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Intenção do Consumidor.
Autoria: Richélita do Rosário Brito Casali, Tais Alexandre Antunes Paes, Petruska de Araújo Machado,
Leíza Cavalcanti de Medeiros, Augusto José de Aragão
Resumo
1
1 Introdução
2 Ética em Marketing
Percebe-se que a maior parte da literatura, em geral desenvolveu questões éticas com o
foco no ofertante (CHERRY; FRAEDRICH, 2000; SCHUMANN, 2001; SVENSSON;
WOOD, 2007; SINGHAPAKDI et al, 2010). Poucos estudos têm investigado questões éticas
sob a perspectiva do consumidor (VITELL; PAOLILLO, 2003; SWAIDAN; RAWWAS; AL-
KHATIB, 2004; BRUNK, 2009). Deixar de considerar a perspectiva do consumidor em
pesquisas de ética pode trazer um entendimento incompleto do processo, uma vez que, o
consumidor é o principal participante da relação de troca (VITELL, 2003).
Comportamentos antiéticos ou dilemas éticos podem ser desencadeados ou
enfrentados por qualquer um dos stakeholders envolvidos no sistema de troca, inclusive o
consumidor (MALHOTRA; MILLER, 1998). Neste sentido, práticas deletérias executadas
pelos consumidores podem ter efeitos tão nocivos quanto àquelas praticadas pelas empresas
ofertantes. O argumento de Wilkie e Moore (1999) para a relevância de se estudar tais
comportamentos é de que eles podem prejudicar competidores e consumidores honestos.
Desta forma, não se pode pensar a ética em marketing sem pensar na ética do consumidor,
pois, se práticas antiéticas de um agente ofertante, como, por exemplo, fazer propaganda
enganosa, são insalubres para os envolvidos na troca, a prática antiética do agente demandante
também tem potencial de gerar danos neste mesmo sentido de troca.
5 Método
A amostra foi formada por 50% do gênero masculino e 50% do gênero feminino. Com
relação à idade, houve uma predominância de respondentes jovens (45% representam a faixa
de 20 até 25 anos), coerente com a afirmação de Gupta, Gould e Pola, (2004) quanto mais
jovem for o indivíduo maior a probabilidade de piratear. Com relação à renda, 67% dos
respondentes disseram ter uma renda familiar mensal acima de R$ 3.000,00. Esse resultado se
aproxima da realidade dos estudantes das universidades particulares, fortalecendo assim sua
adequação ao estudo.
O gênero é uma variável que está significativamente relacionada à intenção de piratear
software (KWONG et al, 2003). Por exemplo, Swaidan, Rawwas e Al-Khatib (2004)
encontraram diferenças entre os gêneros em relação à atividade ilegal. Sendo assim, a
pesquisa analisou a associação entre o gênero e três dimensões que estão relacionadas com
comportamentos antiéticos do consumidor para piratear, são elas: Percepção de benefício
ativo da ação ilegal, Benefício passivo de ação de atividade ilegal, Ação questionável, mas
legal. Para isso, foi realizada uma análise qui-quadrado para verificar a associação entre o
gênero a cada uma das três dimensões. Os resultados mostram que as três dimensões não
variaram de acordo com o gênero, apresentando, respectivamente, p-valor = 0.818, p-valor =
0.118, p-valor = 0.147. Isso significa que, para a amostra estudada, não há diferença entre os
gêneros em relação à pirataria, contrariando o estudo de Kwong et al. (2003) e Ang et al.
(2001) em que os homens apresentam mais propensão em piratear do que as mulheres.
Contudo, Cronan e Al-Rafee (2007) encontraram que ambos os gêneros sentem que piratear
não é certo, não havendo assim diferença entre eles.
Segundo Nill e Shultz II (2009) para muitos consumidores de países menos
desenvolvidos o preço do software legítimo leva a uma mais alta motivação para piratear,
sendo assim, o software pirata, embora ilegal, fornece uma alternativa para os mesmos. Logo,
a fim de analisar a relação entre renda e as três dimensões antiéticas acima destacadas
observou-se que elas também não variam de acordo com a renda, apresentando,
respectivamente, p-valor = 0.299, p-valor = 0.813, p-valor = 0.517.
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6.2. Análise da Estatística Descritiva
Na Tabela 1 as sete primeiras linhas apresentam as médias e desvios padrões das sete
dimensões que formam o construto comportamento ético geral do consumidor (Benefício
ativo de ação ilegal; Benefício passivo de ação ilegal; Ação questionável, mas legal; Nem
prejudica e nem polui; Comportamento ético associado a software; Comportamento ético
ativo de reciclagem; Comportamento ético de realizar o bem). Em seguida estão às médias e
desvios padrões dos outros dois construtos analisados “atitude em relação à pirataria de
software” e “intenção de piratear”.
Para a dimensão “Nem prejudica e nem polui”, que na escala original possui cinco
itens, entendemos que três deles, estavam relacionados à utilização de software, e procedemos
à realocação destes para a dimensão “Comportamento ético associado a software”. Neste
sentido, a dimensão “Nem prejudica e nem polui” foi mensurada por apenas dois itens.
As médias de 1.51 para a dimensão “Benefício ativo de ação ilegal” e de 1.94 para
“Beneficio passivo de ação ilegal” indicam que de uma maneira geral a amostra considera que
se beneficiar tanto ativamente quanto passivamente de uma ação ilegal é errado. Já para as
dimensões “Ação questionável, mas legal” (média 3.51) e “Nem prejudica e nem polui”
(média 3.37) ficaram entre as variações mais ou menos e acredita-se que isto é certo,
sugerindo que os itens relacionados corroboram para que não haja um sentido claro por parte
dos respondentes em categorizá-los como comportamento ético ou antiético confirmando a
tendência da classificação destes itens nos construtos comentados pelos autores Vitell e
Muncy (2005), apesar da dimensão “Ação questionável, mas legal” caminhar em sentido ao
comportamento antiético.
A média 2.90, relativa à dimensão “Comportamento ético associado a software”,
demonstra que os entrevistados não possuem bem definido se as ações relacionadas à pirataria
digital devem ser classificadas como comportamentos éticos ou antiéticos, evidenciando a
falta de posicionamento dos mesmos. As médias das dimensões Comportamento ético ativo
de reciclagem (3.51) e de realizar o bem (3.90) ficaram entre as variações mais ou menos e
acredito que isto é certo, demonstrando outra vez a imprecisão quanto ao comportamento
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ético dos entrevistados, apesar da tendência no sentido de uma conduta ética para a dimensão
Comportamento ético de realizar o bem.
No construto “atitude”, mensurado através da escala Likert com variação entre 1
(discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente), a média de 2.55 sugere que os respondentes
da amostra, apesar de apresentarem disposição ética, tendem a uma posição indefinida no
sentido da atitude em piratear ou não o software. Este resultado permite uma relação com a
média da dimensão “Comportamento ético associado a software”, que também apresentou
uma posição intermediária.
O construto “intenção de piratear” foi mensurado através dos cenários A e B e
apresentou media de 3.01 corroborando que a probabilidade dos entrevistados de baixarem
software sem pagar ficou em meio termo indicando, novamente, que diante das situações
apresentadas nos cenários não há uma posição definida em relação à intenção de piratear.
Para medir o grau em que existe uma associação linear entre as dimensões que
formam o construto de comportamento ético geral, atitude para piratear e intenção de piratear,
foi realizada uma análise de correlação. Os resultados mostram os valores das correlações de
Pearson e as significâncias dos construtos “atitude”, “intenção” e das sete dimensões que
formam o “comportamento ético geral do consumidor”.
Tabela 2. Análise da correlação entre as dimensões que forma o construto “comportamento ético” e os
construtos “atitude para piratear” e “intenção de piratear”
Atitude para
Dimensões e construtos
piratear Intenção de piratear
P ,221** ,189**
Beneficio ativo de ação ilegal
Significância ,002 ,007
P ,281** ,274**
Benefício passivo de ação de atividade ilegal
Significância ,000 ,000
P ,025 -,066
Ação questionável, mas legal
Significância ,729 ,350
**
P ,211 ,212**
Nem prejudica e nem polui
Significância ,003 ,003
**
P ,588 ,258**
Comportamento ético associado a software
Significância ,000 ,000
P ,025 -,066
Comportamento ético ativo de reciclagem
Significância ,729 ,350
P -,077 -,085
Comportamento ético de realizar o bem
Significância ,276 ,230
Intenção de piratear P ,169* ----
Significância ,017
Fonte: Dados da Pesquisa
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leva ao usuário a não apresentar uma atitude em relação ao ato de piratear, assim, esses
resultados estão de acordo com o estudo de Vitell e Muncy (2005).
As demais dimensões evidenciam grau de associação significante com a atitude, com
p-valor < 0.05. A maior correlação apresentada se refere à dimensão “Comportamento ético
associado a software” (0.588; p-valor = 0.000), significando que, no geral, a amostra
apresenta um comportamento ético associado a software em relação à atitude para piratear.
Foram encontrados pesquisas com resultados semelhantes, que mostram a associação
significativa entre atitude e comportamento (AL-RAFEE; CRONAN, 2006; GUPTA;
COULD; POLA, 2004).
A dimensão do comportamento ético geral que evidenciou menor grau de associação
com a atitude foi a “Nem prejudica e nem polui” (0.211; p-valor = 0.003). Esse resultado já
era esperado, uma vez que a mesma é apresentada nos itens de Vitell e Muncy (2005) como
uma dimensão neutra, sendo assim, confirmadas nessa pesquisa.
Os resultados do estudo corroboram a afirmação de Al-Rafee e Cronan (2006) de que
a atitude é um fator significante que influencia a intenção, pois evidenciam uma correlação
significante (0.017<0.05) entre a intenção de piratear e a atitude. Essa associação não é forte,
mas é significativa, uma vez que quanto mais o indivíduo acreditar que o ato de piratear é
uma atividade correta mais positiva será sua atitude com relação a esta prática.
Analisando a associação entre o construto “Intenção de piratear” e as sete dimensões
que formam o construto de “Comportamento ético geral”, observa-se que, ao nível de
significância α = 0.05, três dimensões não estão significativamente associadas com a intenção
de piratear, são elas: “Ação questionável, mas legal” (-0.066; p-valor = 0.350),
“Comportamento ético ativo de reciclagem” (-0.066; p-valor = 0.350) e “Comportamento
ético de realizar o bem” (-0.085; p-valor = 0.230). Embora não tenhamos encontrado estudos
que reforcem essas associações, curiosamente os resultados vêm de encontro a uma
expectativa lógica de que o indivíduo que tem um comportamento ético positivo terá uma
intenção negativa para piratear.
As demais dimensões demonstraram um grau de associação significante com a
intenção de piratear, com p-valor < 0.05. A maior correlação apresentada se refere à dimensão
“Benefício passivo de ação de atividade ilegal” (0.274; p-valor = 0.000), apontando que é
mais fácil os indivíduos agirem ilegalmente de forma passiva, porque assim sua sensação de
culpa é reduzida. Essa dimensão está relacionada à percepção de prejuízo que é causado a
terceiros, especialmente em situações de pirataria digital, onde é possível haver o
distanciamento entre quem prejudica pirateando e quem é prejudicado (HINDUJA, 2003;
NUNES; HSEE; WEBER, 2004). Essa mesma justificativa explica o fato da dimensão
“Beneficio ativo de ação ilegal” ter evidenciado menor grau de associação com a intenção de
piratear (correlação de 0.189 com p-valor = 0.007).
7 Considerações Finais
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