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Tudo depende de nós


A Sandivik Coromant... re-
força sua condição de
empresa centrada na
busca da melhor e mais perfeita
lapidação de arestas humanas e
Isso é um fato também. Só que há o outro lado da
medalha: eles podem reinventar a vida, algo muito
mais difícil e necessário, e é o que fazem quando
aplicam seu potencial de aperfeiçoamento para trans-
formar elementos que tiram da terra, da água e do
materiais”. Com sua licença, leitor, ar naquilo que lhes permite viver mais tempo, me-
vou “pegar carona” no que es- lhor e mais intensamente.
creveu o diretor-presidente da A tecnologia existe por obra do homem e a ele ser-
Sandvik Coromant em sua pági- ve, sendo benéfica ou não, dependendo de como é usa-
Maria Carolina Bottura
na nesta revista, ao lado desta que da ou vista — os aviões transportam profissionais que
escrevo, à qual tive acesso duran- viajam a trabalho, pessoas em férias e doentes à pro-
te o processo de edição deste número. E por mais re- cura da cura da mesma maneira que podem transpor-
petitivo que possa ser, não consigo afastar o assunto tar homens e armas para fazer a guerra, por exemplo.
“terceiro milênio” dos meus pensamentos. Se tudo o A questão mais urgente, portanto, é o refinamento do
que se disse e se escreveu há muito tempo realmente ser humano e estamos num momento único — os fi-
tivesse acontecido, agora não estaríamos aqui. Não nais de ano são sempre festejados, mas este pode sig-
haveria o ano 2001. Tudo estaria destruído. nificar nossa passagem para uma nova era, uma épo-
Os pássaros metálicos que cortariam os céus cus- ca tão espetacular que será descrita na história como
pindo fogo previstos por Nostradamus (ou por al- a mais efetiva na busca da perfeição humana e do que
gum dos intérpretes do que se disse que ele afirmou, ela provoca na esfera material. Depende de todos nós.
não sei) já existem, é verdade: aviões e outros veícu- E esta edição de O Mundo da Usinagem é uma de-
los aeroespaciais se deslocam no ar para lá e para monstração palpável de que as pessoas que formam a
cá e até, em épocas e regiões belicosas, carregam e Sandvik Coromant, junto com as que usam seus pro-
detonam bombas arrasadoras. Homens querendo do- dutos e serviços, não só já acordaram para este fato
minar homens são capazes de reinventar a guerra. como estão trabalhando neste sentido.

REPORTAGEM SEÇÕES
Já está no ar o sistema de compras via Internet da Sandvik Coromant ----- 17 Página do Presidente ------------------ 3
Carta aos Leitores ----------------------- 4
ARTIGOS TÉCNICOS Carta do Leitor ---------------------------- 5
Rumo ao novo milênio com ferramentas de alta performance ------------------ 10
Notas & Novas ---------------------------- 6
O exemplo Mondragon: um novo caminho para o século XXI ------------------ 21
Destaques --------------------------------- 32
“Comunicação” é uma palavra-chave para se otimizar a usinagem ---------- 25
Entre em Contato ----------------------- 33
Mais algumas revoluções da Terra e estaremos
no próximo século e milênio. A Titex Plus
sempre se adiantou às novidades tecnológicas e
vai continuar se adiantando

Com o Shop Online, quem faz


Com O Exemplo de Mondragon, Joel usinagem pode comprar
A. Barker conta uma experiência ferramentas só com as pontas dos
bem-sucedida de como a visão que dedos. Assim, sem burocracia, os
se tem do futuro determina o compradores se dedicam a negociar contratos e
sucesso do presente. encontrar melhores soluções técnicas

2 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


O Mundo da
Usinagem Lapidando arestas materiais e humanas
Publicação trimestral da Divisão Coromant da
Sandvik do Brasil S.A. - ISSN 1518-6091

e-mail:
omundo.dausinagem@sandvik.com

SANDVIK DO BRASIL
Diretor-Presidente: José Viudes Parra

DIVISÃO COROMANT
Diretor: José Viudes Parra
U ma gota d’água cai no
centro de um lago e sua-
vemente gera ondas
que se propagam do centro
para fora, percorrendo toda a
superfície onde caiu. Este é o
Gerente de Negócios: Claudio José efeito do estilo gerencial ado-
Camacho tado pela Sandvik Coromant,
Gerente de Marketing e Treinamento:
em que cada um dos profissionais da empresa emana ondas positivas
Francisco Carlos Marcondes
Coordenadora de Marketing: Heloísa
que reverberam dentro de seu próprio ambiente de trabalho e se pro-
Helena Pais Giraldes pagam por muitos outros.
Assistente de Marketing: Cibele Ao se abrir para a adoção desse estilo em que a figura do líder ou
Aparecida Rodrigues dos Santos chefe transmuta para a de alguém que ilumina, orienta e estimula os
Coordenadora da publicação e funcionários, cortando as amarras de técnicas gerenciais e de lide-
tradutora: Vera Lúcia Natale rança onde predomina a centralização do poder e de decisões naque-
Editora: Maria Carolina Bottura les que ocupam cargos mais elevados, a Sandvik Coromant dá uma
Editoração Eletrônica: Adilson A.
Barbosa
demonstração clara de que seu caminho é mesmo o da excelência no
Fotografias: Izilda França Moreira e seu sentido mais amplo — desde os aspectos pessoais até os estrita-
Studio Amat mente profissionais daqueles que, conjuntamente, a compõem e lhe dão
Fotolito: Studio Quatro Fotolito Digital vida, pois uma empresa são seus homens cujas energias se somam e
Gráfica: Fotoline Gráfica e Fotolito criam tecnologias, produtos e mercados.
A revolução do ser humano talvez seja a mais difícil das muitas que
CORPO TÉCNICO
(DIVISÃO COROMANT)
ocorrem no dia-a-dia. E certamente a mais importante. Dela resultam
Gerente Regional do Departamento todas as outras, formando-se uma cadeia seriada e abrangente de trans-
Técnico: José Roberto Gamarra formações que se refletem e dão impulso para que outras se realizem.
Especialista em Fresamento: Marcos Homens em permanente aperfeiçoamento fazem com que tudo e todos
Antonio Oliveira à sua volta também o façam e recebam os benefícios disso. É assim que
Especialista em Capto & CoroCut:
Francisco de Assis Cavichiolli
a revolução interior de cada um, que é pessoal e intransferível, vai se
Especialista em Torneamento: Domenico propagando e se torna coletiva. Com isso a excelência, considerada
Carmino Landi um diferencial positivo de pessoas e coisas no mundo de ontem e uma
Especialista em Furação: Dorival exigência neste de agora, passa a ser universal. E esta é uma das mar-
Aparecido da Silveira cas mais profundas, inevitáveis e bem-vindas da globalização.
Especialista em Torneamento: Antonio
José Giovanetti
A Sandvik Coromant já deu os passos fundamentais para que da
Especialista em Die & Making: Sílvio atuação de seus profissionais reverbere a excelência absoluta dos pro-
Antonio Bauco dutos e serviços que coloca no mercado. E com isso reforça sua condi-
ção de empresa centrada na busca da melhor e mais perfeita lapida-
SAC (Departamento Comercial): ção de arestas humanas e materiais, não nos restando qualquer
(11) 5525-2743
Atendimento ao Cliente:
dúvida de que nada mais faz do que o que o lhe compete. Mas o
0800 55 9698 faz muito bem.

José Viudes Parra


Av. das Nações Unidas, 21.732 – Santo Amaro Diretor-Presidente
– São Paulo – SP – CEP 04795-914

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 3


Caros amigos,

0
á alguns anos (não muitos, acreditem), quan- sor que existe dentro de si mesmas. Não estou falando
do eu ainda jogava futebol, pião e bola de gude apenas dos profissionais da Sandvik Coromant, porém.
na rua de casa sem qualquer risco, meu avô Aproveito a proximidade do final do ano para agradecer
dizia que estávamos muito próximos do fim aos nossos clientes-amigos que nos ajudaram a realizar
do mundo e que nunca chegaríamos ao ano nossos sonhos e permitiram que fizéssemos parte da rea-
2000. Contrariá-lo? Jamais. Duvidar dos mais velhos lização dos seus. Mais que isso, quero também reforçar
sempre implicava algum castigo. o quanto nos apraz esta relação de amizade e profissio-
Pois bem, cá estamos! Chegamos agora no final do ano e nalismo de duas mãos por onde trafegam, num vai-e-
efetivamente é véspera da mudança do século e do milê- vém, incentivos mútuos e múltiplos. É
nio, tão amplamente alardeados no ano passado. O ano importante agradecer pelo que passou
que está terminando, 2000, nos trouxe a con- tanto quanto o é incentivar cada um
firmação definitiva de que este é um de vocês a continuar sonhando, res-
país que dá certo e a certeza de que paldados na certeza de que estare-
o rótulo de “país do futuro” que nos mos colaborando incessantemente
foi imposto faz parte do passado, pois para a realização de seus sonhos
prosperamos e evoluimos a cada dia vindouros. E contamos com vocês
do nosso presente. para realizar os nossos.
Vivemos um momento de muito trabalho, Comemoremos juntos a passagem de um ano que se
onde o esforço adicional de cada um é exi- revelou maravilhoso, 2000, e ombro-a-ombro façamos
gido constantemente. Mas há uma diferença fundamental daquele que vai ser o primeiro ano do novo milênio e do
em relação aos tempos anteriores: a obtenção de resulta- novo século, 2001, mais um tempo de crescimento pes-
dos positivos! É especialmente gratificante chegarmos ao soal e profissional. Estejamos unidos como sempre, ali-
final de mais um ano certos de que superamos os objeti- mentando reciprocamente nossa vocação de fazer do
vos previamente traçados, e, melhor ainda, de tê-lo feito Brasil um país que se ultrapassa cotidianamente e faz o
dentro da ética profissional. que seria o futuro se consolidar mais cedo.
Este momento, no entanto, não é de falar de negócios e
sim das pessoas que os realizam. Pessoas que trabalham,
estudam, se dedicam plena e incansavelmente aos afaze-
res do dia-a-dia, se emocionam — às vezes até choram —,
riem e desempenham diferentes papéis dentro da nossa
sociedade. Pessoas que se permitem sonhar e que, com
Claudio José Camacho
suas ações, transformam esses sonhos em realidade e vol- Gerente de Negócios
tam a sonhar novamente, alimentando, assim, o propul- Divisão Coromant Sandvik S.A.

" _ O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


Haja paciência, companheiros...

N
ão é raro tomar um “chá- rente. E se esse tal “insight” fosse eu sei. Afinal, a Sandvik correu o
de-cadeira” para quem algo imoral, pornográfico mesmo? mundo e fez a boa fama que tem
trabalha na área de ven- Que ousadia a dele “ter insight” no num tempo em que tinha país que
das. Nem todos os com- local de trabalho e dizer isso a uma nem existia e, portanto, não pode
pradores podem nos aten- revista séria como a nossa! Tudo ter criado nada antes dela. Mas
der assim que chegamos, bem, ela é lida basicamente por vocês também sabem que propa-
mas quem tem “anos de janela” homens, mas já há várias mulheres ganda enganosa sempre causa es-
aproveita este tempo “morto” para que operam tornos CNC e não acho trago. Mais para quem acredita
ligações, ajustes na agenda e ou- bom que leiam essas coisas desa- nela, é claro. E é crime.
tras pendências. Eu também cos- gradáveis. Quem acha normal ter Chegando em Jundiaí fui logo
tumo ler e dias atrás isso me cau- “insight” que os tenha, mas nada perguntando à minha filha San-
sou uma horrível confusão de sen- de ficar divulgando para todo mun- dra, profunda conhecedora da lín-
timentos, uma montanha-russa de do! Abandonei o assunto assim que gua inglesa, o que significa
emoções. A culpada foi a edição cheguei ao cliente, mas ele voltou “insight”.“Descobrir algo que es-
2. 2000 da revista O Mundo da à baila quando saí de lá. E mais tava ao seu lado e você não havia
Usinagem. Ali, a redatora escre- uma vez de maneira diferente. notado”, foi a resposta. Que eu
veu, na página 23, que o senhor E se “ter um “insight” fosse traduzi para o nosso bom portu-
Rubens Bueno de M. Filho, técni- algo grave, um problema de cora- guês como “cair a ficha”. Aí fi-
co de ferramentas da Voith Sulzer, ção? Como pude pensar aquilo quei com muita raiva da redatora
afirmou categoricamente: “De re- daquele senhor!? E se ele tivesse que disse que o senhor Rubens
pente tive um insight”. problemas sérios de saúde? Ima- dissera aquilo, me fazendo pen-
Companheiros, vocês sabem que ginem a cena: ele chegando ao tra- sar em situações diferentes e ter
eu não falo inglês. E me restou ima- balho, logo pela manhã, e tendo sentimentos conflitantes.
ginar o que seria “ter um insight” um “insight” repentino, fatal. E Agora, dêem um recado para
e, ainda por cima, “de repente”. com uma pastilha Wiper na mão!? essa redatora, por favor: “Vá es-
Achei lindo alguém ter isso, mas Está bem, a Wiper é excelente para crever que alguém teve um “insi-
por que eu nunca tive um? Na foto um bom acabamento ou para do- ght” no raio que a parta! Na próxi-
aquele senhor aparenta ter bem brar o avanço, mas não é indicada ma vez, use o termo “de repente,
menos que os meus 25 anos de para quem tem “insight”. Amigos, caiu a ficha” que todo mundo vai
Sandvik e outros 10 anos de Krupp aquele senhor poderia ter deixado entender. Inclusive eu, caramba!”.
de atuação nesta área. Como pôde filhos pequenos, prestações por
ter um “insight” antes de mim?. pagar... que lástima!
Confesso que fiquei com uma tre- Pensei no sujeito lá, morto por
menda inveja do “insight” dele. “insight” e com uma pastilha da
Nisso o comprador me chamou e Coromant na mão... Os concorren-
parei de devanear. tes diriam que ele morreu porque
Terminada a visita o assunto me a pastilha da Sandvik era inade- Jair Munarolo
veio à cabeça de novo, mas dife- quada! Eles publicam bobagens, Mega Tools Ltda.

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 _ #


No último Coropak, novidades em
fresamento e torneamento

A
presentar as novas tendências neamento interno em furos de 16 vimento de produtos no Grupo sue-
em usinagem, incluindo no- a 75 mm de diâmetro, e a 111, para
co. “Como nossa linha tem reno-
vos materiais e processos, e furos pequenos de 7 a 32 mm. vação constante, este evento é uma
classes e geometrias para Também mereceram destaque a boa oportunidade para apresentar
fresamento recém-lançadas pela nova classe GC 2005 e a expan- as novidades de forma diferente e
Sandvik Coromant, e em especial a são da linha de pastilhas alisadoras
dinâmica, porque permite que os
família CoroMill, mais especifica- Wiper, agora disponíveis em cerâ-usuários de nossos produtos pos-
sam ver e tocar os lançamentos e
receber inúmeras informações so-
bre eles e seus benefícios e sobre
as novas tendências em usinagem”,

Studio Amat
diz Francisco Carlos Marcondes,
gerente de marketing da Sand-
vik Coromant do Brasil .
Há também o outro lado do
Coropak: ele coloca os técnicos
vindos da Suécia em contato
com as preocupações e deman-
das do mercado
brasileiro, além
de dados de rea-
lidade que lhes
Profissionais da área de usinagem de São permitem avaliar
Paulo (foto), Campinas, São José dos com rigor a im-
Campos, Joinville, Maringá, Caxias do Sul e portância e o ní-
Rio de Janeiro...
vel de desenvol-
mente a expansão da CoroMill 390. vimento dos pro-
Este foi o programa do 2° Coropak cessos de usina-
de 2000, realizado em outubro nas ... assistiram às gem de metais no
cidades de Joinville (SC), Maringá palestras do Brasil. Com es-
(PR), Caxias do Sul (RS), Rio de especialista em tes objetivos, Ole
fresamento da
Janeiro (RJ), São Paulo, Campinas Strand visitou a
Sandvik Coromant
e São José dos Campos (SP). Ole da Suécia, Ole Bosch e a Em-
Strand, especialista em fresamento Strand, e de Domenico braer (SP). Em
da Sandvik Coromant da Suécia, e Carmino Landi, especialista em torneamento da maio deste ano, Heinz
subsidiária brasileira
Domenico Carmino Landi, especia- Gotz Werner, especialista
lista em torneamento da subsidiá- mica e CBN. em ferramentas de torneamento para
ria brasileira, tiveram uma platéia O Coropak é mantido no calen- a indústria automotiva, veio para
de cerca de 1.000 profissionais da dário de eventos da Sandvik Co- fazer o lançamento da linha Steel
área de usinagem durante o evento. romant como uma das maneiras de Turning (veja a matéria publicada
Landi falou sobre as novas pas- manter seus clientes atualizados em O Mundo da Usinagem, edição
tilhas positivas CoroTurn: a 107, sobre novidades na área de usina- 2. 2.000, página 4) e também este-
otimizada, reduz as forças de cor- gem, além de colocá-los em con- ve visitando duas empresas: a Fiat
te e evita vibrações, é voltada para tato com os especialistas que tra- (MG) e a General Motors, de São
a usinagem de eixos longos e o tor- balham diretamente no desenvol- de José dos Campos (SP).
6 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000
Conheça o curso de especialização
da Unicamp e da Sandvik

A
Sandvik Coromant fechou 13 horas no período de 6 de
uma parceria com a Facul- outubro deste ano a 20 de ou-
dade de Engenharia Mecâ- tubro de 2001, o curso é co-
nica da Universidade Esta- ordenado por Nivaldo Lemos
dual de Campinas (Unicamp) para Coppini, da Unicamp, e mi-
a realização do curso “Estratégias nistrado por ele e Anselmo
Tecnogerenciais para Otimização Eduardo Diniz (Unicamp),
da Produção”, que tem nível de pós- Antonio Batocchio (Uni-
graduação e duração de um ano, camp), Claudio José Cama-
carga horária de 360 horas-aula e cho (Sandvik Coromant),
é voltado para profissionais com Eugênio José Zoqui (Uni-
nível superior que preferencialmen- camp), Felipe Araújo Calar-
te atuam nas áreas de engenharia, ge (Unimep), Francisco
economia ou administração de em- Carlos Marcondes (Sandvik
presas. Os participantes receberão Coromant), João Roberto
certificado de especialização com Ferreira (UFMG/Itajubá),
a chancela da Unicamp. José Antonio Arantes Sal-
Abordando aspectos técnicos e les (Unimep), José Carlos
gerenciais de ambientes de fábricas Fiorezi (Sandvik Coro-
cuja produção envolve processos de mant), Klaus Schützer
usinagem simultaneamente com ou- (Unimep), Maria Cristina
tros, o conjunto de disciplinas A. Batocchio (Unicamp),
abrange a usinagem de metais (fun- Milton Vieira Jr., Nelson
damentos, otimização, monitora- Carvalho Maestrelli (Uni-
mento e controle do processo); tec- mep), Nilton Giachetta
nologia de grupo e manufatura ce- (Eaton), Olívio Novaski
lular; gestão estratégica em custos (Unicamp), Paulo A.
e produção por usinagem; planeja- Cauchick Miguel (Uni-
mento do processo assistido pelo mep), Paulo Corrêa Lima
computador; sistemas de planeja- (Unicamp), Reginaldo T.
mento e controle de produção; tec- Coelho (EES-USP) e
nologia HSC (usinagem a altas ve- Wilson J. Pedroni (Sand-
locidades); gestão da cadeia de su- vik Coromant).
primentos e logística industrial; Para mais informa-
marketing estratégico industrial; sis- ções e inscrições, entre
temas de ferramental flexível para em contato com a secre-
usinagem; sistemas integrados para taria do programa de
projeto e manufatura; introdução à cursos de extensão da
gestão da qualidade; e sistemas de Faculdade de Engenha-
avaliação de desempenho e estraté- ria Mecânica da Uni-
gias competitivas. camp pelos telefones
Realizado nas dependências da (19) 289-1969 ou (19)
Sandvik do Brasil S.A., em São 788-3221, fax (19)
Paulo (SP), às sexta-feiras das 19 289-3722 e/ou e-mail
às 23 horas e aos sábados das 8 às extensão@fem.unicamp.br.
O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 7
Enegep e Sandvik aproximam os
mundos industrial e acadêmico

A
sessão plenária “Internatio- Outro destaque foi a palestra de consolidando nossa imagem de
nal Management em dife- Mike Gregory, da Universidade de empresa de vanguarda”.
rentes países”, com partici- Cambridge, sobre o tema “Interna- Afonso Fleury, coordenador do
pação de convidados da In- tional Manufacturing: State of the Enegep, aplaudiu a iniciativa da
glaterra, África do Sul e Argenti- Art”. Gregory disse que as conse- Sandvik e disse que é cada vez
na, e as mesas-redondas “A ques- qüências do processo de globaliza- mais importante a aproximação
tão da produtividade nas PME” e ção sobre as empresas dos países entre o mundo empresarial e o aca-
“Redes de cooperação e consórcios emergentes ainda precisam ser de- dêmico. “Para que exista um de-
de exportação” despertaram vi- vidamente estudadas. “Na indús- senvolvimento competitivo no Bra-
tria, a falta de sil com vistas ao mercado inter-
uma visão glo- nacional, dependemos de uma me-
bal e de estraté- lhor relação entre universidade e
O XX Enegep teve 500 inscritos e foi transmitido via
satélite para 42 escolas de engenharia de produção
brasileiras, atingindo um público de 5 mil outras pessoas

Afonso Fleury: “A cada edição o encontro torna-se


mais importante, estreitando as relações entre as
indústrias e o mundo acadêmico, favorecendo o
desenvolvimento da engenharia de produção no Brasil
Studio Amat
e a nossa capacitação para lidar com as mudanças que
a globalização da economia e o crescente impacto das
tecnologias de informação nos impõem”

sível interesse nos participantes do gias apropriadas durante o proces- empresa”, frisou, referindo-se ao
XX Enegep – Encontro Nacional so de globalização tornou-se uma tema central do evento, “Desenvol-
de Engenharia de Produção (leia barreira às operações internacio- ver Competências para a Produ-
mais na página 4 de O Mundo da nais”, afirmou. ção Internacional: perspectivas
Usinagem, edição 3. 2000). Nada “O desenvolvimento do Brasil para países emergentes”. Segun-
menos que 500 inscritos e 5 mil depende do aprimoramento técni- do ele, o Enegep é hoje o principal
engenheiros, técnicos e estudantes co dos trabalhadores, sejam da fórum brasileiro para a discussão
assistiram ao evento através da área administrativa ou operacio- das questões de ensino e pesquisa
Rede Vanzolini, que o transmitiu nal, que têm contato com a tecno- de engenharia de produção, gestão
via satélite para 42 escolas de en- logia”, disse Francisco Carlos de operações e de tecnologia.
genharia de produção do Brasil. O Marcondes, gerente de marketing “O tema escolhido para o encon-
evento foi realizado entre 30 de da Sandvik Coromant, justifican- tro deste ano se justifica não só por
outubro e 1° de novembro na Es- do a participação da empresa como sua atualidade no contexto sócio-
cola Politécnica da USP, campus patrocinadora do evento. “Com político-econômico do país como,
de São Paulo, na capital. este tipo de apoio estamos também também, por sua novidade no cam-
8 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000
po teórico-conceitual”, afirmou o nharia de produção no Brasil é de tável que hoje existem 46 departa-
professor Fleury, acrescentando suma importância”. mentos de engenharia de produção
que “a discussão é fundamental O XX Enegep também serviu de espalhados por todo o país”, con-
porque estamos num momento de ponto de encontro para a comemo- tou Fleury. O evento é promovido
profundas mudanças provocadas ração dos 40 anos da formação da pela Abepro – Associação Brasi-
pela globalização da economia e primeira turma de engenharia de leira de Engenharia de Produção,
pelo crescente impacto das tecno- produção no Brasil, em 1960. “De Fundação Vanzolini e Poli-USP,
logias de informação, e, evidente- lá para cá, esta área do conheci- com patrocínio do Sebrae, Capes,
mente, o desenvolvimento da enge- mento teve uma expansão tão no- CNPq e Fapesp.

ISO 9001: Sandvik Coromant ainda é a


única certificada

O
Bureau Veritas Quality Inter- Grupo sueco obteve a certificação e Veritas, que tem mais de 130 anos
national (BVQI) recertificou se somou às 330 empresas do Brasil de atuação na área de sistemas de
mais uma vez o programa de que estavam em conformidade com qualidade assegurada. A recertifi-
qualidade da Sandvik Coro- os requisitos da ISO 9001. No seg- cação é uma importante ratificação
mant de acordo com a norma ISO mento de ferramentas de corte, até do alto nível de qualidade dos pro-
9001, o que a mantém na posição de hoje as empresas em geral atendem dutos da linha da Sandvik Coro-
líder isolada em seu segmento de apenas à ISO 9002. mant por atender aos requisitos da
mercado neste quesito. Esta lideran- O BVQI é acreditado em todos norma ISO 9001, conforme atestou
ça vem sendo absoluta desde 1994, os países da Europa e das Améri- o BVQI, um dos principais órgãos
quando a subsidiária brasileira do cas e faz parte do Grupo Bureau de certificação do mundo.

OMU já tem código ISSN

A
partir desta edição a revista com o código ISSN 1518-6091 im- foi oficialmente atribuído à OMU
da Sandvik Coromant, “O presso em sua capa juntamente com pelo Instituto Brasileiro de Infor-
Mundo da Usinagem” os dados sobre ela, obedecendo ao mação em Ciência e Tecnologia
(OMU), passa a circular já que dispõe a NBR 1025. O código (IBICT) no início de outubro.

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 9


Rumo ao novo milênio
com ferramentas de
alta performance
Ainda acontece, é verdade, mas já não se pode conceber máquinas modernas trabalhando com
ferramentas de tecnologia ultrapassada e procedência duvidosa, que literalmente
inviabilizam o processo produtivo. Às vésperas do terceiro milênio, a
necessidade imperiosa de competitividade impôs às indústrias o caminho
para o futuro e ao mesmo tempo o mercado é pródigo em soluções, o que
imprimiu aos processos de usinagem um ritmo tão acelerado de
aperfeiçoamento que os conceitos de furação, especialmente, deram
uma verdadeira guinada — as mudanças foram tantas, tão rápidas e
profundas principalmente aqui no Brasil, que a impressão é a de um
mundo totalmente novo construído sem que o anterior tenha sido
destruído, apenas deixado de lado. A Titex Plus fez e faz seu papel nisso.

ais algumas rotações da para a usinagem de metais. ganhos ainda maiores de produti-

M Terra e já estaremos no ano


2001, entrando definitiva-
mente no novo milênio que
de tão esperado foi comemorado
por antecipação no início de 2000.
É certo que vão surgir novos
avanços no milênio que está para
se iniciar, mas com o que já exis-
te, em conjunto com as novas ge-
rações de máquinas, as indústrias
vidade e redução de custos. Por
motivos bastante óbvios, notam-se
com maior intensidade as mudan-
ças no mercado brasileiro, onde a
renovação do parque de máquinas
Houve motivos que levaram à pre- estarão diante de possibilidades de e, em conseqüência dele, o uso de
cipitação: não se presenciou nenhu-
ma das hecatombes previstas em
épocas distantes, mas muitas das
afirmações dos “visionários” de
então se transformaram em reali-
dade. O domínio da tecnologia é
uma delas, e já que estamos falan-
do em rotação temos um bom exem-
plo disso — as ferramentas rotati-
vas sólidas, principalmente brocas,
machos e fresas de topo em aço
rápido (HSS) e metal duro (MD),
tiveram duas ou três décadas de
ouro em termos de desenvolvimen-
to de novas alternativas e soluções
Este artigo foi escrito por Marcos Soto, Gerente Regional
de Vendas da Titex Plus no Brasil. Figura 1 — Novas ferramentas em aço rápido e metal duro de alta performance

10 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


com muitas deficiências, e
as intercambiáveis, que à
época apresentavam limita-
ções de diâmetro e de ca-
pacidade de atingir profun-
didades maiores.

A revolução na
usinagem
Figura 3 — Arestas transversais trouxe o futuro
corrigidas tipos U e UV: menor esforço mais cedo Figura 4 — Brocas com geometrias
axial e melhor formação de cavacos convencionais — grande esforço axial
e baixas taxas de penetração
ferramentas de alta performance, Com as fortes demandas do
ocorreu mais efetivamente nesta mercado por eficiência e redução todas as operações de usinagem, a
última década e meia. Basta olhar de custos de produção devido à furação foi o processo mais pro-
para o passado recente e se verá competição global, os fabricantes fundamente aperfeiçoado e é por
que no início dos anos 80 era rara de ferramentas de corte deram iní- isso que este artigo vai mais fun-
a utilização de ferramentas em cio a uma verdadeira revolução nos do no assunto brocas.
HSS com geometrias otimizadas seus programas de ferramentas.
ou com cobertura e de MD inteiri- Como resultado o mercado se viu As brocas de HSS
ças. Sim, tínhamos o “velho” HSS, suprido de opções de altíssima per- são e ainda serão
as ferramentas soldadas porém formance (figura 1) tanto no que uma boa opção
refere às ferramentas de MD, abor-
dadas com maior ênfase neste arti- O incremento da performance
go, quanto às de HSS, “reestimu- das brocas foi muito grande gra-
ladas” por várias inovações pelas ças à combinação do HSS ou do
quais passaram.
Hoje o que se
vê são ferramen-
tas para qualquer
tipo de usinagem,
em especial para
atender às exigên-
cias mais estreitas
do mercado, ou
seja, usinar mais
rápido (HSC, high
speed cutting), Figura 5 — A geometria UFL, com aresta
com maior preci- transversal reforçada
são (diminuindo o
número de operações), sem refri- HSS-E (5% de cobalto) com o de-
geração (eliminando o líquido re- senvolvimento de novas geometri-
frigerante ou utilizando apenas a as de corte e canais para saída dos
mínima lubrificação por névoa) e cavacos além, evidentemente, das
usinar materiais já endurecidos coberturas PVD (figura 2). Quan-
Figura 2 — Brocas em HSS-E tipo (principalmente na fabricação de to às geometrias, as melhorias sal-
UFL com cobertura TiN e TFL matrizes). Por significar 40% de tam aos olhos. A demanda por

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 11


Figura 6 — Mais rígidas, as brocas com canais UFL produzem furos com
maior profundidade sem ciclo intermitente (ou “pica-pau”)

maiores taxas de penetração (rpm correções no ângulo de saída para


x f -mm/rot.) levaram à necessida- uma melhor formação do cavaco,
de de brocas com arestas transver- entre outras coisas, diminuindo
sais (alma) menos espessas (figura 3), substancialmente as forças de Figura 8 — Broca tipo Megajet com
avanço (figura 4), e, também, tor- refrigeração interna
nou-as autocentrantes, em muitos Pode-se notar um outro passo
casos eliminando a necessidade de fundamental na direção do aper-
furo de centro. feiçoamento no que se refere aos

Figura 7 — Performance das brocas


com geometria UFL + Tinal e tipo N Figura 9 — A broca Megajet é aplicável em vários materiais

12 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


trato da ferramenta contra As brocas que mais
o calor gerado durante a evoluíram? As de
usinagem permite que se metal duro, é claro
trabalhe a velocidades de
corte (V C) muito superio- Várias geometrias de ponta e de
res às oferecidas pelas bro- canais de saída de cavacos dedi-
cas não cobertas (figura 7). cadas a cada tipo de material, per-
Some-se a estes avanços o fis escalonados, refrigeração inter-
desenvolvimento da refri- na, metal duro com microgrãos,
geração interna em alguns coberturas variadas. Estas são al-
tipos de brocas de HSS (fi- gumas das inovações que muda-
gura 8) e chega-se à expli- ram o rumo da história das brocas
cação sobre à altíssima de MD (figura 10). Seu grande
performance que elas apre- avanço foi impulsionado principal-
Figura 10 — Muitas alternativas de usinagem
com as brocas de metal duro
sentam. Em casos onde não mente pelo uso em larga escala de
é possível a aplicação do máquinas mais rígidas, especial-
canais para a saída de cavacos metal duro por falta de rigidez su- mente centros de usinagem com ro-
quando nos deparamos com furos ficiente na operação de usinagem, tações mais altas e equipados, na
mais profundos (acima de 5 x D), tais brocas podem atingir níveis de sua maioria, com sistema de refri-
em que a broca tipo N, que duran- V C
intermediários entre as de HSS geração interna.
te anos foi a única alternativa para e de MD na usinagem de vários ti- Vale lembrar que as alternati-
uso geral, tem deficiências eviden- pos de materiais (figura 9), e, en- vas para uma usinagem com me-
tes. A geometria UFL pode reali- tão, pode-se dizer que o aço rápi- lhor performance eram as brocas
zar furação mais profunda e ainda do tem sido importantíssimo e que, com pastilhas intercambiáveis, li-
assim transportar cavacos com com novos desenvolvimentos, con- mitadas a um diâmetro mínimo
maior rapidez, produzindo furos tinuará sendo uma alternativa para próximo de 20 mm e capacidade
com melhor acabamento superfi- operações de furação. de atingir profundidades de no
cial e minimizando o problema de
entupimento devido ao perfil da
aresta transversal, mais reforçado,
para uma maior rigidez, compen-
sado por canais mais largos e com
ângulo de hélice de 40º (figura 5).
Com uma geometria tão otimiza-
da, dependendo do material a ser
furado podem ser atingidas pro-
fundidades entre 10 e 15 x D sem
o recurso do ciclo intermitente, ou
“pica-pau” (figura 6).
Isso tudo já é, por si só, muito
bom, mas ficou ainda melhor com
as coberturas PVD, agora consi-
deradas simplesmente indispensá-
veis. As coberturas mais utiliza-
das são o TiN (nitreto de titânio) e
a Tinal (titânio-alumínio-nitreto).
A proteção que elas dão ao subs- Figura 11 — VC = 0 no centro da broca: um dos grandes desafios que foram vencidos

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 13


versal em “S” e metais duros cada custo cada vez mais elevado do
vez mais tenazes, permitindo ta- uso e descarte dos líquidos refri-
xas de avanço elevadas e brocas gerantes, a furação sem refrige-
autocentrantes, e, na
esteira disso, houve
Figura 12 — A broca tipo Maximiza SX
é autocentrante enormes reduções dos
ciclos de usinagem (fi-
máximo 3 x D. Além disso, elas se gura 12).
aplicavam à usinagem de furos Equacionadas as ques-
com acabamento superficial e to- tões sobre máquinas,
lerância em nível de desbaste, e, geometrias e matéria-
portanto, era inquestionável que prima, mais o reforço
havia a necessidade de outro tipo das coberturas PVD, que
de ferramenta, principalmente com se tornaram mais popu-
diâmetros abaixo de 20 mm e de- lares, vários tipos de Figura 15 — A Alpha 22 usina sem refrigeração
ou com mínima lubrificação, por névoa
sempenho que só o metal duro só- brocas com performan-
lido propicia em termos de rigidez, ces cada vez melhores passaram a ração passou a ser uma tendência
com reflexos muito benéficos na estar disponíveis no mercado, cada e, ao mesmo tempo, uma alterna-
tolerância e acabamento de furos. uma dedicada a um determinado tiva viável e bastante considera-
grupo de materiais. da para vários tipos de materiais,
entre eles os aços de 500 a 600
Brocas de dois e N/mm 2 e principalmente os ferros
três cortes, canais fundidos (figura 15), enquanto que
helicoidais, vão os aços acima de 800 N/mm 2 e o
fundo alumínio não dispensam totalmen-
Figura 13 — Brocas tipo Alpha 2, te os refrigerantes mas podem ser
para usinagem sem refrigeração Sem refrigeração interna — usinados com mínima lubrificação
interna
Com ou sem cobertura, estas fer- por névoa, um sistema de pulveri-
Outro grande desafio foi o his- ramentas partem de um diâmetro de zação que combina ar comprimi-
tórico problema da furação — a 0,10 mm (microbrocas) e vão nor- do e óleo vegetal não-poluente e
falta de V C no centro da ferramen- malmente a até 20 mm, podendo que vem despertando o interesse
ta (figura 11), que impõe enormes atingir profundidades de corte de das indústrias devido aos seus bai-
esforços à broca e à máquina para até 5 x D (figura 13). Brocas com
a remoção do cavaco daquela re- desenhos de canais otimizados (a
gião de corte. Surgiram então no- geometria UFL), MD microgrão
vas geometrias com aresta trans- (figura 14) e cobertas com Tinal
Futura (a TFL) podem produzir
furos de até 8 x D em materiais
como aços e ferros fundidos, en-
tre outros, sem ciclo intermiten-
te.
Devido à crescente preocupa-
ção com o meio ambiente e ao

Figura 14 — Com a geometria Alpha Figura 16 — Três cortes e


22 pode-se chegar a profundidades altas taxas de penetração.
de corte de até 8 x D É a Maximiza SX

14 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


de brocas sem refrigeração interna riais e que esta gama aumenta cons-
e têm vantagens muito competiti- tantemente não só devido a novas
vas na usinagem de materiais de ca- geometrias, como já foi dito aqui,
vacos curtos, especialmente ferros mas também em função de alguns
fundidos e alumínio. Partindo de diâ- fatores importantíssimos — novas
metro de 3 até 20 mm (figura 16) classes de MD microgrãos combi-
e com capacidade de furar de 5 a 7 nando tenacidade e resistência ao
x D, elas são autocentrantes, e, em desgaste, novas coberturas PVD
razão de seu design rígido, propor- com capacidade de aumentar mui-
cionam acabamento superficial e to a dureza superficial e a resistên-
tolerâncias superiores. Como se cia do substrato ao calor e blanks
Figura 17 — Brocas Alpha 4: a não bastasse, podem ser atingidas com furos de refrigeração interna
partir de 3 mm de diâmetro e com altíssimas taxas de penetração (por para a produção de brocas com diâ-
refrigeração interna
exemplo, no alumínio-silício pode- metros cada vez menores (figura
xos custos, a começar pelo da sua se chegar a avanços por volta de 17). Mas não é apenas isso: mo-
implantação. até 1 mm/rot). dernas máquinas CNC usadas no
As ferramentas de três cortes
também figuram no rol de opções

Figura 18(B) — Com a Alphajet com perfil escalonado há efetiva redução


de tempo e de ferramentas no processo

processo de fabricação, que aliam


Brocas de dois alta produção e precisão extrema,
cortes, canais são um fator indispensável na per-
helicoidais e retos formance deste tipo de ferramen-
vão bem além ta. Graças a isso, as brocas pro-
porcionam tolerância e acabamen-
Com refrigeração interna — to superficial tão bons a ponto de
Não há a menor dúvida de que as operações de acabamento subse-
brocas em metal duro com refrige- qüentes, caras e lentas, serem eli-
ração interna oferecem a maior minadas, barateando o processo
gama de alternativas na área de fu- produtivo.
ração para todos os tipos de mate- Com canais de escoamento de
cavacos helicoidais, as Alpha 4 (fi-
Figura 18(A) — As brocas Alphajet
produzem furos de até 20 x D em gura 17) podem atingir profundi-
materiais de cavacos curtos dades de 5 x D com diâmetros en-

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 15


tre 3 e 20 mm para materiais como
aços em geral, ferros fundidos e ou-
tros. As Alphajet com canais re-
tos, especialmente desenhadas para
materiais de cavacos curtos (figu-
ra 18 A), vão a profundidades de
até 20 x D — possível no passado
apenas com brocas em HSS ou
canhão — e estão disponíveis na
faixa de diâmetros de 4 a 20 mm
(standard). Nas versões escalona-
da e multiescalonada podem ir até
o diâmetro de 30 mm nas aplica-
ções onde o perfil do furo é com-
plexo e exige várias ferramentas.
Para materiais e operações mais
difíceis, como furos profundos (de
até 10 x D) em aços em geral e aços

Figura 20 — Ferramentas para usinagem de matrizes com até 65 HRC

inoxidáveis, há as brocas Alpha 44 e fresar materiais já tratados (du-


com geometria UFL. Elas podem ser reza entre 45 e 65 HRC) significa:
empregadas em operações onde nor- maior precisão e redução significa-
malmente o HSS era usado com da- tiva no custo de produção.
dos de corte muito baixos e vida útil Nesse tipo de usinagem, a má-
insatisfatória, podendo executar o quina-ferramenta é muito exigida
mesmo trabalho a uma velocidade em termos de rigidez e as ferramen-
de três a cinco vezes maior e produ- tas têm de ter capacidade de supor-
zindo furos com tolerâncias bem tar altíssimas forças de corte e tem-
mais apertadas e melhor acabamen- peraturas, e, por isso são especial-
to superficial (figura 19). mente projetadas e construídas com
geometrias, materiais (MD) e co-
Usinar materiais bertura (TINAL X-Treme) que
endurecidos rápido atendem a condições extremas de
e com precisão trabalho (figura 20). Então, que
venha 2001 com maiores ou meno-
Os fabricantes de moldes e ma- res durezas e profundidades, pois
Figura 19 — Alpha 44: furam até
10 x D em aços inoxidáveis trizes sabem o que furar, rosquear a Titex Plus tem a solução.

16 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


Já está no ar o sistema
de compras via Internet
da Sandvik Coromant
Se alguém ainda duvida de que “surfando” pode fazer compras dentro da maior comodidade e
com a certeza de estar fazendo o melhor para os seus negócios, com certeza não está entre os
consumidores das ferramentas da Sandvik Coromant: pela Internet eles podem fazer seus pedidos
e receber o que compraram na alta velocidade e com a precisão que a grande via da informática
e da comunicação de dados propicia. O novo serviço coloca a Sandvik Coromant na dianteira
das empresas de seu segmento, acrestando uma razão a mais para que sua condição de líder
continue incontestável.

As indústrias que vivem a ... já podem pensar em receber os ... porque no Shop Online as
burocracia de fazer suas compras profissionais da Sandvik Coromant compras são feitas sem
pelo método tradicional... apenas na condição de necessidade de papelada. Erros e
negociadores de contratos e perda de tempo desaparecem...
agentes de soluções técnicas...

N
ovata no comércio eletrôni- senvolvimento, fabricação e venda dores dos produtos da Sandvik Co-
co? Nem pense nisso. Hoje, de ferramentas de corte e a primei- romant — que fazem seus pedidos
70% dos pedidos que che- ra dentro de seu segmento a pres- diretamente pela rede. A diferença
gam à subsidiária brasileira tar no Brasil o serviço de recebi- é que até aqui a plataforma utiliza-
da Sandivik Coromant já utilizam mento de pedidos por meio da In- da era a transmissão de dados via
o meio eletrônico. E se o assunto é ternet. Desde outubro seu progra- EDI (de electronic database inter-
e-commerce, tenha certeza: “pio- ma, batizado de Shop Online, já change) e agora passa a ser o am-
neirismo” é uma das marcas desta envolve um grupo de cinco empre- biente da Internet. As estimativas
empresa que é líder mundial em de- sas — dois clientes e três distribui- são de crecimento gradual do nú-
O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 17
mero de participantes do Shop On- ting e treinamento, para quem o in- principais objetivos da adoção de
line em 2001. vestimento realizado em e-com- alguma forma de e-business fo-
“Se somos líder de mercado, te- merce decorre do simples fato de ram a melhoria no atendimento
mos de ser um agente de transfor- a empresa estar atenta ao merca- aos clientes e a criação e manu-
mação”, afirma Claudio José Ca- do. “Ao surgir alguma novidade tenção de vantagem competitiva.
macho, gerente de negócios, dizen- que encontra aplicação no segmen-
do que a Sandvik Coromant “está to de ferramentas, a Sandvik Co- Estratégia e ação — O di-
sempre atuando de forma pró-ati- romant é sempre a primeira, a lí- retor da divisão de informática da
va, buscando o que há de melhor der, a melhor informada e melhor Sandvik do Brasil, Sérgio de Bri-
para oferecer aos seus clientes, ati- estruturada para levá-la aos con- to, conta que a estratégia adotada
tude típica de uma empresa que não sumidores”, diz. mundialmente pela Sandvik Coro-
espera que o mercado sinta neces- O e-commerce deve se consoli- mant foi a de desmembrar o pro-
sidade de determinado serviço para dar como uma ferramenta que in- jeto de e-business e, num primei-
só então se manifestar sobre ele”. teressa à comunidade dos clientes ro momento, disponibilizar apenas
Camacho acredita que o e-commer- da Sandvik Coromant, segundo o e-commerce, que, segundo ele,
ce vai ser “um agente de manuten- Marcondes, que acrescenta que o “é a ordem propriamente dita, a
ção e aperfeiçoamento do nosso fato de ela estar disponibilizando utilização do meio eletrônico para
bom relacionamento com os clien- este serviço é sinal de que se che- colocar pedido, enquanto o e-bu-
tes e trará benefícios que serão re- gou à melhor solução. siness é mais amplo e será um
novo canal de contato entre as vá-
rias áreas da Sandvik Coromant e
seus clientes, envolvendo suporte,
engenharia e inúmeros detalhes, e
já está em desenvolvimento”.
A opção por dar início ao pro-
jeto através do e-commerce susten-
ta-se no fato de que atualmente
parte significativa dos clientes da
empresa já realiza operações se-
melhantes. “Só o ambiente é novo,
pois a transação em si já existia;
o que estamos fazendo é oferecer
aos clientes uma solução mais sim-
... e os profissionais das empresas Assim a Sandvik Coromant e as
ples e prática, baseada na Inter-
são liberados para outras tarefas fábricas que usam suas ferramentas
importantes. chegam mais cedo e com mais net”, explica.
brilho ao futuro. Não se pode A Sandvik pratica o e-commer-
“dormir no ponto”! ce em alguns países há algum tem-
po, enquanto que o e-business está
vertidos em aumento da produtivi- Resultados de uma pesquisa re- sendo desenvolvido a muitas mãos.
dade de todos os envolvidos”. cente realizada pelo Grupo IT “Estamos trabalhando nesse proje-
“A Sandvik Coromant é uma Mídia demonstram que os rumos to há um ano e meio”, conta Brito,
empresa onde a tecnologia gera da Sandvik Coromant estão de dizendo que em 1998 foram forma-
qualidade do atendimento, então acordo com os que vêm sendo per- dos três grupos para este desenvol-
não podemos deixar que o novo corridos pelas principais organi- vimento: um é estratégico interna-
torne-se trivial para só então ade- zações do Brasil. Abrangendo 50 cional, ao qual ele pertence; outro
rir a ele”, concorda Francisco Car- das 500 maiores empresas brasi- da área tecnológica e um terceiro,
los Marcondes, gerente de marke- leiras, a pesquisa concluiu que os de diretoria.

18 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


Contatos de primeiro grau, fim da burocracia e ganhos para todos
A Rolamentos FAG e o braço ra brasileira do Grupo será efetivada dois fornecedores, GM e Maxion.
brasileiro do Nacco Materials Han- no decorrer do próximo ano”, conta o Salles acredita que as compras
dling Group, a NMHG, que produz gerente de suprimentos da Rolamen- online deverão representar redução
as empilhadeiras Hyster e Yale, são tos FAG, Karoly J. Gombert. de custos apenas quando deixarem
“Hoje já realizamos com- de ser uma novidade, passando a
pras através da Internet e fazer parte do dia-a-dia das empre-
podemos atestar a sua pra- sas, mas ressalta vários outros de
ticidade” emenda Gerson seus benefícios. O principal deles é
Abel Neto, comprador, fri- a eliminação do intermediário, ou
sando que “a Sandvik Coro- seja, o serviço é direto e objetivo. A
mant foi a primeira empresa informação que vai para o fornece-
da área de ferramentas de dor é correta, uma vez que não há
corte que nos ofereceu uma necessidade de digitação de códi-
solução de e-commerce, o gos, letras, números de telefone ou
Shop Online, que veio ao en- preços. “Tudo aquilo que é informa-
contro de nossos objetivos ção transitória está fixo no sistema”,
de acompanhar a necessi- frisa, “portanto, não há como errar
dade de evolução de merca- e o que ser devolvido, evitando atra-
Izilda França Moreira

do utilizando cada vez mais sos na entrega e outros inconvenien-


soluções de e-commerce”. tes próprios da compra pelo siste-
Marco A. Conrado, tam- ma tradicional”.
bém comprador da FAG, Uma vantagem adicional é a eli-
ressalta que o principal be- minação da parte burocrática das
nefício deste novo serviço é negociações, que envolvem os pre-
Karoly J. Gombert, gerente de compras o seu dinamismo, além de ços de cada item, os prazos de en-
(sentado), Marco Antonio Conrado (atrás) e eliminar os procedimentos trega e as condições de pagamen-
Gerson Abel Neto, da FAG. “O Shop Online burocráticos. “Por meio dele to, que já estão pré-negociados den-
traz para o cotidiano das empresas a teremos um canal direto tro do sistema. Salles acredita que
agilidade e a desburocratização que o com o fornecedor, agilizan- no futuro o comprador passará a ser
e-commerce proporciona” do todo o processo de com- um negociador de contratos a quem
pras, oti-
duas das cinco empresas que ade- mizando o tempo e
riram ao programa de e-commerce promovendo redu-
da Sandvik Coromant. Com suas ção de custos, e
respectivas identificações e senhas isso, hoje, é funda-
para “entrar” no Shop Online, elas mental para todas
acessam o catálogo completo de as empresas”.
produtos da divisão Coromant, onde Atualmente,
são escolhidas as ferramentas e 17% das compras
programadas as entrega. Forma e do NMHG – Nacco
prazo de pagamento já estão pré- Materials Handling
definidos. As outras três empresas Group já são reali-
Izilda França Moreira

que formam este primeiro grupo de zadas online, res-


“compradores online” são distribui- tritas, porém, a
doras das ferramentas da linha Co- operações com fi-
romant: Arwi, de Caxias do Sul (RS); liais do próprio
Diretha, de São Paulo (SP); e PS Grupo Nacco. En-
Ferramentas, de Bauru (SP). tusiasta dos servi- Ruy de Salles O. Corrêa (atrás) e Antonio Roberto Prado
A matriz do Grupo FAG, na Ale- ços através da In- Vidal, da NMGH, atestam a eficácia do Shop Online
manha, já dispõe de soluções avan- ternet, o gerente
çadas de e-business que permitem de materiais da NMHG, Ruy de Sal- caberá colocar os pedidos no siste-
inclusive a realização de leilões on- les O. Corrêa, diz que o aumento des- ma e depois rastreá-los, de maneira
line e onde divulga suas necessida- se volume deve ser natural e que além que a questão de custos desapare-
des e recebe ofertas de fornecedo- de participar do programa da Sandvik cerá, permanecendo apenas a que
res pré-aprovados. “A implantação Coromant está avaliando a possibili- se refere à qualidade. “Este talvez
destas soluções na fábrica brasilei- dade de entrar em projetos de outros seja o grande benefício do sistema”.

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 19


Quem é quem no E-commerce Team
A Sandvik Coro- tada, para facilitar o
mant do Brasil estrutu- acesso do usuário”, ga-
rou uma equipe com rante ela.
profissionais de várias Em outubro o progra-
de suas áreas, bati- ma foi apresentado aos
zando-a com o nome cinco primeiros clientes e
de E-commerce Team, surpreendeu. “A aceita-
e para liderá-la esco- ção foi superior à que
lheu José Edson Ber- estávamos esperando”,
nini, gerente regional lembra Marco Tahara. “O
de vendas, que já grau de envolvimento e
atuou largamente den- interesse foi realmente
tro do modo tradicional uma surpresa bastante
de comercialização e boa”, complementa José
age como o elo entre Edson Bernini, “e na
os consumidores de mesma oportunidade a
ferramentas e o que o solução foi exibida para
e-commerce oferece. todo o grupo de vendas

Izilda França Moreira


Rudinei Barbosa, da da Sandvik Coromant,
área de atendimento tanto interno quanto ex-
ao cliente, é o contato terno, porque, afinal, na
com os clientes para medida que mais clien-
questões de negocia- tes tiverem acesso a ela,
ção e soluções comer- O time de e-commerce da Sandvik Coromant: da esquerda o suporte de campo será
ciais. Da área de infor- para a direita, José Edson Bernini, Marco Tahara, Reynaldo dado pelos vendedores”.
mática, Reynaldo de de Freitas, Heloisa Giraldes e Rudinei Barbosa De acordo com um le-
Freitas ficou no Supor- vantamento da equipe,
te em Sistemas, dando suporte téc- Heloisa Giraldes, coordenadora 65% dos contatos da Sandvik nas
nico para o projeto, e Marco Tahara de marketing, assumiu a gerência de empresas já têm acesso à Internet.
é o Suporte em Internet, desempe- conteúdo do e-commerce e é a res- “É mais um motivo para acelerarmos
nhando o papel de suporte técnico ponsável pelo trânsito das informa- o programa e acreditarmos em seu
em acesso à Internet e de link entre ções entre a equipe brasileira e a da sucesso”, diz Heloisa. “Estamos
as tecnologias de comércio que já vi- matriz. “Nossa solução está total- agregando um valor ainda maior aos
nham sendo utilizadas pela empresa mente traduzida para o português, produtos da Sandvik Coromant”,
e as constantes no novo projeto. com a linguagem devidamente adap- acrescenta Edson.

O Brasil é considerado pela próxima de nossa base em São em desenvolvimento no mundo,


matriz como um país-chave neste Paulo”. No mundo inteiro será em- como, por exemplo, o megapro-
desenvolvimento por duas razões, pregada a mesma plataforma e “o jeto formado por GM, Ford,
segundo Brito. “Primeiro porque Brasil é um dos cinco países mais Chrysler e outras grandes empre-
o brasileiro, ao contrário de outros adiantados em seu desenho, o que sas, do qual a Sandvik Coromant
povos, considerados mais conser- para nós é extremamente gratifi- é um dos partners. “Fomos um
vadores, tem interesse em ver e cante, uma vez que conseguimos dos primeiros fornecedores a se-
fazer o que é novo e descobrir se nos colocar entre as primeiras sub- rem convidados a participar, não
nele existe algum valor; segundo sidiárias do Grupo Sandvik que só para nos informar sobre quais
porque o país é territorialmente estão realmente abrindo este novo são suas necessidades, mas tam-
grande e o e-business encurta dis- caminho”, diz. bém para encontrar uma solução
tâncias, possibilitando oferecer um A direção mundial do Grupo que atenda a todos”, diz Brito,
serviço tão bom a uma empresa vem acompanhando de perto, e cuja opinião é de que o megapro-
que está no Nordeste quanto o que quando possível ativamente, todas jeto levará a mudanças represen-
oferecemos para outra bem mais as áreas de comércio eletrônico tativas no mercado.
20 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000
Um novo
caminho para o
século XXI
Joel A. Barker é um futurista que em 1975 começou a popularizar o conceito de visão e mudanças
de paradigmas. Ele é autor de Paradigms: the business of discovering the future and future edge
(Paradigmas: a tarefa de descobrir o futuro e suas vantagens), citado pelo Library Journal como o
mais influente livro de negócios de 1992. Barker é um dos oradores mais procurados do mundo
quando o assunto é mudança e como lidar com ela. Seus vídeos, disponíveis em sete idiomas, foram
considerados pelo Industry Week como uma das mais importantes séries de programas no mundo
dos negócios*. Em O exemplo Mondragon, reproduzido aqui, ele conta uma experiência
bem-sucedida de como a visão que se tem do futuro determina o sucesso do presente.

os últimos anos do século

N XX, o capitalismo e o mer-


cado recuperaram a supre-
macia global. As economias
socialistas e comunistas são consi-
deradas um fracasso e, se nos ba-
searmos em seu desempenho, não
poderia ser diferente. No entanto,
deu-se o ressurgimento de uma ati-
tude em relação aos empregos e ao
trabalho jamais vista desde a Gran-
de Depressão. A estabilidade no
emprego é considerada parte de um
velho paradigma que está desapa-
recendo rapidamente. Cortes maci-
ços nos empregos em todo o mun-
do industrializado acusam as for-
ças do mercado que exigem o “de-

Texto extraído de A Organização do Futuro, de Frances


Hesselben, Marshall Goldsmith e Richard Beckhard
(organizadores), Peter Drucker Foundation, Editora
Futura, 1997.
* Copyright© 1997 by Joel A. Barker.
** Mais informações: Whyte, W.F. & Whyte, K.K., Making
Mondragon (Ithaca, Nova York, ILR Press, 1991).

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 21


clínio” das organizações. A inversão é: Dom José começou a construir
Bill Gates, líder de uma organi- sua mudança de paradigma ao ini-
zação do século XX, afirmou que Quando tiver que escolher en- ciar, no final dos anos 40, uma es-
a única segurança de seus funcio- tre pôr em risco seu capital para cola de aprendizes para a indústria.
nários são suas próprias aptidões. proteger os empregos ou pôr em Ele também ensinava ética aos jo-
Ele sustenta a educação desses fun- risco os empregos para proteger vens cujos planos eram começar um
cionários como forma de manter e seu capital, escolha sempre prote- negócio algum dia. À medida em
aprimorar essas aptidões. O presi- ger os empregos! que a escola crescia, aumentava
dente Bill Clinton afirmou várias também o desemprego da região,
vezes um tema similar: devemos A organização que inverteu essa atingindo 20 por cento no início dos
educar nosso povo para que ele antiga regra é a Mondragon Coo- anos 50. Dom José lera o edito pa-
possa ser admitido em empregos perative, localizada na região bas- pal que declarava que o trabalho
que paguem bem. Porém, basta ca do norte da Espanha. A Mon- deveria ser considerado parte do de-
uma simples olhada no número de dragon representa uma mudança senvolvimento espiritual e ficou
pessoas bem-educadas nos Estados paradigmática na mentalidade e na profundamente perturbado com o
Unidos que se encontram subem- estrutura organizacional. Acredito número de paroquianos que, nesse
pregadas ou desempregadas para que o conhecimento de sua histó- aspecto, por falta de emprego, não
saber que a educação não é nem ria, estrutura e sucesso oferece uma poderiam participar do próprio
pode ser a única solução. Esse di- alternativa profunda para a visão crescimento.
lema se repete em todo o mundo. de futuro singular da empresa hoje Em 1955, Dom José começou a
De certa forma, as empresas com em ascendência. tomar providências para mudar o
fins lucrativos, aquelas organiza- futuro de Mondragon. Convidou
ções geradoras de empregos de cuja A história da cinco jovens alunos das turmas de
riqueza todos os outros empregos Mondragon ética empresarial para irem com ele
derivam, não devem aceitar o para- arrecadar dinheiro para comprar
digma predominante da falta de es- A Mondragon Cooperative foi uma empresa e levá-la para Mon-
tabilidade no emprego. Admitir constituída em 1954 com um pa- dragon. Eles espalharam a notícia
como impossível a estabilidade no dre jesuíta chamado Dom José de que precisavam de um emprés-
emprego no século XX é estabele- Maria Arizmendiarreta (daqui em timo. Não dispunham de um plano
cer um limite, na minha opinião, ilu- diante me referirei a ele como Dom econômico; não sabiam o que com-
sório. Pelo menos uma experiência José) e cinco jovens. Dom José era prariam ou o que produziriam. No
significativa leva a considerarmos um homem fascinante cujos ante- entanto, apoiados na própria repu-
o contrário. Gostaria de comparti- cedentes demonstram coragem e tação aliada ao próprio compromis-
lhar essa experiência com um mo- disposição para defender suas cren- so financeiro pessoal para com o
delo. Estive acompanhando tudo ças. Em sua ordenação, foi envia- projeto, eles arrecadaram 361.604
isso durante 15 anos e o sucesso do para a região de Mondragon dólares! Isso em uma comunidade
obtido resulta, pelo menos em par- para prestar auxílio ao povo de lá. com elevado índice de desempre-
te, da inversão de uma das mais for- Quando chegou, em 1941, encon- go. Em valores monetários atuais,
tes premissas do capitalismo. A ve- trou grande índice de desemprego, isso representaria dois milhões de
lha regra dos negócios é a seguinte: educação precária e falta de uma dólares.
visão positiva do futuro. Os bens Com o dinheiro em mãos, os cin-
Quando tiver que escolher en- da região eram poucos, mas impor- co rapazes adquiriram a pequena
tre pôr em risco seu capital para tantes: um povo esforçado e traba- fábrica de aquecedores movidos a
proteger os empregos ou pôr em lhador, uma solidariedade baseada querosene Aladdin. Um ano após
risco os empregos para proteger nos maus-tratos infligidos pelo go- adquirí-la, eles a levaram para
seu capital, escolha sempre prote- verno espanhol durante centenas de Mondragon e a cooperativa nasceu.
ger seu capital. anos e uma forte estrutura social. Deram-lhe o nome de Ulgor home-

22 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


nageando as iniciais dos nomes dos essa diretoria contrata os gerentes. caso o empreendimento fracasse; e
cinco. Quando perguntaram a Dom Isso provoca um efeito positivo nos também garante uma recompensa na
José qual seria o próximo passo, ele trabalhadores, pois são as pessoas aposentadoria se o empreendimento
respondeu: “Construiremos a estra- eleitas por eles que contratam seus for bem-sucedido. Em segundo lu-
da enquanto viajamos”. supervisores. Se não apreciam as gar, foi criado um banco cooperati-
Em 1956, a empresa possuía 24 ações da alta administração, sem- vo para atender à cooperativa. Sua
funcionários. Em 1958, o número pre podem destituí-la por voto. Par- missão é muito clara: financiar no-
de funcionários crescera para 149. te da estrutura democrática se cons- vos empregos de forma que todas as
Em 1990, o Mondragon Coopera- titui num congresso de trabalhado- pessoas que desejam trabalhar na
tive Complex (Complexo Coopera- res onde todos podem votar. Há região de Mondragon possam fazê-
tivo Mondragon), do qual a Ulgor também um conselho de trabalha- lo. Essa missão é muito mais im-
foi a primeira das muitas coopera- dores sempre alerta, para observar portante que conseguir o melhor
tivas ligadas, possuía 21.241 mem- a alta administração, e um conse- retorno sobre o investimento, vio-
bros. Consistia de um complexo de lho social formado por representan- lando assim o paradigma predomi-
mais de cem empresas e valia mais tes de equipes de 20 a 50 trabalha- nante das atividades bancárias.
de 2,6 bilhões de dólares. Na últi- dores. Em suma, todos têm voz ati- Para simplificar, o banco coopera-
ma metade do século XX, a Mon- va ou possuem um representante tivo de Mondragon arrisca o pró-
dragon cresceu e desenvolveu uma com voz ativa. Embora também prio capital para proteger a base de
democracia trabalhista única, na existam sindicatos na cooperativa, empregos da comunidade.
qual os funcionários eram donos eles cumprem um papel muito di- Todos os trabalhadores e coope-
das empresas, a relação capital-tra- ferente daquele desempenhado na rativas de Mondragon devem utili-
balhador foi invertida e o espírito maior parte das empresas graças à zar esse banco. Ele detém as poupan-
empreendedor florescia num ritmo alta qualidade da comunicação en- ças e os fundos de aposentadoria dos
de sucesso sem igual. tre gerentes e trabalhadores e ao trabalhadores e processa os fundos
equilíbrio de poder existente. que circulam por todas as empresas
Os princípios que Resumindo, o princípio demo- de Mondragon. Em troca desse mo-
serviram de crático permite aos trabalhadores nopólio do dinheiro, ele presta servi-
fundamento à saberem que, caso desejem, podem ços não oferecidos aos clientes por
Mondragon reestruturar fundamentalmente nenhum outro banco no mundo:
todo o complexo de cooperativas
Cinco diretrizes resultaram no Mondragon ou parte dele. São eles • Informações estratégicas e ori-
incrível recorde de geração de em- que tomam a decisão final. entações para novos ou antigos ne-
pregos e de coesão da comunidade gócios.
de Mondragon. Embora o país bas- Estrutura financeira • Relatórios de marketing atua-
co apresente condições especiais As democracias trabalhistas lizados sugerindo novos produtos
que ajudaram Mondragon a pros- são raras, mas não únicas. No en- e serviços necessários na região e
perar, qualquer organização de tanto, a estrutura financeira do em toda a Europa.
qualquer parte do mundo pode complexo Mondragon é ímpar no • Uma equipe de executivos
aprender com esse experimento de mundo. Vamos dar uma olhada nos mais experientes prontos a asses-
quase meio século de idade. principais pontos. sorar novas cooperativas.
Antes de mais nada, todos os tra- • Disposição para financiar no-
Estrutura de poder balhadores participam com recursos vos negócios com vistas à geração
O primeiro princípio da Mon- financeiros próprios na cooperativa de novos empregos na região.
dragon é a democracia. Trata-se de da qual fazem parte. O dinheiro acu-
uma cooperativa; por isso, todo tra- mula juros, mas só pode ser retira- O banco de Mondragon se vê não
balhador tem direito a voto. Os tra- do após a aposentadoria. Isso ga- só como guardião do dinheiro que
balhadores elegem os diretores e rante que todos têm algo a perder utiliza, mas também como um cata-

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 23


lisador para a geração de novos em- escola evoluiu com as cooperativas. não importante em uma sociedade,
pregos na estrutura do complexo As necessidades das cooperativas está se tornando explosiva nos Es-
Mondragon. Sempre estende o tape- em crescimento sempre estiveram tados Unidos, na medida em que os
te de boas-vindas a quem estiver dis- ligadas ao programa escolar. Mui- diretores-presidentes detêm fatias
posto a criar mais empregos. Em vir- tos dos estudantes também traba- cada vez maiores do “bolo”. No
tude dessa atitude e das grandes ha- lharam nas cooperativas, de modo complexo Mondragon, três fatores
bilidades desenvolvidas em Mondra- que puderam perceber a ligação di- respeitam isso: a imparcialidade
gon ao incentivar o financiamento reta entre sua preparação e seu em- como parte da cultura, uma inclina-
para a criação de novos negócios e, prego. A escola acrescentou estu- ção nitidamente cristã na sua ética
conseqüentemente, de novos empre- dantes e ampliou a abrangência de empresarial e a marca registrada
gos, sua proporção de sucesso em- seu currículo. Criou departamentos basca da moderação. Como resul-
presarial tem sido de 80 por cento! de marketing e de administração e tado, a cooperativa pôde formar um
Note que esse é o índice de fracasso agora é considerada uma das me- extraordinário conjunto de relações
no resto do mundo! lhores faculdades de administração de pagamentos e fazê-lo funcionar.
Em meados dos anos 80, o ban- de toda a Europa. A partir de 1990, Proporções de remuneração es-
co da cooperativa tinha fundado mais de 6.500 estudantes foram pecíficas foram estabelecidas em
mais de cem novas cooperativas e matriculados em cursos de gradua- 1955 e mantidas até a década de
somente três faliram. Um econo- ção e 3.500 em outros tipos de 80. A mais alta posição não pode-
mista britânico, ao analisar Mon- cursos de treinamento. Essa liga- ria ganhar mais que seis vezes o
dragon, declarou que o índice de ção direta com empresas e empre- salário do funcionário de nível mais
sucesso era tão surpreendente “que gos específicos é raramente segui- inferior na mesma cooperativa. Se
parecia um milagre”. Outro pesqui- da nos Estados Unidos, exceto por o chefe quisesse um aumento, to-
sador, Robert Oakeshott, escreveu programas como o da Universida- dos recebiam também. Nos Estados
que se fosse avaliar o banco pelos de Motorola em Schaumburg, Illi- Unidos, em 1996, a razão salarial
critérios da criação de empregos nois. Entretanto, estamos descre- era de 115 para 1 nas principais
vantajosos ou de poupanças, era vendo aqui uma comunidade com- empresas. Recentemente, a razão
algo “muito bom, muito melhor que pleta, comprometida com a manu- salarial na Mondragon aumentou
qualquer outro”. Esse banco foi tão tenção de um sistema educacional de 15 para 1, pois o restante da
bem-sucedido que na década de 80 que reforça a capacidade de man- Espanha reconheceu a eficácia dos
teve de solicitar ao governo espa- ter empregos dentro da região. gerentes da Mondragon e os seduz
nhol uma permissão para empres- A propósito, e quanto aos es- com salários maiores.
tar dinheiro além dos limites legais tudos de marketing que o banco Os aumentos salariais nos vá-
a ele estabelecidos, pois possuía manteve para os prováveis empre- rios setores de cada cooperativa
mais dinheiro do que a cooperativa sários da cooperativa? Boa parte são determinados por muitas me-
poderia efetivamente utilizar. Em deles foi elaborada como trabalhos didas-padrão de produtividade e
muitos aspectos, o banco atuou da disciplina de marketing da fa- absenteísmo. Todavia, elas tam-
como a matriz de uma holding pri- culdade. Que melhor incentivo bém englobam medidas incomuns
vada. A única diferença é que seus você poderia dar aos estudantes como as “habilidades interativas”,
clientes são seus proprietários. que saber que seu trabalho pode- isto é, como os trabalhadores se
ria muito bem ser a base de uma relacionam com os colegas. Essa
A ligação com a nova e vigorosa empresa? medida em particular constitui 20
educação por cento da decisão sobre aumen-
O terceiro princípio está vincu- Escalas de pagamento to salarial. Os salários são chama-
lado à educação. Lembre-se de que e eqüidade dos de anticipos, a antecipação
Dom José tinha iniciado uma esco- O quarto princípio se concentra dos lucros. Os trabalhadores que
la técnica nos anos 40 para os jo- no conceito da remuneração justa. preferem deixar seus empregos
vens da região de Mondragon. A Essa questão, símbolo de quem é ou podem ser penalizados em mais de

24 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


30 por cento dos lucros acumula- Aposentadoria dor para as comunidades se ele pos-
dos no fundo de aposentadoria. Se O quinto e último princípio suir o paradigma correto.
são despedidos por justa causa, está centrado em um plano de • A autocapitalização pode ser
podem sofrer penalidades signifi- aposentadoria eqüitativo. O com- uma ferramenta poderosa.
cativas. Em caso de perda de em- plexo Mondragon autofinancia • O poder de uma visão comum
prego, o trabalhador recebe 80 por por completo seu pacote de apo- não pode ser superestimado.
cento do salário além dos 100 por sentadoria. Os trabalhadores con-
cento do seguro social e de saúde tribuem com 32 por cento de seus O modelo Mondragon não é
durante 12 meses. vencimentos e recebem 60 por perfeito **. Requer um comprome-
O complexo de cooperativas cento do último salário. A coo- timento de longo prazo com a mo-
Mondragon possui auto-seguro perativa também se responsabi- deração em vez de com o excesso.
contra a perda de emprego, portan- lizava financeiramente pela saú- Para muitos, no mundo industria-
to essa é a última coisa que espera de dos trabalhadores até o final lizado, o excesso é sinônimo de
acontecer. De fato, uma série de da década de 80, quando o gover- sucesso. O modelo Mondragon
providências é tomada antes de um no basco assumiu a maior parte também requer compromisso com
trabalhador perder seu emprego. do financiamento. Uma caracte- a comunidade e com as pessoas da
Por exemplo, antes de alguém ser rística interessante é o fato de o comunidade, em vez de buscar lu-
demitido, qualquer lucro acumula- trabalhador receber um lote para cros imediatos. Isso requer um
do durante o ano na cooperativa em cultivo, caso ainda não tenha um, novo tipo de paradigma para a ati-
questão será usado para pagar os como parte do pacote de aposen- vidade bancária.
salários daquele cargo. Se não for tadoria. No entanto, Mondragon também
suficiente, todos os salários naque- representa algo muito importante:
la cooperativa são diminuídos em 85 Conclusão
por cento em relação ao padrão. Se Muitos mais detalhes instigan- • É um experimento nobre de 40
isso ainda não for suficiente para fi- tes existem na história da Mondra- anos, ilustrando que o mercado
nanciar a manutenção do emprego, gon. Deixe-me concluir com estas competitivo possui espaço signifi-
o trabalhador é transferido para ou- observações para as organizações cativo para a cooperação.
tra cooperativa da estrutura Mon- em busca de opções para o para- • Trata-se de uma comunidade
dragon. Se neste emprego paga-se digma do século XX: de trabalho em que os valores reli-
menos que no anterior, o fundo de giosos e as causas éticas de eqüi-
desemprego compensa a diferença. • A democracia no trabalho e os dade e democracia se desenvolvem
Por fim, se todos esses esforços fra- trabalhadores com controle acioná- para o benefício da formação de
cassarem, o trabalhador fica desem- rio são opções reais e viáveis para capital e de lucros expressivos.
pregado e imediatamente começa a o paradigma do acionista. • Trata-se de um lugar onde o
receber benefícios educacionais para • A educação, a visão de comu- medo realmente foi expulso do am-
adquirir novas habilidades o mais nidade e um banco comprometido biente de trabalho em muitos as-
rápido possível. com a geração de empregos, em vez pectos.
Qual o sucesso desse programa? de com a geração de capital, po- • É uma clara demonstração de
Durante a recessão mundial do iní- dem criar uma base de emprego co- que apenas os seres humanos po-
cio da década de 80, a região bas- munitária duradoura. dem acrescentar valor ao capital.
ca perdeu 150 mil empregos. Ao • Existe uma outra forma de pro- Nunca o contrário!
mesmo tempo, o complexo Mon- mover a prosperidade.
dragon criou um adicional de 4.200 • Os próprios trabalhadores po- Como se isso não bastasse, a
empregos. Resultado final: apenas dem reinventar seu trabalho se for Mondragon serve para nos lembrar
104 de seus trabalhadores, ou 16 concedido o tipo certo de apoio. de que existe mais do que um ca-
avos de 1 por cento, terminaram de- • O papel de um banco pode ser minho para o futuro. Não devemos
sempregados. profundamente positivo e sustenta- ter medo de procurar o melhor.

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 25


“Comunicação” é
uma palavra-chave
para se otimizar
a usinagem
m certos casos, o mercado para diminuir o seu atraso em rela- respeita as condições sugeridas nos

E brasileiro de agora é alta-


mente agressivo e predató-
rio como resposta à compe-
titividade imposta pelos produtos
importados e para atender aos re-
ção às suas congêneres de países
que têm tecnologia e economia mais
avançadas e, assim, garantir sua
sobrevivência(1).
A otimização do processo de
catálogos dos respectivos fabrican-
tes — relatos sobre a otimização
dos parâmetros de corte para as
ferramentas de corte já em uso são
pouco freqüentes.
quisitos da globalização. Os recen- fabricação de indústrias manufatu- O uso da Internet para realizar
tes avanços tecnológicos propicia- reiras onde os processos de usina- diagnósticos à distância já não é
ram um considerável ganho de com- gem integram o processo produti- novidade para fornecedores e usuá-
petitividade às indústrias manufa- vo é sempre um objeto de primeira rios norte-americanos (4 e 5) de má-
tureiras, especialmente para as de necessidade, mais que de desejo. O quinas-ferramentas — por vídeo-
países desenvolvidos, que em geral emprego de novos dispositivos de conferência, o pessoal de suporte
têm acesso mais rápido e em pri- fixação e de sujeição, novas ferra- técnico dos fornecedores orienta
meira mão às novas tecnologias. mentas de corte e máquinas mais seus clientes cujas máquinas estão
Este novo cenário desencadeou evoluídas tecnologicamente são re- com problemas sem que ninguém
uma corrida, principalmente por cursos normalmente empregados tenha que se deslocar de um lugar
parte das indústrias nacionais, em por processistas e (ou) engenheiros para outro. Este recurso propor-
direção à atualização tecnológica de processo. A meta principal é re- ciona economia relacionada às
duzir os tempos de corte para, con- despesas geradas por viagens, que
Este artigo foi escrito por Elesandro Antonio Baptista seqüentemente, se chegar à redução ficam restritas apenas aos casos de
(Faculdade de Engenharia Mecânica e de Produção da do tempo de fabricação de peças. solução não adequada de proble-
Universidade Metodista de Piracicaba – FEMP/Unimep),
Nivaldo Lemos Coppini (Unimep) e Reginaldo Teixeira Dentro disso tudo merece destaque mas envolvendo máquinas e novas
Coelho (Numa - Núcleo de Manufatura Avançada -
Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de
o fato de que, via de regra, a ado- ferramentas. Há mais novidade
São Paulo – USP). ção de novas ferramentas de corte nesta área, entretanto.

26 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


Um sistema especialista que possibilita determinar velocidades de
corte otimizadas em um ambiente fabril respeitando o cenário
produtivo e o sistema máquina-ferramenta-peça envolvidos na
otimização. É o TOES, que traz a possibilidade de ganhos de
competitividade em processos de usinagem e cujo emprego poderá
ser de muito valor para a indústria. As estratégias utilizadas para o
interfaceamento entre sistema especialista e CNC, que permitiram a
otimização dos parâmetros de corte de maneira automática e
inclusive via rede ou Internet, dentro do conceito de fábrica virtual,
mostram que aquilo que era apenas algo como um exercício de
futurismo pode entrar para o cotidiano das indústrias: os resultados
dos testes preliminares atestaram a sua adequação, mesmo que o
sistema de comunicação utilizado fosse frágil.
Tradicionalmente, tratando-se otimização apresente resultados ou o responsável pela otimização
de parâmetros de corte podem ser coerentes com o sistema envolvi- do processo alimenta o sistema com
otimizados a profundidade de cor- do, as constantes x e k da equação os resultados oriundos da usinagem
te, ap, o avanço, fn, e a velocidade de vida de Taylor devem ser de- e aguarda o resultado calculado
de corte, vc. A profundidade de terminadas em ambiente fabril pelo TOES. Para aproveitar os
corte é adotada em função de res- (equação 1): avanços tecnológicos conquistados
trições físicas inerentes à peça, à pela área de tecnologia da informa-
ferramenta e (ou) à máquina-ferra- ção, principalmente quanto ao que
menta, como a camada de sobre- Onde: T = vida de ferramenta se refere à Internet, os autores des-
metal a ser retirada, o fio de corte e v = velocidade de corte. te artigo desenvolveram uma estra-
da ferramenta, a potência da má- tégia que possibilita a interação do
quina-ferramenta e outros fatores A constante necessidade de ob- TOES e do CNC — controle nu-
limitantes referentes aos dispositi- tenção de dados relativos ao pro- mérico computadorizado — mesmo
vos de fixação da peça. E então cesso de usinagem, aliada à neces- que eles estejam em lugares dife-
procura-se empregar a maior pro- sidade de resolução de cálculos rentes na mesma fábrica ou a mi-
fundidade de corte possível entre complexos para a obtenção destas lhares de quilômetros um do outro.
estas restrições. constantes, porém, tem afastado Assim, de maneira completamente
O avanço é definido basicamen- esta técnica do dia-a-dia dos pro- automática, a possibilidade de rea-
te em função do acabamento super- cessistas. Nada que o emprego de lizar a otimização de um processo
ficial desejado, o que quer dizer que sistemas especialistas de usinagem de usinagem através da Internet
sua utilização está limitada às fai- não resolva, no entanto. dentro do conceito de fábrica vir-
xas de avanço que atendem a este tual já é uma realidade palpável.
requisito. Já a otimização da velo- TOES e CNC atuam No modo automático, a otimi-
cidade de corte é bastante flexível, juntos. A distância zação é realizada sem qualquer in-
apesar da vida da ferramenta ser não é mais nada tervenção humana — os dados so-
muito sensível com relação a este bre o processo produtivo são pre-
parâmetro. Otimizando-se a velo- Aqui entra um sistema desen- viamente cadastrados (como, aliás,
cidade de corte com base no inter- volvido especialmente para a oti- também o são no modo interativo)
valo de máxima eficiência (IME), mização da velocidade de corte em e o sistema especialista recebe as
entretanto, podem-se obter melho- ambiente fabril sem desrespeitar o informações complementares ne-
res resultados no que se refere aos cenário produtivo em que é execu- cessárias à otimização do proces-
custos e à produtividade(2). tado o processo-alvo da otimiza- so de usinagem diretamente do
A evidência, então, é que se ção(3), o TOES (de tool optimizati- CNC da máquina-ferramenta.
pode otimizar o processo de usi- on expert system), que pode ser uti- A otimização do processo de
nagem do sistema máquina-ferra- lizado nos modos interativo e au- usinagem com o TOES se baseia
menta-peça em uso através de seus tomático. em uma metodologia(6) que consis-
parâmetros de corte. Para que a No modo interativo o operador te na determinação, em ambiente

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 27


fabril, das constantes x e k da vida da ferramenta também pode Onde: Sh = salário-homem, Sm
equação de Taylor e, conseqüen- ser expressa em comprimento de = salário-máquina, Kft = custo do
temente, do IME: corte (em metros) ou em tempo (em ferramental e Tft = tempo de troca
minutos). Nos casos em que ela for da ferramenta.
A) Determinar os parâmetros expressa em comprimento de corte F) Após a definição do IME,
de corte de acordo com os proce- podem também ser utilizadas as pode-se adotar a velocidade de cor-
dimentos em uso por parte do res- equações 2 e 3, mas quando expres- te otimizada para o sistema máqui-
ponsável pela elaboração do pro- sa em tempo deve-se utilizar a na-ferramenta-peça, inclusive res-
cesso de usinagem (adotar valores equação 4 (para o cálculo da cons- peitando-se o sistema produtivo en-
sugeridos em catálogos de fabri- tante x) juntamente com a equação volvido, uma tarefa que também é
cantes de ferramentas, basear-se 3 (para o cálculo da constante k). realizada pelo TOES mas não será
na experiência do operador, ou, abordada aqui por não se relacio-
até, recuperar valores oriundos de nar diretamente com a estratégia
experimentos anteriores armazena- de comunicação desenvolvida,
dos em banco de dados). Uma ob- tema principal deste artigo.
servação importante: os valores da
profundidade de corte, ap, e do Como a descrição da metodo-
avanço de corte, fn, adotados de- logia apresentada acima mostra, é
vem ser o maior possível em rela- necessário anotar os resultados ob-
ção às restrições inerentes ao sis- tidos na usinagem dos lotes de pe-
tema máquina-ferramenta-peça. ças quando se varia a velocidade
B) Iniciar a usinagem do primei- de corte, o que pode ser feito pelo
ro lote de peças e prosseguir até que Onde: tc = tempo de corte, Zt próprio operador da máquina, e, as-
o final da vida da aresta da ferra- = número de peças, Vc = veloci- sim, tem-se o TOES trabalhando no
menta seja decretado por um crité- dade de corte e T = vida da ferra- modo interativo. Todos os cálculos
rio previamente estabelecido, ano- menta em minutos. O índice 1 re- necessários são realizados pelo
tando o número total de peças, Zt 1, presenta uma situação diferente do TOES, mas no modo interativo
usinadas por esta primeira aresta. índice 2. cabe ao operador ou responsável
C) Alterar o valor da velocida- E) Calcular: a velocidade de pela otimização do processo a al-
de de corte em ± 20% em relação à corte de mínimo custo (Vcmc), a ve- teração da velocidade de corte na
velocidade de corte utilizada para locidade de corte de mínimo custo máquina CNC e também a intro-
a usinagem do primeiro lote de pe- limite (VcmcLim) e a velocidade de dução dos resultados obtidos no
ças e, a seguir, iniciar a usinagem corte de máxima produção (Vcmxp). TOES. No modo automático tais
do segundo lote de peças até que A Vcmc e a Vcmx compõem os extre- tarefas são realizadas sem interfe-
seja decretado o final da vida da mos do IME. Já a VcmcLim sempre rência humana. Portanto, a rotina
aresta da ferramenta, pelo mesmo pertencerá ao IME. Para o cálculo de comunicação entre os microcom-
critério anterior, e anotar o núme- destas velocidades e a conseqüente putadores deve ter confiabilidade
ro de peças usinadas, Zt2, para a determinação do IME devem ser tal que sejam evitados acidentes e
segunda aresta da ferramenta. utilizadas as equações 5, 6 e 7: prejuízos ao sistema produtivo.
D) Após a realização da usina-
gem obtêm-se os valores da vida da A boa comunicação
ferramenta expressos em número de TOES-CNC depende
peças em que para Vc1 obteve-se Zt1 do meio utilizado
e para Vc2 obteve-se Zt 2. Assim é
possível a determinação das cons- O sistema especialista (TOES)
tantes x e k através das equações 2 e o CNC da máquina-ferramenta
e 3. É importante observar que a podem se comunicar basicamente

28 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


via rede do tipo LAN ou
WAN, respectivamente lo-
cal area network e wide
area network.
A rede LAN permite a
conexão e o compartilha-
mento de dados entre mi-
crocomputadores em um
mesmo ambiente — uma
fábrica ou um escritório,
por exemplo. Neste caso,
o TOES pode ser instala-
do em uma máquina loca-
lizada em qualquer ponto
de conexão da rede, pró-
xima ou não da máquina (ou má- veis de programação dentro dos Este arquivo pode ser lido, alte-
quinas) a ser otimizada. programas de usinagem desenvol- rado e gravado enquanto o torno
Para realizar a otimização de vidos em linguagem “G”. Com isso está usinando, considerando que so-
um processo de usinagem via In- pode-se reservar uma variável den- mente a cada início de ciclo de usi-
ternet deve-se utilizar uma rede do tro do programa “G” cujo valor é nagem o seu CNC carrega as in-
tipo WAN e o microcomputador definido em um arquivo externo formações nele contidas. Ele tam-
em que reside o TOES pode estar com formato texto (ASCII). bém é importante para a contagem
localizado em qualquer
parte onde se tenha acesso
à Internet.
A máquina-ferramenta
utilizada, um torno CNC
Index pertencente ao
NUMA – Núcleo de Manu-
fatura Avançada da Escola
de Engenharia/USP de São
Carlos (SP), facilitou o de-
senvolvimento dos traba-
lhos por possuir um micro-
computador do tipo IBM-
PC padrão que é responsá-
vel pelo controle de seu
CNC. Uma placa de rede
foi instalada neste micro-
computador permitindo,
assim, o compartilhamen-
to de sua unidade de disco
rígido em um ambiente de
rede, LAN ou WAN.
Outra característica im-
portante da máquina é a
possibilidade de usar variá-

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 29


do número de peças: foi desenvol- para o desenvolvimento de aplica- volve os resultados gravados no
vida uma rotina na linguagem de ções de aquisição de dados e que é arquivo “BACK.ATD”. Os dois
programação disponível no CNC responsável pela aquisição/recebi- arquivos têm o mesmo conteúdo.
para adicionar o valor 1 (um) a mento de informações existentes no Foram adotados nomes diferentes
cada início de ciclo de trabalho em CNC da máquina e no sistema es- para eles para evitar possíveis pro-
uma variável predefinida, a qual pecialista TOES. Finalmente, há o blemas em função de interrupções
será apresentada mais adiante. computador em que está instalado do sistema de comunicação utiliza-
Um outro o TOES. A figura do. Veja a estrutura do arquivo ado-
computador 1 mostra esquemá- tado na figura 2 e, na figura 3, o
instalado no ticamente o sistema fluxograma utilizado pelo software
NUMA foi uti- todo. gerenciador e pelo sistema especi-
lizado como O TOES intera- alista na troca de informações
servidor e faz a ge com o CNC da através do “PARAM.ATD” e do
conexão entre máquina-ferramen- “BACK.ATD”.
o sistema espe- ta por meio de dois
cialista TOES arquivos previa- CONCLUSÕES
e o CNC da mente definidos. O
máquina-ferra- primeiro, chamado Os autores deste artigo concluí-
menta. Este servidor foi emprega- “PARAM.ATD”, é gerado pelo ram, após os trabalhos de desen-
do para dar uma maior segurança software gerenciador e é lido pelo volvimento e testes, que:
ao sistema. Nele foi instalado um TOES. Ao receber as informações
software gerenciador desenvolvido do “PARAM.ATD”, o TOES rea- • A estratégia de comunica-
em LabView ® que tem recursos liza os cálculos necessários e de- ção desenvolvida permite que se

30 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


A simulação mostrou que a estratégia de otimização é válida
O ensaio para validação da es- to adotado consistiu de um sensor de nectado propositalmente para simu-
tratégia de comunicação adotada emissão acústica juntamente com um lar a queda da linha telefônica e, com
pelos autores deste artigo foi reali- apalpador montado na torre de ferra- ela, a interrupção da comunicação
zado no Núcleo de Manufatura mentas da máquina, já existente e em via Internet. A conseqüência foi a in-
Avançada (NUMA) da USP de São utilização nos Laboratórios do NUMA. terrupção da fabricação pelo torno,
Carlos (SP) e, apesar de os com- A atuação deste sensor permite a ava- que ficou no aguardo da resposta do
putadores utilizados estarem dentro liação do progresso do desgaste da software gerenciador. Isto demons-
de um mesmo prédio, utilizou-se ferramenta pela variação dimensional trou que a fragilidade do sistema de
uma configuração na qual eles es- do diâmetro do corpo de prova. comunicação adotado — como uma
tavam conectados via Internet. O Graças às características do CNC linha telefônica ou um cabo de rede
envio/recebimento dos arquivos da máquina-ferramenta utilizada, foi — pode comprometer o sistema pro-
“PARAM.ATD” e “BACK.ATD” foram possível programar dentro do progra- dutivo a ser otimizado. Tal problema,
realizados com êxito em apenas al- ma “G” uma condição do tipo “IF... no entanto, será eliminado com o de-
guns segundos, mesmo que se de- THEN...” para definir o momento de senvolvimento de uma rotina em que
pendesse da velocidade do sistema troca da ferramenta como aquele para a máquina-ferramenta terá um tem-
de rede utilizado. o qual o sensor identificou o limite su- po máximo para o recebimento de in-
A usinagem de peças foi simu- perior estabelecido para a variação formações do software gerenciador.
lada no torno, dando início aos ci- dimensional do diâmetro. Após este tempo-limite, configurado
clos de usinagem para que o soft- Na outra extremidade, o sistema em função do ambiente de rede utili-
ware gerenciador realizasse a con- especialista TOES recebeu as informa- zado, o software gerenciador libera-
tagem do número de peças usina- ções corretamente e também não apre- rá a máquina-ferramenta para a usi-
das e atualizasse os dados do ar- sentou problemas no envio do arquivo nagem. Somente após o restabele-
quivo “PARAM.ATD”. Para simular “BACK.ATD” alterado e, assim, a simu- cimento da comunicação via rede ou
o final da vida da ferramenta, o va- lação mostrou que a estratégia desen- Internet será dada seqüência ao pro-
lor da variável responsável pela me- volvida tem bom funcionamento. O cesso de otimização interrompido,
dição da peça foi editado manual- cabo de rede que fazia a conexão en- sem, entretanto, comprometer o flu-
mente. O sistema de monitoramen- tre os microcomputadores foi desco- xo de produção de peças.

obtenha a completa automação bricação em Usinagem”. In.: Encontro grama NC em CAD/CAPP/CAM”.


Nacional de Engenharia de Produção - Máquinas e Metais, Brasil, n° 396,
da otimização de processos de pág. 54-63, jan. 1999.
ENEGEP’97, Niterói, RJ, Brasil, Anais.
usinagem. Out. 1998. 8) Domingues, M. A., Nazzoni, R.
• A metodologia de otimização 3) Coppini, N, L,. Coelho, R, T,. — “Como a Variação da Velocidade
é adequada para sistemas automa- Baptista, E, A. — “Tool Optimizati- de Corte em Tornos Automáticos Be-
on Expert System”. In.: Integrity – neficia a Produção”. Máquinas e
tizados. Reliability – Failure on International Metais, Brasil, n° 399, pág. 186-192,
• O processo produtivo não cor- Conference, Porto, Portugal, Anais. abr. 1999.
re o risco de sofrer interrupções em Jul. 1999. 9) Elbestawi, M. A., Teltz, R. —
4) Hogarth, S. — “Remote Possi- “Intelligent Machining Systems:
função da fragilidade do sistema de
bilities: Machine Diagnostics at a Opportunities and Challenges”. In.:
comunicação adotado. Distance”. Manufacturing Enginee- Integrity – Reliability – Failure on
• A aplicação da estratégia ado- ring, USA, vol. 122, n° 2, page 70- International Conference, Porto, Por-
tada dentro do conceito de fábrica 78, feb. 1999. tugal, Anais. July 1999.
5) Beard, T. — “Servicio CNC de 10) Bremer, C. F. — “Um Sistema
virtual é viável. para Apoio à Formação de Empre-
Larga Distancia”. MetalMecanica-
International, Colômbia, vol. 4, ed. sas Virtuais Baseada em Recursos de
REFERÊNCIAS 4, pág. 22-24, ago./set. 1999. Chão-de-fábrica”. Gestão & Produ-
BIBLIOGRÁFICAS 6) Diniz, A, E., Coppini, N. L., ção, São Carlos, SP, Brasil, vol. 6,
Vilella, R. C., Rodrigues, A, C. S. n° 2, pág. 79-86, ago. 1999.
1) Neves, M., Proença, A. — “Evo- — “Otimização das Condições de
lução dos Perfis de Automação no Usinagem em Células”. Máquinas AGRADECIMENTOS
Brasil”. Máquinas e Metais, Brasil, n° e Metais, Brasil, n° 281, pág. 48-
399, pág. 83-91, abr. 1999. 54, jun. 1989. Os autores agradecem à FAPESP – Fun-
dação de Amparo à Pesquisa do Estado de
2) Coppini, N, L,. Baptista, E, A. — 7) Ferreira, J. C. E., Stradiotto, São Paulo, ao NUMA – Núcleo de Manufa-
“Alternativas de Otimização dos Parâ- C. R. K., Butzke, A. U. — “Parâme- tura Avançada ( PRONEX ) e à Sandvik Co-
metros de Corte para Cenários de Fa- tros de Usinagem e Geração do Pro- romant do Brasil S.A.

O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000 • 31


Fresamento de bolsões estreitos e retoque de contornos

A Sandvik Coromant lançou a 12, 15 e 20 mm, ela corta em to-


CoroMill 300, uma fresa toroidal que das as direções de avanço, reali-
faz tanto desbaste leve como semi- zando o fresamento multieixos
acabamento e é apropriada para ope- com melhor performance e maior
rações a altas velocidades, fresamen- segurança que qualquer outra. As
to de retoque (restmilling) em cavi- versões extralongas garantem a
dades estreitas e fresamento de aca- usinagem de alta qualidade em re-
bamento. Disponível em diâmetros de giões de difícil acesso das peças.

Coromill 200: boas até no acabamento em cópia

As fresas Coromill 200 três geometrias permitem das, ou seja: elas estão disponí-
são o que se pode chamar alcançar profundidades veis com haste cilíndrica nos diâ-
de “fresadoras por exce- de até 10 mm na faixa metros de 25 a 50 mm e em mon-
lência” e têm ampla de avanço de 0,05 a tagens tipo árvore nos diâmetros
faixa de aplicação, in- 0,6 mm/pastilha. Os de 50 a 160 mm. As pastilhas têm
clusive em operações diâmetros das fresas diâmetros de 10, 12, 16 e 20 mm
de cópia. Quatro ta- vão de 25 a 160 mm e permitem fácil escoamento dos
manhos de pastilhas em usando pastilhas redon- cavacos.

As desbastadoras Ball Nose dão até semi-acabamento

Duas arestas alizam o exigente


efetivas de corte fresamento em
que propiciam uma cópia nas ope-
usinagem suave e rações de des-
até o dobro do baste e semi-
avanço da mesa, acabamento.
geometria e espes- Robustas, elas
sura que garantem estão disponí-
o transporte efetivo veis nas classes
do calor em cortes GC 1025, para a
pesados. Estas são maioria dos mate-
algumas caracterís- riais e até para usi-
ticas das fresas nagem a alta veloci-
Ball Nose (Ponta Esférica), as dade, e GC 4040, uma verdadeira significativo: uma só pastilha usi-
“desbastadoras por excelência” da solucionadora de problemas. A li- na o centro e a periferia de moldes
Sandvik Coromant que também re- nha Ball Nose tem um diferencial e matrizes.

32 • O Mundo da Usinagem – Sandvik Coromant do Brasil - 4. 2000


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O leitor de O Mundo da Usinagem pode en- Se preferir, o leitor também pode se comunicar
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bre tudo o que nela é veiculado, apresentar entrando em contato com:
sugestões e (ou) críticas e fazer consultas so-
bre eventuais problemas técnicos de usina- Departamento Comercial
gem que vem enfrentando em sua empresa ✆ (011) 5525-2743.
para que eles sejam avaliados e, se for o caso,
solucionados pelo Corpo Técnico da Sandvik
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Coromant. Para isso, basta recorrer a:
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– Caxias do Sul – RS – Pio X. Tel./Fax: (54) 223- SAS Quadra 05 – Lote 06 – Bloco H – 3° andar –
1388. Sala 300 – 70070-914 – Brasília – DF. Tel.: (61)
e-mail: arwi@malbanet.com.br 321-5638.
Site: www.ibict.br/issn
BVQI – Bureau Veritas Quality International — e-mail: cbissn@ibict.br
Avenida do Café, 277 – Torre B – 5° andar –
04311-000 – São Paulo (SP). Tel.: (11) 5070-9800. Grupo IT Mídia — Rua Itápolis, 487 – 01245-000
Fax: (11) 5070-9820. – São Paulo – SP. Tel.: (11) 3823-6600. Fax.: (11)
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060 –São Paulo – SP. Tel.: (11) 5061-5159. Fax: Mega Tools — Avenida Dr. Joaquim de S. Cam-
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Enegep – Encontro Nacional de Engenharia de
Produção/International Conference on Industri- NMHG – Nacco Materials Handling Group - Bra-
al Engineering and Operations Management — sil — Av. Das Nações Unidas, 22.777 – 0495-1000
Escola Politécnica da USP – Departamento de – São Paulo – SP. Tel.: (11) 548-3000. Fax: (11)
Engenharia de Produção – Avenida Prof. Almei- 524-4243.
da Prado, 531 – Cidade Universitária – SP –
05508-900 – São Paulo (SP). Tel.: (11) 3818-5363, P.S. Ferramentas — Rua Virgílio Malta, 17-38 –
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21.612 – 04795-913 – São Paulo – SP. Fax: de Extensão da Faculdade de Engenharia Me-
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_____ Centros de usinagem CNC _____ Brochadeiras CNC _____ Afiadoras CNC
_____ Tornos CNC _____ Rosqueadeiras CNC _____ Outras máquinas CNC
_____ Fresadoras CNC _____ Mandriladoras CNC de usinagem de metais
_____ Furadeiras CNC _____ Brunidoras CNC (desbaste/acabamento)

Quais assuntos você gostaria que também fossem abordados por “O Mundo da Usinagem”?
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O que você achou da nova apresentação da revista (reportagens, capa, layout, etc…)?
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❏ Boa (atende à sua necessidade)
❏ Insuficiente (neste caso, qual a melhor periodicidade?) ❏ Bimestral ❏ Mensal

Qual(ais) a(s) reportagem(ns) ou artigo(s) que mais lhe agradou(aram) ? Por quê?
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Além das seções “Artigo” e “Reportagem”, temos ainda as seções: “Página do Presidente”,
“Notas & Novas” e “Entre em Contato”. Dentre elas, de qual(is) você mais gostou?
❏ Página do Presidente ❏ Notas & Novas ❏ Destaques ❏ Entre em Contato ❏ Todas

Você acrescentaria alguma seção à revista? Qual seria seu conteúdo?


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Gale Tel 41 264-3664 Guarulhos Tel 11 209-1440
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Av. das Nações Unidas, 21.732 • São Paulo/SP • 04795-914 • Fone (11) 5525-2734 Sinônimo de Produtividade Máxima
EAFT EAFF
Escolha e aplicação de Escolha e aplicação de
ferramentas para torneamento ferramentas para fresamento

Capacitação para a escolha básica das


ferramentas para operações de
torneamento e fresamento (classe,
geometria e fixação), manutenção e
manuseio de ferramentas, solução de
problemas de desgaste e outras
ocorrências com as ferramentas e redução
dos custos de usinagem.
Horário: das 8:30 às 16:30 = 21 horas em 3 dias

OUT OUF
Otimização da usinagem Otimização da usinagem
em torneamento em fresamento

Capacitação para a otimização dos processos de torneamento e fresamento


com pastilhas intercambiáveis, determinação correta dos parâmetros de
corte e adequação do rendimento econômico do conjunto formado por
máquina, ferramenta e mão-de-obra.

Horário: das 8:30 às 16:30 = 28 horas em 4 dias

MÊS EAFT EAFF OUT OUF


FEVEREIRO 19, 20 e 21
MARÇO 26, 27 e 28
ABRIL 23, 24 e 25
MAIO 14, 15 e 16
JUNHO 4, 5, 6 e 7
JULHO 2, 3, 4 e 5
AGOSTO 27, 27 e 29
SETEMBRO 24, 25 e 26 17, 18, 19 e 20
OUTUBRO 22, 23 e 24 1,2,3 e 4
NOVEMBRO 19, 20 e 21

Sinônimo de Produtividade Máxima

Av. das Nações Unidas, 21.732 – Santo Amaro – São Paulo – SP – CEP 04795-914
Tels.: (11) 5525-2716 e 5525-2717 — Fax: (11) 5525-2775 e 5525-2748

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