Você está na página 1de 46

FACULDADE UNINASSAU – CAMPUS REDENÇÃO

CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA 1


DISCIPLINA: BIOQUÍMICA CLÍNICA
PROFESSORA: Me. TACYANA PIRES DE CARVALHO COSTA

ETAPAS ENVOLVIDAS NO PROCEDIMENTO ANALÍTICO


AMOSTRAS EM BIOQUÍMICA CLINICA
JUSTIFICATIVAS PARA REALIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTO ANALÍTICO.
• Diagnóstico,
• Monitoração,
• Resposta a tratamento,
• Triagem.
Etapas envolvidas no procedimento analítico
Requisição

O paciente com alguma queixa clínica ou não, procura um clínico


e este após exame clínico, físico e histórico do paciente, quando
necessário, solicita uma determinação laboratorial, como auxílio
diagnóstico.
Realização do exame
FASES
Preparação do paciente,
Obtenção da amostra,
1) Fase pré-analítica Processamento da amostra
Armazenamento da amostra

Metodologias analíticas
Validação de métodos
2) Fase analítica Especificação da Qualidade Analítica
Estimativa do erro analítico laboratorial
CIQ
CEQ
3) Fase pós-analítica

Nessa fase recomenda-se bastante atenção, pois o produto final


(o laudo), representa um relatório emitido por profissionais
especializados após diagnóstico.

As etapas dessa fase são:

Preparo do laudo dos exames;


Impressão, ou transmissão do laudo;
Recebimento do laudo;
Tomada de decisão.
IMPORTANTE!

RECEBIMENTO
E LEITURA DA ORIENTAÇÕES
SOLICITAÇÃO AO PACIENTE
MÉDICA

 Necessidade de jejum? Por quanto tempo?


 Restrição alimentar?
 Tipo de amostra ? Quantidade de amostra que deve ser coletada.
 Fornecimento de frasco, orientações de coleta.
 Horário da coleta X horário entrega ao laboratório.
 Manipulação da amostra, armazenamento, tempo.
IMPORTÂNCIA DA COLETA
• Sucesso da coleta reflete no resultado do exame

COLETA ANÁLISE RESULTADO


Material Biológico (Amostra)

• Material ou parte de um fluído corpóreo ou


tecido coletado para exame, estudo ou
análise.

• Considera-se:
líquidos, secreções, excreções, fragmentos
de tecido obtidos do corpo humano e que
possam ser analisados, sendo o sangue o
mais utilizado.
COLETA DA AMOSTRA
Quantidade adequada
• Identificação do paciente e da amostra
• Confidencialidade do paciente

Informações sobre o caso clínico


• Registro do paciente e da amostra

Tipo de tubo para coleta;


• Viabilidade da amostra
Tipos de Amostra

Sangue: sangue total, soro e plasma


Urina
LCR
Outros líquidos: pleural, sinovial, ascítico,
amniótico, pericárdico, peritoneal.
Suor
Saliva
Cálculos (pedras)
Fezes
COLETA DE SANGUE

• FORMAS DE COLETA:
• Agulha e seringa estéreis e descartáveis.
• Lanceta estéril e descartável.

• Coleta a vácuo.
COLETA DE SANGUE

Sangue Total : é uma amostra de sangue


arterial, capilar ou venosa na qual as
concentrações e propriedades intra e
extracelulares dos constituintes permanecem
relativamente inalteradas quando comparado
com o seu estado in vivo.

É obtida com anticoagulante in vitro para


estabilizar os constituintes por um certo
período de tempo.
COLETA DE SANGUE

 SORO: É o fluído que resta após a


coagulação do sangue obtido in
vitro sem anticoagulante,
espontaneamente ou por
centrifugação, que deve ser
removido.
COLETA DE SANGUE

 PLASMA: É o fluído sobrenadante


obtido in vitro com anticoagulante,
espontâneo ou centrifugado.
COLETA DE SANGUE
ESCOLHA DA AMOSTRA SORO OU PLASMA?

PLASMA
VANTAGENS :
 Economia de tempo – pode ser centrifugado imediatamente.
O soro após 30 min.
 Produção maior: 15 a 20% a mais de volume na mesma amostra.
 Prevenção de interferentes de coagulação induzida: pode ocorrer
bloqueamento das bombas de sucção dos analisadores com tubos
que utilizaram soro.
 Certos analitos só podem ser medidos no plasma (amônia).
ESCOLHA DA AMOSTRA SORO OU PLASMA?

PLASMA

DESVANTAGENS :
 Contaminação com cátions: Na+, K+

 Inibição da atividade da fosfatase alcalina pela ligação com o zinco,


ligação do cálcio (ionizado) pela heparina.
AMOSTRA
O PROBLEMA DA HEMÓLISE
• Ruptura de hemácias libera hemoglobina e altera os resultados de
alguns exames.

Causas:
 Físicas (hipotonia)
 Químicas (resíduos)
 Mecânicas (centrifugação)
normal
AMOSTRA
O PROBLEMA DA LIPEMIA
Lipemia é a turbidez do soro ou plasma
a qual é causada pela elevação da
concentração de lipoproteínas que é e
visível a olho nú.

Causas:

Triglicérides
Alimentação
Desordem metabólica
Turbidez (paciente – heparinizado)
AMOSTRA
O PROBLEMA DA AMOSTRA ICTERÍCA
relacionadas com o aumento da bilirrubina na amostra de soro, que
pode ocorrer devido à uma anemia hemolítica, por destruição intensa
de hemácias (hemólise), como também por doenças hepáticas.

normal
COLETA DE SANGUE
Obtenção de sangue:

• Punção Venosa

• Punção Arterial

• Punção de Pele
COLETA DE SANGUE

PUNÇÃO VENOSA Veias do Dorso da Mão


• Sangue venoso que circula da • Em pacientes, cujo acesso às
periferia para o centro do veias do cotovelo é mais difícil,
sistema circulatório. essas veias da mão são por
• Preferência pelas veias vezes mais calibrosas.
intermediárias cefálica e • Móveis, dificulta a penetração da
basílica em adultos e crianças
maiores. agulha em seu interior.
• Agulhas e seringas estéreis e • Perfuração mais dolorosa e a
descartáveis ou tubos com hemostasia mais demorada,
vácuo adaptados a agulhas formando hematomas.
estéreis, com ou sem
anticoagulantes.
COLETA DE SANGUE
Veia Jugular Externa Veia Femoral
 Imobilização do paciente  Palpa-se o pulso femoral, ao nível
(principalmente crianças), em da prega inguinal e punciona-se
logo abaixo do ligamento inguinal,
posição inclinada, com a para dentro da artéria pulsátil.
cabeça em nível inferior ao
tronco.  Penetrar em posição vertical, até
tocar a parte óssea. Retirada,
 A agulha deve penetrar fazendo-se pressão negativa na
diretamente sobre a veia que seringa, até se conseguir obter
nessa região é bem superficial. fluxo de sangue.
COLETA DE SANGUE
PUNÇÃO VENOSA
• Cordão Umbilical: Imediatamente após o nascimento do bebê, o
cordão umbilical é preso com pinça e cortado.
• Para recolher o sangue do cordão, outra pinça é colocada a 20 ou
25 centímetros da primeira, a seção isolada é cortada e a amostra
do sangue coletada dentro de um tubo de amostra.
• O exame é realizado para avaliar:
• Gases sanguíneos
• pH do tecido fetal
• Nível respiratório
• Hemograma completo
• Bilirrubina
• Glicose
• Hemocultura (se houver suspeita de infecção)
• Armazenamento de células-tronco
COLETA DE SANGUE
PUNÇÃO ARTERIAL

• Artéria femoral, a artéria radial ou a artéria


braquial.
• Estudo da gasometria sanguínea
concentrações de oxigênio e de dióxido de
carbono, assim como a acidez do sangue,
que não pode ser mensurada em uma
amostra de sangue venoso.
• Ácido-base do exame fornece informações a
respeito do funcionamento dos rins.
COLETA DE SANGUE
PUNÇÃO CAPILAR
• Teste do pezinho, glicemia capilar
• Mistura de sangue venoso e arterial, mas o
sangramento é principalmente arterial.
• Especialmente em pacientes pediátricos.
• Punção da pele:
• Superfície póstero-lateral do calcanhar, em
crianças até 1 ano de idade.
• Na polpa do 3º ou 4º dedo da mão.
• Lóbulo da orelha.
COLETA DE SANGUE
ANTICOAGULANTES

• Interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação


da protrombina ou da trombina.
• Os mais usados são:
• EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético) – determinações
bioquímicas e hematológicas
• Heparina – provas bioquímicas
• Oxalatos – provas de coagulação
• Citratos – provas de coagulação
• Polianetol-sulfonato de sódio – hemoculturas
COLETA DE SANGUE
Tubos com vácuo: VERMELHO
• Sem anticoagulante.
• Obtenção de soro para bioquímica e sorologia.
• Exemplo de testes:
• Creatinina
• Glicose
• Uréia
• Colesterol
• Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no
soro.
COLETA DE SANGUE
Tubos com vácuo: LAVANDA
• Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico
• EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata
de coagulação
• Obtém-se assim o sangue total para hematologia
• Testes:
• Eritrograma
• Leucograma
• Plaquetas
COLETA DE SANGUE
Tubos com vácuo:VERDE
• Paredes internas revestidas com heparina.
• Produção de uma amostra de sangue total.
• Estabilização por até 48 horas.
• Testes bioquímicos.
COLETA DE SANGUE
Tubos com vácuo: CINZA
• Tubos para glicemia
• Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em
diferentes versões:
• EDTA e fluoreto de sódio
• oxalato de potássio e fluoreto de sódio
• heparina sódica e fluoreto de sódio
• heparina lítica e iodoacetato
• Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de
glicose sanguínea
COLETA DE SANGUE
Tubos com vácuo: AZUL
• Contém citrato de sódio
• Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para
provas de coagulação:
• Tempo de Coagulação
• Retração de Coágulo
• Tempo Parcial de Tromboplastina
• Tempo de Protrombina
COLETA DE SANGUE
Tubos com vácuo:PRETO
• Os tubos para VHS
• Contêm solução tamponada de citrato trissódico
• Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o
teste de sedimentação.
COLETA DE SANGUE
Tubos com vácuo: AMARELO
• Tubos para tipagem sanguínea
• Com solução de ACD (ácido citrato dextrose)
• Utilizados para teste de tipagem sanguínea ou preservação
celular

Tubos com vácuo:ROSA


• Tubos para provas de compatibilidade cruzada
• Duas versões:
• Com ativador de coágulo » Provas cruzadas com soro.
• Com EDTA » Testes com sangue total.
URINA

Clearance de creatinina: Depuração de creatinina

Para detectar e avaliar disfunção renal ou diminuição do fluxo renal.

Uma amostra de (urina de 24 horas) e uma amostra de sangue


retirado de uma veia do braço.
URINA

Proteinúria de 24h

Glicosúria
COLETA DE OUTROS FLUÍDOS
SUOR
• Geralmente é utilizado para determinações de íons em RN e crianças
pequenas.
• Sudorese natural, aplicação de calor ou iontoforese.

Coleta Normalmente induzida:


 Lavar membro superior do paciente com água destilada e deixar secar.
 Embrulhar o membro superior ou a criança num saco plástico
previamente lavado com água deionizada e seco.
 Fechar hermeticamente o saco para que não haja perda de suor.
COLETA DE OUTROS FLUÍDOS
SUOR
Iontoforese

Utiliza eletrodos positivo (saturado em pilocarpina) e negativo


(saturado em solução fisiológica) que são fixados em papel de
filtro e são postos em contato com a pele.
COLETA DE OUTROS FLUÍDOS
SUOR
Iontoforese
Liga-se o aparelho, e faz-se passar uma corrente de 2mA, durante 5
minutos.
Remove-se o papel de filtro, lava-se a área do pólo positivo e seca-
se.
30 min. a 1h retira-se o papel e transfere para um recipiente estéril e
enviado ao laboratório.

Adesivos: especiais que, aderidos à pele, absorvem o suor liberado


pelo corpo.
CAUSAS QUE PODEM INTERFERIR NOS
RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS
VARIÁVEIS PRÉ-ANALITICAS
NÃO CONTROLÁVEIS:
Biológicas: sexo, raça, idade.

Ambientais: altitude, temperatura, localização.

 Condições médicas de base: obesidade, gravidez, estresse,


febre, choque e trauma, transfusões
VARIÁVEIS PRÉ-ANALITICAS CONTROLÁVEIS:

ESTILO DE
DIETA DROGAS
VIDA
• Rica em • Tabagismo • Diuréticos
proteínas • aumento da tiazídico
aumenta: concentração Aumentam
uréia, Glicose, glicose e ácido
colesterol, colesterol úrico
fosfato, ácido (fisiológico)
úrico, amônia
OBRIGADA!

Você também pode gostar