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EDIÇÕES DO SENADO FEDERAL

EDIÇÕES DO SENADO FEDERAL


......................

SENADO
FEDERAL
O Quilombo de Frechal é o resultado do
......................

A Intervenção Estrangeira trabalho de campo do antropólogo Roberto


Durante a Revolta de 1893. Joaquim
......................
Malighetti, professor da Universidade
SENADO de Milão-Bicocca, em uma comunidade
Nabuco estuda neste livro a participação FEDERAL
estrangeira na Revolta da Armada em
...................... brasileira de remanescentes de escravos,
.... denominada de “Quilombo de Frechal”.
1893. Monarquistas, os rebeldes lidera- As Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia Hugo Fabietti, no prefácio, escreve: “O
dos por Custódio de Melo e, mais tarde, podem ser consideradas um dos mais importantes teste- Quilombo de Frechal não é apenas um
com a adesão de Saldanha da Gama,
munhos da historicidade católica do Brasil. Porém, mais estudo particularizado que se dedica a
poderiam bombardear a cidade do Rio descobrir uma forma de identidade coletiva
de Janeiro. Floriano Peixoto solicita a do que isso, constituem as verdadeiras raízes do nosso or- . . . . . . . . .
numa comunidade de quilombolas em
ajuda de forças internacionais. Os re- denamento jurídico. Publicadas pela primeira vez no Brasil

Constituições Primeiras do
luta contra um latifundiário, com o fim
voltosos têm o auxílio, humanitário do Colônia, em 1707, foram republicadas uma única vez, em de ver reconhecidos seus direitos à terra. É

Arcebispado da Bahia
comandante do navio português Min- 1853 e são, finalmente, reeditadas agora, em 2007, por também um livro que, já ao se apresentar,
delo, Augusto de Castilhos. A opinião
pública, aos poucos, modifica o ponto
iniciativa do Conselho Editorial do Senado Federal. Constituições apresenta problemas metodológicos cruciais
para o estatuto científico das ciências

Primeiras
de vista, a partir dos artigos de Joaquim antropológicas”.
Nabuco, publicados na imprensa, em A sua dimensão transcende aos limites do universo
1895, e reunidos neste livro. É um
estudo de história diplomática e uma
análise que reverte o enfoque que, até
religioso, para se reafirmar como um documento cuja lei-
tura, embora restrita a poucos, torna-se, a partir de agora, do Arcebispado A bolicionismo, de Joaquim Nabuco, e
uma obra que se transformou num libe-
indispensável também a quem se propuser a conhecer sin-
então, vinham fazendo os críticos deste
fato histórico. gularidades jurídicas, políticas, administrativas, sociológi- da Bahia lo humanista, tem no autor pernambu-
cano uma análise que ainda permanece
cas, pedagógicas, filosóficas e antropológicas, entre outras, atual. Nela, ele estuda as causas, o caráter
da história do Brasil colonial a partir das praxes das paró- jurídico e o aspecto humanista, os fun-
quias e dos seminários, das abadias e até mesmo dos ainda damentos econômicos que sustentaram
hoje misteriosos aljubes da cidade da Bahia. a escravidão, a necessidade de aboli-la e
D. Sebastião apresenta as conseqüências que adviriam
Monteiro da de seu término. Livro escrito e publica-
Senador Antonio Carlos Magalhães D. Sebastião do em Londres, onde o autor amargou
Vide
Monteiro da Arcebispo um “desterro forçado”, O abolicionismo
Vide é obra necessária em qualquer biblioteca
Arcebispo de ciências humanas e serve para o en-
tendimento aprofundado da nossa His-
tória e compreensão do nosso processo
Edições do Edições do civilizatório.
Senado Federal Senado Federal
Volume 79 Volume 79
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O Quilombo de Frechal é o resultado do
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A Intervenção Estrangeira trabalho de campo do antropólogo Roberto


Durante a Revolta de 1893. Joaquim
......................
Malighetti, professor da Universidade
SENADO de Milão-Bicocca, em uma comunidade
Nabuco estuda neste livro a participação FEDERAL
estrangeira na Revolta da Armada em
...................... brasileira de remanescentes de escravos,
.... denominada de “Quilombo de Frechal”.
1893. Monarquistas, os rebeldes lidera- As Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia Hugo Fabietti, no prefácio, escreve: “O
dos por Custódio de Melo e, mais tarde, podem ser consideradas um dos mais importantes teste- Quilombo de Frechal não é apenas um
com a adesão de Saldanha da Gama,
munhos da historicidade católica do Brasil. Porém, mais estudo particularizado que se dedica a
poderiam bombardear a cidade do Rio descobrir uma forma de identidade coletiva
de Janeiro. Floriano Peixoto solicita a do que isso, constituem as verdadeiras raízes do nosso or- . . . . . . . . .
numa comunidade de quilombolas em
ajuda de forças internacionais. Os re- denamento jurídico. Publicadas pela primeira vez no Brasil

Constituições Primeiras do
luta contra um latifundiário, com o fim
voltosos têm o auxílio, humanitário do Colônia, em 1707, foram republicadas uma única vez, em de ver reconhecidos seus direitos à terra. É

Arcebispado da Bahia
comandante do navio português Min- 1853 e são, finalmente, reeditadas agora, em 2007, por também um livro que, já ao se apresentar,
delo, Augusto de Castilhos. A opinião
pública, aos poucos, modifica o ponto
iniciativa do Conselho Editorial do Senado Federal. Constituições apresenta problemas metodológicos cruciais
para o estatuto científico das ciências

Primeiras
de vista, a partir dos artigos de Joaquim antropológicas”.
Nabuco, publicados na imprensa, em A sua dimensão transcende aos limites do universo
1895, e reunidos neste livro. É um
estudo de história diplomática e uma
análise que reverte o enfoque que, até
religioso, para se reafirmar como um documento cuja lei-
tura, embora restrita a poucos, torna-se, a partir de agora, do Arcebispado A bolicionismo, de Joaquim Nabuco, e
uma obra que se transformou num libe-
indispensável também a quem se propuser a conhecer sin-
então, vinham fazendo os críticos deste
fato histórico. gularidades jurídicas, políticas, administrativas, sociológi- da Bahia lo humanista, tem no autor pernambu-
cano uma análise que ainda permanece
cas, pedagógicas, filosóficas e antropológicas, entre outras, atual. Nela, ele estuda as causas, o caráter
da história do Brasil colonial a partir das praxes das paró- jurídico e o aspecto humanista, os fun-
quias e dos seminários, das abadias e até mesmo dos ainda damentos econômicos que sustentaram
hoje misteriosos aljubes da cidade da Bahia. a escravidão, a necessidade de aboli-la e
D. Sebastião apresenta as conseqüências que adviriam
Monteiro da de seu término. Livro escrito e publica-
Senador Antonio Carlos Magalhães D. Sebastião do em Londres, onde o autor amargou
Vide
Monteiro da Arcebispo um “desterro forçado”, O abolicionismo
Vide é obra necessária em qualquer biblioteca
Arcebispo de ciências humanas e serve para o en-
tendimento aprofundado da nossa His-
tória e compreensão do nosso processo
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Volume 79 Volume 79
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O Quilombo de Frechal é o resultado do
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A Intervenção Estrangeira trabalho de campo do antropólogo Roberto


Durante a Revolta de 1893. Joaquim
......................
Malighetti, professor da Universidade
SENADO de Milão-Bicocca, em uma comunidade
Nabuco estuda neste livro a participação FEDERAL
estrangeira na Revolta da Armada em
...................... brasileira de remanescentes de escravos,
.... denominada de “Quilombo de Frechal”.
1893. Monarquistas, os rebeldes lidera- As Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia Hugo Fabietti, no prefácio, escreve: “O
dos por Custódio de Melo e, mais tarde, podem ser consideradas um dos mais importantes teste- Quilombo de Frechal não é apenas um
com a adesão de Saldanha da Gama,
munhos da historicidade católica do Brasil. Porém, mais estudo particularizado que se dedica a
poderiam bombardear a cidade do Rio descobrir uma forma de identidade coletiva
de Janeiro. Floriano Peixoto solicita a do que isso, constituem as verdadeiras raízes do nosso or- . . . . . . . . .
numa comunidade de quilombolas em
ajuda de forças internacionais. Os re- denamento jurídico. Publicadas pela primeira vez no Brasil

Constituições Primeiras do
luta contra um latifundiário, com o fim
voltosos têm o auxílio, humanitário do Colônia, em 1707, foram republicadas uma única vez, em de ver reconhecidos seus direitos à terra. É

Arcebispado da Bahia
comandante do navio português Min- 1853 e são, finalmente, reeditadas agora, em 2007, por também um livro que, já ao se apresentar,
delo, Augusto de Castilhos. A opinião
pública, aos poucos, modifica o ponto
iniciativa do Conselho Editorial do Senado Federal. Constituições apresenta problemas metodológicos cruciais
para o estatuto científico das ciências

Primeiras
de vista, a partir dos artigos de Joaquim antropológicas”.
Nabuco, publicados na imprensa, em A sua dimensão transcende aos limites do universo
1895, e reunidos neste livro. É um
estudo de história diplomática e uma
análise que reverte o enfoque que, até
religioso, para se reafirmar como um documento cuja lei-
tura, embora restrita a poucos, torna-se, a partir de agora, do Arcebispado A bolicionismo, de Joaquim Nabuco, e
uma obra que se transformou num libe-
indispensável também a quem se propuser a conhecer sin-
então, vinham fazendo os críticos deste
fato histórico. gularidades jurídicas, políticas, administrativas, sociológi- da Bahia lo humanista, tem no autor pernambu-
cano uma análise que ainda permanece
cas, pedagógicas, filosóficas e antropológicas, entre outras, atual. Nela, ele estuda as causas, o caráter
da história do Brasil colonial a partir das praxes das paró- jurídico e o aspecto humanista, os fun-
quias e dos seminários, das abadias e até mesmo dos ainda damentos econômicos que sustentaram
hoje misteriosos aljubes da cidade da Bahia. a escravidão, a necessidade de aboli-la e
D. Sebastião apresenta as conseqüências que adviriam
Monteiro da de seu término. Livro escrito e publica-
Senador Antonio Carlos Magalhães D. Sebastião do em Londres, onde o autor amargou
Vide
Monteiro da Arcebispo um “desterro forçado”, O abolicionismo
Vide é obra necessária em qualquer biblioteca
Arcebispo de ciências humanas e serve para o en-
tendimento aprofundado da nossa His-
tória e compreensão do nosso processo
Edições do Edições do civilizatório.
Senado Federal Senado Federal
Volume 79 Volume 79
2EPRODUÀâOFAC SIMILARDAPÖGINADEROSTODAAEDIÀâO 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Constituições primeiras
do Arcebispado da Bahia
......................

SENADO
FEDERAL
......................

Mesa Diretora
Biênio 2011/2012

Senador José Sarney


Presidente

Senadora Marta Suplicy Senador Wilson Santiago


1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente

Senador Cícero Lucena Senador João Ribeiro


1º Secretário 2º Secretário

Senador João Vicente Claudino Senador Ciro Nogueira


3º Secretário 4º Secretário

Suplentes de Secretário

Senador Gilvam Borges Senador João Durval


Senadora Maria do Carmo Alves Senadora Vanessa Grazziotin

Conselho Editorial

Senador José Sarney Joaquim Campelo Marques


Presidente Vice-Presidente

Conselheiros

Carlos Henrique Cardim Carlyle Coutinho Madruga

Raimundo Pontes Cunha Neto


. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Edições do Senado Federal – Vol. 79

Constituições primeiras
do Arcebispado da Bahia
Feitas, e ordenadas
pelo Ilustríssimo e Reverendíssimo

D. Sebastião Monteiro da Vide

......................

SENADO
FEDERAL
......................

Brasília – 2011
EDIÇÕES DO
SENADO FEDERAL
Vol. 79

O Conselho Editorial do Senado Federal, criado pela Mesa Diretora em


31 de janeiro de 1997, buscará editar, sempre, obras de valor histórico
e cultural e de importância relevante para a compreensão da história política,
econômica e social do Brasil e reflexão sobre os destinos do País.

Projeto gráfico: Achilles Milan Neto


© Senado Federal, 2011
Congresso Nacional
Praça dos Três Poderes s/nº – CEP 70165-900 – DF
CEDIT@senado.gov.br
Http://www.senado.gov.br/web/conselho/conselho.htm
Todos os direitos reservados

ISBN: 978-85-7018-285-2
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Vide, Sebastião Monteiro da.


Constituições primeiras do Arcebispado da Bahia / feitas,
e ordenadas pelo ilustríssimo e reverendíssimo D. Sebastião
Monteiro da Vide. -- Brasília : Senado Federal, Conselho
Editorial, 2011.
XXX II+ 730 p. – (Edições do Senado Federal ; v. 79)
1. Igreja católica, Bahia. 2. Concílios e sínodos, Bahia.
3. Igreja Católica. Sínodo. Diocese da Bahia (1707). I. Título.
II. Série.

CDD 283.8142

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Reafirmando nossa identidade


Senador ANTONIO CARLOS MAGALHÃES

A s Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia podem


ser consideradas um dos mais importantes testemunhos da historicida-
de católica do Brasil. Porém, mais do que isso, constituem as verdadei-
ras raízes do nosso ordenamento jurídico. Publicadas pela primeira vez
no Brasil Colônia, em 1707, foram republicadas uma única vez, em
1853 e são, finalmente, reeditadas agora, em 2007, por iniciativa do
Conselho Editorial do Senado Federal.
As Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, na
verdade, formavam um compêndio versando sobre normas eclesiásticas
e que procuravam adequar o que preceituara o Concílio de Trento
(1545-1563) às terras brasileiras e às suas peculiaridades.
Distribuídas por cinco volumes, ditavam regras sobre tudo e
sobre todos. Abordavam desde questões dogmáticas e “da fé” até o com-
portamento das ordens, irmandades, e dos fiéis no cotidiano de suas
vidas. Para isso, além das normas, previam procedimentos e sanções.
A sua dimensão transcende aos limites do universo religioso,
para se reafirmar como um documento cuja leitura, embora restrita a
VIII D. Sebastião Monteiro da Vide

poucos, torna-se, a partir de agora, indispensável também a quem


se propuser a conhecer singularidades jurídicas, políticas, adminis-
trativas, sociológicas, pedagógicas, filosóficas e antropológicas, entre
outras, da história do Brasil colonial a partir das praxes das pa-
róquias e dos seminários, das abadias e até mesmo dos ainda hoje
misteriosos aljubes da cidade da Bahia.
Ora, em uma época em que a religião católica era o prin-
cipal balizador da mentalidade e da moral das pessoas, que finda-
vam por comportar-se, social e politicamente, segundo os ditames da
Igreja, muito mais do que regular o clero e os fiéis, as Constituições
Primeiras regravam a vida em sociedade do país.
Sob sua óptica e pela imposição da conduta moral em que
se baseavam, denúncias de todo tipo, como lenocínio, sedução, estu-
pro, concubinato, bigamia, acabavam objeto de processos movidos
pela Igreja e julgados por tribunais episcopais.
Se de um lado as Constituições Primeiras impunham
normas de conduta, de outro também expressavam os valores e cos-
tumes da época – e é nesse contexto que muitos de seus preceitos de-
vem ser analisados, uma vez que mais de trezentos anos nos separam
do início dos trabalhos que conduziram ao seu texto final.
Um exemplo do costume impondo-se à norma pode ser
observado no concubinato entre negras e senhores (brancos), tão co-
mum na Colônia, em que as Constituições Primeiras reconheciam
o direito dos senhores de viverem amancebados com suas escravas se
assim o quisessem. Somente consideravam o caso concubinato se o
homem abrigasse em sua casa alguma mulher que ali engravidasse,
não fosse sua esposa, e que fosse livre.
A última edição das Constituições Primeiras do Arce-
bispado da Bahia data de 1853 e seus poucos, raríssimos exempla-
res repousam em acervos especializados, como a Biblioteca Acadê-
Constituições Primeiras do Arcebispo da Bahia IX

mico Luís Viana Filho, do Senado Federal, cercados, naturalmente,


de todos os cuidados que são exigidos para a preservação de obras
raras. Assim, são praticamente inacessíveis. Por essa razão, reveste-
se de grande importância esta iniciativa do Conselho Editorial do
Senado Federal em trazer à publicação esta obra, trazendo-a, desta
maneira, ao alcance de todos que se interessam pelo assunto.
A feliz idéia de reeditar estas Constituições Primeiras é
oportuna e gesto grandioso de amor à história do Brasil, além de
legítima homenagem que o Senado presta à memória daqueles que
as produziram, há mais de três séculos, especialmente à memória de
Dom Sebastião Monteiro da Vide, quinto arcebispo do Brasil, e do
Conselho de Sua Majestade, e em cujo arcebispado, em 1707, elas
foram publicadas pela primeira vez.
Não se trata de mera nova edição, mas de trazer aos bra-
sileiros deste século 21, uma importante e essencial fonte para o
estudo do Direito e da sociedade brasileira dos séculos 18 e 19.
Um povo que não sabe conservar a sua memória é um povo
sem identidade. Por isso sinto-me honrado, feliz em poder prefaciar
uma obra que ajuda a reafirmar a identidade da nação brasileira.
O Senado Federal está de parabéns!

Senado Federal, fevereiro de 2007


XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXIX
XXX
Constituições primeiras do Arcebispado da Bahia,
de D. Sebastião Monteiro da Vide, edição fac-similar, foi impresso
em papel vergê areia 85 g/m2, nas oficinas da SEEP
(Secretaria Especial de Editoração e Publicações), do Senado Federal,
em Brasília. Acabou-se de imprimir em março de 2011, de
acordo com o programa editorial e projeto gráfico do
Conselho Editorial do Senado Federal.
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Durante a Revolta de 1893. Joaquim
......................
Malighetti, professor da Universidade
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Nabuco estuda neste livro a participação FEDERAL
estrangeira na Revolta da Armada em
...................... brasileira de remanescentes de escravos,
.... denominada de “Quilombo de Frechal”.
1893. Monarquistas, os rebeldes lidera- As Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia Hugo Fabietti, no prefácio, escreve: “O
dos por Custódio de Melo e, mais tarde, podem ser consideradas um dos mais importantes teste- Quilombo de Frechal não é apenas um
com a adesão de Saldanha da Gama,
munhos da historicidade católica do Brasil. Porém, mais estudo particularizado que se dedica a
poderiam bombardear a cidade do Rio descobrir uma forma de identidade coletiva
de Janeiro. Floriano Peixoto solicita a do que isso, constituem as verdadeiras raízes do nosso or- . . . . . . . . .
numa comunidade de quilombolas em
ajuda de forças internacionais. Os re- denamento jurídico. Publicadas pela primeira vez no Brasil

Constituições Primeiras do
luta contra um latifundiário, com o fim
voltosos têm o auxílio, humanitário do Colônia, em 1707, foram republicadas uma única vez, em de ver reconhecidos seus direitos à terra. É

Arcebispado da Bahia
comandante do navio português Min- 1853 e são, finalmente, reeditadas agora, em 2007, por também um livro que, já ao se apresentar,
delo, Augusto de Castilhos. A opinião
pública, aos poucos, modifica o ponto
iniciativa do Conselho Editorial do Senado Federal. Constituições apresenta problemas metodológicos cruciais
para o estatuto científico das ciências

Primeiras
de vista, a partir dos artigos de Joaquim antropológicas”.
Nabuco, publicados na imprensa, em A sua dimensão transcende aos limites do universo
1895, e reunidos neste livro. É um
estudo de história diplomática e uma
análise que reverte o enfoque que, até
religioso, para se reafirmar como um documento cuja lei-
tura, embora restrita a poucos, torna-se, a partir de agora, do Arcebispado A bolicionismo, de Joaquim Nabuco, e
uma obra que se transformou num libe-
indispensável também a quem se propuser a conhecer sin-
então, vinham fazendo os críticos deste
fato histórico. gularidades jurídicas, políticas, administrativas, sociológi- da Bahia lo humanista, tem no autor pernambu-
cano uma análise que ainda permanece
cas, pedagógicas, filosóficas e antropológicas, entre outras, atual. Nela, ele estuda as causas, o caráter
da história do Brasil colonial a partir das praxes das paró- jurídico e o aspecto humanista, os fun-
quias e dos seminários, das abadias e até mesmo dos ainda damentos econômicos que sustentaram
hoje misteriosos aljubes da cidade da Bahia. a escravidão, a necessidade de aboli-la e
D. Sebastião apresenta as conseqüências que adviriam
Monteiro da de seu término. Livro escrito e publica-
Senador Antonio Carlos Magalhães D. Sebastião do em Londres, onde o autor amargou
Vide
Monteiro da Arcebispo um “desterro forçado”, O abolicionismo
Vide é obra necessária em qualquer biblioteca
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