusive, foram precursores
de uma política pública de apoio à gastronomia
que resultou na criação da Frente da Gastrono-
mia Mineira e na adoção do selo de identidade
turística “O estado da gastronomia”. “Os núme-
ros obtidos em Minas provavelmente refletem
a realidade dos estados brasileiros que têm a
gastronomia com alto índice de competitivida-
de”, afirma Lucas.
Atualmente, são várias as opções de saborosos
roteiros. Existem rotas já criadas com esta fina-
lidade e agências de turismo especializadas em
gastronomia que realizam viagens customizadas,
podendo até ter o acompanhamento de um chef.
A Coletiva Mag escolheu dois destinos, um no Bra-
sil e outro na Itália, que são de dar água na boca.
A riqueza culinária de Belém do Pará
Quem se interessa por turismo gastronômico no Brasil não
pode deixar de visitar Belém, que conta com uma extensa
lista de sabores únicos. Para Joanna Martins, administra-
dora e responsável pelo marketing do renomado restauran-
te Lá em Casa, a capital do Pará é o destino mais interes-
sante do país no quesito viagem gastronômica. “A cidade
tem uma diversidade de ingredientes e produtos única no
Brasil. Possuímos excelentes restaurantes que trabalham
essa riqueza; o Ver-o-Peso, maior mercado da América La-
tina; e o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, um dos
maiores do Brasil. Contamos ainda com uma cultura gas-
tronômica muito rica, que faz parte do dia a dia da popu-
lação. Talvez o único ponto que precisamos trabalhar seja
a formação de guias turísticos especializados no assunto,
para melhor receber”, analisa.
Maria Capai, produtora de conteúdo gastronômico e cria-
dora do blog DigaMaria, já visitou e se apaixonou pelo que
experimentou em Belém. Para ela, o Mercado Ver-o-Peso
é imperdível. A imensa feira livre às margens da baía do
Guajará reúne centenas de barracas de frutas, peixes,
ervas medicinais, temperos, doces, essências e artesanato.
“É um lugar para passear sem pressa, descobrir os sabores
e pedir uma provinha. As bancas das farinhas são um
prato cheio para os curiosos. Ache um vendedor sorridente
e pergunte o processo de produção e as características de
cada uma delas”, diz.

42 COLETIVA MAG

A Estação das Docas, ao lado do Mercado, é outra para-
da obrigatória. “É um lugar para contemplar a paisagem,
experimentar os muitos sabores de sorvete da Cairu e fazer
uma refeição no restaurante Lá em Casa. Para quem não
conhece nada do Pará, recomendo o Menu do Paraense e o
Corridinho de Peixe para ter um panorama geral da gastro-
nomia local”, sugere Maria.
A cantora e blogueira Mariana Belém é outra fã da gastro-
nomia e do lugar. “Adoro almoçar no Capone ou tomar um
delicioso sorvete vendo o lindo pôr do sol. A Amazon Beer
oferece cerveja de açaí e outras coisas da terra, ideal para o
calor de Belém”, destaca.
Quem passar por Belém também pode conhecer a produ-
ção local de farinha, tucupi, açaí ou chocolate do Combu,
este produzido na ilha de mesmo nome. “Chega-se de
barco. Vale o passeio na plantação de cacau da Nena, onde
é possível agendar um café da manhã tipicamente paraen-
se, conhecer sua produção de chocolate e comprar muito
brigadeiro de colher e bombom de cupuaçu”, recomenda
Maria. Izete dos Santos Costa, a Nena, produz um chocolate
tão simples e refinado que despertou o desejo de renoma-
dos chefs de cozinha. Moradora da ilha, a produtora foi
descoberta pelo paraense Thiago Castanho, do restaurante
Remanso do Bosque, e hoje suas barrinhas de chocolate
embaladas na folha do cacaueiro, brigadeiros e nibs rom-
peram as fronteiras do estado e abastecem o cardápio do
premiado D.O.M., do chef Alex Atala.
O Pará e o Amazonas são os maiores produtores
de açaí. Em Belém, além dos tradicionais
suco e tigela, é possível experimentar outras
preparações, como a cerveja de açaí. Na
página ao lado, filhote (peixe de água doce
da região amazônica) assado servido com
macaxeira (mandioca) cozida e salada de feijão
manteiguinha, uma das especialidades do
restaurante Remanso do Bosque
EMBAIXADOR DA COZINHA AMAZÔNICA
Você sabe quem foi Paulo Martins? Chef já falecido,
reconhecido como o pai da cozinha moderna bra-
sileira, foi quem iniciou o movimento de valorização
da gastronomia tradicional da Amazônia há mais de
30 anos. Proprietário do restaurante Lá em Casa, ele
trocou a arquitetura pela cozinha ao assumir o res-
taurante da mãe, dona Anna Maria, em 1978. Todos os
anos, Martins promovia o festival Ver-o-Peso da Cozi-
nha Paraense no famoso mercado em Belém. O pro-
fundo conhecimento de ingredientes de sua terra fez
dele uma espécie de embaixador informal do Pará.
Foi ele quem apresentou os ingredientes amazônicos
a muitos chefs brasileiros e estrangeiros, entre eles
Alex Atala, de quem era amigo, e Ferran Adrià. Não
era raro ele despachar produtos paraenses atendendo
a pedidos de outros chefs pelo mundo.
RESTAURANTES IMPERDÍVEIS EM BELÉM
Lá em Casa
Av. Boulevard Castilho França, Estação das Docas
Saldosa Maloca - Ilha do Combu
Manjar das Garças
Rua Dr. Assis s/nº - Parque Ambiental Mangal das
Garças, Cidade Velha
Remanso do Bosque - Travessa Perebebuí, 2350
OXFORD PORCELANAS 43
 VIAGEM

Além de respirar cultura e história,

Bolonha dá um show de qualidade
em gastronomia. Entre as muitas
especialidades imperdíveis estão o
Tagliatelle al ragù (a verdadeira massa
típica da região) e a Mortadella Bologna

44 COLETIVA MAG
Bolonha, berço de cobiçadas iguarias
Impossível não se lembrar da Itália quando o assunto é
boa gastronomia. Bolonha, capital da província de Emi-
lia-Romagna, é uma cidade do norte do país com o dom
de encantar todo viajante, tanto é que em 2013 a revista
Forbes defendeu que o maior tesouro da cozinha italiana
fica exatamente nessa região. De acordo com a Secretaria
de Turismo da cidade, entre 2012 e 2013 houve um aumento
de 20% de turistas brasileiros por lá. Foram 9.356 visi-
tantes que puderam saborear a verdadeira massa típica da
região: o tagliatelle al ragù, carne com molho preparado
com pouquíssimo tomate e servido com uma pasta mais
larga. Isso mesmo, enganou-se quem pensou no spaghetti à
bolonhesa, que não existe por lá.
A empresária Regina Palanowski Király, diretora da Mistral
Operadora de Turismo, recomenda a região. “Vibrante, in-
dependente e lar de uma das universidades mais antigas da
Europa, Bolonha é um contraponto dinâmico para cidades
turísticas mais populares da Itália, como Roma e Veneza.
Localizada a aproximadamente 80 quilômetros de Floren-
ça, é famosa tanto por sua culinária quanto por sua política
exaltada de esquerda”, relata.
A denominação de origem da Mortadella Bologna é um dos
RESTAURANTES IMPERDÍVEIS
orgulhos da capital. Essa e outras maravilhas da região po- EM BOLONHA
dem ser encontradas no Mercato di Mezzo, no Mercato delle
Erbe e na filial bolonhesa do festejado Eataly. Aos sábados, Tamburini
e no verão também as quartas, cerca de 25 barraquinhas de É desde 1932 uma belíssima charcutaria. Lá se
encontra mortadela, salame rosa e parmesão,
produtores orgânicos formam os Mercati della Terra.
tudo de altíssima qualidade.
Regina lembra que as bancas das feiras são realmente imper-
díveis. “Estão repletas de aspargos e feijão-fava. As lojas es- Osteria del Sole
pecializadas vendem carnes curadas e as tavernas que servem Em funcionamento desde 1465, é a mais
massas frescas com o ragù oferecem motivos atraentes para antiga de Bolonha.
uma visita. E há as obras-primas da arquitetura, como a Igreja
Pappagallo
de Santo Estevão e as Due Torri (Duas Torres), as famosas Piaz-
Por lá já passaram Hitchcock e Sofia Loren
za Maggiore e Piazza del Nettuno, e a Piazza Cavour”, conta. e tantos outros que ficaram para a posteridade
Conhecedora da rota, Regina sugere um roteiro. “A partir nas paredes da casa. Uma boa pedida
de Milão, podemos começar por Parma, pois quem não é o gnocchetti alla carbonara com molho
quer conhecer de perto o queijo parmesão ou o presunto de de espargos.

Parma? São delicias típicas desta região”, lembra. Ela indica

seguir explorando o que há de melhor com uma visita à
Modena, terra natal de Pavarotti e do delicioso aceto balsâ-
mico, e a Maranello, cidade em que está instalada a Ferrari.
São aproximadamente 100 quilômetros de um verdadeiro
cinturão gastronômico.
Na região de Bolonha também são encontradas as famosas
trufas, farejadas por cães e apreciadas em todo o mundo.
Uova e Farina
Que tal uma aula gastronômica? Nesse lugar é
possível aprender a fazer pasta. Além das aulas,
pode-se almoçar ou levar a comida para casa.
La Torinese
Desde 1888 a casa faz os sorvetes mais
cobiçados de Bolonha.

OXFORD PORCELANAS 45
 GASTRONOMIA

46 COLETIVA MAG
SABOR DE
infância
É incrível como os gostos e cheiros de pratos que marcaram a época
em que éramos crianças vêm claramente à mente só de relembrá-los.
São memórias gustativas que nos remetem a um tempo que não volta
mais, mas que pode ser revivido através da comida

C
POR GABRIELA MORATELI FOTOS RAPHAEL GÜNTHER

Certas receitas são inesquecíveis e dão água na boca só FRANGO COM BATATAS DA VOVÓ
de lembrar. Aquele cheirinho de comida caseira da casa da
Ingredientes
mamãe, seja um belo almoço ou um pãozinho recém-saído
do forno, é capaz de trazer gostosas lembranças. A gastro-
1kg de coxa e sobrecoxa de frango
nomia tem esse poder. Podemos vivenciar momentos de 4 batatas médias
décadas atrás que nos trouxeram muito prazer e sacieda- 1/2 xícara de molho de tomate
de, a comida, os ingredientes utilizados, as companhias 2 cebolas
2 dentes de alho
em volta da mesa farta e todo o conjunto que envolve uma
1 colher (sopa) de azeite de oliva
receita de família.
1 pitada de pimenta preta moída
“Fui criado pela minha avó, dona Dilva, que já é falecida. Salsinha e sal a gosto
Durante toda a minha infância, quando morava com ela em
Cabo Frio (RJ), ela cozinhava frango com batatas”, lembra Modo de preparo
com carinho o chef Vinicius Figueira, do restaurante Canti-
1. Refogue o alho e a cebola no azeite.
na Du Vini, de Salvador (BA). E comenta detalhes da forma
Depois coloque o frango e deixe cozinhar.
como comia o prato. “Ela tinha um jeito especial de servir
2. Em seguida, acrescente o molho de tomate
para mim: amassava as batatas com um garfo, como se fosse e deixe no fogo por mais ou menos 20
um purezinho, e regava com o molho do frango. Eu mistu- minutos. Adicione as batatas, espere
rava com arroz e ficava uma delícia. Até hoje faço isso”. cozinhar e desligue.
3. Para finalizar, acrescente pimenta preta
André Vasconcelos, do Bistrô Muito Além do Jardim, de
moída e salsinha e sal a gosto.
Florianópolis (SC), também tem boas lembranças culinárias
de quando era menino. “Os anos se passaram, as festas mu- Sugestão de acompanhamento:
daram, a família se transformou e ele continua lá”, afirma, Arroz branco
referindo-se ao Bolo Luís Filipe. Ele relembra que ficava ao
lado da mãe ou da tia observando como o prato era prepara- Rendimento: Porção para três pessoas

do e esperando ansioso ficar pronto para saboreá-lo. O doce

era presença certa em todas as festas e até hoje é preparado
pelas mulheres da família e por André, em seu restaurante.
Vinicius e André compartilham com os leitores da Coletiva
Mag essas receitas que marcaram suas vidas!

OXFORD PORCELANAS 47
 GASTRONOMIA

BOLO LUÍS FILIPE

Ingredientes Modo de preparo

700g de açúcar 1. Misture o açúcar com a água e leve ao fogo até obter uma calda em
200ml de água ponto fino (105°C). Deixe esfriar.
100g de farinha de trigo 2. Misture as gemas e os ovos e passe por uma peneira. Leve a mistura dos
50g de queijo parmesão ovos, manteiga, farinha de trigo, leite de coco e queijo ao liquidificador e
ralado fino bata ligeiramente. Adicione essa mistura à calda fria.
200ml de leite de coco 3. Coloque a massa em uma forma com buraco no meio já untada com
30g de manteiga manteiga e polvilhada com açúcar.
6 gemas 4. Leve ao forno em fogo baixo (160°C) em banho-maria, com água
5 ovos fervente, durante aproximadamente 90 minutos, ou até estar totalmente
Manteiga para untar cozido (ao enfiar um palito de dente no bolo, ele deve sair limpo).
Açúcar para polvilhar 5. Deixe esfriar e desenforme.

48 COLETIVA MAG
A ORIGEM DO NOME

Esse bolo é uma homenagem

ao rei Luís Filipe I, que
governou a França quando
esse país dominava parte do
nordeste brasileiro, no século
XVIII. De origem cearense, a
família de André Vasconcelos
acabou conhecendo-a e
incorporando-a ao seu
caderno de receitas.

OXFORD PORCELANAS 49
 PERFIL

50 COLETIVA MAG
CRIATIVIDADE
multicolorida
A paulistana Erica Mizutani vem
conquistando fãs com suas ilustrações
alegres e vibrantes, formas inusitadas e traços
marcantes da pop art e da cultura japonesa

POR GABRIELA MORATELI

OXFORD PORCELANAS 51
 PERFIL
C Colorida, divertida, marcante e original.
Assim pode ser definida a obra da artista plástica
e ilustradora Erica Mizutani, 41 anos. Filha e neta
de artistas, ela criou uma identidade própria para
seus desenhos, um misto de pop art, art noveau,
com fortes influências dos grafismos orientais. As
paisagens dos locais onde morou, no Japão e no
Brasil, também estão presentes em suas cria-
ções. Seus desenhos estão em paredes, painéis,
fachadas e murais, alegrando espaços públicos e
privados, e também já ilustraram skates, revistas,
livros e até algumas coleções de bolsas para a grife
Saad e cartões para a Natura.
Desde pequena, as pinturas e ilustrações fizeram
parte de seu convívio. O pai era artista plástico e
tinha um atelier em casa, e o avô fazia esculturas
em madeira. “Quando criança, eu já gostava de
desenhar e meu pai sempre me incentivou”, conta
Erica. A veia artística não contagiou apenas ela:
seus dois irmãos são arquitetos e a irmã também é
artista plástica.
52 COLETIVA MAG
Fotos: Cauê Ito
Embora as pinturas
de Erica Mizutani
estejam nas ruas, ela
não se considera uma
grafiteira, pois utiliza
diversas plataformas e
técnicas para expressar
sua arte figurativa
Foi nas montanhas do Vale do Paraíba, região que
abrange os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro,
que Erica decidiu que queria viver de arte. Nascida
na capital paulista, ela morou em uma comunida-
de nesse recanto por quase cinco anos. “Comecei
a pintar em pedaços de madeira já pensando que
queria aquilo como minha profissão”, lembra.
Erica não terminou o curso de artes plásticas na
FAAP, e parece que nem foi preciso, pois o talento é
nato. Ela conta que ama tanto o que faz, que muitas
vezes oferece cursos de ilustração e criatividade
para sentir o efeito que a arte provoca nas pes-
soas. “É divertido, todos saem felizes das aulas”,
conta entusiasmada. Um de seus projetos futuros é
aprender mais sobre arteterapia, que utiliza ativi-
dades artísticas como procedimento terapêutico.
Um de seus maiores ídolos é o gravurista russo
Marc Chagall, falecido em 1985 e considerado um
dos maiores pintores do século XX. As principais
características de suas obras são os traços mar-
cantes e muitas cores, assim como as de Erica.
EXPOSIÇÕES

Erica Mizutani já expôs em diversos lugares,

entre eles Casa das Caldeiras, Casa Cor
Santa Catarina, Urban Arts, A Casa Branca,
A7MA Galeria, entre outros.
Para quem quiser conferir de perto o
trabalho da artista, a próxima exposição
está programada para dezembro, na Galeria
Tag, no centro de São Paulo (SP). O local
é um dos principais espaços para quem
produz arte urbana no Brasil.

Confundidas muitas vezes com o grafite, as

pinturas de Erica são autodenominadas “murais
de parede”. “Tudo o que é em parede as pessoas
chamam de grafite, que para mim é um estilo
de vida”, afirma. Ela explica que sua arte, assim
como o grafite, é figurativa, pois representa for-
mas que as pessoas reconhecem, porém ressalta
que os grafiteiros pintam nas ruas quase que
100% de seus trabalhos, diferente dela, que utiliza
diversas plataformas, como parede, tela e papel, e
técnicas de pintura acrílica e aquarela.

Admiração pela arte japonesa

Para Erica, o importante é não seguir tendências e
sim transmitir e despertar sentimentos. Sua obra
é leve, moderna, colorida e repleta de simbolo-
gias, que ilustram principalmente elementos da
natureza, como a arte japonesa, da qual é fã: “é
simples e intensa”, destaca.
Filha de uma brasileira com um japonês, ela se diz
apaixonada pelos atuais artistas nipônicos que es-
tão conquistando o mercado da arte e design, em
especial Yoshimoto Nara, Aya Takano e Takashi
Murakami.
A paixão pela cultura do Japão tem outro motivo:
“Eles são exemplo de educação quando pensam
no coletivo”, diz. Exemplo este que Erica aplica
quando está trabalhando em murais nas ruas de
grandes cidades. Ela garante que tem espaço para
todos, sem preconceitos. “O mercado está cres-
cendo, abrindo assim portas para os diversos tipos
de artistas”.
UM ENORME MURAL NA GIGANTE SÃO PAULO
O maior mural que Erica Mizutani já pintou tem 30
metros de comprimento e 6 metros de altura e está
localizado nos muros da entrada do Sesc Pinheiros,
em São Paulo (SP). A obra faz parte do projeto
“Verticalistas”, que por meio da ressignificação dos
espaços de convívio propõe trazer um olhar sobre
a cidade, suas tramas e as questões resultantes
da expansão desordenada. O objetivo é estimular
uma reflexão sobre o viver em áreas densamente
populosas e verticalizadas.
O mural apresenta formas e personagens coloridos
como parte de um microcosmo fantástico. Com
influência oriental, elementos da pop art e do art
noveau, florais e geométricos intrincados compõem
um jardim povoado por seres e plantas que remetem
a sonhos e fantasias.

OXFORD PORCELANAS 53
 TENDÊNCIAS
ABAIXO O
SALTO ALTO
Versátil e confortável, o tênis ganha
lugar de destaque na moda, compondo
com looks modernos e despojados até
os mais clássicos e sofisticados
POR CARLA LEMOS
Você deve se lembrar do
fenômeno dos tênis de salto que
rolou há uns três anos. Do dia
pra noite todas as lojas começa-
ram a oferecer modelos inspi-
rados no da estilista francesa
Isabel Marant. Eles eram tão
confortáveis e traziam um ar tão
cool pro look que se tornaram
sucesso imediato entre bloguei-
ras e garotas descoladas por todo
o mundo. A fama desse tênis foi
efêmera, mas suficiente pra des-
pertar o mundo sobre a prefe-
rência das mulheres por sapatos
mais confortáveis pra encarar a
correria da vida pós-moderna.
Os estilistas entenderam o
recado. Especialmente Karl
Lagerfeld, que causou no des-
file de Alta Costura da Chanel
ano passado, quando colocou
tênis (todo de rendas e tules)
na passarela compondo looks
glamurosíssimos. Isso fez muita
gente (eu, inclusive) repensar o
jeito de usar tênis. Se durante
décadas o tênis foi considerado
símbolo de rebeldia, agora ele
54 COLETIVA MAG
se tornou um rejuvenescedor de
looks, deixando o visual mais
moderno e atual.
Se você super se identifica com
essa tendência, mas não sabe
por onde começar, vou dar
umas dicas pra te ajudar a esco-
lher o modelo de tênis que mais
combina com seu estilo (assim
vai ser mais fácil combinar com
seus looks).
Se você é fã de sapatilhas e
rasteirinhas, prefira modelos
delicados como o Keds, Superga
ou o Riva, da Osklen.
Se você é fã de botas e sapatos
mais fechados, vai curtir os
modelos mais esportivos como
o Air Max ou Superstar (os tênis
do momento).
Se você é fã de tênis, larga aque-
le basiquinho de couro e se joga
num modelo mais moderninho!
Foto: Acervo pessoal/Internet
A partir daí, é só colocar aquele
capricho especial no look com
um batom colorido, um pentea-
dinho especial ou um maxibrinco
incrível. No fim do dia, seus pés
vão agradecer a nova tendência.
 Jaqueta, t-shirt
e tênis Adidas
Originals e
short Farm

OXFORD PORCELANAS 55
 C O M P O RTA M EN TO

OS
REIS
DA
SUCATA
Apaixonados por acessórios,
os amigos Léo Begin e Raphael
Fagiolo criaram a Rust Miner,
marca que transforma o que iria
para o lixo em criativas bijoux

POR GABRIELA MORATELI

A NOVA GERAÇÃO DE BRASILEIROS

Acesse www.anovageracao.art.br e conheça outras
iniciativas como as de Léo Begin e Raphael Fagiolo.
Eles e outros brasileiros ousados e criativos estão no portal
desenvolvido pela Oxford Porcelanas para compartilhar com
o mundo o que de melhor está sendo produzidos no País.
Conheça, participe, compartilhe, dê sua opinião!

56 COLETIVA MAG
Fotos: Michael Arafat/Pavio Foto e Acervo pessoal
Oficinas de bicicleta, antiquários, ferros-velhos,
mercados de pulgas. Esses são os lugares perfeitos para o
artista plástico Léo Begin, 35 anos, e o designer de moda
Raphael Fagiolo, 32 anos, encontrarem matérias-primas
para confeccionar os acessórios de sua marca, a Rust Miner,
que completou dois anos em junho. Eles utilizam a técnica
Upcycle, que diferente da reciclagem utiliza os materiais
na mesma forma em que foram descartados. Ou seja, para
esses artesãos sucata é artigo de luxo e se transforma em
colares, pulseiras, brincos e anéis cheios de personalidade.
“Nós gostávamos de acessórios diferentes, com caracte-
rísticas mais rústicas, mas não encontrávamos facilmente.
Então começamos a fazer nossas próprias peças, que no
início eram confeccionadas com aviamentos para bijute-
rias”, explica Léo. Ele conta que foi assim até que um dia
Raphael recortou o solado de um chinelo de borracha para
fazer um carimbo em formato de caveira para estampar
uma calça. “A caveira com as marcas de tinta deu um visual
tão incrível que depois virou um pingente para um colar”,
lembra o artista plástico.
Após utilizarem diversos materiais para criar os aces-
sórios, principalmente sucatas, eles descobriram outros
artistas que já trabalhavam com o mesmo tipo de técnica e
comercializavam seus produtos. Foi um incentivo para os
dois criarem a sua própria marca. “Contamos para alguns
amigos a nossa vontade de começar a tornar aquilo que era
para uso pessoal em algo que pudesse ser comercializado.
O apoio e motivação deles foi fundamental para o projeto
ganhar forma, identidade e amadurecer”, relembra Léo.
Rústico refinado
O desafio foi criar algo novo e com uma estética caracterís-
tica que combinasse o refinado com o rústico. Os artesãos
começaram a receber doações de materiais de amigos e
admiradores de seus acessórios, que também enviavam
sugestões de modelos para as peças. “A identidade da Rust
Miner não foi criada só por nós, mas teve a participação de
muitas pessoas, e talvez seja isso que faz dela uma marca
tão pessoal”, afirma Raphael.
A marca é representada pelo símbolo de um lagarto, a
pogona, conhecido também como dragão-barbudo. As
escamas escuras que o animal possui em volta do pescoço
serviram de inspiração para Léo e Raphael criarem um
colar, uma das peças mais chamativas de seu portfólio.
Segundo os artistas, o conceito das peças não segue
tendências da moda, mas é possível perceber algumas
influências, como a cultura medieval, presente no seriado
Game of Thrones; subgêneros da ficção científica, como no
filme A Invenção de Hugo Cabret; e o período pós-apoca-
líptico, retratado, por exemplo, em Mad Max. Atualmente,
o garimpo das peças, produção, comunicação e comerciali-
zação são feitos por eles.
Loja virtual
A Rust Miner tem pontos de venda em algumas cidades de
Santa Catarina, mas seu principal meio de comercialização
é a loja virtual (www.rustminer.com), que atende todo o
país. Em breve, os produtos também serão vendidos online
para o exterior.
OXFORD PORCELANAS 57
 BOA FORMA

58 COLETIVA MAG
 ACADEMIA
da vida real Treinamento funcional simula os movimentos
exigidos pelo corpo no dia a dia, em aulas
que tonificam músculos e melhoram o
condicionamento físico e disposição

POR CAMILE MAGALHÃES

V
Você se estica para pegar um objeto em cima
do armário ou se agacha para recolher algo no
chão e logo em seguida sente o corpo travado
ou que algo saiu do lugar? Casos como estes são
comuns, mas podem ser evitados com a consci-
ência corporal e resistência conquistados com a
cada vez mais conhecida ginástica funcional. De
acordo com especialistas, ela torna mais eficientes
funções do corpo como equilíbrio, flexibilidade,
potência, coordenação motora, agilidade e força.
Tudo através de movimentos que são naturais,
como empurrar, puxar, agachar, girar e lançar.
“É um treinamento físico sem o uso de atalhos
como máquinas de musculação, esteiras ou
bicicletas. Dependemos das funções articula-
res, da mobilidade e da estabilidade. Em perfeita
harmonia, nenhuma parte do corpo é estimulada
mais do que outra. Tudo é trabalhado em conjun-
to, como uma orquestra”, explica Fabio Rocha,
educador físico da GAFF Studio, um dos maiores
do país especializado em treinamento funcional e
com franquias em sete estados.
A ginástica funcional chegou para ocupar um
nicho de mercado voltado para o público que quer
fugir da monotonia das academias convencionais
e dos exercícios repetitivos da musculação, por
exemplo. No treinamento funcional a musculatura
é exigida nos movimentos do cotidiano ou de um
esporte específico.
Para todas as idades
Para o especialista Fabio Rocha, não existe con-
traindicação para iniciar o treinamento funcional.
“Tenho alunos de nove até 68 anos. Treinar três
vez por semana é o suficiente para manter uma
rotina eficiente. Como qualquer outra atividade
física, é preciso fazer uma consulta médica e um
check-up preventivo antes de começar”, alerta.
O ator Eduardo Nagle e o surfista de ondas gigantes
Pedro Scooby são alguns dos famosos adeptos do
treinamento que faz perder, em média, de 500 a
700 calorias, dependendo do nível do aluno e da in-
tensidade. Mas muitos anônimos também vêm ado-
tando o treinamento funcional para manter corpo e

OXFORD PORCELANAS 59
 BOA FORMA
mente em forma. É o caso do advogado Guilherme
Silva Martins, 32 anos, praticante da modalidade
desde fevereiro. “Com os exercícios funcionais
me sinto desafiado e curioso no que estará por vir.
Estou menos ansioso, mais disposto e com um con-
dicionamento físico muito melhor”, revela.
Thiago Leão Vendramini, 36 anos, aderiu aos
exercícios funcionais em dezembro do ano pas-
sado. O psicólogo conta que sentiu uma grande di-
ferença em comparação aos treinos das academias
convencionais que, para ele, são muito repetitivos
e engessados. “Sempre saía com a sensação de
não ter trabalhado o corpo adequadamente. O
treinamento funcional é muito mais dinâmico e os
resultados mais rápidos”, afirma.
A psicóloga e coordenadora de pesquisa suíça Inês
Hungerbuehler, 33 anos, sempre praticou ativida-
des físicas e faz ginástica funcional há oito meses.
“Ela é mais abrangente que outras atividades. É
corrida, musculação, dança e yoga em um treino
só. Percebi um aumento na disposição física e
mental, uma maior consciência corporal e vonta-
de de experimentar novos movimentos e expandir
o horizonte do corpo e da mente”, explica.
Benefícios para o corpo e a mente
Além da tonificação muscular, o treinamento
funcional implica numa maior complexidade do
movimento e no envolvimento de várias capaci-
dades físicas. Traz contribuições como a melhora
da flexibilidade, emagrecimento, otimização da
coordenação motora, ganho de equilíbrio e con-
dicionamento cardiorrespiratório. “O bem-estar
é o nosso objetivo. Os treinos reduzem as dores
articulares e lesões compensatórias. Os exercícios
personalizados aumentam o condicionamento
físico esportivo e o fortalecimento neuromuscu-
lar porque o músculo não funciona sem o sistema
nervoso”, salienta o educador físico Fabio Rocha.
Em alguns exercícios do treinamento funcional a
carga de trabalho é exercida pelo próprio peso do
corpo somado ao equilíbrio. Ele também pode ser re-
alizado com acessórios e equipamentos específicos,
como a bola suíça, o cinto de tração, a medicine ball,
o bosu, o mini trampolim, a theraband e os cones.
60 COLETIVA MAG
“
A GINÁSTICA FUNCIONAL É MAIS
ABRANGENTE QUE OUTRAS
ATIVIDADES. É CORRIDA,
MUSCULAÇÃO, DANÇA E YOGA
EM UM TREINO SÓ. PERCEBI UM
AUMENTO NA DISPOSIÇÃO FÍSICA
E MENTAL E UMA UMA MAIOR
CONSCIÊNCIA CORPORAL
Inês Hungerbuehler, 33 anos, faz
treinamento funcional há oito meses
Variações do treinamento funcional
O treinamento funcional possui algumas varia-
ções. Uma delas é o Crossfit, que surgiu na década
de 80 nos Estados Unidos através do treinador
Greg Glassman. As forças armadas americanas
começaram a usar essa técnica para melhorar o
condicionamento físico de seus combatentes, que
até hoje é a principal em muitas academias de
polícia e grupos de operação tática como a SWAT.
O programa é voltado para o ganho de condicio-
namento físico, com a utilização de exercícios
funcionais de alta intensidade e constantemente
variados. Os treinos normalmente têm duração
de uma hora, divididos em aquecimento, parte
técnica e o WOD (Workout of the day), ou seja,
treino do dia. Utilizam basicamente exercícios de
ginástica olímpica, levantamento de peso olímpi-
co e exercícios cardiorrespiratórios, como correr,
pular corda, nadar e remar.
Outra variação bem difundida utiliza um equipa-
mento chamado TRX (Suspension Training). Ele
trabalha os músculos de forma integrada e em três
dimensões, usando como base o Core – centro do
corpo onde ficam localizados os principais mús-
culos responsáveis pela postura. Uma vantagem do
TRX é que o equipamento pode ser transportado
para outros locais. É possível posicioná-lo em qual-
quer lugar onde haja um ponto de ancoragem acima
da altura da cabeça e que possa suportar o peso.
COMO SURGIU?

Estudos apontam que o treinamento funcional surgiu há mais

de 50 anos nos Estados Unidos e na Europa. Teria começado
para a reabilitação, onde movimentos eram usados para
recuperar lesões e posturas inapropriadas, principalmente de
atletas. Posteriormente, foi incorporado às rotinas de treino,
melhorando a eficiência no esporte e como um preventivo
a novas lesões. A prática chegou ao Brasil somente a partir
de 1998, quando o professor Luciano D’ Elia, precursor da
modalidade por aqui, implantou um sistema de controle da
modalidade chamado CORE 360º.

OXFORD PORCELANAS 61
 DECOR AÇÃO

JARDIM
secreto
Paisagistas e arquitetos apostam no uso de plantas
em áreas internas para conectar os moradores
com o meio ambiente. Projetos incluem propostas
ousadas, como hortas na cozinha, aproveitamento
de árvores do terreno e jardins em banheiros

POR FRANCINE MIRELE DA SILVA

62 COLETIVA MAG
Projetada para moradores que tem com hobbie receber
visitas e cozinhar, esta área externa ficou tão aconchegante
que a família também acabou adotando o local para o seu
convívio diário. E não é para menos: o espaço conta com
churrasqueira, forno de pizza, ilha gourmet e até mesmo
uma horta, que foi trazida para dentro de casa.
A horta é uma das protagonistas desse espaço. Os tempe-
ros fresquinhos estão sempre à mão do cozinheiro da vez,
pois ela foi montada estrategicamente em frente à bancada
de manuseio de alimentos e ao lado da ilha gourmet, que
conta com cooktop, coifa e mesa de jantar.
Com quase 2m de comprimento, a horta tem a profundida-
de de um cachepô de cimento. Foi executada com madeira
de demolição e revestida com aço galvanizado, para não
enferrujar, além de ganhar gavetas para o recolhimento da
água, facilitando a manutenção. Abaixo dela, um armário
abriga os utensílios de jardinagem.
O teto sobre a horta é de vidro e revestido de bambu para
que claridade necessária chegue até ela.
Os temperos e ervas exalam um gostoso aroma por todo
o ambiente, que aguça ainda mais o paladar. Tem alecrim,
manjericão, hortelã, tomilho, salsinha, cebolinha, pimentas
e muitos outros, que vão da horta direto para a mesa.
Projeto: Ana Yoshida
Foto: Luís Simione
OXFORD PORCELANAS 63
 DECOR AÇÃO
G Grandes jardins ao redor da casa, jardins
de inverno, cidades arborizadas. Quem nasceu
antes da década de 90 se acostumou com essas
paisagens por onde fosse. Com o crescimento
das cidades, a diminuição dos lotes residenciais
e a explosão do mercado imobiliário de aparta-
mentos, as paisagens naturais foram tornando-
se escassas. Tanto que nos últimos cinco anos
coube a arquitetos, paisagistas e à indústria
do segmento fazer um esforço para resgatar a
natureza e trazê-la para dentro dos lares, como
um oásis particular. Um exemplo são as samam-
baias, queridinhas dos jardins na década de 80,
mas que foram esquecidas e agora dominam
principalmente as paredes, por conta de seu
poder ornamental.
Mesmo nos apartamentos, cada vez menores,
a falta de espaço não é desculpa para deixar a
natureza do lado de fora. “Atualmente, temos
muitas soluções, como os jardins verticais (de
64 COLETIVA MAG
parede), jardins feitos apenas em vasos ou caixas
de madeira em pequenas sacadas, e até vasos
aéreos, que não ocupam espaço algum”, explica a
paisagista Maike Mohr. Nem a falta de tempo pode
ser desculpa, já que isso pode ser resolvido com
sistemas de irrigação de simples instalação e que
são acionados conforme uma programação.
As plantas mais indicadas
Com uma flora tão rica como a brasileira, pode ser
difícil escolher quais espécies adotar. Em ambien-
tes internos é preciso optar pelas plantas adeptas
da sombra ou meia sombra. “Também é melhor
escolher as que não soltem folhas facilmente e
que tenham crescimento lento, como Licuala,
Dracena, Pau d’água, Ficus Lyrata, Zamioculcas,
Ciclantus”, sugere o arquiteto paisagista Eduardo
Soares. “É preciso respeitar as necessidades das
plantas, como luminosidade, irrigação e substrato
adequado”, afirma.
Pouco convencional, o projeto de Andrea Teixeira e Fernanda Negrelli
trouxe um jardim vertical para o banheiro de 12m². Com vidros na
parede e em parte do teto, o espaço se integra à paisagem e ao skyline
da cidade, juntamente com as plantas externas.
Em um painel de madeira de demolição, com irrigação automatizada,
foram fixadas várias espécies de samambaias – Renda Francesa, Dalas,
Azul Crespa e Americana –, em composição com Ripsális, todas
pendentes, para dar mais volume. Nos jardins verticais, a dimensão
dos painéis e das plantas precisa estar de acordo com a proporção do
ambiente. No caso de um banheiro menor, poderiam ser utilizados
quadros vivos menores, com plantas como Ripsális.
Para manter as plantas no banheiro, foi necessário obter iluminação
natural com o uso dos vidros, ventilação permanente e um projeto
hidráulico para o escoamento da água. Tudo para facilitar a
manutenção da vegetação.

Projeto: Andrea Teixeira, Fernanda Negrelli e Leda Jafet

Foto: Salvador Cordaro

OXFORD PORCELANAS 65
 DECOR AÇÃO

66 COLETIVA MAG
A vedete desse projeto é uma árvore: uma mangueira
de várias décadas. A locação da casa no terreno foi
definida por ela, em torno da qual foi construída uma
bela residência para um jovem casal e uma criança, numa
perfeita harmonia arquitetura-homem-natureza.
A casa foi projetada para que a árvore estivesse exatamente
no centro da sala, com uma abertura de 3m de diâmetro da
laje e posicionada em frente à sala de jantar, criando uma
clara demarcação entre este ambiente e a sala de estar. O
muro de pedra divide a casa em suas áreas: social e íntima.
Além de bem-estar e beleza estética, a árvore agregou
outras vantagens à construção, como sombra e
ventilação. As salas não precisam de ar-condicionado:
com as portas abertas, o vão da laje que envolve a árvore
funciona como um exaustor, renovando constantemente
o ar dos ambientes.
Na área social, a família recebe as visitas, relaxa e faz as
refeições em volta da árvore. O piso de peroba e o muro
de pedra madeira, que começa na área externa e continua
na área interna, conectam a casa ainda mais à natureza. O
mobiliário assinado por Marcus Ferreira, Flávio Carvalho e
Sergio Rodrigues confere um ar de sofisticação aos espaços.

Projeto: Alessandro Sartore

Foto: MCA Estúdio

OXFORD PORCELANAS 67
 INOVAÇÃO

TECNOLOGIA
CONSCIENTE
Oxford Porcelanas desenvolveu uma massa
cerâmica que reaproveita totalmente os
resíduos descartados no processo produtivo.
Fruto de muita pesquisa, a invenção diminuiu
o consumo de minerais, energia e água, com
reflexos positivos no valor final de suas louças

POR KARINA BORGUESAN FOTOS KARLA RUDNICK

A massa cerâmica
sustentável entra na
produção de todas as
linhas de canecas e xícaras
da Oxford Porcelanas

68 COLETIVA MAG
Há tempos que o conceito de sustentabili-
dade saiu do papel - papel reciclado, diga-se de
passagem. Hoje, as empresas mais vanguardistas já
sabem que ser sustentável é mais do que reciclar. É
reutilizar, poupar matérias-primas, evitar desper-
dício de água, energia e outros recursos naturais
e dar um descarte correto aos resíduos. A Oxford
Porcelanas, que tem a sustentabilidade como filo-
sofia de trabalho, encontrou na inovação uma ma-
neira de cooperar ainda mais com o meio ambiente
e de reduzir custos. A empresa desenvolveu uma
massa cerâmica sustentável feita com os resíduos
cerâmicos coletados ao longo de todos os processos
produtivos que acontecem na área industrial.
Apesar de já descartar esses resíduos cerâmicos de
maneira legal, seguindo as premissas da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, a Oxford viu nessa
situação uma oportunidade de inovar e economi-
zar recursos. “Já era uma prática o reaproveita-
mento das sobras de todas as massas que produzi-
mos, mas percebemos que era possível fazer ainda
mais”, afirma Solney Schraiber, gerente técnico.
O projeto de desenvolvimento da massa cerâmica
sustentável faz parte de um pacote de investi-
mentos em pesquisa e inovação no valor total
de R$ 8 milhões, com financiamento do FINEP. Múltiplos benefícios
Foram feitas muitas pesquisas e testes até o início A utilização da massa cerâmica sustentável trouxe
da implantação na produção, que começou em para a Oxford Porcelanas uma grande vantagem
abril de 2013. Atualmente, esta massa é utilizada competitiva. Além da redução do consumo de mi-
na produção de xícaras e canecas, mas os planos nerais virgens, energia e água, ela também dimi-
da empresa são ousados: “a partir do próximo nuiu consideravelmente a quantidade de resíduos
ano, com o início de operação da nova unidade de que iriam para descarte. O resultado: custos mais
produção no Espírito Santo, estenderemos para baixos de produção e, consequentemente, produ-
a produção de pratos e bowls de todas as nossas tos com preços menores para o consumidor final.
linhas de cerâmica”, destaca o diretor Antônio O valor do quilo da massa cerâmica sustentável é
Marcos Schroth. aproximadamente 18% mais barato se comparado
com o custo do quilo da tradicional.
Estética O desenvolvimento da massa cerâmica sustentá-
A massa cerâmica sustentável não altera nenhuma vel mostra que a sustentabilidade não precisa ser
característica técnica ou estética do produto final. um fim, mas deve ser um meio. E que o caminho
“Podemos garantir que não há diferenças porque para a sustentabilidade passa pela inovação e pela
os percentuais das matérias-primas são equali- criatividade. As oportunidades para inovar po-
zados de maneira que não ocorram variações”, dem estar em vários lugares, até mesmo em uma
ressalta o gerente técnico Solney. porção de resíduos que seria descartada.

OXFORD PORCELANAS 69
 FIM DE PAPO

Foto: Carpintaria Estúdio

Must-have
na cozinha
Ele ganhou fama servindo o Crème Brûlée, um doce clássico da culinária francesa, e hoje
figura entre os queridinhos de várias cozinhas no mundo todo. O ramequim vem se popularizando
por suas qualidades, com destaque para a multifuncionalidade, podendo ser utilizado de diversas
formas. Escondidinhos, suflês, tortinhas, sobremesas, molhos, aperitivos, saladas e o que mais
sua criatividade permitir. Inspirada nessa tendência, a Oxford Porcelanas desenvolveu linhas
temáticas de ramequins, como essa para geleias, que dá um toque de charme à mesa do seu café.

70 COLETIVA MAG
 UM TOQUE
DE ALEGRIA
E CRIATIVIDADE
NO SEU DIA A DIA
OXFORD PORCELANAS 71