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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DRA MARIA AUGUSTA SARAIVA

CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

BRUNA DE BIASI MUNIZ


DEHIQUIFER MAX CARDOSO
MARCOS VINÍCIUS PRADO GUSMÃO
SAMUEL SOARES
SARAH DA SILVA ANDRADE

LEVANTAMENTO E PREVENÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS NUMA OFICINA

AUTOMOTIVA

SÃO PAULO
2021
BRUNA DE BIASI MUNIZ
DEHIQUIFER MAX CARDOSO
MARCOS VINÍCIUS PRADO GUSMÃO
SAMUEL SOARES
SARAH DA SILVA ANDRADE

LEVANTAMENTO E PREVENÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS NUMA OFICINA

AUTOMOTIVA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentada ao Curso Técnico de
Segurança do trabalho da ETEC Dr.
Maria Augusta Saraiva, orientado pelo
Prof° Adalton Livio da Fonseca Roma,
como requisito parcial para a obtenção
do título de técnico de Segurança do
Trabalho.

SÃO PAULO
2021
Dedicamos aos nossos
familiares e amigos pelo apoio,
e aos nossos professores por
nos auxiliarem para a
conclusão deste trabalho.
AGRADECIMENTOS

R4r4rAgradecemos primeiramente a Deus pela sabedoria e inteligência, aos


Professores e a todas as pessoas que contribuíram para elaboração deste trabalho.
“A tarefa não é tanto ver aquilo
que ninguém viu, mas pensar o
que ninguém ainda pensou
sobre aquilo que todo mundo
vê.” (ARTHUR
SCHOPENHAUER)
RESUMO

A segurança e saúde do trabalhador deve ser prioridade para qualquer ramo de


atividade. Entretanto, com o descumprimento das normas regulamentadoras, do
Ministério da Economia e das legislações vigentes, favorece um ambiente vulnerável
a ocorrência de acidentes e de doenças ocupacionais. As atividades realizadas nas
oficinas automotivas apresentam um grau considerável de exposição aos riscos
ocupacionais e, consequentemente, é necessário ter uma política de segurança com
intuito de orientar e fazer cumprir as normas regulamentadoras, a fim de proteger a
integridade física e psíquica dos colaboradores. Com a aplicabilidade das políticas
de segurança, o ambiente ficará neutralizado e, consequentemente, será de fato,
promovida a segurança e saúde no ambiente de trabalho. Os estudos que serão
apresentados, têm a finalidade de aplicar o método da Análise Preliminar de Riscos
(APR), tendo em vista a identificação de riscos existentes no ambiente e também de
medidas protetivas a serem consideradas com o objetivo de minimizar os danos
causados pela a exposição dos riscos ocupacionais identificados. Os principais
riscos encontrados no ambiente relacionado a atividade de manutenção e reparação
de veículos automotores variam de acordo com o tipo de atividade desempenhada
(Mecânica, Pintura e Funilaria), pois em diferentes locais da oficina, encontram-se
produtos químicos, radiações não ionizantes, ruídos contínuos e intermitentes, bem
como equipamentos de elevação de carros e maquinários elétricos e de combustão.

Palavras-chave: Oficina Automotiva. Riscos Ocupacionais. Políticas de Segurança,


Exposição.
1

ABSTRACT

The safety and health of the worker must be a priority for any branch of activity.
However, with non-compliance with regulatory standards, the Ministry of Economy
and current legislation, it favors an environment that is vulnerable to the occurrence
of accidents and occupational diseases. The activities carried out in automotive
workshops have a considerable degree of exposure to occupational risks and,
consequently, it is necessary to have a safety policy in order to guide and enforce
regulatory standards in order to protect the physical and psychological integrity of
employees. With the applicability of safety policies, the environment will be
neutralized and, consequently, safety and health in the workplace will be promoted.
The studies that will be presented, have the purpose of applying the Preliminary Risk
Analysis (APR) method, with a view to identifying existing risks in the environment
and of protective measures to be considered in order to minimize the damage
caused exposure of the identified occupational risks. The main risks found in the
environment related to the maintenance and repair of motor vehicles vary according
to the type of activity performed (Mechanics, Painting and Body Shop), since in
different locations of the workshop, they are chemical products, non-ionizing
radiation, continuous and intermittent noise, as well as equipment for lifting cars and
electrical and combustion machinery.

Key-words: Automotive Workshop, Occupational Risks. Security Policies, Exposure.


2

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - legenda [1].....................................................Erro! Indicador não definido.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


APR Análise Preliminar de Riscos
CBMESP Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT Consolidação das Leis Trabalhistas
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas
DORT Distúrbio Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
EPI Equipamento de Proteção Individual
IT Instrução Técnica
LER Lesão por Esforço Repetitivo
NR Norma Regulamentadora
NBR Norma Brasileira Registrada
OIT Organização Internacional do Trabalho
PPRA Programa de Prevenção de Risco Ambientais
SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do trabalho
SST Saúde e Segurança do Trabalho
Y

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................10
1.1. PROBLEMÁTICA................................................................................10
1.2. OBJETIVOS.........................................................................................11
1.2.1. OBJETIVOS GERAIS..............................................................11
1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................11
1.2.3. FIGURAS..................................................................................12
1.3. HIPÓTESE...........................................................................................12
1.4. JUSTIFICATIVA..................................................................................13
1.5. METODOLOGIA..................................................................................13

2. CLT, NORMAS REGULAMENTADORAS E SEGURANÇA DO TRABALHO


15
2.1. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO..................................15
2.2. NORMAS REGULAMENTADORAS...................................................16
2.3. SOBRE A EMPRESA..........................................................................17
2.4. SESMT E CIPA....................................................................................18
2.5. RISCOS OCUPACIONAIS..................................................................19
2.5.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS...............20
2.5.2. RISCOS FISÍCOS.....................................................................21
2.5.3. RISCOS QUÍMICOS.................................................................25
2.5.4. RISCOS DE ACIDENTES........................................................28
2.5.5. RISCOS ERGONOMICOS.......................................................30
2.5.6. CONDIÇÕES SANITARIAS E DE CONFORTO.....................31
2.5.7. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL...................32
2.6. GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS...........................32
2.6.1. MATRIZ DE RISCO..................................................................32
2.6.2. RELAÇÃO DE PERIGO X SEVERIDADE...............................32
2.7. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS...............................................32
2.7.1. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO........................................32
2.8. IMPLANTAÇÃO PROGRAMA 5S NA OFICINA................................32
2.8.1. FILOSOFIA 5S.........................................................................33
2.8.2. OS 5 SENSOS..........................................................................33
2.8.3. SENSO DE UTILIZAÇÃO........................................................34
2.8.4. SENSO DE ORGANIZAÇÃO...................................................34
2.8.5. SENSO DE LIMPEZA..............................................................35
2.8.6. SENSO DE PADRONIZAÇÃO/SAÚDE...................................35
1

2.8.7. SENSO DE AUTODISCIPLINA...............................................36


2.9. O PROGRAMA 5S..............................................................................36
2.9.1. IMPLANTAÇÃO.......................................................................37
2.9.2. TREINAMENTOS.....................................................................38
2.9.3. MANUTENÇÃO DO PROGRAMA...........................................38

3. CONCLUSÃO..............................................................................................39
10

1. INTRODUÇÃO

A segurança e saúde do trabalhador deve ser prioridade em qualquer


empresa, independente do ramo de atividade.
O cumprimento dos termos citados pelas Normas Regulamentadoras de
Segurança e Saúde no Trabalho, é o que propicia ambientes seguro e desfavorece a
ocorrências de acidentes e minimizam os impactos dos riscos ocupacionais na
saúde dos trabalhadores, por isso a importância do conhecimento e a realização de
uma gestão voltada a minimizar os riscos existentes no ambiente de trabalho,
favorecendo a empresa e os trabalhadores.
As oficinas automotivas apresentam grau consideravelmente alto aos seus
colaboradores, envolvendo riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes devido a utilização de máquinas e equipamentos o que torna
indispensável a utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva, Medidas
Administrativas e/ou Equipamentos de Proteção Individual. O conhecimento da
segurança no ambiente de trabalho reflete diretamente na qualidade de vida dos
trabalhadores e, consequentemente, na produtividade da empresa.
A Portaria n. 3.214, de 08 de junho de 1978, aprovam as Normas
Regulamentadoras, que estabelecem que seja feito o levantamento de riscos bem
como controle desses riscos, de acordo com o levantamento dos riscos no ambiente
e do comprimento da norma regulamentadora n. 09 (Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais).
O objetivo desse estudo foi aplicar a técnica de APR (Análise Preliminar de
Riscos) em ambiente de oficina automotiva a fim de identificar riscos por meio de
observação direta, questionamentos aos trabalhadores e análise da documentação
de segurança do trabalho existentes. Sendo assim, foram apresentadas
recomendações que visem eliminar ou minimizar os riscos encontrados na oficina.

1.1. PROBLEMÁTICA

A falta de organização na oficina e a falta do uso de EPI (Equipamento de


Proteção individual) adequados para exercer as tarefas, pode colocar em risco a
integridade física dos funcionários que trabalham no local ocasionando acidentes.
11

Consequentemente, além de causar poluição visual, aumentam


consideravelmente as chances de ocorrer um acidente no local por objetos no
caminho de passagem, maquinários em mau estado de conservação, além da falta
de manutenção dos elevadores.
Além da falta de organização do ambiente, temos o fator de riscos físicos,
químicos e de acidentes que não são controlados devidamente por falta de políticas
de segurança e pela falta de utilização correta dos equipamentos de proteção
individual (EPI) e da implantação dos Equipamentos de Proteção coletiva (EPC).

1.2. OBJETIVOS

O principal objetivo do levantamento de riscos no ambiente é de aplicar


políticas de segurança do trabalho, além de seguir as orientações e as obrigações
que as normas regulamentadoras estabelecem para promover a saúde e segurança
para os trabalhadores.
Tratando-se de atividades que envolvem riscos físicos, químicos, biológicos,
ergonômico e de acidentes, é necessário que a política de segurança seja aplicada
de forma eficiente e que a gestão do estabelecimento oriente seus trabalhadores
sobre a importância de seguir os critérios de segurança do trabalho. Isto é, utilizar
corretamente os equipamentos de proteção individuais e seguir os programas
aplicados em saúde e segurança do trabalho.

1.2.1. OBJETIVOS GERAIS

O objetivo geral da pesquisa é de aplicar as políticas de segurança através da


análise preliminar de riscos e de orientar sobre a importância de minimizar a
exposição dos riscos que o ambiente está exposto através do programa de
segurança.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Implantação de lista de verificação das funções que devem ser


realizadas.
12

II. Análise dos riscos que as máquinas podem oferecer ao trabalhador e a


implantação dos procedimentos corretos conforme a NR 12.
III. Estabelecer uso correto dos EPI no local de trabalho de acordo com a
atividade em função de acordo com a NR 06..
IV. Normatização e conformidade com as ITs e a legislação vigente do
CBMESP.
V. Implementação a metodologia dos 5S

1.2.3. FIGURAS

Para acrescentar uma figura, clicar com o botão direito do mouse em cima da
figura e em seguida em Inserir Legenda.

Figura 1 - legenda [1].

Aparecerá a palavra Figura e a numeração automática. Este procedimento é


necessário para a introdução e atualização automática do índice.
Por último, coloquem uma boa legenda, que ajude a entender e não
esqueçam da referência.

1.3. HIPÓTESE

Os riscos gerados na oficina automotiva provêm diretamente da falta de


organização e do não atendimento aos conceitos intitulados pelas Normas
Regulamentadoras e da falta de políticas de segurança.
A falta de organização não põe apenas em risco a integridade física dos
trabalhadores, mas também para os frequentadores que visitam o local, tendo em
vista que se mantém contato diariamente com produtos químicos, ruídos, radiações
não ionizantes e entre outros. Atender as normas, principalmente a NR 24, se faz
13

necessário para que se tenha as condições mínimas de conforto e higiene


observadas no ambiente de trabalho.

1.4. JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento deste trabalho tem relação com a necessidade atual do


cenário da segurança do trabalho e do levantamento de riscos numa oficina
automotiva que busca soluções eficazes, com o objetivo de evitar acidentes,
provenientes por falta do uso adequado do EPI, falta de programas aplicados em
saúde e segurança do trabalho, isto é, a falta da aplicabilidade de políticas de
segurança. E por fim, da falta de organização do ambiente laboral.
Vale ressaltar que, os profissionais da oficina automotiva não têm a
capacitação dos procedimentos e da execução das normas regulamentado n° 04,05,
06, 12,15,17,20,23 e 24. Consequentemente, os riscos de acontecer acidentes no
ambiente por falta da execução de observância da legislação, análise dos riscos
ambientais, e por fim, da falta de organização, podem acrescentar problemas para
os clientes e funcionários que frequentam a oficina.
Entretanto, atender os requisitos das normas regulamentadoras significa
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Portanto, foi essencial a
implantação de um plano eficaz amparando os funcionários e clientes.
Além de garantir a segurança dos trabalhadores, foi preciso lhes proporcionar
um ambiente de trabalho confortável e para isso implementamos a metodologia dos
5S, visando a qualidade total do ambiente laboral, como uma forma inovadora de
empreendedorismo para oficina automotiva. Isso porque o rendimento dos
funcionários é compatível com o ambiente em que trabalham.

1.5. METODOLOGIA

Essa monografia foi desenvolvida através de estudo campo, usando o método


de avaliação qualitativa. Primeiramente foi feita uma análise do local, observando as
inconformidades de modo geral.
Após a listagem dos riscos encontrados, foi elaborado uma lista de verificação
dos objetivos a serem atingidos a fim de minimizar e/ou eliminar os riscos de
acidentes na oficina.
14

Para a realização do estudo foram coletados fotos e depoimentos dos


funcionários que trabalham no estabelecimento.
Foi entregue uma cópia dessa monografia ao proprietário da oficina, contendo
todas as informações e recomendações do estudo realizado, juntamente com a
sugestão da implementação da metodologia dos 5S.
15

2. Desenvolvimento

2.1. Normas regulamentadoras

Atualmente no Brasil existem 37 normas regulamentadoras que visam


preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores, e delimitam procedimentos e
estratégias na prevenção de acidentes, por meio de medidas de impacto individual e
coletivo. Elas regulamentam uma legislação referente a SST que atende a 37 temas
diferentes, tratando desde prevenções de riscos ambientais até práticas de
segurança para abatedouros.
Isso visa garantir a integridade física, a saúde e a segurança no trabalho,
tendo como as definições das NR, estabelecendo os requisitos técnicos e legais
sobre as características mínimas de segurança e saúde ocupacional.

2.2. Sobre a empresa

A oficina está localizada na cidade de São Paulo – SP, é classificada como


Manutenção e reparação de veículos automotores com o CNAE 45.20-0 de acordo
com a NR n. 04. Sendo o número total de funcionários de 3 pessoas, isto é, não há
necessidade de compor SESMT e nem CIPA, segundo as NR n. 4 e NR n. 5,
respectivamente.
Estão presentes na oficina maquinários elétricos e de combustão, produtos
químicos, níveis de ruído contínuo e intermitente, entre outros agentes nocivos que
será abordado neste trabalho. Por isso, foi fundamental expandir em larga escala a
ideia de que a prevenção é o melhor caminho.
16

Figura 1: Entrada principal da oficina.

Fonte: Autoria própria.

Suas principais características, para o estudo da segurança do


trabalho, são:

a) Cidade / Estado: São Paulo – SP;


b) Tipo de atividade: Manutenção e Reparação de Veículos Automotores;
c) CNAE: 45.20-0;
d) Grau de Risco: 3;
e) Número de trabalhadores:3 funcionários do sexo masculino;
f) Área do estabelecimento: 300m²;
g) Altura do estabelecimento: 6m².

2.3. SESMT e CIPA

Segundo a NR n. 04, o SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho) deve ser constituído levando-se em
consideração a quantidade de trabalhadores, o Grau de Risco e CNAE da empresa
empregadora. O mesmo acontece com a NR n. 05 a CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de acidentes).
Assim sendo, conforme número de trabalhadores (3) e o Grau de Risco (3)
não há necessidade de compor SESMT e nem CIPA.
17

Porém o item 5.6.4 da NR n. 05, determina que: “Quando o estabelecimento


não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável pelo
cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de
participação dos empregados, através de negociação coletiva. ”, assim sendo, a
empresa deve definir algum responsável para cumprir com as normas
regulamentadoras.
Quadro 1: Dimensionamento do SESMT

Fonte: Quadro II da NR n.04.


18

Quadro 2: Dimensionamento da CIPA.

Fonte: Quadro I da NR n.05.

2.4. Identificação dos riscos nas atividades

Os trabalhadores da oficina executam atividades que apresentam um grau


considerável de riscos ocupacionais que podem causar acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho. Vale ressaltar, que os agentes responsáveis pelos riscos
químicos, quando se encontram em dispersão no ar atmosférico, são chamados de
contaminantes atmosféricos, ou seja, todo o ambiente laboral estará exposto pelo
agente químico que pode gerar diversos efeitos para os trabalhadores e para os
frequentadores da oficina como, doenças respiratórias e entre outras doenças. Na
oficina, são encontrados diversos agentes nocivos nos setores de funilaria e pintura
e os trabalhadores ficam expostos sem nenhuma medida de proteção, conforme a
imagem abaixo.
19

Figura x: Processo de Pintura

Fonte: Autoria própria.

O local é bem ventilado e tem exaustores para dispersar os agentes químicos,


porém, os exaustores estão localizados no forro, exatamente ao meio da oficina,
portanto, essas névoas de pintura podem passar sobre a zona respiratória dos
trabalhadores. Para que isso não ocorra, deve ser colocado o sistema de exaustão
do outro lado do trabalhador, atrás da peça a ser pintada ou mesmo, debaixo de um
piso falso, contendo grelha, para essas névoas irem em direção ao piso e não irem
em direção à zona respiratória dos trabalhadores.
Assim também, como o sistema de exaustão não é completamente eficaz
para a pintura, os trabalhadores também não utilizam nenhum equipamento de
proteção individual, isto é, a oficina não implementa as políticas de segurança do
trabalho. De acordo com o subitem 6.6.1 da NR n.06, determina que os
empregadores devem adquirir o EPI correto de acordo com a atividade realizada
pelo trabalhador e exigir o seu uso de forma correta.
Foi identificado a presença de radiação não ionizante, através da atividade de
soldagem, que pode prejudicar à saúde dos trabalhadores e, neste processo de
atividade, o trabalhador está exposto a diversos fatores de riscos como, poluição por
fumos metálicos, radiação não ionizantes, ruídos excessivos, choques-elétricos,
incêndios e explosões. É indispensável trabalhar em locais com uma boa ventilação,
20

usar máscaras de proteção contra radiação e contra os fumos metálicos, trabalhar


com a postura adequada e o funcionamento adequado dos exaustores.
A radiação não ionizante, é decorrente da luminosidade existente no arco
elétrico, ou seja, podem causar problemas na visão e queimaduras. Com a
exposição constante e prolongada, podem ocorrer doenças ocupacionais.
Figura x: Processo de soldagem

Fonte: Autoria própria

As medidas de controle incluem o uso adequado dos EPIs e manter os níveis


de exposição à radiação não ionizante dos trabalhadores, de acordo com o anexo 7
da NR n.15 que fala sobre o uso adequado dos equipamentos de proteção
individual, caso contrário, a atividade será considerada insalubre.
Cabe ao empregador, orientar as pessoas a manter distância quando
manusear a máquina de solda, promover pausas nas atividades de soldagem e
verificar antes de iniciar o trabalho, se não existe nenhum líquido inflamável disperso
no chão e consultar se os cabos elétricos estão em bom estado.

Figura x: Máscara de solda


21

Fonte: Autoria própria


Na oficina, é recomendado a utilização de máscara de solda que protege
olhos e a face contra impactos de partículas volantes, radiação ultravioleta, radiação
infravermelha e luminosidade intensa, de acordo com o anexo I da NR n.06.
Máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas
volantes, radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensas.
Nas atividades da oficina automotiva, a concentração da presença de agentes
químicos é frequente e, consequentemente, os trabalhadores está exposto
diretamente com produtos altamente tóxicos e nocivos à saúde, tal como o
removedor pastoso.
Figura x: Removedor pastoso

Fonte: Autoria própria


Vale destacar que, a importância de ter o conhecimento da FISPQ (Ficha de
Informação de Segurança de Produtos Químicos) de cada produto químico é
essencial para ter um controle melhor da exposição desses riscos, ou seja, utilizar
de forma segura os produtos altamente prejudiciais à saúde, além de informar a
periculosidade de cada produto.
22

De acordo com o subitem 26.2.1 da NR n. 26, determina sobre as instruções


para que os produtos químicos utilizados no local de trabalho sejam classificados
quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os
critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.

Figura x: Removedor Pastoso

Fonte: Autoria própria


O removedor é bastante utilizado para a remoção de tinta na lataria. Para
manusear este produto, os trabalhadores deverão utilizar proteção individual, tais
como luvas e máscaras e estar em locais bem ventilados. Este produto pode ser
fatal se ingerido ou penetrar nas vias respiratórias, provoca irritações na pele,
irritações oculares grave, pode provocar câncer, danos no sistema nervoso e danos
no figado através da exposição prolongada.
Na oficina automotiva, utiliza-se equipamentos cortantes necessários para
realizar recorte de ferro e aço, empregando o uso da esmerilhadeira que podem
provocar acidentes se for utilizada de forma incorreta. Conforme a imagem abaixo,
vale destacar o uso da esmerilhadeira de forma errada pelo o trabalhador.

Figura X: Esmerilhadeira em funcionamento


23

Fonte: Autoria propria


Neste processo de trabalho, o trabalhador deve utilzar a ferramenta de forma
segura, isto é, não remover a proteção dos discos quando estiver em operação,
verificar a fixação dos discos, utilizar a esmerilhadeira na posição correta e com o
punho auxiliar, que como se vê na figura abaixo, está inexistente, além de dispor de
biombos ou cortinas de proteção no local para prevenir acidentes com faíscas e
fragmentos metálicos, manusear o equipamento longe de produtos inflamáveis e
adotar uma postura confortável.
Os trabalhadores estão expostos aos problemas ergonômicos, que podem
retardar a produtividade na oficina. Isso pode acontecer, se os trabalhadores
apresentarem um quadro de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e Dort (Distúrbios
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), além de fadiga muscular, hipertensão
arterial, doenças nervosas, alteração no sono, doenças do aparelho digestivo,
ansiedade e problemas na coluna.
Para evitar os problemas de ergonomia, é válido criar ajustes entre as
condições ambientais de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos,
organizar o ambiente laboral e antes de efetuar as atividades do dia a dia, é
recomendado realizar ginásticas laborais.

Figura x: Esmerilhadeira sem proteção dos discos


24

Fonte: Autoria própria

De acordo com a NR n.12 que trata sobre segurança no trabalho na utilização


de máquinas e equipamentos, a esmerilhadeira atende aos critérios da norma
técnica tipo C conforme estabelece o subitem 12.1.4:

“ ...Esta NR não se aplica:


e) às ferramentas portáteis e ferramentas transportáveis
(semiestacionárias), operadas eletricamente, que atendam aos princípios
construtivos estabelecidos em norma técnica tipo 'C' (parte geral e
específica) nacional ou, na ausência desta, em norma técnica internacional
aplicável;
f) às máquinas certificadas pelo INMETRO, desde que atendidos
todos os requisitos técnicos de construção relacionados à segurança da
máquina. ”
Figura x: Lixadeira orbital pneumática
25

Fonte: Autoria própria

A lixadeira orbital pneumática é utilizada para realizar o lixamento da massa


poliéster. Nesse processo de trabalho, o pintor de veículos aplica a massa poliéster
e logo em seguida, realiza o lixamento da massa poliéster com a lixadeira orbital
pneumática.

Nesse processo, o trabalhador fica exposto a vários fatores de riscos


ocupacionais, tais como ruído, vibrações de mãos e braços, presença de pó,
(produzida pela massa poliéster), postura inadequada e movimentos repetitivos.
Com o uso desses maquinários por um longo tempo de exposição, o trabalhador
pode ser acometido por lesões localizadas (em certas partes do corpo) ou
generalizadas (corpo inteiro). Para evitar ou minimizar as consequências das
vibrações, é recomendado uma medida de proteção administrativa, tal como o
revezamento dos trabalhadores expostos ou pausas durante o exercício da
atividade.

Vale destacar que, os ruídos provenientes das lixadeiras podem ultrapassar


os limites de tolerância, de acordo com o anexo I da NR n. 15, ou seja, a empresa
deve contratar profissionais de segurança do trabalho para realizar as avaliações
quantitativas e, caso esteja acima dos limites de tolerância, especificados, e o
empregador deve propor medidas de controle de exposição ao ruído, na seguinte
ordem, segundo especificado no subitem 1.4.1, alínea “g”:
26

“... g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os


trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de
prioridade:
I. eliminação dos fatores de risco;
II. minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas de proteção coletiva;
III. minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas administrativas ou de organização do
trabalho; e
IV. adoção de medidas de proteção individual.”

Figura x: Massa poliéster

Fonte: Autoria própria

A massa poliéster é frequentemente utilizada para correções de imperfeições


de superfícies metálicas e dar andamento ao processo de pintura. Com o uso
contínuo desse produto, os trabalhadores poderão apresentar quadro de irritação à
pele, com vermelhidão e ressecamento, provocar irritação ocular e irritação nas
mucosas. É importante que os trabalhadores utilizem vestimentas adequadas de
mangas longas, uso de óculos e máscaras PFF1, PFF2 ou PFF3, além de não fumar
durante a aplicação do produto, estar em locais bem ventilados e manter as
embalagens bem fechadas e manter longe de chamas e faíscas, a fim de evitar
indícios de incêndio, já que o produto é inflamável.

Após o produto ser aplicado, o trabalhador irá realizar o processo de


lixamento, conforme ilustra a imagem abaixo.

Figura x: Processo de lixamento


27

Fonte: Autoria própria

Vale destacar, que há uma grande presença de pó químico, que é o resultado


da secagem da massa poliéster e que, consequentemente, os aerodispersóides do
produto se mantêm por um longo período suspenso no ar atmosférico.
Posteriormente, a exposição contínua desse pó químico, próximo nas vias
respiratórias dos trabalhadores, poderá causar problemas respiratórios e, por falta
de limpeza no local e de organização dos materiais de serviço, os agentes químicos
se juntam com os outros fatores de riscos ocupacionais presentes na oficina, tais
como máquinas sem proteção, objetos no chão, iluminação deficiente, projeções de
partículas e quedas de objetos.

2.5. Armazenamento de produtos inflamáveis

Foi constatado na oficina, a presença de produtos inflamáveis, tais como tinta


automotiva, thinner, solventes, removedor pastoso, tanque de óleo lubrificante e
cilindro de acetileno. Os produtos inflamáveis devem ficar afastados do calor,
protegidos da luz do sol, manter longe de equipamentos que geram faíscas, manter
os produtos bem fechados, manusear os produtos em locais abertos e armazenar
em locais bem ventilado e fresco.

Figura x: Armazenamento de produtos inflamáveis


28

Fonte: Autoria própria

De acordo com as Fichas de Informações de Segurança de Produto Químicos


(FISPQ) desses inflamáveis, os locais de armazenamento devem conter bacia de
contenção para reter o produto em caso de vazamento, a fim de evitar contaminação
no ambiente e, consequentemente, indícios de incêndio. Vale pôr em evidência,
sobre a necessidade de armazenar todos os líquidos inflamáveis juntos e longe de
pessoas não autorizadas, assim com as crianças que visitam a oficina juntamente de
seus pais.

A quantidade de armazenamento de líquidos inflamáveis ou combustíveis


deve ser o mínimo possível, sendo que, devem ser armazenados em armários
incombustíveis, ventilado, trancado e sinalizado, e, em grandes quantidades, devem
ser armazenados em almoxarifado especiais, isto é, com acesso controlado.

A NR n.16, determina que as operações de transporte ou armazenamento de


líquidos inflamáveis for acima de 200 litros, será considerada atividade perigosa, ou
seja, terá o adicional de periculosidade.

FIgura x: Pictograma A2 Anexo B


29

Fonte: IT n.20
A sinalização A2 conforme estabelece a IT (Instrução Técnica) n.20 do Corpo
de Bombeiros do Estado de São Paulo trata sobre a sinalização de cuidado, ou seja,
próximo a locais que contenha produtos inflamáveis. É recomendado que tenha essa
sinalização próximo ao local que tenha armazenado os produtos inflamáveis e,
posteriormente, os líquidos inflamáveis devem ser armazenados em materiais
incombustíveis e devidamente sinalizados.

Figura x: Armazenamento de líquidos inflamáveis em matérias


incombustíveis

Fonte: A crítica de Campo Grande - MS


Foi identificado na oficina, a presença do cilindro de oxigênio e acetileno,
armazenado longe de fontes de calor e de produtos inflamáveis, estava em um local
30

bem arejado, com a utilização de carrinho e correntes para fixar os cilindros. O


aciteleno é um gás altamente inflámavel e um pouco mais leve que o ar. Uma
mistura de aciteleno e oxigênio sob pressão em locais com pouca ventilação, pode
ocorrer explosões e incêndios no local de trabalho. Portanto, a importância de
manusear este equipamento em locais apropiados, a fim de evitar acidentes fatais.

Figura x: Cilindro de oxigênio e acetileno

Fonte: Autoria própria


Cada cilindro deve conter um rótulo, ou seja, ter pictogramas de líquidos
inflamáveis, informações sobre riscos do manuseio e recomendações de segurança
no transporte e a quantidade líquida do produto armazenado no cilindro.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), tem em vigor a ABNT


NBR 12176, que regulamenta que os cilindros sejam identificados por cores
correspondente ao produto armazenado no cilindro. Ou seja, identificar os gases
com cor verde, que identifica a presença de oxigênio e com a cor bordô para o
acetileno.

É necessário manter um bom estado de conservação e manuntenção nas


mangueiras, utilizar válvulas anti-retorno nas duas mangueiras, manter os cilindros
na posição vertical e bem fixadas, utilizar o equipamento longe de produtos
inflamáveis e se possivel, usar biombos ou cortinas para a proteção no local de
trabalho, a fim de prevenir acidentes com faíscas e queimaduras com os outros
trabalhadores presentes no local.

Figura x: Maçarico em funcionamento


31

Fonte: Autoria própria

Com o maçarico em funcionamento, é indicado para os trabalhadores manter


uma distância segura, ou seja, evitar que outras pessoas do local tenham contato
direto com os fumos metálicos, gases que são liberados, além de não fumar próximo
ao maçarico e, se possível, manter sempre desligado o registro dos gases quando
não estiver em uso.
Recomenda-se utilizar mascáras infravermelha ou ultravioleta, luvas de couro,
avental de raspa e calça comprida, além de realizar a atividade em locais bem
ventilados, dispersos de produtos inflamáveis e realizar pausas para descanso entre
as operações de soldagem.

Figura x: Armazenamento de óleo usado

Fonte: Autoria própria


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Foi identificado o armazenamento de óleo lubrificante em uma bombona


plástica devidamente tampada, porém, o recipiente está exposto a luz solar, ou seja,
fontes de calor e que, consequentemente, em altas temperaturas podem gerar a
combustão do óleo armazenado. Entretanto, o tambor está localizado em um local
bem ventilado e o material desse recipiente é de boa durabilidade e resistência.
O óleo deve ser bem armazenado, sem que ocorra riscos de vazamentos ou
mistura com outras substâncias, pois o óleo lubrificante se torna um resíduo tóxico,
perigoso e contém vários elementos químicos como ácido orgânico, compostos
aromáticos e chumbo, tornando-se altamente nocivo ao organismo humano e
agressivo ao meio ambiente.
O descarte incorreto desses resíduos levará décadas para desaparecer na
natureza, o solo se tornará infértil e, caso seja descartado nos mares, a oxigenação
da água se perde. Portanto, é necessário que tenha a coleta desses resíduos e o
armazenamento correto.

2.6. Armazenamento do compressor de ar

O compressor de ar realiza a transformação da energia do ar atmosférico em


energia pneumática, através da compressão de ar atmosférico em um reservatório,
transformando-o em ar comprimido. Quando em funcionamento, geram ruídos
contínuos e que podem ultrapassar os limites de tolerância que é determinada no
anexo 1 da NR n. 15.
Figura x: Armazenamento do compressor de ar

Fonte: Autoria própria


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O armazenamento do compressor de ar deve ficar em local aberto e bem


ventilado, evitar que tenha outros equipamentos que possam causar danos no
reservatório de ar e que não tenha produtos inflamáveis ao redor do equipamento. O
compressor de ar liga automaticamente, e existe a possibilidade de gerar faíscas
elétricas e, consequentemente, caso tenha produtos inflamáveis, pode ocorrer
incêndios e até explosões.
Vale ressaltar que, caso a pressão do ar seja maior que o compressor
suporta, pode ocorrer o rompimento da contenção de ar e que, consequentemente,
pode ocorrer uma explosão no local, causando destruições e até morte.

2.7. Sinalização e prevenção a combate a incêndios

As empresas são obrigadas a seguir o que determina a NR n.23 que trata


sobre a prevenção e combate a incêndios e no subitem 23.1 diz o seguinte: “Todos
os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em
conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis”. As
empresas devem seguir as instruções do estado que estiver instalada, cumprir com
as determinações impostas pela lei estadual.
De acordo com o Decreto Estadual de São Paulo n.63.911 de 2018, a oficina
deve cumprir algumas imposições do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de São
Paulo. A oficina é classifica na categoria “G”, isto é, serviço automotivo e
assemelhados com a divisão G-4, que é serviço de conservação, manutenção e
reparos.

Anexo x: Tabela 1 classificação das edificações e áreas de risco quanto a


ocupação
34

Fonte: Decreto Estadual 63.911 de 2018


Anexo x: Tabela 5 classificações das edificações inferiores ou igual 750m² e
altura igual ou menor que 12,00 m

Fonte: Decreto Estadual 63.911 de 2018


Conforme a tabela 5 do decreto estadual n.63.911, é recomendado ter
disponivel na oficina as sinalizações de emergência, saídas de emergência e
extintores. Neste caso, fica dispensável a iluminação de emergência, pois na ofinina
não tem dois ou mais andares.
Portanto, o descreto estadual determina o que deve conter nas edificações,
classificando-o de acordo com a categoria e divisão da ocupação profissional.
Figura x: Extintor de incêndio
35

Fonte: Autoria própria


O extintor está localizado próximo à saída da oficina e, de acordo com a IT
n.21 do corpo de bombeiros do Estado São Paulo, a instalação deste equipamento
deve ter a altura máxima de 1,60 m e mínima de 0,10 m com suporte de chão para o
extintor. Vale destacar que, o extintor está obstruído e não tem sinalizações de solo,
além de estar fora da validade e de não ter as placas de sinalização. A placa de
sinalização recomendada é a E5 acima do extintor com a altura de 1,80m.
De acordo com o subitem 5.2.1.5 da IT 21, todos os pavimentos devem ser
protegidos por no mínimo dois extintores, ou seja, devem conter extintores que
atendem à classe de incêndio presentes no local. Vale ressaltar que, os extintores
devem ser instalados em locais acessíveis para prontamente atender princípios de
incêndios.

Figura x: Sinalização de extintores.

Fonte: IT n.20
36

A sinalização é importante, pois informa e orienta os trabalhadores de qual


maneira se comportar perante à uma situação de riscos, além de reduzir e advertir
sobre os riscos presentes no ambiente. O material das placas de sinalização devem
ser de plásticos ou de chapas metálicas, além de possuir resistência mecânica, não
propagar chamas, ser resistente aos agentes químicos de limpeza, ter o pictograma
fotoluminescente e, consequentemente, de fácil vizualização para os trabalhadores.

Figura x: Obstrução do extintor de incêndio

Fonte: Autoria própria


A sinalização de solo é indispensável, pois evita que o local onde está
instalado o extintor seja obstruído por equipamentos e objetos dispersos no chão e,
de acordo com o subitem 5.2.1.4 da IT 21, os extintores devem permanecer
desobrituídos e devidademente sinalizados.
Figura x: Sinalização de solo

Fonte: IT 20 de 2019
37

A sinalização de solo é usado para indicar a localização dos equipamentos de


combate à incêndios (Extintor), com o objetivo de evitar a sua obstrução. A
sinalização deve ter 1m², sendo que a cor vermelha seja de 0,70 m x 0,70 m e a
largura das bordas amarela de 0,15 m.
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3. CONCLUSÃO

Deve ser apresentada a conclusão da ideia geral e também sobre o


projeto.
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Em seguida, deixar preparado para o semestre que vem os próximos


passos, novas ideias que podem ser exploradas a partir do projeto realizado neste
semestre.
40

REFERÊNCIAS

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08/09/2018.<https://www.citisystems.com.br/programa-5s-empresas-conceito-
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1978< https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
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<https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/535468/clt_e_normas_c
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ANEXOS

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