I NST AL Ações Predi AI S DE Água: FR Eder I Co FL Óscul o Pi Nhei R o Bar R Et o

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Autor
Frederico Flósculo Pinheiro Barreto
Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará (1982), Mestrado em
Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (1988) e Doutorado em Processos de Desen-
volvimento Humano e Saúde pelo Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (2009). Professor
Adjunto da Universidade de Brasília. Tem experiência profissional na área de Arquitetura e Urbanismo,
com ênfase em Planejamento e Projetos da Edificação, atuando como docente e pesquisador nos seguin-
tes temas: crítica de urbanismo, crítica da gestão urbana, ecologia e evolução urbanas, planejamento e
projeto de estabelecimentos assistenciais de saúde, metodologias de projeto arquitetônico, metodolo-
gias de ensino de projeto arquitetônico.

Revisão
NT Editora

Projeto Gráfico
NT Editora

Editoração Eletrônica
NT Editora

Ilustração
Marcio Rocha Lopes de Souza e Daniel Motta

Capa
NT Editora

NT Editora, uma empresa do Grupo NT


SCS Q.2 – Bl. D – Salas 307 e 308 – Ed. Oscar Niemeyer
CEP 70316-900 – Brasília – DF
Fone: (61) 3421-9200
sac@grupont.com.br
www.nteditora.com.br e www.grupont.com.br

Sistemas de Instações Sanitárias. / NT Editora.


-- Brasília: 2014. 48p. : il. ; 21,0 X 29,7 cm.

ISBN
1. Instalações prediais de esgotamento sanitário

Copyright © 2014 por NT Editora.


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LEGENDA

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ano que o ajudarão a fixar o conteúdo estudado.

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Dicas
Este ícone apresenta dicas de estudo.

Exercícios
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Exercícios
Ao final das lições, você deverá responder aos exercícios no seu livro.

Bons estudos!
Sumário

1. INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA��������������������������������������������������������������������7


1.1 As origens das águas que servem às edificações������������������������������������������������������������������������ 7
1.2. As formas de reservar e distribuir água fria��������������������������������������������������������������������������������10
1.3. Problemas e soluções de reuso de águas servidas������������������������������������������������������������������22
1.4. Sistema de instalações hidráulicas e demais sistemas da edificação��������������������������������23
1.5. Lista de checagem de problemas das instalações de água fria������������������������������������������27

2. INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE�����������������������������������������������������������33


2.1. Como (e por quê) produzir água quente para servir às edificações����������������������������������34
2.2. As formas de reservar e distribuir água quente������������������������������������������������������������������������36
2.3. Lista de checagem de problemas das instalações de água quente�����������������������������������42

BIBLIOGRAFIA����������������������������������������������������������������������������������������������������������������48

4 NT Editora
APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo(a) ao curso Instalações Prediais de Água!

Este curso foi desenvolvido com a finalidade de capacitar o profissional corretor de imóveis
à compreensão de aspectos fundamentais das diversas etapas que envolvem um projeto de
Instalação Hidráulica.

São objetivos deste curso lhe transmitir conhecimentos sobre princípios básicos de Instalações
prediais em suas duas temperaturas (quente e fria) e mostrar os diversos processos que envolve a
lógica da reservação de água fria e água quente.

O curso Instalações Prediais de Água deve integrar a educação do profissional corretor de


imóveis o habilitam a “fazer a ponte” entre os arquitetos e engenheiros, com os escritórios de projetos
e as empresas construtoras, responsáveis pela produção dos imóveis que comercializa.

Este curso é destinado aos profissionais que já trabalham nessa área, bem como profissionais
da área de manutenção, segurança e áreas afins, que estejam interessados em ingressar neste ramo.

Espera-se com isso, um melhor atendimento às expectativas do mercado. Essa compreensão


se coloca a serviço do diálogo, formando uma aliança entre corretores e projetistas e construtores e
produzindo vantagens para todos, especialmente o cliente.

Bom aprendizado!
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SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 5


1. INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA

Objetivos

Ao finalizar esta lição, você deverá ser capaz de:

• Aprender como fazer instalações prediais de água fria;

• Compreender a lógica e o cálculo da reservação de água fria;

• Conhecer os problemas e soluções do reuso de águas servidas;

• Realizar o controle do consumo de água;

• Promover os sistemas de instalações hidráulicas e demais sistemas da edificação;

• Preparar lista de checagem de problemas das instalações de água fria.

1.1 As origens das águas que servem às edificações

Olá, tudo bem? Vamos estudar alguns


conceitos importantes sobre água e
instalações prediais? Siga em frente!
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As instalações prediais de água fria fornecem água “fria” em pontos de consumo (geralmente
torneiras) da edificação. Observe que, por ser “fria” a água, não significa que seja necessariamente
potável. A denominação água “fria” serve como diferenciação de sistemas de fornecimento de
água aquecida ou “quente” (NBR 5626).

De modo geral, o fornecimento de água quente é resultado de processo de aquecimento


que ocorre no âmbito de cada edificação: é a água fria, tal como encontrada no subsolo ou tal como
fornecida pelo sistema de abastecimento urbano, TRANSFORMADA por processo local de aquecimento
(fornalha, aquecedor elétrico, aquecimento solar, etc.).

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 7


Exercitando o conhecimento...
Marque as alternativas corretas:

( ) As instalações prediais de água fria fornecem água “fria” em pontos de consumo


(geralmente torneiras) da edificação.

( ) A “água fria” das instalações prediais é necessariamente potável.

( ) A denominação das instalações de água “fria” serve como diferenciação de sistemas


de fornecimento de água aquecida ou “quente”.

Realmente, as instalações prediais de água fria fornecem água “fria” em pontos de consumo
(geralmente torneiras) da edificação. No entanto, a água fria das instalações prediais não
são necessariamente potáveis. E a denominação das instalações de água “fria” serve como
diferenciação de sistemas de fornecimento de água aquecida ou “quente”.

FIGURA 1 .1 - ciclo de coleta / produção de água fria / quente

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8 NT Editora SUMÁRIO
Não é viável, ordinariamente, o fornecimento de água quente pela municipalidade: teria que
ser um sistema independente, extenso e muito dispendioso (pois haveria enorme perda de energia na
sua rede de fornecimento, que deveria ser compensada pelo investimento em mais energia, etc.). As
instalações prediais de água quente são um sistema subsidiário ao sistema formado pelas instalações
prediais de água fria, uma alternativa não-obrigatória, mas que possui características técnicas bem
diferentes. Como regra geral, temos que “quanto mais próximo o agente de aquecimento da água
estiver de seus pontos de consumo, mais racionalmente a energia será utilizada nesse processo de
aquecimento”, pois haverá menor perda de calor na circulação da água aquecida.

Já a questão da potabilidade da água levanta outra série de questões. “Ser potável” significa
que servimos à edificação uma água que podemos consumir, beber, servir em copos (“potus”, em bom
latim), ainda que deva ser filtrada ou fervida em alguns casos (como na manutenção do sistema). A
potabilidade pode ser assegurada a partir do sistema municipal de fornecimento de água fria, ou
por sistema de purificação da água fornecida (ou captada do subsolo, da chuva, etc.), ou reciclada
(as águas usadas pela edificação seriam submetidas a processos adequados de purificação para sua
utilização como água potável).

As instalações de água fria passaram a incluir essas instâncias de reuso da água utilizada nas
atividades da edificação (higiene pessoal, limpeza de utensílios, lavagem de superfícies da edificação,
etc.), especialmente as “águas cinzas”, que contém impurezas mais leves, com menor potencial de
contaminação que as águas ‘negras” ou de esgotos sanitários – ou mesmo as águas utilizadas em
determinados processos industriais. O reuso de águas servidas é um importante aspecto da
sustentação (ou “sustentabilidade”) da edificação em termos de seu próprio controle do impacto que
tem sobre os recursos naturais (NBR 2127, NBR 8216).

Também denominamos essas instalações de água fria (e quente) como “hidráulicas”, uma
denominação mais técnica, fortalecida pela legislação profissional de arquitetos e engenheiros.

As edificações podem ser abastecidas a partir de sistema público de abastecimento de água,


que fornece água previamente tratada, com um mínimo de qualidade (isenta de coliformes fecais e
outras impurezas).

Contudo, uma variedade de formas alternativas de abastecimento deve ser considerada: a


captação de água do subsolo (lençol freático) através de:
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(a) poços comuns (NBR 12212) ou (b) poços artesianos (condutores de água de lençol freático
sob forte pressão natural);

(c) captação de água de rios e lagos, de forma direta; também devemos considerar

(d) a captação de águas das chuvas (desde as coberturas das edificações ou tanques de
captação), de forma associada a depósitos exclusivos (cisternas).

Todas as opções acima, com a exceção da opção (d), devem ser objeto de autorização e de
alguma forma de fiscalização pelo poder público municipal, sobretudo se ocorrem em área urbana
(NBR 12212, NBR 12213, NBR 12214, NBR 12217, entre outras referências).

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 9


FIGURA 1.2 - formas de captação de água

1.2. As formas de reservar e distribuir água fria


Certamente o primeiro sistema de serviços das edificações, desde a mais remota antiguidade,
foi o da reservação e distribuição de águas. As cidades antigas mais respeitadas desenvolveram, em
sua maturidade de poder e glória, sistemas de distribuição de água para as casas das famílias mais
nobres, assim como para os bairros das numerosas e mais humildes famílias, sistemas de distribuição
de água que, milhares de anos depois, ainda funcionam – como os aquedutos e esgotos públicos de
Roma, Marselha, Paris, entre outras.

As cidades que lideraram a Revolução Industrial também inovaram em aspectos de seu


urbanismo. Um desses aspectos foi o uso dos novos conhecimentos da física da água e dos fluidos
(hidrostática e hidrodinâmica) ao serviço do abastecimento da cidade e de seus principais edifícios.
Essa aplicação nasce fortemente associada com preocupações relacionadas à saúde pública, ao
controle de epidemias, ao estabelecimento de padrões urbanos de vida saudável. Cada torneira,
cada chuveiro, cada vaso sanitário que hoje temos em nossas casas e escritórios, hospitais e sedes de
governo, nasce desse período de inovação e modernidade – pois tornou viável o abastecimento de
milhões de lares e negócios nas maiores cidades.

Todo o conjunto de inovações técnicas surgiram a partir da aplicação de conhecimentos, desco-

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bertas e invenções científicas aos campos práticos da construção, indústria têxtil, siderurgia, gera-
ção de energia, motores e transportes a partir do final do Século XVIII, na Inglaterra e Europa Central.

Esse período de pouco mais de 200 anos de modernidade industrial nos leva ao cálculo
sistemático das demandas das pessoas, de suas atividades, de seus sistemas urbanos, acerca desse
recurso precioso que é a água potável. Quando vemos hoje uma dessas tabelas contendo os
parâmetros de cálculo das necessidades dos indivíduos (diárias ou em outros períodos de tempo)
com relação à água, mal imaginamos o longo caminho que andamos para estabelecermos essas cotas
de abastecimento, que devem ser previstas por nossas modernas edificações.

Veremos a seguir alguns dos fundamentos desse importantíssimo sistema de instala-


ções prediais.

10 NT Editora SUMÁRIO
A lógica da reservação de água fria

Mesmo quando se tem um sistema municipal de fornecimento de água potável muito confiável,
praticamente “sem falhas”, não é prudente deixar de prover a edificação com um sistema de reserva
de água – caixas de água ou reservatórios que permitem proceder ao abastecimento da edificação
quando de falhas ou paradas no sistema municipal de abastecimento de água (ou no sistema local de
captação autorizada de águas do subsolo ou de reservas naturais em superfície) (NBR 13194).
Caixas
Podemos ter caixas de água colocadas acima dos pontos mais elevados de consumo de água, de água:
da edificação (NBR 5649, NBR 5650). Essa exigência (“a colocação do reservatório em posição elevada, como as
acima do mais alto ponto de consumo a ser considerado”) é diretamente derivada da natureza fabricadas
GRAVITACIONAL da maioria dos sistemas de fornecimento de água (quente ou fria): a água “derrama” em plástico
resistente,
desde os reservatórios elevados, saindo de pontos de consumo (torneiras, outras caixas de água metal ou fi-
menores, como as de vasos sanitários, etc.) localizados em posição inferior. Quando maior a distância brocimento,
vertical entre a base do reservatório e o ponto de consumo (uma torneira no subsolo da edificação, fornecidas
por exemplo), maior a pressão da água. em padrões
de 500 a
1.000 litros
FIGURA 1.3 - diferença de pressão entre pontos de alturas diferentes e mais de
capacidade.
Base de re-
servatório:
o fundo da
caixa de
água, seu
ponto de co-
leta inferior.
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Contudo, uma parte dos sistemas de fornecimento de água pode ser servida SOB PRESSÃO, que
permite que a água “suba” pelos canos e atinja pontos de consumo elevados. Essa pressão pode ser
criada continuadamente por bombas de recalque ou compressores, ou por caixas de água remotas,
que não estão à vista.

Seja por gravidade, seja por pressão criada por recalque da água, a distribuição da água para
os pontos de consumo é feita por canos que se estendem por toda a edificação, criando uma “rede”
(que mais parece um sistema radicular, de raízes) que torna possível a alimentação de todos os
compartimentos da edificação, se necessário. A passagem da água através de canos implica na PERDA
DE PRESSÃO com (a) o aumento da distância entre o ponto “inicial” de fornecimento e o “ponto final”
de consumo; (b) o aumento dos desvios de direção dos canos (que formam numerosos “cotovelos”
para a formação das redes de distribuição); (c) a redução paulatina do diâmetro dos canos, na medida
em que se aproximam dos pontos de consumo (torneiras com dimensões modestas), entre outros
aspectos. Por exemplo, dois canos com a mesma extensão (digamos, 50 metros de extensão) terão
medidas de pressão diferentes, caso seus diâmetros sejam diferentes (quanto maior a relação entre
a área interna dos canos e o volume de água que contém, maior a perda de pressão, segmento a
segmento de tubulação).

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 11


Para o projetista de sistemas de distribuição de água, interessa definir a pressão desejada em
cada ponto de consumo: em alguns casos, a perda de pressão pode ser desejada – pois, do contrário,
uma excessiva pressão de água pode danificar tubulações, torneiras e equipamentos.

FIGURA 1.4: perda de pressão da água com a distância

Barrilete:
o Barrilete
consiste
no sistema
predial de
suprimento
de água,
deve prover
quando
De um modo geral, utilizamos dois tipos de registros para o controle tanto da distribuição da

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necessária
ao uso, água água fria (assim como dos circuitos de água quente) quanto da pressão que se deseja ter nos pontos
de boa qua- de consumo:
lidade, em
quantidade (a) os registros de pressão, que são usados para o controle de vasão, em pias, chuveiros,
controláveis
pelo usuário, banheiras, filtros, etc.;
para a sua
adequada (b) registros de gaveta, que são empregados nos pontos de distribuição dos ramais – desde os
utilização. barriletes, assim como nos principais ramais dos barriletes, em edificações de maior porte.

O registro de gaveta raramente é fechado: precisamos de seu fechamento, por exemplo, nas
operações de limpeza e manutenção, assim como nas verificações de vazamentos.

12 NT Editora SUMÁRIO
Cálculo da reservação de água

Você já parou para pensar por


que reservamos água?

Bem, nós reservamos água em nossas edificações por dois motivos:

1. Para que tenhamos água disponível quando, por alguma razão como interrupções no
fornecimento, quebra de equipamentos, seca, etc., fiquemos sem água para as nossas necessidades
de higiene, preparo de alimentos, limpeza da edificação, etc.;

2. Para possamos controlar com exatidão as condições físicas e químicas de fornecimento de


água a partir de um reservatório especialmente projetado, que está ligado a pontos de consumo
também planejados com precisão técnica.

O cálculo da reservação de água pode ser muito detalhado, ao computar as necessidades de


emprego da água por cada etapa de cada atividade desenvolvida na edificação, ou pelo emprego
previsto da água por cada usuário, ao longo de um dia de utilização da edificação (para a sua higiene
pessoal, para o preparo de seu alimento, para dessedentar-se, etc.). Examine a tabela abaixo, que
oferece alguns parâmetros de cálculo para situações comuns:

Tipo de edificação Parâmetro “per capita”


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Apartamento residencial 200 litros por pessoa


Orfanato ou asilo de idosos 150 litros por pessoa
Residência popular 120 litros por pessoa
Residência para a classe média 150 litros por pessoa
Escritórios (edifício com salas) 50 litros por pessoa
Hospital 250 litros por pessoa
Hotel 120 litros por hóspede (afora a cozinha e a
lavanderia, calculados à parte)
Quartel 150 litros por pessoa
Escola 50 litros por pessoa (externato)

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 13


Outras atividades exigem parâmetros que não são do tipo “per capita”. Examine alguns exemplos
usados por projetistas:

Tipo de edificação Parâmetro


Cinema / Teatro 2 litros por lugar de público
Garagem 50 litros por vaga de automóvel
Hospital 500 litros por leito
Jardim residencial 1,5 litro por metro quadrado de área
Lavanderia 30 litros por quilograma de roupa lavada
diariamente
Restaurante 25 litros por refeição

Não é difícil compreender que essas estimativas necessitam de muitos ajustes. Um ajuste
fundamental diz respeito ao número de pessoas (“capita”) que devemos considerar nas residências,
nos escritórios, nos hospitais, etc. Precisamos estimar o número de pessoas que, num dia “típico” de
uso da edificação, demandará por determinado volume (em média) de água potável. Na tabela a
seguir, alguns desses parâmetros de estimativa da “lotação” de pessoas em determinados edifícios
ou compartimentos.

Tipo de edificação Parâmetro


Cinema / Teatro 1 lugar de público para cada 2 metros
quadrados de salão
Apartamento residencial 1 a 2 pessoas por quarto
Orfanato 1 pessoa por 12 metros quadrados (global)
Hospital 1,5 funcionários (inclui médicos) por leito
Escritório 1 pessoa por 9 metros quadrados

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Hotel 1 pessoa (global) por 15 metros quadrados
Escola 1 estudante por 16 metros quadrados (global)
Centro de Compras 1 pessoa por 12 metros quadrados

Esses cálculos nos levam a quantitativos como o de uma residência com três quartos: podemos
contar com três a seis pessoas moradoras. Vamos contar com apenas três pessoas. O parâmetro dado
para residências de classe média é de 150 litros por pessoa, por dia. Isso nos leva a prever 3 x 150 =
450 litros por dia. Se acrescentarmos uma reserva de incêndio de 25%, essa previsão se eleva para 450
x 1,25 = 562,5 litros por dia. Se desejarmos ter água reservada por pelo menos três dias, temos que
prever 3 x 562,5 = 1.687,5 litros para a reservação, volume que pode ficar reservado em uma caixa de
água de 2.000 litros (com folga de quase 20%). Observe que esse valor DOBRA quando consideramos
6 moradores. Também poderíamos planejar a colocação desse volume (de 1.687,5 litros) em duas
caixas de água de 1.000 litros. Talvez comprar duas caixas de água de 1.000 litros seja mais caro que
comprar uma caixa de 2.000 litros, em muitos casos, mas tem a vantagem de poderem ser alternadas
quando das lavagens de uma caixa ou da outra.

14 NT Editora SUMÁRIO
FIGURA 1.5 - 2 caixas de água

FIGURA 1.6 - caixa de água dividida.

Em caixas de água de concreto armado, por exemplo, moldadas no local da obra onde ficarão
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definitivamente, é comum (e obrigatório nos casos de alguns municípios brasileiros) que sejam
divididas em 2 partes intercomunicantes, que permitem essa alternação quando dos momentos de
lavagem de uma caixa ou de outra caixa. As vantagens de se ter uma caixa de água dividida em 2 partes
pode ser mais evidente quando ultrapassamos o limite de 5.000 litros, quando as caixas de água pré-
fabricadas (vendidas por seus fabricantes) não apresentam modelos significativamente mais baratos
que as caixas de água moldadas no local que funcionarão, na edificação. A partir dos 5.000 litros tanto
é vantajoso operar com caixas menores (por exemplo, com módulos de 2.000 litros), para que sua
limpeza seja facilitada, quanto ter caixas de água ou reservatórios em subsolo, de forma a aliviar a
estrutura portante da edificação do enorme peso da água. Vejamos a seguir algumas observações
acerca dessa alternativa de composição de reservatórios “elevados” e em subsolo para as edificações.

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 15


Diretrizes para a localização dos pontos de consumo

Como veremos adiante, é vantajoso localizar os pontos de consumo em uma mesma região da
edificação, de forma a que as tubulações de alimentação e distribuição (ramais e sub-ramais) fiquem
próximos, forçando a água a percorrer os menores percursos possíveis. Por exemplo, devemos colocar
todos os banheiros situados em andares distintos em uma mesma “coluna”; seguindo essa lógica, em
edifícios habitacionais, devemos colocar as “áreas molhadas” (banheiros, cozinhas, áreas de serviço)
em uma mesma região da habitação, e sobrepor apartamento de planta idêntica ou assemelhada, de
forma a racionalizar ao máximo a passagem da água fria em cada andar (e no conjunto dos andares).

Os projetistas dimensionam os canos e pontos de alimentação (como torneiras e saídas


rosqueadas) conforme as especificações mais comuns dos equipamentos (como máquinas de lavar
roupa, máquinas de lavar pratos, filtros); os sub-ramais que permitem a alimentação de cubas (em
bancadas de cozinha), tanques e pias, chuveiros, torneiras de banheiras, etc. também seguem essa
regra de parcimônia: devem ser localizados de forma a minimizar as extensões de tubulações usadas.
Tanto economizaremos as tubulações, quanto minimizaremos as perdas de pressão devidas ao
aumento nas extensões dos tubos.

FIGURA 1.7 - banheiros próximos e banheiros distantes

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A proximidade dos pontos de consumo deve ser acompanhada da separação adequada dos
controles (registros) de cada conjunto desses pontos de consumo. Por exemplo, cada banheiro deve
ter seu registro próprio, que permite isolar completamente a sua alimentação de água fria; o mesmo se
exige da cozinha (com seu registro próprio), da área de serviço (registro próprio), da garagem e jardins,
etc. Separar essas instalações em conjuntos que podem ser isolados uns dos outros é fundamental
para os momentos em que devem ocorrer consertos ou manutenção. Todos esses conjuntos são
controlados por um “registro geral”, que permite fechar (ou abrir) o abastecimento de água fria para a
unidade imobiliária respectiva.

16 NT Editora SUMÁRIO
FIGURA 1.8 - registros parciais e geral

A estratégia de evitar pressões e velocidades excessivas para a água nas tubulações

Embora todo o sistema de instalações de água fria possa ser concebido a partir de bombas que
impõem as pressões necessárias para o mais completo controle das condições mais específicas de
fornecimento, a maioria dos sistemas combina o bombeamento (pressões artificiais) com a gravidade
(que gera pressões naturais). O bombeamento pode impor elevadas pressões às tubulações de
ascensão ou de distribuição sistêmica de água – portanto, tubos especiais podem ser adotados em
muitos casos.

Devemos entender que o bombeamento de água fria (e, para outras finalidades de
bombeamento de água ou outros fluidos) pode incorporar fases de RECALQUE ou de SUCÇÃO –
denominações relativas ao papel desempenhado pela bomba, pois a sua mecânica é a mesma. As
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bombas que operam o recalque “impulsionam” a água para níveis superiores (ou apenas mantêm a
pressão em níveis mínimos para que a água corra em tubulações longas e de calibre pequeno, com
pequenas declividades); as bombas que operam a sucção “sugam” a água para pontos situados em
níveis superiores. Todas as bombas de água combinam essas duas operações físicas. Combinações
mais poderosas dessas operações de recalque e sucção são também típicas de grandes sistemas de
distribuição de fluidos (em refinarias, fábricas, estações de tratamento de água, ou cidades).

De um modo geral, as tubulações de distribuição de água fria seguem uma lógica “arborescente”:
ramais e sub-ramais são derivados a partir de tubos principais de distribuição. Os instaladores
denominam “barriletes” ao primeiro conjunto desses tubos de distribuição, os mais grossos, que saem
diretamente dos reservatórios ou caixas de água. A denominação dos “barriletes” tem origem nos
antigos barris que eram usados como reservatórios, nas antigas edificações.

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 17


FIGURA 1.9 - a lógica arborescente da distribuição

Vários tipos de registros (válvulas) são utilizados para controlar a pressão nas tubulações. Esses
registros ficam em pontos de distribuição em que deve ocorrer alteração na pressão de fornecimento,
assim como pontos de distribuição em que deve ocorrer total interrupção no fornecimento de água,
e ainda pontos de distribuição onde deve haver controle e leitura da pressão e velocidade dos fluidos.

Exercitando o conhecimento...

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Vários tipos de registros (válvulas) são utilizados para controlar a pressão nas tubulações.
Onde esses registros ficam?

Marque as alternativas corretas.

( ) Ficam em pontos de distribuição em que deve ocorrer alteração na pressão de


fornecimento.

( ) Ficam em pontos de distribuição em que deve ocorrer total interrupção no


fornecimento de água.

( ) Ficam em pontos de distribuição onde deve haver controle e leitura da pressão e


velocidade dos fluidos.

Como vimos até o momento, todas as alternativas estão corretas.

18 NT Editora SUMÁRIO
Controle do consumo de água

A companhia pública ou concessionária de fornecimento de água tem razões comerciais para


medir o consumo de água de seus clientes. Essas medições são feitas através de combinações de
estimativas de consumo e leituras em aparelhos que medem as variações na vasão por períodos de
tempo (hidrômetros).

Em habitações isoladas, essas medições podem ser suficientes para que a família residente
avalie e controle o seu consumo de água – mas em habitações coletivas, as medições podem ser feitas
de duas maneiras:

(a) de forma solidária (como se todas as unidades residenciais fossem uma só), ou

(b) de forma individual, com hidrômetros instalados nos pontos de alimentação (das instalações
de água fria) de cada residência.

Essa última modalidade é, evidentemente, mais justa, pois cada família pagará ao fornecedor
de água fria de forma proporcional ao seu consumo. Essa modalidade também permite que a
administração do condomínio (dessa coletividade de residências) calcule as médias desse consumo,
o que permite comparações (com a identificação de excessos ou, eventualmente, a evidência de
vazamentos a serem examinados pelos moradores).

Em edifícios de escritórios ou edifícios de grandes instituições, o controle dos padrões de


consumo pode ocorrer por setor de suas organizações, por andar, etc. Em hospitais ou fábricas, por
outro lado, as estimativas de consumo variam muito de setor a setor; seus sistemas de instalações
e equipamentos devem ser rigorosamente monitorados e aperfeiçoados, pois podem apresentar
padrões de elevado consumo, com várias vulnerabilidades em potencial (geralmente provocadas pelo
uso de água em pressões e temperatura elevadas).

Reservar a água em partes especiais da edificação

Podemos reservar água em uma grande diversidade de pontos das edificações, com diferentes
propósitos e estratégias. De um modo geral, as caixas de água nos bastam, e alimentamos as edificações
colocando-as em seus níveis mais elevados, para que a água desça por gravidade ao longo dos dias
previstos para o abastecimento (que, espera-se, seja renovado com constância).

Para grandes volumes (previstos) reserva-se em subsolo


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A colocação dos reservatórios em pontos elevados deve ser acompanhada por uma “repartição”
das águas reservadas também em subsolo, como vimos acima. Vamos examinar a premência dessa
decisão em face dos grandes pesos que as águas reservadas (assim como as águas provisoriamente
recolhidas) trazem para a edificação.

Como a água tem uma densidade de 1 grama por centímetro cúbico, temos que um litro de
água pesa exatamente 1 quilograma, e que 1.000 litros de água pesem exatamente uma tonelada.
Como vimos no exemplo de uma residência de apenas 3 quartos, a necessidade de reservação de água
para apenas 3 dias supera uma tonelada de água. Imagine agora um prédio de apartamentos com,
digamos, 30 apartamentos (cada um deles com 3 quartos). Apenas para esses apartamentos (sem que
computemos as necessidades de água para as atividades e espaços condominiais), precisaremos de
30 x 1.687,50 = 50.625 litros de água. Isso equivale a mais de 50 toneladas de carga “adicional” a ser
considerada no cálculo da estrutura dessa edificação.

Para que toda essa carga não onere a edificação, propõe-se que uma parte delas –
aproximadamente 2/3 dessa carga (cerca de 33,50 toneladas) seja colocada em reservatórios de
subsolo. Apenas 1/3 do total dessa carga seria colocada na cobertura ou em área mais elevada da
edificação (com relação ao mais elevado ponto de consumo).

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 19


No exemplo acima, “apenas” 17 toneladas de água, aproximadamente, seriam colocadas em
posição elevada. Para uma edificação desse porte (abrigando algo como 30 apartamentos residenciais),
essa é uma carga modesta a suportar. A estratégia de colocar a maior parte do volume da água a
reservar em caixas apropriadas, no subsolo, permite que suas grandes cargas sejam diretamente
suportadas pelo solo, e apenas uma fração seja suportada pela estrutura criada para a edificação.
Em compensação, precisaremos sempre de motores para bombear essa água dos reservatórios
de subsolo para os reservatórios elevados. Considere que, quanto mais elevada a edificação, mais
poderosos devem ser esses motores – e mais elaboradas as soluções técnicas para a elevação da
água aos pontos de consumo em cotas mais altas; do mesmo modo devemos considerar a resistência
das tubulações, pois as alturas das colunas de água formadas desde o alto da edificação até o ponto
de bombeamento implicam no crescimento da pressão hidráulica, que, por sua vez, pode romper
tubulações inadequadamente especificadas.

(Uma pergunta que, entre outras, deve ser feita por um examinador de um projeto de edificação
com muitos pavimentos é: “como a água chega aos pontos mais elevados dessa edificação?” Essa
curiosidade nasce da compreensão da grande responsabilidade que existe nos aspectos aparente-
mente mais simples da arte da edificação).

FIGURA 1.10 - os 2 reservatórios

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20 NT Editora SUMÁRIO
A estratégia das caixas de água “locais”

Quando planejamos o fornecimento de água a conjuntos distintos de pontos de consumo (como


em residências, oficinas, comércio local, etc. em edificações com vários pavimentos e várias utilizações
permitidas), podemos ter estratégias associadas às “caixas de água” locais, restritas a determinados
pontos de consumo ou a determinados setores da edificação. Edificações de pequeno porte, como
casas populares podem ter caixas de água únicas, com pequena capacidade de reserva de água (até
5.000 litros) e que implicam em cargas estruturais relativamente modestas. Grupos de apartamentos,
casas geminadas, edificações de maior porte com unidades imobiliárias distintas, podem ter caixas de
água próprias, destinadas ao serviço da unidade imobiliária – ou partilhar uma caixa de água comum,
à qual todas as unidades imobiliárias estão interligadas.

A decisão de distinguir e distribuir caixas de água por unidade ou setor da edificação é fundada
em critérios como:

(a) diferenças no tipo de água servida (por exemplo, com caixas de água filtrada por equipamento
com capacidade de filtragem proporcional à demanda dessa água “especificada”);

(b) distâncias entre pontos de consumo e a caixa de água central que implicam na redução da
pressão da água fornecida, até níveis insuficientes de pressão;

(c) padronização imposta pelo projeto de arquitetura e de instalações hidráulicas, que impõem
caixas de água menores, que fracionam os grandes volumes que poderiam ser armazenados em
uma caixa de maior porte (caixas de água menores, pré-fabricadas, de 1.000 a 5.000 litros podem ser
guardadas sob telhados, com relativa facilidade).

A estratégia dos castelos de água

Quando planejamos o fornecimento de água a um grande conjunto de pontos de consumo


(comum a grandes edificações, como em hospitais, centros de compras, universidades, centros de
governo, etc.), podemos criar grandes caixas de água elevadas, em construções que combinam as
grandes caixas de água em subsolo (e ainda a casa de máquinas de bombeamento, que tanto elevam
as águas reservadas nesses espaços de subsolo quanto podem enviar a água reservada para as
edificações e espaços servidos pelo sistema).
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Denominamos a essas edificações especiais, que combinam reservatórios de grande capacidade


, elevados e em subsolo, casas de máquinas de bombeamento – e mesmo poços profundos, numa Reservatório
mesma construção – de “castelos de água”. de grande
capacidade:
Os castelos de água fazem parte de sistemas de reservação, uso e reuso de água, que cada acima do
limite que as-
vez mais se beneficiam de avanços tecnológicos (e da mentalidade dos construtores e gestores sinalamos, de
públicos, que se conscientizam da importância do uso sustentado da água) que permitem purificar 5.000 litros,
e recondicionar as águas coletadas e as águas servidas das edificações. As piscinas, as fontes, os mas que po-
dem alcançar
sistemas de irrigação em pequena escala, etc. são partes desses sistemas que são associados
dezenas de
a edificações “verdes”, com padrões de projeto e uso que minoram o impacto das edificações no milhares
ambiente urbano e natural. de litros.

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 21


FIGURA 1.11 - esquema de castelo de água sustentável

1.3. Problemas e soluções de reuso de águas servidas


O reuso de águas servidas é, em parte, um problema de instalações sanitárias e um problema de
fornecimento de água fria (não potável). A solução “clássica” (tal como ensinada nas escolas superiores
de engenharia e arquitetura de muitos países, inclusive o nosso) de eliminação de águas servidas era
uma só: destiná-las aos esgotos, como se todas as águas servidas fossem iguais. Não são!

Sabemos que o reuso de água é, na verdade, uma prática muito antiga, que nós, modernos,
estamos a reaprender. Há uma coincidência no “reuso” de velhos conhecimentos acerca do reuso das
águas, cada vez mais escassas, em todo o mundo.

Os sistemas de reuso de águas servidas são, em parte, componentes do sistema de instalações


“sanitárias” (que recebem esse nome por seu potencial de causar agravos à nossa saúde, e de nossos
animais domésticos, como é o caso de muitas residências com cães, gatos, pássaros e mesmo répteis
de estimação, entre outros). Como há reuso, podemos tecer considerações sobre seu retorno a uma

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parte exclusiva do sistema de instalações de água fria.

Devemos compreender que as águas servidas incluem não apenas as águas utilizadas uma
vez na casa – na sua lavagem, nos banhos de chuveiro e em banheira, na lavagem de utensílios
domésticos e de alimentos, etc. – mas também as águas coletadas da chuva, ou mesmo águas
que escorrem na superfície do solo, oriundas das chuvas ou de aflorações do lençol freático.

O uso de águas servidas se dá nas atividades que não demandam água potável – como as
descargas de vasos sanitários, a lavagem de carros, de pisos, a rega de jardins, etc. Ao reusarmos
as águas servidas, reduzimos substancialmente o uso da excelente água potável, essencial para a
nossa nutrição e saúde. Concretamente, o reuso das águas servidas permite que utilizemos DUAS
VEZES as águas antes de eliminá-las definitivamente.

22 NT Editora SUMÁRIO
FIGURA 1.12 - ciclos de águas servidas

1.4. Sistema de instalações hidráulicas e demais sistemas


da edificação
Todos os sistemas de instalações que conduzem fluidos (como o ar condicionado e tubulações
de ventilação forçada, as instalações de água fria, água quente, de esgotos sanitários, de escoamento
de águas pluviais) usam tubulações de calibre muito superior ao calibre dos tubos de passagem dos
fios elétricos, de telefonia, etc. (NBR 10844).
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A passagem desses tubos através de lajes, vigas, pilares e paredes (em alguns casos, de Estrutura
esquadrias e mobiliário) é um problema sério nos casos das edificações mal projetadas, mal portante:
uma classe
planejadas: as tubulações acabam por cortar ou se incorporar aos elementos da estrutura portante; de “soluções”
as tubulações acabam por enfraquecer as paredes (que são cortadas de forma temerária para que os proibidas
tubos passem); as tubulações podem romper-se por serem mergulhadas em estruturas e alvenarias por Normas
Técnicas
que se movimentam através de dilatações, recalques e acomodações, arrastando consigo tubulações,
e Códigos
deformando-as, quebrando-as. de Obras.

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 23


FIGURA 1.13 - passagens proibitivas de instalações hidráulicas através de elementos estruturais

Muitos técnicos partilham a opinião de que os sistemas de instalações hidráulicas – como


outros sistemas de instalações – devem ser rastreáveis, (ou seja, podemos encontrar todos os seus
componentes, inclusive aqueles que passarem por dentro de paredes ou outros componentes da
edificação), mas que não precisam se visíveis (estarem expostos em toda a sua extensão).

A relativa “invisibilidade” dos componentes dos sistemas de instalações hidráulicas (e dos


demais sistemas de instalações) é, por outro lado, demonstração de habilidade por parte de projetistas
e construtores: não se vê como a água fria e potável chega às torneiras, (assim como não se vê como a
fiação que conduz a energia elétrica chega às tomadas e às lâmpadas e equipamentos; ou como o ar
condicionado é distribuído de forma silenciosa e homogênea por quase toda a edificação, etc.).

Bons projetos “invisibilizam” as instalações prediais, e somente os pontos de contato, controle e


consumo são colocados à vista, à disposição dos usuários, de forma segura, evidente, fácil de usar.

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A exceção a essa “regra de invisibilidade” ocorre quando o volume de instalações é muito grande
– como em laboratórios de pesquisa em biologia, química, medicina, etc., assim como em hospitais,
fábricas, oficinas, etc., onde deve ocorrer permanente monitoração e manutenção de instalações e
equipamentos de elevada complexidade. Nesses casos, tanto o arquiteto projeta “galerias técnicas”
que reúnem essas volumosas instalações e equipamentos de forma segura e organizada, quanto
coloca parte delas em “réguas” ou forros que permitem sua fácil manutenção (NBR 5723).

24 NT Editora SUMÁRIO
FIGURA 1.14 - galerias e forros técnicos

As passagens das instalações hidráulicas através das edificações são “tridimensionais”, –isto
é, ocorrem em altura, largura e profundidade, usando todos os elementos de apoio com que puder
contar. Como o sistema de água fria atua por gravidade, as passagens verticais são as principais
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vias de distribuição de água fria desde as caixas de água ou reservatórios superiores. Os arquitetos
e projetistas escolhem determinados pontos de passagem vertical, em paredes ou “poços” (que
alguns chamam “shafts”, em língua inglesa, como um jargão) próximos de banheiros e cozinhas,
ou de outros compartimentos que reúnem mais de um ponto de consumo de água fria. Em casas
populares, ou mesmo em grandes edificações, essas paredes são denominadas “paredes molhadas”
devido à eventual concentração de tubulações de água fria. A partir das (mais grossas) tubulações
verticais, os instaladores derivam os ramais de alimentação (tubulações mais finas) até chegar a cada
ponto de consumo.

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 25


FIGURA 1.15: parede molhada e shafts

Observe que cada ponto de fornecimento de água fria (pia, cuba, vaso sanitário, filtro, banheira,
etc.) tem, de forma complementar, um ponto de recepção de águas servidas. A partir daí o sistema
complementar de esgotos começa, dividido em pelo menos 2 conjuntos:

(a) águas “cinzas” (águas servidas que podem ser reutilizadas; ), e

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(b) águas fecais ou “negras” (águas servidas que não podem ser reutilizadas).

FIGURA 1.16: complementaridade água fria / águas servidas

26 NT Editora SUMÁRIO
Exercitando o conhecimento...
Complete a frase utilizando a opção adequada.

As passagens das instalações hidráulicas através das edificações são


_________________________.

( ) Dimensionais

( ) Bidimensionais

( ) Tridimensionais

As passagens das instalações hidráulicas através das edificações são tridimensionais – isto
é, ocorrem em altura, largura e profundidade, usando todos os elementos de apoio com que
puder contar.

1.5. Lista de checagem de problemas das instalações de


água fria
Na visita a imóveis residenciais ou mesmo a edifícios que abrigam escritórios, casos comuns
na rotina dos corretores de imóveis, é importante considerar uma “lista de checagem” de aspectos
que sinalizam a qualidade (ou desqualificam, em graus variados) essas unidades imobiliárias. Os
aspectos mostrados abaixo podem também ser motivo para o diálogo com as equipes de projeto e de
construção, em obras novas.

- Solidariedade das tubulações à estrutura ou vedações: quando as tubulações hidráulicas


são solidárias (estão embutidas) nas lajes, vigas e pilares, estão sob o risco de rompimento devido à
dilatação ou recalques desses elementos estruturais (assim como das paredes). Essa solidariedade
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leva a vazamentos bem difíceis de corrigir, pois exigem a escarificação (ou a escavação) de partes da
laje, da viga ou do pilar, com perigos para a estabilidade estrutural;

- Caixas de água com acesso dificultado: as caixas de água devem ser facilmente acessíveis,
para a sua limpeza e manutenção preventiva (que são operações frequentes, que devem ocorrer com
periodicidade mensal). Caixas de água que são encalacradas nas coberturas das edificações, com
dificuldades para retirar suas tampas ou examinar todos os seus canos de alimentação e descarga,
podem levar à negligência na sua manutenção preventiva e limpeza.

- Caixas de água (elevadas) expostas à intempérie: embora os castelos de água tenham


reservatórios elevados e expostos, são feitos em concreto armado ou alvenaria armada e podem ser
muito bem protegidos contra o pó em suspensão na atmosfera (ou contra a infestação por insetos, ou
por roedores, pássaros, etc.); caixas de água mais frágeis (em fibrocimento), se expostas ao sol, podem
ser mais vulneráveis a contaminações de diversas naturezas;

- Caixa de água do subsolo com vazamento: quando há reservatório em subsolo, a ocorrência


de vazamentos pode ser difícil de constatar, no caso de perdas lentas – mas constantes, devido à

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 27


alimentação prioritária desses reservatórios em subsolo – da água reservada. De um modo geral, esses
reservatórios devem ter fundações próprias, isoladas das fundações dos grandes pilares da edificação:
caso contrário, serão “arrastadas” e prejudicadas pelo eventual recalque das fundações desses pilares;
não é incomum que, quando os reservatórios invadem lençol freático pré-existente, ou quando o
lençol freático se eleva (no período de chuvas, sobretudo), as águas freáticas podem se infiltrar para
dentro do reservatório, contaminando a água potável. Assim, é necessário realizar exames periódicos
das águas reservadas, bem como aproveitar a rotina de limpeza (mensal ou até trimestral) dos
reservatórios, para examinar sua integridade interna, para examinar indícios de eventuais vazamentos;

- Pontos de consumo mal distribuídos e localizados: os bons projetistas sempre oferecem os


leiautes (desenhos demonstrativos) das posições que recomendam para as máquinas de lavar roupas,
pratos, etc., associando seus respectivos pontos de alimentação e de despejo (esgoto) no circuito de
água servida; contudo, contudo, não são incomuns os posicionamentos inconvenientes de pontos de
alimentação e de despejo, assim como pode ocorrer de termos um “número de pontos de alimentação”
diferente do “número de pontos de despejo” (é comum termos menos pontos de despejo que de
alimentação, o que leva a transtornos para o usuário, que é obrigado a “revezar” entre equipamentos
de lavagem que deseja usar). Nas edificações de menor qualidade, podem ocorrer distorções ainda
mais graves, como os famosos casos de colocação de “chuveiros sobre vasos sanitários”, em banheiros
pequeníssimos, desqualificados. É importante solicitar aos projetistas e construtores, em todos
os casos, os leiautes de equipamentos que demandam os pontos de abastecimento de água fria
(associando a cada equipamento os respectivos pontos de alimentação e despejo);

- Espaços e equipamentos de utilização da água mal concebidos: é importante observar


que, cada vez mais, novos equipamentos de consumo de água são lançados no mercado, substituindo
as velhas torneiras, as velhas pias e sifões “pingadores”, os velhos vasos sanitários que tanto
desperdiçam água, assim como máquinas de lavar roupas e pratos mais eficientes no uso de água e
energia elétrica. Mesmo no caso das habitações populares, é inaceitável que continuemos a utilizar os
mesmos equipamentos “fixos” (que são instalados como parte da edificação, de forma permanente)
do passado, quando projetistas e construtores não eram desafiados pela escassez de água potável, ou
pelos elevados custos de tornar potável a água que todos utilizamos. Os espaços de utilização da água,
por sua vez, devem ser de fácil limpeza, e estanques, impedindo que sua utilização cause infiltrações
em lajes e incomodem os vizinhos “do andar de baixo”. Os leiautes dos projetos de arquitetura devem
deixar claras as dimensões e tipos de equipamentos a serem utilizados, esclarecendo ao usuário como

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se movimentará nesses espaços de enorme importância para a vida doméstica;

- Pontos de controle mal distribuídos e localizados: não menos importante, é lamentavel-


mente comum que os REGISTROS gerais e de banheiros (assim como em cozinhas e áreas de serviço,
quando cada subconjunto de pontos de fornecimento de água fria é submetido a um registro de aber-
tura / fechamento, de controle) fiquem em posições muito difíceis de identificar e manipular. Ao visitar
um imóvel, verifique a posição de cada um dos seus registros de controle de água fria; quando for
apresentado a um projeto, pergunte por sua localização: esse singelo fato de o projetista apresentar
solução acessível para os controles do abastecimento de água fria representa sua atenção e experiên-
cia em projeto e obra de edificações.

28 NT Editora SUMÁRIO
Resumindo...

Ao final desta lição, você foi capaz de conhecer o processo de instalação predial de água fria
em pontos de consumo de edificações. Identificamos as formas de reservar e distribuir água fria e a
importância do controle do consumo de água. E fomos lembrados que bons projetos “invisibilizam”
as instalações prediais, e somente os pontos de contato, controle e consumo são colocados à vista, à
disposição dos usuários, de forma segura, evidente, fácil de usar.

Por fim aprendemos que uma lista de checagem de problemas das instalações de água fria
deve ter os seguintes pontos:

- Solidariedade das tubulações à estrutura ou vedações;

- Caixas de água com acesso dificultado;

- Caixas de água (elevadas) expostas à intempérie;

- Caixa de água do subsolo com vazamento;

- Pontos de consumo mal distribuídos e localizados;

- Espaços e equipamentos de utilização da água mal concebidos;

- Pontos de controle mal distribuídos e localizados.

Veja se você se sente apto a:

• Aprender como fazer instalações prediais de água fria;

• Compreender a lógica e o cálculo da reservação de água fria;

• Conhecer os problemas e soluções do reuso de águas servidas;

• Realizar o controle do consumo de água;

• Promover os sistemas de instalações hidráulicas e demais sistemas da edificação;

• Preparar lista de checagem de problemas das instalações de água fria.


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Exercícios
Questão 01 – Assinale a alternativa INCORRETA: Parabéns,
você
a) As instalações prediais de água fria fornecem água “fria” em pontos de consumo finalizou
(geralmente torneiras) da edificação. esta lição!

b) A “água fria” das instalações prediais é necessariamente potável. Agora


responda
c) A denominação das instalações de água “fria” serve como diferenciação de sistemas às questões
ao lado.
de fornecimento de água aquecida ou “quente”.

d) De modo geral, o fornecimento de água quente é resultado de processo de


aquecimento que ocorre no âmbito de cada edificação.

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 29


Questão 02 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Não é viável, ordinariamente, o fornecimento de água quente pela municipalidade,


para todos os imóveis de uma cidade.

b) O fornecimento de água quente pela municipalidade, para toda a cidade sob sua
responsabilidade, teria que ser um sistema independente, extenso e muito dispendioso.

c) A causa dos custos elevados no fornecimento de água quente pela municipalidade


para toda a cidade sob sua responsabilidade seria a enorme perda de energia na sua rede
de fornecimento, que deveria ser compensada pelo investimento em mais energia.

d) Caso as cidades investissem em sistema hidrelétrico capaz de gerar a energia elétrica


necessária para aquecer sua água, num país tropical, qualquer cidade brasileira poderia ter
água quente nas torneiras de suas edificações.

Questão 03 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) As instalações prediais de água quente são um sistema necessariamente independente


do sistema formado pelas instalações prediais de água fria.

b) As instalações prediais de água quente são uma alternativa não-obrigatória para as


edificações, de modo geral, em um país tropical como o Brasil.

c) As instalações prediais de água quente possuem características técnicas bem


diferentes das instalações prediais de água fria.

d) Para as instalações prediais de água quente vale o princípio de que “quanto mais
próximo o agente de aquecimento da água estiver de seus pontos de consumo, mais
racionalmente a energia será utilizada nesse processo de aquecimento”.

Questão 04 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Quando falamos que a água fornecida nas torneiras da edificação é “potável” significa

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que servimos uma água que podemos consumir, beber, servir em copos (“potus”, em
bom latim).

b) Ainda que a água fornecida seja alegadamente “potável”, nos episódios de manutenção
(limpeza e higienização) do sistema, recomenda-se que seja filtrada ou fervida.

c) A potabilidade da água do sistema de instalações de água fria de uma determinada


edificação pode ser assegurada somente a partir do sistema municipal de fornecimento
de água fria.

d) A potabilidade da água do sistema de instalações de água fria de uma determinada


edificação pode ser assegurada, complementarmente, por sistema predial (local e próprio)
de purificação da água fornecida.

30 NT Editora SUMÁRIO
Questão 05 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) As instalações de água fria passaram a incluir essas instâncias de reuso da água


utilizada nas atividades da edificação (higiene pessoal, limpeza de utensílios, lavagem de
superfícies da edificação, etc.).

b) As instalações de água fria podem reutilizar as “águas cinzas”, que são águas servidas
que contém impurezas leves, mas que podem ser filtradas com facilidade.

c) As águas “cinzas” têm menor potencial de contaminação que as águas ‘negras” ou


esgotos sanitários – ou mesmo as águas utilizadas em determinados processos industriais.

d) O reuso de águas servidas é um importante aspecto da sustentação (ou


“sustentabilidade”) da edificação em termos de seu próprio controle do impacto que tem
sobre os recursos naturais.

Questão 06 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Devemos considerar uma variedade de formas alternativas de abastecimento de


água fria, como a captação de água do subsolo (lençol freático).

b) A captação de água do subsolo pode ser feita poços comuns ou de poços artesianos
(condutores de água de lençol freático sob forte pressão natural), sem a necessidade de
fiscalização do Poder Público.

c) A captação de água fria para abastecer as edificações pode ser feita a partir de rios e
lagos, de forma direta.

d) A captação de água fria para abastecer as edificações pode ser feita a partir das
águas das chuvas (desde as coberturas das edificações ou tanques de captação), de forma
associada a depósitos exclusivos (cisternas).

Questão 07 – Assinale a alternativa INCORRETA:


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a) Mesmo quando se tem um sistema municipal de fornecimento de água potável muito


confiável, praticamente “sem falhas”, não é prudente deixar de prover a edificação com um
sistema de reserva de água.

b) As principais formas de reserva de água nas edificações são as caixas de água ou


reservatórios que permitem proceder ao abastecimento da edificação quando de falhas
ou paradas no sistema municipal de abastecimento de água.

c) Podemos ter caixas de água (como as fabricadas em plástico resistente, metal ou


fibrocimento, fornecidas em padrões de 500 a 1.000 litros e mais de capacidade) colocadas
acima dos pontos mais elevados de consumo de água, da edificação.

d) Recomenda-se que as caixas de água pré-fabricadas (em plástico resistente, metal


ou fibrocimento, fornecidas em padrões de 500 a 1.000 litros e mais de capacidade) sejam
colocadas nos reservatórios subterrâneos.

SUMÁRIO Instalações Prediais de Água 31


Questão 08 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Quando temos mais de uma edificação no mesmo lote, é inteligente que apenas
um sistema de fornecimento de água seja implantado, por mais distantes que sejam as
edificações entre si.

b) A exigência da colocação do reservatório em posição elevada, acima do mais alto


ponto de consumo a ser considerado é diretamente derivada da natureza GRAVITACIONAL
da maioria dos sistemas de fornecimento de água.

c) Por sua natureza gravitacional, a água “derrama” desde os reservatórios elevados,


saindo de pontos de consumo (torneiras, outras caixas de água menores, como as de vasos
sanitários, etc.) localizados em posição inferior.

d) Quando maior a distância vertical entre a base do reservatório (ou o fundo da caixa
de água, seu ponto de coleta inferior) e o ponto de consumo (uma torneira no subsolo da
edificação, por exemplo), maior a pressão da água.

Questão 09 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) De um modo geral, utilizamos dois tipos de registros para o controle tanto da


distribuição da água fria (assim como dos circuitos de água quente) quanto da pressão
que se deseja ter nos pontos de consumo.

b) Usamos os registros de pressão para o controle de vasão, em pias, chuveiros,


banheiras, filtros, etc.;

c) Usamos registros de gaveta, empregados nos pontos de distribuição dos ramais –


desde os barriletes, assim como nos principais ramais dos barriletes, em edificações de
maior porte.

d) O registro de gaveta deve ser mantido fechado: precisamos de seu fechamento,


por exemplo, nas operações de limpeza e manutenção, assim como nas verificações
de vazamentos.

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Questão 10 – Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Reservamos água em nossas edificações para que tenhamos água disponível quando,
por alguma razão como interrupções no fornecimento, quebra de equipamentos, seca,
etc., fiquemos sem água para as nossas necessidades de higiene, preparo de alimentos,
limpeza da edificação, etc.;

b) Reservamos água em nossas edificações para que possamos controlar com exatidão
as condições físicas e químicas de fornecimento de água a partir de um reservatório
especialmente projetado, que está ligado a pontos de consumo também planejados com
precisão técnica.

c) O cálculo da reservação de água pode ser muito detalhado, ao computar


aleatoriamente as necessidades de emprego da água por cada etapa de cada atividade
desenvolvida na edificação.

d) O cálculo da reservação de água ao computa o emprego previsto da água por cada


usuário, ao longo de um dia de utilização da edificação (para a sua higiene pessoal, para o
preparo de seu alimento, para dessedentar-se, etc.).

32 NT Editora SUMÁRIO

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