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Evolução e adpatação das plantas à vida na Terra

Cristina Faganelli Braun Seixas*


Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
As algas marinhas de 500 milhões de anos atrás, no período Ordoviciano, deram origem
aos vegetais. A Terra passou por um período de seca e muitas modificações (período
Siluriano, há 435 milhões de anos) que pode ter sido um fator de seleção natural.
Para conquistarem o novo ambiente, as plantas precisaram se adaptar às suas novas
condições de vida. Assim, desenvolveram vasos condutores de seiva, que garantem a
distribuição das seivas bruta e elaborada pela planta.
Esta característica está diretamente ligada ao porte da planta, pois as briófitas, como os
musgos, por exemplo, não apresentam esses vasos e chegam a ter no máximo 10 cm,
enquanto que as gimnospermas e angiospermas podem chegar a 100 m.

Agentes polinizadores

Outra adaptação ao ambiente terrestre está relacionada às sementes e sua dispersão. O


vegetal mais evoluído é aquele que apresenta sua semente protegida pelo fruto. Sua
disseminação ocorre, normalmente, através deagentes polinizadores, tais como, os
insetos, pássaros e morcegos, entre outros.
Uma outra adaptação necessária foi controlar a perda excessiva de água. Isso passou a
ocorrer através da abertura e fechamento dos estômatos - estruturas microscópicas por
meio das quais ocorrem as trocas gasosas entre a planta e a atmosfera. Da mesma
maneira, as plantas dispensaram a água durante o seu ciclo reprodutivo, uma vez que
seus gametas já não se encontravam num ambiente aquático.
Acredita-se que no período Denoviano (410 milhões de anos atrás) surgiram bosques
formados pelos ancestrais de musgos e samambaias. As plantas com sementes
desenvolveram-se neste período e se diversificaram no Carbonífero (355 milhões).
Encontram-se adaptadas ao meio terrestre até os dias atuais.

Gimnospermas e angiospermas
Em suma, seguindo a evolução de plantas terrestres, temos as briófitas, sem vasos
condutores de seiva, como é o caso dos musgos e das hepáticas, por exemplo. As
pteridófitas foram primeiras a apresentarem vasos condutores de seiva. Entre elas, as
mais comuns são as samambaias e avencas.
As gimnospermas, representadas pelos pinheiros, apresentam sementes nuas (um
exemplo típico é o pinhão) e, por fim, vêm as angiospermas. São as mais evoluídas, pois
apresentam flor, fruto e semente protegida pelo fruto.
Cotilédone é o nome que se dá à folha ou folhas primordiais que se formam no embrião
das gimnospermas e das angiospermas. Existem vários cotilédones naquelas, mas nestas
últimas são apenas um ou dois, por isso as angiospermas se subdividem em duas
classes: monocotiledônea e dicotiledônea.
As monocotiledôneas apresentam nervuras paralelas nas folhas, raiz cabeleira
(fascicular), e flores trímeras (três pétalas e três sépalas). Pertencem a esta classe plantas
tão diferentes quanto as orquídeas e o milho.
Já as dicotiledôneas apresentam nervuras irregulares pelas folhas, raiz principal, flores
tetrâmeras ou pentâmeras. São elas a maioria das árvores (exceto os pinheiros) e plantas
herbáceas.
*Cristina Faganelli Braun Seixas é bióloga e professora no Colégio Núcleo
Educacional da Granja Viana, em Cotia (São Paulo).

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