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Nome: Marco Henrique Nunes Pereira

Industrialização

Em Industrialização, Anthony Giddens e Philip Sutton apresentam ideias sobre o processo


de substituição de mão de obra humana e animal por máquinas iniciado em meados do
século XVIII, na Grã-Bretanha e Europa. Para os autores o conceito de industrialização
sugere um processo de mudança em longo prazo, de uma sociedade pré-industrial ou não
industrial rumo a uma sociedade primordialmente baseada na manufatura. Para eles, a
industrialização é o aspecto mais significativo do processo de modernização.

Com o aumento da produção, as pessoas, à procura de trabalho, começaram a migrar das


zonas rurais e agrícolas para as cidades em pleno desenvolvimento, onde ficavam as sedes
de novas fábricas e oficinas. Ao final do século XIX, a grande massa de trabalhadores era
empregada na manufatura e não na agricultura. Fator esse que acabou sendo marcado
pelas terríveis condições de vida e trabalho nas cidades superlotadas, sem contar o impacto
devastador das máquinas sobre as habilidades artesanais tradicionais.

No entanto, a partir dos anos 1970, muitas sociedades previamente industriais se tornaram
gradativamente pós-industrializadas, pois uma quantidade cada vez menor de trabalhadores
está diretamente envolvida na manufatura e sim empregadas em segmentos de serviços
nas áreas de educação, saúde e finanças.

Outro ponto abordado pelos autores é a transformação do modo de como a massa vivia o
seu cotidiano. Uma sociedade industrial é aquela cuja tecnologia faz a mediação do
relacionamento entre os seres humanos e o mundo natural. Isso porque houve a mudança
na relação entre pessoas e natureza, pois esta passa a ser cada vez mais vista apenas
como fonte de matérias-primas ou recursos destinados ao processo de produção.

Contudo, países pós-industrializados passam a investir em países em desenvolvimento


levando para esses o processo de manufatura, onde os custos de mão de obra são mais
baratos e as regulamentações aplicadas com menos rigidez. Porém agora existe uma
preocupação que antes não havia: a questão ambiental. Este fator está no topo do debate
político global. É necessário que haja uma forma ecológica de modernização que evite os
níveis devastadores de poluição gerados na industrialização anterior e que permita que os
países em desenvolvimento se modernizem.

Globalização
A globalização é considerada um fenômeno capitalista que parece ter surgido na era dos
grandes descobrimentos e experimentou um grande desenvolvimento a partir da Revolução
Industrial.

Para Milton Santos, as empresais globais funcionam em rede, desenvolvendo toda suas
ramificações e interdependências globais, de modo a torna-las flexíveis e móveis. São
alianças entre firmas de grandes dimensões que organizam mercados e os circuitos de
produção, de modo a beneficiar-se de economias de escola, escolher as melhores
implantações, aproveitar as especializações produtivas das firmas associadas, e assim
reduzir os seus custos de produção.

O autor destaca que as finanças se tornaram globais, constituindo a principal alavanca das
atividades econômicas internacionais, mediante os processos conjugados de
multinacionalização e transnacionalização. A transnacionalização é devida à emergência e
crescimento de novas praças e centros financeiros em todos os continentes. A
planetarização das bolsas é um outro degrau importante nessa evolução.

Podemos dizer que o que dita as regras mundiais são as bolsas internacionais e a cotação
do dólar dia a dia. Com isso, conclui-se que o setor financeiro se torna o verdadeiro
regulador da economia internacional, mais uma ameaça ao papel de controle que cabia aos
Estados.

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