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A milhares de anos a terra era comandada pelos humanos, a raça mais

inteligente e desenvolvida já antes vista.

Os humanos prosperavam seguindo o caminho da paz e da harmonia, foi


seguindo esse caminho que juntos ergueram grandes reinos e monumentos,
criaram uma monarquia e desenvolveram uma economia estável.

Tudo ocorreu bem durante gerações. Em busca de expandir seus


territórios os reinos humanos começaram a mandar exploradores desbravarem
o mundo a procura de lugares para fundar novas vilas e reinos.

Um dia durante uma caminhada um explorador do reino de Hortom se


perdeu e caiu desacordados, tempos depois acordou em um novo reino,
escondido no meio da mais profunda e densa floresta, lá ele conheceu um povo
diferente dos outros, pele mais escura, quase não usavam roupas e seu dialeto
era diferente, eles o acolheram e dias depois o deixaram partir.

Após aquele dia não demorou muito para que o explorador chegasse em
seu reino e contasse o que viveu nos últimos tempos, isso se espalhou por todos
os reinos e com isso os humanos decidiram interagir com esse povo, em busca
de conhecê-los, com o tempo ensinaram-lhes seu idioma e aprenderam o deles,
descobriram que seu reino chamava Hutan, eles diziam ser o primeiro povo a
surgir nessas terras.

Os humanos então viraram amigos desse povo e ficaram conhecidos por


eles como Povo do Norte, enquanto eles os chamaram de Povo do Sul. Com o
tempo estabeleceram rotas comerciais entre os reinos humanos e Hutan. Cada
dia que passava descobriam mais coisas um sobre o outro e, depois de anos de
convivência o Povo do Sul resolveu compartilhar com os outros um de seus
maiores segredos, o fragmento celeste, uma joia verde que ficava presa pelas
raízes de uma imensa arvore localizada bem no centro de Hutan, esta joia era o
que sobrou do último suspiro da deusa Celest, que deu sua vida para proteger
sua criação dos deuses que a invejavam, assim mandando a terra para um lugar
onde eles nunca a encontrariam, a joia foi o que restou do poder de Celest e que
agora mantém a terra a salvo dos deuses.
O Povo do Norte ficou fascinado com tal objeto e começaram a cobiçá-lo,
acreditavam que o artefato lhes traria poder para expandir seus impérios, eles
tentaram negociar, mas o povo de Hutan lhes disse que não renunciariam ao
fragmento e que eram os guardiões dele. O povo do norte ficou com raiva e isso
desencadeou um grande ódio que veio a se tornar uma guerra, o povo de Hutan
e o povo do norte agora lutavam incansáveis batalhas pelo controle da joia, o
povo de Hutan dizia que ela não traria o poder que o Norte queria, mas eles não
escutaram, achavam que o Sul só prosperava pelo poder da joia.

Eles lutaram durante anos, milhares de vidas foram perdidas nas batalhas,
até que um dia os reinos do norte resolveram unir suas forças em uma investida
que devastou o Sul e massacrou o povo de Hutan.

Finalmente tinham liberdade para pôr suas mãos na joia, os humanos


marcharam até a grande arvore sendo liderados por seus reis. Eles desceram
as escadas do aqueduto que levava água até as raízes da arvore, lá entre as
raízes da grande arvore encontraram o fragmento celeste, ele emanava um
brilho azul e as raízes enroladas nele também brilhavam entre suas rachaduras,
os humanos começaram a cortar as raízes que embora fossem finas eram muito
resistentes, assim que cortaram o rei de Hortom James Miller foi o primeiro a
pega-la, porém, assim que obteve a joia em suas mãos o aqueduto começou a
tremer até que partes dele começaram a se romper e cair, as raízes da arvore
começaram a murchar e o brilho pouco a pouco se esvaio. Começou um
verdadeiro caos lá dentro, todos começaram a subir as escadas correndo antes
que tudo desmoronasse, infelizmente alguns não conseguiram escapar, em um
certo ponto a escada começou a se desmontar e muitos soldados caíram. Ao
subir se depararam com a arvore agora seca, suas folhas escureceram e caíram,
seu tronco perdeu o brilho e se retorceu, ela balançava de um lado para o outro
conforme suas raízes se enfraqueciam e deixavam de aguentá-la. Os humanos
fugiram dali e de longe observaram a arvore cair.

Quando todo seu corpo tocou o chão um grande clarão azul


acompanhado de uma explosão emanaram da arvore, em segundos uma onda
causada pela explosão passou pelos humanos deixando-os cegos, surdos e
atordoados durante alguns segundos, durante esse tempo alguns ali sentiram
uma dor imensa por todo seu corpo, nove dos dez reis que estava ali foram
afetados, eles sentiam seus corpos sendo esticados ou diminuídos, alguns
sentiram seus músculos inflarem e outros sentirem chifres saindo de sua cabeça.
Após os gritos pararem e a poeira abaixar todos pouco a pouco tiveram seus
sentidos restaurados, mas sua visão foi horrível, agora grande parte dos
humanos que estavam ali haviam se tornado seres diferentes, suas peles
mudaram de cor, adquiriram presas ou chifres, uns estavam grandes e fortes,
outros pequenos e parrudos, já os que menos mudaram estavam com orelhas
cumpridas e pontudas.

Foi um choque para todos ali, só o rei de Hortom e seu povo


permaneceram como eram antes, ver todos diferentes assustou os que
permaneceram normais e eles fugiram dali carregando o fragmento.

O reino de Hortom fechou suas portas para os outros e manteve com sigo
o fragmento celestial, mas os outros reinos não aceitavam isso, eles mesmo se
afastaram uns dos outros, mas cobiçavam o mesmo objeto. Ameaçaram entrar
em guerra e forçaram o rei a tomar uma decisão.

Então em uma bela manhã foi dado um decreto real, o rei de Hortom
decidiu unir os povos, mas, só aqueles que ainda se pareciam com os humanos,
ele deu a todos um nome e se tornou aliado dos Elfos, Anões, Halflings e
Gnomos, os demais a qual nomeou como Orcs, Trols, Turtos, Sátiros e Tieflings
foi dada a ordem de isolamento, os obrigando a irem criar seus reinos em outros
lugares afastados, com a desculpa de causarem medo por suas características
tão diferentes.

Assim foi feito, os povos que se juntaram com os humanos de Hortom


eram a maioria, então conseguiram expulsar os demais sem problemas.

Anos se passaram em paz, não se ouviu falar dos isolados durante anos,
mal sabiam os humanos que longe de suas terras também ocorreram mudanças
nas plantas e animais que agora cobriam territórios inteiros. Quando as raças
foram isoladas e tiveram que se afastar acabaram tendo que brigas com seres
nunca vistos para conquistar um lugar no mundo, assim travaram batalhas e
depois de muito sofrimento conseguiram se estabelecer, os Trols e Orcs se
mantiveram juntos nas floresta, os Turtos se esconderam na água, os Tieflings
no subterrâneo e os Sátiros nos bosques.
Enquanto isso o povo de Hortom estudou o fragmento celeste e
descobriram como usar sua magia para si, assim criando os magos, seres
capazes de usar a magia do fragmento para fazer coisas incríveis como voar,
crescer plantas, atirar fogo e até criar raios que destruíam tudo que tocavam.
Eles usaram essa magia para crescer e se expandir, se tornando o maior império
da terra, todos sobre o comando do rei James II que agora assumiu o trono com
a morte de seu pai, mas enquanto Hortom crescia os povos exilados enfrentavam
uma praga que acabara de surgir.

Do dia para noite novos seres surgiram vindos do Sul, criaturas imensas
de 60 metros, com escamas escuras, chifres na cabeça e com a capacidade de
cuspir um fogo tão quente que derretia pedras, lhes deram o nome de Dragões...

Eles estavam sendo liderados por um dragão maior que todos, com
aproximadamente 70 metros, ele recebeu o titulo de O Terror Noturno.

Os dragões atacavam de noite, devastando tudo que viam pela frente,


mas diferente do que se pensa eles não matavam todos, eles pegavam os
sobreviventes dos ataques e escravizavam para que construíssem seus lares e
lhes desse o que queriam. Assim os dragões destruíram noite após noite quase
todos os domínios dos exilados e os escravizaram, os Turtos e Tieflings estavam
seguros pois se mantiveram escondidos embaixo da terra e da água, mas os
dragões os impediam de sair, forçando principalmente os Tieflings e buscarem
outras formas de se alimentar e arranjar água.

Meses se passaram até que os dragões haviam tomado conta de todo


território do sul, eles criaram seus lares em montanhas e cavernas, sempre de
lugares onde pudessem observar seus domínios. Seus escravos foram forçados
a viver em pequenas vilas para plantarem, criarem animais e gerar soldados para
os batalhões dacrônicos, de tempos em tempos dos soldados iam nas vilas
recolher a comida e os novos soldados, sempre que iam escolhiam um grupo de
4 pessoas e a executavam-nas na frente de todos para mostrar seu poder.

Com o tempo os dragões se cansaram do que tinham e decidiram que


queriam mais, começaram a se expandir para o Norte, onde encontraram novas
vilas para saquear e escravizar, mal sabiam eles que essas vilas pertenciam a
Hortom, que agora se é um gigantesco reino habitando a costa de uma grande
montanha.

Durante os primeiros ataques um dos sobreviventes conseguiu escapar e


reportar o ocorrido para o rei. O rei enfurecido achando que era coisa dos
exilados montou um batalhão de soldados acompanhado de magos e os mandou
reconquistar suas vilas, mas o que encontrou lá foram as gigantescas feras que
quase dizimaram os batalhões, mas pela primeira vez desde que surgiram, os
dragões tiveram mortes. A batalha foi intensa dois dragões caíram, mas a custo
de 5 batalhões inteiros e 9 magos, o mago sobrevivente foi solto a fim de alertar
o reino, ele voltou quase morto até Hortom para avisar o rei que se enfureceu
ainda mais, ele sabia que agora a maior guerra de todas estava para começar,
ordenou que treinassem mais magos e soldados, enquanto mandou um
mensageiro até os dragões, eles haviam aprendido a falar o dialeto humano,
então entenderam e mandaram outra mensagem. “Agora nós que atacaremos...”

Na mesma noite um grupo de 5 dragões foi avistado no horizonte voando


em direção a Hortom, mas eles subestimaram os Humanos, ao passar da linha
de fogo foram recebidos com inúmeros raios vermelhos que perfuravam suas
escamas e eram capazes de atravessar seus corpos, mesmo sendo atacados
primeiro conseguiram revidar e fazer alguns estragos, mas todos os dragões
caíram perante o poder dos magos, naquela noite os tempos de horror que
ficariam cravados nas memórias de cada cidadão de Hortom havia iniciado.

A partir daquele dia a guerra se iniciou, direto os dragões atacavam


Hortom junto a seus soldados e Hortom revidava com seus magos e guerreiros,
não tinha um dia que se pudesse ter pás no reino, isso se alastrou por anos, dia
a pós dia batalhas eram travadas em sua maioria acima de Hortom entre magos
e dragões.

Até que um dia o mago Minus o Sábio veio ao rei com um plano, mas para
efetuá-lo eles teriam que se unir aqueles que um dia exilaram, não vendo outra
saída o rei concordou com o plano e começou a enviar grupos de magos e
soldados para buscar os povos exilados e resgatar seus líderes, os sátiros
haviam sidos dizimados, mas os outros permaneciam lá, lhes ofereceram paz e
uma aliança em busca da paz, oferecendo-lhes uma união após tudo passar,
desde que eles se juntassem a eles na batalha. Os povos aceitaram e então os
lideres de cada povo foi resgatado e levados a Hortom, lá foram apresentados a
Minus, que lhes disse que em todos seus anos de estudo ele descobriu que a
mesma coisa que os transformou em seres diferentes também os ligavam ao
fragmento celeste e, que a única chance deles acabarem com os dragões seria
usando essa ligação para lançar a magia mais poderosa que o mundo já viu,
Minus então começou a treina-los juntos aos lideres de cada povo de Hortom,
incluindo o rei James, foram meses de treinamento intenso, aprendendo e
absorvendo cada gota de conhecimento que podiam, ao final do treinamento
todos eram magos excepcionais, eles foram chamados de Celestiais, o grupo de
mago que salvaria todos.

Então após oito meses era hora de pôr o plano em prática, Hortom
desafiou o próprio líder dos dragões a vim com todo seu exercito para uma
batalha final em Hortom, eles sabiam que os dragões se achavam superiores de
mais para negar, então após ser aceito o desafio se prepararam para a batalha.

Chegando o dia tão esperado, era possível ver no horizonte uma revoada
de mais de quatrocentos dragões guiados pelo Terror Noturno, acima de Hortom,
sobrevoando o pico da montanha estavam os magos de Hortom, a frente de
todos os dez lideres empunhavam grandes cajados e vestiam túnicas de cor azul.

Assim que os dragões chegaram a batalha começou, os magos foram pra


cima dos dragões enquanto os celestiais se reuniram em um circulo e
começaram a recitar uma magia.

De imediato os dragões não se importaram, mas depois de dez minutos


em uma longa batalha, uma luz azul vinda de Hortom sobe a montanha, é Minus,
carregando com ele o fragmento celeste que reage a magia profanada pelos
celestiais. Tal luz chama a atenção dos dragões que sabem da existência do
fragmento, eles começam a voar em direção a Minus e aos celestiais que agora
estavam com o fragmento flutuando dentro do circulo que formavam, os magos
começaram a tentar segurar os dragões criando barreiras e tacando magias
repulsivas com o intuito de atrasa-los, mas eles eram muito resistentes, não
demoravam muito para quebrar as barreiras, então os magos se uniram e
usaram todo seu poder para criar uma esfera mágica em torno deles e dos
celestiais, os dragões atacavam a espera como verdadeiras bestas sedentas
pelo fragmento.

Os magos já não aguentavam mais quando o fragmento emanou uma


ofuscante luz azul que quase cegou todos, os dragões continuavam atacando
até que a barreira começou a rachar, e quando ela finalmente estourou e os
dragões foram entrar a luz aumentou incessantemente e por alguns minutos o
tempo congelou, os celestiais haviam quase terminado a magia, a sua volta os
magos estavam parados no ar como se estivessem caindo sem forças e os
dragões estavam parados prontos para investir e atacar, então todos se reuniram
e disseram a ultima palavra da magia. A joia no meio do circulo começou a brilhar,
a luz queimava e ofuscava suas visões, eles sentiam seus corpos sendo sugados,
mas não conseguiam ver nada, todas as coisas em volta deles começaram a
serem sugadas para dentro da joia, incluindo o próprio reino abaixo deles, o
fragmento também absorvia todas as criaturas e plantas que haviam sofrido
mutações antes, mesmo que estivessem distantes.

Levou apenas alguns segundos para que tudo fosse sugado para dentro
da joia que desapareceu no ar, levando com ela todas as criaturas e plantas
mágicas, todos na batalha e o próprio reino de Hortom para um novo lugar
totalmente desconhecido.

Continua...

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