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Pós-graduação da UFMG
Curso da Prof. Dra. Virgínia Figueiredo
Maio de 2000
Autora: Luzia Gontijo Rodrigues
Deve ser notado aqui que a formação de Nietzsche se deu na filologia e não na
filosofia e que ele nunca freqüentou academicamente o universo desta última. Seus
estudos se centravam, nesse momento, no mundo grego, na cultura e literatura
gregas, suas maiores paixões. Quando ele publica sua primeira obra O nascimento da
tragédia (GT) ele revela bem, já aí, do que se tratava o seu interesse e nos dá as
pistas para aquilo que será o cerne de sua reflexão filosófica dos próximos 18 anos.
Um breve histórico dessa obra nos dará elementos para começar a entender o que
Nietzsche considerava a sua “questão do trágico”. A obra será publicada pela primeira
vez nos últimos dias de 1871 e tem sua origem em três ensaios escritos para
conferências proferidas por ele durante o ano de 1870, intitulados: “O drama musical
grego”; “Sócrates e a tragédia”; “A visão dionisíaca do mundo”. O livro foi publicado
com o título O nascimento da tragédia no espírito da música e ganhará, ainda durante
a vida de Nietzsche, duas outras edições, sendo que a última destas, a de 1886,
contará não apenas com o acréscimo do precioso Ensaio de autocrítica (Versuch einer
Selbstkritik) como também com uma sugestiva mudança do título. Nietzsche revelaria
com isto o foco de seu interesse nesse momento de maturidade da sua reflexão
filosófica (a década de 1880) ao re-intitular a obra O nascimento da tragédia, ou
helenismo e o pessimismo (Die Geburt der Tragödie, oder: Griechenthum und
Pessimismus, observe-se que algumas traduções, inclusive a muito confiável de
Sanchez Pascual, para a Alianza, traduzem como “Grécia e Pessimismo”, ou
“Grecidade e Pessimismo” ).
Um ano mais tarde Nietzsche retomará essa questão, agora em sua Genealogia da
Moral (GM). Aqui o termo “filologia” confunde-se com “genealogia” assim como com
“psicologia”, por ex. quando ele se refere à tarefa de sua investigação filosófica,
afirmando que “o objetivo é percorrer a imensa, longínqua, recôndita região da moral –
da moral que realmente houve, que realmente viveu – com novas perguntas, com
novos olhos: isto não significa, pergunta ele, praticamente descobrir (entdecken) essa
região?...(...)”(GM, Prólogo § 7, aqui na tradução de Paulo César Souza). Quer dizer,
segundo o que acredito, uma das tarefas mais importantes de sua reflexão filosófica
seria aquela associada a uma “filologia”, ou “psicologia” da moral, tarefa esta que já se
encontrava no cerne de NT. No entanto, é preciso colocar ao lado dessa minha
afirmação uma interrogação: por quê a investigação genealógica/psicológica da moral
teria sido tão fundamental para ele? Espero que ao final possamos ter ao menos
pistas para uma resposta a tal questão.
Mas retomando a questão da “filologia”, em uma nota de sua tradução de Para além
do bem e do mal (JGB) Paulo César Souza chama atenção para o fato de que o termo
“filologia” significaria, no contexto da cultura alemã na qual Nietzsche se formou, não
apenas o estudos de línguas e textos clássicos, mas também, através destes, de
todas as manifestações espirituais de um povo. E acrescenta ainda “nos textos de
Nietzsche, ‘filologia’ denota sobretudo a arte de ler bem, com rigor e vagar, precisão e
paciência”(nota 57 de JGB da edição brasileira, 1992). Remeto também ao texto de
Foucault, “Nietzsche, Freud e Marx – Theatrum Philosoficum”, no qual ele fala da
técnica interpretativa nietzscheana comparando-a a um movimento de “uma
escavação sem fim”. A cultura seria, então, o texto a ser “escavado”, interpretado, não
porque aí se busque uma verdade originária, mas sim porque a tarefa desse “tipo” de
filólogo-filósofo é a de expor o próprio fato de que aquela – a cultura – é constituída de
“significados” e não de “fatos”.
Isso tudo que disse até agora foi apenas para localizar O nascimento da tragédia e a
questão do dionisíaco no contexto desta “escavação” filosófico-psicológica de
Nietzsche, ou “genealógica” para utilizarmos um termo muito apreciado por ele.
Observo ainda que Nietzsche se refere a ele próprio de forma recorrente como
“psicólogo”, assim como por diversas vezes lamenta que não existam mais psicólogos
entre os filósofos (cf. por ex. o Prólogo a GM § 3).
típica de sua reflexão filosófica, ao estabelecer uma conexão entre o que usualmente
tratamos como “questões estéticas”, ou artísticas, e a psicologia do humano. Cito:
Chamo atenção aqui para o fato de Nietzsche utilizar duas vezes um verbo conectado
com sua concepção de “genealogia”: procederia/proceder= stammen (aus), o qual
remete a Herkunft, um dos termos utilizados por ele em sua Genealogia da Moral, no
sentido de procedência, proveniência. Sobre isso há também um texto de Foucault,
intitulado Nietzsche, a genealogia, a história.
Retomando aquela citação, Nietzsche lança aqui uma hipótese, a qual, pode-se
afirmar, deve ser lida como o eixo não apenas dessa sua primeira obra mas também
de sua reflexão filosófica como um todo. Retomo-o, citando:
“Existem, por acaso, (...) neuroses da saúde? (...) Para que aponta aquela
síntese de deus e bode que se dá no sátiro? Em razão de que vivência de si
mesmo, para satisfazer a que impulso, precisou o grego pensar-se como um
entusiasta dionisíaco e homem originário? (=primitivo, segundo Sanches
Pascual, Alianza = Urmensch) (...) E se os gregos tiveram, precisamente em
meio à riqueza de sua juventude, a vontade do trágico (der Wille zum
Tragischen) e foram pessimistas? (...) E se, por outro lado e ao contrário, os
gregos se tornaram precisamente nos tempos de dissolução e debilidade
cada vez mais otimista, mais superficiais, mais comediantes, também mais
ansiosos de lógica e de logicização do mundo, quer dizer, ‘mais joviais’ e
‘mais científicos’?” (EA § 4)
Vamos fazer uma breve análise e tradução das questões que se ocultam sob aquela
pergunta colocada e sob a “resposta” por ele dada. Para começar, e em primeiro lugar,
N. deixa claro na pergunta feita a “descrição” do que para ele se constituiria como o
“trágico-dionisíaco”. Este estaria associado a um tipo de pessimismo – e é preciso
enfatizar este “um tipo” por razões que mencionarei mais à frente – o qual ele batizará
Pessimismus der Stärke (pessimismo da força, cf. EA § 1). Este poderia ser descrito
como a capacidade e a vontade de ver, viver e representar aquilo que ele chama “o
caráter terrível e enigmático da existência” (der furchtbare und fragwürdige Charakter
des Daseins; cf., por ex. a série de frag. de 1888 sobre GT, de 14 [14] a 17 [3] KSA
XIII). É preciso observar que estaria implícita neste “pessimismo da força” a definição
de um tipo de homem, e de cultura, claro, que seria capaz de uma “vontade de arte”
(Wille zur Kunst), justamente por ser aquele tipo que viveria e afirmaria a existência
em toda sua dimensão trágica. Mas atenção, esta “Vontade de arte” não se restringe,
para Nietzsche, aos limites do que convencionamos a chamar de “arte” (pintura,
escultura, literatura etc.). Aquela expressaria a própria constituição do humano
(Mensch) enquanto “constituição criadora” e poderia ser qualificada, se aqui se
tratasse de uma metafísica, de uma espécie de “ser” do homem.
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Em segundo lugar, com sua “resposta” àquela pergunta, N. associa essa Wille zum
Tragischen/Vontade do trágico com uma espécie de superabundância de vida, de
saúde. Mais ainda, ele associará aquela a um momento que, historicamente,
coincidiria com o período anterior a Sócrates, ou pelo menos, ao apogeu da filosofia
socrático-platônica, e, portanto, com o momento dos chamados, por ele, “filósofos
trágicos” (cf. A filosofia na época trágica dos gregos, texto de 1873, portanto
contemporâneo de GT). Eu sei que nesse trecho citado acima do Ensaio de autocrítica
ele não diz explicitamente que a época do trágico e esta “vontade de trágico”
coincidiria como o período dos chamados filósofos “pré-socráticos”. Mas isso está
implícito para os conhecedores do texto de GT e aqueles familiarizados com as
críticas de N. a Sócrates/Platão. Mas isso ficará também um pouco mais claro na
afirmação seguinte onde ele pergunta (não é uma “pergunta”, está claro, é
evidentemente uma hipótese lançada por ele) se não teria sido exatamente nos
tempos de sua “dissolução” quando os gregos se tornaram mais ansiosos de lógica,
mais “científicos”.
Esta é, sem dúvida, uma das teses mais polêmicas do livro e uma das que lhe
renderam a fama de “irracionalista”. Nietzsche defende aqui que Sócrates, e o que
historicamente se considera o apogeu da filosofia grega, representaria,
simultaneamente, o início de uma “lógica da ciência” e, ao mesmo tempo, o fim, a
decadência, a dissolução. Mas decadência e fim de quê? Daquilo que para Nietzsche
seria o apogeu de uma cultura, a capacidade de transformar em representação, em
ilusão, em arte, a experiência com o núcleo mais profundo e enigmático da vida. E o
que significaria para ele aquele “cientificismo” e aquela “vontade de lógica”? Significa a
necessidade cada vez maior – a qual será expressa pela e na filosofia – de explicar e
traduzir racionalmente aquela experiência; significa uma necessidade crescente de
constructos teóricos para definirem, por ex., as experiências estética e ética com o
mundo.
É preciso aqui atentar para o fato de que Nietzsche, como todo grande pensador, se
apropria de determinados personagens históricos assim como de conceitos, para
afirmar sua própria filosofia. O Sócrates de Nietzsche é o representante de uma
“tendência” na cultura grega, e ocidental seja dito, para o Iluminismo (Aufklärung),
tendência esta caracterizada por ele como a presença de um “elemento otimista” na
essência do pensar e do existir, que “uma vez infiltrado na tragédia, (teria) de encobrir
pouco a pouco as regiões dionisíacas desta e empurrá-las necessariamente à auto-
aniquilação (...)” (NT § 14). Nietzsche identifica este “influxo otimista” com o momento
do surgimento da dialética socrática a qual teria, segundo ele, entronizado o “tipo
teórico” de homem (Mensch). Este “tipo” seria aquele que “goza e se satisfaz” com o
afastamento do “véu de Maya” que encobriria a realidade profunda e enigmática da
vida. Esse “tipo” não apenas teria aí sua satisfação, mas também encontraria nesse
“desvelamento” a sua mais alta meta, já que ele acreditaria que “seguindo o fio da
causalidade o pensar chega(ria) até os abismos mais profundos do ser e que o pensar
(seria) capaz não só de conhecer , mas também de corrigir o ser” (GT § 15). Esse
seria para Nietzsche o “espírito” que teria fundado a ciência, ou o “instinto de ciência”,
o qual deve ser lido como uma “vontade de verdade” e que se oporia tanto àquela
“vontade de ilusão” apolínea quanto a uma “vontade de trágico” dionisíaca. (cf.
Roberto Machado Nietzsche e a verdade).
[Sobre essa expressão “véu de Maya” é preciso observar que ela é utilizada por
Nietzsche em GT, como sinônima da expressão “véu de aparência e ilusão”. Essas
expressões estão todas ligadas à figura paradigmática de Apolo, o qual é associado
por Nietzsche aos poderes estéticos da aparência, da ilusão e da imposição de limites.
Ou seja, na sua interpretação, ele simbolizaria todos os feitos humanos que
celebrariam a vitória do “princípio de individuação” sobre o princípio indeterminado e
selvagem da Natureza. Remeto aqui a uma imagem de Homero que traduziria bem
essa concepção de Nietzsche da vitória do apolíneo da cultura sobre a barbárie da
Natureza, aquela muito conhecida passagem da chegada de Ulisses e de seus
companheiros ao país dos soberbos Ciclopes e seu embate com o Ciclope solitário, no
Canto IX da Odisseia]
“Uma velha lenda conta que durante muito tempo o rei Midas havia tentado
caçar no bosque o sábio Sileno, acompanhante de Dioniso, sem poder
alcançá-lo. Quando por fim esse cai em suas mãos, o rei lhe pergunta o que
seria o melhor e preferível para o homem. Rígido e imóvel se cala o demônio,
até que, forçado pelo rei, acaba pronunciando estas palavras, em meio a
uma risada estridente: ‘Estirpe miserável de um dia, filhos do azar e da fadiga,
por que me forças a dizer-lhe o que para você é muito mais vantajoso não
ouvir? O melhor de tudo é totalmente inalcançável para você: não haver
nascido, não ser, ser nada. E o melhor em segundo lugar é para você –
morrer logo” (GT § 3)
A questão implícita aqui na leitura que Nietzsche faz do fenômeno trágico grego é
aquela de como seria possível ao homem viver, conhecendo e experenciando a
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Nietzsche menciona, por ex., as festividades ligadas ao deus Dioniso celebradas por
diversas culturas asiáticas e do oriente, as quais estariam sempre associadas ao
consumo do vinho ou de bebida narcótica e ao rompimento de todos os limites
impostos pela cultura, como por ex. o tabu do incesto. Nessas festividades, como
lembra Nietzsche, o indivíduo vivencia a ruptura de todos os constrangimentos sociais
e dos próprios contornos da consciência, e pode se aproximar, perigosamente, do que
seria o “fundo indiferenciado” primordial da Natureza. o grande risco dessas vivências
orgiásticas, segundo Nietzsche, seria aquele da Náusea. Cito:
Nessa passagem Nietzsche nos oferece uma pista par entendermos melhor o que ele
diz ser aquela “Vontade de arte” (Wille zur Kunst) a qual, segundo ele, expressaria a
própria constituição do ser humano (Mensch) enquanto artista. Como vimos, ele
associa aqui a “criação” da religião olímpica àquele poder de ilusão e arte descrito por
ele como um Künstler-Vermögen des Menschen em um frag. de 1888 onde ele retoma
GT. Para Nietzsche, não apenas a arte no sentido estrito deste termo, mas também
“criações culturais” tais como a religião, a ciência e a filosofia mesmo, atestariam essa
Wille zur Kunst. Vou citar de forma parcial e fragmentária, e numa tradução caseira
precária, este frag. 17 [3], porque considero-o um dos textos mais importantes escritos
por Nietzsche sobre o trágico. Aqui ele retoma GT, segundo os organizadores e
comentadores da edição critica das obras de Nietzsche, Giorgio Colli e Mazzino
Montinari, com a intenção de escrever um ensaio sobre arte (cf. nota da ed. francesa
Gallimard, vol XIV). O frag. começa com uma lacuna de um par de palavras e então
segue a firmação, que conseguimos contextualizar, preenchendo a lacuna inicial, se
confrontamos esse frag. com outros da mesma época e sobre a mesma temática:
(...) Nesse livro estas (provavelmente a Ciência e a Moral) são consideradas apenas
como diferentes formas de mentira (Lüge)
Com sua ajuda/com a ajuda destas a vida se torna acreditável (wird geglaubt = torna-
se confiável; acredita-se na vida )
A vida tem (soll) de inspirar confiança: a tarefa, assim colocada, é monstruosa. Para
solucioná-la, o homem precisa (muss) ser, já por Natureza, mentiroso (Lügner), ele
precisa ser mais do que tudo artista (Künstler)
(...) metafísica, religião, moral, ciência – todas produtos (Ausgeburt) de sua vontade de
arte (Wille zur Kunst), de mentira, de fuga da ‘verdade’, de negação da ‘verdade’
O poder mesmo, graças ao qual ele viola (vergewaltigen) a Realidade através da
mentira, este poder-artístico (Künstler-Vermögen) do homem por excelência – ele o
tem em comum com tudo que é
(...)
A arte e nada senão a arte! Ela é a grande possibilitadora/propiciadora (Ermöglicherin)
da vida, a grande sedutora para a vida, o grande estimulante da vida
A arte como única contra-força superior (überlegene Gegenkraft) contra toda vontade
de negação da vida, como aquilo/o anti-cristão, anti-budista, ainti-niilista por
excelência
Vê-se que nesse livro (...)
(...) é concebido um estado supremo/mais alto de afirmação da existência, do qual
mesmo a maior dor não pode ser subtraída: o estado trágico-dionisíaco (abgerechnet
werdem kann ... aus = afastada/excluída) frag. 17 [3] KSA XIII
Chegando a esse ponto, deixo aqui em aberto para discutirmos as afirmações desse
fragmento em relação com aquilo que já foi dito sobre o trágico-dionisíaca em GT.
Gostaria apenas de ainda aproveitar esse frag. para trazer de volta a questão sobre a
necessidade, e o sentido, para a reflexão nietzscheana, de uma “genealogia” ou
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“psicologia” da moral, como deixei em suspenso no início. Por quê a moral seria para
ele um alvo central em sua análise crítica da cultura? O que ela carregaria de tão
perigoso, ao ver de Nietzsche, se ela também seria uma forma de “mentira”, de “arte”,
um produto daquele “poder-artístico do homem” exaltado por ele?
O fragmento citado já nos deu uma pista ao afirmar que a arte é a “única ‘contra-força’”
contra a negação da vida; também ao dizer, logo a seguir, que a arte seria “o anti-
cristão” e “anti-niilista” por excelência. Quando Nietzsche aponta para os perigos da
moral e afirma ser necessário uma “psicologia”, uma análise genealógica desta que
denuncie sua gênese niilista, Nietzsche está querendo dizer a “moral cristã”, e está
claramente contrapondo esta ao universo ético-estético grego. A moral que Nietzsche
classificaria como um “fenômeno” niilista é a moral cristã. Se retomarmos, com esse
olhar, a leitura dos textos onde ele trata da “questão grega” ou da tragédia,
perceberemos o quão estaria aí subliminar – nem sempre eles são nomeados – a
crítica ao cristianismo e à moral cristã.
homem que não conhece mais o risco, a aventura, a “grande coragem”, nem é mais
capaz da “grande paixão” [ cf. frag. 14 [61] KSA XIII, onde Nietzsche fala da “grande
Ambição”, e também do “grande estilo” o qual se identificaria com a “grande paixão”/
der grosse Stil; die grosse Leidenschaft; die grosse Ambition / todos estão por ele
associados a um “tipo” de artista que ele denomina “die grosse Künstler” ou “o
ambicioso do grande estilo”/ solche Ambitiöse des grossen Stils]
A morte da tragédia grega e a história daquilo que ela teria simbolizado confundem-se,
nas mãos de Nietzsche, com a narrativa desse “drama” humano chamado “niilismo”.