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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS E MINERALOGIA

Tema:

Aplicação das integrais na Economia

Discentes:

Orlando Aylton Ferreira Ofisso

Trabalho da cadeira de Matemática 3 de

Curso de Economia e Gestão,2º Ano, Período laboral.

Tete, junho de 2021


Introdução
A derivada é um dos conceitos mais importantes do Cálculo. Outro conceito também
muito relevante é o de Integral. Existe uma estreita relação entre essas duas ideias. A
operação inversa da derivação é a anti derivação ou integração indefinida.
Newton e Leibniz, bem como os seus seguidores, se envolveram em uma polêmica
sobre a originalidade da descoberta do Cálculo, acarretando grande desgaste pessoal a
cada um deles. As abordagens deles sobre o tema foram diferentes.
Newton apresenta o seu Método das Fluxões como uma ferramenta que lhe permite
aprofundar seus conhecimentos dos fenômenos físicos. Isto é, uma visão cinemática do
Cálculo: a derivada vista como uma taxa de variação. Ele considerava x e y variando em
função do tempo. Leibniz, por sua vez, considerava x e y variando sobre uma sequência
de valores infinitamente próximos. Ele introduziu dx e dy como sendo as diferenças
entre os valores nesta sequência.
Tendo a economia como questão cada vez mais complexa e abordada no cotidiano tem-
se a necessidade do aprofundamento em pontos específicos como os excedentes. O
presente trabalho abordará a importância do estudo da integral definida para análise
econômica dos excedentes do consumidor e produtor, enfatizando esses conceitos na
economia.

Metodologia
O presente trabalho foi realizado através de analise bibliográfica, baseado desde livros
de calculo, artigos voltados à economia e conhecimento prévio adquirido no decorrer do
curso.
Integral Indefinida
O estudo das integrais indefinidas é o primeiro passo na compreensão de uma
importante ferramenta matemática: a integral. Será introduzida a ideia de integral,
mostrando sua relação com a derivada.
Se a função F(x) é primitiva da função f(x), a expressão F(x) + C é chamada integral
indefinida da função f(x) e é denotada por ∫ (x) dx = ∫ (x) + C

Em que
∫ é chamado sinal de integração.
f(x) – é a função integrando.
dx – é a diferencial que serve para identificar a variável de integração.
C – é a constante de integração.

Exemplos:

1. Se  f(x) =  , então   é a derivada de f(x). Uma das anti

derivadas de f'(x) = g(x) = x4 é  .


   
2. Se f(x) = x3, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das anti derivadas ou integrais
indefinidas de g(x) = 3x2 é f(x) = x3.
   
3. Se f(x) = x3 + 4, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das anti derivadas ou integrais
indefinidas de g(x) = 3x2 é f(x) = x3 + 4.
Nos exemplos 2 e 3 podemos observar que tanto x3 quando x3+4 são integrais
indefinidas para 3x2. A diferença entre quaisquer destas funções (chamadas funções
primitivas) é sempre uma constante, ou seja, a integral indefinida de 3x2 é x3+C, onde C
é uma constante real.

Propriedades das integrais indefinidas


  São imediatas as seguintes propriedades:

1ª.     , ou seja, a integral da soma ou diferença é a


soma ou diferença das integrais.

2ª.    , ou seja, a constante multiplicativa pode ser retirada do


integrando.
3ª.     , ou seja, a derivada da integral de uma função é a própria
função.
Integração por substituição

Seja expressão  . 

Através da substituição u=f(x) por u' = f'(x) ou  , ou ainda, du = f'(x) dx, vem:

admitindo que se conhece  .


O método da substituição de variável exige a identificação de u e u' ou u e du na
integral dada.

Aplicação das integrais na economia


Excedentes

A definição básica de excedente econômico vem da excedência dos ativos financeiros


de um mercado em seus passivos financeiros.

Excedente econômico, para um indivíduo, pode ser dito das seguintes formas: caso o
mesmo tenha uma quantia 𝑥 de dinheiro para custear os gastos mensais; caso não o
gaste todo durante este mês, seu orçamento é excedente pelo montante remanescente.
Contudo, a mesma definição de excedente pode vir a ser aplicada para descrever a
diferença entre o que um consumidor ou indivíduo está disposto a pagar por algo, contra
o que realmente custa.

Excedente do consumidor

Ismodes (2009) diz que o excedente do consumidor “Visa os benefícios que os


consumidores obtêm pela participação em um determinado mercado. Essa participação
decorrerá da utilidade proporcionada pelo o consumo de um certo produto e da
consequente disposição a pagar por ele”.
Se o excedente é grande, maior é o conforto do consumidor. Assim, consideremos a
função demanda de um produto produzido por uma empresa, definida igualando "𝑥” que
é a unidade de demandas a uma função de “p” definida como sendo o preço unitário do
produto. Graficamente a curva de demanda da função é caracterizada pelo eixo das
abscissas está fixada a quantidade do produto e no eixo das ordenadas o preço por
unidade do produto. Denote por 𝑃0 o preço de mercado do produto e 𝑋0 a quantidade
correspondente. É notório que a curva de demanda representa um comportamento
decrescente, isso é devido ao comportamento do interesse do comprador, pois quanto
maior o preço, menos interesse o consumidor tem em adquirir o produto.

De acordo com Vilches (2016) “𝑃0 não é o preço máximo que os consumidores estão
dispostos a pagar pelo produto. Para preços mais altos ainda existe demanda
naturalmente menor que 𝑋0”. O excedente do consumidor é a área entre a curva 𝑥 igual
a função de 𝑝 e a reta 𝑝=𝑝0, pode ser calculada pela integral da função 𝑝 no intervalo
[0, 𝑞0], que representa todas as quantidades possíveis de produtos.

Excedente do produtor

É valido salientar que a oferta depende do preço e, quanto maior o preço, maior o
interesse do produtor em vender. Porém, existe um valor praticado no mercado e, se o
produtor estiver disposto a vender seu produto a um preço inferior ao do mercado, o
mesmo obterá um excedente. Este é conhecido como Excedente do Produtor
(MUROLO; BONNETO, 2004).

O excedente do produtor trata-se da quantia que se recebe para vender um produto com
preço de fabricação menor que o de venda, em que a diferença entre o valor real obtido
pelos produtores na venda e o valor mínimo que os produtores estão dispostos a receber.

Com o auxílio de integrais definidas, é possível obter o excedente do produtor de modo


parecido ao do excedente do consumidor. Atribuindo 𝑝(𝑞) a função oferta, o preço de
mercado 𝑃0 e a quantidade vendida 𝑞0.
Excedente total

O excedente total trata-se da soma dos excedentes de produção e consumo, onde o preço
de equilíbrio será o preço de mercado.

Temos ainda que quando os excedentes do consumidor e do produtor atingem o


equilíbrio de mercado entre oferta e demanda, a área total entre as duas curvas e o
excedente total pode ser calculada a partir de uma integral definida.
Conclusões
Em suma, com o trabalho proposto podemos observar que não se faz necessário uma
pesquisa profunda e complexa para compreender que a aplicação da integral definida na
economia é de extrema importância para ter pequenas noções de lucro, demanda e
custos. Percebemos, nas aplicações relatadas, que é de fácil entendimento, tanto em
nível matemático, quanto de contexto. Portanto, como futuros profissionais, denotamos
a quão significativa é a aprendizagem do estudo de aplicações práticas, além do estudo
teórico, também a análise do funcionamento das mesmas inseridas no nosso presente.
Referência Bibliográfica
ISMODES, Julio. Excedentes do consumidor e do produtor. 2009.
Disponível:<http://www.cepal.org/ilpes/noticias/paginas/0/35920/Excedentes_del_Cons
umidor_y_Productor_p.pdf>. Acesso em: 20 out. 2016.
MUROLO, Afrânio Carlos; BONNETO, Giácomo Augusto. Matemática aplicada à
administração, economia e contabilidade. São Paulo: Pioneira Thonson Learning,
2004.
VALLE, Jaqueline et al. Aplicação da integral definida na economia: uma visão do
futuro professor. 2014. Disponível em:
http://w3.ufsm.br/ceem/eiemat/Anais/arquivos/ed_4/CC/CC_Valle_Jaqueline.pdf.
Acesso em: 18 out. 2016.
VILCHES, Mauricio A.. INTEGRAIS DEFINIDAS E ECONOMIA. In: VILCHES,
Mauricio A.. Cálculo para economia e administração: Volume 1. Rio de Janeiro:
Uerj, 2016. p. 1-425.

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