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Exercícios – Simples Nacional

1 – A LC 123/06, art. 28 enumera duas possibilidades de exclusão do contribuinte do


Simples Nacional, por opção ou obrigatoriamente pela exclusão de ofício, explique em
que situações a exclusão de ofício ocorrerá, de acordo com a previsão do art. 29 da LC
123/06 e no art. 84 da Resolução CGSN 140/2018.
A exclusão do Simples nacional será feita de ofício ou mediante a comunicação da
própria ME ou EPP optante.
Será feita mediante a comunicação da ME ou EPP quando a mesma espontaneamente,
desejar deixar de ser optante pelo Simples nacional (exclusão por opção).
Deverá ser feita por comunicação quando a ME ou EPP tiver ultrapassado o limite
proporcional de EPP no ano de início da atividade ou ainda tiver incorrido em alguma
situação de vedação prevista no art. 17 da LC 123/06.
Será efetuada de ofício quando verificada a falta de comunicação de exclusão
obrigatória ou quando verificada a ocorrência de alguma das situações previstas no art.
29 da LC 123/06 e no art. 84, da Resolução CGSN 140/2018:

• Verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;


• ter a empresa causado embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não
justificada de exibição de livros e documentos a que estiver obrigada, e não ter
fornecido informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou
atividade que estiver intimada a apresentar, e nas demais hipóteses que
autorizam a requisição de auxílio da força pública;
• ter a empresa resistido à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao
estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolva
suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;
• ter sido a empresa constituída por interpostas pessoas;
• ter a empresa incorrido em práticas reiteradas de infração ao disposto na Lei
Complementar nº 123, de 2006;
• ter sido a empresa declarada inapta, na forma prevista na Lei nº 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, e alterações posteriores;
• se a empresa comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;
• se for constatada:
o 1. a falta de ECD para a ME e a EPP que receber aporte de capital na forma
prevista nos arts. 61-A a 61-D da Lei Complementar nº 123, de 2006; ou
o 2. a falta de escrituração do Livro Caixa ou a existência de escrituração do
Livro Caixa que não permita a identificação da movimentação financeira,
inclusive bancária, para a ME e a EPP que não receber o aporte de capital
a que se refere o item 1;
• se for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas
supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo
período, excluído o ano de início de atividade;
• se for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de
mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses
justificadas de aumento de estoque, foi superior a 80% (oitenta por cento) dos
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
• se for constatado que a empresa, de forma reiterada, não emite documento
fiscal de venda ou prestação de serviço; e
• se for constatado que a empresa, de forma reiterada, deixa de incluir na folha de
pagamento ou em documento de informações exigido pela legislação
previdenciária, trabalhista ou tributária, informações sobre o segurado
empregado, o trabalhador avulso ou o contribuinte individual que lhe presta
serviço.

2 – Chegou em seu escritório um cliente que pretende de abrir uma empresa que
desenvolva a atividade de Comércio Varejista de alarmes e acessórios e prestação de
serviços de consertos, instalação e monitoramentos.
a) Em qual ou quais CNAE’s essa empresa deverá ser registrada?
b) Ela poderá optar pelo Simples Nacional? Caso positivo, em qual ou quais anexos
ela seria tributada?
c) Informe o embasamento legal para a sua resposta.
a) - 47.89-0 Comércio varejista de outros produtos novos não especificados
anteriormente, ou
- 4530-7/03 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos
automotores, ou
- 4759-8/99 Comércio varejista de outros artigos de uso pessoal e doméstico não
especificados anteriormente, ou
- 4520-0/07 Serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para
veículos automotores.
- 8011-1/01 Atividades de vigilância e segurança privada.
(Sempre questionar o cliente quanto a atividade desenvolvida para o correto
enquadramento no CNAE e nos anexos do SN).
b) Sim, considerando-se que a empresa realiza três atividades distintas, que são:
revenda de mercadorias; serviços de instalações; e serviços de monitoramento
a apuração do imposto simples nacional se sujeitará a três anexos que são os
seguintes:
1.Receita com revenda de mercadorias – ANEXO I;
2.Receita de prestação de serviços de instalação – ANEXO III;
3.Receita de prestação de serviços de monitoramento (vigilância) – ANEXO IV

c) Base Legal: LC 123/06, art. 18


3 – Há um cliente do seu escritório, que é optante pelo Simples Nacional e o seu
faturamento acumulado do ano de 2021, passará de R$ 4.800.000,00 (quatro
milhões e oitocentos mil reais) no próximo mês.
a) A empresa será desenquadrada do Simples Nacional em que ano?
b) E quando ela poderá voltar a tributar pelo Simples Nacional?
Se a receita bruta em 2021 não ultrapassou mais de 20% dos 4.800.000,00:
1- Sobre a receita bruta excedente a R$ 4.800.000,00, o imposto será apurado mediante
aplicação de alíquota máxima, a empresa estará sujeita a majoração da alíquota em
20%.
2- A referida empresa no mês de janeiro de 2022 deverá comunicar a sua exclusão do
Simples Nacional.
3- No mês de janeiro de 2023, ela poderá requerer seu enquadramento no Sistema
simples Nacional, desde que a receita bruta auferida em 2022 seja inferior a R$
4.800.000,00.
Nota: O sistema calculará automaticamente o valor do DAS.
Se a receita bruta em 2021 tenha ultrapassado o limite de R$ 4.800.000,00 em mais de
20%, a referida empresa deverá comunicar a sua exclusão do Simples Nacional no mês
subsequente ao da ocorrência do excesso de receita (Lei Complementar n° 123/2006,
artigo 3°, § 9).

4 – Um cliente solicitou a você a abertura de uma empresa que irá realizar atividades
diversificadas e a inclusão no Simples Nacional como forma de tributação. Ao listar as
atividades que serão desenvolvidas pela empresa, o cliente informa que irá desenvolver
uma atividade de pouca representatividade no faturamento, mas que é vedada ao
ingresso no Simples Nacional, qual seria a sua orientação? Justifique informando o
embasamento legal.
Não poderão optar pelo Simples Nacional as ME e EPP que, embora exerçam atividades
permitidas, também exerçam pelo menos uma atividade vedada, independente da
relevância da atividade impeditiva.

5 – Uma pessoa física realiza atividade de comércio de roupas informalmente e procura


seu escritório para “legalizar” a sua atividade. O faturamento dessa pessoa física no ano
anterior com a venda de mercadorias não ultrapassa o valor de 81.000,00. Qual seria o
procedimento atender à solicitação desse cliente? Qual será o valor do imposto que esse
cliente estará sujeito ao pagamento mensal? E como deverá ser efetuado?
A formalização é gratuita e deve ser feita pelo Portal do Empreendedor no endereço
https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor/quero-ser-mei
O CNPJ, a inscrição na Junta Comercial, no INSS e o Alvará Provisório de Funcionamento
são obtidos imediatamente, gerando um documento único, que é o Certificado da
Condição de Microempreendedor Individual - CCMEI.
O pagamento mensal dos tributos de R$ 55,00 (INSS), acrescido de R$ 1,00 (para
Comércio e Indústria, referente ao ICMS) por meio do DAS (carnê) emitido através do
Portal do Empreendedor ou através do Carnê da Cidadania recebido em casa por meio
dos correios.

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