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•• •

AOS POUCOS
OHOMEM VAI SE
LIBERTANDO.
Tudo aquilo que é mecânico,
repetiti\'O c rotmeiro, aos poucos \'ai
se transfonnando.
A automação na indllstrfa lcn·

tamente vai assumindo as funções


onde a criatividade não cahc c onde
a liberdade não existe.
Bnós, os maiores fabricantes
de cabos de energia do mundo, con
tribuimos sub:>thuindo as artérias
do sangue humano por artérias •

de energ~a elétnca, tão sofi~1cadas
e preciSaS quanto as pnmeiras.
M homem desejamos a liber-
dade de criar e agir
N~ cabos, além de energia,

trnnsmitem confino~.

lAEL
f&ii) Editora Abril
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c.lw e OW... YICTOI'CMfA

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CAPA FÍSICA .' --..


O Analista de Bagé todos conhecem. A ch.arada dos d in osnuros Es sa onda pegou
o
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.. ._...._.•co • • .... 1,.,


É aquele personagem criado pelo ~
'lão houve nté hOJC uma CSJXCIC I magane se. de repente. ' ..r,'~....
escntor e humorista Luis Fernando que mtri~asse tanto e pro' oc~ uma sólida bola de gude
\
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o

-· ' -'- .
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Veríssimo, desenhado pelo ilustrador


Edgar Vasques. que se proclama
mntn curiosidade. Seu m1stcn0\0
desaparecimento da face d a Tc:rr"J
espanta cienÕSI<lS c leigo\ e
se 1ransfonnasse numa
o nda. como 3S fonnadas
na su pe rficie da água.
'\_ - -. '-··

o mais ardente admirador de Sigmund a1nda espera uma c:xplicuc;i•u Poi~ c! parCCldo com isso
Freud. Cujas teorias a respeito da eterna y o que acontece com as
luta entre consciente e inconsciente consegue
traduzir em hilariantes lampejos de genialidade. Nós
- 12 pnnaculns q ue compõem os <ito mos. E u
que diz n revolucionária teoria q uimuc.l 58
o pedimos emprestado à revista Playboy, onde ele
nasceu, se criou e vive muito bem, para ilustrar MEDICINA
o perfil de Freud e de sua engenhosa criação, O Inimigo publico n u m e ro 1 RELIGIÃO
a Psicanálise, fruto de uma cuidadosa pesquisa de nosso colaborador Culpados por mu itos males. da ~ripc i• Que reis foram estes?
José Tadeu Arantes. Talvez seja um exagero de simplificação, mas eu AIOS. os vlrtiS d~:sufi:am u ciénciu 22 A 13fblia conta que . q uando nasceu Jesus.
penso que o que Freud estudou <1 vida inteira foi o preço que o homem m ngo~ vieramde lo nge para adorá-lu.
paga para tornar-se civilizado. Uns mais; outros menos- mas é Ouu ntos ernm? E eram. de fato. re is"! 66
inegável que a humanidade, como um tod? • se torna ca~~ dia mais TECNOLOGIA
civilizada. E o preço a ser pago sobe todo d1a - como, alias, acontece O computador levanta vôo
com todos os preços. Arrisco outra simplificação, para dizer Os jmos hipcrsõnicos LUGARES
que civilização, mais precisamente a da próxi lllll geração Encantadas Galápagos
construção da civilização. é o que nos cs1ão sendo testados O clima especial d~c
ocupa aqui em SUPERINTERESSANTE. por um supercomputador. nrqu1pélago propicia a
capaz de fazer cercn e xistê ncia de espécie..\ de
Um trabalho fascinante. como você pode _ ,..... de dois bilhões de ' ·ida cxclusi,·ns e raras
ver pelo roteiro cumprido este mês pela ....,...,.,.,.........., cálculos por segundo
editora Inês Zanchetta: ela passou 72
quinze dias pesquisando a história ..........................
....... v....... ..... . . . 28
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c:a--r • ~ .....~ ...... ,.._

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rm, dlnosuuro.._
daqueles reis magos que foram ver o
nascimento de Jesus, guiados por uma
estrela; mal acabou. nem teve tempo para ...
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PERFIL COMPORTAMENTO
Por um momento de gloria
acender outro cigarro (Inês está sempre com um cigarro numa das
mãos e uma xícara de café na outra): ubiu na nossa máquina do
tempo e foi desembarcar na Pré-História. para ver como viviam os
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,. Frevd explicou
Pa ro conhecer a i mesmo. ele mergulhou
no est udo da me nte humana. E de-;cobriu
todo um mundo- estranho c fa.-.onnntc 34
A cs1ra nha legião de campeões do msóluo.
seus fe itos. motivações e sua
bíblia: o Livro Gumness dol> Recorde~ 78
dinossauros e saber por que desapareceram de repente. Já a editora n,_,.,. ...).. ~_,..,........,... __
Martha San Juan França, que não fuma nem toma café. esteve .,, .,., cn a•--."" ~ •w
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SEÇÕES
ouvindo estrelas. Em outros tempos significaria que ela andou ..._. ""1'11' • • • •
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111 ••t IM., ,._ . ,, '* .... JtMIN • * ,._. ASTRONOMIA
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cuidando de poesia: agora significa que ela foi conhecer o que de mais tiiP' •n ••• u• ....... Cl'llltO • CIU,...-, '""'"'
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"' ....... UI*'"'"" a.....- • ....,._ Noticias supe rlnteress antes 8
Olhar eletrõnico
moderno existe na Astronomia , uma ciência que já se dá ao luxo de
dispensar os olhos humanos para realizar suas investigações.
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IUUUJI I
Nos últimos vinte ano~. c.:lcscópio~ nu
Terra e no espaço mulliplic~~rum n'
Perguntas superlntrigantes
DUo & feito
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WWIUOltl ......,. h ..., JtJIII • ~ Hww't "~*" .......,.
O trabalho de Manha e Inês produziu reportagens muito interessantes
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in(omlações d isponíveis sobre o Umvcaw 42 Grandes Idéias
Dois mais dois
58
84
para você. E, para mim, lembranças dos meus já distantes tempos de loiAA•nt
Nf'tiiiHftAUIAN1\ ._,...~.... f•,.; • AUt&A Jti,O
•* ,__...,•.,..._.,... ., l:t
- Te lescópio 70
foca (que é como se chamam os jornalistas principiantes). Naquela ....- Cft, I»> OU~ ..IIIHt_..,..,.t.r"t•• •ll••• 4.,
•lt..... tA llto,Nltol• ·..
Livros supcrlmportantes 86
• ._..... ..................... fY"WWI.r.....•••· COSTUMES
época, moças em redações tratavam de saias, blusas,
receitas de comidas. cuidados com os bebês. O fato de que atualmente
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A . . . . AM ......... ,...,...,.. ..... ~ ..... ......
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Cartas d os leitores
Superdlvertido
88
89
.,.,.......,.., .....a:.....,........,..,..... ••=•"'**'
........... :ssfti$11le,...as•• ,,.._c,._e Perfumes eternos
90
elas disputem conosco, os homens. assuntos como Astronomia e _.. . . . . . . . . . . . . ..., .......... Of'rljt ......... M . . . . .
~ ........ ... o .,.....,....., ·e Perfumar-se é um hdbito urraigudo nu \C r
...... , .... ~ o-....... twc....... .._._ humano c fazer perfume é uma dchcuda Superdlvertido/soluçóes 91
Pré-História é mais uma evidência de que a civilização. apesar ........... ........,,JIII(J&AHTI,..,.. .... ..
de tudo. avança. ~ON aMicA M t OfTOM AIII&IÃ- - arte q ue envolve olfato c ta mbé m mcmtin.t 52
Almyr Gaj ardoni
4 SUPIIt
SUPD S
Hora nova Protestos derrubam experiência
em 1988 Terminou em choro e zumbido de Strobel estava apron tando, ele foi
serra uma tentativa de curar árvores duramente criticado por muitos cole·
À meia-noite do último dia de com engenharia genética. Gary Suo- gas. Para conar os protestos, tomou
1987 a contagem do tempo no mun· bel. especialista em doenças de então n iniciativa de serr:lr os olmos
do vai mudar. Por determinação do plantas da Universidade de Monta- - o que fez com lágrimas nos
Bureau Internacional da Hora. com na. nos Estados Unidos. havia injc· olhos. Oepoi . os troncos foram
sede em Paris, todos os relógios de· tado em cntorze olmos. árvore tfp1ca queimados e as rnfzes besuntadas
vem ser atrasados um segundo. É do Hemisfério Nort.c. uma bactéria com herbicida, paro que os olmos
um ajuste de contas entre a fre· modificada em laboratório para pro- não voltassem a crescer. O episódio
qüência dos relógios atômicos - tegê-los de um fungo mortal. O pro· c~namente vai entrar para a Histó·
que fazem a contagem oficial do btema é que Strobel não pediu li· na. m.1S a questão permanece de
tempo na Terra - e a velocidade cença para aplicar a bactéria - nos pé. cheia de galhos. Como diz o gc·
de rotação do planeta. Quando a di· Estados Unidos (assim como no neticista Crodowaldo Pavan. presi·
A matérls·prtma da vtda chegou à Terra a bordo de meteoritos como este ferença entre a velocidade da rota· Brasil) a liberação no ambiente de dente do Conselbo Nacional de Pes·
ção da Terra e a dos relógios atómi· organismos produzidos por engenha· quisas (CNPq). "é ceno que o uso
cos atinge 8110 de segundo é preciso
Espaço exportou a base da vida fazer uma correção no horário para
ria genética depende de autorização
e nào faltam grupos ecológicos con.
da engenharia genética deve ser
controlado. mas esse eontrQie deve
Faz tempo que se supõe que a vida anos. ao formar-se o sistema, algumas não atrapalhar o cálculo das coorde· trários a isso em qualquer hipótese. ser exercido com racionalidade e
na Terra pode ter-se formado no espa- daquelas moléculas incorporaram-se nadas geográficas. ligadas à posição Resultado: quando se soube o que não fnnatismo". • Stro"-f ttvre-u de uu problema
ço. por causa da presença de compos· aos meteoritos. tia Terra em relação ao Sol.
tos orgânicos em meteoritos achados Quando caíram na Terra. logo após a Por serem mais precisos. os relógi·
em vários lugares do planeta. Essa hi· sua formação. especulam ainda os cieo· os atômicos são utilizados desde p;~ra
pótese está agora mais forte: testes tiStas. alguns meteoritos liberaram oom· calibrar instrumentos de orientação Pelos direitos das
realizados com o meteorito de Mur· poStOS orgânicos que se combinaram de de companhias aéreas e marítimas
até em competições esportivas. No cobaias Fio ultra-veloz
chison. que caiu na Austrália. idcnti(i. novo em moléculas até dar origem ao
cararn nos fragmentos moléculas de DNA (ácido desoxirribonucléioo). o Brasil, os dois relógios de átomos Está começando a sair do ror-
deutério e nitrogênio-15. formas raras oomponcntc fundamental da vida terres· de césio da Sala da Hora do Obser· Deve haver com certeza uma ma· no o primeiro fruto da revolu·
de hidrogênio e nitrogênio. Os dois tre. "Se esses meteoritos foram os veicu· vatório Nacional. no Rio. fornecem neira mais inteligente de promover a ção dos supercondutores - os
elemento~ fazem parte das nuvens de los que transmitiram a vida~ Terra". CO· a hora oficial do país. Basta discar proteção dos animais sem prejudicar fios de cerâmica por onde a ele-
menta o astrofisico Roberto Boscko. da 130 para saber qual é. "O atraso de os humanos. Mas. de uns tempos para tricidad e corre sem perda de
poeira estelar de onde se formou o câ. os laboratórios de pesquisa nos Es· energia (SU PE RIN'l'E RE..<;SAN
sistema solar. Por isso. os cientistas USP, "ainda falta explicar como surgi· um segundo nào vai ser notado", tados Unidos começaram n ser arrom· TE n .• I). Tr:ttn•sc <le uma
acreditam que, há seis bilhões de ram os compostos orgãnicos." • garante Paulo Mou rille, diretor do bnóos de mndrugn<fn ou em uns <1e sc· llllltlt \li: IIIUI~IItl»ttv \lc Udúv>
Servi~o de Hora do Observatório. mana. Os invasores. agi ndo como gru· capaz de enviar :. estonteante
"Mas faz muita diferença para os la· pos guerrilheiros. soltam os animais quantidade de um trilhúo de
<:om a mcsmíssima scqili.!ncia de !>oratórios de precisão, onde a rere- usados ali como cobaias em estudos unidades de informação por se-
Genética contra DNA. rencia é de microssegundos. ·• • sobre doenças. Recentemente. por gundo. algo como mil enciclopé·

o cr1me Uma série de procedimentos com·
plexos pennite retratar a seqüência
exemplo. um desses grupós. que se
denomina Bando da Piedade . liber·
dias britânicas. A nova superli·
nha. testada nos Estados Uni·
Já se foi o tempo em que não de uma pessoa a partir de qualquer tou 28 gntos de um laboratório do De· dos. é feita de uma cerâmica na
deixar impressões digitais era meio tecido do corpo ou de uma gota de panamento de Agricultura. Segundo qual a condutividade ocorre a
cami nho andado para um criminOSQ sangue. A impressão digital genética os piedosos atacantes, os bichos. alé m L83 graus negativos. Quando is·
ficar impune. Primeiro na Inglaterra. tem uma peculiaridade: herda-se de presos. eram mal tratados. estavam so aco.ntecer a temperaturas
depois nos Estados Unidos, a polfcia metade da mãe e metade do pai. feridos e tinham sido infectados de mulheres grávidas. Se entrarem em mais civilizadas. os novos com·
está recorrendo à chamada impres· Por isso foi utilizada. desde a dcseo· propósito. rnfectados estavam mesmo contato com as fezes de gatos conta· puladores farão os ::ttunis pare·
são digital genético para achar o seu bcrta. para determinar a paternidade - com toxoplasmose. doen<;<~ incurá· minados. poderi'to gerar crianças de· cerem tartarugas eletrônicas. •
suspeito. Tra ta-se de uma técnica. em processos judiciais - sendo um vel e perigosa. principnlmente parn feituosas. •
desenvolvida há dois anos. que con· método mais preciso que os an tigos
siste em identwcar a seqüência de testes de sangue. Nos últimos me·
cromossomos contidos na molécula
DNA de uma pessoa. O DNA -
ses, começou-se a lançar mão da
impressão cjigital genética para in· SUPERINTERESSANTE EM ENERGIA
rw
A l'i.rdU é UtN1 d.u pouca.•cunpi'CM'I no mundo que produ•mic...OOOt - m•l• llnótl que um d<><lólhc.lo -iwl~eom .,.m.th(:ll
ácido desoxirribonuc:léico - traz as vestigar os casos em que os crimino·
sos não deixam marcas dos dedos. e.pec:IJJI• .,..~ de ,uportar t ernpenaluru de Al6 220'(;. ' ilo u..dos em microbobí Dll;l de ap<udbo. de eurda o outra, aplica~
características individuais de cada da mcdiciM mod<>nla. na robóti~a. "m eql.liJlClmC:niO!I IICCOCIIJl'ICÍIII&C miliwea. o murtuel OU\n)S JléllinentO!I indu~ria_is.
ser vivo. Assim como não há duas Afinal, um mero traço de sangue
pessoas com a mesmfssima impres· pode ser uma pista infallvel para
são digital, não hâ duas pessoas condenar ou absolver um acusado. • Sala da Hora: relógios de c~slo
IRE
6 SUPD
cientificas ao Ártico. Agora, abrigan·
Raças existem só Soviéticos usam do-se na informática. poderão lidar
há 100 mil anos computador com um volume três ou quatro vezes
maior de dados sobre o lugar. Será
O homem atual, p homu sapiens sll·
no Pólo Norte interessame comparar as novas desco·
benas com o que já se sabe do Pólo
piens, surgiu na Africa há 200 mil Sobre um bloco de gelo de doze
auo' e migrou para o rc~to do mundo, Sul. •
qui lômetros quadrados - algo como
substituindo homens mais primitivos. 1.2 mil hectares -. com cinco metros
É o que sugerem pesquisas recentes de espessura. flutua no Oceano Ártico
que se utilizam da biologia molecular a mais sofisticada estação de pesquisa
~ para explicar nossas origens. Até há do Pólo Norte. É a NP-28. da União
ot pouco, havia duas hipóteses rivais so- f Soviética, um centro hidrometeoroló-
~ brc o assunto: a do "candelabro" e a ~ gico todo computadorizado. sede de
~ da "arca de Noé". Para a primeira. j e.studos sobre clima e oceanografia. O
i um antepassado remo'to. o homo ~trec- ~ Artico é mu ito menos conhecido que
~ 111s. migrou para várias regiões do
à a Antártica. Os pioneiros em pisar no
~ mundo. evoluindo depois para a for- i gelo do Pólo Norte. em 1909. foram
ma lzomo sapiens. que originou o ho- os norte-americanos Robert Peary e
mo sapiens sapiens. A espécie teria Como baltarfna fllzendo plruets
Mallhew Henson.
De perder o rebolado surgido então em vários lugares ao Em 1926, cientistas de diversos paí-
mesmo tempo. J;i o segundo modelo
Levar literalmente um choque é o botão com o p.!. para conectar os ele- diz que essa evolução ocorreu num O melhor relógio ses sobrevoaram a região em dirigi·
veis. numa tentativa - por sioa.l bas-
que pode acontecer demro de algum
tempo a assaltantes de tãxis. O israe-
trodos. Se o passageiro fizer uma
ameaça, o motorista aciona o segundo
único lugar. do Universo tante corajosa - de aprender algo
comutador e o assalrame leva um res- mais sobre o Pólo. vendo-o do alto.
lense Yair Tanami inventou um apare- Radioastrônomos ingleses descobri- Em 1937. os russos começaram a en-
Ih que. ligado à igniçi10 da bateria do peitável choque de 60 mil volts nas ná- ram um dos mais rápidos pulsares já viar sistematicamente expedições Estação 28: ciência sobre o gelo
automóvel. pode acionar eletrodos degas, o suficiente para perder o rebo· observados pelo homem. A cerca de
instalados sob os assemos. Esses ele- lado e, quem sabe, os sentidos. O 16 mil a'nos-luz da Terra. ou seja 4 mil
trodos são ligados a dois comutadores mesmo invemor patenteota o sistema vezes mnis dista nte que a estrela mais cheiro. sempre se mostraram mais
que ficam junto aos pedais do auto-
móvel. Diante de um passageiro sus-
como arma antifuno: caso alguém ar-
rombe o automóvel, levará um cbo·
próxima. Alfa de Centauro. ele emi- Que cheiro é esse? sensíveis que os homens. Mas as grá·
te ondas de rádio com uma freqüi!ncia vidas. que se gabaram de ter exce-
peito. o motorista primeiro liga uo1 que ao scmar-se para dar a punida. • de 327 ciclos por segundo. Encon tra- Dez milhões e meio de pessoas fo- lente olfato. tiveram m<lis dificuldade

Algo duro de roer altura: para sustentar-se. possuem


~
muitas vezes uma espécie de esqueleto 'l'<
I dos pela primeira vez em 1967. os pul-
sares foram durante certo tempo um
dos grandes mistérios da Astronomia.
ram convidadas a arranhar e cheirar que as out ras mulheres em idenüfi-
seis cartelas e depois
preencher um questio-
car os odores. Ficou
claro que existem chei-
ros fáceis e dificeis:
Hoje se sabe que se originam a partir nário. São os assinantes
As algas das sopas. gelatinas e mui- de carbonato de cãlcio. A p:mir des· Primitivos: bastante parecidos da explosão de supernovas. da conceituada revista apenas uns 20 por cen-
tos outros pratos orientais são agora o ses esqueletos são feitos os ossos que Quando uma estrela explode em norte-americana Ntrtio- to dos leitores soube-
principal ingrediente na fabricação de cientistas alemães pretendem usar. em Segundo a primeira teona. as di[e- supernova. lança ao espaço grande IUtl Geographic,que rea- rem reconhecer o cbei·
ossos artificiais usados em implantes. breve. em cirurgias. Aquecido a 500 renças étnicas existentes hoje na po· parte de sua massa. A massa restan- lizou a maior pesquisa ro tão humano do
Essas estranhas plantas aquáticas sem graus. o esq ueleto da alga se quebra pulação humana teriam se originado te se comprime então violentamente. de que se tem notí- suor - deve ser por
raizes alcançam até sessenta metros de em in(uneros grãos. Estes são mergu- há milhões de anos - a idade dos ho- devido à ntração gravitacional. cia. Tema: o olfato. As causa do hãbito de
lhados numa solução llUe transforma o mens mais amigos é estimada em 5 Quanto mais a matéria se comprime. cartelas - encartadas usar desodorante; e
carbonato em fosfato de cálcio - o milhões de anos. Na segunda. essas mais rapidamente ela gira - pela numa edi~o da revista não mais de 30 por
componente dos os.~os naturais c tam- diferenças seriam recentes. posterio- mesma razão que, ao fazer uma pi· - continham gotas de cento identificaram o
bém da cerâmica. nté hoje considera- res à migrttção do flomo sapiens Sfl· rue ta, uma bailarina aumenta sua ve- essência, cercadas por pungeme odor de ai·
da o melhor material para ossos arrifi- piens. bâ uus 100 mil anos. Agora. a locidade ao aproximar os braços do uma substfmcia química míscar. E quase todo
ciais. Depois. são moldados na forma biologia molecular traz um fone argu· corpo. Esse giro rapidissimo faz com cujas moléculas estou· mundo (9<J por cem o)
desejada. A principal vamagem dos mento a favor do segundo modelo. que os pulsare..~ emitam sinais de rá- ram ao serem arranha- acenou no cheiro de
novos ossos artificiais são os poros. Examinando material genérico de po- dio - dai o nome. que vem do in· das. liberando o odor. banana. Idade mexe
que a cerâmica não tem. Por isso. os pulações de vários cominentcs. os pes· glês pulsating radio source (fonte de Era'm cheiros bem dife- N ational Geographic teve com o olfato: aos 20
ossos de ceràmica não ficam seguros quisadores notaram diferenças muito r:ldio pulsante). A regularidade dos rentes: suor. banana. 1,5 mllhi o de respostas anos. os narizes perce-
por muito tempo. Segundo os cientis· pequenas. Isso indica que o processo sinais é tanta que. a partir deles. é almíscar, alho, rosa c bem praticamente m-
tas, os tecidos ósseos naturais crescem de diíerenciação é de fato recente. possível medir o tempo com mais gás. A revista recebeu 1,5 milhão de do; aos oitenta. raras pessoas ainda
até por dentro dos poros do osso de não mais que os LOO mil anos propos- precisão do que com qualquer reló- respostas e começou a publicar os re· sentem um cheiro qualquer - e. re-
alga implantado - que, logicameme, tos pelos partidários da ··arca de gio da Terra. Conhecemos atualmen- sultados. gra geral. quando sentem. não con-
Iguaria oriental ótima para osso fica bem mais fone. • Noé". • te cerca de 500 pulsares. • As mulheres. qualquer que fosse o seguem reconhecê-lo. •
S SUPER SUPlR 9
Produto superinteressante,
líder de mercado, procura
Lua·de·mel
Como svrglu a expressAo " lua·
Miragens iovem nas mesmas condições.
de-mel" ? (pergunta enviada por Paulo Qval o significado das mira•
Boute, Várzea Grande, MT) gens? (Peter Mofina Gomes, Rio de
Janeiro, RJ).
A expressão
vem do inglês ho· A miragem é um fenômeno ópúco
neymoon. Na lr· que ocorre quando a luz do Sol é total-
landa, na Idade mente refletida por uma supe.rflcie. O
Média, os jovens exemplo clássico é o deserto: os obje-
recém-casados ti- tos, como um cacto, são refletidos na
nham o costume camada de ar mais quente que se for-
de tomar uma be- ma sobre a areia, como se ela fosse a
bida fermentado superfície de um lago. Mas miragem
chamada mead. também significa alucinação - por
composta de ãgua. exemplo. enxe rgar um cacto onde não
me l, mahe, leve- há nenhum. Segundo a Psicologia, tra-
do, entre o utros ta-se de uma alteração causada pela
ingredientes. A poção deveria ser con· mente num dos sentidos , no caso o
sumida durante um mês (ou uma lua). olhar. a fim de acalmar por um instan-
Por isso esse período passou a ser cha- te uma necessidade que niio pode real-
mado de l.ua-dc-mel. • mente ser satisfeita. como a sede. Em-
bora seja sintoma de doenças graves.
como psicoses. a alucinação pode
acontecer igualmente em situações de
Empresa líder Desejamos
Bumerangue MlrsgemBCiflms ~sejo liiSBtlsfelto extrema solidão ou ansiedade. a no mercado ofere-
ce excelente
posicioná-lo no
comando de
Por que o bumerangue volta ao oportunidade a -::~=======::;:=:~:=
~
uma potência,
seu ponto de a"emesso? (Edson
Norio Yano, Pamalba, Pl)
Goma de mascar tãncias sintéticas. A receita também jovens com aspi- dotada de um motor de alta performance 1.6
inclui parofinas c ceras vegetais para rações à liderança e que queiram desenvolver rapt- !AP OCO). tecnologia avançada, conforto e desem-
Como nasceu a goma de mas· evitar a aderência da goma aos den- damente suas naturais aptidões. Temos o que penho. Comparecer munido de seu entusiasmo em
car? (Daroel Btanealana da Silva, São tes. além de um antioxidantc contra a
todo jovem inteligente. trabalhador e que pretende nosso Concessionário para conhecer de imediato a
Paulo. SP) deterioraÇlio e aditivos paro dar cor e
sabor. •
ascender rapidamente deseja: conforto, dinamís· Unha Gol, nas versões CL e GL, além do fantástico
No século XVI. os colonizadores mo, agilidade, precisão de comandos e economia Gol GTS 1.8 (AP ro:> S), o mais rápido carro
europeus descobriram que os indíge- em perfeita harmonia com o nosso tempo. brasileiro.
nas norte-americanos tinham o hábito
de mascar a resina de uma árvore cha-
mada abeto vermelho. Na América
Central. os nativos de Nahuatl. da pe·
oinsula do Jucatã. preferiam a resma
o vento do sapotizeiro (Acltras sapota). que
chamava m de chictli o u odcli , palavra
O bumerangue, corno uma asa de que deu origem a chicfe e m inglês. As
avião, te m duas partes: a de cima. con- primeiras gomas de mascar datam do
vexa. e a de baixo. plana. Quando é ar· século XIX. à base de resina de abeto No seu Concessionário Volkswagen, você
re messado com o vento soprando da com sabor de c re me. Em 1860. o in-
esquerda para a direita, de$creve uma dustrial norte-americano Thomas
encontra um Gol na medida certa para um jovem líder.
curva à esquerda. isto é , faz a rotação. Adams começou a fabricar chicletes E aproveita também para conhecer
A pressã0 do ar é me nor na pane conve- e m grande esca Ia. as facilidades do superfinanciamento e a supervalorização
que deu o IX/c// doe Nehuel/ do seu VW usado, na troca por um novo.
xa do que na plana. Por is.'lO, a pune Ele trazia da América Central a re-
convexa puxa o ar que vem de baixo. sin a do sapotizeiro. fe rvida. esfriada e
provocando em cima uma espécie de cortada. Nos Estados Unidos. ela era • d eSCfeva para
PERGUNTAS 5FIBusfno Gomes. 61.
turbulência que puxa o bumerangue pa- refinada , esterilizada e misturada com para tirsr suas ~;kRftJTRIGANTES.
ra cima. Conúnuando a girar e com 11
~juda do vemo de cauda. que vem de
açúcar. xarope de milho e aromatizan-
tes. Depois da Segunda Guerra Mun-
Ru~~~~~?S. Sêo Pauto. SP. , Rede Autorizada
trás. ele volta ao ponto de partida. • dial. a resina foi substituída por subs-
10 SUPER
onstros horrorosos. violemos. A aparênc1a dos dinossauro~. o
Dominaram a Terra durante ma~ também um tanto estúpi- modo como viviam e especialmente
PRÉ-HISTÓRIA 140 milhões de anos e dos e desajeitado>, que se seu desaparecimento súbito inmgum
sumiram tão u1hbravom sobre as patas cienustas e le1gos. Até Walt D1sney.
trase1ras. Acinzentados, amarronza- por exemplo. mostrou nas telas \Ua
misteriosamente como dos ou esverdeados. viviam em meio versão para a extinção dos dinossnu·
apareceram. Eram :1 Jugos. rios c florestas sob um clima ros. No clássico desenho Fmrwsiu, de
sllmprc agradável c ternpcralll ra l940. ao ~om do balé Sagraçtio dtr
gigantes vegetarianos, mas conslllnte. Assim os di nossauros Primavera, de lgor Stravinski, eles
também podiam ser cnun renrcsemados. desde que fo- morrem pateticamente. Há moi~ de
pequenos carmvoros.
' ram descobcnos seus primeiros res- um século e meio. tenta-se explicar a
to~ fóssci~. no início do século XIX. vida e a mone dos dinossauro>. Mas
Tinham sangue frio como Senhores absolutos do planeta por o que se sabe é muito pouco - nem
os répteis ou quente como 1411 milhões de anos. não houve até sequer é poss1vel afirmar com ~gu­
os mamíferos. Continuam hoJe espéc1e que fascinasse tanto e rança de que se alimentavam. Exb-
provoca~se tanta curiosidade - a co- tem várias teorias sobre seu desapa-
um enigma para a ciência meçar por seu tamanho. recimento (veja quadro na l>ligln<ll ti)
SUPIR 13
12 SUPER
traditórias. não é de espantar a con-
Também ainda espera rcspostu de- o clima era ameno. a áwa dos ocea-
~
paremes mais próximos e conhecidos fusão armada n;~ tentativa de encon-
finitiva a questão de como se toma- nos temperada c a paisagem compu- seriam os 2ambás. trar explicações gerais wbre os cos-
ram a espécie dominante na Terra. nha-se de montanhas. pradarias. de- Carru'voros. herbfvoros. bipedes. tumes desses bichos.
Afinal reinaram sem concorrentes sertos. pântanos c rios. Nas florestas quadrüpedes, donos de mandíbulas Uma classificação propõe sua divi-
durante toda a era Mesozóica. Surgi- não existiam plantas com flores - desdentadas ou com dentes afiados são em dois grandes grupo~: os sauris-
ram no perfodo T riássico- há cerca e las váo aparecer no Cretáceo - só como lâminas. placiJS recobrindo o quianos e os omitisquianos. De novo.
de 200 mi lhões de anos. quando se samambaias. pinl1eiros de vá rios ti- dorso. chifres na cabeça c no nariz. cada grupo representado pelos mais
supõe que houvesse apenas um pos e ârvores que se pareciam com cabeças de diversos t:nnanhos e for- diversificados tipos: uns teriam sido
imenso supercontinentc. R Pangea. as palmeirus. Nesse supercontinente mas. pescoços mais longos ou mais ' 'elo1;es. não muito gr:mdcs: outros
Atrave.o;.-;aram todo o J urássico e o também vivi;lm lagartos. lag<tróxas. curtos. Essas eram em geral as ca- eram m:lis lerdos c algun~ tornaram-se
Cretáceo - os outros dois periodos crocodilos. jacarés. tartarugas. <;.11a- mcterísricas das ce rca de oitocemas gigantes. Enquanto um tironossauro.
em que ·e divide a ern Mesozóica mandras. rãs c sapos. Os mares ti- espécies conhecida.~ de dinossauros. do grupo dos suurhquianos. media do-
- . quando toram extinto~. h:i 65 mi- nham peixes e até tubarões. No Cre- Ou seja. havia thnossauros para to- ze metros c pcsuva seis tonelada,;. o
lhões de anos. táceo havia pássaros e. no final de:.se dos O$ gostos. Com tanHIS caracterís- cdttrossauro. do mesmo grupo. não
Ao upttrcccrem na face d!1 Terra. período. mamíferos primitivos. cujos tic-.J$ diferentes c muita~ vezes con- ultrapassava os seis qui los. cr:t pouco
maior <tue um frango c comia carne.
J;i o gigantesco /JrOIItOs.wmro. ram-
bém do grupo dos saurisquianos. era
um pacífico herbivoro com seus 21
metros de comprimento c 3U tonela-
da~ de pe~o. O campcilo de tamanho
ern outro ~urisquiano ainda. o su- Padre Loonatdl, responsãvel pela Trilhas de pegadas fossilizadas
persscmro. um gigantesco animal que crlaç6o do Vale dos Oi110$SSUIOS foram desccbeltas na Pannba
media 30 metros e pesava mais de 100
toncllldns. o equivulentc ao peso de Preocupado com a preservaÇ!io
dois Boeing 737.
Os dinossauros do grupo do~ orni-
tisqui<mos eram menores c tinham a
Estegossauro desse precioso s!tin paleontológico.
padre Leonardi propôs que se criasse
bacia semelhan te it dos pftssaros.
Mediam geralmente de sete a nove
otctros c pesavam de trcs a seis to·
de Sousa na região um parque. que começou a
ser implontado em 1984. Batizado de
Vale dos Dmo5Stmros. o parque é
neladns. Entre eles c:st;io os turqui-
lo.r.muros. que tinham o dorso reco-
H á 150 milbões de anos, no que vi-
ria a ser o senão da Paraíba. vive-
mm cerc-J de seiscentas espécies dife-
susten.tadO pelo governo fedeml.
Tem um lnboratório permanente
de pesquisas. onde uma equipe de
berto de placas óssea~: os igutmo- rentes de dinossauros. A provu é a técnicÇ>s está fazendo réplicas de di-
domes. talvez um dos mais conheci-
imprcs~ionante variedade de pegadas nossauros .:m tamanho naruml. de
dos. sem placas; os esregossauros. fossilizadas. descobertas u pan ir de fibw de vidro c resina sintética.
que. além de urna 1ilciru de placas. 1975 e ntre os municípios de Sousa e Cinco já estão prontas e nove estilo
tinham também espinhos na cauda. Antcnor Navarro. a uns 500 quilôme- em montagem.
E os tricemropos. C(lm dçis chifres
no testa e um no nariz. A exceção
tros de João Pessoa. Na verdade. as Por tudo isso. para os n mil habi-
primeiras pistas foram encontradas tanteS da pacata ddade de Sousa. os
dos igmmodomes, O$ outros eram na região em 1924. mas por fnltn de dinossauros estão longe de ser bichos
qundrúpedes. interesse o material ficou esquecido. do outro mundo. Tanto que já em-
Em 1975. o padre Giuscppe Lcunur- prestam o nome o uma oficina médi-
I) Com seis metros de i:omprimcn- 5) O alossauro foi sem dúvida o 9 e 10) O pierotftíctilo e o ramforill· Na lnglatewa do século XIX. di , paleontólogo do Depnrtumcnto nica, um bar, um r~taurantc c até n
to c duas toneladas de peso. o e,we- mais terrTvel carn iceiro de smt co nfto eram nem dinossauros nem o primeiro achado Naciolllll de Produção Mineral. rct~r um conjunto musical. Além disso.
gos.Wifi'(J era herbívoro. Não se sa- época. Com duas toneladas de pássaros. Pe rtenciam ao grupo de mou ilS exploraçôes na área. Resulta- desenvolveu-se na cidade um pecu-
be a função das grandes placas que peso c onze metros de comprl- pterossáurios. ou répteis a lados, as 1\s pr[meiras descobertas de dentes do: u descoberta de inúmeras pistus IÍar art~anuto de souvenirs- esta-
tinha sobre o dorso. ment<t. não dav-d chance a suas mais fantás{icas máquinas voadoras c ossos de dinossauros datam de de fósseis. quase todas de dinossau- ruetas de dinO$S!Illros c camisetas pin-
vidmas. da história da Terra. 1822. quando M:1ry Ann Mantell. ros. na maioria bípedes e curnh•oros. tadas com os lagunõe.~.
2) Apesar dos 21 metros e trinta mulher do médico c paleontólogo De todas elas. uma em paniculor Mas não só na Parruôa foram en-
toneladas. o bromossauro tmnbém 6) Menor que liCU primo alossmrro. U) O nrqueoprérrx é um enigma: amador inglês Gideon Mantell. en- se de.~tnca: a de um quadrúpedc de contrados restos fósseis. Em cidades
era um padfico herbívoro. o c~tmtossauro ern capaz de abater não se sabe se era um réptil emplu- controu casualmente. c:m Susse~. no seis a sete metros de compriml!nto do imerior de. São Paulo. como Ara-
presas muito maiores graças à sua mado ou um pássaro. Em qualquer Sul da Inglaterra. um fru~mento de cujas patas dianteiras eram pequenas raquara. por e.xemplo. milhares de
3) O maior dos dinossauros conheci- espantosa agílidade. hipótese. prova que os pássaros rocha contendo um dente. O achado c arrendondadas. as traseiras muito pistas foram clescobcnas, assim como
dos. o braquiosstwro, erguiu o cabeça descendem dos répteis - e. quem intrigou Gideon. que ntio sossegou grandes e providas de uma espécie de em cidades do J>nmnft e de Minas Ge-
12,5 metros acima do chtlo, como um 7) O compsognaro, pouco maior sabe. dos dinossuuros. Nu tria-se de enquanto não descobriu <t que c~-pé­ almofada. com três dedos em forma rais. Ern Pcir6polis. no Triángulo Mi-
prédio de quatro andares. que uma galinha. e ra o menor de insetos e lagartixus. cie de an imal teria pertencido. De- de CltSCO. Os pesquisadores têm qua- neiro. a 20 quilômetros de Uberaba.
todos os dinossauros. Alimentava- pois de muito pesquis<tr. Mantcll se certeza de que o dono era um esr~t­ locaiiz4l-se outro importante sítio pa-
4) O celidossauro é tido por alguns se de presas pequenas como ele. 12) Bem pequenos. os mamíferos concluiu que o dente pertencia a um gossauro. herbívoro com placas ós- leontológico. 9nde foram encontra-

como o ancestral do esr~gossauro: j á existiam no reinado dos dinos- gigantesco réptil herbívoro. que ele seas no dorso e espinhos na cauda. dos fósseis de um tiumossauro, um
por outros. do anquilossnuro. esse 8) Parente próximo do compsogna- sauros. Viviam de outros animaizi- batizou de igll(modome - porque o Ele teria circulado pela região de enorme quadrúpcdc herbívoro que
imenso e pesado dinossauro do to, o c:cluro media dois metros e nhos e de restos deixados pelos dente se assemclhavn aos dentes dos Sousa há 110 milhões de ;mos. media 20 metros.
Cretáceo. atacava presas de porte médio. grandc.s répteis. iguanas. répteis caracterhticos da
Amé rica.

14 SUPIR SUPER 15
Vinte anos depois de Gidcon, ou-
tro inglês. o anatomista Richnrd
Owen. sustemou que outros dentes e
ossos descobenos em várias parres
do mundo penenciam a uma espécie
desconhecida de animal a que ele
Os pincéis viajam ãpré-história •

chamou de dinossauria. que em gre- Como ninguém nunca viu um dinossauro de verdade,
go quer dizer ·•répteis terríveis". Pa- todas as reconstruções desses misteriosos gigantes da pré-história
ra Owen. eles eram os representan- são de certa forma representações artlsticas. Hâ mais de um
tes máximos da classe réptil e os século, pintores e paleontólogos trabalham a quatro
mais parecidos com os mamíferos. E mãos para produzir as imagens mais verossfmeis possíveis
roi essa a imagem dos dinossauros da aparência e do modo de vida dos dinossauros. Foi para celebrar
aceita até o infcio dos anos 60 - la· essa duradoura colaboração entre ciência e arte
garros superiores. com hábitos e fi. que o American Museum of Natural History, de Nova York, abriu em
siologin de répteis que cresceram de· outubro último uma rara exposição- "Dinossauros
mais. inexplicavelmente e. como rép-
teis. tinham sangue rrio, dependendo Passado e Presente''. com 140 obras de 35 artistas. Nestas páginas,
do Sol para se aquecer e da sombra sete exemplos da arte aplicada aos dinossauros
pa rn se re frescar.
Mas. em 1964. uma descoberta do
paleontólogo norte-om~o:ricano John
Ostrom veio revolucionar as teorias ...
existentes sobre esses grandes lagar- Protocet'lltopos, Sylvle Cztlrk111,
1984, escultum em reslne. Os
tos. Em Montana. no noroeste dos Mlmenqulssa.uro, Wlll/11m Stout,
1980, •qu11rela. Gntças • uu pesCQÇQ primeiros ovos conhecidos de
Estados Unidos, ele encontrou um enonne, esu dlnosauro al~nç111111 • copa dliS árvores mels sltes dlno~tu~uros foram eehlldos em 1922
pé de cteinonyclws. um. dinossauro
com qua tro metros de comprimento.
Era carn!voro, bipcdc c possufn
den tes afiados. além de garras em
todos os dedos dos qua tro membros.
Essas peculiaridades revelavam um
ammal predador. extremamente ágil
e ativo. caractcr!sticas difíceis de
imaginar num animal de sangue frio.
Assim. a entrada em cena do drí-
nonyclrus reabria a questão: os di-
nossauros linbam sangue quente ou
frio? Se fosse quente. então não
ernm répteis como se imaginava e
seu metabolismo seria semelhante ao
dos mamíferos e pássaros.

Corriam, pulavam, atacavam: A sombt'll, W/1/lem Stout, sem data,


equerele. O quetulcostlo tlnhe
eram cheios de energia o temenho de um pequeno 11vllo.
Ent dll fam(/111 dOS pttHOSSliUfOS
De fato. o que se sabia com cer-
teza é que os dinossauros descen- TII'IInossauro em corrida
dem dos tecodontcs - um tipo de "'plda, Gregory Paul,
1985, 6/eo sobt'll te/a.
réptil sobre o qual. ali;\s. se sabe PeSIIdfsllmo, tinha os
muito pouco. Ourro paleontólogo membros tfplcos dos
norte-americano. Jack Homer. do dlnosauros p~•dores
Museu da Universidade Estadual de
Montana. acredita que a estrutura
de crescimento dos dinossau ros asse-
gura que tinham sangue quente.
Horner observou que os ossos dos
dinoss;turos cresceram como os dus
aves atuais. Já os ossos dos crocodi-
los. répteis como se achava que fos- Manada de malauauros,
sem os dinossauros. crescem bem Ooug HudtHson, 1985,
pllltfll. Esses htHbfvoros,
mais devagar. Colisão de ossos, Merk Hellet, 1984, guache. Epossrvel que,'com 25 em fmllgfnllm os clentlstlls,
Tcori<IS levantadas por anatomistus de calombo na cabeça, os paqulcefelossauros lutassem a marradas viviam em bandos
com base na dimcnsllo dos ossos dos
dinossauros garantem que eles pos-
16 1UPD SUP& 17
suiam uma agilidade tlpica de animais Em uma das etapas da mudança. Também defensor da teoria do san- dos usuais. Eram criaturas cheias de
de sangue quen te, como os mamife- que foi graduaL ag.igantaram o corpo gue quente. o paleontólogo Robert energia. de pés leves, que corriam,
ros, e não sujeitos às variações de conservando a temperatura. O pa· Bakker, do Museu da Universidade pulavam. Seus herbívoros eram gre •
temperatura, como os répteis. Quan· leontólogo norte-americano Thomas do Colorado. transformou-a em causa gários e os carnívoros. agressivos. Não
do os raios do Sol incidem sobre as es- R. Fairc:hild. que desde 1976 vive no pessoal. Ainda estudante. Bakker ti· tinham semelhança com aqueles re-
camas de um lagarto ou de uma ser- Brasil. onde leciona no Instituto de nha tanta certeza de que os dinossau- presentado!: até a década de 60.
pente. sua agilidade c rapidez aumen· Gcodcncias da Universidade de São ros e.ram eretos e cheios de energia
tam. No frio, ao contrário. são acome· Paulo. afirma que "uma das evidên· que passou a calcular sua velocidade. Nas manadas, os adultos
ridos por uma espécie de torpor. cias que sugere que os dinossauros ti· Concluiu do estudo das pegadas des- protegiam os mais jovens
Mas, no final da era Mesozóica, o su- nham sangue quente é o tamanho do ses animais que alguns eram muito rá·
percontinente que existia no inicio da corpo. pois não seria possfvel a um pidos e arriscou-se a afirmar que um
Outra descoberta importan te a par·
evolução dos dinossauros - no Triássi· animai de vttrias toneladas aquecer-se brontossauro- que devia pesar 30 to· tir de pegadas revelou que os dinos·
co- estava se dividindo em outros con· o bastante apenas dei tando-se ao Sol: neludas - podia c,orrer a cinco quilo· sauros tinham um comportamento fa·
tinentes; isso deve ter influldo decisiva- mesmo num dia ensolarado. as horas metros por hora. Por essa época. Bak· miliar: viviam em grandes manadas-
mente nas temperaturas, estabelecendo- de luz seriam insuficientes para aque· ker também começou a desenhar di· os adulms andando do lado de fora,
se estac;ões cada vez mais rigorosas. As· cer aqueht mas.~a ·•. nossauros completamente diferentes de modo a proteger os mais jovens,
sim, nasecu mais uma hipótese: a sepa· no centro. Já os répteis têm outro
ração dos continentes e a revolução no comportamento: limitam-se a proteger
clima teriam mudado de frio para quen- as crias até o momento em que rom·
te o sangue de alguns mamíferos e aves. pem a casca do ovo. Há indlcios tam-
O argumento mais convincente nessa bém de que alguns dinossauros choca·
polémica talvez seja o de que os dinos- vam seus ovos e outros não. Estes úl-
sauros. no decorrer da evolução. se timos preferiam cavar ninhos na terra
transformaram em animais de sangue onde os depositavam e depois os co·
quente. briam com vegetação para ajudar a in- Ovos de dinossauro do 145 mflh6es de enos descobertos no Co/orado (EUA)
cubação. Nascidos os filhotes. os pais
traziam-lhes alimentos.
Oassassino: clima, A teoria mais difundida nos últimos
anos- e também ferozmente comba-
tida pelos partidários da hipótese di·
por ano e de alguma forma conti·
nuavam a se alimentar.
Parente próxima dessa teoria do
Sempre se supôs que os dinossau·
ros punham ovos. já que enormes
quantidades de restos de cascas fo·
meteoro ou parasita? má rica - é a áe.que um asteróide vin-
do não se sabe de onde se terin choca·
estrago geral é a de que um g.igan·
tescq meteorito teria atingido a
ram enoontradas ao longo do tempo.
Mas Robert Bakker arrisca uma no-
dó çom a Terra. provocando uma ror- Terra. provocando incê ndios que ~ va suposição. Após calcular que as

A final, onde foram parar os di-


nossauros? Que de tão grave
aconteceu na Terra para provocar
midável cratera estimada em 175 qui·
lõmetros de diâmetro- da qual nun-
ca se achou o menor vest{gio - e uma
alastraram por todo o planeta, As·
sim os dinossauros teriam perecido
nas chamas. Uma variante que en·
fêmeas de brolllossauros tinham uma
estrutura pélvica maior que a de ou-
tros dinossauros, ele acha possível
suo completa extinção. 65 milhões explosão de 100 milhões de megatons. contra adeptos respeitáveis é a hi· que dessem à luz filhotes vivos. Em·
de anos atrás? A morte dos dinos- o equivalente a 150 mil guerras nu· pótese de que a Terra foi atingida born admita que ns evidências sejam
sauros parece tão misteriosa como cleares entre os Estados UnidOS e a por uma "chuvà de cometas'' pro· mfnimas. Bakker tem a seu favor o
eles próprios. Não menos estranhas União Soviética com os arsenais de vocada pela passagem de um corpo fato de que jnmois se descobriu um
são muitas das centenas de tentati· que dispõem. celeste- estrela ou planefa - pelo ovo de brontossauro. Outra questão
vas de explicar o enigma. Se lem· Em co.nseqüêncin, uma massa de sistema solar. Há ainda a teoría das que os paleontólogos levantam é que
brarmos que os dinossauros não se ~ira cem vezes superior à do aste· erupções vukã.nicas, segundo a qual os dinossauros do final do Cretáceo
foram sotinhos, a charada fica en· róide se teria espalhado na atmosfera, gases vulcânicos teriam destruido a migravam na estação chuvoso em
tão cada vez mais complicada. mergulhando o planeta numa longa camada de ozônio que protege a busca de lugares secos e de alimen·
Com eles desapareceram também noite que durou de dois a • anQ!i. Terra dos raios ultravioleta d Sol. tos. Nessa época. o clima na Terra
plantas aquáticas unicelulares e Sem luz solar.-as temperaturas calcam Inusitada mesmo é a hipótese suge- já estava diferenciado.
répteiS voadores, marinhos. além e cessou nas plantas a fotosslntese. rida pelo paleontólogo norte-america- Teorias. hipóteses e suposições real-
de invertebrados semelhantes às lu- pela qual elas crescem e oferecem oxi- no Robert Bakker. Ele duvida da teo- menie não faliam. ainda que não se
las e polvos. Sobreviveram alguns gênio aos outros Seres. Dai. diminuiu ria do asteróide porque no final do possa comprovar a maioria delas. A
grandes grupos de répteis como os sensivelmente a fonte de alimento dos Cretáceo ocorrera uma grande dimi- rigor, a única ceneza absoluta é a de
crocodilos. jl)carés, cobras; mamf· herbfv~rós , que acabartm morrendo: nuição das eSpécies, e os dinossauros que os dinossauros existiram c reina-
feros pequenos. além de aves, tar· portanto, depois de um tempo tam- já poderiam estar a caminho do desa· ram na Terru durante 140 milhões de
tarugas, rãs, sapos: pinheiros, sa- ou mesmo interrompido as cadeias fessor Thomas Fairchild. da Uni· bém os carnívoros ficaram sem ter o parec.imento. Segundo ele. nessa épo- anos - sinal de que souberam adap-
mainbaias e plantas com flores. alimentares tradicionais. Nessa ba· vorsidade de São Paulo: "Após 140 que comer. ca ainda viviam os triceratopos e os ti· tar-se ao ambiente com rara compc·
Há quem assoei<:, a extinção às gunça geral. espécies animais e ve- milhões de anos de evoluçào, os Com base em fósseis descobertos ranoS;Sauros, migradores por excelên- tência na história das espécies. •
colossai~ mudanças ocorridas no getais que não suportavam o frio dinos.~auros podem ter perdido sua no norte do Alasca em 1985. po- cia. E provável, imagina Bakker, que Maria lnls Zanche tta
planeta no final do Cretáceo. SO· ou nilo tiveram como mudar de elosticidnde genétjfa: já teriam ~ rém, paleontólogos norte-america- tenham trazido consigo doenças e pa,
bretudo a separação dos continen· dieta desapareceram. ajustado de tal forma que adapta· nos concluíram que os dinossauros rasitas e acabaram contaminando os Para s aber mais
tes e oceanos. que teria remexido No caso dos dinoS$3uros. em es• ções rápidas a novas condições viviam em regiões polares. Ou sefa, outros. Enfraquecidos, os dinossau-
completamente no clima terrestre. pecial, a velhice; da espécie era ecológicas não eram tão fáceis co- estavam acostumados à escuridão ros morreram -de disenteria, diz o
Isso. por sua vez, teria modificado uma dificuldade a mais. Diz o pro- mo no inicio de sua evolução". polar. que dura cerca de tréS meses cientista.

18SUPD SUPá 19
'

Teoria é quan- O óbvio sempre fubricados pela Oxite·


do se sabe tudo O único motor acontece: voce• SIID·

no aqui no Brasil Só
e nada funcio-
na; prática , quando tu·
Para começar a plesmente desconhe· em 1987, quase 350
do funciona e ninguém construir suas ce a ímportância ou a mil toneladas desses
carruagens sem necessidade de um pro- produtos estarão
sabe por que. cavalos, Henry Ford
Anônimo precisava de dinheiro duto que você não vê, suprindo asnecesskla·
e foi pedi-lo não toca e talvez nem desde abastecimento
• • •
Toma conselho com o emprestado a seu IIDagme que exíSta das indústrias naclonais.
vinho mas depois deci- velho amigo Stanislas O mesmo acaba E60 mil toneladas
de com a água. Stepanowski - que acontecendo com a estarão sendo exporta·
não se entusiasmou. empresa que fubrica
&nJ-mln Fnnklin -Cinco mil dólares,
das para os mais diver-
1706. 11'90
POI/tk;o e Íflven/Dr implorou Ford. esse produto. sos países do mundo.
norttNimericano -Não. Hoje, no mundo in· Em 1988 esses
~Três mil, teiro, milhares de pes· números serão muito
A verdade sempre res- abaixou. até cem mil; cinqüenta pago. Jw1to, seguiu soas desconhecem a maiores.
plandece no fi m, quan- - Fori1 de questão. centavos das que um presente: uma Oxlteno, uma das Por isso, no momen·
do todo mundo já foi -Ao menos dois vender até 150 m il ~ daí miniatura do .Ford T,
mil. Stan ..• em diante 25 centavos em ouro macrço, com maiores indústrias pc· to em que você usar al·
embora. troquímicas brasileí· guns desses produtos,
Stanislas rendeu-se por via(ura. uma inscrição: A
Julio C«on 1928 • em 1 500. Mas Ford Stan sorriu. cético, . . - e o um
tmagmaçao ~ " .
co ras. Edesconhecem o lembre-se que a maté·
&:mor $$pllM(JI
ainda tinha idéias. -Não. Henry. motor que Deus deu óxklo de eteno e seus ria-pdma para sua pro-
- Stan, não vou lhe Você me pagará I 500 ao homem. O sonho é derivados: produtos dução é fubricada aqui
A gente comum não pagar esses I 500 dólares, quando apenas uma realidade que não servem como no Brasil MaJs especi·
ora, só pede. dólares. Vou lhe da r puder. adiada para os
um dólar por viatura Alguns anos depois realizadores.
presente, não ficam ex· ficamente em Mauá:SP
GIHIIge Bemsrd Shsw
1856. 1950 sem cavalo que vender o empréstimo foi Obrigado. H.F. postos em vitrines, e Camaçari·BA.
Oramatutgo ltland& mas que são essenciais Talvez nem seja por
A principal enfermida-
como matéria-prima uma questão de OfSU·
Nossa cabeça é redonda
de do homem é a curio- para permitir ao pensa- para afdbdcação de lho nacional, mas com
sidade inquieta do que mento mudar de direção. outros produtos. certez.a pela ímportân-
não pode conhecer. Alguns deles, certa· da que isso tem. Com
Fr•nclo PICJJbl•
8 /1/n PnCIII 1623 • 1662
1879. 1953 mente você conhece a qualidade, tecnolo-
Pimw • escrilot tratds
Matsmbico • h16soio INIC4$ muito bem: tecidos de gia e nivel elewdo de
poliéster, fluidos para produção da Oxlteno,
As pessoas tendem a (\ imaginação é mais freio, tintas, vernizes, oBrasildeixadeenviar
colocar palavras onde •
smponante que o co- detergentes, batom e dólares para fora em
(alt<un idéias. nhecimento. inúmeros OUtroS. troca de dólares que fi.
Johsnn Wollgang von Go.!lle Alborl E/nlleln ÓXido de eteno e cam aqui dentro.
/749· ~~ 1879· 1955
Escritor nlomflo Flslao slom5o seusderivados são pro· Isso não tem a menor
dutos petroquímicos ímportãnda, ou tem?
Meu psicanalista é mi- O problema da mu-
nha m;1quina de escre- Todos os órgflos do cor- lher sempre foi um Todo mundo quer che-
ver. po humano se can~am gar à velhice mas nin-
Emul H.,.ingw•r
um dia. Menos a Língua.
problema de homens.
Simone <H BHuvolr
guém quer ser velho. ~OXITENO
1898 . 1961 Kollt»d AtHnMJM 1908 - 1186 ManinHeld
&altot notle-amencaJlO 1876. 1967 EscnlotD fratlctna 1908·
Po/Jrft:o aJemlo AJO< altJm6D

20 SUPIR l
Sequer CAMINHOS DA INVASÃO ÓRGÃOS-ALVO

se pode dizer OLHOS:


herpes • sarampo · ra1va · adenovlrus · .-----__
~::--- SI~)TEMA NERVOSO CENTRAL. herpes· raiva ·
citomegalovlrus · sarampo · enlerovlrus ·
que é viro conjuntivile - doença de Creuttfeldi.Jakob ~
1
menlngile ·doença de Cfeuttfeldt.Jakob
herpes • rubéola •
no liquido espinhal de um terço dos ----------~a=·to=megalovirus • conjunllvne
• adenovirus · gripe • resfriado • variola •
esclerosados. caxumba · rubéola · sarampo • PAROTIOAS caxumba
Fica muito dificil. porém. diagnos· coronavírus - enterovirus ~...--------- VIAS RESPIRATORIAS
ticar se um 'írus é de fato noa•o ou
se nova é apenas a sua descobcna. SUPERIORES
hefpes ·doença de
É que o vírus é formado por um áci· BOCA: Epstein-Barr · rinovlrus • adenoYirus •
do nucléico. base de qualquer célula herpes- coronavirus. gnpe ·sarampo
Tais ácidos formam ru. chamadas mo- Epsteín·Barr ·
léculas de amino6cidos. Estas. rcunt· cilomegalovírus · L - - - -VIAS RESPIRATORIAS
das. cons1rocm as proteína de que adenovirus · INFERIORES
são feilos os seres va,•os. enterovírus · sarampo · gnpe · resfriado ·
Nas células existem doas ácados nu· O ,.p//o vírus csuss vM.rugas e O vfrus da n~lva, transmllldo roaavirus cltomegalovfrus
cléicos: o DNA. ou (lc:ido dcsoxirri· 4 relaci onado a c:ertos c:<inceres por mordldu da anima/a: fatal
~~~------S.ANGUE :
bonucléico, que guarda toda a buga·
gem hereditária daquele orgnnismo: vi róticas em geral permaneceram um 1892. o microbiologislll russo Dmi u y AIDS · cllomegalovlrus ·
doença de Epsleln-8arr
e o RNA, ou dcido ribonucléico, res· mistério até a invenção do microscó- lvanovsky ( 1864-1920). uo estudar SANGUE:
ponsável pelo bom funcionamento pio eletrônico na década de 40. Com umu doençu na plnnl!l do wbnco. fi. hepatite 8 · = - - - - - - FIGAOO:
dos componentes dns células. Mas seus mios luminosos, o equipamento cou espantado uo verificar que, inje· AIDS · \W~epalf,le A • hepallle 8 · lebres
com o virus é diferente: só possui ou permite ver o vírus. Mas o homem tantlo a seivn flll nadu de uma pia ma cltomegalovirus hemorrágicas · febre amarela
DNA ou RN A. Ele, nu verdade, nn- desconfiava da existência do vírus doente em outra sadia. csw llllimn
da mais é que um novelo de um úni· an tes de consegui r enxergá-lo. Em tamb~m udocciu. - APARELHO DIGESTIVO:
co ácido nucléico, envolvido numa fi. rotavlrus ·
Norwalk · adenovfrus
na capa de proteínas. Nrao se sabe se de doenças Intestinais
surgiu ames dos seres cnnsiderudos herpes·
vivos - sendo então uma rormn pri·
mitivissimu de ' 'ida - ou se é resul·
Sob presSão hepatite 8 ·
citomegalovirus ·
: \ - - - EMBRIÃO herpes·
c11omegalov1rus • rubéola
tado de uma esp«ie de retrocesso.
"Dizer quem chegou pnmeiro é
da AIDS papílovirus
GENITAIS
discutir sobre a origem do ovo c da herpes • papilovlrus
111' omo só costuma acontecer em
galinha". compara o profCSM>r Rena· ~ situações de crise. a busca da - - - ·BIEXIIGA adenov1rus
to Mon ara, da Escola Paulista de cura para a AIDS mobiliza cientis- I.:'
Medicina. que passou canco anos na tas no mundo inteiro. Surgem novas herpes · sarampo •
Universidade de Cambndge. na In· teorias e técnicas- algumas delas rubéola • paptlovtrus
glatcrra. e!>ludnndo c:s~~ manúsculas \erdatleiramcme fantásticas. O físi·
criatur.IS. Monara. um pauli ta de 32 co alemão Jonath:m Tennenbaum.
anos. admite que "O vírus podena ter que trabalha para o governo none· O vfrus d6 AIOS hol~ nn
surgido a pantr do próprio homem". americano. anunciou em se tembro c:élulaa qua produzam fl!ltlc:orpo• O complicado processo de fihra· as bactenas por elas destruídas: fo- ca de cem vírus da pohomaehte ou
Não é impossível: assam como a úl timo a criação de um aparelho a
doença chamada cãncer é uma rcpro· gem pelo qual passou a seiva deveria ram chamadas bacteri6fagas dez vrrus da gripe.
IaM: r. capaz não só de realizar I 20() nar um tercearo vfru~. filial. Ago- ter contido todas as bactérias. Mas. Os vírus - palavm que em !num
dução deseontrolnda das células. uma testes por dia mas também de local i· ra. formulam-se teoriru. sobre a
célula pode rio passar por um proces· se mesmo Eiltrada n seivn continuavu O organismo funciona como significa vtllt:IIO - foram isolados c
znr qualquer microorganismo inva· possibilidade de se cnur umu c:spé· infecciosa. deveria existir ulgo aindu fotografados pela primeira vez na dé-
so de mutação. até re~tnr apcnns n sor existen te no corpo. lendo a for· cie de tmrivfrus. uma fábrica de luvas
menor que as bactérias - até enuio cada de 50. Desde entfto, u pesquisa
unidade bllsica dn foranu originul. ou ma das células através da pele. O O profc~or du Escoltt Paulista
seja. o seu ácido nucléico. os menores seres vivos que se conhe- na área du virologiu cnminhn ern ril·
microorganismo - vírus ou bacté· de Medicina. Renaao Morlur;a. cia. lvanovsky falou em ulmr/)(rCft· Nu verdade, o que existe são vfrus mo acelerado. Logo se descobriu que
Essa "fantasia". corno diz o pro· ria. inclusive o da AIDS- é identi· ach;a que isso só senl possível duqui
fessor Moruaru. é um exemplo dns rias. Outros cientistas, que tumbém que preferem a célula de determ ina· se trata de entes ao mc~mo tempo
ficado por um computador. "Con· a décadas. " Por c:nquunw", receia fizeram experiências se mel hantes em da bactéria u qualq uer out ra. Mas primitivos e sofisticados. dinnte dos
teorias segundo as quais os vírus se- seguimos ver u impresstio digira/ do ele, "com tonltls incógnitas sobre plamas e anim ais. começara m 11 ratur d' llcrelle, no seu microscópio co- quais o organismo tu mbém revelou
riam conscqllência de um processo vírus''. diz Tenncnbaum. vírus. poderln111o~ criar um IIIHivf·
de regressão da vidn. Scjn como fnr. em " líquido infeccioso vivcme". Eles mum, que uumcnruvu apcnus 360 ve· umu surpreendente cnpucidnde de
Sem dúvida. n área mais quente rus puru u 1\ IOS qu e por suêl vez não ti nham como ver que o liq uido zes, nf10 cll nscguia vê-los. T reze ntos defesa. Nu prcscnçu do vírus, o cor·
vírus e seres hu manos convivem hó nas pesquisas é a da engenharia provoque outrn doença qualquer."
muito tempo. A múmin de Ramsés era. na realidade, uma supensüo c<>n· anos nanes. em 1617. o biólogo ho· po transforma-se em campo de b~ l a·
genética (SUPERINTERESSAN· Já o doutor Alexand re Vranjnc. do tendo milhares de vlrus. Em 1917. o landês V:m Lceuwcnhoec. que des· lha. E, como em todo guerrn. li vitó-
11. faraó do século XIII ra.C.. mostm TE n." I) ;que tenta fazer do vírus Centro de Controle Epidcmiológi·
cicatrizes de vuríol:t. docnc;n causada microbiologista canadense Félix d' cobriu ns bactérias. impressionou a ria costuma ser de quern tem 11 me·
um aliado. Inoculando dois via us co de Sfio Pnu lo. é mai~ otimista: Herelle observou no microscopio <rue lodos 110 afirmar que algumas cenre· lhor estrmégia. Cadn vírus tem :1
por vírus. que gcrulmcnte :macn inofensivos em animais. os cicntis- "Nessa teorio cMá o tluqui-prn-
crianças c hoje pode M:r evitada com placas de bactérias de repeme come· nus de buctériu~ cnberium num grão sua. Por isso. em virologia. cndn ca·
.
vacana.
ws já provaram que podem origi· fremc d;~ virologia". çavam a desaparecer. Conclutu que dt: arcan PQis bem: dentro das me· so é um caso.
existiam criamras ainda menorc:~ que nore~ hactérinç existemes cabcrn cer- Um organismo pode ser comparu-
Assim como a varíola, as doenças
241Uf& SUPH 25
Acélulanão
percebe suas
más intencões
do a uma fábrica de luvru.: produt
desde lu\tl~ mrcro:.cóprca~ até !!Jgan·
tes. com drfcrcnça~ rmhmctnca~ en-
tre um tamanho c outro. Cada luva
- ou antrcorpo - \Cstc perfeita-
mente um vlru~ ou untigc no - e só
aquele. Mu ltO\ anticorpo~ \ ivcm c
morrem mglonumcnte ~em encontmr
o anugeno pam o qual foram feito~
e tra\irr com ele uma batalha de \r-
da ou monc. 'iio ~e trata. porem. ! ~
de um dcspcrdicro da natureza: pam e
o organismo c melhor ter um de ca- Se a pessoa vive, o vrrus do herpes não momt- apenas hlbftrna
da a ter vario~ su de ul!!um
Se assrm c. <1ual a vantagem de ~e - tllc que de tão cheia ela estoura cum antu:orpol> contra U\ \ rru' da
vacinar co ntr~ uma doença para a e {1\ {illroti'S invndem as células vi· herpe~. que: fic~1m h1bcrrwndo com
qual jU se tem detc~a? A \'antagem t.inhas. apt.:na~ CinCo de ~Cl!b 'oCICIIIO ge ne~
está nn vclocidulic. Ou mem6ria. co- No cuso dos víru.~ que possuem em fu nciunurm.: nto. As vl!zcs. l'ntorcs
mo dillllll us vlrologbtub. A vllci nn 11 RNA, o~ chnnurdns retrovfms. há um 11in til versos como qucim:rdurm. 'nla-
compostn sempre de vlru~ irmtivados ~c rviciuho cx tr:r: uma cn:Lima . locali· rt.:~ ou c~trcSl>C ucordam os \'Íru~ da
(monos} ou tltenu;ldo~ {um segmcn111 tudo dentro do invólucro do vírus. hc q1c~. Ma~. no caso do i\ IDS. m
do vfrus). Se w~sc compo~ta de vrn1' tl!m li..: trnnsforrnar o RNA em \• íru~ ucortlum par li'llta da vigilúnci:~
ativos c inteiros. a pessoa vacinm.h.1 DNA. poi, t.'!.tc é o único ácido ca- r mpl:~cávcl dns anucorpo),
pegaria ,, duençn. o que ~cria um p:ll de cnt rnr na nucleo. Droga~ ho- "A AIDS deve te r 'urgrdo pch1
COntrll·)ei1'-0 A func;uo da \ ;rema e JC mmw hrlnd.1~ como a AZT. bus- 111UHIÇUU de Ulll Vrru~ J(l c~i\!Cilh:".
chamar n atcnc;uo do anttcorpo que. ~.-Jm dificultar ~~ 'ida do retro\·rru~ da opma o doutor Alexandre \ rnn).IC.
despertado. bnua com o ··falso \' 1· \I DS. chn11nando essa l!nzima. em diretor do Centro d~ (.'untrolc l.pr-
ru .. da \ acrna - o ~uficrente para ela. o rl!tro\ tru.~ leva muito mars dcnmlogietl de São Pauln A mut.r·
ter na memória (d;u o tc:rrno) a c,. tempo <llc ser traduzido para DNA c çúo. ~gundo de. c um n.:wr~ th:
tmtcgi:r Jdctlu,rda quundn l!ntmr em oi\~1m 11)\ J(hr o núcko da célula. ~oh rc\ r\ cncr:• do \ rru,. ·o \ rru' d:r
cena um \ íru~ íiUténtico: uma formn j!npc c um dll\ mm~ rnu tiln!l.:~"
de multrphcur--.c raprdamcnte para Estão sempre prontos e.\l!mphficu Dc fato. quanto mar\
defender o orgunr~mo a tempo. a trocar de máscara nlmum o \ r ru~. m:uor o numcrn de
Chegar a tCmJ)(I 'lgmlica combntl!r pcs~oa' ununiLada~ por tc:rem cun·
o \rem, unte' tfUC ele alc:rnce o nu- Qualquer \ rru~ deixa rastros. como tr:udu a doença Logn. uu 11 \ uu,
cleo da cclula. quando domma ,, ~~­ pcd;t~o' do \Cu ca~idio preso~ na muda. altcrandu um J)(IUCtl a nrdcm
tuação. Todo \ rru\ c um C\pecrah'ta mcmhr.ma cc.!lular. O organismo. ao de 'cu' gene,. ,,u c.:'t:i eondcmrdo .1
- tem prctcréncm por dctcrmmmln "Cnur n pre~ença e'tranha. en\ia gló- dc'"P••rcccr
tipo de cclula A\\lm. o \ lrtJ\ da hc· bulo~ branco' do ~ngue. chamado~ O \ rru' da t\l D~ c arnda mur'
palllc -.ar em busca da cclulas do ft· 11111rro[aga\ , que literalmente engo- mutàntc que o da gnpc. Cada gl!ra·
gado: o vrru~ do rc\fnadtl prdl!rc D'- lem .r cclula mft!ctada. Se for tarde, ç.io nãu dura ...:quc:r um nK"' Pnr-
celula~ do i!pMc.!lhu rc,prr.ttono. E-.sa ou \C)ól . \C " •irca mfcctada j:í ll\cr t.nllo. pura -.c produlrr uma \ ncma
cspccwhLi1Ç:io 'c deu 010 longo da crc~rdo multo (o \ írus da poliomrch- contnl ele. ~cria prccrbo "thcr tlunl ·'
cvoluc;:ío: o f'O(IIIclw que cn,ohe o tc produl cem filhotes em rrcs horas. )UU prú\rntu lorma. ·· A \,u:rna··. c\·
:icrdu nudcrco do vrru' se enc:uxa pm exemplo). as cêlulc15 T e.~istentc~ pllcn Vr:mpc. "\o 11 dic:v. qu:rndo
pcrfcitamcntt: apena' na cavrdadc de no ,nnguc co meçam a fabricar Ol> iil1· tomudn tmll·s.'' 1:. rs~o u que ma" 111·
urn unico trptl de ct!l ulu. ucurpo~ ~oh medida. que matam ou 1rtgU lUIS VI l li~ - C~l f1(1 \CI11fll C pmn·
Dcspr·.:vlnid:l. 11 cGiulu rccchc o ncutralitu m o~ vírus. A produc;flo 10~ n troca r de rmíscara c no~ enga-
vrrus amigavelmente. M.:lll pcrcchl!r dc~hC~ r1ntlcorpos demora de três .r nor de novo. •
que ele tiro ptm•rido com ela ~e rc din~. Sô (I LIC o vírus da AIDS l..ucia Helena d e Oliveira
mesmn - c 11111 c~lranho chci0 de cortt\ o hem pclu raiz: ataca JUSia·
rnlb intcnljÔC\. A~sim. o ho~pcd..:, mente a~ cr;lul n.s T. Para saber mais
hipócrila c rn,rdru\11, tr•u u .mfitriâo: Quandu i,·~o acontece. abre-se u
corre pill'a 11 nuch:u. uma espécie de ~;o,p:u;u JliiCII uma ~éric de infec-çõt!.\
cerehro da cclula. c lhe toma os co- opanwm111.1. Elas niio apareccnam
rotmdo~ A cclula p;;"a il fat>ricar ca'lo as cclulru. T runctonas~em nor-
compul'l\ âlllCilh.' llliiiS C maiS \ rru~ malmente Por exemplo. elas tabn-
26 SUPO
para a estação espacial que os Esta·
dos Unidos pretendem colocar em
órbil!l nn década de 90. Alé os limi·
1es da atmosfera, ele se comportaria
como avião comum. depois como
fogue1e . Uma versão do X-30 tam-
quio num piscar de olhos - crês ho- bém es1ã sendo proje1ada para fins
ras, creze a menos que os jatos acuais. mil ilares.
O projeto do Expresso do Orieme Testar os aviões do fu1uro na celi-
inspira-se no X·30. um velho sonho nha do compu1ador não é só uma
norte-americano dos anos 50. enga· vanlngem. mas uma necessidade -
vecado pela corrida espacial EUA- pela simples razão de que os hiper·
URSS. movida a foguetes. A 30 mil sônicos não podem ser tes1ados de
quilômetros por hora. o X-30. além maneira convencional. com o auxnio
de avião comercial, substituiria os dos chamados túneis de vento. Aci-
ônibus espaciais do tipo Challenger ma de Mach-7 - ou mais de sele
no transporte de materiais e homens vezes a velocidade do som -. os

Ainda um desenho, o Expresso do Oriente u/1 real no nnBI do skulo

Artes do supercomputsdor:
Imagens trldlmenslollBls de
ume pequena peça do ónlbus
espacial e do escape de uma
turbina f• esquerda) e
da turbulência em forma
de cilindro provocada por
uma esfera (acima)
PLANTA SOJA, PLANTA ÓLEOS VEGRAIS,
L_____:Fk EANGOS, OVOS, SUÍNOS, LEm EDót•JtES.
;_,: c=.:
Os pl e saia sao responsáveb por -5°__.
%
dos óleos vegetais consumidos no Brasil. Ofarelo
Anéis envolvem o jato: • preulo da ve/oc/da~ Um cálculo em cacü quadrado do 6nlbus es,.clal

F~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ enormes ninei!> são 1ncapazes de re-


de soja, rico em proteínas, vjra ra~o para os
produzir o impacto que o avião ex- frangos, ovos, vacas leiteiras. Ea soia garantindo
&AI.&ULIIAJATI pcrimcn tann em condições rcms de
vôo. Com o NAS. <" engenheiros o abastecimento no mer do intemo, e também
ntre o pioneiro 14-Bis de Santo~ ce mros de pesquisa dos E~tados podem faze r voar sua~ fama~ia~ no
E Dumon1 c os projetos dos j ato~
hipersõnicos. mullo do charme c d;1
Unidos. Ele serve a várias áreas.
nlc!m da aviação. Por exemplo. aju-
vídeo, enquanto cMudum tecnicullda·
dcs como t>roteç:io t~nnicn da ru~cln­
os dólares para a balanca comercial, com
aventura de se consl l'uir uni uvií1n do no e~ll1do da formação das galá- gcm c ncrmlin:lmicu.
1\~sim . por exemplo, foi pussivcl
aproximadamente US$ 2,5 biÍhões a cada ano. A
se perdeu. Em compcnsaçíto, o xi~s. na modelagem dos padrões de
ava~ço da i_ndústrln e n rcvoluçí\Cl clunn da Terra. na decodificação
l'csolvc r o prohlcmu do culnr ~lu 1111·
vé. pmvucadn pela colbii() ''iolenw
Sanbra, que foi uma das pioneiras no fomento da
da mformáucn abriram possibllidn- dos códigos genéticos c na simula-
des de investir em np<~relhos ininw- ção de reações químicas. Devido
das molc!culns de ur nu l'u,clngem. A
salvaçflo é o hidrogênio lfquido.
soia o rasil, opera em Ponta Grossa um dos
gináveis no começo do s~culo. Ga- no preço. que pode chegar a 20 mi-
nhou-se em velocidade. resistência. lhúes. de dólares. e à sof;sticac;ào. a
Ah!m de servir como combustível no
E.rpr<'sso tio Orie11te, também deverá
maiores complexos industriais do mundo, com
potência do motor. De seu tudo. o~ fnm!ha dos supercomputadores ain-
vcloclssimos supcrcomputadorc~ j:.\ da é pequena. Existem apenas uns
circul:1r por tuhulac;óc~ atmv6 elas
panes qucntel> de )Ua Cl>truturn. im·
capacida e de processar mais de 3 .mil toneladas
--
são ferramentas obrigatórios pam trezentos. concentrados nos Esta- :;---

8 soia por dia.


. - *' ' ~

investigar fenômenos do mundo Ci- pedindo que ela dcrrem em vclocida· 1


~
I

dos Unidos. Canadá. Japão c pai-


,:_ T 0 ' .....

des acima de 1t1 mil quiiOmctros por .---


sico que exigem a interprcwção de se~ da Europa. Ouem tem. não
milhõc de dado~ combtnndos. quer vender. Quem não tem. espe- hora.
Os europeus não c'l:io mUII\1 ntnís
Paro se ter uma idém. um cálculo ro a vez de poder comprar. No
dos norte-americano~. Seus projetos.
que num mtcrocompultldor Apple Brasil há pelo menos seis empresas
que lambem cnvoh em o u'iO de ~u­
11 le\'n 80 horas. num I BMIPC 35 e instituições de pesquisas interes-
horas c num computador de gntnde pcrcomputadorcl.. 'kio de ap;~relhos
sadas. da Petrobrás ao CfA (Ceo·
cnp;~zcl. de aungn a vcl oc1dade de
porte. como o VAX tt n 80. sete tro Técnico Aeroespacial).
minutos. é feuo num supcrcompu- Mach-6. com uma au1onom1n de vôo
l>Uperior a 12 m1l qu1lõmctros. É o
mdor como o Cray-2 em menos de
caM) do francê\ AGV (A1·i ou ã
dois segundos. Embora functone
como um supcrcérebro. o Crny c!
Gr<mde VitC'~I'). Já o ulemão Songer
podem transportar outro aparelho
pequeno: tem pouco mais de um
metro de ahurn c outro tanto de que decola no nr para .1lcan~ar uma
eswçiio orbi tal buixa. Por fim . o veí·
diâmetro. Devido !I mpidcz com
culo neroc~pucm l brilimico /loto/ -
que opera. ele uqucce como um
consielcmdo o mai~ ~ofist iCJtdo -
plugue submeudo à exces.~o de cor·
rente ligado a umu tomada. Por chega 11 M nch-25 e pretende fnzcr n
ligaçi10 entre a~ e~wçõ..:s espaciais c
causa disso. seus circuitos siio irncr·
sos em um nuido. do mesmo tipo
u Terra. Como se vê. 111U1ginnçiln c
projetos nalo fuhum. Re~ta ~llher
~sa~o no plasma nrtifici:1l tJUC subs·
11tu1 o sangue humuno. O locnl on- quais deles ch c~:~nriio o existir wm-
b~m foru dos vcrculos d<>l> vldcos dos
de ele se cncontru " lcmbw um
oquário" , compum Ron Builey. di- supc rcnm pu wdo rcs . •
retor do projeto NAS dn NASA.
Para saber mais
Capaz ele armazenar 256 milhões
de palavras em sua mcmóriu. o
Cray-2 de Mounmm View est:.\ sen-
do usado ao mc~mo tempo por 37 Cray-2: pequeno superureb ro
8 SANBRA
SOOEOOD€ .ALGOOOliAA CO
HOROESn' IIAASIW•O S.A
PlO.NEmANATECNOLOGIA DE ALDON'I'08

32 1Uf·&
PERFIL
A Psicanálise já se
incorporou ao nosso
dia-a-dia. Palavras
como inconsciente,
libido, ou neurose
viraram de uso comum,
embora nem sempre se
saiba o que querem
dizer. Quando surgiu,
porém, no fi nal do
século passado, essa
teoria foi combatida
ferozmente e seu
autor, Sigmund Freud,
submetido a pesadas
acusações. Mas não
desanimou. O que o
movia era a vontade
de explicar, antes
de tudo, a si mesmo
e vencer os demônios
uando tinha 7 anos. Sigmund nário esforço para reconstituir o tem- do-poderoso chefe do Departamento
que o atormentavam Freud ouviu o pai dizer num po esquecido. percebeu que, sem sa- de Neuropatologia. A trajetória de
momento de mau humor: ber. passara a vida tratando de im· Freud havta sido. até ali. uma seqüên·
··Esse menino nunca vai ser pedi r que aquilo que l.he pareceu cía de brilhantes sucessos.
nada na vida ... Ele só tomaria a lem- uma profecia paterna se cumprisse. Com apenas 9 anos. ingressara no
brar essa frase. a muito custo. aos 41 Conseguiu, como se sabe. Fundador ginásio, para logo se tornar o pri·
anos. Então, naquele fiozinho do sé· da Psicanálise. um dos mais originais meiro da classe e se graduar "com
culo XlX. era um médico brilhante pensadores dos tempos modernos. louvor". Aos 17 anos, já estava na
em Viena, a celebrada capital do lm· Sigmund Freud a tal ponto marcou a Universidade de Viena, como estu-
pério Austro-Húngaro. Era também ciência. a cultura, a arte e a vida das dante de Medicina. movido por uma
um cientista fascinado pelos mistérios pessoas que já nem se pode imaginar enorme vontade de saber. Não fora
do psiquismo humano e isso o levou a o século XX sem ele. Afi nal. como fácil escolher a Faculdade de Medi-
empreender uma longa e dolorosa via· se diz no Brasil. Freud explica. cina: seus interesses intelectuais pu·
Freud, no auge de sue vida. Na gem ao interior de si mesmo. xavam-no para váríos lados. Tam-
página ao lodo, o consultório em
que atendia seus pac:lentes. No Essa busca do autoconhecimento Nio sabia o que cursar: bém dentro da faculdílde foi dirrcil
centro da foto, o fomoso divAem consumiu-lhe três anos e perm itiu escolher uma especialização. Deci-
que libertasse do porão da memória queria aprender tudo diu-se finalmente pelo curso de Fi-
qile o paciente se deitava,
enquanto Freud ficava episódios traumáticos da infflncia - siologia, de Emst von Brückc.
sentado na poltrona atrás. O como a morte do irmão menor c a Seu Interesse pela mente humana Brücke, como Meynert. era um nr-
objetivo era av/tar quo o olhar culpa que isso lhe provocou ou a manifestara-se anos antes da auto· doroso partidário da opinião do rrsi-
do analista Inibisse a livra perturbadora visão da mãe nua. Para an61ise que acabaria abríndo as portas co alemão Hermann von Helmholtz
associação de ld61as do paciente. defender-se dos fa ntasmas do passa· para um novo território do conheci- ( L82 l-1894) de que ''nenhuma out ra
Na extremidade direita, parte de do. ele havia transform ado a própria mento - com certeza em 1882, quan- força além das conhecidas forc;as físi-
sua coleçAo de objetos de arte infância numa paisagem nublada . do era m~dico-rcsidentc no Hospital co-químicas é ativa no organismo".
antiga: era maior que a quase irreconhecível. Mas ao dissi- Gemi de Viena c tornou-se assistente Para eles. a Biologia e. conseqüente-
de muitos museus publlcos par-se a névoa. graças ao extraordi· do anatomis ta Theodor Meynen , o to- mente, a Medicina não eram mais
34 SUPER 35
Tinha certeza

zes. num tratamento persistente e
prolongado, levou à clímioação de
praticamente todos os sintomas. Mais
~sertaum tarde. Freud mostraria que os trau-
mas psicológicos como os vividos por
grande hornem Anna eram apenas os elementos de-
fla~rador~s da neur<!sc. cuja verda-
deiro ongem devenn ser buscada
que extensões da Física. Essas idéias. muito atrás. na mais remota infância
que as investigações psicanalíticas de do doente.
Freud o forçaram 11 abandonar unos Quando voltou de seu estágio em
mais tarde. não deixaram. por<!m, de Paris, Freud publicou juntamente com
influenciar o seu pensamento. Breuer os Estudos sobre o Histeria,
Freud concluiu o curso de Medici· uma espécie de marco inicial da Psica-
na com cxce.lcntes notas. e rudo pa· nálise. Então. ele ~á havia substitufdo
recia encaminhá-lo para a ~squisa na invesligação pSICOlógica o méiodo
científica. atividade em que JÓ hn,•ia catánico provocado pela hipnose pelo
dado mostras de grande talento nos método da livre associação (veJa o
tempos de estudante. Absolutamente quadro da página 39 ).
convencido de que estava destinado
a ser um grande homem. a cada pas- Sua teoria mais arrojada:
so pensava o que seus rur~ros bió-
grnfos escrevcnam a respeno. Sua a sexualidade infantil
fantasi:l COrfCS{>Ondia plenamente aos
desejos dos pa1s. o comerciante de lil
Jakob Freud e sua mulher. Amalie
Nathansohn.
- = .... -
Aos 11 anos, çom o pai, Jakob,
Logo Breuer deixaria de acompa-
nhar Freud em sua crescente convic-
ção sobre a origem sexual das neuro-
Quando Sigmund nasceu. no dia 6 por quem sentia amor e ódio ses. Freud arrumou, então, um novo
de maio de 1856. no cidadezinha de interlocutor. o otorrinolaringologista
Freiberg. Morávia (hoje Pribor. Tche· Durante a primeira grande guaiTII. Wilhelm Fliess. homem de idéias ou-
coslováquia). primeiro dos seis filhos Aos 18 anos, com a mie, Amalia. sadas e altamente interessado na naru-
çom os filhos, vindos do front de quem foi o f/lho mais querido
do casal Freud - dois homens e qua· rezn da psique humana. Nessa época,
tro mulheres -. um fato deu ao co- cada nova hipótese ou descoberta era
merciante Jakob a scnsnç;io de que es- vium pouco. mas Frcud lhe escreveu com aquelas infelizes mulheres. vivamente comentada na imensa cor-
tava diante de um acontecimento ex- nada menos que novecentas canas. Quando decidiu mergulhar de cabeça respondência entre Freud e Fliess.
cepcional. O menino veio no mundo algumas ardentemente apaixonadas. ao estudo da mente humana. adotou Mas também essa colaboração com
envolvido na membrana amniótica. c Quando se encontravam. porém. a como lema a céh:bre inscrição grava- Fliess esmva destinada ao malogro.
isso foi interpretado como au~úrio de possessivídade e o ciúme doentio de da no pórtico do templo de Apolo Como o próprio Freud descobriria
um futuro brilhante. Seus paiS nunca Frcud quase punham tudo a perder. em Delfos.
., Grécia: "Conhece-te a ti mais tarde, ele transferia a vários ho·
abandonaram ess.1 perspectiva. dan- A falta de dinheiro. de qualquer mesmo . mcns de sua convivêncin os intensos c
do-lhe um tratamento pnvilegiado em forma. foi adiando o casamento. su- Antes de partir para o decisivo está- complexos sentimentos de amor c
rclaçã.o aos innãos: o melhor quano cessivamente. oté 1886. Depois que gio em Paris. Freud estudara a histeria ódio que tinha em relação ao pai.
da casa era dele; uma im1ã (oi proibi- se casaram, a relação tornou-se em Viena. em íntima colabornçi10 com Brücke. Meynen, Breuer c Fliess fo-
da de tocar piano. porque isso pertur- morna c rotineira. Mas eles nuncn Joscf Brcuer. que vinha tratando. com ram. todos eles. objeto dessa transfe-
bava os $CUS estudos. se separaram. excepcional dedicação, um caso de rência afetiva. Amores arrebatadores
OUiro fator influenciava também a histeria que se tomou clássico na his- c ódios furiosos se alternavam sem pa·
ambição do jovem Freud. A con~­ Usava cocaína e estudou tória da Psicanálise - o de F'raulein rar c:m sua vida emocional. Só a auto·
ciêacia de ser judeu num mundo an- (senhorita) Anna 0 .. pseudônimo de análise pennitiria a Freud exorcizar o
ti-semita. Isso era sinônimo de um os efeitos da droga uma jovem de 21 anos. de altos do- fantasma da figura paterna.
esforço sem trégua: se o judeu não tes intelectuais. que após a morte do Quando iniciou a auto-análise.
pudesse provar que estav11 entre os Nesse meio tempo. a vontade de sa· pai passou a apresentar variados sin- Frcud estava convencido de que a
melhores. diriam autom:uicamentc ber c o desejo de notoriedade volta- tomas psicossomáticos. como sérias causa da histeria era "uma cxpenência
que era o pior. Mas. quando con- ram a empurrar Freud para o~ brnc;os perturbações de visão e audição. fre- sexual passiva ocorrida antes da pu·
cluiu o curso de Mediemo, aos 22 da ciência. Como assistente de Mey- Em Paris, com a filha pfedl/elll, Com a mulher. l,farlha, uma relação qüentes paralisias nos membros. in- berdade. isto é , uma sedução trau-
unos. em 1882. um raro veio alterar nert e logo livre-docente em Neuropa· Anna. que seguiria sua carreira moma. Ml!l j1mals se upararam capacidade de comer e beber. esta· mática''. Ele associava a neurose à
os planos que tinha traçudo parn si tolog.ia. fez importantes pesquisas so- dos de uuséncia etc. carga erótica presente. mesmo quan-
mesmo: a súbita paixão e a perspec- bre u medula e tamb~m sobre os cfci· Salpêtricrc. Antes de panir. queimou ricas (a hiSteria era considerada al~o Utilizando-se da hipnose. Breuer do bem disfarçada c não percebida
tiva de casamento com Manha Ber- tos do uso da cocaína. Frcud contava um di(1río íntimo que cobria nada mê· que só afetava as mulheres) eram VIS· conseguiu que sua pacu::me recordas- pelas pes::o<~s. nas rel11ções entre pais
nays - seu único relacionamento com a própria experiência: numa épo- nos que c:uone anos de vida. tas como meras fingidoras e Charcot. se as cenas traumáticas que haviam e filhos. Após ter observado sinto·
amoroso conhecido. A necessidade ca em que a drog:t não em proib1da Fn:ud• ..:ntilo. esta''" intensumcnte como charlatão. desencadeado a neurose. todas c las mas histéricos no irmão e nas irmãs.
de fazer dinheiro rapidamente parn acm sofria qualquer tipo de interdi- interessado no fenõmeno da histeria. Um dos grandes méritos de Freud relacionadas com o estado de extre- concluiu que também seu pai não es-
SUStentar uma futura famflia O levou çlio, ele ern um consumidor habitual. <írea em que Charcot vinha realizan. foi ter levado a histeria a sério. dis- ma tensão emocional ,,;vida durante tava livre do que chamou de '·incri-
a trocar a pe.~uisa científica pela re· Por inOucncia de Brücke c para de- do cxpcnencias pioneiras e absoluta· poado·se il ouvir as pacientes com a longa doença e a morre do pai.
• ... •

mmnçao mcestuosa .
• 9

sidência médica. com vistas a montar sapontamento de Meynen. Freud ob· mente cspe taculares mediante o uso atenção e respeito. Por alguma estra- Verificou também. espantado. que o O prosseguimento da Bllto-aaálise
uma clfnica panicular. teve da universidade uma bolsa de es- da hipnose. Para Me~'flen. como aliá~ nha mtuição. ele sabia que o desven- simples fato de narrar as cenas pro- e as análises de vários pacientes rea-
O noivado com Martha foi uma tudos para um estágio de alguns mcse~ para toda a Psiquiatria onodoxo da damento dos conflitos íntimos que duzta em Anna um alivio imediato lizadas ncss3 mesma época logo lhe
experiência turbulenta. Como cl;l em Paris. parn estudar com o célebre époc.a. a histerin e ra slmplc..wtcmc atormentavam a si próprio dcpcndin dos sintomas psicossomáticos. Esse mostraram. porém. que. embora o
morasse em outra cidade. eles se Jcan-Marun Charcot. no hospital da uma falsn doença. As mulheres hisrcí- d:l compreensão do que se passava procedimento, adotado repetidas vc- sentimento incestuoso dos pais real-
36 turER SUPER 37
una F. v.nu~mo
O analista de.Bagé ••,., v...,•• Como um sherloque da psique
' a mitologia grega. o rei de como o desejo incestuoso do me-
\ \ TUÉ N Tebas, Edipo, matou Laio,
sem saber que este era seu pai. e
nino em relação à mãe. sedam
banidas da vida consciente devido
casou com Jocasta, sem saber que a sua ameaça potencial à ordem
A CNA \ era sua mãe. Esse trágico triân- civilizada.
DO fi'EJJD, ~ - gulo amoroso. segundo Sigmund
Freud, seria revivido na fantasia
A repressão, porém , nunca é
completa. dizia Freud: o reprimi-
de todas as crianças, geralmente do no inconsciente estaria sempre
Jr - \ antes dos 5 anos de idade, quan- forçando sua passagem ao plano
/ ' do. de alguma forma, elas experi- consciente; as meMngens cifradas Frm1d (C(:ml a be~rgal.s)
CÇ;i~ mentariam desejo sexuaJ em rela- transmitidas pelo inconsciente per· numa visita aos em 1909.
'J ção ao genitor do sexo oposto, miridam ao analista buscar a ex- No canto direito, sentado, Jung
além de fortes sensações de riva- plicação da neurose e, dal. sua
lidade e hostilidade em relação posslvel cura. A técnica psícunall- mente existisse e fosse às vezes até
,./ ao genitor do mesmo sexo. • tica teria, dessa maneira, muito a levado à prática, a grande maioria
A expressão complexo de Edi- ver com a atividade do detetive das supostas seduções ocorridas na
po' só foi empregada. pela primei- nos romances policiais, que vai re- infância era um produto da fantasia
ra vez. em 1910: seu conceito se montando. num árduo e cuidado- das crianças: eram elas que experi-
formou, porém, mais de dez anos so trabalho de interpretação. a mentavam um intenso desejo de
antes, no bojo da auto-análise de t,rama ocuI ta. manter relações sexuais com os pais
Freud. A sexualidade infantil se - geralmente com o genitor do sexo
manifestaria já nos primeiros mo- Sonhos e atos falhos dão oposto. Eis uma das mais arrojadas
mentos de vida e passaria por vá- e controvertidas contribuições de
acesso ao inconsciente Freud ao conhecimento humano: a
' rias fases - oral. anal, fá lica e
ge11ital. Esse processo, porém, Em suas primeiras investigações idéia de que a sexualidade começa
nem sempre transcorreria de mo- da mente. Frcud empregou a hip- antes, muito antes de manifestar-se
• • do perfeito; as inibições em sua nose para trazer à luz as cenas trau· nas transformações que ocorrem na
puberdade.
trajetória caracterizariam muitos máticas do passado. Abandonou-a. Ele enfrentou com detenninação a
• •
di, túrbios da vida sexual. A fixa- porém. não só porque muitos pa- hostilidade dos meios conservadores
Ç{io da libido ou energia erótica cientes não se deixavam hipnoti zar. a suas idéias. A excitação da desco-
em fases infantis do desenvolvi- mas principalmente porque. embo- berta científica o empurrava para a
mento sexual seria respo nsável ra a hi pnose permitisse o acesso a
"'~ A OOTM pelas perversões sexuais dos adul-
frente e os progressos na interpreta-
MB'T"Are fAZ. I) tos, entre as quais Freud inclui o
memórias correspondentes a dete.r-
minad u região do inconsciente.
ção de seu próprio mundo ps1quicO
lhe traziam crescente autoconfiança.
homossexualismo. criava. nas fronteiras dessa mesma
GOt10 o p As distorções no desenvolvi- região. barreiras ainda mais dificeis
Freud trocava o papel de filho pelo
de pai: pai de seis filhos em seu ca-
samento com Martha e pai da Psica-
5a>HOR mento sexual do individuo se-
riam, segundo freud, a principal
de serem transpostas.
Freud substituiu então a hipnose nálise. A partir de 1902, começa a se
causa da neurose - desordem pelo método da lh're associa~ão. reunir em sua casa o círculo dos pri-
mental caracterizada por ansieda- em que o paciente, deitado num di- meiros seguidores da nova teoria. O
de, mal-estar psicológico, seMa- vã, de costas para não ser inibido grupo. formado inicialmente por Al-
ção de infelicidade desproporcio- pelo oi har c expressão facial do te- fred Adler, Max Kahane, Rudolf
nal às circunstâncias reais da vida ràpeuta. passaria a falar tudo o que Reitler c Wilhelm Stekel, além do
da pessoa. As neuroses. formadas lhe viesse à cabeça. Nesse trabalho próprio Frcud, se encontra pontual-
I geralmente por volla dos 6 anos de garimpagem do inconsciente se- mente toda quarta-feira depois do
de idade, seriam justamente uma jantar.
riam imponanússimas também as Em 1908. o grupo jâ tem 22 mem-
resposta da mente COIISciente ao interpretações dos sonhos e dos bros. entre eles o médico suíço Carl
conflito inconsciente entre os im- atos falhos. Os sonhos, através de Gustav Jung, dezenove anos mais
pulsos instintivos e os padrões de sua linguagem simbólica. dariam moço que Freud e a quem este se
compona.mento impostos pela so- acesso direto ao material incons- referia como "querido filho e herdei-
ciedade. ciente. E os atos falhos. tais como ro''. Nesse mesmo ano, o círculo se
Essa idéia de uma atividade os lapsos de linguagem que come- transforma na Sociedade Psicanalítica
mental inconsciente é um dos temos freqüentemente, seriam ror- de Viena e, em 19LO, na Asso·
pressupostos fundamentais da Psi- mas adotadas pelas tendências ciação Psicanalítica Internacio-
I c-c~nálise. O inconsciente. às vezes
imaginado como uma espécie de
reprimidas panl
forçar a passagem
nal. com Jung na presidência
por detenninação de Freud.
porão da mente ou psique, seria ao plano Mas, no ano seguinte,
o depósito das tendências repri- cons- quando Jung rompe com
midas do indivíduo - as quais. ciente. <--- Freud após uma série de
desentendimentos por causa da "ex-
cessiva importância'' que este concc·
SUPER 39
Enfrentou

os
naztstas com
fúria em casa
dia a sexualidade. 1-rcud comentou:
··finalmente estamo' hHc~ do brutul
santarrão··. O c;antnrrão m por \.'\lntn
do misticismo de Jung. mtulcra,cl à
mente racionali-;ta do outro.
A capac1dadc de trabalho de
Freud era 'erdadc1ramcntc c'panto-
sa. Ele acordava a' 7 hora' c. dcpo1~
do café da manhã c de uma rap1da o>'> N!>SO!> DoMoicvski e Go!!OI. Ao la-
~
A ultima
olhada nos JOrnal~. começa' <1 11 ••tcn· do do~ mtcresses intelectuais. tinha foto de
der sew. paciente~ pontualmente -•~ 8 tam~m grande prazer nas atividades Freud, ern
horas. Cada ~c,,<io durava cxutamcn· fi,ica~: nadava bem. patinava. cami· Londrtts.
te 55 minu tos. Ol> cinco n11nu tos nh:w;~ mu ito c rápido. A os 65 anos. Ao lado,
que restavam 1>arn lechar a hora, ele paniclpando d e excursão pelas mon ta· Charco t,
subia a escada que ligava o undur nh1h do HarL, na Alemanha, venceu o grande
facilmente colegas 25 anos mais mo· precursor
em que se encontravu m u C011sultó·
rio. a sala de espera c o cscritóno ços. 1:11110 em resistência quanto em no estudo
doma/da
particul ar no nndur ~IIJ'll! rior, undc vc locicl nde. hlsterls
vivia a fAmília. Fre ud havia se fixado a meta de
A s scssôc~ se pmlonguvnm nté 11s prodLI~ir pelo menos três linha$ por
13 horas. <Juando u f:unfliu se •·cu:1iu dia , :nus nem ~empre era f<lcil vencer
par a o almoço. Prcutl .:rn um pui cll· tl branco do papel. Outras vezes, po-
ri nlwso c propornnnou u seus lllho, n: m, u~ idé iA' jorravam fiicil c ele c houve. enfi m. o mMi~mo. Ouan·
uma fom1 ação bul>Wnlc .
menos em compnnu;uu com os ng•·
.
livre. pelo crn Cilf>UZ de produzir um a import an-
te ohra científica em apenas algu mas
do il Alemanha de I litlcr anexo u u
Áustria. um I!JJH. c <h 11<11i\ta' inva-
dos padrões gcrmim1co~ cJo começo scmanu:.. Escreveu dezessete l.ivros c tl imm ~u u casu. r reud o- cnfrcntuu
do século. Ouando havm convidado' dctcna~ de arugo~. Seu estilo liteni· com tan ta furm que momentanca·
para o aln~oço. porem. 'cu \llcncu1 c rio é brilhante. mas dependia daqui· mente o~ de1xou pnrah,atln\ c ele
mtrospecçao costuma,am cnar \ltun· lo t)UC ele chamava uma .. moderada ~c li' mu da .uncnc;a 111110cnte de
ções C'< tremamcnte cmbumc;tl~tl' tjUilntidnde de miséria" pcssoaJ: nu agrc~ ão fis1c:a. A pcrmanênc1,1 em
Depois do almoço. um cur10 pa)· SCJa. Frcud supunha qu<! quando tu· Viena. porém. em algu fora de c:og•·
seio a pé pela~ tr.mqü•la' rua' uc V1c· uo m bem demais na sua ,;da o tex- t~1<;:ío: cedemiCI .10' 111~1\tentc' c:ham11·
na e a compra do' charullh faHinttl'> lll não ~•a bom. dlh do J>'>ICUO.th!>tJ lOI!IC\ 1:' rDC\t Jtl·
Freud chcea'.t il fumar ate \IOIC! chn· ne~. que 'ma il -..c r tambcm seu pnn·
rotos lonio:. por u1a '\la,. qu:mun Com câncer na boca, teve c1pal h1ógrnfo. I rcud. então c\lrema·
seus :-egu•dore Ih.: propu<.cmm un1.1 mcnte dOI!Illc. com li2 .mO'-. cuncur·
e.~plicac;ão ~•canahuca p.1r<1 o 'ICIO que fazer 33 operaç ões dou em scgu1r para 11 lnt!latcrra
ele a recusou. bem-humuradn. L m mm 1mcmo 1ntcrnac10nal tle
As consuhas rccomec;a' .tm .~, 15 \hscna~ pc-.soaiS - nem sempre pre~an !orçou .t' uuwndaJc, n.u•'-
horas c <c estendiam mult.l'- \ele' ate nmdcrnda• - não lhe faltaram ao ta' a lhe pemuurcm ;I ,,utl.l bn
as 9 ou 10 da noite. Dcpo1" ul~'>(l tu· 10111!0 ua \Ida. HOU\C as intermmà- Londrc). pJ\\OU 'cu~ ulumo~ rne-..c~
do. Freud .unda arrum,t\ n cncr!!•·• P••· \ C I~ bn~:;" nn mterior dn movimento tmh:1lhnndn qua'e .uc ll hm 'cu
ra escrcn:r. t\pt.'\ilr du C\laluntc rumo p~•c-.umihico. Hou'e o câncer na bo- derrade1m h\ ru. Mml<'f r 11 Htmn·
de trabalho. hn' 101 tempo pam 11 lr11cr ca. pm\ocadn ~cguramcntc pelo,. tt'i.lmu, foi conclllldc> em 1931), nu
Ele em um grande jogadnr de \ndrc/ charu t o~. Os primeiros sintOmas ap:!· dia 23 de 'ctcmhru dntjuch: .lnll ele
e também gost:JV(I de pilCii:llCitl, rre· rcccrum em 19 l7. Em 1923. ele foi morreu. Seu CQrpo foi crcm;~du c •"
qüen wva a~ \ C/C' <J teatro. IIHI\ .;m whmctidn il prime ira opera~ão - a dn1u' guarcJnuH ~ numu urna grcj!a de
matéria de ,)peru ~o !L•I~Illva de !\lo· pri meira das 33 que sofreria, nu ma sua colcçi\o. l:. nco nt rn m·M.: uh.: hoje
zan. :.obrctudo V em Cilow111111, c da c~cah•da infernal de dor e descon- no ccmitcrin JUda ico de Uold er~­
Cru·m l!n de Bilct. Tinha enorme t u~­ lorto, 411c suportou com cxtrao rd i· Grcc n. c:n l.ondrc,, •
ci nação por objcws de urtc Ull llt!US c n:Jrio autocontrole. sem poder recor- José Tadeu Arantes
sua coleçüo panl cuta r, cnm : n u•~ de rer sequer ao conl'o rto da religião,
1 500 pcc;as. pri nc•pal mcntc eg1pciu, , dudo \cu ntclsn1Cl ra dical. Com ::1 fi-
g rc~as c romun::... ~: ra 1111110r que n de lho predileta. Anna - que se torna- Para saber mais
n1U itOS lllU~i: ll \ , riu tn rnbérn um~ impo n ame psicana·
F'reud, ~60 Os PM~Midorel Editora Nova
Frc ud conhecia .1 lum.ln u' c:la,\lco~ liMa c uma espécie de zelosa guar· C<Jitur/11 Sdo Pau/C. ''"" d.l!a
da literatura: u~ gre~u~. Shal.c~peíJre. tliii de \CU legado teórico - . ele fe7 VIda • Obra do Slgmund Frt ud, Ernost .Jonlt!J.
os grande~ pocw; aTem.Je'> (prmc1pal· um pacto: a doença d!!veria ~er en· E<J.tonr Zahw. R.o ~ J/Vte•ro. I SI'JP
Freud, Ps~udor d• Cultur• , Ref!Jto A'<'Lltl1,
mente Gocth..:). O\ romanc:..tJ\ trun·
cese~ Balzac:. r· h1uhcrt c \l aup;•,wnt c
ctJrada ~em ~entimentalismo. com
lrto dl\tilnCIUillCntO,
&•""-
Edtto<lf Silo PaulO IHS
No Br.r.<til: Rio clc.Jaoeiro • São Paulo • BmOil • Campuw • Campo 0.-ndc • Cumiba • ~do lgwçu • Loodrina • 1\iaruw.< • Niterói • Pono Ateare • Ree•re • Ríbemio
40 SUPIR Preto• Sal\13dor • Santos. Noe.JU<rior Ncw York • Altanuc Co<y • Mianu Buch • SI 'Tllom.n (V..L) • SL t.twten • Paris • Usboa • ModciD • F1211kfun • IXI•><Idorf e
~--l:dAvo · Jcal<;alén> • Fibl e_ JiomlhB-.AJno• CaiiiA' • ~Owlo · G~vaqui • ~-
!I

A espere do lançamento, o Hubblo


é mantido numa sala estorlllzsda

nultS
' 'unportnntc 'mstrumen·

I to astronômico. desde que


há quatro século• Gnlilcu
começou o espiar o céu com
uma luneta. esuí guardado numn snla
esterilizada da empresa none.nmeri·
cana Lockhecd Missile and Spacc. na
Califórnia. Trntn·se do telescópio cs·
pacial Hubble. cujo lançamento est~
previsto para 1989. Através dele. é
possível ler um jornal a umn dtstàncta
de 35() quilómetro~ ou locnli7.nr um
vaga·lume a 15 mil qutl6mctros. ou
ainda perceber da Terra o c~pouc:~r de
um flash de máqumn fotogrüftc;.t ntt
Lua. A 550 quilômetro~ de uhurn.
sem se embaçar com a utmosfern da
Terra. o Hubblc podem enxer~ar o
espaço com uma nitidez sete vezes
maior que qualquer outro cquipamen·
to já construido pelo homem.
Tsso quer dizer que peln primeirn
ve.z será possfvel divisor plnnctns de
outras estrelas além do Sol- se é tluc
eles existem - , na Via Láctea c em
outras galáxias vizinhas, dnndo um co·
lossal impulso às pesquisas sobre a vi·
da no cosmos. O Hubblc também vai
ajudar a decil'rnr o mistério da origem
das galáxias c dos quasares - esses
corpos celestes que piscam como ru·
róis a bilhõe~ de UI1()S· I u ~ de dlstt1nciu
~ da Terra. 1\lém disso, com ele hC po·
~ derá começar o preencher os incomcn·
suráveis claro~ no mapeamento do
Universo. ao se ob)en·ur ustros 350
vezes mais obscuros do que os conhe·
cidos hoje.
• ..... 43
nologia aplícada à Astronomia foram aparelho parece ter chegado ao auge.
J'ê-Se ODCO os telescópios óticos. Hoje. quase 380 Vem aí o telescópio com espelho de
truido em Zelcnchukskaya. no Qiuca·
so. O segundo maior é o de 5 m do
perto oque anos depois <t ue Galileu descobriu os
quat.ro maiores satélites d~ Júpiter. as
manchas solares e os montes e vales
I5,2 m de d.iâmctro, que será construí-
do no extinto v ulc~o Mau na Kca , no
Havaí, até o final do século. Por en-
monte Palomar, na Califórnia. Com
qualquer deles é possível detectar
até a luz de nma vela a 25 mil quilô·
há para trer da Lua, graças ao telescópio que cons-
truiu, o desenvolvimento desse tipo de
quanto. o maior telescópio é o soviéti-
co, com um espelho de 5.9 m, cons- Comlmm na p6g. 49
O Hubble. assim chamado em ho-
menagem ao astrônomo nane-ameri-
cano Edwin Hubble ( 1889-1953). de·
veria rer sido colocado em órbita De ltapetin•a
pelo ônibus espacial Atlantis, da
NASA. cru setembro de 1986. para o munilo
Acon tece que, com a explosão do
Challengcr, companheiro do Atlan- ara descobrir os períodos em
tis. logo após o seu lunçamento de
Cabo Canaveral. em janeiro do
P que os quasares - pontos lu·
minosos situados nQs confins do
mesmo ano, o programa espnciaJ Universo - emi tem radiação em
dos Estados Unidos sofreu um re· determinadas freqüências, oito rá-
trocesso do qual ainda não se recu- dio observatórios de quatro países,
perou. Por isso, o Hubble. apesar entre os quais o Brasil~ ajustaram
de pronto para ser lançado. tem de suas antenas coletoras e, durnnte
ficar em terra. rnnis precisamente as noites de 21 a 27 de setembro
numa sala onde o menor grão de wtimo, mediram a intensidade da
poeira pode prejudicar o seu impe- radiação. Os dado~ foram gravados
cável espelho de 2.5 m de diâmetro. em fita magnética e enviados au
Enquanto o Hubble niio sobe. os lnstitot9 Màx Planck, na Alemu·
astrônomos· precisam contentar-se nha. onde serão confrontados e in-
com o que têm ao alcance dos olhos terpretados.
- uma enormidade em relação ao Foi uma experiência de rotina
passado mesmo recente mas mu ito ~ para o único rádio opservatQ.rio mo o hidrogênio, na faixa de mf- Para Augusto Daminelli. da
pouco perto do que há para ver. i brasileiro, inStalado num sítio de croondas, com o auxíl io de espec- USP. a grande vantagem do obser-
Ou. como compara o astrofisico da três alqueires pertencente ao IN PE. trõmetros, instrumenfos que permi- vatóno sãq os equipamentos de
Universidade de São Paulo. Augusto ObserVBt6rio de Msuna Kea, Havaf: no ffnal do século, o maio r telesc6pTo em ftapeting.a. perto de Atibaia. tem est\rdar comprimentos de onda derecção e ànálise de imagens.
Daminelli: " Estamos na situação de de observação dos astrônomos para São Paulo. Afinal. há seis anos com maior precisão. Em junho últi- Dô~ três telescópios ali instalados,
quem garimpa à beira do rio quan- além daquilo que a vista alcança -ou que a soli!lirla antena parabôli~a rn.o. ltapctinga captou urna fonte o mais pote nte é um refletor com
do sabe onde encontrar um fi lão de seja. da luz visível até outras fuixas de de 13.7 metros participa de medi- radiont iva de vapor de água (SU- espelho de I ,6 metro. Fqi em Bra-
ouro maciço··. Para o trabalho de energin eletromagnérica difundidas ções conjuntas de rudioastronomin, PERlNTERESSANTE n.• 1). o s<ípolis que a equipe de LuiZ AI·
Daminelli - um projeto sobre as pelos astros no espaço. Essa difusão representando a América do SuL que indica uma forma<;ão de estre- bcrto Nicolacci fez o levantamento
chamadas estrelas azuis. de um bi- ocorre em ondas que medem desde O Rádio Observatórro de hapetrn· Jas a cerca de cinco mil anos-lu.z da da distribuir;iio de galáxia:. no céu
lhão de anos - o Hubble seria cvi- quilômetros, como é o caso das ondas ga coleciona entre seus feito~ a Term. na constelação de Escudo. do Hemisfério Sul. Foi alí também
dentemente muito útil. longas de rádio - passando pelas roi- honra de te r sido o primeiro do que outro astrõnomo, João Stei-
Quando for lançado - dentro dos croondas. raios infravermelhos, ultra- mundo a detectar a rad iação sin· ncr. do IN PE. descobriu um pulsar
próximos dois anos. segundo as mais violetas. raios X - até os bilionési- crotrõnica (um tipo de onda de rá· Em Brasópolis, 150 noites c uma estrela cataclísmica - de
rccentes previsões-, o Hubble serú a mos de milímetros dos raios gnma. dio) da supernova de Shelton . a para observar os astros variação muito rápida - na cons·
jóia da coroa da Astronomia des te sé- 1987-A , descoberta em fcveretro relação de Sagitário. Além do ob·
culo. Pois nunca na história da huma- passado. Embora os astrônomos brasilei- servatório de Brasópolis. o Brasil
nidade aprendeu-se tanto sobre o Uni- Depois de 380 anos, o auge Para fazer observações em !tape· ros procurem manter um padrão possui quatro outros. ligados às
verso como nos úhimos vinte anos. dos telescópios óticos tinga. a comunidade astronómrca de atiyidade de nível internactonal. unrversidades do Rio Grande do
Para dar apenas uma idéiu uo que isso do pais. composta de quase 170 não hli muttos outros lunares, além Sul. Minas. São Paulo e à Prefei·
significa. o Rstrõnomo Eugênio Scali- Atualmente já existem. na Terra ou cientista~. apr~enta seus projetos de lta petinga, onde eles possam Lura de Campinas.
se. que pesquisa moléculas intcrestela- no espaço. te lescópios capazes de cap- a urna comissão de programa~ e fazer suas pcsquisns. O maior e Os astrônomos querem mais.
res no Rádio Observatório de ltape- tar todas essas freqüências. Isso per- esta di1;tribui as noites entre os in· mais bem equipado observatório Oue[em. por exemplo. instalar um
tinga. em São Paulo. lembra que as mite saber. por exemplo. como uma teressados. Sendo esse rádio obser· ótico do Br~sil. o Laboratório N.u telescópro brasrleiro na localidade
informações acumuladas pelo IRAS estrela nasce. quando começa a bri- vatóno um dos poucos do mundo cional de Astrofisica. fica em Bra- chrlena de Cerro Morado. na cor·
(sig.la em inglí:s para Satélite A.wonô· lhar de fornur mais intensa. quando se em condições de operar em alta sópolis. sul de Minas. a 1 960 me- dilheira dos Andes. onde funcio-
mico Infravermelho) . que funcionou separa de suas nuvens de gás e. enfim. freqüência no estudo do Sol, foi tros de altitude. Os astrônomos da nam oito teh:scópios norle·america·
só de janeiro u novembro de 1983. quando explode. transformando-se ali gue ~e descobriu um novo tipo USP. fNPE e outras instituições nos. A idéia !E dispor de uma al-
ainda não foram totalmente intcrpre· numa supernova. A visão mnis abran- de explosao solar em freqüências dividem. de acordo com a ímpor- ternativa às condições climáticas do
tadas. "Estamos chegando a um ponto gente cios céus roi conquistada aos superiores a 90 megahertz. No rá- ràncrn de seus projetos, as 150 noi· Brasrl, onde o excesso de rtebulosi-
em que o avanço tecnológico está fi- poucos. As prime iras estrclns da tcc· dio observaHírio tâmb~rn é fei ta a res do ano em qvc o céu pode ~er dade prejudica a observação do
c:tndo maior que o mimero de cientis- -detecção de moléculas de gases co- observado naquela regiãó, cõu.
tas aptos a usufruir dele ... afirma. O cen tro da VIa Láctea, captado
Esses uw1nços ampliaram o campo no Infravermelho pelo TRAS

44SUPIR
LlJt;Il~ll Ld.V\:llU\:1 UC rl...ll\..ll~Ull~.
1978, descobriu emissões proceden- •
tes dos quasares. a 18 bilhões de
anos-lu.:.
eto, marcante.
Os quasares contêm em seu cen-
tro os falados buracos negros -
corpos celestes cuja força gravita-
cional é tão poderosa que niio só
não deixa escapar deles nenhuma
luz como ainda atrai toda a maté-
ria que houver nas proximadades.
Os ga.ses que fluem em darcção ao
buraco negro emitem raios X c ga-
ma antes de desaparecerem em seu
interior. O satélite COS-B foi lan-
çado em 1974 só para a detecção
de raios gama e ainda eStá em
operação

Até o ano 2000, mais doze


Como um poderoso fmã, o buraco
satélites; depois, a Lua
negro atrai toda luz e matéria
das proximidades (Ilustração 8 Outro tipo de observação é feita
esquerda). Acima, o satélite com os detectores de neutnnos -
Elnsteln de captaçAo de ralos X. parúculas subatômicas sem c:arga e
ou HEA0·2, oo ser preparado A energia do Se/ praticamente sem ma.•;sa. Com es-
pore o lançamento em 1978 6 captada pelo ses detectores, pode-se observar di-
sstéfffe como retamente o com çiio de energia do
radlaçllo (acima);
trac;.ado a partir das emissões ele rá- h esquerda, as
Sol. porque, para os neu trinos, a
dio dos astro~). 27 antenas de atmosfera solar é transparente -
Na radioa\lronomia. como na as- 25 metros de rede enquanto nenhum tipo de onda
tronomia ótica. o amportante é ter mais poderosa eletromagnética vai além da super·
o maior nuxo pos~ívcl de cncrgía. do planeta: o ficie dos astros.
mia. A descoberta de que os astros red/ote/esc6plo Os cientistas esperam nprovcitar
Rádio, a emitem ondas de rádio deu-se por
acaso. Em 1937. Karl Guthc
como é o caso do radiotclcscópio
de Arecibo. em Porto Rico. cujo
prato tem um diílmct ro de 30-l m
de Socorro, no
Novo México, EUA,
o grande salto dos íal tirnos vinte
anos para multiplicar novamente a
descoberta Jansky, um jovem engenheiro de
No'" Jersev. nos Estados Unidos.
Desde os anos 60. aparelhos em
diferentes países vêm sendo hga-
que capta as
ondas emitidas
no cosmos em
massa de informações di~poníveis
sobre o Universo. O passo seguin-
te ao lançamento do Jlubble é a
do acaso ficou intrigàdo com as interferên-
cias que atrapalhavam as liga<;ÕC!>
tl<t companhia telefônica. Ao mcthr
dos entre M. sincroni1ando sua.~
mediçóc~ medaante um processo
chamado VLBI (lmerferometria
v6rias medidas
e as slncronf.ZJI
pelo processo de
colocação em órbita. n:l próxima
década, de doze satélites para ob-
metros de distância. Além do UI· a direção, intensidade c compri- de Longa L.inlla de Basr) . A lnterferometrla servação especifica em diversas fre-
manho dos espelho • o astrôno- mento de onda das interferências. imagem linal obtida pelo compu- de longa base qüências. J6 para o começo do sé-
mo apostam na clet rônica e na in- concluiu que as emissões 'inham tador corr~ponde ao alcance do culo XXI. o projeto dos sonhos
form:\tica para obter o má.ximo de da constelação de Sagitário. no prato de um radaotelescópio de meados dos anos 40. é interpretado vermelha. O telescópio rRAS, lan- dos astrônomos é ti mstalação de
seus telescópios. centro da Via Láctea. a 30 mal milhares de quilômetro~ de como uma espécie de eco do Big çado em 1983. adentilicou 180 mal uma antena na Lua. Explica o as-
Graças ao avanço nessas dual> anos-luz de distância da Terra. Mas diâmetro Oang - a explosão que teria dado fontes de radaaçáo na Via Láctea e trônomo João Steiner, do Instituto
áreas é possível obter mais depre~­ só depois da Segunda Guerra Mun- origem ao Universo hã aproximada- em outras galáxias. de Pesquisas Espaciais (JNPE):
sa imagens mais precisas dos llS· dial os cientistas começaram a per- men te 18 bilhões de unos (SU Pb- No ultravioleta, a detecção é "Será uma oportunidade de fazer
tros. Foi por exemplo com um de- ceber as oportunidades proporcio- Dos ecos do Big Bang ao RINTERESSANTE n.• 2). mais difícil. porque as emissões mapas de talhados das fontes de rá-
tector de luz chnmndo Rcticon que nadas pelas ondas para o estudo dô nascimento de estrelas A astronomia do invisível ga- acabam tOHIImente absorvidas pela dio no espaço sem a interferência
Luiz Alberto Nicolacci. do Obser- espaço. nhou o major impulso com o era atmosfera terrestre. No entanto, da at mo~fera da Terra" . Pelo vis-
vatório acionai do Rio de Jnnei- Os primeiros radiotcle.sc6pao~ A radiou:.tronomia revelou n espacial. Graças •• satélites porta- elas foram captadas pelos satélites to. a Astronomia se prepara para
ro. fez um levantamento de gran- eram aparelhos de rádio que capta· existência dos pulsares ou estrela~ dores de telescópios no compra· Copernicus, lnnçado pelos Estados ir ainda mais longe do que Já foi
des estrutura~ cósmicas no telescó- vnm as ondas eletromagnéticas c de neutrons, no capt:ar os hunpeJOS mt:n to de ondas de infravermelho, Unidos em 1972. c IUE ( lmema- - literalmente. •
pio de 1,60 111 do Laboratório Na- rel)roduziam os respectivos sinnís de sua rncliaçfio. Mas sun mnior por exemplo, fo i possrvcl rcgistrur tional Ultra11iOiet Sxplorer), uma Msrlhs San Jusn França
cional de Astrol'fsicn. em 13ras6po- num al to-falan te. Dessa forma. era contribuic;flo ao conhecimento do a parú r da década de 70 locais de opcraçiao conjunta da NASA, da
lis. Minas Gerui~. O trabalho de· possível ouvir n galáxia. embora t.:S· cosmos ocorreu em 1965, quando formação de estrelas. Por mais po- ngência espuciol européia ESA e
momu quatro unos. Se ti\<esse sido sas ondas niio ~ejam sonoras. l lojc os ffsicos norte·amcric;anu~ A ruo tentes que fossem. os telescópios da lnglaterru. Lançado há dez Para saber mais
feito com as antigal> placas fotográ- em dia. elas são reprodl!Zidas ele- Penzias e Robcrt Wilson detecta- convencionais não conseguariam anos, o I UE continua na ativa pa- Cosmo., Carl Ssgan, Ed!wa FfiUICJ«<I Alwls.
ficas do telescópio tio monte Paio- tronicamente c armazenadas no ram uma emissão de rádio unifor- passar essa informação. pelo f<i tO ra fornecer dados sobre as relações São PIIUio. 1980
Atlas C•t• • t•. R<lfiiJido Rogftlo ~ FI-'UlS
mar demoraria cerca de cinqücnw computador. o que permite obter me no Univcr:.o - o que lhes valeu de que a luz das estrelas em for· entre tempera tura e composição Mourlo, Editore Vozes, São ~u/o. 11181
anos. uma representação gráfica ou nu- o prêmio Nobel de Física em 1978. mação lica oculta por densas nu- qulmica dos astros. Na faixa dos Anu4rlo ~ Asttonomla, Rotutldo Rog6tlo d8
raios X. o satélite Einstein, tam- FreltM Mourão, Editora Frnnclsoo Alves.
Enquanto evolufram os telcscó· mérica elos sinais (veja no poster Esse sinal, cuju existência já tinha vens de poeira. Já sua energia es- 1987
pio~ óticos. na~ccu n rodioastmno- desta edic;.ão o mnpa da Via Láctea ~ido previst(\ teoricamente dc~de capa em forma de radiação infro- bém norte-americano. lançado em
ato de perfumar-se é um dos za. Com o advento do cristianismo, os
mais duradouros costumes do aromas caíram em desgraça, por esta-
ser humano. Seja para disfar- rem ligados aos costumes pagãos. A
çar os odores naturais do cor- arte da perfumaria só não desapare-
po, seja como complemento de ele- ceu graças aos árabes, cuja religião
gância e sensualidade, ou ainda para não os impedia de cultivar os prazeres
rer e transmitir a sensação de higie- sensuais.
ne, as pessoas consomem cheirosas No século X, os alquimistas desco-
essências, loções, desodorantes, tal- briram o alambiq ue - engrenagem
cos, colônias. Em tempos remotos. o através da qual os líquidos se transfor-
uso de perfumes esteve inicialmente mam em gasosos e novamente em lí-
associado a ritos religiosos. Há mais quidos, num processo chamado desti-
ou menos 500 mil anos, quando o lação. Graças a isso e contando com a
homem descobriu o fogo, tratou Jogo propriedade solven te do álcool, os
de prestar homenagem aos deuses árabes puderam pela primeira vez des-
oferecendo-lhes a fumaça que ema- tilar água de rosas.
nava das resinas e madeiras que
queimavam. Napoleão gostava de tomar
Os vapores aromáticos que subiam
dos altares dariam prazer aos deuses goles de água de colônia
através da fumaça - ou. como diriam
muito tempo depois os romanos, per Mas foram os mercadores que vol-
fumwn. Os primeiros perfumistas a tavam das (ndias carregados de espe-
entrar para a História foram os sacer- ciarias que acabaram propiciando o
dotes do Egito antigo. Em breve, ôs ressurgimento da perfumaria no Oci-
egípcios descobriram que o que era dente. Já no final do século XIII. a ci-
bom para os deuses devia ser bom dade de Paris transformara-se na capi-
também para eles, pobres mortais tal mundial do perfume.
nem sempre bem cheirosos. Assim. o A água-de-colônia, porém, nasceu
perfume conquistou a vida profana- na Alemanha em 1792 na cidade de
para nunca mais deixá-la. Kõln (Colônia), às margens do Reno.
Nos banquetes nos palácios dos fa- O fabricante era um certo Wilhelm
raós. por exemplo. era costume derre- Mülbeos. Ao casar. ele recebeu de
ter urna espécie de gordura perfumada presente a fórmula secreta de uma
sobre a cabeça dos convidados em si- aqua 1nirabilis. Mülhens resolveu fa-
nal de estima. Os hebreus untavam os bricar essa água milagrosa e montou
cabelos de seus reis com óleos aromá- um laboratório em casa. Nascia assim
ticos, como narra a Bíblia. As mulhe- a água-de-colônia. Dois anos mais tar-
res gregas e romanas rmmdavam bus- de. as tropas fra ncesas comandadas
car nos jardins do Oriente ervas e flo- por Napoleão Bonaparte invadiram a
res raras. Com elas fabricavam-se un- cidade. Como os soldados não conse-
güentos. pomadas e essências para guissem pronunciar os nomes das
fins cosméticos. Por essa época. perfu- ruas, Napoleão ordenou que os nomes
mar-se já fazia parte dos ritos de bele- fossem abolidos e as casas, numera-
52 SUPER SUPER 53
Algumas fónnulas
mam seCf(JfA1o de
glândula de cabra
das. A de Millhens recebeu o número
47 11 - e é por isso que a autên tica
água-de-colônia veio a ser chamada de
4711, como é conhecida hoje no mun-
do inteiro.
Napoleão Bonapartc. um dos pri-
meiros fãs do perfume de herr Mü-
lhens. parecia acreditar que além de
faze r bem no olfato. fazia bem li saú- Mllh6es de pétalas vlo render apenas um Em amplos galpões, as pétalas são As essenclas extraídas das l/ores s6o

de. Conta-se que antes de cada bota- As rosas do colhidas ao amanhscer quilo de esslnola espalhadas para secar Are}tl•las bastante 6 fundamental armazenadas em tonais
lha ele tomava vários gole da água-
de-coiOnia. Os ingleses. que derrota- Por isso. a pcrfumana. atra'c' do'
riam Napoleão na célebre batalha de tempos. ~mpr.: guardou Lo!IO,nmcnt~:
Wnterloo. na Bélgica. tamb6m acredi- suas fórmulas. Um bom excmpl\1 é u
mvam nas propaladas qualídades tera- Chnnd n. 5. 11 perfume rranCC\ llllll\
pêuticas do perfume e tentaram, mu- conhecido do mundo. Quando cena
tilmentc, combater com lnvnnda a vez perguntaram a 1\jarilyn Munrnc o
peste que assolou Londres no final do que ela usnvn pam chmnir. a rc~postn
século XVII. foi: "Duns gmas de Chancl 11 . 5".
Arte sutil de combinar odores, :t Lançado pola faladíssim;t t•st ili~lll de
perfumaria trabalha oom cercn de dez moda Coco Chunel em I\121. ,uu c:riu-
mil essências básicas. das quais apenas ç-:to teve nte lanc~t<; ctc c~ptunuccm.
mil são encontradas no natureza. Ge- eR\ olvendo o ~unuço de um pcrluml\-
ralmente os aromas vêm dos norcs. ta de uma firmo concorrente. Tr.IIJ\ a-
m:.s outrns fragrâncias estranhas às se de cncontmr uma no\<t c'..cnctu
vezes ajudam a compô-los. Entre elas. que dura.,sc mat.s que quulqut•r nut ru
produtos animais, indispensáveiS na Olfato e mem6rl•: Ingredientes bll:sle1)S
no trabalho do perfumista Antes de ~urJ:!ir o n. • 5. quem qut..c\\e
fabricação, embora não exatamente chegar ao hm do dia perfumado dc.:w-
atrae ntes no estado originnl. ria literalmente banhar-se em pcrtumc
É o caso do almisc<tr. uma secrcçáo com o álcool e filtra-se. Quando o 61- que compõem c~sa sinfonia de aro- de manhfi . jjj 11ue as nli,lura' 'c \Uia-
das glândulas sexuais das cabras do cool evapora. fica o absoluto, a essên- mas. As primeiras são as notas dt ca- tilizavam com rapidct.
Tibete. na Ásia. A palavra almlscar, cia pura. Os perfumes são classifica- beça, dadas pelos element~ mais vo- t\~ fmgr:incia, que f:wam \UCC'o\41
Nos tradici onais lraSCQS bojudos, os aprfiCiados e caros extratos
por sinal. vem do persa musllk, que dos em gmndes famílias de essénons. láteis. obtidos de frutas cítricas. Du- no pnnt~pto do wculo 'ucumbtram
quer dizer " tesrículo". Igualmente de- ram alguns mmutos e correspondem ante o cntu\la\mo despert.ido p.:lu\
sagradável é o âmbar cinzento produ- O segredo está em saber no cheiro que se sente ao abrir o fras- perfumes ch1prc do~ ano~ \tnh: \
zido pelos cachalotes (cetáceos como
as balei<ts). que nutu<t no mar como combinar as familias
uma grande massa compaew. Almís-
co. Depois. descn\ olvem-se as notas
dt coração, que duram mais tempo e
são dadas pelas essências de rosas e
()uerMo deconcentm(Jlo partir de cntito, a tendO:nci.t ....: acele-
rou. A cada dccada rcnm am-'c '"
perfume~: O\ aroma~ 'crdc' l' rdr~"­
car e âmbar possuem propriedades fi- As mais importantes são as florais gerânios. Finalmente as notas fit [wl- cantcs que faziam furor no ''"' dn !'1~­
xadoras importantes na alquimia dos (que podem agregar frugrfmcias de
perfum es. uma w flor. dr várias flores c
do. dete rmi nuda~ pelos elementos
mais fortes. chamados fixadore~. que
A s diferenças que resultam da
concent ração de essencias e al-
cool utilizados na confecção do
cc~~:iriop:ua se obter o cxtmto: lo-
~o. 'cu eleito dura menos. l!undu Guerra ~lund•ol foram 'ub,u-
i'wdu' por frugrúnctns de nlll\!!0\ c nu-
Ext rair substâncias aromáticas dos componentes químicos). o ••erclt (fru- duram horas e são proporcionados por perfumes determinam sua divr~o l!.uu de toilette - t\mc!a menos re~: na dcc.•dn de 70 r.:-.,urgtram 11\
vegetais não é complic~do. O proble- gr<tncms de plantas e arbustos). o clti- essências de jasmim. s{mdalo. musgo em cinco tipos dife rentes, quase to- ~·mK'Cntmda do que a anterior.
Oorai~. tJUC ml mtcto do' ann, l'tll ftl-
ma é que elas estão se tomando tão prt (comb•nac;áo do musgo do tronco de carvalho. almísca r_:imbar etc. dos conhecidos pelos seus nome~ -.eu perfume C\aporo~ com multa mm .lhandonudo'> em f;tvor d,>., MO-
mras como as essências de animais. de cólrvalhu. c<•m n bcrg<tmota c o Apesar dos modernos procedimen- em francês: raptdcL m:ts oncntOI\. IIOJC em thn. a mud;t
Por isso, desde o principio do século. âmbar) e n amadeirada (fragrâncias tos químicos não é f~cillmitar um per- cm p.:rtumc muda tiiu dcprc~'a 411.: a'
produz·se cada vez mais em lnborutó· composws de raizes Oll misturas de fume. Com o conhecimento que se Extrato - É o que Cllntérn maior Euu de rruichc - Tem u m.:,nm c:<- pe~~o:h ma l tém tempo de c<IINIIlllf
rios compostos si ntéticos, seju pnro re- trone<>s de árvores como o cedro c o tem e mais umn bou dose de intuição. quantidade de essência pura: ~or­ irnlu ra !In anterior. porérn sua l'ra- um Iru~cu inteiro de um 1111:MIHI ti po
constituir aromns naturais ou para sând nlo). só é possível detectar de 30 a 60 por lanto. t! mais conccnlrucln (! duru- !!1 ;1nclti M.: delinc t·omo cft ncu-no- - uindn quc o~ mel hor.:' IWrl'urlll.:~.
criar novos. É no combinaçáo dessas fumrtins cento dos diversos co m1>0ne ntes de co mo se diz. cstclill11 no~ m.:norc~
douro. Algum:•~ gntinho~ ba~tam ml-amudcirnda.
Obter essê ncia naiUra l d~: jusmim é que o perfumista vai desenvolver um um deles. Como os elementos naturai~ para que o aroma perdure de qua- fr<t~cos •
trabalhoso c caro. Para c<tda quilo são trabalho longo c paciente, até que se são difíceis de idcntiflcnr, se o perfu- tro a oito ho~. Euu de cologne ou colónio - E a
necessários 600 quilos de norcs. colhi- possa lanç:tr um novo perfume. Como mista. com seu apurado olfato. desco- lorma ma•~ ~U3\ c de perfume. com
Para saber mais
das ao amanhecer. A partir de solven- um diretor de orquestra. ele tem de brir que um perfume contém berga- Como fazer petfume, Do.tmanlino F T , _
Eau de parfum - Su<t mhturn en- mo.:nnr 4llll1Hidadc de c!>~tll'UI . c a
tes voláteis. extrai-se dns nores o con- alcançar n perfeita harmonia das três mota. terá depots de determinar sua \Ohe a mewdc da quanudnde ne- nmi' rei rc..cante de todas. Ea.JOra - s.o
· PaWo. 1986
creto, um produto cremoso de textura notas - dcnommação que se dá li P.rooedéncia, já que pode ter vindo da O Pe rlumo, P'lfld< Su$1ut>d. Ed®t• RtJCOid RIO
de J/J!Ie.ro, 1886
semelhante à cera. Depois. mistura-se combinac;:io das famílias de essências Africa. do Bra~il ou do sul dn Itália.
54 SUPIR SUPER 55
dar na gigantesca CBM. A máquina os ingleses dedicavam-se a inventar jetórias de bombas e projéteis, tarefa
O computador de Hollerith, que na verdade fia as aparelhos para decifrar os códigos se-
perfurações no cartão de papel usan- cretos do inimigo. Isso os levaria a
para a qual antes em necessário o
trabalho de pelo menos duzentas pes-
do a energia elétrica. foi efetivamente construir em 1943 o imenso computa- soas. Apresentado à imprensa, suge-
No pulso, nos telefones, nos guichês dos bancos, a primeira processadora de dados dig- dor Cofossru, com 2 400 lâmpadas e riu-se que o computador realizasse a
na do nome. cinco painéis de leitura ótica. seguinte conta: 97 367 elevado à
o computador é sem dúvida o instrumento de mil e uma Na década de 30. em Berlim, na 5 000.• potência. O desafio foi cum-
utilidades da civilização tecnológica. E tudo Alemanha. o jovem engenheiro Kon- os Estados Unidos. professores e
isso começou quando o homem tratou de inventar uma rad Zuse. nascido em 1910, começou N pesquisadores da Universidade
a construir um computador na sala de de Harvard criavam, enquanto isso.
prido em um segundo e meio. Seu
grande problema não era nem o ta·
manho nem o funcionamento. Erã
máquina que o livrasse da tarefa de fazer contas jantar da casa onde morava com seus um supcrcalculador controlado por fi. porém limitado por ter memória mui-
pais. Como seu conterrâneo Leibniz ta perfurada. o Mark I. de 1943. De- to pequena. Foi o professor de Mate-
"É indigno de homens eminoues per· trial. Babbage - que também inven- três séculos antes, ele queria ver-se li- senhado originalmente por Howa.rd mática de Princeton. John von Neu-
der horas como escravos 11a tarefa des- tou o velocímetro c o limpa-trilbos pa- vre dos "fantásticos c abomináveis Aiken (1900-1937), teve uma segunda man (1903-1957), quem sugeriu que o
gastante de ct~fa1far. Esse trabalho ~~~~ rn locomotivas - irritava-se com o cálculos'' a que sua profissão o obriga- e uma terceira versão. Com o 6m da computador passasse a armazenar
que rxx/eria ser confiado a pessoas sem desgastante. lento e impreciso traba- va e planejava transferir essa tarefa guerra. esse e outros projetos foram programas diferentes. Nascia enfim o
quafquer qualificação especial, se mtiqui· lho humano de calcular tabelas. De- para a máquina. Comprando seus pri- postos em prática. computador moderno.
11as pudessem ser wifizadas." pois de consumir a própria fortuna, mei.ros equipamentos em lojns de fer- Assim. ficou pronto em 1946 o pri- Todo esse complexo que representa-
Gottfricd Wilhelm Leibníz em 1822 Babbage recorreu às verbas ragens, Zuse avi- va o ENIAC em
• da Real Sociedade de Astronomia pa· sou aos pais em 1946 cabe agora em
matemático alemãô Leibniz ra construir o que chamava de nulqui- 1936 que iria dedi-
O (1646-1716), como muitos de
seus antecessores. sonhava com o dia
110 diferencíal, capaz de calcular suces-
sivamente as diferenças entre conjun·
car-se em tempo
iotegral à constru-
uma peça de silício
de meio centíme-
tro. Com a inven·
em que o racioclnio aritmético pudes· tos de números. ção de seu compu- ção do transistor,
se ser substitufdo pelo simples girar tador. que ele cha- em 1947, o mundo
de uma alavanca. Ele chegou a apri- abbage contratou a melhor mão- mou deZ 1.
morar a pascafine - a primeira cal-
culadora da História, inventada pelo
B de-obra disponível. mas não ha-
via tecnologia suficiente: qualquer im-
Partiu então pa-
ra concretizar seu
das máquioas de
computador mu-
dou - e se minia-
cientista c filósofo francês Blaise perfeição em uma das centenas de projeto: construir turizou - radical-
Pascal (1623-1662). que apenas so- Zu~re; Tr.~Ve,rniiifõ na sala de jantar aros. rodas dentadas e catracas que uma calculadora mente. O ENIAC
mava e subtraia. Em 179-'. Leibniz movimentavam a imensa engenhoca programável para é hoJe peça de mu-
criou um modelo capaz também de ra. que ficaram conhecidos como os diferencial provocavam abalos na es- executar qualquer seu. E o computa-
multiplicar, dividir e extrair raízes ossos de Napier. Mas o tipo de cálculo trutura inteira, paralisando o ~istema. operação matemá- dor. do micro ao
quadradas. Era um imenso salto para que esse engenho permitia era bastan- Ele morreu em 1871, antes que a in- tica. usando unida- super. tomou·se o
o homem. há milênios ocupado com te reduzido; seu mérito foi ter planta- venção ficasse pronta. mas deixou des de cálculo bi· instrumento de mil
suas contas. O ábaco, por exemplo, do a idéia de que era possível a má- uma importante herança: sua máquina nário. Era uma e uma utilidades da
conhecido há pelo menos cinco mil quina de fazer contas. em programável e as instruções lidas máquina revolucio- e civilização tecnolõ-
anos, é até hoje usado no Oriente em cartões perfurados - iguais aos nária por incorpo- l gica, talvez até a
no seu formato primitivo: uma série m seguida veio a máquina de criados pelo francés Joseph-Maric Jac· rar uma memória e i sua expressão mais
de fios paralelos, presos a uma moi·
dura, por onde deslizam sementes ou
E Pascal. que provavelmente a in- quard (1752-1834). que inventou um
ventou por se aborrecer com a sina tear mecânico com leitura automática
algo que vagamen-
te equivalia a uma A lmii!Jllm que n •sceu dos twnho• de P••~l. tAI'bn,~ lilebba~re, /11ofhmttr...
S perfeita. E é rigo-
rosamente i.mpossl·
contas de madeira. do pai. um coletor de impostos que de cartões. central de proces· vcl prever no que
Antes do ábaco, havia as mãos: o atravessava as noites em interminá- O sistema de cartões perfurados se- samemo de dados. além de um tecla- meiro cirebro efttróllico. como era ainda haverá de transformar-se (e
homem contava os objetos de cinco veis cálculos manuais. Foi aperfei- ria utilizado mais tarde, nos Estados do para digitação e um sistema de chamado o computador na época: o transformar a vida) a máquina nascida
em cinco ou de dez em dez. Dar n çoando a engrenagem de Pascal que Unidos. pelo estatístico Hcrmon Hol- lâmpadas elétricas. Como não conse- imenso ENIAC ( Eftctromc: Numeric:af para libertar os " homens eminentes"
palavra digitus, que em latim quer Leibniz passou a empregar o sistema lcrith (1860-1929) - de onde vem guiu cartões de papelão. usou filmes lmegrator a11d Ctrfcufator), que ocupa- da "tarefa desgastante de calcular".
dizer dedo, e dnl também o sistema binário, com o qual operam os com- hofuite, recibo de pagamento de salá- velhos de 35 mitrmetros. em que per- va 120 metros cúbicos. corresponden- como dizia trezentos anos atrás o im·
decimal. A palavra dlculo igual· putadores modernos. Nesse sistema rio emitido por computador. Holle· furou os orifícios correspondentes às tes a umo garagem para dois carros. paciente matemático alemão Gottfried
mente vem elo latim calculus - pe- existem dois slmbolos: o zero e o rlth criou uma máquina pura tabular instruções da máquina. Apesar dos Tinha 18 mil válvulas eletrônicas. 70 Wilhelm Leibniz. •
drinhas ou seixos usados pelos ro- um. Das diferentes combinações en· os resultados do censo de 1890 nos pesados investimentos da Alemanha mil resistências e 6 mil interruptores.
manos. Mlls o homem só tomou o t re el~s sfio formados todos os núme· Estados Unidos: o censo anterio•· (de nazista em ciéncia e tecnologia. princi- O barulho de todn essa maquinaria Para saber mais
rumo das máquinas de calcular de- ros. O níimero dois, por exemplo, é 1880) levara sete anos e meio para palmente em setores de utiliznção mi- funcionando foi comparado ao som de O poder<no micro - A ntvoluç6o do compulli·
pois de dominar o escrita simbólica escrito um-zero. ser concluído. Ele conseguiu complc- litar. não houve maior interesse pelo "um milhão de agulhas de tricô em dor, Chrlsl()plter êvsns, Editon Fonms~t-UniwNsl·
e inventar o papel. E com Charles Babbage t:sr os cáleulos em três anos e meio - invento de Zuse. Ele acabou abundo· ação''. tária, Rio de Jattelro. 1llB3
lnlroduç6o llulfrllda • compufi#O, uny Gc>
Em 1617, o matemático escocês (1792-1871), professor de Matemática como se vê, um grande avanço para a nando o assunto e deixou o país. ao Com todas as lâmpadas acesas. a niclr. Ed<rora ,..,., & Row do Brasíl. Slo Pa~~o
John Napier (1550·1617) descreveu em Cambridge. na Inglaterra. que épocu. "Sou o primeiro engenheiro qual só voltaria depois da Segunda temperatura ambiente chegava aos 50 lo. 1964
A soct.<Uc» In,.,~,_ - A teYOLçio do
métodos engenhosos para realizar as nasce a concepção do computador co- estatístico... diria Hollerith com orgu- Guerra Mundial. graus centlgrados. ameaçando o de- ~. -~ •dos . - .
operações fundamentais com o uso de mo existe hoje. No começo do século lho. Ele fundou uma empresa que. Na meSma época. preparando-se sempenho de todo o SIStema. O ~ Sq.owa. &uora Bandennlt, SilO
P;iulo.IIIIIJ7
pequenos cilindros rotativos de madei- XJX. já em meio à revolução indus- assoc•ada a outras. mais tarde veio a para o conflito tido como inevitável. ENlAC calculava em manutos as tra-
56 SUPIR 57
Tudo comecou com tron. mais curto o seu comprimento
de onda.
A hipótese de De Broglie fornecia
a descoberta uma explicação confortáve l para a
pergunta que intrigava os físicos: por
da A temperaturas
próximas do
mro absoluto,
que os e létrons podiam ocupar npe·
nas determinados nivei~ de energia
formam-se
no átomo de Bohr? Pois. se o elé·
pares de tron pode ser pensado como uma
e/4trons onda. ele se comporta, quando confi·
capliZesde nado no interior do átomo. como
Btrt1Ve$$l~T um uma onda estacionária. isto é. que se
matttrlal propaga num me1o limuatlo, como
bolante. lsso ocorre com as ondas produZidas na
~possível água de um tanque quando atiramos
por causa das ne.la uma pedra.
ondas desses Essa onda se propaga nté ns bor·
pares. Tal
descoberta foi
das do tanque e então. no ser reneu-
aplicada nos da. vol ta sobre si mesma Se os pt·
super·rapldos cos da onda inicial c da ondn reOeti·
circuitos dos da coincidem. eles se reforçam; po·
computadores rém. se os picos da onda inicial coin·
cidem com os vales do ondu reOe ti·
Representação energia. os elétrons pnssuriarn a circu· para outro mais alto. sem passar por uristocrnto fruncl!s. Louis de Broglie. da. eles se anula m. O mesmo ocor-
do duplo caráter de l\lr e rn órbitas ca da vez mais próxlmus nenhum espaço inrerm~diário. ~ co· que gnn hnri a o prêmio Nobel de Fí· reria com o e létrun confinndo, pen·
matéria. Quando
do núcleo, mé finalmente choco r·sc mo se e le simpicsrnc nte desapareces· ~ica de 1929, propôs umu resposta sou De Broglie: os níveis tle energia
o núcleo do átomo permi tidos no mode lo de Bohr cor-
em/te partlcula com e le . Assim. se a comporuçilo de se de um nível para npHrecer insUtn· audaciosa para o e nigma. Ei nstein
alfa, esta, agindo Rutherfo rd fosse correta. todo á to mo ta neamente em ou tro nível de maior havia demonstrado que a luz. que respondem às regiões em que os pi·
como onda, é deveria desabar sobre si mesmo. Pura e nergia. Passado um tempo imprevisí- sempre fora concebida corno uma cos se so mam. Essas regiões ocorrem
capaz de felicidade gernl do Universo. niio é is- vel. o elétron sa lta de volt a no nlve l o ndo. se comportava ils vezes corno sempre em dis1âncias que corrcspon·
. e o atomo . ao cxtc·
!fi
' d em a um número inumo de vezes o
atrave$$llruma so o que acon tece: os e létrons mon· an tenor reenvm um jorm de llllrtículas - ou fórons.
barreira de têm-se em movimento sem nenhuma rior a energia excedeme. Tudo isso De Broglie fez então o raciocínio in· comprimento de ondu.
força multo mais perda de energia. intrigava os físicos: por que diabos. verso: se assim ~. por que o elétron.
potente do que ela. eles ficaram se perguntando. apeno~ concebido como uma panícula. não
l Depois volta Uma equação para salvar
Os elétrons desaparecem deternúnados níveis de energia são poderia se comportar como uma on·
!! a 8{1/r como a Fisica clássica
permitidos aos elétrons e os níveis in· da? Ele deduziu. então. uma fórmula
• uma partícula e tom.m a aparecer tcrmediários lhes são interditados? ~imples para calcular o comprimento
Nesse estranho mundo, o senso co- ínfimas panlculas. menores que um Doze anos depois da descoberta de onda do elétron: quanto maior a O que De Broglie formulou como
mum não é uma bússola confith•cl. AI· átomo. para estudar os segredos do O primetro a querer exphcar CS..<õe de Bohr. em 192-1. um jovem físico e qunntidadc de mo,imento do elé- pura hipótese matemática teve im·
guos componentes do átomo, por próprio átomo. fenômeno que violava as leis da Físi· ponantes consequências no mvesuga·
exemplo. ora se comportam como par- Isso lhe permitiu. de saída. uma ca conheetda no começo do século ção da estrutura do áto mo O flsico
tículas, feito bolinha de gude. ora co- descoberta sensacional: a de que, ao foi o dinamarquês Nicl~ Bohr auStríaco Erwin Schrõdmger
mo ondas, iguais às que se produzem contrário do que se pcnsa\"a. os mi- ( 1887-1961} deduziu. :1 partir du h1·
na superfície da água. O caminho per-
corrido pela nova teoria é tão fascinan·
núsculos á tomos são constituídos de
imensos espaços vazios: a maior pane
( 1885-1962). Após visi tar Rutherford
e m Manch~ter. na Inglaterra. em
1912. Bohr consegui u deduzir uma
A luz em pacotes pótese de De Broglie. uma cquac;áo
de onda que logo se trnnsformnnn
te quanto suas próprias afirmações. da massa atômica se concentra num fórmula para determ inar os diferen· Mecãnica Quãnuca só se de· fórmulas pela letra Ir. numa das fórmulas mais usadas em
Por que os números c os ponteiros
de certos relógios brilham no escuro?
núcleo central. de carga elétrica posi·
tiva; ao redor desse núcleo e a de ter·
tes nfveis de energia que poderiam
ser ocupados pelo elétron no moi~
A senvolveu graças a uma des-
cobena-chave feita em 1900 pelo
A tlest'Oberta de Planck permitiu
que em 1905 Albcrt Einstein eJCpli·
toda a Física. Schrooinger estovo fi r·
memente convencido de que u onda
A pergunta parece banal. A n:spos- minada distância dele fica m os elé· simples dos átomos. o do hidrogênio. fisico alemão Max Planck cas!IC o efetco folotllmco. que in· proposta por De Broglie par;~ expli·
ta. entretanto. pode ser o ponto de trons. de carga negativa. Essa desco- que tem um só próton no núcleo c (1858-1947). Ele constatou que triguva os físicos da époc.a. Esse car o elétron não era apeno~ uma
partida para uma viagem à natureza berta permitiu a Rutheford comparar um só elétron em volut dele . qualquer tipo de radiac;úo - n efeito ocorre quando uma pl;tca de simples analogia mateml'uica. mas
íntima da matéria que constitui o os átomos ao sistema solar: o núcleo Esses nlveis seguem uma regra btlsi- luz. por exemplo - só pode ser mctnl recebe luz e e mite elétrons. uma realidade física.
Universo. O relógio brilha por causa seria o Sol e os e létro ns. movendo-se ca: o diferença entre um e outro é emitida, transmitid a c absorvida como se n força dn luz expulsasse Mais tarde, o físico ulcmüo Mnx
de um fe nô meno conh ecido desde o em órbitas precisas HO seu redor , se- sempre um múltiplo inteiro de um va- em quantidades discrews de e ne r- pane dos e l<!t rons existentes nos Born ( 1882·1970) deu uma russo
comeÇQ do século - n rndialiVidtu.le. ri am os planetus. lor constnrue: pode ser iguul a duas. gia. Tsso significa que o fluxo de átomos de metul. Einstein mostrou além: demonstrou que o C<l unçiio de
Os {ttornos pesados c inst ~vc is de Esse mode lo esbarrava. porém, nu- três ou se te vezes esse vulo r, ma s ja- eneQ,>ia é formado por uma qunn· <Jue o fenômeno só podia ser ex· Schrõdinger poderin ser utilizado mes-
e lementos qulmicos como o n1dio e ma séria diriculdade: é que, de acordo mais será iguul à me tude , um terço ou tidade de pequenos pacotes indivi- 1>licado se se pensasse a luz não mo que o elétron fosse concebido co-
o urànio emitem partículas curregu· com a teo ria clássica, ao se moverem um sétimo. por exe mplo (veja o CIUIJ· síveis de energia - os qunma como umu onda contínutt. corno a mo urna partículu. Btlslllvu 1>ensar o
das d e a.l ta energia. Essas pnnfcul a.~ ao redor do núcleo. os elétro ns deve- dro dn página ao lado . (plural de qtwmtun). A energia de consideruva a Flsic11 clilssica. mas onda que ele descreve. ni10 como u1nn
foram batizadas com o nome de ra- riam perder con tinuamente parte de Isso significo que o e létron tem um cada qua111um é igual à freqOC:ncia como um jorro de partículas - os onda material. como n que se formo
dia{ào alfa. sua energia. transformada em radia· comportamento surprcendcme: qunn· da radiação multiplícada po r um f6rons - . o que estava de acordo 110 tanque de água. mas corno umu
O descobridor das pnnlculns nlfn. o çiio ele tromagnética. O resultado dis· do o átomo recebe do ex terior um valor constante. chamado COIISWII· com u muureza quântica da e ner· onda de probabilidade: ela nos anfor·
fisico neozelandês rndicado na Ingla- so seria nada menos que uma tragé· acréscimo de energia - dado. por ce de Planck e representado nas gia descoberta por Pl:tnck. maria em que pontos do cspnço uo re·
terra Ernest Ru therford ( 1871·1937), d m: literalmente. o fim do mundo. exemplo. por um mio de luz - . o dor do núcleo seri a poSSh,cl encontrar
teve ce n o dia a idéia de utili.wr essas Pots. à medida que fossem perdendo e létron salta de um nlvel energético o elétron e. muis ainda. em quo i~ dos
601U1l& SUPra 61
y
mundo do áto mo; mas é preciso ter
Pal'IJículas claro que não são mais do q ue analo- \
eoutlas,
gias. Como afirma o físicg inglês John
Gribbin, autor do livro A procura do O{l~to
só analogias
gato de Schrõdinger, "os átOmos se
parecem com átomos, e nada mais".
morto-nl'o
A dualidade da matéria. que ora se

pontos possíveis a presença do elétron


comporta como partícula ora como
onda, cria situações inimagináveis ao
P egue um gato. um frasco de
veneno - cianureto de potâs·
sio. por exemplo - . um martelo.
seria mais provável.
Pensar no elé1ron como uma onda,
semelhante às que se formam na água.
nos.~o senso comum. Um efeito quase
fantasmagórico é o que ocorre. por
exemplo. na própria emissão daquelas
um contado r Geigcr usado para
medir rndiatividade e, por fim,
uma certa quantidade de material
-
pode parecer uma idéia extremamente partículas alfa descobertas por Rut- rndiativo. Coloque tudo isso numa
ousada e revolucionária. Entretanto. herford. As panículas alfa estão longe caixa e feche. Agorn imagine:
na história da Ffsica do século XX. de ter um nível de energia suficiente quando o material radiativo emitir
seu papel foi essencialmente conserva- para ultrapassar o poderosíssimo cnm· uma partrcula alfa. o contador Gei-
dor. Ao formular sua célebre equa- ger registrará o fato e acionará um
ção. o que Schrõdinger tinha em men- mecanismo q:Je fará o martelo que-
te e ra salvar as boas e velhas idéias da brar o vidro Je cianure to. Resulta·
Física clássica, ameaçadas pelo insóli- do: o gato morre. Não hã nenhuma
to comportamento do elétron. que fa- lei da Flsicn que informe o momen·
zia coisas tão impensáveis quamo de· to exmo em que n partícula ViJ i ser
saparecer de uma órbita para aparecer emitida. Im agine e ntão que a pro·
na órbita seguinte sem pass!lr pelo es· babilidnde do m:ucrinl emi tir 11 par·
paço intermediário. E. pior ainda. fa· ticul a em quttlquer momento seja
'lia isso mais rápido 9 ue um relâmpa- cxawmente 50 pt!l' cento . O que éS-
go. contrariando nss1m a Teoria da tará ac nlece ndo com o gn to'! quaoto não abrir a caiXa, não po- Q uàntica. Para ele. e ra evidente sível pelo se nso comum que o
Relatividade de Einstein. segundo a Se u partlcula foi emitid a. o derá diz~r se o gato está vivo ou que o gnto ou estava vivo ou esta- mundo dos gatos. As sucessivas
qual nenhum corpo pode se deslocar contador registrou. o martelo que- morto. E como se ele estivesse va morto. embora o cientista não interpretações da Mecãoica Quíln-
no Universo com velocidade superior brou o fràsco c o gato morreu. Se num absurdo estado intermediário pudesse saber a verdade. Da mes· tica viriam mostrar, com clareza
à dà luz. u purtlcula não roi emi tida. nada emre, a vida e a morte. ma rorma - pensava Schrõdinger cada vez maior , que a dualidade
disso aconteceu (: o gato deve es- Essa experiência - evidente- - , é evidente que o elétro n o u partícula-onda e todo o indetermi·
Os átomos se parecem com tar pensando: "Oue mal eu fiz pu· mente uma experiência mental - seria uma partícula ou uma onda , nismo da nova teoria decorrem
átomos- e nada mais ra me enfiarem dentro des tu cai· foi proposta pelo físico Erwin não as duas coisas ao mesmo tem- não da ignorância do observador.
Os mlos de luz atravessam duas xn?" Um cientista. do lado de (O· Schrõdinger para ironiza r a idéia po. Infelizmente para o físico. o como na experiência do gato, mas
mnhuras: os picos e vales das ondas ro. não tem como saber se ocor· de indeterminação que impregna mundo d as partículas subatômicas da própria natureza dos fenôme-
Em 1925. o físico alemão Werner se misturam, prodiiZindo faixas reu uma situaçí1o ou outra. E n· todos os poros da Mecânica provou ser bem menos compreen- nos observados.
Heisenberg ( 190 1-1976) havia propos- de Interferência. Com os
to uma explicação do comportamento elétrons Isso também acontece
dos elétrons que evitava estabelecer
qualquer analogia com os conceitos po de força que mantém os núcleos mento às vezes pode ser assoc.i ado ao fora de propósito dizer que todos os
herdados de nosso mundo macroscó- atômicos coesos: sua emissão. portao· de uma partícula e às vezes ao de corpos do Universo têm uma onda as-
pico. como partlcula ou onda. A teo- to, seria simplesmente impossível nos uma onda. sociada: isso vale para os seres vivos
ria de Heisenberg - logo seguida por termos na Física clássica. Mas o cará· A precariedade dos conhecimentos como para os planetas. estrelas. galá-
Paul Dirac, na Inglaterra. e Max ter de onda de que também as partfcu- sobre o mundo subatõmico não impe- xias- e o Universo inteiro. Por que
Bom. na Alemanha - rinha. porém . las alfa são dotadas possibilita a passa- de. porém. que tiremos bom proveito então não se pode perceber a onda de
um caráter nhameote abs trnto c exigia gem. O fenômeno. que ocorre com deles. Uma das aplicações tecnológi· um homem ou de um planeta? O mo-
um tratamento matemático extrema· outras partículas subatômicas. como o cas do efeito túnel ocorre com o mi- Livo é simples. O comprimento de on-
mente complicado. elétron. é conhecido como efeito ttíne/ croscópio eletrônico, que substitui da diminui à medida que a quantidade
Já a teoria apresentada por Schrõ- e só pode ser explicado a partir da com grande vantagem os microscópios de movimento do corpo aumenta. E
dinger no ano ~cguinte , ao assumir co- Mecânica Q uán tica. óticos. Nestes, os raios de luz são esta depende oão apenas da vc locida·
mo verdade flsiea a hipótese da nature- Esses fatos todos parecem parado- aproveitados através de len tes. Nos de do corpo, mas também de sun mas-
za ondu latória do e létron proposta por xais porque nosso se nso comum foi outros. feixes de elétrons são aprovei· sa. Como a massa de u m corpo humo-
De Broglie. partia de idéias muito fa- formado a parti r de experiências coti- tados atn1vés de cn mpos e letromagné- no -para não falar na de um planeta
miliares aos ciemistus da década de 20. dianas que não têm nada a ver com a ticos. Co mo o compri mento das ond as - é fantasticamente superior à de um
O próprio Schrõdi ngc r perceberia realidade existente na escala do á to- ele ir()nicas é mui to menor q ue o das e lé tron. o comprime nto dil onda usso-
mais tarde q ue , embora pnrtlssem de mo. Conceitos como partícull1 e onda, ondilS luminosas. o microscópio ele- ciada ao ho me m é tão pequeno que
pressupostos diferentes. as duas inter- tomados de empréstimo ao arsenal de trôn ico a.caba tendo um grau de defi· escapa à detecção maís acurada. •
pretações chegavam a cquu<;óes abso- idéias de rivadas de e xperiências ma- niçiio muito maior que o dos micros-
lutamente equivalentes. Era como se croscópicas. permitem apenas uma cópios ó ticos.
a realidade respondesse do mesma explicação muito imperfeiia do menos Ser:í que a natureza ondulatória da Para saber mais
maneira. não importando n rormn co· que microscópico mundo subatõmlco. m:néria se restringe ao mundo subatô· A procurtt do galo de Schr6dlngtr, Jo/111 Grft>.
mo a pergunta fosse feitu . Conceitos A rigor. um elétron não é nem umu mico? Aparentemente. não. Ela já foi bln, Edltorfal Ptesenç11. L~boll. 1986-
como partículas c ondas são analogias Tmços formados pelas pesadas partfculas alia que escaparam dos nüc/eos de uránfo part!cula nem uma onda. mas um ou· verificada também em relação a áto· Pensando a FlafetJ, Mário &:t>en~IQ. Ed/10<11
Bt1Uifí6nse. Slo PII<J/0, I 9/14
talvez necessárias para se imaginar o sob a forma de ondas e voltaram a ser psrtfculas uo nivel de realidade. cujo comporta- mos completos. Em princípio. não é
62 SUPER SUPIR 63
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~--ldo­
OUOIIen6rlas.. -....
agincaude poJblicódado oumesmo
"''"'"""
v
chance de cotr o cinco 110 lança·
A memo de 11111 tlado t de 116.
Hd 11ma chance ligeiramente supt·
combinação. sem repençao. de cin·
quenta dezenas tomadas cinco a cin-
co, dividida pela combinação. sem
que a indulg~ncia para com os praze·
res que ele proporciona. E os grandes
OO<cona~ Osmó<Uosde
-omWieovlofilcorseus
c~tenrosilu.smlndoa~
com riQueu de im11gen5.
laboratórios de pesquisns ou os con·
rior a 60 por ctiiiO de que o CDIIdidato repetição. de cem dezenas tomadas glomcrados financeiros. ou ainda as
A seja o Vt!llctdor trn eleição. cinco a cinco. O resultado é aproxi- companhias de seguros. sfio hoje. em
É m11iro remota a c/umce de que u madamente 0.028, ou seja. quase 3 g.raus diversos. monumentos a uma
Constiwime restaure 11 monarquia 110 por cento. Para atingir os 50 por ciência que parece ter nascido dos co-
Brasil. cento com que sonhava. o jovem pos de jogar dados. ESTUDE PELO MÉ IODO
São três expressões de julgomento apost:ador precisaria cobrir 88 das Consta que um jogador do século TRADICIONAL OU COM AS
de probabilidade. mas cndu uma cem dezenas disponíveis. XVII , Chcvulicr de Méré. quis umu
exemplifica um n modalidade diferen- informuçiio sobre n distribu•c;fio das AULAS DE APOIO E
te. A primeira é exemplo de um n iio quero que esse anigo seja combinações no jogo de dados. Sua MEMORIZAÇÃO EM VfDEO
probubilidade a fJYiorl c tem relnçfio
com o cálculo mntcmrt lico das chun·
N umu critica moral ao jogo, mas
upcnns manifestar minha estranheza
curiosidade deu origem n ulllfl 1roc<t
de corrcspond~ ncin \lnt re dois notá·
ccs. A segunda é um julgnmemo cs· pelo futo de que as pessoas raramen· vcis mntcmliticos da é1>ocu. Bluisc
tatístico. A terceiru avnlio o gmu de te tem noção dos valores e números Pascal e l'ierrc Fernnu , este cntiio
confiança na ocorrência de um ucon· envolvidos nessas apostas e de suas conselheiro da Ciimara Municipal de
tecimento. chances reais de acerto. Por exem- Toulousc, na França - e dor resultou
Certa vez observei um JOvem cn· plo: quem marcar um canão com a teoria da probabalidnde. Sucede·
genheiro que tentava aumentar suas dez niímeros. o mãximo permitido ram-se pesquisas de vários outros ma·
chances de acerto desdobrando c:ar· pelo regulamento. estará cobrindo temáticos. c foi um deiC)o. Pacrre La-
tões de aposta da Loto e ouvi dele o 756 quinas. Parece muito? Pois é place, também ru.trOnomo. quem ob-
idéia bizarn de que, marcando cin· quase nada. tendo em ~ista que a servou: "É extraordanúrio que uma
qüenta dos cem números disponíveis. combinação das cem dezenas toma c1encia que começou com considera-
teria 50 por cento de pos~ibilidades possível a formação de 75.287.520 ções sobre o jogo uves.-;c 'c elevado
de formar a quina vitoriosa. Com ai· quantiS. Uma possibilidade insignifi· até os mais amportantcs assunto~ do
guma dificuldade construi ali um pe· cante de apenas 0.00001 de acenar. saber humano"
queno modelo para mosttar àquele Seria o mesmo que. num jogo de ca-
apostador quantas quanas estüo diS· ra ou coroa. apostar antecipadamen- oje em dm os C)tudantes da Corte e - Beleza
poniveis nos cem números do cnniío.
e quantas eram possive•ç nos can-
te que ,·ai dar cara dezessete vezes
seguadas - e acenar.
H probabiladade. na anniona das
vezes. ~o esumulados pcln bmca de
Costura -- .da Mul1er
qüenta em que ele apostara. Só as· A ma1oria das pesSoas concordará resultados numéricos. Como o rc)u l· Sempre na vanguarda, buscando constantemente novos e modernos métodos de ensino, o Instituto Universal Brasileiro est6
sim ele se convenceu de que nem de que o jogo. praticado com modera- tado do cálculo é inexorúvel. trnns· colocando à sua disposição. com exclusividade, ma1s uma opçlo para você tirar o melhor proveito do seu curso; sllo as
longe o segundo número é t1 metade ção. tem suas vinudes. Difícil é essas aulas de:
rerem ~o anexornbaladadc para o RefOf'ç o e MernortzaçJo em VIde ocassete I
do primeiro. pc~M>ns concordarem em definir essa fato estudado, deformando-se assam Através desse mét odo, você pode ré, caso desejar, adquirir o seu curso com fita de vfdeo e assisti-la no conforto da sua resldêncll. ou
Para os que se interessam. devo rnoderac;ão. O medo de praticar o jo· o sentido maior do estudo da proba· sem fita, pelo método tradicional de ensino por correspondência, jé consagrado em 47 anos de atividade da nosse Escola.
esclarecer que esse modelo seno a go sem moderação sempre foi menor bilídade. O matemático estima a ~ importante lembrar q ue ao opt ar pelo curao sem fila você teré a matéria completa, permitindo total aproveitamento. As aulas em
probabilidade ou peln contagem das videocassete são mais um recurso Inédito do apolo a flxaçllo que o Instituto lhe ofereoe.
possibilidades envolvidas. ou pelo Em qualquer opção, você t erá direito da assllltir a fita nos Unidades da ensino do Instituto.
estudo dus fn:qllênclas com que ~:s·
sas possibilidades jli ocorreram. UNIDADE SÃO PAULO · Centro: Av. Rio Bronco. 781 loaq. c/ Av. Ouquo
de Caxiast _ Preencha o envi e hoje mesmo est e cupom
Ouundo UCOIHCCC um fnto qu\l ele UNIDADE SAO PAULO;- Santo Amaro: R. Promot or Gobrlol N ottuzl
estimou rnro, a·cjuhiln-sc, nuas subc
dar o dcvill<> vnloa ao seu uccrto. J:i
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r:.:- - - ;;;.,:;T;;I;,;SA:;R:;;L;;O - - -
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1 47 ANOS DE EXPER I~NCIA D EDI CADOS AO ENSI NO


I
Cidade ........... .•........... .. .. ... .. .•. . ................ .• E:atedo . . . . . . . . . . 0000
Diz a Bíblia que "uns magos'', guiados
por uma estrela, vieram do Oriente à procura
de um recém-nascido - o rei dos judeus.
Mas não diz quantos eram, de onde

• vinham exatamente nem se eram mesmo reis


odos os anos. o dia 25 de de·

n zembro. revive a suprema tradi·


ão cristã do Natal. quando se co-
memora o nascimento de Jesus. As
pessoas trocam presentes. enfeitam pi-
nheiros com luzes e bolas coloridas c
montam presépios. Neles se reconsti·
rui o nascimento de Jesus: a gruta em
Belém. o menino na manjedoura. os
pastores- e os três homens que. se·
gundo a B!blia. vieram de longe para
adorá-lo. trazendo ouro, incenso e
mirra. São os três reis magos. que sal·
ram do Oriente guiados por uma es-
trela na busca de um recém-nascido: o
rei prometido.
Nessa caminhada, chcgpram u Jc,.
rusalém. capital do nntígo reino de
Israel. convertido em província ro-
mana sob o nome de Judéia. onde
reinava Herodes. Mas nilo cncomra·
rarn ali o recém-nascido e continua-
ram n seguir a e.mcla. até Belém.
Quem eram os reis magos? Existiram
de fato ou são apenas fruto da ima-
ginação? A única referêncta a eles
na Bíblia está no Evangelho de São
Mateus. versículo 2: "Tendo. pots.
nascido Jesus em Belém de Judá. no
tempo do rei Herodes. e1s que uns
ma~os chegaram do Onente a Jeru·
salem dizendo: Onde está o rei dos
judeus que acaba de nascer? Porque
nós vimos a sua estrela no Oriente.
c viemos adorá-lo".

Nos presentes a Jesus,


muito simbolismo

As dúvidas sobre os reis magos exis-


tem na própria Igreja. Em seu livro
Jesus Cruto Libertador. o teólogo bra·
siteiro frei Leonardo Boff pergunta:
''Vieram de fa10 os reis do Oriente? É
curioso imaginar uma estrela errando
por ar. t>rimeiro até Jerusalém e de-
i pois até Belém. onde estítvu o mcni·
i no. Por que não se dirigiu diretamente
! a Belém. mas primeiro resplcndeu SO·
ll bre Jerusalém, estarreccu toda a ciclo·
~ de e o rei Herodes a ponto de este ter
~ decretado a mone de crianças inocen·
~ tes? Em que medida nisso tudo vai
.. conto ou realidade?'' Segundo Boff.
~ "textos do Antigo Te tnmcnto c um
66 1UP& SUPIJl 67
Representam osnoções riosas ou astros magníficos e desco-
nhecidos: obrigatoriamente eles deve-
riam ser o prenirncio de algo novo e
quereconhecem no importante na Terra.
Sabe-.sc tão pouco sob re os magos
menino oreiprometido que até seu número é desconhecido.
Jacó de Edessa (640-70S). teólogo
cristão que escreveu comenti1rios so·
fenômeno astronômico teriam motiva- ~ bre o A.ntigo e o Novo Testamento.
do o relato de Mateus"' . ~ dizia que eles vinham da Pérsia, mas
~ r1ão eram três. Eram homens ilu.:nres
Os evangelhos foram escritos muito
~ escoltados por mais de mil pessoas e
depois da morte dé Cristo. O de Ma-
teus. por exemplo, foi escrito entre Recife: os magos no cartaz de rua sobre pintura de Lula Cardoso Ayres seguidos por uma mu ltidão. As pri-
os anos 80 e 85, ou seía, cerca de mei ras representações da adoração de
meio século mais tarde. O teólogo ma is indicado para tomar um remé- a.C), que teria ditO: "Um astro proce- Jesus mostra\•am a mesma cena que
Ivo Storniolo, de São Paulo, acredita dio ou mesmo dar tuna festa. dente de Jacó se torna chefe: um cetro sobreviveu até hoje: três homens que
que " Mateus criou uma história como Pode-se assim perfeitamenre bem se ICvilma procedente de .Israel". Um oferecem ao meni.no .I esus três presen-
se fosse um fato verdadeiro para especular que tenham sido magos per- anjo reria falado a Moisés sobre a es- tes: ouro. incenso e mirra. Uma hipó·
mostrar o real significado do nasci· sas os viajantes em busca do Messias trela cuja apari<;ão anunciaria a vinda tese é que o nt'uncro de presentes te·
mcnto desse menino''. Outro teólogo, guiados por uma cstTela. Além de co- do salvador. Em Roma. o poeta lírico nha criado a confusão.
Euclides M. Balancin. afirma que Ma· nhece r os mistérios do c~ u. é provável Horácio. que viveu de 65 a 8 a.C. pro-
teus inspirou-se no salmo 72. O Rei que esti vessem também a par das anti- fe l izou o começo de urna nova era sob Nomes de origem oriental,
Prometido, do Antigo Testamento. gas referências à chegada de um novo o signo de Saturno- um dos planetas lembrando realeza e poder
que fala de um rei ideal que implanta· rei que viria para salvar os homens: da conjunção que teria causado a lu·
na a Justiça e o Direito. " O que Ma- Isso wlvez explique por que caminha- min.osidade con hecida corno est rela de Seja como for. os nomes dos ma-
teus quer dizer", interpreta Storniolo. ram ranto seeuindo uma estrela, i1 Belém (veja a seção "Telesc.ópio" na gos - Melchior. Baltazar e G<1spar
~

''é que Jesus é o Messias prometido e. procu ra do incerto lugar onde teria página 70 ).
reconhecendo isso. os reis das Nações, nascido o Messias. Em todo caso. sempre foi muito ('Q· -têmsão de oriQem oriental e todos
a ver com "realeza c poder. Mel-
que seriam os reis do Oriente, vieram
trazer-lhe tributos ...
~
.
O Anlii!O Testamento. com efeito. mum a tradição popular buscar . liga- chior. do hebreu. quer clizcr "rei da
menciona urn pwfcta de nome Ba· çoes terrestres para aconte<.:uncntos luz' ': Baltazar. do araml!ic0. sienifica
As oferendas com que os magos laiio. contemporimeo de Moisés. o extniOrdimírios que ocorrem no céu. "Deus proteja a vida do re i ''~ Gas-
prese ntearam Jesus são carregadas Na Adoração de Rubens (1577-1640), Baltsze~é representado como negro fundador do judaíso10 (século X 111 como '' aparecimer.110 de luzes mistc- pilr é dos três o que mais possibilida-
de significados. O ouro é o símbolo des tem de . e re(erir a um persona·
da realeza; o incenso representa a ge m real. Entre os anos 19 e 65 da
divindade e a mirra era usada em se- r- cn.r cristã. diz-se que viveu na Pérsia
pultamentos, o que faz supor que
Mateus estivesse aludindo à mone
de Jesus. No sentido bíblico. os ma-
ôde CiJSiJ, nobregente." de Folclore de
Silo P<llllo e há
dez anos pes-
um príncipe de nome Gundofarr.
que si~nifica "vencedor de tudo ...
'T'radul.rclo. transformou-se em Gasta·
gos representam as nações que reco- cena é. sempre a mesma: no dia porta de uma casa, o alferes bate. A quisa o te ma.
nheceram no menino o rei prometi·
do, ao qual os textos antigos faziam
A 6 de janeiro. um alegre e colori-
do grupo organizado ~ai às ruas de
porta se abre e a dona recebe a ban·
deira e cumpre sua parte do ritual:
Ele observa
que '·essas fes-
phar e daí .em Gasp<lr. A idéia da
proccdênci<~ persa das magos influen-
ciou até as roupas com que apare-
referência. Os magos, portanto. se- Valença. no Estado do Rio de Janei- se benze c benze a casa toda com tas fazem pane cem representados: chapéu redondo
riam também os reis de.ssas nações. ro, para hqmenageàr o nascimento ela. Depois. decide receber a folia. do ciclo de Na- na cabeça. camisa cu rta presa por
Ent retanto, Mateus só se refere a de Jesus. E a tradicional Folia ele Acompanhados por uma viola. vio- tal. que 'comcça um cinturão. calças estreíttls e urna
eles como magos. Apenas no século Reis, uma dí!S mais irnportanres fes- líiO, rcco-reco, pandeiro, san(Qna, gcralll}cnt e i1 capa por cima. E~ata mc ntc como o,
VI é que passam a ser chamados de ras f(Jic)óricas do país. Trazida pelo$ triãngul<> c duas caixas de percussão, meia-noite do rcrs persas ~e vesu;ml.
reis, além de magos. colonizadores poriugueses. deitou tiram o reis, isto é, pedem licença ·~ dia 24 de de- No altar m(> r da Catedral d.: Co·
raizes sobretudo nas pequenas cida· para, começar e can.tam: ~ z.embr() c ler- lônia. na 1\lcmanha. existem os três
Conselheiros dos reis, os des do interior. ·:ode casa. nobre gente (oilarai) ~ mim• no di:! 6
,. de janeir~>".
~.:aixôes reve$tidos de ouro. Deniro
magos conheciam os astros Os .foliões. como são chamados os Q de fora. quero será (oilarairai) deles estariam os restos mortais de
i.ntegrantes do grupo. estão com lar- O de fora , é os treis rers ~moto Foliões do Interior de Gol;ls: os ritos variam " O ritual e o Gaspar. t-.<lclchior e Baltnzar, trasla·
gos blusões de ccum coJor~do. azuis. Que veio lhes vi~itá (aiaiailárai) ... ·• oome que se dados tia li:ilia no século X 11. Pode
Mas. afinal, que estranhos poderes vermelhos ou amarelos. Na cabeça. Der,ois que tiram o reis, a dona da c o nascimento de J~sus . N~ pr:iti- dã às festa~ mudam w nl'ormc a rc· ·t:r otHro dos tantos mitos que bor-
teriam os magos? A palavra mago um boné de marinheiro bordàdo casa dá uma esmola para a bandei- Cil . entretanto, muna~ corsas se gião. ~o Sul s~o chamados Term~s dmn a históri~ dos magos, mas o fas-
vem do .persa magu. que deu em com miça ngas e pcdrarias. Três ho· ra e todos saem para o terreiro. rui~ruram . como a cria~ão do mun· de Rc rs. Paston:ls db Senhor Menr· dnio que clll exerce sobre os cristãos
grego mágos e chegou ao português mens estão vestidos de palh í!ÇOS: onde os palhaços dançam e rece- tio . as profecias bíblicas .::te. Muitas no. Polias c Rcisadas. No Rio de do mundo intei(O se renova a cada
através do latim magu e quer dizer simbolizam os reis magos disfarç;~dos bem dinheiro. Tanto a esmo.la veze · os versos c.tm wm h istória~ .láneiro c em Minas Ge rais as folias <~nO no Nau1l e depois no dia 6 de
"poderoso". Os sacerdotes da re li- para enganar o rei Herodes e enco· quanto o dinheiro dado aos palha- acontecidas . naquela detenniJlada sfto mais ricas tanto em r~ü mc ro de janeiro. quando eles teJíam chegado
giiío persa. o zoroastrismo . eram brir a fuga de José. Ma,ria e Jesus ços são usados na organização da co rnunich1de ou no país. " Depois pessoHs quanto em 1•nriaçõês. llá a Belém. c a tradição popular pre·
chamados de magos. Seus poderes para o Egito. festa . Ao final das danças, a dona da visita elo papa ào Brasil". conta ltuaares onde niro e leva a bandei- serva e comemora como o Dia de
vinham dos conhecimentos de Astro- A bandeira da l;e~ta. carregada da casa lhes oferece um lanche. o folclorista Toninho Macedo. ra~ No Nordeste predominam os Reis. •
nomia e Astrologia que possuíam. pelo alferes ou bandeireiro, traz no Depois, a folia se despede e con· "cantou-se 0 acomeclrtleino nas fcs· ranchos - 13ois de Rei~. Reisados.
Por isso os reis persas se aconselha· centro. pintada. a cena do nascimeJl· tinua sua peregrinação de casa HlS do ano se~uinte .. , Macedo. que J>astqris e Bailes PastOris - sem
vam com eles antes de tomar deci- to de Jesus: em volra esta toda cnfci- em casa. m•sceu na crdade fluminense de caráter rH.:ccssariarneme relil!i0$0. ~
Para saber mais
sões - das mais importantes. como t.ad<~ com flores de papel ou de plás· O ritual. em teoria. sempre se -rrês Rios. onde a$ festas de rei$ que dançam de praça em pràça e Blbllo Sagrada. Edll;6es Psvhnss. SM Paulo.
saber qual o melhor dia para resol- tico e fitas coloridas. Ao chegar à dest ina a ho111eoagear õs reis m<)gos são tradicionais. leciona na Escola nos salões. 1982
Josus ·C:rlslo Llb<>rtador. Leonat<IO Bel/, Ed~ora
ver que.stões de Estado. até as mais Vozes, Petr(jp(}/ís, 1986
corriqueiras. por exemplo. o dia
68SUPER SUPER 69
O fascinante mistério E m cada ano são descobertas na
nossa galáxia cinco novas, em
mo a princJpio sugere o l]o.me, uma
aproximação de três planetas, mas a
duziu que a trípJice conjunção ooor-
reu na realidade no ano 748 da fun-
média. As supernovas são. muitó
da estrela de Belém mais raras: aparece uma a cada 300
anos, em méd ia. Até o momento
sucessão de três conjunções de dois
planetas num curto período. Durante
a conjunção de dois astros, as suas
dação de Roma, ou seja, com maior
precisão, respectivamente: a primei-
ra, em 20 de maio; a segunda. em
apenas quatro foram observadas e coordenadas celestes atingem valores 27 de outubro; e a rerce.ira, em 12
As mais diversas explicações já foram registradas: a estrela de Tycho Bra- qnase idênticos num determinado ins- de novembro do ano 7 a.C ..
oferecidas pelos astrônomos sobre o corpo he (SN 1572), a de Kepler (SN tante. Numa linguagem popular pode-
1604), a SN 1054. que os chineses e ríamos dizer que a. conjunção é a e ria conveniente lembrar que a
celeste que, segundo o Evangelho de Mateus,
guiou os Reis Magos à manjedoura onde
japoneses registraram, e a SN
1987-A , a menos brilhante de todas.
aproximaçãao aparente de dois astTos.
Para Kepler, a grande conjunção
S máxima aproximação entre esses
planeias foi de cerca de um grau,
Em lO de outubro de 1604. Bru- não substituiu na realidade a estrelá 0u seja, ó dobro do diâmetró .apa-
nasceu Jesus. As duvidas persistem até hoje. nowski , alu.uo de Kepler, descobriu dos Magos, como lhe atribuem vá- rente da lua chcia. Era .impossível
uma estrela supernova na constelação rios autores. Segundo as concepções portanto observá-los com os aspec-
de Ofiúco (SN 1604 Ofiúco). Seu bri- aceitas na época, os fenômenos ce- tes de um único astro , como está
Por Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
lho máximo, segundo as estimativas lestes influenciavam os acontecimen- relatado na Bíblia (São Mateus, cap.
da época, foi equivalente ao dos pla- to.s terrestres ou eram sinais do 11. v9). ·
endo pois, nascido Jesus, em Be- de dezessete meses. Neste período. netas Júpiter e Vênus. Em fins de mesmos. Dessa.s idéias participava Atualmente, um dos maiores de-
T lém de Judá, em tempo do rei .He-
rodes, eis que vieram do Oriente uns
De fato , tal hipótese ex1gma um
erro de onze anos na data atual-
mente atribuída ao nascimento de
inúmeras hipóteses surgiram para
explicar o aparecimento dessa nova
março de 1605. após- sete meses du-
rante os quais apresentou oscilações
Kepler, que acreditava ter sido a
tríplice conjunção um evento desti-
fenso.re.s da idéia de que a estrela
de Belém foi essa conjunção tríplice
Magos a Jerusalém, dizendo: "Onde Jesus , pois a passagem desse cometa estrela. uma vez que a imutabilidade de brilho. deixou de ser visível. nado unicamente a ·chamar a aten- é o astrônomo David W . Rughes. da
está o Rei dos Judeus, que é nascido? no início da Era Cristã deu-se em dos céus era dogma aceito como di- O surgimento da estrela nova foi ção dos Magos para aquela região Universidade de Sheffii:ld, na lngla-
Porque vimos 110 Or.ie111e sua estrela e 25 de agosto do ano 12 a.C .. quan- vino e jamais posto em dúvida. Um antecipado em 17 de dezembro de do céu, onde brilhou a estrela anuu- te.rra. A questão. porém, permanece
viemos adorá-lo". do astrônomos chineses assinalaram tal aparecimento abalou tota lmente 1603 por um belo e raro fenômeno de ciadora da chegada tio Messias. aberta, cercada de hipóteses mas ne-
Esse primeiro versículo do capítu- a sua presença na constelação de os alicerces de um cén perfeito, fixo grande importância astrológica: a co.n- nhuma certeza - sequer a data do
junção tríplice dos planetas Júpiter e ssa explicação de Kepler para o nascimento de Jesus pôde ser com-
lo li do Evangelho de São Mateus
tem provocado uma enorme discu-
Gêmeos. Por outro lado, os outros
dois comet;~s registrados nos anais
e imutável.
Hoje se sabe que as novas sftO es- Saturno, que. além de ter fascinado a
mente mística de Kepler. lhe sugeriu a
E problema da estrela de Belém
e ncontrou vários opositeres, assim
provada. Tudo indica que jamais se
encontrará confi1111ação de que a es-
são teológica e astronôm ica sobre a chineses apareceram. respectivamen- trelas que se torn am bruscamente
naturez<~ do corpo celeste descrito te, em março do ano 5 a.C. , na muito luminosas. Elas aparecem su- idéia de que a estrela de Belém esti- como não lhe faltou o. apoio de trela citada na Bíblia tenha sido este
pelos Reis Magos. Os mais diversos constelação de Capricórnio, e em bitamente. brilham intensamente por § vesse relacionada com uma conjunção emine ntes cientistas. entre eies o fa- ou aquele astro. •
fenômenos astronômicos e meteoro- abril, do ano 4 a. C. , na constelaçã9 alguns dias e váo enfraquecendo ~ análoga. De fato . ap"ós longos cálcu- moso cronologista alemão Christian
lógicos foram sugeridos. no passado, de Aguia. Muito tarde. portanto. E lentamente, até voltar ao seu bri lho o los. Kepler concl uiu que no ano 748 Ludwig ldeler ( 1766-1842). Ao refa-
para explicar a natureza déJ. estrela pouco provável que a estrela de Be- primitivo. Em virtude de sua apari- §de Roma. ou seja. no ano 6 a.C., zer os cálculos de Kepler com auxí- O astronomo ROI181do Rogério de Fíe/las.Mour/lo 8
diretor do Museu de Aslrooomilr e CiéncfasAfinsdo
de Belém: auroras, meteoro globular lém tenha sido um corneta. ção brusca, elas são chamadas estre- ~ ocorreu um fenômeno astronômico se- lio ds tábuas de Delambre. editadas Conselho Nscfonal de DIISOIMJM"""'to CienlfliCo
(bola de fogo) , luz zodiacal, meteo· las novas. Mas o vocábulo é impró- ~ melhanle. que poderia ter anunciado no início do sêclllo X IX, ldeler d~- e -Tecro!ógico.
ros, chuvas de meteoros. o planeta parentemente. apenas duas hi- prio. pois chts existiam antes da ex- ~ o apareciment~ da Estre.la.
Vênus (estrela vespertina ou matuti-
na). estrelas variáveis (especialmente
A póteses - a de uma supernova
ou de uma configuraçáo planetária
plosão que as tornou- visíveis à vista
desarmada. Conhecem-~e dois tipos
~ Uma conjunçiio tríplice não é, co-

as do tipo semelhante a Mira Ceti), especial - sobreviverão dentro do de estrelas explosivas: as novas c as
a estrela Canopus, cometas; novas e contexto misteriõso que envolve a supemovas. A luminosidade das no-
supernovas. mais bela das festas cristãs. Em li vas é multiplicada por um fator de
A Jlipótese de que a estre la de de n.ovembro de 1572, o astrônomo 10 mi I vezes. durame dois ou três
Belém foi um cometa parece ter si- Tycho Brahe (1546-1601) descobriu dias. As supernovas se rornam ainçlá
do proposta pela primeira vez pelo urna brilhante estrela próxima ao zê- mais luminosas: seu brilho é multi-
teólogo e perito cristão Oríge.nes nite. na constelação de Cassiopéia. plicado por um fator de JOO mifhoe~'
o
(183-254). ·que supõe ter sido que Sua cintilação e magnitude atingiram de vezes.
viria a ser conhecido como oometa uma intensidade que foi visível a
de Halley o astro visto pelds Magos. olho nu mesmo à luz do dia. Ela
A nalisando-se os registros chineses permaneceu ·observável durante mais
de come tas, verificou-se que a tese
<!o Halley é inaceitável.
LUGARES

Com suas paisagens lunares


e animais bizarros, um dos arquipélagos
mais jovens da Terra
ajuda a entender a origem da vida

ão cinco ilhas. dezenove ilho·

S tas e quarenta e sete roche-


dos expostos nos tórridos
raios do sol equatorial e. no
mesmo tempo. cercados por águas
anorma lmente frias para a rcgii1o.
Em terra. o solo escuro. basáltico,
mio cessa de absorver calor. Cnvcr·
nas e vulcões. norestas e dese rtos
são povoados por animais de com-
porta mento estranho. com os quais o
homem aprende lições fundamentais
para entender a evolução das espé·
c1es. Estamos no Oceano Pacífico. a
\165 quilõmetros da costa do Equa·
dor. no arquipélago cujo nome ofi-
cial. Colombo. ninguém usa c que é
conhecido por uma pala\'1'3 que cvo-
Cll mvanavelmente ásperas paisagens
e seres pré-históricos - Galápagos.
Mas. na verdade. essas ilhas for·
madas por erupções sucessivas de
\Uicões submarinos são geologica·
mente JOvens - muito mais jovens.

sura 73
O corvo do arquipélago nl o voa

Os 1nlmals aproximam-se dos humanos sem receio

Papo vermelho: formas ex óticas


Paisagem e aspk/es primitivas O menor do múndo As tartarugas gigantes vi vam msls de dois skufos
tripulação estava em terra caçando
por exemplo. que a América do Sul. u 45 graus. nas áreas mais 9uentes. suas asas atrofiadas. Mas essa não é tarlarugus. Fugiu com cinco negros.
surgida há pelo menos 65 milhões de Gult\pagos re m seis zonas climáticas a única espécie exclusiva do lugar. m<~s desembarcou sozinho em Guaia-
anos. A mais antiga das rochas da diferentes - um dos motivos da O pingüim das Gnhípagos. o único quil. cidade portuária equatoriana.
ilha de Espanhola não tem sequer 2 enorme diversidade de espécies. es- que se aventurou até o Equador. é sem maiores explicações. Em 1832. o
milhões de anos. As Galápagos. com palhadas pelos 7 800 quilômetros o menor pingüim do mundo: com Equador resolveu wmar posse do ar-
tantas espécies nativas de flora e fau- quadrados do arquipélago. A maior menos de um metro. parece um quipélago - talvez à falia de concor-
na. surgiram muito depois do apare- ilha, lsabela. ocupa mais da metade an;io perto de seus parentes do Pólo rentes - c deu-lhe o nome de Colom-
cimento da vida no planeta. do total: 4 588 quilômetros quadra- Sul. bo. em homenagem ao genovês que
O albatroz que vive na ilha de Es- Focas do Pólo Sul banham-se nos trópicos Ave nativa de bico ponlfagudo
Isso dá origem a inúmeras teorias dos. cerca de setecentos a menos descobriu o América.
de como o arquipélago foi origina- que a área de Brasllia. panhola também é a única das treze
riamente habitado. Provavelmente. espécies dessa ave a morar nos trópi- Quando as ilhas Galãpagos foram brumas - caracterfsticas do entarde- Incidente no mar dará o
os ventos fones que soprnm do con- cos. Os iguanas, répteis de 60 centí- descobertas. em 1535. pelo bispo do cer nessas ilhas - . deu-lhes o nome mote para Moby Dlck
O nome das ilhas vem das metros c~m cara de inonstrinhos pré-
tinente. fom111ndo ondas velozes no Pnnnm:'l. Tom(ls de Berlanga . deviam de Encumadas.
tartan.~gas gigantes históricos e que sflo encontrados em
mar. carreganun grãos de terra, se- amomoar-sc ali cerca de 250 mil tar- Bcrlanga foi o primeiro branco.
mentes e fetos que acabaram sendo quase toda a parte do arquipélago. wrugas gigantes. Hoje. mio restam mas ni•<> foi o primeiro homem a pi- Os cerca de trezentos equatorianos
os primeiros coloni43dores do basal- À primeira vista. o arquipélago pa- possuem glândulas especiais. pam po- mais de seis mil: quatro das espécies sar no locul. Restos de cerâmicas de: exil,•dos nas ilhas por questões políti-
to: de seu lado. os pássaros também rece um campo negro de lavas. Nas derem beber à vontade a água salgada cncomrndas antigamente estão extin- civiliznc;ões pré-colombi:mas indicom cas. m1 época da posse. viajaram erra
devem ter tmnsponado sementes rochas surgidas de pedreiras submari- das ilhas sem dano ao organismo. IUS. As tarrarugas foram umn das a passagem dos incas pelo arquipéla- vcrdadcirns arcas de Noé: levarum
nas penas e patas. Mas a gélidn cor- nas. o vento c a água esculpiram blo- Mergulhões de pés azuis, uma espt!cie muiores vitimas da chegada do ho- go. Mas nem eles nem outros povos animais domésticos c. como passugei·
rente de Humboldt, que sobe da cos lisos como muralhas naturais e es- de ave marinha. uunbém só sf1o en- mc:m. Segundo arquivos da marinha permaneceram nas ilhas. Aliás. mes- ros clandestinos. pulgas e ratos. Os
Antártida pelo Oceano Pacífico. é a cnrpas perfuradas como esponjas. A contrndos lá. norle-umerica.na, no século XIX um mo depois de descobertas. as Guiá- cães c gatos comc~aram a saborear
protagonista da maioria das teorias. paisagem. às vezes. é lunar. Mas no li- Mas sem dúvida são as wrtnrugas único navio carregava até catorze to- pagos ou Encantadas continuarnm tartarugas e iguanas. Ob caprinos urra-
Acredita-se que ela teria transporta- toral há mangues e lagunas protegidas gigantes os habitantes mais ilUStres neladas de tartarugas em apenas temas-de-ninguém por muito tempo. saram a vege tação.
do. sobre troncos que serviram co- - local predileto dos flamingos . As das ilhas - tanto que de ram nome ao quatro dias de buscas: a frota dos Só despertaram o interesse dos para- Poucos reconheceram o valor das
mo balsas muurais, vários animais areias dns praias descnas variam do urquipélago: g<dó{J(Ii:O· em espanhol Estudos Unidos caçou mais de 13 mil IIIS. que as transformaram em buse Gal(lpagos. Um desses foi o escritor
upanhados no caminho. como o branco-amarelado aos inusitados ver- arcaico. é o nome desses animais. que exemplares desse :mimai em 27 unos. de operações para emboscar galeões norte-americano Hcrmann Mcl\rillc,
iguana dos mares do sul e o pin- de e roxo. medem mais de um metro de compri- 1\s fcmeas eram as mais visados. por espanhóis. que voltavam à metrópole autor de um ensaio sobre as ilhas. Em
güim do Pólo. Há vulcões por todo o arquipéla- mento. pesam cerca de 300 quilos e vi- ter mais carne c ôleo. o qut: apres- carregados de ouro das colônias. 1842. o Essex, baleeiro que pertencia
Por causa dessa corrente. a tempe- go. O maior deles. o Wolf. em rsa- vem. em média. 250 anos. Com um sou o processo de dízimnçiio. O primeiro morador conhecido do a Melvillc. foi atacado c afundado por
mtura das águas em tomo das Galá- bela. com l 075 merros de ahura. é certo exagero. um marujo inglês do O bispo Berlnngn chegou l'ls ilh~s arquip<!lago foi um irlándes. Pmrick um cachnlme nas proximidades da ilha
pngos fica apcm1~ em 20 graus ccnti- cercado por 2 500 minivulcões com século XVII deixou escrito em regis- sem querer, levado pelos c01prichos da Wa tklns, que em 11'107 pediu qull o lsahcl(l. Essa foi a inspiração de su:1
gmdos aproxhnadomente; enquanto menos de 150 metros. É à beiru das tros de bordo que se podia amwcssar corrente de Humboldt. que arrastou dcixassllm na ilha Floreana. Em 1809. obm-prima. Moby Dick. sobre u b.l-
no ar a temperatura varia de 17 11 30 cmteras vulcimicas que vivem os uma ilha sobre unm trilha formada seu borco. Ao ovistar as terras entre por<!m. roubou um barco. enquanto a leia perseguida nos sete mares pelo
grnus. nas zonas mais frias. e de 36 corvos típicos das Galâpagos. com apenas por cascos das tartarugas.
SUPIIt 75
741UP
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DarwiD l'iu D08!:fluipéla,:o


as prol'as da el'olut;ão UPER" SIGNIFICA O QUE
HA DE MELHOR!

Chegando junto
com a tecnologia
de ponta!
K! T MICROCOMF!U"f~DOR Z·80

·Fotografar, pode; tocar, a mesma forma como o fizera a Occid_ental Schôols®, sempre se
D com o primeiro kit de televi-
s·ão' produzido no Brasil, novamen-
preocupou em bem informar a seus
•Na altura ao alunos, antes mesmo da efetivação
Equador, o clima te a Occidental Schools® se an- da matrícula. Afmal, num curso por
Sob a bruma, como por encanto Ilha Pinta '
Ilha
nas Ilhas é tecipa no mercado, agora com o lan- correspondência eimportante você
Genovesa quente. Mas as çamento dos ·cursos na área da In- saber, antecipadamente, quein são· e
implacável"capitào Ahab. Oellano Pacífico águas que as formãtica e do. revoludoná'tio Kit
t:bllha l> o que fazem as pessoas que prome-
Sete anos antes de Melville, em cercam são de Microe<_>mpurador Z-80. tem êxito em seus estudos.
Marchrma
1835, aportou nas Galápagos o seu mantidas
Equa!lot Oceano frescas pela
mais famoso visitante de todos os Kit digital - Além deste mo- Sendo assim, solicite pessoalmente
Par;lfico corrente de .
tempos: o naturalista inglês Cbarles demo equipamento, a Occi'dental maiores informações em nossos es-
Darwin, então com 22 anos. Ali, Humboldt. Só
dez por cento
School.s® possui também um avan- critórios, por telefone ou, simples-
após observar principalmente os bi- de toda a área çado Kit de Eletrônica Digital, ini- gando a que preço samam o repas- mente, utilizando a nossa caixa pos'-
cos dos tertilhões (pequenos pássaros são habitados cialmente prev~sto pará 50 experiên- se destas tecnologias e equipamen- ral com o cupom abaixo. Qualquer
marrons, com bicos longos e finos pelo homem. cias. O número de experiências po- tos. O valor dos mesmos, se equi- que seja o meio utilizado, teremos o
nas ilhas em que há frutas e flores; A natureza derá ser ampliado, de acordo com para ao.s dos modelos similares pro- máximo prazer em lhe atender. Con-
com bicos grossos, nas regiões que ~ domina o resto, a capacidade de assimilação e cria- duzidos em escala comercial. Isso, te desde já conosco!
só oferecem sementes duras), Dar- ~ ção de seu operador. sem considerar que ao concluir o...
,. .
embora o .
win criou conceitos fundamentais pa- ~ Sanf:~aria A E 1/hahol turismo seja curso, maJs que um usua,no, vocc
ra a teoria da evolução das espécies, =-s:..pa_n__8_ _ _ _....J
!!!t:.·---------=~---......:= um problema estará especializado numa área que QG'CII)ENTAI!. SCHOOLS®
como o da :;eJeção natural em funçiio poderá, inclusive, lhe proporcionar AI. Ribéjr.o d~ Silv.~ 'ZOO
das condições do ambiente. Ele ficou ball1ar no lu~ar e vive isolada com lógica: as focas, por exemplo, que considerãveis rendimentos. Depende 012l7 São Paulo SP
apenas 35 dias nas Galápagos - certo conforto, os habitantes das Ga- reconhecem seus pais pelo cheiro, só de você. l'ele(one: (011) 826-2'709
tempo suficiente para colher as pro- lápagos vivem e.m condições precá- sentem-se abandonadas ao aspirar
vas que sustentari.a m uma revolução rias. São descendentes de eq uatori a- um odor estranho; os pássaros, dis- Informações detalhadas - Pa-
pa )listória do conhecimento. nos e uma minoria de trezentos des- traídos com afagos, podem abando- ra atingir o grau de credibilidade e EM PORTUGAL
cendentes de alemães (os quais im'i- nar seus ninhos, deixando os ovos a incpptestável liderança no segmen- .Rua D. I:.uis 1, 7 • 6•
KIT DIGITAL AVANÇADO
graram para as ilhas Santa Maria e expostos demais ao sol escaldante. to de cursos técnicos especializados, 11200 Lisboa PORTtclGAI.
Os turistas não podem Este e outros kits mais, são par-
São Cristóvão na década de 20). Em 198~ desembarcaram 20 mil tu-
jogar nada no chão tes integrantes dos cursos técnicos OCCIDENTAL SCHOOLS®
Eles· ocupam uma área não superior ristas nas ilhas. Hoje o governo do
Equador estabelece o limite de 20 mil intensivos., por correspondência, da CAIXA POSTAl 30.663 S.I-03
a dez por cento das Oalápagos. divi- Occidental Schools®, onde teo-
por ano. Mas até os cientistas concor- 01051 SÃO PAULÓ SP
Em 1964, sob patrocínio da Unesco, diqa em <linco ilhas, e suas dificulda- ria e prática se somam, dando ao
foi inaugurada a Estação Charles Dar- des chegam a ser pitorescas. Em dam que, um dia, ao menos as ilhas aluno plenas condições de dôminar Oeseío receber gralultamenle e sem nenhum compromisso. catálogos Ilustrados
win , na ilha de Santl! Cruz, para des- Porto Ayora, capital de Santa Cruz. de Santa Cruz e São Cristóvão ser-ão os circuitos cletrõnicos em geral, do curso Que assinalo a seguir:
cobri r fósseis, proteger espécies em maior vilarejo das Oalápagos. as mu- sacrificadas ao turismo. O sacrifício num curto espaço de tempo.
extinção e erradicar os ani mais trazi- lheres lavam roupa em cavidades na- permitirá, porém. arrecadar fundos o Eletrônica o Betrotécnica o Programação Basic
dos pelos colonizadores. Não é fácil. turais do solo: uma máquina de lavar para a manutenção do Parque Nacio- Assim, por exemplo, no cur~o de o '
Audio e Rádio o Instalações Elétricas o Microprocessadores
Os antigos animais domésticos se não sobreviveria um ano à corrosão nal, onde a cada momento o homem televisão P&B/Cores·, enquanto o alu- o Eletrônica Digital o Refrigeração e. Ar Condicionado o Análise de Sistemas
adaptaram tão bem ao lugar que vira- do ar salgado do arqu ipélago. encon tra um passado misterioso e no fica familiarizado com o funcio- o Televisão o Programaçã,o Cobol o Software de Base
ram selvagens, adquiriram garras e O Parque Nacional das Galápagos, também se depara com o futuro in.cer- namento dos circuitos -técnicas •
criado em 1936, ocupa a quase tota- to da natu reza. •
'J'
cascos grossos nas patas para suportar de manutenção e reparos-, tem Nome-------------------------------------------------------
o solo quente. Uma medida tomada lidade da área do arquipélago. Os ainda a oportunidade de montar o ''
Para saber mais único televisor transistorizado, em '
pelo governo equatoriano foi autori- turistas que se aventuram ali não po-
dem· montar acampamentos. devem forma de kit, produzido no Brasil!
'I Endereço--------------------------
zar os sete mil moradores das ilhas a Psrnfsos, Wi/H Oolder, Edições Moll>orotn<Jn{os, I

caçar esses ammats. andar com sacos plásticos para não São Paulo. 1986, BairrO- - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - -- - -- -
A Expedição Kon· Tlkl, Thor Heyerdahl. José Valor do investimento - A es-
Forá a pequena comunidade de jogar oojetos no chão e não podem 0/ympio Editom. Rio de Janeiro, 1987.
cientistas, que tem interesse em tra- tocar os animais. Esse cuidadç tem ta altura, você deve estar se inda- CEP - - - - - Cidade - - - - - - - - - - - - - - - Eslado _ _
76SUPER
COMPORTAMENTO

Eles querem fazer o que ninguém faz,


como puxar um trem com os
dentes ou cobrir o corpo com abelhas. Já
ganharam um registro especial só
para eles: o Livro Guinness de Recordes

ar llu~h B ta\ er. diretor da pelo homem - por :~queles homens


ArmBr 30 mil peç~~s de domln6, equilibrar 15 bambo/és ao mesmo tempo ou puur uma locomotiva com os dentes; .•• ... o que importa é 511/r do • nonlmBto ccn·eJaria arlandesa Gu mness e que ate ~c dispunham a amscar a ,;_
criador do Lia·ro Gullmess dos da para realizar proezas tidas como
Rtc:ordes Mundiaú. sabia que pura e simples maluquices pelo co-
sua dúvida sobre qual o pllssaro mum dos monai•.
mais rápido da Europa. naquele ano Assim. •c soube que um certo
de 1954. era m~oilo parecida com o monsieur Lotito. um francês de
tipo de dúvida de outros milhões de Evry. tinha ~ido capaz de comer sua
ingleses e irlandeses. que adoram le- própria bicicletn. pedaço por pedaço:
var esse tipo de assunto emre um que o californ iano Stevc Urner era o
gole c outro de ccneja em qualquer melhor lançador de esterco de vaca:
dos 81 400 pubs que povoa m as ci- que o nova·10rquano Henrv-Lamothe
dades da lngla1crra e Irlanda. Só pulara de 12.9 metro~ de altura nu·
que não exa~lla nenhum livro com ma piscina qu:ISe ~m ugua. sem se
as necessárias fomes que pudc.~se machucar. Já o anglês Michael Tre-
fu ncionar como juiz amparcial para ' 'Or. com menos \Ortc. morreu de in-
um publico tradicionalmelllc tão farto ao teamar blller o recorde de in-
chegado n apostas. gestão de cerveJa - debaixo d'água.
Dlli nasceu nu ditl 27 de agosio de O minei ro Wu lnci Almeida Reis. de
1955 o (iuinnl!s.\ Book of World Rc>- seu lado. tem cert eza de que vai en-
t·ord.s. Ent iao já se subi u qua l o pás- trar para n Gulmw.vs, dcptlib de tc:r
saro m<~is rápido. o ediffcio mais al to saltado em junho llltlnw de um heli-
do mundo c a partidn de futebol de cóptero a 48 metro~ de alturn para a
primeira divisão mais longa da histó- piscina do Clube de Regatas Tietê,
ria. Mas. ao lado dos variados super- em São Pnulo. "De cama. a pascina
lativos do mundo :mimai. vegetal. parecia um copo de água". compara
científico e csporuvo, foram apare- Walnei. que com o 'cu sulto -.uperou
cendo os recordes mais insólitos. cx- em onze metro~ o none-amencano
travagames e disparatados alcançados Hank Dikson. dono do recorde du-
SUPIIt 79
Dun(queresfor(o vnle senmeto é
sercampeão mundialde extrnvngâncin
• •'
*i

Esses j ovens ficaram durante 384 horas na montanha-russa

rante cerca de oito anos. 3.4 metros. que apa-


Esses heróis excêntricos que aspi- receu misteriosamente
ram consegu ir recordes insólitos são em uma piscina pú-
mais numerosos do que se poderia b lica de Los Angeles.
imaginar e existem praticamente em O pró prio Livro
toda a parte. Tentam escalar a ltos edi- Gttinness. pelct excep-
fícios. deixam crescer barbas de abe-
lhas e m seus corpos e comem q uanti-
cio na l ·acolhida q ue
teve. é o reflexo de
• )

dades inacreditáveis de grãos de fei-


jão. ou de sorvete. ou de salsicha. ou
seja lá do que for. Desafiam a lei da
que o mundo atraves-
sa uma onda de extra-
vagãncias - algo pa-
·-
gravidade. o senso comum e o próprio recido com o que
ridículo. Que tipo de gente faz isso'?
Com que intenção?
A moda da extravagância - que
acon teceu no período
que vai de 50 antes de
Cristo ao ano 400 de
... o'
.. IMO .
aparece de tempos em tempos no cur- nossa e ra. abra ngen-
so da História - não tem nada a ver do mais ou menos a
nem com fenômenos de histeria cole ti· época dos imperado-
va nem com condutas originais de fun- res romanos. Outro
do feligioso ou polítieo. desses períodos em
E na realidade o aparecimento em que a extravagància Sob a água, o mais demorado jogo de banco Imobiliário O tcheco Jàromir Wegner cruzou o Atlántlco preso ã fuselagem do avião no olhómetro sem erro
público de um surpreendente número reinou suprema vai
de adultos no(lllais que realizam atos de 14()(1 a 1600. ou seja. do acender Nero cantava enquanto Roma quei: notável talento e influência. Partici- dalosos homens do Renascimento. ropa do fim da Idade Média'? Em am-
extravagantes. concebidos por e les das luzes do Rcn<tscimcnto à Re· mava, em vez de providenciar o sal- pam de conspirações e crimes. fazem combateu as superstições. a medicina bos os pcríodps, uma cultura havia al-
me-smos. com o objetivo único de fa- voluçito Come rcial. Ambas as épól:as vamento da cidade. Ele talvez não imrigas e são confiden tes muito csti- e ntão praticada e a educação tradicio- cançado o limite de seu desenvolvi-
zer algo que não tenha sido feito por deixaram registro de comportamentos fosse louco. ao contriírio da lenda; . mados de reis e cortesãos. As grandes nal. Apesar da vida tum ultuada. tanto men to: tanto o império Romano co-
outras pessoas. exóticos. apenas oão estava à a llura do pa pel famílias ita lianas , como os Medici. de nas un iversidades como nos campos mo a Idade Média sobreviveram além
Hoje e m.dia até que está difícil ser que a popu laçãq esperava que cum· Flo rença. e os Visconti. de Milão .. as- de batalha. impulsio no u a química fa r- de seus impulsos criadores. man tendo-
ext ravagante. porq ue a exrravag~ncia prisse. exercendo suas funções como sim como o rei Henrique I V da Fran- macêut ica, formulou os princípios da se por pura inércia. Enquanto isso.
já virou rotina. Para se ter uma idéia Está cada vez mais difícil ça ( 1553-l\')10) c o imperador Maximi- homeopatia e arrastou consigo a fama para grandes setores da população
um semideus. Dos césares sempre se
de como o incomum ficou comum. no chamar a atenção esperava algo mais - e, se eles não liano da Aumia ( 1459-1519). tinham de curandeiro. "A imaginação pode não havia objet~vos dignos de esfo rço
principio do século o crítico teatral se distinguiam por suas qualidades os seus bufões. respeitados por ltristo- tudo". dizia. O comportamento ex- - além da luta pelo pão de cada dia.
alemão Alfrcd Kerr causou grande Na velha Roma. o cônsul Lucius naturais. tratavam de brilhar pelo ar- cratas c intelectuais de. seu tempo. cêntrico do alquimista correspondia Os habitantes da antiga Roma consi-
sensação em Berlim pelo simples fato Ucinius Lucullus ( 117-56 a.C.). ho- tifício de sua~ excentricidades. Entre os personagens incomuns que aos sentimentos de seus contempor<i- deravam aceitáveis as ações de um
de descascar uma maçã na rua usando mem por sinal muito respeitado. foi No fim da rdadc Média. os bufões. floresceram nessa época. talvez o ma is neos. Historiadores desse período re- Nero. ao mesmo tempo que se lixa-
luvas bran.cas. Em 1986, ninguém se <1 uem inventou o bárba~o coswme de que existi rám em rodas as <1órtes des- representativo tenha sido o físico c a l- gistram que a ex travagância havia ad- vilm com a sorte do Império. Já a rea-
espantou quando mais de vinte pes- vo mitar nos ba nquetes para repeti r a de a A ntiguidade como pa lhaços g ro· quimista su íço Bombastus. mais co- qui.rido proporções de epidemia. ção ante o ocaso dos tempos medie-
soas, descon hecidas entre si. trataram comi lança nos interm ináveis festins tescos, assumem um novo papel. nhecido como Paracelso (1493- 155 I ). .Q ue semelhança existe e ntre a Ro- vais foi bem diferen te: suas raizes fo-
de capturar uma serpente píton. de da época. No ano 64. o imperador transform\'lndo-se em personagens de Um dos mai!> extraordinários e escan- ma do começo do cristianismo e a E u- ram rei.nvestigadas e as bases redesco-
80 SUPER SUPER 81

lõdossonham em
uma é pelo pra:tcr. pela vontade ale-
gre de conquistar c vencer obstáculos.
ANTES DO FIM I

subirao
Outra é pelo dever. pela necessidade
de ser aceito... A primctra enriquece a
pessoa emocionalmente. A segunda
I
podium um dia costuma ser a orig.cm de muitas angús-
tias. por causa do medo do fracasso ...
Mas não é um fracasso aqui e ou tro
bCrl:1\: levantou-se um novo cdWcio ali que vão desanimar a legião de fa-
cultural. enriquectdo com elementos náticos caçadore' de recordes do Gum-
aram.:~. mcdtevats c propno' III'SS- ou derrubar o \Oiume de '.:n-
E a onda atual? ão c no' a o1 teoria d~ de um livro que ncs.sa~ três últi-
de que e~te fim de scculo c um peno- mas décadas acabou gerando concur-
do dL-cadente. onde ha cada \C/ me- j sos como o de saber quantas pessoas
nos lugar para a c nau' ttlntlc o que I cabem dentro do: um automó\el. ~
explicaria em pnnc a bu!>Ca do .n~óluo 9 dtsputa já ni'10 é mais registrada pelo
a todo custo. Talvez fos'c ma1' corre- ~ livro. Mas. paro quem se interessa.
to dizer que a criatividade exi"e. ma~ Joiio Mours, o "Beljoqueiro",caça a fama: continuam a ser di~putadas as ca-
está re~tritu a uma minoria c c\capa beijando Chico euar que tcgorias quem-cmrc-mui~-cllrrcgando-
ao cidadao médio. E\tC. uner~o em uma-garrafa-na·bundcjll. llndar•sobrc-
um oceano de rotina. ga~ota seu tempo dos pela no~a vaidade... observa o as-mãos. ser-o-homem-mais-rico-do-
h1•rc de forma quase ~mpre n~;u' pa'- psicólogo pauhsta Mauro Moorc Ma- mundo. o grupo-dc-rock-mais-baru-
siva que ali\ a. assistindo ill V horas a durcira . .. Por is.w. acabamos batendo lhento. Ou qualquer cotsa nova. desde
fio. por cx.:mplo. Outn" rc~w:" rea- recorde.\ bi1.arro . como o de )\!r o 11uc t'Ompro,•ndumcntc bizarra c me·
gem c hu~cam a crimtvídntl~.: 1111 politi- mais cstre~sado no trabalho. o melhor r.:ccdora du tllcru;ao do Cluinne.1s c tlc
ca. nn ccologiu. na' ;\rt~.:' c ate no~ copo <lt> pedaço. a mai~ abneg<~d<t du~ ~cu~ lei torc~. • Não importa onde
c
ltobllitw. l1<i quem procu1'c cnmbn tcr pessoas··. cxempli fica. '·Nossa cu lturn seia·. No'l/a IOT(\ue,
a inércta cstnbclect:ndn n' cstrunhos é cxtrcmnmcntc vaidosa c todos so· Para saber mais lôGulo, Rio, Brasília
recorde~ .motado~ nu Glll/1111'11 nham com um fJOdium na vida··. diz o ou Li'lletpool. Onde
.. A \\:rtlutle é 4uc tcmn' nn"m psicólogo. Para ele. existo:m dua~ ror- o Livro dos RK<JidH. Edt«ll Cl.tss.oc.t. L.isooa. tem roc\(. tem um
11185
prüpno' Guinncss tntlrtHl\. \llllbnht,t· mas diferentes de chegar ao recordé~. repórter da Bi22
Ca'llando uma
entrevista
exclusiva, uma
Recordes do Bcaver. diretor cxccull'o da
cervejaria. intcrel>:>ou-sc em sa- declaração
polêmica, um turo
tira-teima ber se os p:issnro:. dourados cha-
mados tarítmbohts ou maçaricos
eram ou nfto m mais velozes.
de reportagem.
Siu chega \unto
com as maiores
pnmctra cdiÇ;IC> do (,umm•\1 Como ningucm wuhc~ dizer.
A 8QOJ.; of 11 tJrill Rrnm/1 fot
pubhc:1da ha 32 anm. tm 'ema-
tC\e a idéia de criar um liHo
que trouxcl>:>c e..se ttpo de infor-
revistas de roc\(. do
mundo e noticia
na,. tornou-M: um d1>' hvrO\ mação. Tendo ~•do apr.:~entado em pr\meira mão.
mal\ 1endtdos na Inglaterra. e il por um amigo ao gêmeo~ Entrevista com
parur do ano ~gutntc f<lt cdllil· McWhirtcr. Norn\ c Ross. do- exclusi'-lidade o
do também no~ EMalfo, Un ido'. nos da agénct:• l-utos e Núme- Sting antes dele
1-:m 1974 pa~ou a ter 'cu verbe- ros. submeteu-o~ a uma verda- chegar ao Brasil.
te no própno h\ ro: tornou-'c o Os gêmeos McWhlrter passaram no teste deira sabatlnn puru ~ahcr ~c c~- arranca
m:u<>r /Jr.ft ll'lil'• do hl\l<>tta edt wvam apto' n ul>:>unur a edição declarações
tnri;1i. Clll 1986 'Ull~ I endll' Clll to· te\. par:t outr;" pe'soàs e C01~a' em do livro. Inusitadas do ex-
do o mundo chcg;~r,nn u SJ mtlhúc' geral A"tm. dcpoi~ que doi~ 0!.\tu· Em d:.tdo mumcnto. cxplic!lram &uhaus !lmet
de excmplarc.~. pubhcud1" em :!(> danto:' mglc~'c' con~guiram ~cu lu· que era multo dtfictl truduztr qual- llflurl)hy e
tdtoma\. mclumdn wrVo·Cf(lllta. gnr na ht~toria do' n:corde• ao pt· quer cmsa do turco par;~ o inglt!s. tadiogrma a onda
grc~o. turco. mdone\lu c polonê,. car um pmno de modo que os dc~­ porque a língua tn!!lesu tem I C)-1 ver- l'leéNV (\Ue anda
A jlrimetr.l cdit;áo em hnguu portu- troço' Pll"-~:1\sem PQr um aro de bos trre8ulares. enquanto u turca assolando os é\lÇI,.
g.u<.:~ll ~atu em Ltshou 111' a nn de mcr<t~ 23 cem! metros do: tliilmct r\). 11m1 upenas unt ..Ouc vorbn é cs- Pata saber o GUe
I IJ7~ c c cumcrciul1t.mlu 110 Bn"tl a f11çanhu l(l i rctlrudh élll ntHnc dn ~c'l". indli!,:Oll sir llug.il . ··t:. o ve rbo acontece pelo
dcsdc llJI!:'i intc~:ridndc do$ piano~ em wcla a 'in1ck·. q ue significa ·~cr' ··. respon- mundo do roc\1.,
,\nunctandn-M: a '' pm1"11' como p11rlll deram Norris c Ro,~. Gunhuram o ftt\Ue com Biu..
··u m.ullr ,ftow da I erra' <I C.um l::.mhm.t ,, cnaç:ín do livro C\te)a emprego- c ~•r Hugh hcou s:tbcn-
"''" c um ttr:Hcun,l ~·om dt:t mil ligatl,1 .1 hl\turw du c.:rv~aria Úlllll· d(l também que 11 tanimholu nf1o é o
r.:curtlc~ rcg.t,trndt" O 111 w tem o ne" 11<. rcL't.lrdc' de c.·on-umu de ;il- p:i,\:tro mal\ vclol quc cXi\lc: é o
cmdudo de ccn,ur ,,r prucn' pen)!U· cool cstúo b!mtdos da obra. Foi du- f:tlcúo peregrino. que con\C)!!UC voar
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Font: 864-9411
T"ltx: llll ll 80498 P J, Vllf
Boas palavras para o Natal "Considero a ciência ma1s sutil,
mais intrincada e
v1u num lugar público, falando para
uma multidão. que o ouvia com aten-
c um h\TO tacJ!. ma~ mthspensavel pa-
m quem dese1a se aproiundar na re-
mais im pressionan- ção e entendia tudo. Dai nasceu O flcx:to ,obre a~ mom açóc:. filosoficas
te do que grande Homem e Seus Símbolos. precioso re- c cultur.u~ do pensamento Científico.
Quinze títulos para os presentes de p arte da ficção sumo da psicologia junguiana. Escri to Brilhante o nrug.o que exphca a~ difc·
científica." Esta em colaboraçã.o com seus princ1pa1s renc;a~ entre as 1deías cosmolog.1cas de
fim de ano: dos dinossauros aos frase resume o es- ncessores. foi o último li'>TO de Jung. • Kt!pler e Gahleu a pamr de suas c:on-
computadores, dos astros aos átomos p írito que anima cepçocs c tcuca.s upost~ •
todo o trabalho de O Enigma do
divulgação cient ífi- Cosmo, S. Grou- Os Três Primei·
ca realizado pelo eff e J.P. Carri- ro s Minutos,
A Sociedade In· Cosmos, Carl Saga11, Livraria Frall·
astrõ no mo norte- er. Editora Pn mor. Steveu Wemberg.
teligente, Ethe- cisco Alves Editora. Rio de Jalleiro. americano Carl Sagan. Ele combina
Wtldo Siqueira, Edi- 1986. Rio de la11etro. E::tluorn Gtumabllrtl boa pedida para adolescente~. Do'
com rara competê ncia conhecime nto 7978. D01s. Rw de Jll/11!1- hieroglifos eg1pcio~ à relo!visim. de
rom Btmdeímme. cie ntifico e extraordinária capacidade
Stio Paulo, 1987. Q uem nunca se maravilhou ao me- ro. /980. Shakespeare a Villa Lobos. umtl cno r·
de comunicação. O romance da ciêu- Escrito como mtdade de assuntos e personalidades é
nos uma vez na vida ao o lhar para o
cia é um mo mento prí vilegiudo nesse uma reportagem Relato fascimlll- colocada ao a lcance dos lenores JO-
"A tecnologiu céu estre lado? Muitos pensam q ue esse
deslumbramento decorre da ignorân- casa mc nlo do suber com o charme. • capaz de pren der a atenção do h::i10r lt: dos tr~:~ minutos vens. Com muita il ustrat;iio, •
por si só não tra ns-
forma • o mundo . cia c que. se soubermos o suficiente . da primeira à últim~t linha , este livro é iniciais do Un1ver·
No enta nto. e la 1roca re mos a se nsação de quase ê xtase I < ~t História llus· uma história da Astronomia e da Cos· so - qua ndo. logo Primeira Enci-
I IISl'OIIIA IJli-11\Aill.
fu nciona • como instrumento, fe rra- pe lo puro raciocíi1io cie ntífico. Carl 1:>1( 'IP ,'C:'IA trada da Ciên· molog.ta, a través da vid a dos homens tipos o Big Bang. (Gmnde Exploslio). clopédia, Ediró-
me nta e fator de difusão das idéias.'' Sagan discorda. Se u livro Cosmos. em ela da Universi- que construíram essas ciência,~ - dos ~ matéria passou por tmnsformações m :'via/tese. Stio·
Com base nesse raciocfnio. o jorn alis- que foi baseada a dade de Cam· antigos babilõn ibs aos astrõnomus f'nnt á~uc:l~. Weinberg - prêm1o No- PtJtdó, 1987.
bridge, volumes contem porâneos. Um des1aq ue para o
ta brasi lei ro Ethevaldo Siqueira pro·
duziu um livro fascinante c inteligen- COS!UOS famosa sé rie de te-
levisão. é uma obra I. /1, 111 e IV. Co- ~xce)eme ml,l teóal fotográfico usado
bel de Fisic:1 de 19.79 - escreveu este
livro pnra os n11o-uucindos em cién- O sal dos ocea-
te . Sua inte nção. como explica. é mos· OOllSUW\N de pu ro fascínio /in Ronan. Jorge como ilustração. • cms. E uma obra. porem. que e:-age nos. os sa tel1tes ar-
trar "um instante fotográfico desse •• fundam entada no Z alwr Eclitor. Rio leitura bastante atenta. • tificiais. os homen~
mundo novo que e merge da revolução ... coohecimemo. Ne- tfe Janeiro. 1987. O Tao da Flsi· p ré-históricos. a vt-
J
.
• ·~ ca, FriiJof C«pra. No Mundo da da no~ castelos: e 1~
.... .. .
silenciosa promovida pelo computa- . . le . a ciência e a
dor. pelo ch.ip. pelos satélites. pelas fi· poesia caminh am Soberbo panorama da ciência. des- Editora Cultri.t. lsaDCAslmov A I g e b r a , /sane alguns do.• milhares de li)$unw~ que
bras óticas. pelas técnicas digitais. pc- . . . :: juntas. • de a magia do homem pri mitivo à São Paulo. 1985. '\O !\fL""00 .-lsimiJI', Ln·rarw povoam os o rto volume:. desta cole-
las telecomunicações e pela difusão Teoria da Re latividade. é o que estes Neste besr-sel!a. llo\AlGEBRA Frauc/Sco .-\il•es ção. Programada paru um puhhco de
maciça de informações". Você pode Um Pouco Maís de Azul, Hubert quatro volumes dão ao leitor. Além o importame fisico Etiuortl, RitJ de la· ~tianças entre o~ seis e o~ onze anos. c
ficar tranqüilo. porque o~ quinze capi- Reeves. Editora Gradiva. Lisboa, sem de temas conhecidos. como a ciência Fritjof Capra pro- /ll'lri'J. /987 a primeira enciclopédia de pertunt:ts e
tulas do livro são interessantes c bem data. grega. a revolução cient ífica do século cura mostrar a respostas ednada no Brasil •
explicados. Tamo que cada um pode XVll ou o dal'\\~nismQ. há t:1m bém as- convergéncm emre O ctenus Ja m-
ser lido em separado. • Um pouco de suntos rnros em obras do gênero - a a Fisic.a contempo- !!l~ Fred l-lo'
~ . le Atlas Celeste,
poesia faz muito ciência an tigu oriental. a ciência islâ- rânea e as grdndes corrcnt~ do mi~ll­ • lembra que. quan- Romrldo Rogerio
A verdade sobre bem aos físicos nu- mica c medieval ou o hermetismo du- cismo onemal. O tema é supt:nmerc:s- do ct>mcçou 11 se ,/r Frtmas Moiii"(IO.
os Dinossauros, cleares: é o que rante o Rcna.~cimento. T udo tratado same. mas o livro desigunl; tone nn Interessar por hs1ca. cada vez que Editora I o=es, Pe-
Jean-Michel Mazín. mostra Hubert com compet.!ncia e clareza. • Física. SO<L em relação ao m1sUcrsmo. tcntav;• avançar. topava com o obsta- rrópolis. 1986
L&PM Editores. Reeves. importan- como a apressada apolog~a de um cuJo do ct~lculo mntemauco Tcotou
f>orto Alegre. 1986. te profissional des- O Homem e Seus Simbolos, principiante. De qualquer modo, lei- contorn:~r o problemu de várias ma· \'océ .: .:apaL Uil
sa área cuja sensi- Car/ Gusrav J u11g, Edirora Nova Fron- tura obrigatória. • nciras. ato: que se rendeu e decidiu es- ol har pt•rn o co!u
O Tiranossauro b ilidade lhe pe rmi - reira, Rio de Janeiro. 1987. tudar Mat~llllilica . Aí. todas as portas noturno c encon-
rex. um dinossauro te apresentar de Estudos de Hístória do Pensa· se abrirnm. Enfren tacltl de modo ade- trur o pluneu1 Mar·
de dentes af iadíssi- man eira e ncantadora os fatos ge ral- Co nvidado a es- mento Cientifico, Alex andre K OI'· quado . a Mutc matica se torna uma fe.- te. a estrela A ldebarã. n cons1claçilo
Homem
mos, o maior cnrn i- meme frios sobre a evolução do Uni- creve r um<J expoSI- tt 60\J& Slmbolos ré., Edirom Forense • ra dóci l. É o que este l1vro de As1mov de Aquáno ou o aglomcn1ôo éS iclur
vo ro que já habit0\1 verso. O que ele nos faz ver. com seu ção popularizada I Edltom da Uni- consegue: domcsti cur o mo nstro dos das Plêiadcs'? O Atlas Celesw do us1rõ-
a Te rra. era um hicho inofe nsivo: e le texto de mestre . é que a maté ria ina- d e suas teorias. o l'ersidtldiJ de Brasí- nú meros. Tn1nqUilluneme. • nomo Ronaldo Mouriio e nsinu como
só se alimentava de a nimais mo rtos. nimada també m tem uma histó ri a, d a psicólogo suíço lia. Rio de Janeiro, - e muito mais. Além de canas Cj\1~
Informações 1ão surp reendentes como mesma forma qu e a vida e as civiliza- Carl G ustav J ung 1982. O Saber em Cores, adapwr;âo de dão uma dcscnciio deta lhada do ccu
esta e nco ntram-se neste livro de J ea n. c;ôes. • ( 1875-1961) se re- Dnrlt• Nico/tJmlll St·omaienclti. Edito- vis10 no Brasil mês u mês. o livm ex-
Michel Mazin. pe$quisador da Univer- cusou. Po uco de- Conj unto de en- ra ,litJ/tese, Sâo Paulo. sem daUI. plica ainda uma enormidad11 de nssun·
sidade de Paris. É um estudo rigorosu O Romance da Ciência, Carl Sa- pois, porém. um Sllios do hisioria- tos ligados à Asuonomm - do naSCI·
sobre os réptds que dominara m a Terra. gau, Livraria Francisco Alves Edirora. sonho mod ificou uor da ciência Ale- P11rn pe~qu•sa escolar ou como lel- mento. vida e morte da~ t:slrelas at!! u
E ta mbém uma lei1u ra fasci nante . • Rio de Janl!iro. 1985. sua opinião: ele se ~andre Koyré . Não lura ag.radavd. esta coleção é uma natureza das cauda~ dos e~.lmeta!o. •

86 SUPER SUPER 87
Modema e dinâmica Idioma universal léncia da indústria brasile1ra de publi-
cações. tão bem representado pela Jogos com
SUPERINTERESSANTE faz jus O Esperanto jã provou ter todos os Editor.l Abril. fósforos Cubigrama
ao nome. Aceite minhas congratula· predicados para ser a segunda língua Ksth/een A. Brlon, adida de fmprenS/1 do Po' Lltlana l aco ca
ções pelo lançamento desta revista de cada pessoa. Ainda não conseguiu Consulado Geral dos EUA, Slo Paulo, SP
~r
moderna. dinâmica c atraente sobre
os avanços da revolução cicotifico-tcc-
nológica que o mundo assiste hoje e
cujos benefícios o~ brasileiros devem.
porque os poderosos não permitem.
Pekim Tenórlo Vaz
Natal, RN
A!J!!Cieclmento

A redação de SUPERINTERES-
J [J
o mais possível, incorporar ao nosso Alta qualldllde SANTE agradece aos f'inte mil leito·
desenvolvimento. Apreciei sobrema- res que responderam ao questionlrio
neira a qualidade dos textos. que in- Recém chegada a São Paulo. para encartado no número 1, dJmdo suas
formam de forma simples c agradável. trabalhar no Consulado Geral dos Es- impressões sobre a rerist11. Elas são
estimulando o apetite para novos co- tados Unidos. recebo um exemplar da miiÍto imports.n tes para orientar nosso
nhecimentos nos mais diversos cam- novo revista da Editora Abril, SUPE- trabalho.
pos da cicncia e tecnologia. Desejo RINTERESSANTE. e comprovo, ao
que SUPERINTERESSANTE tenha manuseá-la. a exatidão das informa- Estes 24 fósforos formam nove
ções que tinha sobre a alta qualidade NTEAESSANTE. quadr.1dos. Tire quatro e forme
êxito e ajude a criur os cérebros ricos ara suPEAI Gomes. 61.
e imaginativos que farão o Brasil do da imprensa brasileira. particularmen- Cartas P IdO FlauslnO SP cinco quadrados com os restantes.
século XXI. te u de São Paulo, e sobre a compe- Rua Gera 575 Sêo Paulo. .s
tência dos jornalistas desta terra. SU- cEP 04 · 0 as carta
Renato Archor, ministro de Estado dB otiVO de espaç . umldamenle.
ClfJnciB e Tecnologia. PERINTERESSANTE. em seu pri - por m bllcadas res
poderilo ser pu
BrBS/1/a, DF meiro número. é um arestado da exce-

-
EE TUD l 1 j_j
Com os vinte fósforos restantes
é possível formar estes sete
Respostas rápidas e seguras para as dúvidas do quadrados. Se você mudar quatro
seu dia·a·dla, só no ALMANAQUE ABRIL Nele você
tem tudo à mao. deles de lugar. vai obter cinco A: Culto /"'mea- I; Aparelho c I Nome do ''~ne­
São 28 caoltulos sobre os mais variados temas quadrados. E.-.:perimente. do no ~ta tt. que adomo para no u$adO pt:~ In·
1~m ~mel~nças bestas - Três dios da Arru!I'Q
e uma seção especial sobre o Brasil. li.Jdo junto num com o candomblt ,·aes - lliarius do Sul em was
volume só. · Ollao pc(O- Sopbos . • O«hll> · Textos
B <»
Você acha o que PfeCISa em segundos. O ALMA·
NAOUE ABRIL tem um superíndlce remissiYo com
Filhos nhcnto.
bcn$ que quem
matcmitico
noiueguês ·
.asrado> funda·
mentaos na mllli·
mon~u deixou (pl. )- A'<' mfor- (18-12-11199). autor daS teonas çio reh&iosa d~ fndoa - lnoa:u~
tudo em erma.
Grábs. Mapa·Múndl em cOI'es, com as bandetras
saudáveis mc. com trb dedos nós pés. C
lmcoaa do pintor C)JXlnhol Vc-
dos grupos OOtiiÚIUOS de lnlnS·
formaçto. Z· Aqui está • Planro
tlo poeta ponuguês.. M3Ch3do.
Ir Aranha sohtdna que niio tca:
de todos os palses e estados brasileiros. comem maçãs li;qucz (1599-1660) - Trombct~
ondf,en• feito de loquaruçu - o~
d~ famOia das c:ac~ (pl.). J:
lnoc:oatS do pr~dent~ dos EUA
teoa - Ouro. rCSO>t~Ric - Sobreno-
me do anoslll O<!renttno. aulor de
ALWINAOUE ABRIL Abriu, achou. sabór à CO!IÚdll (onven.) • Sogta
NACOES DO MUNDO tudo SObre os 170 pafses. Um pai preocupado com a • Pa1narc-• boôlico - Aquele que Gioconda. 111 Bencffao - Lote·
do El.todo do Acre. D• Toml\f 'endcu sua primogenitura por 11110 fr:u>Cês ( 17-19·1814). conhc·
OS FATOS QUE MARCARAM O ANO em desta· saúde dos filhos quer que nr. rcfr~scar·sc • Poeta ~moro um prato de lcntilllas - A ter· codo pelos seu. roonano<S P"rvcr-
que os aconteclme~tgs de maior relevo de 88187. eles comam maçãs mas latino (254·184 a C.). autor de reora l~tra do alfabeto. 4.· Praú- "'S • Nome bra>ileiro.. Cortcz,
ESTADOS ETERR RIOS BRASILEIROS dados ·•o Soldndo Fnnforrno". li: Con· C'ilntc de seita none·americona IV: 0 ... Wclh. diretor de conemu
não sabe fazer a distrib uição. traçfto • em + as- Núme ro par - fundada <m 1828 por Joscph • Varooção do nlvcl dos on(orc~
estatísticos e históricos sobre todos eles. O pnrulw. F: A~udczu de Jl<!r· Smilh · Ouo.... físico amcrica· cnusndn 1>c:lo degelo dOI> pólos.
O MUN DO EM QUE VIVEMOS· aspectos geográ· Vamos aj udá-lo. Se der cinco ccpç!\o - Sun 3nllgu cropilnl em no. pre mio Nobel em J 943 pe- V: Sfonbolo qufmiC<> tio roldi(> •
ficos, humanos e curiosos sobre nosso planeta. maçãs a cada filho, vão lhe Cno~~<>. 0: Ocorrencia cxtruor· lós ~cus cmodos ~obre a mntC· Ou c rói. roedor - Colocur • Ocet.
O ALMANAQUE ABRIL tem tudo Isso e multo mais sobrar quatro; se der seis dindriu IIUC DUO 'C C::~pllcn )l<!tas rinllznç!\o dos fótooes. 5: Cor- grama (u,brcv ). V/: Ab>un seja!·
lei$ da nnturcuo- Sohrcolomc do tem pnra o màr - flu bilidndc Foo·ona soncopadn de "><:nhoo" •
nas suas 768 páginas. a cada um. vai faltar-lhe cúntor populllr Jorgt .•• - Slmbolu criativa - Composição poética OFerecer. Vil. Blcho·papão • 1\
uma maçã. Quantos filhos c qulmlco do ars6nio. de car~ter llrico. 6: A pane que fahu qualquer dedo.
maos ~uni dlls manchas solares

'I quantas maçãs ele tem?

Respostas na página 91
Pedra P"'c:iosa • O "e'' do ai·
fabc1o &"'80· 7: Aqui · ~
dos mortos (poél.) - Fazer mo-
'1mc.nt~ com ti mãos.

~Nas
l!i!J bancas SUPER 89
..

Cubigrama Filhos Jogos com


saudáveis fósforos
comem maçãs
Sinais do Universo X é o número de filhos
"
Y é o número de maçãs t~ )

sx + 4 = y

6X- 1 = Y "
6X - 1 = 5X + 4 , .. '/ -- - ..
6X - 5X = 4 + 1
I
I

" I
I
I

X= 5 /
,~
v
Ele tem cinco filhos. ' ,,
Logo
Nos dois casos se forma a
5 X5 + 4, = 29 OU mesma figura. No primeiro
basta tirar os fósforos marca-
6 X 5 - 1 = 29 das oom a cruz e oolocá-los
nas lugares.mareados com as
E tem 29 maçãs linhas PQ!1rilbadi1S-

ESTA ÉO MO. EOPRECO ÉOMÍNIMO.


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-Como cientista, é difícil de acreditar que ete recebe mais mensagens do que nós-

·90 SUPfR SUA CÂMARA USADA VALE 300 CRUZADOS NA COMPRA DE UMA HOBBY 35mm.
~....., CARL ~AGA' 1-M
· ). !"7/' SL'PERINTER ES~A " TE
~ ~ Como surgiu a vida na Th'ra? Quando
,.......
l Lu do começou? ..
c possf,~l que existn
~~ algo parecido em outros planetas?
Nmguém melhor que o autor de Cosmos, a
premiadissima série de TV, para falar sobre o
assunto. Carl Sagan escreveu um supcmrtigo. Uma
exclusividade de SUPERINTERESSANTE.

~-;" OS P EIXES DE CORAIS

-
.,..)(
- 'n :
O H0~1E\1 JESU ·
Além do que está escrito nos
'-""'"' '(:7 .. Evangelhos. pouca COtSa se sabe sobre a
~-~
'tjm ·
~
Conheça os mais coloridos habitantes
do fundo do mar. E sa1bn ainda o que
sã.o comis, onde existem no mundo e
ll' "pessoa" Jesus. Te\oc imtàos? Fez pane
~~ de alguma orgnnização mdical? Enfun, em que trechos do litoral bmsileiro
podem ser encontrados.
quais as cenezas e dúvidas que existem sobre esse
homem chamado Jesus?
OS DISCOS VOADORES

~Fí{(::n:"' Os objetos voadores nllo identificados


sempre cxcit·amm n imnginnçilo do
maioria dns pessoas. Mas onde
termina a verdade e começa a ficç!lo'1 voca ~~ A Glllette criou o novo Atra O que barbeava mais rente
agora também é mais sua1ve. .
t..'\~
Exclusiva fila lubrlllcante.
vai conhecer as explicações pam a Em contato com a água l~z o aparelhO P1us, o mais revolucionário sistema
maior pane das aparições de supostas o~ ~ o destozaf tn;~IS suavcmonto. de barbear.
nav~ ex~raterrestrcs c os esforços ~ ~~<! Atra P1us tem a exclusiva
lila lubrificante que, em contato
da aenaa para saber se existe ~~ ~ com a água, faz o aparelho deslizar
mesmo vida inteligente em ~" r:-.,?$ em seu rosto oom uma suavidade
outros pontos do Unherso. t..~' ~ que você nunca experimentou.
~ \0 Não existe nada mais
avançado que o 110110 Atra P1us da
Gillette. O melhor barbear da G/llette.
Domingo. En~uanto todo mundo
a tra
o seu 5º vôo a Europa.

A Lufthansa agora tem cinco saídas semanais • Conexões para 72 cidades da Europa.
para Frankfurt. Ela está trabalhando firme para • As conexões dos passageiros de First Class
oferecer a melhor opção de vôo para a Europa: continuam em First Class. até o final do per-
• O vôo de domingo parte do Rio às 23:55 h, curso.
com conexão do Aeroporto de Guarulhos, em O melhor programa para uma noite de domin-
São Paulo. go é descansar a bordo de um B-747 da Lutthàn- •

• Permanecem os outros 4 vôos semanais, às sa. Você chega na Europa em forma para co-
segundas, quartas, sextas e sábados, São meçar a semana.
Paulo-Rio-Frankfurt.
• Serviço de bordo com a mais alta categoria
que uma companhia aérea pode oferecer.
• Possibilidade de reserva de poltrona já no mo-
mento da reserva de passagem, para todos
os passageiros de First Class e Business
Class. Vá de Lufthansa. Não vá por menos.

Lufthansa

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